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Trabalho de NDA TERMINADO

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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
Resumo das Unidades 12 a 21
Atija Lemos de Brito Vundo e Código n.º 708190480
 Curso: Gestão Ambiental
 Disciplina: NDA
 Ano de Frequência: 2º Ano
Gurué, Junho, 2020
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância 
Resumo das Unidades 12 a 21
Atija Lemos de Brito Vundo e Código n.º 708190480
	Trabalho de campo a ser apresentado ao IED-Universidade Católica de Moçambique com caracter avaliativo na cadeira de Noções de Direito Ambiental ao curso de Licenciatura em Gestão Ambiental.
 Docente: 
Gurué, Junho, 2020
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	Estrutura
	Aspectos organizacionais
	· Capa
	0.5
	
	
	
	
	· Índice
	0.5
	
	
	
	
	· Introdução
	0.5
	
	
	
	
	· Discussão
	0.5
	
	
	
	
	· Conclusão
	0.5
	
	
	
	
	· Bibliografia
	0.5
	
	
	Conteúdo
	Introdução
	· Contextualização (Indicação clara do problema)
	1.0
	
	
	
	
	· Descrição dos objectivos
	1.0
	
	
	
	
	· Metodologia adequada ao objecto do trabalho
	2.0
	
	
	
	Análise e discussão
	· Articulação e domínio do discurso académico (expressão escrita cuidada, coerência / coesão textual)
	2.0
	
	
	
	
	· Revisão bibliográfica nacional e internacionais relevantes na área de estudo
	2.
	
	
	
	
	· Exploração dos dados
	2.0
	
	
	
	Conclusão
	· Contributos teóricos práticos
	2.0
	
	
	Aspectos gerais
	Formatação 
	· Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafo, espaçamento entre linhas
	1.0
	
	
	Referências Bibliográficas
	Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia
	· Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas
	4.0
	
	
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Índice
Introdução	6
1	Expropriação por Interesse, Necessidade ou Utilidade Pública	7
1.1	Expropriação	7
1.2	Objecto da expropriação	7
1.3	Interesse Público	7
1.4	Breve História da expropriação por interesse público	7
1.5	Definição e conceito da expropriação por utilidade Pública	8
2	Direito do Ambiente, Protecção e Conservação das Florestas	8
3	Legislação Sobre as Florestas e Respectivos Objectivos	9
4	Regime de Exploração Sustentável dos Recursos Florestais	10
5	Quadro Jurídico do Sector Florestal em Moçambique	11
6	Crítica do Regime de Infracção e Penalidade	12
7	Direito do Ambiente e o Tratamento dos Resíduos Sólidos e Urbanos	12
8	Princípios Fundamentais dos Direitos dos Resíduos	14
9	Regime Jurídico das Áreas de Conservação	16
10	Admissibilidade Jurídica da Figura de Zona de Protecção Total	16
11	Lei de Terras em Moçambique	16
12	Crítica do regime de Infracção e Penalidade	17
13	Unidade XVIII: Direito do Ambiente e o Tratamento dos Resíduos Sólidos	17
14	Princípios Fundamentais dos Resíduos Sólidos	17
15	Regime Jurídico das Áreas de Conservação	18
16	Admissibilidade Jurídica da Figura de Zona de Protecção Total	18
17	Lei de Terras em Moçambique	18
Conclusão	20
Referências Bibliográficas	21
ii
Introdução
O presente trabalho insere se no âmbito da cadeira curricular de Noções de Direito Ambiental ministrada aos licenciandos em Curso de Gestão Ambiental - 2º Ano na Universidade Católica de Moçambique, através do Instituto de Educação à Distância.
Tratando se de fazer um resumo de certas unidades temáticas de NDA, para a efectivação do presente estudo, a autora irá socorrer-se ao método de Pesquisa Bibliográfica que é aquela desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. E também, irá socorrer-se a Pesquisa na legislação que é aquela feita a partir de Códigos e Leis.
Expropriação por Interesse, Necessidade ou Utilidade Pública
Expropriação
Fala-se de expropriação, para referenciar a uma acção e o efeito de expropriar. De acordo com, o termo expropriação faz alusão à conduta desenvolvida pela administração pública para privar uma pessoa da titularidade de um bem ou de um direito, em troca de uma indemnização.
Objecto da expropriação
Ao falarmos do objecto da expropriação é necessário, não apenas não entendermos apenas os direitos que a expropriação afecta, mas também os bens sobre que aqueles incidem.
A expropriação tem como objecto os bens imóveis e direitos a ele inerentes; os bens imóveis; os Baldios; bens da Igreja.
Interesse Público
Entende-se por interesse público, as necessidades tidas pelo povo. De acordo com Schier, (2005), interesse público, é o somatório de interesses individuais coincidentes em torno de um bem da vida que lhes significa um valor, proveito ou por utilidade de ordem moral, material, que cada pessoa deseja adquiri, conservar, ou manter em sua esfera própria de valores.
O interesse público, resulta de um principio Administrativo, principio esse que faz alusão ao principio de prossecução do interesse público, e do, tal como prevê o n.º2 do Artigo 5 da lei n.º14/2009, de 17 de Março.
Breve História da expropriação por interesse público
Com a Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão em 1978, nota-se que, a propriedade privada era um Direito absoluto, considerando dessa forma, que o Direito a propriedade era um direito inviolável e sagrado, o que nos faz afirmar que, a expropriação não era admitida pelo direito, e, se é que era, não era de forma coerciva.
Amaral, (1993), a Doutrina Alemã, notou que os locais por onde passariam grandes projectos, que eram do interesse de todos, eram do pertence privado, dai
que, surge a necessidade de criação de uma lei, que revoga os expostos da Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão. Lei essa, que dava o direito a propriedade, mas, não que esse Direito fosse absoluto tal como se verificava na Declaração dos Direitos do Homem, importa aqui ressalvar, que, a Doutrina Alemã, é a que se verifica no nosso quotidiano, apesar de serem revistos certos aspectos.
Definição e conceito da expropriação por utilidade Pública
Várias são os conceitos doutrinários referentes a expropriação por interesse público, porém, todos os conceitos não fogem a regra, sendo que, assenta em todos conceitos o direito de propriedade como elemento fundamental.
Para professor Doutor Marcelo Caetano, define a expropriação por utilidade pública como sendo uma relação jurídica pela qual o Estado, considerando a conveniência de utilizar determinados bens imóveis em fim especifico de utilidade pública. Pode-se ainda definir como sendo um processo pelo qual se realiza a ablação do direito de propriedade sobre um imóvel da parte que é só seu titular, mediante o pagamento de uma justa indemnização.
Direito do Ambiente, Protecção e Conservação das Florestas
O primeiro passo, visando à conservação e à restauração ecológica de uma remanescente florestal, diz respeito ao seu isolamento dos factores de degradação.
É importante cercar o limite entre a floresta nativa e a área de actividade agrícola ou urbana.
As características peculiares da maioria dos fragmentos florestais existentes em Áreas de Preservação Permanente e na forma de Reserva Legal são ter tamanho reduzido e sofrer pressão antrópica. Isso reduz ainda mais as suas áreas e implica, em muitos casos, em alterações profundas em suas estruturas e funções ecológicas.
Em propriedades rurais, essas florestas estão, normalmente, reduzidas a uma faixa estreita, cujo entorno é ocupado por lavouras ou pastagens. Assim, são submetidas aos mais variados impactos das actividades agro-pecuárias, como o uso de agro-tóxicos e a entrada de gado bovino e/ou ovino. Esses impactos são considerados indirectos, ao passo que, como directos, têm-se a retirada de lenha, a extracção de plantas ornamentais e/ou medicinais, a caça, a extracção de areia dos rios, os incêndios provocados pela queima de pastagens, dentre outras.
Segundo o professor Dr. Sebastião Venâncio Martins, no curso Restauração Florestal em Área de Preservação Permanente e Reserva Legal, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “o primeiro passo, visando à conservação e à restauração ecológica de uma remanescente florestal, diz respeito ao seu isolamento dos factores de degradação. É importante cercar o limite entre a floresta nativa e a área de actividade agrícola ou urbana”.
Não é indicada a utilização de telas, pois não se deve isolar a passagem de animais silvestres. Recomenda-se a utilização da cerca normal, utilizada em pastagens. A floresta nativa também deve ser protegida da ocorrência de fogo. Para isso, é necessário construir aceiros. Esses são formados limpando-se toda a vegetação presente em uma faixa de, pelo menos, três a seis metros de largura. Assim, o fogo acidental ou o utilizado em pastagens não consegue atingir a floresta.
Uma maneira de amenizar o efeito de borda, resultante dos impactos das actividades agrícolas sobre o fragmento florestal, é a construção de uma zona tampão, que nada mais é do que uma faixa, com actividade agrícola menos impactante, entre o fragmento e a área com agricultura tradicional da propriedade.
“Outras medidas importantes são a implantação de corredores ecológicos, o controle de cipós, o adensamento de clareiras e o plantio para enriquecimento”, completa o professor, doutor em ecologia e restauração florestal.
Legislação Sobre as Florestas e Respectivos Objectivos 
Pela dimensão e importância económica, social, cultural e científica dos recursos florestais e faunísticos para a sociedade Moçambicana justifica que se estabeleça uma legislação adequada, que promova a sua utilização sustentável, bem como a promoção de iniciativas para garantir a protecção, conservação de recursos florestais e faunísticos, visando a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Nestes termos e ao abrigo do preceituado no nº 1 do artigo 135 da constituição, a Assembleia da República entre vários artigos da Lei acima mencionada pode-se presumir de uma forma geral o seguinte:
· A Lei sempre proíbe o hábito de uso e Exploração dos recursos florestais e faunísticos for a dos princípios da Lei em vigor no País;
· Os recursos Florestais e Faunísticos têm períodos de regeneração natural e reprodução que é extremamente vedado (proibido) a sua exploração e caça, sendo assim a Lei estabeleceu o período de defeso Geral no seu artigo 1, nº 16.
Este período decorreu:
· No caso dos recursos Florestais, desde o dia 1 de Janeiro até ao dia 31 de Março para efeitos de espécies Florestais exóticos;
· E quanto aos recursos faunísticos, que vai desde o dia 1 de Outubro até o dia 31 de Março.
· Constituem objectivos a prosseguir, nos termos da presente Lei, proteger, conservar, desenvolver e utilizar de uma forma racional e sustentável os recursos florestais e Faunísticos para o benefício económico, social e ecológico da actual e futura geração dos Moçambicanos.
Regime de Exploração Sustentável dos Recursos Florestais
O objectivo desde estudo é analisar os principais componentes para assegurar a sustentabilidade das florestas, identificar as lacunas no sistema florestal e analisar criticamente os fundamentos e argumentos utilizados na justificação das lacunas do sistema florestal em Moçambique. Moçambique é um país rico em recursos florestais: as florestas produtivas cobrem aproximadamente 26,9 milhões de hectares e 13 milhões de hectares são definidos como áreas não adequadas para a produção de madeira, principalmente onde estão localizados os Parques Nacionais e as Reservas Florestais. 
O elevado nível de pobreza em Moçambique constitui o principal constrangimento para a gestão sustentável dos recursos naturais por isso, o Governo de Moçambique, definiu em 1997, na sua Política e Estratégia de Florestas e Fauna Bravia, o objectivo social referente ao envolvimento das comunidades locais no maneio e conservação dos recursos florestais, tendo em consideração a dependência das comunidades pelos recursos naturais. No entanto, ainda não estão alcançados os resultados desejados, pois as comunidades continuam sendo prejudicadas e a fome e a urgência de satisfação das necessidades básicas não permitem que a comunidade tenha um horizonte de planificação e uso dos recursos a longo prazo. Ademais, os benefícios previstos para a comunidade, no âmbito da exploração dos recursos florestais na sua área, ainda não se traduzem em acções concretas, pois não existem mecanismos claros para fazer chegar este fundo às comunidades.
Por sua vez, o processo de fiscalização dos recursos florestais e faunísticos ainda não traz resultados satisfatórios, pois existem vários constrangimentos que fragilizam o processo. 
Os instrumentos definidos para a avaliação e gestão dos recursos florestais inventário florestal e plano de maneio da forma como vêm sendo feitos em Moçambique não permitem uma determinação exacta dos recursos que existem assim como o seu ritmo de crescimento. Este facto deriva principalmente destes documentos serem elaborados à base de estimativas estatisticamente não recomendadas e que não consideram a variação das condições ecológicas do país o que compromete os resultados finais obtidos.
Quadro Jurídico do Sector Florestal em Moçambique
As crescentes actividades económicas com impacto directo e indirecto nos ecossistemas em Moçambique coloca desafios crescentes à protecção da biodiversidade, justificando-se, por isso, a divulgação dos instrumentos jurídicos disponíveis sobre a conservação da natureza e meio ambiente. O presente manual pretende ser um instrumento de divulgação e um guia para a implementação da Lei nº 16/2004, de 16 de Junho, (“Lei da Conservação”), e enquadra-se no
âmbito das actividades que visam, essencialmente, apoiar as actividades de preservação da natureza e incentivar os investimentos no sector do turismo, através de acções de formação sobre matérias ligadas à conservação e divulgação de instrumentos jurídicos pertinentes. O destaque vai para aspectos relativos à aplicação prática da Lei da Conservação e para alguns procedimentos legais a observar na realização de actividades nas áreas de conservação. Para além disso o manual procura ilustrar de forma geral os principais conceitos e preocupações respeitantes às áreas de conservação, fazendo por isso referência a outros instrumentos normativos que versam sobre a mesma matéria. O presente manual tem de ser lido em conjunto com o relatório, em anexo ao mesmo, que efectua uma análise e levantamento das questões relevantes na Lei de Conservação. Além da Lei da Conservação ser nova e até agora pouco testada, coloca constrangimentos adicionais o facto de ela remeter o destinatário da mesma à regulamentação. O facto de a lei ainda não ter sido regulamentada, pode condicionar a implementação de algumas das suas disposições até que seja aprovado o regulamento, que se espera tenha lugar dentro de 180 dias após a entrada em vigor da Lei da Conservação, concretamente 24 de Outubro de 2014 1 . Este Manual destina-se a todos os utilizadores da Lei da Conservação, em particular aos administradores e gestores públicos ligados ao desenvolvimento sustentável e protecção da biodiversidade, os investidores e as comunidades locais em geral.
Crítica do Regime de Infracção e Penalidade 
Há um grande vazio dentro da legislação moçambicana relativa a exploração dos recursos naturais e se colocam a dois níveis: A falta de extensão dos avanços conseguidos em relação à terra e às florestas e fauna bravia, A falta de leis e regulamentos complementares que possam explicitar melhor alguns dos princípios, regras e direitos, necessidade de adoptar um nível adequado de simplificação dos termos técnicos de modo a lograr maior compreensão. Porque a implicação imediata e mesmo a disseminação dos instrumentos legais não tem sido efectiva visto que a interpretação, excesso de Burocracia.
Direito do Ambiente e o Tratamento dos Resíduos Sólidos e Urbanos 
Ao se falar sobre lixões, depósitos de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU’s) em lugares inadequados e sem nenhuma preocupação de cunho ecológico e/ou sanitário nos deparamos, não apenas com problemas ambientais de consequências imprevisíveis, mas, também, com problemas sociais e económicos, em que, por exemplo, observamos, facilmente, pessoas catando lixo, para sua sobrevivência, muitas vezes, residindo no próprio local, e, o poder público investindo muito do já minguado orçamento para limpar a sujeira que produzimos a cada dia.
Por outro lado, fica evidente o desperdício de materiais para os quais, de há muito, dispomos de tecnologias capazes de repô-los em uma nova cadeia produtiva, com reduções significativas na extracção de recursos naturais que caminham para a exaustão comprovada minimização de matérias-primas de origem, energia e outros insumos.
Em termos ambientais, estes espaços de descartes de RSU’s a céu aberto, resultam em impactos os mais adversos possíveis e enfeiam as cidades, denunciando a ausência de saneamento a quem ali reside e lhes visitam, às vezes funcionando, inclusive, como portal de boas-vindas.
Um dos impactos mais deletérios e sentidos a partir dos lixões é o resultante e decorrente da decomposição do lixo orgânico, do qual se origina um líquido característico, turvo e fétido, denominado lixiviado ou chorume, que termina por infiltrar-se no solo, causando sua contaminação; um tipo de poluição muito difícil de ser remediado e de impactos, sobretudo imponderáveis, na saúde de quaisquer seres vivos que, porventura, venham se utilizar das lençóis freáticos do entorno destes depósitos de lix.
Tais impactos estarão sempre presentes, pelo inadequado descarte de RSU’S, quando ausente uma política pública de gestão e gerenciamento, dispensada a estes, resultando na poluição de lençóis freáticos com possível desenvolvimento de surtos epidémicos à saúde.
Não há mais dúvidas de que, investimentos em saneamento rede de colecta e tratamento de esgotos que atenda à demanda total e um sistema de gestão e gerenciamento dos RSU’s levam a economias significativas nos investimentos de atenção básica à saúde, como um todo.
Os problemas dos lixões a céu aberto, principalmente em cidades do interior dos estados brasileiros, na maioria das vezes, sem poder económico-financeiro para as devidas implementação da gestão e do gerenciamento dos RSU’s, tem sido uma questão recorrente.
Com base no que prevê a legislação moçambicana e as recomendações ou acções educativas visando à preservação de ambientes ecologicamente equilibrados e saudáveis, essas indagações funcionam doravante como fio condutor de respostas às problemáticas persistentes acerca da existência de lixões a céu aberto.
Apesar do assunto em pauta, ser muito debatido e existir políticas públicas que proíbem os lixões, tais práticas ainda são muito frequentes, especialmente, no que respeita aos impactos negativos dos lixões.
Princípios Fundamentais dos Direitos dos Resíduos 
Os princípios possuem papel fundamental no ordenamento jurídico moçambicano, logo constituem o mandamento nuclear do sistema normativo. Desse modo, ressalta-se que, além de servirem de critério para a interpretação das normas jurídicas, os princípios têm a função de integrar e de harmonizar todo o ordenamento jurídico, transformando-o de fato em um sistema.
No entendimento de Canotilho (1999), os princípios desempenham um papel mediato, ao servirem como critério de interpretação e integração do sistema jurídico, e representam um papel imediato, ao serem aplicados directamente a uma relação jurídica.
Dessa forma, segundo Silva (2004), os princípios são inarredáveis na visão jurídica e são fontes do direito pautado na justiça; decorrem da natureza social humana.
Para Kuntz (2011), no campo do direito ambiental, não é diferente, visto que existem inúmeros princípios que regem a tutela do meio ambiente.
Os princípios elencados na Política Nacional de Resíduos Sólidos são: prevenção e a precaução; poluidor-pagador e o protector-recebedor; visão sistémica na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, económica, tecnológica e de saúde pública; desenvolvimento sustentável; ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta; cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o sector empresarial e demais segmentos da sociedade; responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem económico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; respeito às diversidades locais e regionais; o direito da sociedade à informação e ao controle social; a razoabilidade e a proporcionalidade. 
Os princípios: protector-recebedor, visão sistémica, ecoeficiência e responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos são inovações trazidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma vez que não constam em outras leis.
No que se refere ao princípio da prevenção, Rodrigues (2002, p. 148-149) menciona que:
“[…] constitui um dos mais importantes axiomas do Direito Ambiental. A sua importância está diretamente relacionada ao fato de que, se ocorrido o dano ambiental, a sua reconstituição é praticamente impossível. O mesmo ecossistema jamais pode ser revivido. Uma espécie extinta é um dano irreparável. Uma floresta desmatada causa uma lesão irreversível, pela impossibilidade de reconstituição da fauna e da flora e de todos os componentes ambientais em profundo
e incessante processo de equilíbrio, como antes se apresentavam. Enfim, com o meio ambiente, decididamente, é melhor prevenir do que remediar”.
Já o princípio da precaução, para Derani (1997, p. 167), diz respeito ao cuidado. Nas palavras do autor: “[…] precaução é cuidado. O princípio da precaução está ligado aos conceitos de afastamento de perigo e segurança das gerações futuras, como também de sustentabilidade ambiental das actividades humanas. Este princípio é a tradução da busca da protecção da existência humana, seja pela protecção do ambiente como pelo asseguramento da integridade da vida humana. A partir desta premissa, deve-se também considerar não só o risco eminente de uma determinada actividade, como também os riscos futuros decorrentes de empreendimentos humanos, os quais nossa compreensão e o actual estágio de desenvolvimento da ciência jamais conseguem captar em toda densidade.”
Em suma, pode-se dizer que o princípio da prevenção tem como objectivo prevenir os danos ao meio ambiente quando as consequências da realização de determinados actos são conhecidas ou dele decorram, e o princípio da precaução deve ser visto como o que antecede a prevenção, pois sua preocupação não é evitar o dano ambiental. Antes disso, pretende evitar os riscos ambientais, explica Kuntz (2011).
No que tange ao princípio do poluidor-pagador, segundo Sintônio (2010), consiste na obrigação do poluidor arcar com os custos da reparação do dano por ele causado ao meio ambiente; e o princípio do protector-recebedor estabelece uma regra exactamente inversa a essa, em que o objectivo central é remunerar todo aquele que, de uma maneira ou de outra, deixou de explorar um recurso natural que era seu, em benefício do meio ambiente ou da colectividade, ou ainda, promoveu algo com o mesmo propósito. Nesses casos, estaria se referindo ao pagamento por serviços prestados.
O princípio do protector-recebedor poderá servir para remunerar os cidadãos que preservaram voluntariamente uma floresta ou inclusive mantiveram intactas suas reservas legais ou áreas de preservação permanente. A partir disso, há uma expectativa de que seja possível avançar na busca por variadas formas de remuneração por serviços ambientais prestados, como forma de estabelecer um equilíbrio entre a exploração e a protecção ambiental, de modo que essa protecção seja tão rentável quanto a exploração de recursos naturais.
Regime Jurídico das Áreas de Conservação 
Uma das formas mais reconhecidas e utilizadas para garantir a protecção das espécies e de ecossistemas são as chamadas unidades de conservação: parques nacionais, reservas biológicas e extractivas, entre outras. Trata-se de espaços territoriais com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo poder público, com objectivo de conservar a biodiversidade e outros atributos naturais neles contidos, com o mínimo de impacto humano. A Declaração de Bali, elaborada durante o III Congresso Mundial de Parques, realizado em 1982, enfatiza a importância das unidades de conservação como elementos indispensáveis para a conservação de biodiversidade, já que assegurariam, se adequadamente distribuídas geograficamente e em extensão, a manutenção de amostras representativas de ambientes naturais, da diversidade de espécies e de sua variabilidade genética, além de promover oportunidades para pesquisa científica, educação ambiental, turismo e outras formas menos impactantes de geração de renda, juntamente com a manutenção de serviços ecossistémicos essenciais à qualidade de vida.
Admissibilidade Jurídica da Figura de Zona de Protecção Total
Zonas de protecção total Consideram-se zonas de protecção total as áreas destinadas a actividades de conservação ou preservação da natureza e de defesa e segurança do Estado. Nas zonas de protecção total e parcial não podem ser adquiridos direitos de uso e aproveitamento da terra, podendo, no entanto, ser emitidas licenças especiais para o exercício de actividades determinadas.
Lei de Terras em Moçambique
Lei nº 19/97 De 1 de Outubro Como meio universal de criação de riqueza e do bem-estar social, o uso e aproveitamento da terra é direito de todo o povo moçambicano, Objectivos e princípios fundamentais da Politica Nacional de Terras (PNT) 1. A PNT estabelece os seguintes objectivos prioritários: - Recuperar a produção de alimentos e garantir a segurança alimentar; - Criar condições para que a agricultura do sector familiar se desenvolva e cresça, tanto em volume de produção como em índices de produtividade, sem que lhes falte o seu recurso principal, a terra; - Promover o investimento privado, utilizando de uma forma sustentável e rentável a terra e outros recursos naturais, sem prejudicar os interesses locais; Resolução do Conselho de Ministros nº 10/95, de 17 de Outubro, aprova a Política Nacional.
Crítica do regime de Infracção e Penalidade
Há um grande vazio dentro da legislação moçambicana relativa a exploração dos recursos naturais e se colocam a dois níveis: A falta de extensão dos avanços conseguidos em relação à terra e às florestas e fauna bravia, A falta de leis e regulamentos complementares que possam explicitar melhor alguns dos princípios, regras e direitos, necessidade de adoptar um nível adequado de simplificação dos termos técnicos de modo a lograr maior compreensão. Porque a implicação imediata e mesmo a disseminação dos instrumentos legais não tem sido efectiva visto que a interpretação, excesso de Burocracia.
Unidade XVIII: Direito do Ambiente e o Tratamento dos Resíduos Sólidos
O processo de urbanização acelerada de muitas cidades trouxe novas questões e desafios para aqueles que nelas vivem. As cidades nem sempre estiveram preparadas para receber tanta gente, carros, ruídos e especialmente todo lixo produzido, A palavra lixo, é definida no dicionário como sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na linguagem técnica, é sinónimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas actividades humanas, podendo ser de diversas origens: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de limpeza de vias públicas e outras.
Princípios Fundamentais dos Resíduos Sólidos 
Os princípios são mandamentos básicos que fundamentam o progresso de uma determinada doutrina formando suas concepções. A palavra princípio, do latim principium, significa “aquilo que torna primeiro”, designando início, começo, ponto de partida. Princípios jurídicos, sem dúvida, significam os pontos básicos, que servem de ponto de partida ou de elementos vitais do próprio Direito. São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: a prevenção e a precaução; o poluidor pagador e o protector-recebedor; a visão sistémica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, económica, tecnológica e de saúde pública; o desenvolvimento sustentável; a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; etc.
Regime Jurídico das Áreas de Conservação 
Uma das formas mais reconhecidas e utilizadas para garantir a protecção das espécies e de ecossistemas são as chamadas unidades de conservação – parques nacionais, reservas biológicas e extractivas, entre outras. Trata-se de espaços territoriais com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo poder público, com objectivo de conservar a biodiversidade e outros atributos naturais neles contidos, com o mínimo de impacto humano. A Declaração de Bali, elaborada durante o III Congresso Mundial de Parques, realizado em 1982, enfatiza a importância das unidades de conservação como elementos indispensáveis para a conservação de biodiversidade, já que assegurariam, se adequadamente distribuídas geograficamente e em extensão, a manutenção de amostras representativas de ambientes naturais, da diversidade de espécies e de sua variabilidade genética, além de promover oportunidades para pesquisa científica, educação ambiental, turismo e outras formas menos impactantes de geração de renda, juntamente com a manutenção de serviços ecossistémicos
essenciais à qualidade de vida.
Admissibilidade Jurídica da Figura de Zona de Protecção Total
Zonas de protecção total Consideram-se zonas de protecção total as áreas destinadas a actividades de conservação ou preservação da natureza e de defesa e segurança do Estado. Nas zonas de protecção total e parcial não podem ser adquiridos direitos de uso e aproveitamento da terra, podendo, no entanto, ser emitidas licenças especiais para o exercício de actividades determinadas.
Lei de Terras em Moçambique
Lei nº 19/97 De 1 de Outubro Como meio universal de criação de riqueza e do bem estar social, o uso e aproveitamento da terra é direito de todo o povo moçambicano, Objectivos e princípios fundamentais da Politica Nacional de Terras (PNT) 1. A PNT estabelece os seguintes objectivos prioritários: - Recuperar a produção de alimentos e garantir a segurança alimentar; - Criar condições para que a agricultura do sector familiar se desenvolva e cresça, tanto em volume de produção como em índices de produtividade, sem que lhes falte o seu recurso principal, a terra; - Promover o investimento privado, utilizando de uma forma sustentável e rentável a terra e outros recursos naturais, sem prejudicar os interesses locais; Resolução do Conselho de Ministros nº 10/95, de 17 de Outubro, aprova a Política Nacional
Conclusão
O crescimento de um país é indispensável, não resta dúvida, porém, deve ser feito de maneira planejada e sustentável, visando o objectivo primordial de garantir a harmonia entre o desenvolvimento sócio - económico e a preservação da qualidade ambiental, de modo que o progresso se verifique em função do homem e não às custas dele. A política ambiental não deve ser entendida como elemento inibidor do desenvolvimento, mas sim como um de seus instrumentos mais valiosos, haja vista que propicia a gestão racional dos recursos naturais. O planeta passa por uma séria crise ambiental, que vem se agravando a cada dia. A actuação indiscriminada e inconsequente do homem na busca dos bens naturais (que são limitados), necessários à satisfação de seu bem-estar, tem sido factor determinante para o desequilíbrio e a progressiva destruição de ecossistemas.
Referências Bibliográficas
Antunes, P. B. (2002). Direito Ambiental. 6ª ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris.
Milaré, E. (2000). Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, prática, glossário. São Paulo.
Pires, C. M. S. (sd). Manual do Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental - 2º Ano Noções de Direito Ambiental. UCM-CED. Moçambique: Beira

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