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1 Tony Tomé Magival Matende Tema: Uso obrigatorio de equipamento de proteção individual Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos - 1º Ano Pós-Laboral Universidade Púngè Tete 2020 2 Tony Tomé Magival Matende Tema: Uso obrigatorio de equipamento de proteção individual Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos - 1º Ano Pós-Laboral Trabalho de carácter Avaliativo a ser apresentado no Departamento de Ciências Económicas e Contábeis na cadeira de Métodos de Estudos e de Investigação Cientifica recomendado pelo docente MSC: Pedro Davide Direito Universidade Púnguè Tete 2020 3 Índice Capitulo I .............................................................................................................................. 4 1. Introdução ......................................................................................................................... 4 2. Objectivos ......................................................................................................................... 5 2.1. Objectivo geral ............................................................................................................... 5 2.2. Objectivos Específicos ................................................................................................... 5 2.3. Metodologia ................................................................................................................... 5 Capitulo II ............................................................................................................................. 6 3. Conceitos .......................................................................................................................... 6 3.1. Equipamento de proteção individual (EPI) .................................................................... 6 3.2. Equipamentos de proteção colelectivos (EPCs) ............................................................ 7 4. Origem .............................................................................................................................. 7 4.1.Evolução ......................................................................................................................... 7 4.2. Normalização do uso do EPI ......................................................................................... 7 4.3. Em Moçambique ............................................................................................................ 8 5. Importância do EPI ........................................................................................................... 8 5.1. Objetivo da utilização de EPIs ....................................................................................... 9 5.2. O uso de EPI .................................................................................................................. 9 5.2.1. Alguns exemplos de riscos no ambiente de trabalho: ................................................. 9 5.2.2. Pode-se exemplificar a presença de riscos de acidentes por: ..................................... 9 5.3. Tipos de EPIs ............................................................................................................... 10 5.4. Competências na escolha de EPI por actividade ......................................................... 11 5.4.1. Obrigações da Empresa ............................................................................................ 11 5.4.2. Obrigação do trabalhador: ........................................................................................ 12 5.5. Consequências de má utilização do EPI ...................................................................... 12 5.5.1. Consequências para o trabalhador ............................................................................ 12 5.5.2.Consequências para a empresa .................................................................................. 13 5.6.Periodicidade de troca dos EPIs ................................................................................... 14 6. Conclusão ....................................................................................................................... 17 7. Referências Bibliograficas .............................................................................................. 18 4 Capitulo I 1. Introdução O sucesso de uma empresa passa pela boa gesão do sector de Saúde e Seguraça no Trabalho. Nem todos os trabalhadores de uma instituição olham o uso de equipamentos de proteção com bons olhos, mas também o uso deles não quer dizer que combate-se os acidentes a 100%, mas sim visa a minimizar os riscos de acidentes que possam ocorrer durante a realização das actividades laborais. Para a realização duma actividade, primeiro deve-se fazer uma avaliação dos riscos que cada actividade possa ter. A boa organização no ambiente de trabalho por parte dos trabalhadores reduz consideravelmente os riscos dos acidentes. Tanto como sabemos o sector da Saúde e segurança no trabalho está directamente ligada à boa Gestão dos Recursos Humanos de uma Intituição. 5 2. Objectivos 2.1.Objectivo geral Fazer um trabalho investigativo sobre o Uso obrigatorio de equipamento de proteção individual. 2.2. Objectivos Específicos Descrever o conceito de equipamentos de proteção; Conhecer a origem, evolução e normalização; Saber o que a Constituição da República de Moçambique estabelece; Identificar os tipos de equipamento de proteção; Citar os objetivos do seu uso; Conhecer as consequencias de má utilização; Definir a compentência na escolha do equipamento para cada actividade a realizar; Conhecer a periodicidade de troca dos equipamentos de proteção. 2.3. Metodologia Para a elaboração do presente trabalho, primeiramente efetuou-se uma investigação e leitura de alguns manuais relacionados ao tema abordado, que visou no levantamento de informações contundentes. Quanto à tipologia, o presente trabalho classifica-se em Bibliográfica. 6 Capitulo II 3. Conceitos 3.1. Equipamento de proteção individual (EPI) Segundo Cunha (2006) e a Norma Regulamentadora NR-6, Equipamento de Proteção Individual (EPI), refere-se a um equipamento de uso particular, tendo como função a de minimizar certos acidentes e também a proteger contra certas doenças que poderiam ser ocasionadas pelo ambiente de trabalho (ver fig.1). Devem-se utilizar tais equipamentos quando as medidas de proteção coletiva não solucionam os inconvenientes. No entanto, normalmente ocorre o contrário, no qual grande parte utiliza o EPI como opção prioritária para a segurança dos operários, sem existir uma análise global da situação (LOPES NETO; BARRETO, 1996). Não há dúvidas que quanto mais confortável for o EPI, melhor será a recepção do mesmo pelo trabalhador. Como isso, deve-se zelar por um equipamento que tenha praticidade, que proteja bem, seja de boa manutenção, e que sejam resistentes e duradouros (MONTENEGRO; SANTANA, 2012). Figura 1. EPI 7 3.2. Equipamentos de proteção colelectivos (EPCs) Os EPCs são utilizados a proteger a coletividade na empresa, devem ser utilizados prioritariamente (ver fig. 2), contudo quando os mesmos não garantirem a segurança dos trabalhadores, a utilização dos EPIs deve ocorrer para garantir a segurança e bem estar dos colaboradores. Como exemplo de EPCs há os extintores de incêndio, sinalização de segurança e a devida proteção de partes de máquinas e equipamentos. Figura 2. EPCs 4. Origem O surgimento dos equipamentos de proteção individual de acordo com BARSANO apud BARBOSA (2014) remonta a época dos homens das cavernas, quando os mesmos vestiam-sede peles de animais para se protegerem de intempéries, como a chuva e o frio, e utilizavam-se pedras e lanças como forma de defesa contra os animais selvagens. 4.1. Evolução A evolução dos equipamentos de proteção individual, segundo LEAL (2010), pode ser observada desde a Idade Média, quando os cavaleiros medievais se protegiam dos seus inimigos com armaduras. Percebe-se assim que em cada momento o homem instintivamente e de acordo com a necessidade foi buscando proteção para si e sua família. 4.2. Normalização do uso do EPI Foi na Revolução Industrial do século XVIII, com o advento da máquina a vapor, conforme lição de SALIBA (2008), que o trabalhador passou a conviver com um ambiente nunca antes visto, no qual existia um trabalho agressivo, com divisões de tarefas e concentração de várias pessoas num mesmo local, surgindo assim, os riscos de acidentes e doenças do trabalho. 8 Tal cenário contribuiu, de acordo com BARSANO apud BARBOSA (2014), para a diminuição da expectativa de vida dos trabalhadores, em virtude das circunstâncias precárias de trabalho e do risco enfrentado na execução das atividades laborais. Insurgindo desta maneira a necessidade de criação de normas para regulamentar as condições de trabalho, inclusive as próprias Leis Trabalhistas conforme destaca o mesmo autor a seguir: “As reivindicações foram tamanhas que o poder público percebeu a necessidade de ser criar uma norma que assegurasse esse tão importante direito, culminando com a aprovação do Decreto-lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, que hoje conhecemos como a Consolidação da Leis de Trabalho (CLT)”. 4.3. Em Moçambique A Constituição da república de Moçambique estabelece o direito do trabalhador a condições de trabalho higiénicas e seguras. Esta é a principal disposição contida na legislação relativa a Saúde Segurança no Trabalho (SST), que também inclui as exigências gerais prescritas na Lei do Trabalho e desenvolvimentos específicos para determinados sectores, nomeadamente, a indústria, a construção civil e a exploração mineira. Parte da legislação moçambicana sobre SST, principalmente a que diz respeito aos sectores económicos, foi herdada do Direito português durante o período colonial, pelo que o sistema jurídico de Moçambique se pode caracterizar pela sua dualidade. As principais leis sobre SST são: A Lei do Trabalho N.º 23/2007 de 1 de Agosto, relativa ao regime jurídico de acidentes de trabalho e doenças profissionais. A cooperação entre o Estado e as organizações de empregadores e os sindicados realiza-se através de um organismo tripartido: a Comissão Consultiva do Trabalho. A Inspeção-Geral do Trabalho é o principal serviço com competências em questões de SST. 5. Importância do EPI O EPI é importante para proteger os profissionais individualmente, reduzindo qualquer tipo de ameaça ou risco para o trabalhador. O uso dos equipamentos de proteção é determinado por uma norma técnica chamada NR 6, que estabelece que os EPIs sejam fornecidos de forma gratuita ao trabalhador para o desempenho de suas funções dentro da empresa. 9 5.1. Objetivo da utilização de EPIs O EPI tem a função de proteger individualmente cada trabalhador de possíveis lesões quando há ocorrência de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Portanto, o EPI não evita os acidentes em si, mas protege o trabalhador quando o risco estiver ligado à função ou ao cargo do trabalhador e à exposição ao agente. O risco está ligado ao tipo e à quantidade do agente, ao tempo de exposição e à sensibilidade do organismo do trabalhador. 5.2. O uso de EPI Antentes da realização de cada actividade deve-se fazer o estudo dos riscos que possam ocorrer, para a posterior definir o tipo de EPI que possa servir para a redução dos riscos previstos. A adoção de equipamento de proteção individual será realizada pela empresa nas seguintes circunstâncias: Sempre que as medidas de proteção coletiva (EPC) não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes no trabalho ou de doenças profissionais. Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendoimplantadas; Em situações de emergência; Quando a atividade do trabalhador apresentar risco ocupacional. 5.2.1. Alguns exemplos de riscos no ambiente de trabalho: Físicos: ruídos, radiações ionizantes e não ionizantes, frio, calor, pressões anormais, umidade; Químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, substâncias, compostos ou produtos químicos em geral; Biológicos: bactérias, fungos, vírus, etc; Ergonômicos: movimentos repetitivos, postura inadequada, etc. 5.2.2. Pode-se exemplificar a presença de riscos de acidentes por: Arranjo físico inadequado; Máquinas e equipamentos sem proteção; Iluminação inadequada; Eletricidade; Probabilidade de incêndio ou explosão; 10 Armazenamento de produtos de forma inadequada, como os agentes tóxicos ou resíduos químicos; Presença de animais peçonhentos. Para agentes tóxicos, característica que não pode ser modificada pelo trabalhador, o uso de EPI é a única maneira concreta de reduzir o risco, aliado à diminuição da exposição. Nesse caso, não basta apenas usar o EPI, mas também é necessário manusear o agente tóxico com cuidado, bem como utilizar equipamentos para sua aplicação. Independentemente da atividade que necessita uso de EPI, o empregado deverá receber informações gerais como: Riscos ou danos que pode sofrer se não usar o EPI; Conhecer as finalidades e o modo de uso de cada EPI recomendado; Conhecer a forma de limpeza e conservação do EPI; Conhecer o tempo de vida útil do EPI; Conhecer outras especificações do EPI; Denunciar a falta de EPI no local de trabalho, a não utilização ou a má utilização por parte dos empregados. 5.3. Tipos de EPIs Existem vários tipos de EPIs, cada qual com sua finalidade e modo de usar, com especificações muito particulares dependendo da atividade laboral a ser executada. Citam- se aqui alguns exemplos gerais: Luvas: destinadas à proteção das mãos, dedos e braços contra riscos mecânicos, térmicos e químicos. São confeccionadas em vários materiais, dependo da proteção desejada. Botas: destinados à proteção dos pés, dedos, e pernas contra riscos térmicos, umidade, produtos químicos, quedas e animais peçonhentos. Aventais, capas, calças e blusas: destinados à proteção do corpo em geral contra calor, frio, produtos químicos e umidade. Óculos: destinados à proteção dos olhos contra partículas, luz intensa, radiação e respingos de produtos químicos. Cintos de segurança: proteção contra quedas com diferença de nível. 11 Máscaras: proteção da face contra partículas, respingos de produtos químicos e ainda proteção respiratória contra poeiras, névoas, gases e vapores. Capacetes: proteção do crânio contra impacto, choque elétrico e combate a incêndio. Gorros: proteção dos cabelos contra respingos de produtos químicos e proteção do ambiente contra partículas do cabelo. Capuz: proteção do crânio contra riscos térmicos, respingos de produtos químicos e contato com partes móveis de máquinas. Cremes diversos: proteção da pele contra a ação de produtos químicos em geral. 5.4. Competências na escolha de EPI por actividade Compete ao Setor de Gestão de Recursos Humanos da Empresa, por meio da Segurança do Trabalho: Indicar o EPI adequado ao risco existente em cada atividade; Elaborar e fornecer o catálogo de distribuição de EPI por cargo/ função/setor; Avaliar o uso geral dos EPI por função/setor na Unidade; Proporcionar e avaliar treinamentos para uso de EPI; Avaliar acidentes de trabalho relacionados à falta de EPI ou a sua não utilização na Unidade; Avaliar as medidas administrativas e outras intervenções realizadas no âmbito da segurança dos trabalhadores relacionados ao uso de EPI. 5.4.1. Obrigaçõesda Empresa Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; Substituir imediatamente o EPI danificado ou extraviado, inclusive em caráter emergencial, se necessário; Exigir o uso do EPI de forma correta, aplicando as sanções previstas em leis para os trabalhadores que não cumprirem a ordem; Fornecer ao empregado gratuitamente EPI aprovado; Instruir e treinar quanto aouso dos EPI Substituir os EPIs de acordo com periodicidade apropriada. 12 5.4.2. Obrigação do colaborador: Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina durante a jornada de trabalho; Receber os EPIs recomendados assinando a ficha de controle individual de distribuição de EPIs; Responsabilizar-se pela guarda e conservação do EPI; Cumprir as determinações da Segurança do Trabalho sobre o uso adequado guarda e conservação do EPI; Solicitar ao Supervisor imediato a requisição para efetuar a troca do EPI impróprio para uso; Responsabilizar-se por dolo, extravio, dano ou alteração do EPI adequado para uso, ficando obrigado a reembolsar a Unidade o valor do EPI, sem prejuízo de outras punições; Devolver o EPI reutilizável à Segurança do Trabalho, quando o trabalhador se desligar da Unidade. 5.5. Consequências de má utilização do EPI A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA deve orientar o trabalhador quanto à obrigatoriedade do uso de EPI e comunicar o supervisor a falta da utilização do mesmo. Cabe ao Supervisor imediato orientar o trabalhador e tornar obrigatório o uso do EPI, bem como tomar ações corretivas, se necessário. 5.5.1. Consequências para o trabalhador Demissão por justa causa Quando o trabalhador deixa de usar os equipamentos de proteção previstos para a sua função, pode surgir uma série de impactos negativos, inclusive legalmente. De acordo com o artigo, que torna obrigatória a utilização de EPIs, quando houver riscos na função e o trabalhador simplesmente se recusar a utilizá-los, injustificadamente, poderá sofrer sanções disciplinares, inclusive ver seu contrato rescindido por justa causa. Portanto, é permitido à empresa demitir o trabalhador por justa causa se ele se recusar a aderir as normas de segurança contempladas nas leis trabalhistas. 13 Risco de acidentes de trabalho O mau uso de EPI também aumenta os riscos de acidentes de trabalho, inclusive os fatais. Isso porque, as possibilidades de lesão ou de desenvolvimento de uma doença em decorrência das atividades potencialmente perigosas sem proteção são bem maiores. Impactos na saúde Mesmo que não haja um acidente de trabalho propriamente dito, os EPIs protegem o trabalhador em condições de trabalho que são nocivas à saúde. A sua correta utilização minimiza ou mesmo elide totalmente os impactos na saúde. Por exemplo, pode haver a perda parcial da audição em um ambiente com alto nível de ruídos se não houver o uso constante de um protetor auricular. 5.5.2. Consequências para o empregador Multas A empresa precisa obrigar os seus colaboradores a utilizar os equipamentos de segurança, caso contrário, pode ter que pagar multas se houver fiscalização ou perícia nos ambientes de risco. Interdição Se houver uma vistoria na empresa e os colaboradores forem flagrados em condições irregularidades, por estarem utilizando ou fazendo mau uso dos EPIs necessários às suas funções, os Órgãos Fiscalizadores podem até mesmo interditar o estabelecimento. Processos judiciais, indenizações e pensões. Além de sofrer penalidades administrativas, como apontadas acima, a empresa pode chegar a responder judicialmente caso um de seus colaboradores solicite compensação por ter a sua saúde impactada de alguma forma pelo fornecimento inadequado de EPIs em seu ambiente de trabalho, ou por falta de orientações por parte do empregador. A empresa também fica sujeita ao pagamento de indenizações de acidentes de trabalho, sem contar que, em casos mais extremos, quando há morte do empregado devido ao mau uso de EPI ou à falta deles, a família da vítima tem direito a uma pensão que pode ser cobrada do empregador. 14 5.6. Periodicidade de troca dos EPIs Não há norma que indique o tempo de validade de EPIs, pois como é um item de proteção, a qualquer momento pode sofrer alguma alteração oriunda de um acidente. Assim, o EPI pode fazer seu papel, mesmo com minutos de utilização. Os Equipamentos de Proteção como luvas, calçados, aventais, capas de chuva, óculos sofrem desgaste natural decorrente do uso e muitas vezes, basta um exame visual para se notar que precisam ser trocados. Todo EPI deve passar por testes visuais que devem ser realizados diariamente, se apresentar qualquer deterioração que possa prejudicar seu desempenho e segurança, deve ser solicitada sua substituição junto à área de Segurança do Trabalho. Calçado de segurança Deverá ser substituído anualmente ou sempre que apresentar algum dano que comprometa a proteção do usuário. Capacete Deverá ser substituído anualmente ou sempre que apresentar trincas, perfuração, deformação ou outra danificação resultante de impacto ou desgaste que possa reduzir o grau de segurança original. Conjunto para aplicação de defensivos (calça, camisa, avental e capuz) Deverá ser substituído quando rasgar, apresentar desgaste significativo, ter sido lavado pelo número de vezes indicado pelo fabricante ou por indicação da área de Segurança do Trabalho. Cinto de segurança Os equipamentos devem ser substituídos a cada dois anos ou sempre que fitas ou costuras estiverem danificadas e desgastadas, depois de entrar em contato com substâncias químicas, particularmente substâncias ácidas, caso existam sujeiras que não possam ser removidas (betume, graxa, óleo), depois de um impacto severo (queda), após exposicão por temperaturas extremas através de fricção. 15 Roupas (calça, camisas, aventais, macacões e bonés) Substituir quando rasgadas, furadas ou de alguma forma danificadas. Luvas isolantes para eletricistas Quando reprovado nos ensaios elétrico aplicável ou anual ou caso estejam furadas ou rasgadas, com deformidades ou desgastes intensos. Óculos de proteção Deverá ser substituído anualmente ou quando apresentar avaria que comprometa o uso ou a proteção. Perneira Deverá ser substituída anualmente ou quando rasgar ou apresentar outra avaria que comprometa o seu uso. Protetor auricular tipo concha Substituição obrigatória do conjunto anualmente. Protetor auricular tipo plug de inserção Deverá ser substituído a cada 2 meses, independente da frequência de utilização. Protetor facial em plástico transparente Periodicidade de troca: todo o protetor deve ser substituído anualmente ou quando apresentar trincas, furos, deformações ou esfolamento excessivo. Respirador semi-facial Periodicidade de troca: esse modelo de respirador será trocado anualmente; a manutenção do equipamento, realizada sempre que necessária e a substituição dos filtros será feita da seguinte forma: O Cartucho Químico – substituição a cada 6 meses ou se algum cheiro, sabor ou irritação for detectado. 16 O Pré-filtro – substituição a cada 30 (trinta) dias, ou se algum cheiro, sabor ou irritação for detectado de acordo com recomendação do fabricante. Respirador peça facial sem manutenção O respirador deve ser trocado por outro novo quando estiver saturado, deformado, rasgado, faltando elástico ou clipe nasal. A saturação ocorrerá quando apresentar sensação de entupimento ou dificuldade para respirar, ou quando o cheiro do produto químico puder ser sentido dentro do respirador. O usuário é quem define o momento adequado para a troca do respirador. 17 6. Conclusão Nota-se que o uso de equipamento de proteção tanto individual como coletivo não está sendo aplicado pelas Pequenase médias empresas moçambicanas. Com o aparecimento de empresas multinacionais que operam em varias áreas como mineira, construção civil gás, etc, há uma tendencia de as pequenas e médias empresas se adaptarem no uso desse matérial devido as exigencias que elas impõem. As empresas miltinacionais são provenientes de paises em que a lei trabalhista do uso de equipamentos de proteção está sendo bem aplicado e fiscalizado com rigor. Em Moçambique existem leis que regulam o uso de equipamento de proteção, mas a não utilização por parte das empresas moçambicanas deve-se a fraca inspenção do Ministerio do trabalho que é o orgão que tutela a área de Saúde e Segurança no Trabalho. 18 7. Referências Bibliograficas CUNHA, Marco Aurélio Pereira da. Análise do uso de EPI’s e EPC’s em obras verticais. Tese (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) – Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2006. LOPES NETO, André; BARRETO, Maria de Lourdes. A utilização do EPI neutraliza a Insalubridade. Revista CIPA - Caderno Informativo de Prevenção de Acidentes. São Paulo: CIPA Publicações, ano xvii, n. 187, 1996. MONTENEGRO, Daiane Silva; SANTANA, Marcos Jorge Almeida. Resistência do Operário ao Uso do Equipamento de Proteção Individual. Disponível em: <http://info.ucsal.br/banmon/Arquivos/Mono3_0132.pdf>. Acesso em 13 de janeiro de 2012. BARSANO, Paulo Roberto; BARBOSA, Rildo Pereira; SOARES, Suerlane Pereira da Silva. Equipamentos de Segurança. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014. BARSANO, Paulo Roberto; BARBOSA, Rildo Pereira. Segurança do Trabalho, Guia Prático e Didático. 1. ed. São Paulo: Érica; 2014 LEAL, João Tiago Porto Veloso. A evolução dos EPI. Risco Zero, Treinamentos e Programas de Segurança do Trabalho. Disponível em: http://riscozerotreinamentos.blogspot.com.br/2010/07/evolucao-dos-epi.html. Acesso em 20 de fevereiro de 2017. SALIBA, Tuffi Messias. Curso Básico de Segurança e Higiene Ocupacional. 2. ed. São Paulo: LTr, 2008. LEGOSH, OIT: http://www.ilo.org/dyn/legosh/en/f?p=14100:1100:0::NO:1100:P1100_ISO_CODE3,P110 0_YEAR:MOZ,2014:NO. BRASIL, Portaria MTB n. 3.214, de 08 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina doTrabalho. Disponível em< http://portal.mte.gov.br/legislacao/normasregulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 10 dez. 2012. BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho – CLT - 1943. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm Acesso em: 10 dez. 2012. http://www.ilo.org/dyn/legosh/en/f?p=14100:1100:0::NO:1100:P1100_ISO_CODE3,P1100_YEAR:MOZ,2014:NO http://www.ilo.org/dyn/legosh/en/f?p=14100:1100:0::NO:1100:P1100_ISO_CODE3,P1100_YEAR:MOZ,2014:NO http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm