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1 
 
Tony Tomé Magival Matende 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tema: Uso obrigatorio de equipamento de proteção individual 
Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos - 1º Ano Pós-Laboral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Púngè 
Tete 
2020 
2 
 
Tony Tomé Magival Matende 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tema: Uso obrigatorio de equipamento de proteção individual
Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos - 1º Ano Pós-Laboral 
 
 
 
Trabalho de carácter Avaliativo a ser 
apresentado no Departamento de 
Ciências Económicas e Contábeis na 
cadeira de Métodos de Estudos e de 
Investigação Cientifica recomendado 
pelo docente MSC: 
Pedro Davide Direito 
 
 
 
 
Universidade Púnguè 
Tete 
2020 
3 
 
Índice 
Capitulo I .............................................................................................................................. 4 
1. Introdução ......................................................................................................................... 4 
2. Objectivos ......................................................................................................................... 5 
2.1. Objectivo geral ............................................................................................................... 5 
2.2. Objectivos Específicos ................................................................................................... 5 
2.3. Metodologia ................................................................................................................... 5 
Capitulo II ............................................................................................................................. 6 
3. Conceitos .......................................................................................................................... 6 
3.1. Equipamento de proteção individual (EPI) .................................................................... 6 
3.2. Equipamentos de proteção colelectivos (EPCs) ............................................................ 7 
4. Origem .............................................................................................................................. 7 
4.1.Evolução ......................................................................................................................... 7 
4.2. Normalização do uso do EPI ......................................................................................... 7 
4.3. Em Moçambique ............................................................................................................ 8 
5. Importância do EPI ........................................................................................................... 8 
5.1. Objetivo da utilização de EPIs ....................................................................................... 9 
5.2. O uso de EPI .................................................................................................................. 9 
5.2.1. Alguns exemplos de riscos no ambiente de trabalho: ................................................. 9 
5.2.2. Pode-se exemplificar a presença de riscos de acidentes por: ..................................... 9 
5.3. Tipos de EPIs ............................................................................................................... 10 
5.4. Competências na escolha de EPI por actividade ......................................................... 11 
5.4.1. Obrigações da Empresa ............................................................................................ 11 
5.4.2. Obrigação do trabalhador: ........................................................................................ 12 
5.5. Consequências de má utilização do EPI ...................................................................... 12 
5.5.1. Consequências para o trabalhador ............................................................................ 12 
5.5.2.Consequências para a empresa .................................................................................. 13 
5.6.Periodicidade de troca dos EPIs ................................................................................... 14 
6. Conclusão ....................................................................................................................... 17 
7. Referências Bibliograficas .............................................................................................. 18 
 
 
4 
 
Capitulo I 
1. Introdução 
O sucesso de uma empresa passa pela boa gesão do sector de Saúde e Seguraça no 
Trabalho. 
Nem todos os trabalhadores de uma instituição olham o uso de equipamentos de proteção 
com bons olhos, mas também o uso deles não quer dizer que combate-se os acidentes a 
100%, mas sim visa a minimizar os riscos de acidentes que possam ocorrer durante a 
realização das actividades laborais. 
Para a realização duma actividade, primeiro deve-se fazer uma avaliação dos riscos que 
cada actividade possa ter. 
A boa organização no ambiente de trabalho por parte dos trabalhadores reduz 
consideravelmente os riscos dos acidentes. 
Tanto como sabemos o sector da Saúde e segurança no trabalho está directamente ligada à 
boa Gestão dos Recursos Humanos de uma Intituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. Objectivos 
2.1.Objectivo geral 
 Fazer um trabalho investigativo sobre o Uso obrigatorio de equipamento de 
proteção individual. 
2.2. Objectivos Específicos 
 Descrever o conceito de equipamentos de proteção; 
 Conhecer a origem, evolução e normalização; 
 Saber o que a Constituição da República de Moçambique estabelece; 
 Identificar os tipos de equipamento de proteção; 
 Citar os objetivos do seu uso; 
 Conhecer as consequencias de má utilização; 
 Definir a compentência na escolha do equipamento para cada actividade a realizar; 
 Conhecer a periodicidade de troca dos equipamentos de proteção. 
2.3. Metodologia 
Para a elaboração do presente trabalho, primeiramente efetuou-se uma investigação e 
leitura de alguns manuais relacionados ao tema abordado, que visou no levantamento de 
informações contundentes. Quanto à tipologia, o presente trabalho classifica-se em 
Bibliográfica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Capitulo II 
3. Conceitos 
3.1. Equipamento de proteção individual (EPI) 
Segundo Cunha (2006) e a Norma Regulamentadora NR-6, Equipamento de Proteção 
Individual (EPI), refere-se a um equipamento de uso particular, tendo como função a de 
minimizar certos acidentes e também a proteger contra certas doenças que poderiam ser 
ocasionadas pelo ambiente de trabalho (ver fig.1). Devem-se utilizar tais equipamentos 
quando as medidas de proteção coletiva não solucionam os inconvenientes. No entanto, 
normalmente ocorre o contrário, no qual grande parte utiliza o EPI como opção prioritária 
para a segurança dos operários, sem existir uma análise global da situação (LOPES 
NETO; BARRETO, 1996). 
Não há dúvidas que quanto mais confortável for o EPI, melhor será a recepção do mesmo 
pelo trabalhador. Como isso, deve-se zelar por um equipamento que tenha praticidade, que 
proteja bem, seja de boa manutenção, e que sejam resistentes e duradouros 
(MONTENEGRO; SANTANA, 2012). 
Figura 1. EPI 
 
 
7 
 
3.2. Equipamentos de proteção colelectivos (EPCs) 
Os EPCs são utilizados a proteger a coletividade na empresa, devem ser utilizados 
prioritariamente (ver fig. 2), contudo quando os mesmos não garantirem a segurança dos 
trabalhadores, a utilização dos EPIs deve ocorrer para garantir a segurança e bem estar dos 
colaboradores. Como exemplo de EPCs há os extintores de incêndio, sinalização de 
segurança e a devida proteção de partes de máquinas e equipamentos. 
Figura 2. EPCs 
 
4. Origem 
O surgimento dos equipamentos de proteção individual de acordo com BARSANO apud 
BARBOSA (2014) remonta a época dos homens das cavernas, quando os mesmos 
vestiam-sede peles de animais para se protegerem de intempéries, como a chuva e o frio, 
e utilizavam-se pedras e lanças como forma de defesa contra os animais selvagens. 
4.1. Evolução 
 A evolução dos equipamentos de proteção individual, segundo LEAL (2010), pode ser 
observada desde a Idade Média, quando os cavaleiros medievais se protegiam dos seus 
inimigos com armaduras. Percebe-se assim que em cada momento o homem 
instintivamente e de acordo com a necessidade foi buscando proteção para si e sua família. 
4.2. Normalização do uso do EPI 
Foi na Revolução Industrial do século XVIII, com o advento da máquina a vapor, 
conforme lição de SALIBA (2008), que o trabalhador passou a conviver com um ambiente 
nunca antes visto, no qual existia um trabalho agressivo, com divisões de tarefas e 
concentração de várias pessoas num mesmo local, surgindo assim, os riscos de acidentes e 
doenças do trabalho. 
8 
 
Tal cenário contribuiu, de acordo com BARSANO apud BARBOSA (2014), para a 
diminuição da expectativa de vida dos trabalhadores, em virtude das circunstâncias 
precárias de trabalho e do risco enfrentado na execução das atividades laborais. Insurgindo 
desta maneira a necessidade de criação de normas para regulamentar as condições de 
trabalho, inclusive as próprias Leis Trabalhistas conforme destaca o mesmo autor a seguir: 
“As reivindicações foram tamanhas que o poder público percebeu a necessidade de ser criar 
uma norma que assegurasse esse tão importante direito, culminando com a aprovação do 
Decreto-lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, que hoje conhecemos como a Consolidação da 
Leis de Trabalho (CLT)”.
 
4.3. Em Moçambique 
A Constituição da república de Moçambique estabelece o direito do trabalhador a 
condições de trabalho higiénicas e seguras. Esta é a principal disposição contida na 
legislação relativa a Saúde Segurança no Trabalho (SST), que também inclui as exigências 
gerais prescritas na Lei do Trabalho e desenvolvimentos específicos para determinados 
sectores, nomeadamente, a indústria, a construção civil e a exploração mineira. Parte da 
legislação moçambicana sobre SST, principalmente a que diz respeito aos sectores 
económicos, foi herdada do Direito português durante o período colonial, pelo que o 
sistema jurídico de Moçambique se pode caracterizar pela sua dualidade. As principais leis 
sobre SST são: A Lei do Trabalho N.º 23/2007 de 1 de Agosto, relativa ao regime jurídico 
de acidentes de trabalho e doenças profissionais. A cooperação entre o Estado e as 
organizações de empregadores e os sindicados realiza-se através de um organismo 
tripartido: a Comissão Consultiva do Trabalho. A Inspeção-Geral do Trabalho é o 
principal serviço com competências em questões de SST. 
5. Importância do EPI 
O EPI é importante para proteger os profissionais individualmente, reduzindo qualquer 
tipo de ameaça ou risco para o trabalhador. O uso dos equipamentos de proteção é 
determinado por uma norma técnica chamada NR 6, que estabelece que os EPIs sejam 
fornecidos de forma gratuita ao trabalhador para o desempenho de suas funções dentro da 
empresa. 
9 
 
5.1. Objetivo da utilização de EPIs 
O EPI tem a função de proteger individualmente cada trabalhador de possíveis lesões 
quando há ocorrência de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Portanto, o EPI 
não evita os acidentes em si, mas protege o trabalhador quando o risco estiver ligado à 
função ou ao cargo do trabalhador e à exposição ao agente. O risco está ligado ao tipo e à 
quantidade do agente, ao tempo de exposição e à sensibilidade do organismo do 
trabalhador. 
5.2. O uso de EPI 
Antentes da realização de cada actividade deve-se fazer o estudo dos riscos que possam 
ocorrer, para a posterior definir o tipo de EPI que possa servir para a redução dos riscos 
previstos. 
A adoção de equipamento de proteção individual será realizada pela empresa nas seguintes 
circunstâncias: 
 Sempre que as medidas de proteção coletiva (EPC) não oferecerem completa 
proteção contra os riscos de acidentes no trabalho ou de doenças profissionais. 
 Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendoimplantadas; 
 Em situações de emergência; 
 Quando a atividade do trabalhador apresentar risco ocupacional. 
5.2.1. Alguns exemplos de riscos no ambiente de trabalho: 
 Físicos: ruídos, radiações ionizantes e não ionizantes, frio, calor, pressões 
anormais, umidade; 
 Químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, substâncias, compostos ou 
produtos químicos em geral; 
 Biológicos: bactérias, fungos, vírus, etc; 
 Ergonômicos: movimentos repetitivos, postura inadequada, etc. 
5.2.2. Pode-se exemplificar a presença de riscos de acidentes por: 
 Arranjo físico inadequado; 
 Máquinas e equipamentos sem proteção; 
 Iluminação inadequada; 
 Eletricidade; 
 Probabilidade de incêndio ou explosão; 
10 
 
 Armazenamento de produtos de forma inadequada, como os agentes tóxicos ou 
resíduos químicos; 
 Presença de animais peçonhentos. 
Para agentes tóxicos, característica que não pode ser modificada pelo trabalhador, o uso de 
EPI é a única maneira concreta de reduzir o risco, aliado à diminuição da exposição. Nesse 
caso, não basta apenas usar o EPI, mas também é necessário manusear o agente tóxico 
com cuidado, bem como utilizar equipamentos para sua aplicação. 
Independentemente da atividade que necessita uso de EPI, o empregado deverá receber 
informações gerais como: 
 Riscos ou danos que pode sofrer se não usar o EPI; 
 Conhecer as finalidades e o modo de uso de cada EPI recomendado; 
 Conhecer a forma de limpeza e conservação do EPI; 
 Conhecer o tempo de vida útil do EPI; 
 Conhecer outras especificações do EPI; 
 Denunciar a falta de EPI no local de trabalho, a não utilização ou a má utilização 
por parte dos empregados. 
5.3. Tipos de EPIs 
Existem vários tipos de EPIs, cada qual com sua finalidade e modo de usar, com 
especificações muito particulares dependendo da atividade laboral a ser executada. Citam-
se aqui alguns exemplos gerais: 
 Luvas: destinadas à proteção das mãos, dedos e braços contra riscos mecânicos, 
térmicos e químicos. São confeccionadas em vários materiais, dependo da proteção 
desejada. 
 Botas: destinados à proteção dos pés, dedos, e pernas contra riscos térmicos, 
umidade, produtos químicos, quedas e animais peçonhentos. 
 Aventais, capas, calças e blusas: destinados à proteção do corpo em geral contra 
calor, frio, produtos químicos e umidade. 
 Óculos: destinados à proteção dos olhos contra partículas, luz intensa, radiação e 
respingos de produtos químicos. 
 Cintos de segurança: proteção contra quedas com diferença de nível. 
11 
 
 Máscaras: proteção da face contra partículas, respingos de produtos químicos e 
ainda proteção respiratória contra poeiras, névoas, gases e vapores. 
 Capacetes: proteção do crânio contra impacto, choque elétrico e combate a 
incêndio. 
 Gorros: proteção dos cabelos contra respingos de produtos químicos e proteção 
do ambiente contra partículas do cabelo. 
 Capuz: proteção do crânio contra riscos térmicos, respingos de produtos químicos 
e contato com partes móveis de máquinas. 
 Cremes diversos: proteção da pele contra a ação de produtos químicos em geral. 
5.4. Competências na escolha de EPI por actividade 
Compete ao Setor de Gestão de Recursos Humanos da Empresa, por meio da Segurança 
do Trabalho: 
 Indicar o EPI adequado ao risco existente em cada atividade; 
 Elaborar e fornecer o catálogo de distribuição de EPI por cargo/ função/setor; 
 Avaliar o uso geral dos EPI por função/setor na Unidade; 
 Proporcionar e avaliar treinamentos para uso de EPI; 
 Avaliar acidentes de trabalho relacionados à falta de EPI ou a sua não utilização na 
Unidade; 
 Avaliar as medidas administrativas e outras intervenções realizadas no âmbito da 
segurança dos trabalhadores relacionados ao uso de EPI. 
5.4.1. Obrigaçõesda Empresa 
 Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; 
 Substituir imediatamente o EPI danificado ou extraviado, inclusive em caráter 
emergencial, se necessário; 
 Exigir o uso do EPI de forma correta, aplicando as sanções previstas em leis para 
os trabalhadores que não cumprirem a ordem; 
 Fornecer ao empregado gratuitamente EPI aprovado; 
 Instruir e treinar quanto aouso dos EPI 
 Substituir os EPIs de acordo com periodicidade apropriada. 
12 
 
5.4.2. Obrigação do colaborador: 
 Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina durante a jornada de 
trabalho; 
 Receber os EPIs recomendados assinando a ficha de controle individual de 
distribuição de EPIs; 
 Responsabilizar-se pela guarda e conservação do EPI; 
 Cumprir as determinações da Segurança do Trabalho sobre o uso adequado guarda 
e conservação do EPI; 
 Solicitar ao Supervisor imediato a requisição para efetuar a troca do EPI 
impróprio para uso; 
 Responsabilizar-se por dolo, extravio, dano ou alteração do EPI adequado para 
uso, ficando obrigado a reembolsar a Unidade o valor do EPI, sem prejuízo de 
outras punições; 
 Devolver o EPI reutilizável à Segurança do Trabalho, quando o trabalhador se 
desligar da Unidade. 
5.5. Consequências de má utilização do EPI 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA deve orientar o trabalhador quanto 
à obrigatoriedade do uso de EPI e comunicar o supervisor a falta da utilização do mesmo. 
Cabe ao Supervisor imediato orientar o trabalhador e tornar obrigatório o uso do EPI, bem 
como tomar ações corretivas, se necessário. 
5.5.1. Consequências para o trabalhador 
 Demissão por justa causa 
 Quando o trabalhador deixa de usar os equipamentos de proteção previstos para a sua 
função, pode surgir uma série de impactos negativos, inclusive legalmente. 
De acordo com o artigo, que torna obrigatória a utilização de EPIs, quando houver riscos 
na função e o trabalhador simplesmente se recusar a utilizá-los, injustificadamente, poderá 
sofrer sanções disciplinares, inclusive ver seu contrato rescindido por justa causa. 
Portanto, é permitido à empresa demitir o trabalhador por justa causa se ele se recusar a 
aderir as normas de segurança contempladas nas leis trabalhistas. 
 
13 
 
 Risco de acidentes de trabalho 
 O mau uso de EPI também aumenta os riscos de acidentes de trabalho, inclusive os fatais. 
Isso porque, as possibilidades de lesão ou de desenvolvimento de uma doença em 
decorrência das atividades potencialmente perigosas sem proteção são bem maiores. 
 Impactos na saúde 
 Mesmo que não haja um acidente de trabalho propriamente dito, os EPIs protegem o 
trabalhador em condições de trabalho que são nocivas à saúde. A sua correta utilização 
minimiza ou mesmo elide totalmente os impactos na saúde. Por exemplo, pode haver a 
perda parcial da audição em um ambiente com alto nível de ruídos se não houver o uso 
constante de um protetor auricular. 
5.5.2. Consequências para o empregador 
 Multas 
 A empresa precisa obrigar os seus colaboradores a utilizar os equipamentos de segurança, 
caso contrário, pode ter que pagar multas se houver fiscalização ou perícia nos ambientes 
de risco. 
 Interdição 
 Se houver uma vistoria na empresa e os colaboradores forem flagrados em condições 
irregularidades, por estarem utilizando ou fazendo mau uso dos EPIs necessários às suas 
funções, os Órgãos Fiscalizadores podem até mesmo interditar o estabelecimento. 
 Processos judiciais, indenizações e pensões. 
 Além de sofrer penalidades administrativas, como apontadas acima, a empresa pode 
chegar a responder judicialmente caso um de seus colaboradores solicite compensação por 
ter a sua saúde impactada de alguma forma pelo fornecimento inadequado de EPIs em seu 
ambiente de trabalho, ou por falta de orientações por parte do empregador. 
A empresa também fica sujeita ao pagamento de indenizações de acidentes de trabalho, 
sem contar que, em casos mais extremos, quando há morte do empregado devido ao mau 
uso de EPI ou à falta deles, a família da vítima tem direito a uma pensão que pode ser 
cobrada do empregador. 
14 
 
5.6. Periodicidade de troca dos EPIs 
Não há norma que indique o tempo de validade de EPIs, pois como é um item de proteção, 
a qualquer momento pode sofrer alguma alteração oriunda de um acidente. Assim, o EPI 
pode fazer seu papel, mesmo com minutos de utilização. 
Os Equipamentos de Proteção como luvas, calçados, aventais, capas de chuva, óculos 
sofrem desgaste natural decorrente do uso e muitas vezes, basta um exame visual para se 
notar que precisam ser trocados. 
Todo EPI deve passar por testes visuais que devem ser realizados diariamente, se 
apresentar qualquer deterioração que possa prejudicar seu desempenho e segurança, deve 
ser solicitada sua substituição junto à área de Segurança do Trabalho. 
 Calçado de segurança 
Deverá ser substituído anualmente ou sempre que apresentar algum dano que comprometa 
a proteção do usuário. 
 Capacete 
Deverá ser substituído anualmente ou sempre que apresentar trincas, perfuração, 
deformação ou outra danificação resultante de impacto ou desgaste que possa reduzir o 
grau de segurança original. 
 Conjunto para aplicação de defensivos (calça, camisa, avental e capuz) 
Deverá ser substituído quando rasgar, apresentar desgaste significativo, ter sido lavado 
pelo número de vezes indicado pelo fabricante ou por indicação da área de Segurança do 
Trabalho. 
 Cinto de segurança 
Os equipamentos devem ser substituídos a cada dois anos ou sempre que fitas ou costuras 
estiverem danificadas e desgastadas, depois de entrar em contato com substâncias 
químicas, particularmente substâncias ácidas, caso existam sujeiras que não possam ser 
removidas (betume, graxa, óleo), depois de um impacto severo (queda), após exposicão 
por temperaturas extremas através de fricção. 
 
15 
 
 Roupas (calça, camisas, aventais, macacões e bonés) 
Substituir quando rasgadas, furadas ou de alguma forma danificadas. 
 Luvas isolantes para eletricistas 
Quando reprovado nos ensaios elétrico aplicável ou anual ou caso estejam furadas ou 
rasgadas, com deformidades ou desgastes intensos. 
 Óculos de proteção 
Deverá ser substituído anualmente ou quando apresentar avaria que comprometa o uso ou 
a proteção. 
 Perneira 
Deverá ser substituída anualmente ou quando rasgar ou apresentar outra avaria que 
comprometa o seu uso. 
 Protetor auricular tipo concha 
Substituição obrigatória do conjunto anualmente. 
 Protetor auricular tipo plug de inserção 
Deverá ser substituído a cada 2 meses, independente da frequência de utilização. 
 Protetor facial em plástico transparente 
Periodicidade de troca: todo o protetor deve ser substituído anualmente ou quando 
apresentar trincas, furos, deformações ou esfolamento excessivo. 
 Respirador semi-facial 
Periodicidade de troca: esse modelo de respirador será trocado anualmente; a manutenção 
do equipamento, realizada sempre que necessária e a substituição dos filtros será feita da 
seguinte forma: 
 O Cartucho Químico – substituição a cada 6 meses ou se algum cheiro, sabor ou 
irritação for detectado. 
16 
 
 O Pré-filtro – substituição a cada 30 (trinta) dias, ou se algum cheiro, sabor ou 
irritação for detectado de acordo com recomendação do fabricante. 
 Respirador peça facial sem manutenção 
O respirador deve ser trocado por outro novo quando estiver saturado, deformado, 
rasgado, faltando elástico ou clipe nasal. A saturação ocorrerá quando apresentar sensação 
de entupimento ou dificuldade para respirar, ou quando o cheiro do produto químico puder 
ser sentido dentro do respirador. O usuário é quem define o momento adequado para a 
troca do respirador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
6. Conclusão 
Nota-se que o uso de equipamento de proteção tanto individual como coletivo não está 
sendo aplicado pelas Pequenase médias empresas moçambicanas. 
Com o aparecimento de empresas multinacionais que operam em varias áreas como 
mineira, construção civil gás, etc, há uma tendencia de as pequenas e médias empresas se 
adaptarem no uso desse matérial devido as exigencias que elas impõem. 
As empresas miltinacionais são provenientes de paises em que a lei trabalhista do uso de 
equipamentos de proteção está sendo bem aplicado e fiscalizado com rigor. Em 
Moçambique existem leis que regulam o uso de equipamento de proteção, mas a não 
utilização por parte das empresas moçambicanas deve-se a fraca inspenção do Ministerio 
do trabalho que é o orgão que tutela a área de Saúde e Segurança no Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
7. Referências Bibliograficas 
CUNHA, Marco Aurélio Pereira da. Análise do uso de EPI’s e EPC’s em obras verticais. 
Tese (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) – Universidade Federal 
de Mato Grosso, Cuiabá, 2006. 
LOPES NETO, André; BARRETO, Maria de Lourdes. A utilização do EPI neutraliza a 
Insalubridade. Revista CIPA - Caderno Informativo de Prevenção de Acidentes. São 
Paulo: CIPA Publicações, ano xvii, n. 187, 1996. 
MONTENEGRO, Daiane Silva; SANTANA, Marcos Jorge Almeida. Resistência do 
Operário ao Uso do Equipamento de Proteção Individual. Disponível em: 
<http://info.ucsal.br/banmon/Arquivos/Mono3_0132.pdf>. Acesso em 13 de janeiro de 
2012. 
BARSANO, Paulo Roberto; BARBOSA, Rildo Pereira; SOARES, Suerlane Pereira da 
Silva. Equipamentos de Segurança. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014. 
BARSANO, Paulo Roberto; BARBOSA, Rildo Pereira. Segurança do Trabalho, Guia 
Prático e Didático. 1. ed. São Paulo: Érica; 2014 
LEAL, João Tiago Porto Veloso. A evolução dos EPI. Risco Zero, Treinamentos e 
Programas de Segurança do Trabalho. Disponível em: 
http://riscozerotreinamentos.blogspot.com.br/2010/07/evolucao-dos-epi.html. Acesso em 
20 de fevereiro de 2017. 
SALIBA, Tuffi Messias. Curso Básico de Segurança e Higiene Ocupacional. 2. ed. São 
Paulo: LTr, 2008. 
LEGOSH, OIT: 
http://www.ilo.org/dyn/legosh/en/f?p=14100:1100:0::NO:1100:P1100_ISO_CODE3,P110
0_YEAR:MOZ,2014:NO. 
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http://portal.mte.gov.br/legislacao/normasregulamentadoras-1.htm>. Acesso em: 10 dez. 
2012. 
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho – CLT - 1943. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm Acesso em: 10 dez. 2012. 
 
http://www.ilo.org/dyn/legosh/en/f?p=14100:1100:0::NO:1100:P1100_ISO_CODE3,P1100_YEAR:MOZ,2014:NO
http://www.ilo.org/dyn/legosh/en/f?p=14100:1100:0::NO:1100:P1100_ISO_CODE3,P1100_YEAR:MOZ,2014:NO
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm

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