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Aula 06 – Barragens - Introdução UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA III Eng. Civil Augusto Romanini (FACET – Sinop) Sinop - MT 2017/1 Fluxo no solo AULAS 06/06/2017 2 Aula 01 – Fluxo no solo Aula 02 – Redes de Fluxo confinado Aula 03 – Redes de Fluxo não confinado Aula 04 – Erosão interna e Ruptura Hidráulica Aula 06 – Barragens Aula 07 – Elementos de Projeto Aula 08 – Instrumentação de barragens e análises Aula 09 – Aspectos construtivos Aula 11 – Técnicas de estabilização de encostas Aula 12 – Estruturas de contenções Aula 13 – Escoramento Provisório Aula 05 – Aula 14 – Cortinas de Contenção Aula 15 – Cortinas Atirantadas Aula 00 – Apresentação / Introdução Parte III – Taludes e Estruturas de contenção Parte II – Barragens de Terra Parte I – Fluxo no solo Aula 10 – Pequena Barragem de terra – “Pré Projeto” Barragens Introdução Fase de projeto Fatores que influenciam a utilização Tipos de barragens Princípios de projeto Condicionantes de projeto Barragens Obras de Terra Obras Hidráulicas Introdução Barragem Multidisciplinaridade Complementares Mecânica dos solos Fundações Geologia Hidráulica Hidrologia Topografia Materiais de construção Gestão Ambiental Estruturas SIG Outras... Barragens Barragem é definida como uma barreira artificial, construída em curso de água com o objetivo de criar um lago artificial, armazenando água para diversas finalidades, como: geração de energia, irrigação de áreas, abastecimento de água, regularização de vazão, pesca e lazer (FURNAS, 1993). F ig u ra 1 . B a rra g e m d e te rra . F o n te :(h ttp ://w w w .e n g e n h a ria c ivil.c o m /b a rra g e n s -te rra ) F ig u ra 1 . B a rra g e m d e T rê s M a ria s :. F o n te :(h ttp ://w w w 2 .tra n s p o rte s .g o v .b r/) Introdução Barragens Para que servem as barragens? Segundo Gaioto (2003) “uma barragem pode ser construída para atender uma finalidade especifica ou a finalidades múltiplas, a seguir relacionadas”: • Geração de energia elétrica • Abastecimento de água • Controle de enchentes • Navegação • Saneamento • Irrigação • Contenção de rejeitos Introdução Para isso devem ser bem projetadas. Barragens Introdução Interesse/Objetivo Planejamento Inicial - Inventário Análise das viabilidades Viabilidade técnica Viabilidade econômica Anteprojeto Projeto Básico Projeto Executivo Etapa I Etapa II Etapa III Etapa IV Barragens Introdução Interesse/Objetivo Planejamento Inicial - Inventário Etapa I Etapa I Função do Inventário → estabelecer a melhor divisão de queda da bacia; Dificuldade de otimização → cidades, estradas, jazidas, parques nacionais e indígenas, entre outras; Possíveis variações futuras; Cada local de aproveitamento é definido em um trecho de 1 a 5km; Fornece as características de aproveitamento relativas as suas finalidades múltiplas e as respectivas estimativas de custos. Barragens Introdução Análise das viabilidades Viabilidade técnica Viabilidade econômica Anteprojeto Etapa II Análise técnico-econômica dos possíveis eixos, dentro do trecho definido na fase de Inventário; Definição da melhor alternativa do eixo para a barragem; Definição do arranjo geral. Para tal, faz-se necessário: - Ensaios de caracterização; - Verificação superficial de materiais disponíveis; - Verificação de fuga geológica; - Verificação de estabilidade de taludes naturais; - A possibilidade de assoreamento. Barragens Introdução Anteprojeto Etapa II Barragens Introdução Anteprojeto Etapa II Barragens Introdução Projeto Básico Etapa III Definição final da obra; São elaborados: - Memoriais descritivos; - Especificações técnicas e o dimensionamento final das estruturas; - Plantas e cortes das estruturas e dos equipamentos permanentes; - Cronograma de execução da obra e orçamento “prévio” final. Estas atividades são realizadas com o objetivo de levar a obra à licitação; Obtenção dos dados para elaboração do projeto → investigações de campo e laboratório; Barragens Introdução Projeto Básico Etapa III Barragens Introdução Projeto Básico Etapa III Barragens Introdução Etapa IV Projeto Básico Barragens Introdução Etapa III Projeto Básico Barragens Introdução Etapa IV Projeto Executivo Realizado durante o decorrer da obra; Detalhamento do projeto básico; Realização ensaios de campo e de laboratório → verificar os dados do projeto básico com os da obra. Contém o “As Built” → são descritas as modificações realizadas no projeto básico As “Built” → extrema importância em medidas corretivas. Barragens Introdução Etapa IV Projeto Executivo Como começar? Barragens Quanto ao material Barragem de concreto Barragem de Aterro Tipos de Barragens Barragens Barragem de gravidade é constituída por uma parede de concreto que resiste pelo próprio peso à impulsão da água e transmite à fundação, daí o nome de gravidade. Possui estabilidade devido ao peso. G R A V I D A D E Quanto ao materialTipos de Barragens Concreto Barragens Barragem em arco é construída em vales mais estreitos, podendo desta forma a altura ser maior que a largura. Este tipo de barragem resiste a cargas uniformemente distribuídas sobre seu dorso. Para a sua construção as margens altas devem ser constituídas por rocha resistente, construídas com concreto ou concreto armado. Como a espessura da “casca” entra em contato com o maciço rochoso, as fundações devem distribuir melhor o peso da estrutura, (MASSAD, 2010). A R C O Quanto ao materialTipos de Barragens Concreto Barragens C O N T R A F O R T E G R A V I D A D E A L I V I A D A Quanto ao materialTipos de Barragens Concreto Barragens T E R R A Quanto ao materialTipos de Barragens Terra Barragens H O M O G Ê N E A Quanto ao materialTipos de Barragens Terra Barragens Z O N E A D A Quanto ao materialTipos de Barragens Terra Barragens A T E R R O H I D R Á U L I C O Quanto ao materialTipos de Barragens Terra Barragens E N R O C A M E N T O Quanto ao materialTipos de Barragens Enrocamento Barragens O que é enrocamento? Em inglês o termo utilizado é “rockfill”, que pode ser vulgarmente traduzido como “encher de rochas” e em francês “enrochement”, que é traduzido como fundação sobre rochas. Quanto ao materialTipos de Barragens Enrocamento O conjunto de blocos de pedra ou de outro material (p.ex., concreto), lançados uns sobre os outros dentro da água para servir como lastro para fundação de obra hidráulica ou, quando aflorado à superfície ou muito extenso, como quebra-mar ou proteção contra a erosão das ondas Barragens N Ú C L E O A R G I L O S O Quanto ao materialTipos de Barragens Enrocamento Barragens N Ú C L E O A L F Á S T I C O Quanto ao materialTipos de Barragens Enrocamento Barragens N Ú C L E O A L F Á S T I C O Quanto ao materialTipos de Barragens Enrocamento Barragens F A C E D E C O N C R E T O Quanto ao materialTipos de Barragens Enrocamento Barragens F A C E D E C O N C R E T O Quanto ao materialTipos de Barragens Enrocamento Barragens F A C E D E C O N C R E T O Quanto ao materialTipos de Barragens Enrocamento Barragens FATORES QUE INFLUENCIAM A UTILIZAÇÃO Materiais de construção disponíveis Geológico-geotécnicas Custos Prazo Experiência Meio ambiente Segurança Princípios de projeto Barragens Princípio de controle de fluxo Vedar ao máximo a barragem e sua fundação a montante do eixo, introduzindo todos os sistemas de vedação necessários; e por outro lado, todo esforço deve ser concentrado em facilitar ao máximo a saída de água à jusante do eixo, introduzindo todos os sistemas de drenagemna barragem e na fundação que sejam necessários. Princípios de projeto Barragens Princípio de estabilidade As zonas externas ou espaldares da barragem devem ter características de resistência que garantam a estabilidade dos taludes; e devem ser compatibilizadas com os materiais de fundação para garantir a estabilidade do conjunto barragem- fundação para as varias condições de carregamento Princípios de projeto Barragens Princípio da compatibilidade das deformações A compressibilidade das matérias das varias zonas da barragem e sua fundação deve ser compatibilizada ou transacionada por zonas adicionais de transição, a fim de reduzir os recalques diferencias e totais que venham prejudicar o desempenho dos sistemas de drenagem e de vedação, seja pela ocorrência de trincas (causadas pelos recalques diferenciais), que se tornem feições de fluxo concentrado, seja pela inversão dos gradientes de fluxo nos sistemas de drenagem, devido a recalques excessivos Princípios de projeto Barragens Materiais de construção Clima da região Hidrologia do local Tipos de equipamentos Custo da mão de obra Legislação do local, leis sociais Segurança das obras Condições econômicas Princípios de projeto CONDICIONANTES DE PROJETO Barragens CONDICIONANTES DE PROJETO Exemplo de condicionante: Concreto Enrocamento Terra Princípios de projeto Barragens CONDICIONANTES DE PROJETO Exemplo de condicionante:Princípios de projeto Região Norte • Grandes Áreas; • Baixa Densidade Populacional; • Região Sedimentar Plana; • Clima Tropical, Alta Pluviosidade Usina de Balbina – 250 MW - AM Usina de Samuel – 215 MW - RO Barragens CONDICIONANTES DE PROJETO Exemplo de condicionante:Princípios de projeto • Vales Abertos; • Rios Temporários- Regime Variável; • Rochas Graníticas e Sedimentares; • Clima Tropical, Semi-Árido Barragem de Orós – CE – 3.200.000 m³ Açude de Trussu – CE – 310.000.000 m³ Região Nordeste Barragens CONDICIONANTES DE PROJETO Exemplo de condicionante:Princípios de projeto • Vales Abertos; • Rios Temporários- Regime Variável; • Rochas Graníticas e Sedimentares; • Clima Tropical, Semi-Árido Barragem de Orós – CE – 3.200.000 m³ Região Nordeste Barragens CONDICIONANTES DE PROJETO Exemplo de condicionante:Princípios de projeto UHE Foz do Chapecó Salto Segredo – PR – 1260 MW Região Sul • Vales Medianos/Fechados; • Solos Argilosos; • Rochas Basálticas; • Clima Sub-Tropical Barragens CONDICIONANTES DE PROJETO Exemplo de condicionante:Princípios de projeto Região Sudeste • Vales Medianos/Fechados; • Solos Residuais Profundos; • Rochas Graníticas e Gnaisses; • Clima Sub-Tropical Usina de Furnas – RJ – 1216 MW Usina de Funil – RJ – 216 MW Barragens CONDICIONANTES DE PROJETO Exemplo de condicionante:Princípios de projeto Região Centro Oeste Usina de Manso - MT – 216 MW Usina de Itumbiara – GO – 2082 MW • Vales Abertos/Medianos; • Solos Argilosos; • Rochas Cristalinas e Sedimentares; • Clima Tropical Chuvoso. 06/06/2017 Fluxo no Solo 47 REFERÊNCIAS HACHICH, W. ET AL (ED.). FUNDAÇÕES, TEORIA E PRÁTICA. SÃO PAULO: PINI, 751P, 1998. MASSAD, F. Escavações a céu aberto em solos tropicais. São Paulo, SP. Oficina de textos, 96p,2005. MASSAD, F. Obras de terra – Curso básico de geotecnia . São Paulo, SP. Oficina de textos, 215p,2010 GERSCOVICH, D.M.S . Fluxo em solos saturados. Rio de Janeiro, RJ. Departamento de Estrutura e fundações.Faculdade de Engenharia. Notas de Aula.169p, 2011. GAIOTO. N. Introdução ao projeto de barragens de terra e de enrocamento. São Carlos, SP. EESC-USP. 126p. 2003. Barragens Obrigado pela atenção. Perguntas?
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