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Resumo
Disciplina: Organização e políticas de saúde
A evolução histórica do conceito de saúde e doença
Definições de saúde
A saúde e o adoecer são formas pelas quais a vida se manifesta. Correspondem às experiências singulares e subjetivas, impossíveis de serem reconhecidas e significadas integralmente pela palavra. Contudo, é por intermédio da palavra que o doente expressa seu mal-estar, da mesma forma que o médico dá significações às queixas de seu paciente.
Segundo a OMS, saúde é definida como “completo estado de bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de doença”.
Na Constituição Federal brasileira de 1988, o artigo 196 1. define a saúde como “um direito de todos e um dever do Estado”.
1
Nível Individual
No nível individual na sua dimensão orgânica, temos todas as alterações fisiopatológicas.
2
Nível da Sociedade
No nível da sociedade temos os problemas de saúde pública.
Não devemos deixar de lado todas as questões culturais e o sofrimento do indivíduo.
Saúde Pública 
A saúde pública surgiu no século XVII com a Medicina moderna, tendo como objetivo a polícia médica e fundamentada no naturalismo médico. Atualmente é entendida como o campo do conhecimento que tem suas práticas organizadas e orientadas institucionalmente para promover a saúde das populações. Estudaremos mais detalhadamente sobre promoção da saúde na próxima aula.
 Saúde Coletiva
A concepção de saúde coletiva, bem ao contrário, se constituiu através da crítica sistemática do universalismo naturalista do saber médico. Seu postulado fundamental afirma que a problemática da saúde é mais abrangente e complexa que a leitura realizada pela Medicina. (Birman, 2005)
Aula 2: A evolução histórica do conceito de saúde e doença
Qualidade de vida
O conceito genérico de qualidade de vida reflete um interesse com a modificação e o aprimoramento dos componentes da vida, ex.: ambiente físico, político, moral e social; a condição geral de uma vida humana.  (Fonte: DeCS – Descritores em Ciências da Saúde).
Como descreve Minayo (2000) ao citar Auquiere et al. (1997) deve-se considerar três correntes que orientam a construção dos instrumentos disponíveis atualmente:
1
Funcionalismo
Define um estado normal para certa idade e função social e seu desvio, ou morbidade, caracterizado por indicadores individuais de capacidade de execução de atividades.
2
Teoria do bem-estar
Explora as reações subjetivas das experiências de vida, buscando a competência do indivíduo para minimizar sofrimentos e aumentar a satisfação pessoal de seu entorno.
3
Teoria da utilidade
Tem base econômica, que pressupõe a escolha dos indivíduos ao compararem um determinado estado de saúde a outro.
A promoção da saúde é descrita na Carta de Ottawa como o processo de capacitação da população para que esta possa atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, devendo participar no controle deste processo.
Ao longo dos últimos anos várias conferências foram realizadas com o intuito de aprofundar os debates sobre esta temática e buscar soluções.
Conheça o histórico das declarações em relação a Saúde.
1978
Declaração de Alma- Ata
1986
Declaração de Otawa
1988
Declaração de Adelaide
1991
Declaração de Sundsval
1997
Declaração de Jakarta
2000
Declaração do México
Declaração de Alma-Ata
A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários aconteceu no final da década de 70 quando a OMS realiza I Conferência Internacional de Saúde, em Alma-Ata que tem como meta "Saúde para todos no ano 2000", reforçando a proposta da atenção primária em saúde.
A saúde como um direito humano fundamental.
As desigualdades existentes no estado de saúde das populações devem ser alvo de preocupação comum entre todos os países.
O desenvolvimento econômico e social deve ser baseado numa ordem econômica internacional, que a população deve participar no planejamento e execução dos cuidados de saúde, não como uma exceção, mas como um direito e dever.
A responsabilidade dos governos com a saúde da população  através de adoção de medidas sanitárias e sociais.
Que os cuidados primários de saúde representam o primeiro nível de contato dos indivíduos, família e comunidade com o Sistema Nacional de Saúde. Sendo estes essenciais e devendo ser colocados ao  alcance de toda a população.
A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde – Declaração de Alma-Ata trouxe a discussão da importância da ação internacional e nacional sobre a necessidade urgente para que os cuidados primários de saúde sejam desenvolvidos e aplicados tanto nos países em desenvolvimento e o dos desenvolvidos.
Carta de Otawa
O documento fundador do movimento atual da promoção da saúde é conhecido como Carta de Ottawa (1986).  Este termo está associado a um “conjunto de valores” e a um “conjunto de estratégias”:
	Conjunto de estratégias
	• Ações do Estado (políticas públicas saudáveis);
• Ações da comunidade (reforço da ação comunitária);
• Ações dos indivíduos (desenvolvimento de habilidades pessoais);
• Do sistema de saúde (reorientação do sistema de saúde);
• Parcerias intersetoriais (trabalhando com a ideia de “responsabilidade múltipla” – seja pelos problemas, seja pelas soluções propostas para os mesmos).
	Conjunto de valores
	• Paz;
• Habitação;
• Educação;
• Alimentação;
• Renda;
• Ecossistema estável;
• Recursos sustentáveis;
• Justiça social;
• Equidade.
Os 5 campos de ação da Carta de Ottawa
Os 5 campos de ação da Carta de Ottawa são:
Políticas públicas saudáveis
Ambientes favoráveis à saúde
Reforço da ação comunitária
Desenvolvimento de habilidades e atitudes pessoais
Reorientação dos serviços de saúde
Declaração de Adelaide
A Declaração de Adelaide (1988) trata sobre as Políticas Públicas Saudáveis e identificou quatro áreas prioritárias:
Apoio à saúde da mulher.
Alimentação e nutrição.
Tabaco e álcool.
Criação de ambientes favoráveis.
Declaração de Sundsval
A Declaração de Sundsval (1991) traz o tema Criação de Ambientes Favoráveis à Saúde e tem o enfoque na interdependência entre saúde e ambiente, em todos os seus aspectos.
O ambiente não está restrito apenas à dimensão física, mas também às dimensões: social, econômica, política e cultural. Refere-se a todos os espaços: moradia, local de trabalho, espaços de lazer.  Discute também quais as oportunidades para ter maior poder de decisão e as estruturas que irão determinar o acesso aos recursos para viver.
Ambientes e saúde são interdependentes e inseparáveis. Um ambiente favorável é de suprema importância para a saúde.
Foram ressaltados quatro aspectos para um ambiente favorável e promotor de saúde:
A dimensão social: Inclui a maneira pela quais normas, costumes e processos sociais afetam a saúde.
A dimensão política: Requer dos governos a garantia da participação democrática nos processos de decisão e a descentralização dos recursos e das responsabilidades; compromisso com os direitos humanos com a paz e a relocação de recursos oriundos da corrida armamentista (destaque na conferência).
A dimensão econômica: Requer o repara escalonamento dos recursos alcançar saúde para todos e o desenvolvimento sustentável, o que inclui a transferência de tecnologia segura e adequada.
A necessidade de reconhecer: Utilizar a capacidade e o conhecimento das mulheres em todos os setores, inclusive os políticos e econômico.
Princípios básicos pra saúde de todos
	Equidade
	Aponta o compromisso com a superação da pobreza, o desenvolvimento sustentável, o pagamento do débito humano e ambiental acumulado pelos países em desenvolvimento, prestação de contas (accountability) das políticas, gerenciamento público dos recursos naturais.
	Respeito a diversidade
	Respeito às peculiaridades dos povos indígenas (contribuição que eles podem dar na questão ambiental, pela singularidade espiritual e cultural que mantêm com o ambiente físico).
Declaração de Jakarta
A declaração de Jakarta (1997) enfatiza o surgimento de novos determinantes da saúde, dando destaque à integração da economia global, mercados financeiros, assim como a continuação da degradaçãoambiental, apesar de todos os alertas internacionais.
Definido 5 prioridades para o campo da promoção da saúde:
1
Promover a responsabilidade social.
2
Aumentar investimentos no desenvolvimento da saúde.
3
Consolidar e expandir parcerias para a saúde entre os diferentes setores em todos os níveis do governo e da sociedade.
4
Aumentar a capacidade da comunidade e fortalecer os indivíduos.
5
Assegurar infra-estrutura para a promoção da saúde.
A capacitação da comunidade é um dos elementos fundamentais para a promoção da saúde.
Declaração do México
Declaração do México (2000) que discute a promoção da saúde em busca de maior equidade. As principais ações estão voltadas para:
· Colocar a promoção da saúde como prioridade fundamental das políticas e programas locais, regionais, nacionais e internacionais;
· Assumir um papel de liderança para assegurar a participação ativa de todos os setores e da sociedade civil;
· Apoiar a preparação de planos de ação nacionais para promoção da saúde;
· Estabelecer ou fortalecer redes nacionais e internacionais que promovam a saúde;
· Defender a ideia de que os órgãos da ONU sejam responsáveis pelo impacto em termos de saúde da sua agenda de desenvolvimento.
Determinantes sociais de saúde (DSS)
Indicam que a situação de saúde de uma população depende das condições de trabalho e vida dos indivíduos e/ou grupos. Veja na figura abaixo quais são os determinantes sociais de saúde.
Iniquidades em saúde
As iniquidades em saúde são as desigualdades que além de sistemáticas e relevantes são também evitáveis, injustas e desnecessárias, segundo a definição de Margareth Whitehead.
Aula 3: Breve história das políticas de saúde no Brasil
Políticas de saúde no Brasil
Com a falta de saneamento básico e de outras estruturas a cada dia surgiam mais doentes. As epidemias ficando cada vez mais graves.
Nas grandes cidades ocorreu a chegada dos imigrantes para o trabalho. E tínhamos uma grande movimentação de pessoas nos portos, o que facilitou a disseminação de doenças.
Então, percebemos que a falta de saneamento básico, o não acesso das pessoas aos serviços de saúde e a grande movimentação de pessoas de vários lugares nos portos facilitou o aumento da epidemia neste período.
Observe as medidas tomadas para realizar esta mudança:
01
O instituto Soroterápico de Manguinhos no Rio de Janeiro produz vacinas. O presidente Rodrigues Alvez tem o objetivo de sanear e reurbanizar o Rio de Janeiro.
02
A reforma urbana foi realizada com a retirada da população pobre do centro da cidade e derrubando vários cortiços. A população apelidou o movimento de o “bota-abaixo”.
03
Inicia-se o programa de Saneamento de Oswaldo Cruz, o objetivo era eliminar a peste e febre amarela. Para combater a peste ele criou brigadas sanitárias espalhando raticidas, removendo lixo e comprando ratos. Para combater a febre amarela o alvo foi a eliminação dos mosquitos transmissores da febre amarela.
04
E finalmente, inicia-se uma campanha para acabar com a epidemia que assolava a população neste período. Institui-se a vacinação obrigatória contra a varíola. Em 1904 ocorreu a Revolta da Vacina.
 O que motivou as pessoas a se revoltarem contra a vacinação obrigatória, já que muitas pessoas adoeciam e morriam neste período?
O objetivo da vacinação era positivo, mas a maneira como ela foi aplicada de forma autoritária e violenta deixou as pessoas muito insatisfeitas. Os agentes sanitários em alguns casos invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força e também a maioria das pessoas tinham medo da vacinação, pois desconheciam seus efeitos. Desta maneira, a revolta popular aumentou a cada dia.
Foi um período de desemprego, alto custo de vida e inflação
Então, é revogada a lei da vacinação obrigatória. O Exército, Marinha e a polícia são acionados para acabar com os tumultos nas ruas.
Porém, muitos estudos sobre as doenças que ocorriam no período continuavam acontecendo. Como em São Paulo Emílio Ribas, mora com os doentes de febre amarela para provar que a doença não pega por contato.
Esta época foi marcada também por greves, como as ocorridas em 1917 pelos operários das indústrias têxteis.
1918
A gripe espanhola matou milhares de pessoas.
1922
Os tenentes se revoltam e tomam o forte de Copacabana.
1923
O deputado Eloy Chaves criou a lei que regulamenta as Caixas de Aposentadoria e Pensões, que seriam financiadas pela empresa, seus trabalhadores e união, garantindo aos trabalhadores assistência média.
Era Vargas
A Era Vargas foi dividida em três momentos conhecidos como:
 Clique nos botões para ver as informações.
Governo provisório (1930 a 1934)
Governo Constitucional (1934 a 1937)
Estado Novo (1937 a 1945)
Em 1950, Getúlio Vargas ganhou as eleições para presidência, pelo voto popular.
O Ministério da Saúde é criado, com objetivo de fortalecer as ações de saúde pública, medicina preventiva. Neste período existiam duas correntes para a assistência em saúde: uma defendia a atenção com programas verticais do tipo de doenças, como exemplos: tuberculose e hanseníase e a outra defendia uma assistência que aproxima a medicina às condições sociais da população.
Já existem propostas para a criação de um sistema de saúde pública para todos em redes locais e com uma visão municipalista. Novos IAPS foram criados e temos a proposta de unificá-los.
Surge a medicina de grupo, com a finalidade de prestar serviços médicos aos empregados.
Em 1964, ocorreu o Golpe Militar e é instituído o Governo Militar.
Os IAPS e outros órgãos foram unificados para o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), concentrando todas as contribuições previdenciárias do país, passando a gerir todas as aposentadorias e pensões e assistência médica dos trabalhadores do país.
Aula 4: O Movimento da Reforma Sanitária
Eventos que resultaram na Reforma Sanitária e na criação do SUS
1
SINPAS / IAPAS
2
Movimento Popular
3
Falência do INPS e IAPAS
4
Início do projeto AIS
5
1986 - VIII Conferência Nacional de Saúde
6
1987 - Criação do SUDS
7
1988 - Criação do SUS
SINPAS / IAPAS
Com a criação do Sistema Nacional de Assistência social (SINPAS) este passou a reunir:
Todos os órgãos de assistência médica no Instituto Nacional Assistência Médica Previdência Social (INAMPS).
Todos os órgãos de aposentadoria e pensões no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Movimento Popular
O movimento da Reforma Sanitária Brasileira é marcado por uma luta de trabalhadores, intelectuais e partidos políticos em busca de uma mudança legal que regulamentasse a proteção à saúde da população.
Este movimento popular lutou em busca de um Sistema de Saúde que atendesse às necessidades da população. Visto que neste momento histórico as ações de promoção e prevenção não estavam ocorrendo em sua totalidade e tendo como consequência a volta de inúmeras doenças que estiveram controladas, os investimentos na área eram pequenos e a falta de saneamento favorecia o adoecimento da população.
 modelo de assistência em saúde é influenciado por estas práticas e pelo setor privado.
As ações adotadas eram individuais.
Assim, o Sistema de Saúde era:
Excludente
O acesso às ações e aos serviços de saúde só eram garantidos às pessoas ligadas formalmente ao trabalho 1. As pessoas que não trabalhavam formalmente não estavam cobertas pelas políticas de saúde e não tinham seus direitos reconhecidos.
Socialmente desigual
Somente eram garantidos os direitos dos trabalhadores formais e o restante da população não tinha acesso, mantendo as desigualdades de direito.
De escassos recursos 
Os recursos financeiros eram insuficientes. A Reforma Sanitária foi uma luta pelo direito à saúde a toda a população brasileira, independente de contribuição, que a população tivesse acesso às ações preventivas e/ou curativas, que ocorresse a descentralização da gestão administrativa e financeira e o controle social das ações de saúde.
Inicio do projeto AIS
Em 1982, acontecem as eleições diretas para governadores e vários participantes do movimento sanitário ocuparam cargos políticos em Secretarias Estaduais deSaúde e puderam iniciar os projetos que contemplassem os princípios da Reforma Sanitária.
O projeto Ações Integradas de Saúde (AIS) visaram à integração das ações curativos-preventivas e educativas. Dando início formal à participação popular e fortaleceu a ideia da municipalização.
Acontecia ao mesmo tempo o descredenciamento de vários hospitais que após terem se capitalizado deixaram de atender aos pacientes que contribuíam para a previdência.
1986 - VIII Conferencia Nacional de Saúde
O movimento da Reforma Sanitária teve como grande marco histórico a VIII Conferência Nacional de Saúde – 1986.  Foram discutidos os temas:
· Reformulação do Sistema Nacional de Saúde;
· Saúde como Direito;
· Financiamento Setorial.
· A saúde como direito, em seu sentido mais abrangente, é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde.
· É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar desigualdades nos níveis de vida.
1987 - Criação do SUDS
Com a criação do SUDS (Sistema Único Descentralizado de Saúde), em 1987, através de um convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, retomam-se várias propostas para a saúde como a integração, hierarquização, regionalização e busca maior de deficiência e eficácia ao sistema de saúde.
1988 - Criação do SUS
Em 1988, a nova Constituição Brasileira aprovou os mais importantes princípios da Reforma Sanitária e finalmente criou o Sistema Único de Saúde (SUS).
Aula 5: O Sistema Único de Saúde
O Sistema Único de Saúde foi instituído através da Constituição da República Federativa do brasil em 1988, na seção II – DA SAÚDE.
De acordo com o Art. 4º da Lei 8.080/1990, é o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais.
Por que Sistema Único?
Por seguir a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional. Tendo serviços que interagem com um mesmo propósito. Está organizado nas três esferas governamentais:
1
Federal
2
Estadual
3
Municipal
O primeiro artigo da seção II – Da SAÚDE (artigo 196) descreve que saúde é direito de todos e dever do Estado, sendo garantida através de políticas sociais e econômicas que busquem a redução do risco de doenças através de ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação e que o acesso seja universal.
O que significa universalidade para o SUS?
Saúde é um direito de todos e é dever do poder público a provisão dos serviços e ações que lhe garanta. A universalização, todavia, não quer dizer somente a garantia imediata de acesso às ações e aos serviços de saúde.
A universalização, diferentemente, coloca o desafio da oferta de serviços e de ações de saúde a todos que deles necessitem, todavia, enfatizando a ações preventivas e reduzindo o tratamento de agravos.
Quais são os três princípios doutrinários do SUS?
 Clique nos botões para ver as informações.
Universalidade
Integralidade
é um dos princípios mais preciosos em termos de demonstrar que a atenção à saúde deve levar em consideração as necessidades específicas de pessoas ou de grupos de pessoas, ainda que minoritários em relação ao total da população. Ou seja, a cada qual de acordo com suas necessidades, inclusive no que permite aos níveis de complexidade aos níveis de complexidade diferenciados. Significa considerar a pessoa como um todo, devendo as ações de saúde procurar atender a todas as suas necessidades.
Equidade É um princípio de justiça social, diferente de igualdade, que garante a assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie.
O princípio da equidade reafirma que essa necessidade deve dar-se por meio das ações e dos serviços de saúde. Por serem ainda grandes as disparidades regionais e sociais no Brasil
princípio organizativo
O Art. 198 da CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 descreve que as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
01
Descentralização, com direção única em cada esfera de governo.
02
Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.
03
Participação da comunidade.
O SUS e seus princípios organizativos
Vamos discutir um pouco sobre alguns princípios organizativos do SUS.
	Regionalização
	Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com definição da população a ser atendida.
O acesso da população à rede deve se dá através dos serviços de nível primário de atenção que devem ser qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde.
Os demais devem ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica.
	Hierarquização
	A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada, permite um conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade.
	Descentralização
	Redistribuição das responsabilidades das ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo. A regionalização deve orientar a descentralização das ações e serviços de saúde. Neste processo são identificadas e constituídas as regiões de saúde – espaços territoriais nos quais serão desenvolvidas as ações de atenção à saúde objetivando alcançar maior resolutividade e qualidade nos resultados, assim como maior capacidade de cogestão regional.
	Resolutividade
	É a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de sua complexidade.
	Controle Social
	É a garantia constitucional de que a população através de suas entidades representativas participará na formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução, em todos os níveis de governo.
	Complementaridade do setor privado
	Os serviços privados podem atuar de forma complementar por contrato ou convênio, desde que as disponibilidades de serviços ofertados pelo SUS sejam insuficientes para o atendimento à população, mas as entidades filantrópicas e as sem-fins lucrativos têm preferência para participar do SUS.
Mas como funcionaria o SUS?
Lei Orgânica de Saúde
(Lei 8.080/1990)
No ano de 1990 foi criada a Lei Orgânica de Saúde (Lei nº 8.080/1990) que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
Lei Complementar da Saúde
(Lei 8.142/1990)
No ano de 1990 foi criada a Lei Complementar da Saúde (Lei nº 8.142/1990) que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
Leia sobre Normas Operacionais Básicas:
 Clique nos botões para ver as informações.
NOB/91
NOB/93
NOB/96
Noas/2001
A NOAS/2001 tem o objetivo de colocar em prática os princípios da Integralidade, Regionalização e Hierarquização.
Releia os conceitos descritos no início desta aula sobre integralidade, regionalização e hierarquização. São conceitos importantes e estarão presentes em vários momentos das discussões desta aula e das próximas.
1
Propôs uma política para ações de Média e Alta Complexidade.
2
Cria mecanismo de referência e contra-referência.
3
Propõe a criação de módulos assistencial e município-satélite (agrupamento de municípios).
4
Amplia as ações da Atenção Básica.
A ampliação das responsabilidades dos municípios da Atenção Básica.
Estabelece o processo de regionalização como estratégia de hierarquizaçãodos serviços de saúde e de busca de maior equidade.
Procede à atualização dos critérios de habilitação de estados e municípios.
O Plano Diretor de Regionalização – PDR visa garantir o acesso dos cidadãos, o mais próximo possível de sua residência, a um conjunto de ações e serviços de saúde
Aula 6: O pacto pela saúde e a política nacional da atenção básica
O pacto pela saúde
Vamos iniciar esta aula fazendo uma descrição e estruturação do Pacto pela Saúde. A PORTARIA Nº 399/GM DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006, divulga o Pacto pela Saúde 2006, a Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Suas prioridades são:
1
O Pacto pela Vida
2
O Pacto em Defesa do SUS
3
O Pacto de Gestão do SUS
O Pacto pela Vida
Suas prioridades e seus objetivos em 2006 são: 
Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral.
Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama.
Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarréica e por pneumonias.
Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias.
Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regular, alimentação saudável e combate ao tabagismo.
Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS.
O Pacto em Defesa do SUS
São duas as prioridades:
1. Implementar um projeto permanente de mobilização social com a finalidade de:
1
Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS como sistema público universal garantidor desses direitos.
2
Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, pelo Congresso Nacional.
3
Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários e financeiros para a saúde.
3
Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o compromisso de cada uma delas.
2. Elaborar e divulgar a carta dos direitos dos usuários do SUS.
O Pacto de Gestão do SUS
	Definir de forma inequívoca a responsabilidade sanitária de cada instância gestora do SUS:
	Federal, estadual e municipal, superando o atual processo de habilitação.
	Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS:
	Com ênfase na Descentralização; Regionalização; Financiamento; Programação Pactuada e Integrada; Regulação; Participação e Controle Social; Planejamento; Gestão do Trabalho e Educação na Saúde.
E quem são os gestores do SUS?
Temos:
Ministério da Saúde
No âmbito nacional
Secretário de Estado da Saúde
No âmbito estadual
Secretário Municipal da Saúde
No âmbito municipal
As funções gestoras no SUS podem ser definidas como “um conjunto articulado de saberes e práticas de gestão necessários para a implementação de políticas na área da saúde” (Souza, 2002). Referência Bibliográfica: Souza; R. R. O Sistema público de saúde brasileiro. Brasília: Ministério da Saúde; 2002.
Importante: No capítulo III da Lei orgânica nº 8080/90 em seu artigo 9º descreve que a direção do Sistema Único de Saúde-SUS é única, de acordo com o inciso I do artigo 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde.
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva secretaria de saúde ou órgão equivalente.
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva secretaria de saúde ou órgão equivalente.
Diretrizes operacionais
Pacto pela Vida
Iniciaremos pelo Pacto pela Vida: Como vimos anteriormente este pacto é um compromisso entre os gestores do SUS. As prioridades devem ser estabelecidas através de metas:
Nacionais
Estaduais
Regionais
Municipais
Pacto em Defesa do SUS
O Pacto em Defesa do SUS trata de expressar os compromissos entre os gestores do SUS na defesa dos princípios do SUS estabelecidos pela Constituição Federal Brasileira.
Quais são os princípios do SUS? Caso você não lembre, releia o conteúdo da aula 05.
Busca qualificar e assegurar o SUS como política pública de saúde. As iniciativas são:
Repolitizar a saúde.
Promover a cidadania através da mobilização social.
Garantir o financiamento.
As ações estão voltadas para:
A articulação e apoio à mobilização social – saúde como um direito.
Estabelecimento de diálogo com a sociedade.
Ampliação e fortalecimento das relações com os movimentos sociais, em especial os que lutam pelos direitos da saúde e cidadania.
Laboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS. Regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso Nacional.
Aprovação do orçamento do SUS.
Pacto de Gestão
O Pacto de Gestão trata das diretrizes para a gestão nos seguintes aspectos:
Descentralização
Regionalização
Financiamento
Regulação
Programação Pactuada e Integrada – PPI
Planejamento
Participação Social
Gestão do Trabalho
Educação na Saúde
Regulação da atenção à saúde
A regulação da atenção à saúde tem por objeto atuar sobre a produção das ações diretas e finais de atenção à saúde. Em relação às premissas da descentralização devemos nos atentar a:
01
Descentralização administrativa relativo à gestão para as Comissões Intergestores Bipartite.
02
Comissão Intergestores Tripartite e o Ministério da Saúde que promoverão e apoiarão processo de qualificação permanente para as Comissões Intergestores Bipartite.
03
Instrumentos de planejamento que são o Plano Diretor de Regionalização – PDR, o Plano Diretor de Investimento (PDI) e a Programação Pactuada e Integrada da Atenção em Saúde (PPI).
04
Garantia de acesso, resolutividade e qualidade às ações e serviços de saúde.
05
Busca da redução das desigualdades sociais e territoriais e promoção da equidade.
06
Garantia da integralidade na atenção a saúde.
Em relação ao Financiamento do Sistema Único de Saúde a Portaria nº 399 descreve que:
· É responsabilidade das três esferas de gestão – União, Estados e Municípios pelo financiamento do Sistema Único de Saúde;
· A redução das iniquidades macrorregionais, estaduais e regionais;
· O repasse deverá ser realizado fundo a fundo, definido como modalidade preferencial de transferência de recursos entre os gestores;
· O financiamento de custeio será organizado e transferido em blocos de recursos, utilizando recursos federais;
· Os blocos do financiamento para o custeio ficou dividido para: Atenção básica; Atenção de média e alta complexidade; Vigilância em Saúde; Assistência Farmacêutica e Gestão do SUS.
Quanto ao Planejamento no SUS:
O sistema de planejamento buscará, de forma tripartite, a pactuação de bases funcionais do planejamento, monitoramento e avaliação do SUS, bem como promoverá a participação social e a integração intra e intersetorial, considerando os determinantes e condicionantes de saúde.
Esta Portaria apresenta também as responsabilidades:
1
Gerais da gestão do SUS.
2
Na regionalização.
3
No planejamento e programação.
4
Na regulação, controle, avaliação e auditoria.
5
Na gestão do trabalho.
6
Na educação na saúde.
7
Na participação e controle social em relação aos municípios.
8
Estados, distrito federal e união.
Aula 7: Programas e projetos estratégicos do SUS
Projetos do Sistema Único de Saúde
Passados 20 anos da instituição do Sistema único de Saúde, vários projetos e programas foram criados, dentre eles podemos citar:
1
QualiSUS
2
HumanizaSUS
3
Programa Farmácia Popular do Brasil
4
Programa de Volta para Casa
QualiSUS
É a sigla para Política de Qualificação da Atenção à Saúde no Sistema Único de Saúde.
Melhorar a qualidade da assistência à saúde prestada a toda população.
· Maior resolubilidade em todos os níveis de assistência prestada à população;
· Prestar atenção à saúde de maneira mais digna e humanizada e desenvolver uma prática segura e ética;
· Aumentar a satisfação dos profissionais atuantes na saúde;
· Aumentar a capacidade de gestão dos estadose municípios e satisfazer todos os usuários do SUS.
Pactuação Tripartite, sendo definidas no âmbito do QualiSUS as ações para qualificar a rede assistencial pública.
HumanizaSUS – Política Nacional de Humanização do SUS
O que é humanização? Pense sobre o significado desta palavra para você, pois dentro de pouco tempo você também será um profissional de saúde que deverá prestar uma assistência humanizada.
1. Ética porque implica atitude de usuários, gestores e trabalhadores de saúde comprometidos e corresponsáveis;
2. Estética porque acarreta um processo criativo e sensível de produção da saúde e de subjetividades autônomas e protagonistas;
3. Política porque se refere à organização social e institucional das práticas de atenção e gestão na rede SUS.
Humanizar a atenção e a gestão em saúde no SUS é: qualificar a atenção e a gestão. Significa prestar uma atenção integral - com responsabilidade e vínculo, como valorização dos profissionais de saúde, com democratização da gestão e controle através da participação social.
Implementação da política nacional de humanização
Quais os resultados esperados após a implementação da Política Nacional de Humanização (PNH)?
1
Redução das filas e tempo de espera.
2
Atendimento acolhedor e resolutivo, baseado em critério de risco.
3
Usuários saberão quem são os profissionais que cuidam de sua saúde.
4
As Unidades de Saúde garantirão os direitos dos usuários.
5
Gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários.
6
Implementação de atividades de valorização e cuidado.
O programa farmácia popular do Brasil
A P nº. 491, de 9 de março de 2006, trata de quê?
Da expansão do Programa Farmácia Popular do Brasil, por meio da subvenção a um grupo de medicamentos para hipertensão e diabetes em parceira com redes privadas de farmácias e drogarias.
Programa de volta para casa
Tem como objetivo contribuir para a reinserção social dos pacientes com transtornos mentais que ficaram longos períodos hospitalizados.
O programa tem buscado incentivar a organização de uma rede ampla e diversificada de recursos assistenciais e de cuidados, facilitadora do convívio social e capaz de assegurar o bem-estar global, estimulando o exercício pleno de seus direitos civis, políticos e de cidadania.
O programa é regulamentado pela Lei no 10.708, de 31 de julho de 2003 e a Portaria nº 2077/GM, de 31 de outubro de 2003.
As responsabilidades dos gestores do SUS
Gestores municipais
• Ser responsável pela atenção integral em saúde e assegurar a continuidade de cuidados em saúde mental, em programas extra-hospitalares, para os beneficiários do programa;
• Selecionar, avaliar, preencher e encaminhar ao Ministério da Saúde informações cadastrais necessárias para inclusão dos beneficiários no Programa;
• Acompanhar os beneficiários inseridos no programa.
Gestores estaduais
• Acompanhar as ações dos municípios vinculados ao programa;
• Confirmar o município como apto a se inserir no programa;
• Analisar os recursos provenientes das solicitações indeferidas pelos municípios;
• Ter papel articulador entre os hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico e o município, quanto à indicação de pessoas daquelas instituições em condições de serem beneficiadas pelo programa.
Gestores federais
• Cadastrar os beneficiários dos municípios habilitados no programa por portaria;
• Organizar e consolidar os cadastros dos beneficiários e dos municípios inseridos no programa;
• Zelar pelo monitoramento e avaliação do programa;
• Definir critérios de prioridade de inclusão de beneficiários por municípios;
• Julgar os recursos provenientes do âmbito municipal ou estadual;
• Processar mensalmente a folha de pagamento dos beneficiários do programa;
• Constituir uma comissão gestora do programa De Volta para Casa.
Programas
Você conhece algum desses programas e redes? Já comprou medicamentos na Farmácia Popular do Brasil? Teve alguma dificuldade?
Toda hora
Atenção à urgência e emergência
Mais perto de você
Atenção básica
Não tem preço
Assistência farmacêutica
Você percebeu o quanto o governo tem investido em iniciativas que melhorem a atenção à saúde no país. Os objetivos são:
· Incentivar os gestores locais do SUS a melhorar a qualidade da assistência prestada e o acesso aos usuários nas Unidades Básicas de Saúde;
· Reorganizar e qualificar a rede de atenção às urgências, através da melhora na comunicação entre os serviços e setores de saúde, tornando o atendimento mais rápido e eficaz;
· Distribuir medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes aos pacientes nas farmácias populares.
Aula 8: As políticas e práticas de saúde e os sistemas de informação
Política Nacional de Promoção de Saúde
Para iniciarmos esta aula devemos lembrar que no Brasil, pensar em outros caminhos para garantir a saúde da população significou pensar a redemocratização do país e a constituição de um sistema de saúde inclusivo.
Em março de 2006 é aprovada a Política Nacional de Promoção de Saúde através da Portaria no 687 que tem como objetivo geral a promoção da qualidade de vida e diminuir a vulnerabilidade e os riscos à saúde.
 quais são estes riscos?
Os riscos podem ser apontados como:
1
Modo de viver
2
Condições de trabalho
3
Habitação
4
Ambiente
5
Educação
6
Lazer
7
Cultura
8
Acesso a bens e serviços essenciais
Não se esqueça de que a intensidade, a escassez, a falta de acesso e a ausência tendem a aumentar a vulnerabilidade e o adoecimento.
Os objetivos específicos desta política são:
▶
Implementação das ações de promoção da saúde tendo ênfase a atenção básica;
▶
Ampliação da autonomia e a corresponsabilidade de sujeitos e coletivos, no cuidado integral à saúde;
▶
Promoção da concepção ampliada de saúde;
▶
Busca da resolutividade do Sistema de Saúde;
▶
Estimulação de alternativas inovadoras e com inclusão social e de ações de promoção da saúde;
▶
Favorecimento da promoção de ambientes mais seguros e saudáveis.
É de suma importância o fortalecimento da PARTICIPAÇÃO SOCIAL, para que os resultados das ações de promoção da saúde ocorram de forma positiva. Deem atenção ao saber popular e tradicional, muitas das ações poderão surgir destes conhecimentos populares.
Importância das ações intersetoriais para a promoção da saúde
As divulgações das iniciativas para promoção da saúde devem ocorrer em vários espaços; todos devem ter acesso a estas informações, podemos citar os profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS.
Cada gestor das três esferas terá suas responsabilidades nesta política. Para saber mais sobre a responsabilidade de cada esfera de gestão leia as páginas 23 a 27do texto “Política Nacional de Promoção da Saúde”.
Várias ações específicas foram priorizadas nesta política, merecendo destaque:
1
Divulgação e implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde.
2
Alimentação saudável.
3
Prática corporal/atividade física.
4
Prevenção e controle do tabagismo.
5
Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas.
6
Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito.
7
Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz.
8
Promoção do desenvolvimento sustentável.
A portaria no 648 de março de 2006 aprovou a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
De acordo com a portaria no 648 a atenção básica é um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.
Como podem ser desenvolvidas as ações de atenção básica?
De acordo com a portaria no 648/2006 deve ser desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no territórioem que vivem essas populações.
Qual o tipo de tecnologia é utilizada pela atenção básica?
Esta utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território, conforme descrição da portaria no 648/2006.
A atenção básica é orientada por quais princípios?
Conforme descrição da portaria no 648/2006 orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social.
Acessibilidade em saúde
A universalidade da atenção só será conquistada se a população tiver acessibilidade aos serviços de saúde. A Saúde da Família é a estratégia prioritária da Atenção Básica.
Quais as áreas estratégicas para atuação da Atenção Básica?
As áreas estratégicas são:
A eliminação da hanseníase.
O controle da tuberculose.
O controle da hipertensão arterial.
O controle do diabetes mellitus.
A eliminação da desnutrição infantil.
A saúde da criança.
A saúde da mulher.
A saúde do idoso.
A saúde bucal.
A promoção da saúde.
Pacto de indicadores da atenção básica
Os gestores poderão acordar nas CIBs indicadores estaduais de Atenção Básica a serem acompanhados em seus respectivos territórios.
De acordo com esta portaria os municípios e o Distrito Federal, como gestores dos sistemas locais de saúde, são responsáveis pelo cumprimento dos princípios da Atenção Básica, pela organização e execução das ações em seu território.
Leia as páginas 12 a 17 do texto “Pactos pela saúde” e saiba um pouco mais sobre este assunto.
Recursos financeiros
Como descrito na portaria:
· Os valores do recurso Compensação de Especificidades Regionais serão definidos em Portaria Ministerial específica para este fim;
· O Plano de Saúde municipal ou do Distrito Federal, aprovado pelo respectivo Conselho de Saúde e atualizado a cada ano, deve especificar a proposta de organização da Atenção Básica e explicitar como serão utilizados os recursos do Bloco da Atenção Básica;
· Relatório de Gestão deverá demonstrar como a aplicação dos recursos financeiros resultou em ações de saúde para a população, incluindo quantitativos mensais e anuais de produção de serviços de Atenção Básica, e deverá ser apresentado anualmente para apreciação e aprovação pelo conselho Municipal de Saúde;
· Pode-se solicitar o crédito retroativo, que se limitará aos seis meses anteriores ao mês em curso. Pode-se suspender o repasse de recursos do PAB quando o município e ao Distrito Federal que deixarem de atender os requisitos mínimos exigidos;
· Os municípios e/ou Distrito Federal receberão recursos específicos para estruturação das Unidades de Saúde de todas as Equipes de Saúde da Família e Equipes de Saúde Bucal, visando melhoria da infraestrutura física e de equipamentos.
Conferência Nacional de Saúde (CNS)
A XI CNS apresentou várias proposições para a organização das políticas específicas, de acordo com os princípios e diretrizes do SUS. Sendo aprovadas
Saúde da mulher.
Melhoria da atenção à saúde de crianças e adolescentes.
Saúde do trabalhador.
Reordenamento da atenção em saúde mental.
Saúde Bucal.
Sistema nacional de farmacovigilância.
Programa de Fitoterapia na rede pública.
Medicamentos aos portadores de doenças crônico-degenerativas, psíquicas e neurológicas, bem como aos pacientes em tratamentos de alta complexidade nos centros de referência.
Vigilância Sanitária e Epidemiológica
DATASUS
O Departamento de Informática do SUS – DATASUS passou a integrar a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa em 2011, conforme Decreto nº 7.530 de 21 de julho de 2011.
Aula 9: Vigilâncias: da saúde; epidemiológica; ambiental e sanitária
Epidemiologia
Conceituar epidemiologia precisamente não é simples, porém poderemos citar vários conceitos que nos ajudarão a entender melhor este termo.
Primeiramente, discutiremos a palavra que vem do grego antigo, em que EPI significa sobre, DEMOS denota população (povo) e a forma combinada LOGIA significa estudo (ciência). Portanto, é o estudo sobre o que atinge (ocorre) em uma população.
Epidemiologia é a ciência que estuda o processo de saúde e doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. (ROUQUAYROL, Maria Zélia – Epidemiologia & Saúde – 6. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003).
02
Epidemiologia é o ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde. (PEREIRA, Maurício Gomes. Epidemiologia: Teoria e Prática. 6. reimpressão. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002).
03
Antigamente a epidemiologia estudava as doenças epidêmicas, e hoje estuda também doenças endêmicas e, em geral, agravos à saúde. Ou ainda com os primeiros estudos de diferenciais de mortalidade em diversos grupos de uma mesma população. (MEDRONHO, Roberto A. II. Carvalho. [et al] Epidemiologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2004.)
Há muitas maneiras de conceituar epidemiologia e todas elas são “verdadeiras”. Importante lembrar sempre em que momento histórico ela foi apresentada. Fica claro que com os avanços tecnológicos dos últimos 30 anos, muita coisa mudou seja na área de atuação, métodos e técnicas, como também o número crescente de profissionais atuantes nesta área.
Vigilância Epidemiológica (VE)
O que é vigilância epidemiológica? Por que se deve investigar? Quais são as principais perguntas a se fazer sobre determinada ocorrência em uma dada população? O que são atividades da vigilância epidemiológica? Qual a importância da vigilância epidemiológica para os serviços de saúde? Quais são as etapas de uma investigação?
Conceitua-se como um conjunto de atividades voltadas para a identificação, análise, monitorização, controle e prevenção dos problemas de saúde de uma comunidade. A vigilância à saúde engloba as ações coletivas de saúde, expandindo a possibilidade da utilização da epidemiologia no planejamento, programação e avaliação dos serviços de saúde, incluindo ainda outras áreas do conhecimento.
Na instância local, integram-se as atividades da vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, saúde do trabalhador e vigilância ambiental. Esta última contribui na vigilância à saúde não apenas para o atendimento aos danos e ao controle de determinados riscos, como também para a melhoria da qualidade de vida e de determinantes ambientais do processo saúde-doença.
Amplia o conceito operacional da vigilância epidemiológica (VE), pois enfatiza as condições de vida, integra as práticas coletivas e individuais de acordo com as necessidades sociais de saúde, incluindo desde o controle de riscos, danos e agravos e os determinantes ecossociais.
Vigilância ambiental
Vigilância Ambiental em Saúde
É definida como um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco e das doenças ou agravos. (Portaria n.º. 410/MS de 10.10.2000).
Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde
SINVAS - compreende o conjunto de ações e serviços prestados por órgãos e entidades públicas e privadas, relativos à vigilância ambiental em saúde, visando conhecimento e a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à saúde.
De acordo com a Lei 8.080 de 1990 no artigo 6:
§ 1º - entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuirou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
1. O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo.
2. O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
Prioridades da Vigilância Ambiental
A vigilância ambiental em saúde tem como prioridade as informações sobre os vetores, hospedeiros, reservatórios, qualidade da água para consumo humano, poluentes ambientais químicos e físicos que possam interferir na qualidade da água, ar e solo e os riscos decorrentes de desastres naturais e de acidentes com produtos perigosos.
As prioridades na atuação da vigilância ambiental são:
1 - Aumentar a capacidade de detecção precoce de situações de risco à saúde humana, envolvendo fatores físico-químicos e biológicos presentes na água, ar e solo;
2 - Prevenir e controlar as zoonoses;
3 - Estabelecer ações de vigilância entomológica para monitorar e orientar as ações de controle nas doenças transmitidas por vetores;
4 - Analisar o impacto de mudanças ambientais e situações de catástrofes, acidentes com produtos perigosos e desastres naturais sobre a saúde das populações, visando ao desencadeamento de ações preventivas.
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
Algumas prioridades na atuação da vigilância sanitária de acordo com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) são:
1 - Medicamentos de uso humano, suas substâncias ativas e demais insumos, processos e tecnologias;
2 - Alimentos, inclusive bebidas, águas envasadas, seus insumos, suas embalagens, aditivos alimentares, limites de contaminantes orgânicos, resíduos de agrotóxicos e de medicamentos veterinários;
3 - Equipamentos e materiais médico-hospitalares, odontológicos, hemoterápicos e de diagnóstico laboratorial e por imagem;
4 - Imunobiológicos e suas substâncias ativas, sangue e hemoderivados. radioisótopos para uso diagnóstico in vivo, radiofármacos e produtos radioativos utilizados em diagnóstico e terapia;
5 - Cigarros, cigarrilhas, charutos e qualquer outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco;
6 - Aqueles voltados para a atenção ambulatorial, seja de rotina ou de emergência, os realizados em regime de internação, os serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, bem como aqueles que impliquem a incorporação de novas tecnologias.
Aula 10: Dados e informações em saúde
Sistemas de informação em saúde
Os dados obtidos em saúde servem de material para a produção de informação.
A vigilância epidemiológica trabalha com a coleta, análise e disseminação de informações relevantes para a prevenção e o controle de um problema de saúde pública, ou seja, ela depende que os dados cheguem para dar a continuidade ao processo de trabalho.
Principais dados 1 para análise de situação de saúde:
1
População
Número de habitantes, idade, sexo, raça, etc.
2
Socioeconômicos
Renda, ocupação, classe social, tipo de trabalho, condições de moradia e alimentação.
3
Ambientais
Poluição, abastecimento de água, tratamento de esgoto, coleta e disposição do lixo.
4
Serviços de saúde
Hospitais, ambulatórios, unidades de saúde, acesso aos serviços.
5
Morbidade
Doenças que ocorrem na comunidade.
6
Eventos vitais
Óbitos, nascimentos vivos e mortos, principalmente.
Informação é entendida como “o conhecimento obtido a partir dos dados”, ou “o dado trabalhado”, ou “o resultado da análise e combinação de vários dados”, o que implica em interpretação, por parte do usuário.. É uma descrição de uma situação real, associada a um referencial explicativo sistemático.
A informação deve ser entendida como um redutor de dúvidas, sendo essencial para a tomada de decisões, pois é um instrumento que possibilita a detecção de situações prioritárias em saúde e serve para a gestão de serviços como base para implantação, acompanhando e avaliação em saúde.
A informação é gerada a partir dos dados coletados separadamente para cada tipo de agravo ou situação. Temos dados de morbidade e de mortalidade as informações geradas por eles apresentam vantagens e limitações conforme veremos adiante. Alguns são gerados pelo próprio setor de saúde continuamente.
O que faz o SIS
A Organização Mundial da Saúde define Sistema de Informação em Saúde -SIS como um mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde.
Considera-se que a transformação de um dado em informação exige, além da análise, a divulgação, e inclusive recomendações para a ação.
É necessário existir mais de um sistema de informação para podermos registrar os diversos tipos de dados obtidos. É necessário o conhecimento de todos os passos de cada etapa de um sistema de informações para assegurar a fidedignidade das bases de dados e a sua utilização total.
Principais Sistemas de Informação na Saúde
Quais são os principais sistemas de informações utilizados?
Sistemas de Informações Epidemiológicas
SIM, SINASC, SINAN.
Sistemas de Informações Assistenciais
(Produção de serviços) - SIH/SUS e SIA/SUS.
Sistemas de Informação em Saúde
Sistemas de Informações de Gerenciamento HOSPUB e GIL.
Cadastros Nacionais
CNES, CNS - cartão SUS; IBGE.
Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM
É alimentado pela declaração de óbito. Utilizado para estudos de mortalidade, vigilância de óbitos (infantil, materno, etc).
Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos – SINASC
É alimentado pela declaração de nascido vivo. Sendo utilizado para o monitoramento da saúde da criança, vigilância à criança de risco.
Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação – SINAN
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória. (Portaria Nº 104 de 25 de janeiro de 2011).
Sistema de Informações Ambulatoriais - SIA/SUS
Oferece aos gestores estaduais e municipais de saúde, em conformidade com as normas do Ministério da Saúde, instrumentos para operacionalização das funções de cadastramento, controle orçamentário, controle e cálculo da produção e para a geração de informações necessárias ao Repasse do Custeio Ambulatorial (RCA).
Oferece também informações para o gerenciamento de capacidade instalada e produzida, bem como dos recursos financeiros orçados e repassados aos prestadores de serviços.
Sistema de Informações Hospitalares - SIH/SUS
O sistema que processa as AIHs, dispõe de informações sobre recursos destinados a cada hospital que integra a rede do SUS, as principais causas de internações no Brasil, a relação dos procedimentos mais frequentes realizados mensalmente em cada hospital, município e estado, a quantidade de leitos existentes para cada especialidade e o tempo médio de permanência do paciente no hospital.
Suas informações facilitam as atividades de Controle e Avaliação e Vigilância Epidemiológica em âmbito nacional e estão disponíveis para consulta, através de produtos desenvolvidos pelo DATASUS.
Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB
O SIAB é um sistema idealizado para agregar e para processar as informações sobre a população visitada. Estas informações são recolhidas em fichas de cadastramento e de acompanhamento e analisadas a partir dos relatórios de consolidação dos dados. Os relatórios que o SIAB emite permitirão conhecer a realidade sociossanitária da população acompanhada, avaliar a adequação dos serviços de saúde oferecidos - e readequá-los, sempre que necessário - e, por fim, melhorar a qualidade dos serviços de saúde.
Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização - SI-PNI
O objetivo fundamental do SI-PNI é possibilitar aos gestores envolvidos no programa uma avaliação dinâmica do risco quanto à ocorrência de surtos ou epidemias, a partir do registro dos imunos aplicadose do quantitativo populacional vacinado, que são agregados por faixa etária em  determinado período de tempo, em uma área geográfica. Por outro lado, possibilita também o controle do estoque de imunos necessários aos administradores que têm a incumbência de programar sua aquisição e distribuição.
HOSPUB
Hospub é o Sistema Integrado de Informatização de Ambiente Hospitalar que fornece soluções de Tecnologia da Informação para gerenciamento, gestão e controle social do SUS em unidades hospitalares.
GIL
O GIL (Gerenciador de Informações Locais) destina-se à informatização da rede ambulatorial básica do sistema Único de Saúde – SUS auxiliando na administração dos seus processos e fornecendo informações sobre a morbidade da população atendida, subsidiando os gestores nas tomadas de decisões. Permite o monitoramento e o planejamento contínuo do sistema de saúde no município.
CNES
O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES é base para operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde, sendo estes imprescindíveis a um gerenciamento eficaz e eficiente. Propicia ao gestor o conhecimento da realidade da rede assistencial existente e suas potencialidades, visando auxiliar no planejamento em saúde, em todos os níveis de governo, bem como dar maior visibilidade ao controle social a ser exercido pela população.
Existem outros Sistemas como, por exemplo: Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN; Sistema de Informação sobre Acidentes de Trabalho – SISCAT; Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua).
Indicadores de saúde
Para o professor Maurício G. Pereira, o “indicador de saúde” deve revelar a situação de saúde de um indivíduo ou de uma população.
· Indicador - Usado para medir aspectos não sujeitos à observação direta: como saúde, normalidade, felicidade. Indica um aspecto como, por exemplo: mortalidade.
· Índice - Expressa situações multidimensionais. Índice de Apgar, índice de desenvolvimento humano.
Morbidade
A epidemiologia descreve os agravos à saúde da população a partir de dois conceitos-chave: incidência e prevalência.
Incidência
Frequência de casos novos de determinado agravo à saúde, em um determinado período de tempo.
Prevalência
O verbo prevalecer significa ser mais, ter mais valor, preponderar, predominar. A prevalência indica qualidade daquilo que prevalece, portanto, prevalência implica em acontecer e permanecer existindo num momento considerado.
Casos prevalentes são os anteriormente diagnosticados (casos antigos) mais aqueles que foram descobertos posteriormente (casos novos), retirando-se as curas e os óbitos.
A prevalência, como ideia de acúmulo, de estoque, indica a força com que subsiste à doença na população.
É uma medida mais utilizada para avaliação de doenças crônicas.
Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG)
É utilizado na avaliação do estado sanitário de áreas determinadas. É prejudicado pela qualidade de registro de dados (subnotificação de óbitos, estimativas erradas 2 de população).
Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI)
É calculado pela estimativa do risco que as crianças nascidas vivas têm de morrer antes de completar um ano de idade.
Coeficiente de Letalidade
Transição entre um indicador de morbidade e mortalidade. Mede o poder de uma doença determinar a morte.
Planejamento em saúde
O planejamento em saúde é um instrumento de gestão que permite aperfeiçoar o desenvolvimento Institucional, ou seja, melhora o desempenho, aperfeiçoa a produção e consequentemente eleva a eficácia e eficiência dos sistemas. Planejar consiste em questionar e procurar respostas às variadas perguntas.
O planejamento em saúde deve estar voltado para o futuro, às necessidades de saúde mudam de acordo com as mudanças ocorridas em uma sociedade, deve ter objetivos determinados, ter um foco para atuação e ter caminhos ou ações alternativas para a ação, isto é pensar estrategicamente.
O plano é o detalhamento deste processo, isto é, detalhamento entre a situação atual e a desejada. Algumas etapas desse processo são:
· Entender um sistema;
· Avaliar capacidades;
· Formular metas e objetivos;
· Formular cursos para a ação;
· Avaliar a efetividade das ações.
· Planejamento normativo ou de políticas
· É responsabilidade do nível central do sistema; no caso do setor da saúde, de competência do secretário municipal. (Planejamento em Saúde, volume 2 / Francisco Bernadini Tancredi, Susana Rosa Lopez Barrios, José Henrique Germann Ferreira. – São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. – (Série Saúde & Cidadania).
· 
· Planejamento estratégico
· Indica os meios – estratégias – pelos quais se julga que seja possível atingir as metas desejadas de médio e longo prazos; define a estrutura sistêmica para a ação organizacional e as medidas de efetividade – indicadores – para análise dos resultados. (Planejamento em Saúde, volume 2 / Francisco Bernadini Tancredi, Susana Rosa Lopez Barrios, José Henrique Germann Ferreira. – – São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. – (Série Saúde & Cidadania).
· 
· Planejamento tático / operacional
· Como seu nome já diz, refere-se ao desenvolvimento de ações (planos) que permitam organizar a execução das estratégias planejadas em outro nível de planejamento. Indica como “colocar em prática” as ações previstas. (Planejamento em Saúde, volume 2 / Francisco Bernadini Tancredi, Susana Rosa Lopez Barrios, José Henrique Germann Ferreira. – – São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. – (Série Saúde & Cidadania).
Comissão Intergestores Bipartite (CIB)
É constituída (em nível estadual) paritariamente por representantes da Secretaria Estadual de Saúde e das Secretarias Municipais de Saúde, indicados pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems). Incluem, obrigatoriamente, o Secretário de Saúde da capital do estado.
A Comissão Intergestores Tripartite (CIT) é reconhecida como uma inovação gerencial na política pública de saúde. Constituem-se como foros permanentes de negociação, articulação e decisão entre os gestores nos aspectos operacionais e na construção de pactos nacionais, estaduais e regionais no Sistema Único de Saúde (SUS). Desta forma, fortalece a governança nestes espaços e prioriza a responsabilização dos entes de modo que a tomada de decisão na gestão tenha transparência, buscando o acesso integral a assistência à Saúde.
os princípios doutrinários do SUS
Em todo o país, o SUS deve ter a mesma doutrina e a mesma forma de organização, sendo que é definido como único na Constituição um conjunto de elementos doutrinários e de organização do sistema de saúde, os princípios da universalização, da eqüidade, da integralidade, da descentralização e da participação popular.
Estratégia Saúde da Família (ESF)
A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover a qualidade de vida da população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação e o uso de tabaco. Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como uma porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS).

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