Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CLIQUEAQUIPARA VIRARAPÁGINAEducação Profissional e Educação em Ambientes Não Escolares Autor: Rita de Cassia Medeiros Gomes Tema 06 Os projetos sociais voltados para a educação, cultura, arte e as ONGs no Brasil seç ões Como citar este material: GOMES, Rita de Cassia Medeiros. Educação Profissional e Educação em Ambientes Não Escolares: Os projetos sociais voltados para a educação, cultura, arte e as ONGs no Brasil. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Tema 06 Os projetos sociais voltados para a educação, cultura, arte e as ONGs no Brasil SeçõesSeções Tema 06 Os projetos sociais voltados para a educação, cultura, arte e as ONGs no Brasil 5 CONTEÚDOSEHABILIDADES Conteúdo Nessa aula você estudará: • Educação não formal – projetos sociais: pesquisa e análise. • Educação não formal – a concepção de dados qualitativos quantitativos de pesquisa. • Educação não formal – práxis cotidiana do educador social e as ONGs. Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no Livro-Texto: Educação não formal e o educador social: atuação no desenvolvimento de projetos sociais, da autora Maria da Glória Gohn, editora Cortez, 2010. Roteiro de Estudo: Rita de Cassia Medeiros Gomes Educação Profissional e Educação em Ambientes Não Escolares 6 CONTEÚDOSEHABILIDADES Os projetos sociais voltados para a educação, cultura, arte e as ONGs no Brasil No tema anterior você pôde perceber a importância e a relação dos projetos sociais na educação não formal. Agora você terá contato com alguns projetos sociais analisados pela autora do Livro-Texto, Maria Gloria Gohn. A relação entre os projetos sociais, a pesquisa e as ONGs no Brasil. Primeiramente, você terá contato com um breve histórico das ONGs no Brasil, o conhecido terceiro setor e logo a seguir, você verá os resultados de uma pesquisa sobre projetos sociais desenvolvidos por ONGs e movimentos sociais, como formas de trabalho da educação não formal, em destaque, um dos principais sujeitos que nela atua: o educador social. Você ainda verá, em um dos temas posteriores, um pouco mais sobre esse profissional tão fundamental na educação não formal. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Qual relação entre projetos sociais e pesquisa científica? • Qual é a contribuição dos projetos sociais para a educação dos indivíduos de uma determinada localidade? • Qual perfil de educador social é possível perceber na análise que a autora do Livro- Texto aborda? • Qual a relação entre educação não formal, práxis cotidiana do educador social e as ONGs no Brasil, o conhecido terceiro setor? LEITURAOBRIGATÓRIA 7 LEITURAOBRIGATÓRIA Quanto às ONGs no Brasil, a origem remete-se à época da Ditadura Militar (1964-1984), no contexto dos movimentos político-sociais. No entanto, no início, não houve envolvimento do governo e da iniciativa privada. O governo por temer qualquer tipo de movimento social, e da iniciativa privada por estar sobre vigilância do governo, e também por ainda não ter desenvolvido concepções sobre Marketing Social. No período em que as forças armadas assumiram o poder na República Federativa do Brasil, mesmo entre trancos e barrancos, Estado e Mercado acomodaram interesses enquanto macrocorporações. Em ambos os lados, porém, muitos cidadãos perderam seus direitos civis, foram torturados (…). Entretanto, enquanto instância de poder genuíno da coletividade, a sociedade civil organizada foi terminantemente segregada. Essa apartação, somada ao golpe militar e tudo que ele representa, derivou com o passar dos anos, uma íntima aversão ao regime ditatorial e no ressurgimento dos movimentos sociais. Foi nesse cenário que nasceram as ONGs (PAIVA, 2003, p.71). Segundo Paiva (2003), em nível mundial, o governo e a iniciativa privada passam a apoiar o Terceiro Setor somente após a queda do muro de Berlim (1961-1989), no assistencialismo aos países arrasados do Leste Europeu. Já no Brasil, governo e iniciativa privada vão se atentar ao Terceiro Setor após a transição democrática (1985-1988). O governo, ao reconhecer a livre ascensão dos movimentos sociais e a iniciativa privada, em relação ao número crescente de empresas que estão colocando em prática a filantropia, para serem recebidas como empresas de responsabilidade social. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística) de 2008 apontaram a amplitude do Terceiro Setor no Brasil. O estudo foi realizado através do levantamento de dados junto à Receita Federal do ano de 2005, onde estavam registrados 338 mil fundações privadas e associações sem fins lucrativos, que empregaram 1,7 milhão de pessoas em todo o país. A pesquisa também apontou demais dados importantes que seguem destacados abaixo: A região sudeste abriga 42,4% do total de ONGs no Brasil; 79,5% são de pequeno porte e 35,2% atuam na Defesa do cidadão; 24,8% são instituições religiosas; 7,2% desenvolvem ações de saúde e educação e pesquisa; idade média das ONGs fica em torno de 12,3 anos, sendo que a maioria -41,5 foi fundada nos anos 1990. De acordo com a matéria online de José Fucus da Revista Época (2008), afirma que se fosse um país independente, o Terceiro Setor seria a oitava economia do planeta, pois as empresas que teoricamente atuam sem fins lucrativos, movimentam um faturamento que chega à casa de bilhões ao ano, o que poderia dar margem a corrupção. 8 E é justamente ai que entra o tópico de legitimidade das ONGs no Brasil. Nesse aspecto, Daniel Siqueira Marques (et al, 2003) aborda em sua pesquisa o trabalho na questão da avaliação da legitimação de ONG discorrendo sobre a transparência, prestação de contas e legislação. A prestação de contas caminha conjuntamente com a responsabilidade social e a habilidade de justificar a forma de conduta e as obrigações de uma organização. A transparência visa garantir, ente outros aspectos, ausência de corrupção e abertura a atores fora da organização. Questões como representatividade, legitimidade, prestação de contas e transparência são significativas para companhias inseridas no processo de globalização para instituições públicas reguladoras e para a própria sociedade (MARQUES et al, 2003, p.71). Quanto à análise de projetos sociais desenvolvidos na educação não formal voltados para a Educação, Cultura e Arte, Maria da Glória Gohn atribui destaque, a análise dos resultados de pesquisa como fonte de dados, dos projetos sociais inscritos no Programa Rumos Itaú Cultural: Educação, Cultura e Arte, totalizando duzentos e vinte e dois, projetos registrados. Segundo Gohn (2010, p.82): O formulário nos oferece dois tipos de dados: quantitativos e qualitativos. Na análise buscar-se á articular estas duas dimensões de forma que a primeira, quantitativa, realimente a segunda, qualitativo-alicerçada nas formulações e justificativas escritas/descritas pelos sujeitos participantes inscritos no Programa Rumos. Uma parte da dimensão quantitativa foi codificada na etapa anterior do Programa, por ocasião do processo de seleção para o prêmio. Foram sistematizados dados dos inscritos por região dos projetos, gênero, escolarização, experiência anterior, área de atuação no mundo das artes (linguagem), formação dos sujeitos e cargos desempenhados. Veja-se a concepção de dados qualitativos e dados quantitativos. A pesquisa qualitativa é típica das ciências humanas e sociais, por oposição às ciências naturais que utilizam, quando necessário, pesquisas experimentais. Duas possibilidades sobre a concepção de pesquisa qualitativa pode ser levantada, de acordo com Chizzoti (1991, p.79): a primeira, dos cientistas que adotam a pesquisa qualitativa, pois as ciências humanas e sociais apresentam especificidade (ocomportamento humano) e a segunda, de que a abordagem qualitativa parte do fundamento de que existe uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o objeto, um elo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito, ou seja, o objeto não é um dado inerte e neutro; este apresenta significados e relações que sujeitos concretos criam em suas ações. A atitude qualitativa enquanto abordagem de pesquisa em Educação, não invalida a quantidade como abordagem. LEITURAOBRIGATÓRIA 9 Para o pesquisador, Richardson (1985, p. 38): O método qualitativo difere, em princípio, do quantitativo à medida que não emprega um instrumental estatístico como base do processo de análise de um problema. Não pretende numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas. Segundo o mesmo autor, até os autores que não fazem distinção clara entre métodos quantitativos e qualitativos por entender que a pesquisa quantitativa é também, de certo modo, qualitativa. Uma vez que os dados, pelo menos numa pesquisa social, só apresentam sentido quando referenciados a um contexto e/ou significados atribuídos pelos indivíduos. Contudo, existem situações que exigem estudos com características tipicamente qualitativas, como no caso de situações em que se evidencia a importância de uma abordagem qualitativa para efeito de compreender aspectos psicológicos cujos dados não podem ser coletados de modo completo por outros métodos devido a sua complexidade. Já a pesquisa quantitativa, compreende os estudos estatísticos que se destina a descrever as características de uma determinada situação, medindo numericamente as hipóteses levantadas a respeito de um problema de pesquisa, cujas informações são colhidas por meio de um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas. Isso garante a uniformidade de entendimento dos entrevistados. Voltando-se para a apresentação dos dados analisados da pesquisa abordada pela autora do Livro-Texto, Maria da Glória Gohn, para a dimensão dos dados qualitativos foi utilizado para a análise das questões, análise de conteúdo, com a finalidade de captar os sentidos e significados do objeto estudado. Seguindo a metodologia proposta por Bauer e Gaskell (2005), as temáticas nos possibilitam construir mapas de conhecimento dos sujeitos investigados, sobre o mundo onde atuam e como o representam – enquanto um autoconhecimento. As temáticas foram agrupadas e classificadas sem eixos, à luz dos sentidos atribuídos pelos sujeitos investigados. Os mapas foram aplicados ao se criar categorias para diferenciar os objetivos do trabalho do educador e mapear as instituições e os trabalhos realizados por elas. O princípio geral organizador da análise foi o da identidade e as representações construídas pelos sujeitos inscritos sem relação: ao papel do educador, à instituição onde atuam, ao público que atendem, à comunidade do entorno onde atuam e aos resultados que julgam estar sendo obtidos no campo da cultura e da educação (GOHN, 2010, p. 82). LEITURAOBRIGATÓRIA 10 Quanto aos sujeitos analisados, foram observadas suas práxis cotidianas em favelas e regiões periféricas das principais capitais brasileiras. Justifica-se esta ação, porque os projetos inscritos se desenvolvem, em sua maioria, em áreas de moradia, locais de pobreza, exclusão social e ou área de alto risco de zonas urbanas deterioradas. Outros projetos desenvolvem-se em regiões que já estão estereotipadas como “territórios do mal”, tais como “polígono da maconha”. Ainda existem os projetos que estão em territórios que são ocupados por traficantes e contraventores, tendo de competir com essas forças para aderir o jovem no programa. Outros ainda atuam na luta de combate ao trabalho infantil, com o intuito de conduzir novamente as crianças e os adolescentes para a participação escolar. Há vários estados que não tiveram instituições participantes como Amazonas, Acre, Roraima, Amapá. A baixa participação da região Sul causou-nos surpresa de um lado, e compreensão de outro. Surpresa porque o Sul tem tradição de associativismo, compreensão porque não são estados com grande número de populações em situação de vulnerabilidade. Entretanto, inicialmente, tínhamos um suposto de que Porto Alegre apresentaria um grande leque de projetos socioculturais e educacionais entre os inscritos, devido à fama que ela alcançou, até no plano internacional, com as edições do Fórum Social Mundial entre 2001-2007 (exceto 2004 que foi na Índia, 2006 na Venezuela e 2007 no Quênia, na África), e por seu longo período de gestão pública governamental com programas participativos tipo Orçamento Participativo. Mas não foi isso que os dados revelaram - registraram apenas duas inscrições: uma na capital e uma no estado do Rio Grande do Sul (GOHN, 2010, p.87). Quanto às áreas centrais, nessas grandes cidades não foram percebidos muitos projetos inscritos. Cumpre mencionar que nessas áreas, em algumas cidades, como São Paulo, localizam-se os movimentos sociais populares urbanos mais organizados na atualidade, tendo atuação na área da habitação popular e são moradores de cortiços, prédios abandonados ou moradores que vivem nas ruas. Em relação aos projetos sociais analisados por Gohn (2010), estão divididos em programas sociais, prestação de serviços, projetos culturais e socioeducativos, apoio econômico, conhecidos como programas de geração de renda, e defesa de bens e patrimônio, material ou não. Encontramos poucas instituições atuando diretamente sobre a temática meio ambiente. O tema aparece de forma paralela e complementar nos trabalhos com a reciclagem de materiais de sucata, por exemplo, ou em alguns programas criados em função da defesa de algum rio, córrego ou mata, desenvolvido com alunos de escolas. “Água como fonte da vida” foi um projeto inscrito e desenvolvido em uma pequena cidade do Paraná. O tema ‘meio ambiente’ também não teve destaque nas propostas advindas das grandes metrópoles. O tema da defesa dos animais, muito próximo também das lutas dos LEITURAOBRIGATÓRIA 11 ambientalistas, não foi encontrado. O tema de combate às formas de violência existentes no Brasil atual está presente em três eixos: 1. o projeto como um todo atua em áreas que apresentam altos índices de violência (a grande maioria das entidades que atuam nestas zonas de risco – favelas principalmente - tem dificuldade para desenvolver seu trabalho justamente porque concorrem para capturar a atenção dos jovens com as forças organizadas do crime, contravenção, drogas etc.); 2. focalizando uma modalidade de violência, por exemplo, exploração sexual, trabalho infantil, etc.; 3. focalizando o tema da paz, atuando como formadora de uma cultura da paz, resgatando valores que contribuam para novas mentalidades e novas culturas sobre o cotidiano (GOHN, 2010, p.84). Os projetos que tiveram o intuito de resgatar e trabalhar em campos da cultura local, influenciaram em mudanças ao entorno, tendo como destaque o caráter educativo, formando um saber que desenvolve a consciência de pertencimento da comunidade local. A participação sociopolítica e comunitária a partir de projetos construídos coletivamente, e que levam a uma intervenção social – por exemplo, numa praça pública – contribui para a transformação da realidade do público atendido. Eles levam à melhorias urbanas, à geração de renda para famílias, ao desenvolvimento e formação de cooperativas de artesãos. Os projetos que fomentam a participação cidadã dos jovens contribuem para o resgate da autoestima, mas podem ir muito além, delineando projetos e trajetórias de vida. Adolescentes que moravam em abrigos foram reintegrados às famílias (GOHN, 2010, p.85). Ainda foi possível perceber, segundo a mesma autora, a preocupação que existe em vários projetos com a recuperaçãoda memória do local, a história do bairro, de seus personagens, além de contribuírem para desenvolver vínculos sociais, tecer redes de solidariedade entre os moradores. Outra relevância é a participação das mulheres nos Projetos Sociais, sendo a maioria em relação aos homens. Entretanto, nos projetos sociais essas mulheres atuam silenciosamente, não aparece como presença feminina, mas como ente colaborador de um processo um tanto oculto, pois, embora a participação feminina esteja presente, ela não é relevante em relação à autenticidade de sua identidade e participação social concreta. LEITURAOBRIGATÓRIA 12 Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Leia o artigo Educação não formal e movimentos sociais – práticas educativas nos espaços não escolares que apresenta ideias sobre projetos sociais e movimentos sociais, visto no tema estudado. Disponível em: <http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/ viewFile/1178/78>. Acesso em: 5 dez. 2013. Leia o artigo O papel do social e da Educação não formal nas discussões e ações educacionais de Valéria Aroeira Garcia que apresenta relatos e pesquisas sobre o papel social na educação não formal. Disponível em: <http://www.am.unisal.br/pos/Stricto-Educacao/pdf/mesa_8_texto_valeria. pdf>. Acesso em: 5 dez. 2013. Leia o artigo A questão da avaliação de legitimação de ONGs. O artigo aborda a questão da avaliação da legitimidade de Organizações Não Governamentais (ONGs) que recebeu uma importante contribuição teórica com a proposta de ATACK (1999). Com base nessa contribuição, os autores deste artigo desenvolveram e aplicaram um questionário visando a avaliação da legitimidade de duas ONGs no Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rege/v12n2/v12n2a5.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2013. LINKSIMPORTANTES 13 Vídeos Assista ao vídeo Projeto Social é tema de reportagem no Globo Rural. Reportagem do Globo Rural em projeto desenvolvido na zona rural com foco na cultura, educação e arte. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=xHNaS0w8eG0>. Acesso em: 5 dez. 2013. Assista ao vídeo: Fórum – ONGs brasileiras. O programa Fórum, da TV Justiça, apresenta um panorama sobre as ONGs no Brasil. De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 338 mil organizações não governamentais sem fins lucrativos, divididas em cinco categorias: as entidades privadas, que não integram o Estado; as que não distribuem eventuais excedentes; voluntárias; as que possuem capacidade de autogestão, e, as institucionalizadas. Para falar sobre o assunto, o apresentador William Galvão recebe os convidados Adriana Ramos, representante da Associação Brasileira de Organizações não Governamentais (ABONG), e Fábio de Sá e Silva, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=0WaomN-W9wQ>. Acesso em: 5 dez. 2013. Assista o vídeo Documentário mostra projetos sociais apoiados pela Nike no Brasil e África. A temática discorre sobre os projetos sociais desenvolvidos com parceria da NIKE no Brasil e a África. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=IZB1TmMPFPw>. Acesso em: 5 dez. 2013. LINKSIMPORTANTES 14 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: De acordo com os seus conhecimentos prévios sobre o significado das ONGs no Brasil e a legitimidade das ONGs brasilei- ras, discorra sobre a seguinte afirmativa: “De acordo com a matéria on-line de José Fucus da Revista Época (2008), afirma que se fosse um país independente, o Terceiro Setor seria a oitava economia do planeta, pois as empresas que teoricamente atuam sem fins lucrativos, movimentam um fatura- mento que chega à casa de bilhões ao ano, o que poderia dar margem a corrupção” Questão 2: A análise dos resultados de pesquisa apre- sentada por Maria da Gloria Gohn, tem como fonte de dados os projetos sociais inscritos no Programa Rumos Itaú Cultural: Educação, Cultura e Arte, totalizando du- zentos e vinte e dois projetos registrados. É correto afirmar que: a) Na análise buscar-se articular essas duas dimensões de forma que a primeira, quantitativa, realimente a segunda qualitativo-alicerçada nas formulações e justificativas escritas/descritas pelos sujeitos participantes inscritos no Programa Rumos. AGORAÉASUAVEZ 15 b) A análise foi realizada a partir de dados quantitativos e não qualitativos. c) A análise foi realizada a partir de dados estatísticos e dados demonstrativos. d) A análise não foi possível, pois existiam muitos projetos a serem analisados. Questão 3: Em relação a pesquisa qualitativa na área de educação não formal e projetos sociais, pode-se afirmar que: a) Não compreende os estudos estatísticos que se destina a descrever as características de uma determinada situação, medindo numericamente as hipóteses levantadas a respeito de um problema de pesquisa, cujas informações são colhidas por meio de um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas. b) Compreende os estudos estatísticos que se destina a descrever as características de uma determinada situação, medindo numericamente as hipóteses levantadas a respeito de um problema de pesquisa, cujas, informações são colhidas por meio de um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas. c) É considerada a relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. d) Não é considerada a relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Questão 4: Verifique se as alternativas abaixo são ver- dadeiras (V) ou falsas (F), segundo o tema desenvolvido sobre pesquisa quantitativa: ( ) Compreende os estudos estatísticos que se destina a descrever as característi- cas de uma determinada situação, medin- do numericamente as hipóteses levantadas a respeito de um problema de pesquisa, cujas informações são colhidas por meio de um questionário estruturado com per- guntas claras e objetivas. Isto garante a uniformidade de entendimento dos entre- vistados. ( ) Difere, em princípio, do qualitativo à me- dida que não emprega um instrumental es- tatístico como base do processo de análise de um problema. Não pretende numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas. AGORAÉASUAVEZ 16 ( ) É um tipo de pesquisa que se preocu- pa somente com os dados que devem ser apresentados. ( ) É um tipo de pesquisa que se preocu- pa com os dados, mas pode também tentar interpretá-los. Questão 5: Segundo a temática desenvolvida, o proje- to social é: a) Uma alternativa educativa que pode promover o entendimento social, político e cultural de uma realidade que é ligada, mas diferente da realidade escolar. b) Papel fundamental na cena composta da educação social ideal. c) Um recurso técnico útil e necessário para qualificar a ação social organizada em prol da elevação da qualidade de vida e dofortalecimento da cidadania. d) O formulário que nos oferece dois tipos de dados: quantitativos e qualitativos. Questão 6: Referente a pesquisa na área de educação não formal, o que se pode afirmar? Justifi- que a resposta. Questão 7: Descreva a partir do tema apresentado, qual a importância educativa que o projeto social exerce na Educação não formal? Questão 8: Levando em consideração a ideia sobre projeto social e as abordagens já desen- volvidas sobre os temas anteriores, qual relação você estabelece entre projetos so- ciais e trabalhos em ONGs? Justifique a sua resposta. Questão 9: Pesquise em várias fontes sobre alguns projetos sociais e análise pelo menos um. Registre suas conclusões de forma clara e coesa. Questão 10: Como projetos sociais voltados para a edu- cação, cultura e arte podem contribuir de forma significativa na construção da identi- dade de cada indivíduo? AGORAÉASUAVEZ 17 Nesse tema, você aprendeu um pouco mais sobre a educação não formal e os projetos sociais. Viu também, os tipos de pesquisa que foram levantadas na análise dos projetos desenvolvidos pelo “Programa Rumos Itaú Cultural: Educação, Cultura e Arte”. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo: Cortez, 1991. FUCS, José. Época debate o poder das ONGs. Revista Época: exclusivo online. Agos- to, 2008. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI10075- 15254,00-EPOCA+DEBATE+O+PODER+DAS+ONGS.html>. Acesso em: 5 dez. 2013. GOHN, Maria da Glória. Educação não formal e o educador social: atuação no desenvolvi- mento de projetos sociais. SP: Cortez, 2010. MARQUES, Daniel S. Pitta et al. A questão da avaliação de legitimação de ONGs. Revista USP. Caderno de pesquisas em Administração, v.12, nº 2, p.67-84. Abr/Jun, 2005. Dispo- nível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rege/v12n2/v12n2a5.pdf>. Acesso em: 5 dez. 2013. PAIVA, Flávio; Landim ET AL. ONGs no Brasil: perfil de um mundo em mudança. Ceará: Fundação Konrad Adenauer, 2003. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1985. REFERÊNCIAS FINALIZANDO 18 Pesquisa quantitativa: compreende os estudos estatísticos que se destina a descrever as características de uma determinada situação, medindo numericamente as hipóteses levantadas a respeito de um problema de pesquisa, cujas, informações são colhidas por meio de um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas. Isso garante a uniformidade de entendimento dos entrevistados. Pesquisa qualitativa: é considerada a relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. No âmbito da educação, a pesquisa qualitativa sobre outro rigor, demarca-se como possibilidade real de melhor compreender o fenômeno educativo e suas múltiplas variáveis, sua multirreferencialidade. A atitude qualitativa, enquanto abordagem de pesquisa em Educação, não invalida a quantidade como abordagem. Projetos Sociais: um recurso técnico útil e necessário para qualificar a ação social organizada em prol da elevação da qualidade de vida e do fortalecimento da cidadania. Educação Social: é uma alternativa educativa que pode promover o entendimento social, político e cultural de uma realidade que é ligada, mas diferente da realidade escola. Responsabilidade Social: é um conceito segundo o qual as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais saudável. O conceito de responsabilidade social pode ser compreendido em dois níveis: o nível interno relaciona-se com os trabalhadores e à todas as partes afetadas pela empresa e que podem influenciar no alcance de seus resultados. O nível externo são as consequências das ações de uma organização sobre o meio ambiente, os seus parceiros de negócio e o meio em que estão inseridos. Refere-se ao cumprimento dos deveres e obrigações dos indivíduos e empresas para com a sociedade em geral. Terceiro Setor: Corresponde às instituições com preocupações e práticas sociais, sem fins lucrativos que geram bens e serviços de caráter público, tais como: ONGs, instituições religiosas, clubes de serviços, entidades beneficentes, centros sociais, organizações de voluntariado, dentre outros. O termo é de origem americana, Third Sector, muito utilizado nos Estados Unidos, sendo utilizada a mesma classificação no Brasil. GLOSSÁRIO 19 Questão 1 Resposta: A afirmativa tentar levantar a questão da legitimidade das ONGs existentes no Brasil e atentar-se para as que estão em funcionamento quanto as suas finalidades. Assim, José Fucus afirma que o faturamento das ONGS no Brasil é muito grande e necessita tomar ciência do real destino desse faturamento. Questão 2 Resposta: Alternativa A. A autora do Livro-Texto utiliza os dois tipos de pesquisa para apresentar a análise: a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa. Questão 3 Resposta: Alternativa C. A pesquisa qualitativa tem como objetivo analisar dados em sua fonte de interpretação mais profunda. Questão 4 Resposta: V, F, F, V. Questão 5 Resposta: Alternativa C. O projeto social é realmente um recurso com a finalidade de colocar em ação os ideias e metas traçados pela instituição responsável que irá desenvolver o projeto. Questão 6 Resposta: É possível afirmar que, em relação à pesquisa na educação não formal da autora, o campo ainda está escasso e o pouco do que se é pesquisado, ao ser apresentado os dados, percebe-se que estes não apresentam análise mais crítica, reflexiva e fundamentada. GABARITO 20 Questão 7 Resposta: A importância educativa que o projeto social exerce na Educação não formal é que este é o recurso planejado para tornar real uma determinada ideia, ou seja, passá-la da idealização para a ação. É o instrumento planejado que a educação não formal possui para desenvolver as propostas idealizadas. Questão 8 Resposta: Nesta questão, o aluno deverá demonstrar que pesquisou sobre Projetos sociais na educação não formal com fundamentação. Questão 9 Resposta: A relação que se pode estabelecer entre projetos sociais e trabalhos em ONGs é que o primeiro é considerado o recurso técnico útil e necessário para qualificar a ação social organizada em prol da elevação da qualidade de vida e do fortalecimento da cidadania. É o instrumento para a ação das ideias, metas e objetivos estabelecidos nas ONGs. O segundo, as ONGs, são instituições estabelecidas por necessidade para atender determinada demanda de população. Questão 10 Resposta: Os projetos sociais voltados para a educação, cultura e arte podem contribuir de forma significativa na construção da identidade de cada indivíduo a partir de que seja, em sua execução, realizado dentro dos princípios, dos direitos e deveres de cada cidadão, qualificando a ação social proposta. GABARITO
Compartilhar