Buscar

1551119684846

Prévia do material em texto

CLIQUEAQUIPARA
VIRARAPÁGINAEducação Profissional e Educação 
em Ambientes Não Escolares
Autor: Rita de Cassia Medeiros Gomes
Tema 06
Os projetos sociais voltados para a 
educação, cultura, arte e as ONGs no Brasil
seç
ões
Como citar este material:
GOMES, Rita de Cassia Medeiros. Educação 
Profissional e Educação em Ambientes Não 
Escolares: Os projetos sociais voltados para 
a educação, cultura, arte e as ONGs no Brasil. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2014.
Tema 06
Os projetos sociais voltados para a educação, 
cultura, arte e as ONGs no Brasil
SeçõesSeções
Tema 06
Os projetos sociais voltados para a educação, 
cultura, arte e as ONGs no Brasil
5
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• Educação não formal – projetos sociais: pesquisa e análise.
• Educação não formal – a concepção de dados qualitativos quantitativos de pesquisa.
• Educação não formal – práxis cotidiana do educador social e as ONGs.
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no Livro-Texto: Educação não formal 
e o educador social: atuação no desenvolvimento de projetos sociais, da autora Maria da 
Glória Gohn, editora Cortez, 2010.
Roteiro de Estudo:
Rita de Cassia Medeiros 
Gomes
Educação Profissional e 
Educação em Ambientes 
Não Escolares 
6
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Os projetos sociais voltados para a educação, cultura, 
arte e as ONGs no Brasil
 No tema anterior você pôde perceber a importância e a relação dos projetos sociais 
na educação não formal. Agora você terá contato com alguns projetos sociais analisados 
pela autora do Livro-Texto, Maria Gloria Gohn. A relação entre os projetos sociais, a pesquisa 
e as ONGs no Brasil.
Primeiramente, você terá contato com um breve histórico das ONGs no Brasil, o conhecido 
terceiro setor e logo a seguir, você verá os resultados de uma pesquisa sobre projetos sociais 
desenvolvidos por ONGs e movimentos sociais, como formas de trabalho da educação não 
formal, em destaque, um dos principais sujeitos que nela atua: o educador social. Você ainda 
verá, em um dos temas posteriores, um pouco mais sobre esse profissional tão fundamental 
na educação não formal.
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Qual relação entre projetos sociais e pesquisa científica?
• Qual é a contribuição dos projetos sociais para a educação dos indivíduos de uma 
determinada localidade?
• Qual perfil de educador social é possível perceber na análise que a autora do Livro-
Texto aborda?
• Qual a relação entre educação não formal, práxis cotidiana do educador social e as 
ONGs no Brasil, o conhecido terceiro setor?
LEITURAOBRIGATÓRIA
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
Quanto às ONGs no Brasil, a origem remete-se à época da Ditadura Militar (1964-1984), 
no contexto dos movimentos político-sociais. No entanto, no início, não houve envolvimento 
do governo e da iniciativa privada. O governo por temer qualquer tipo de movimento social, 
e da iniciativa privada por estar sobre vigilância do governo, e também por ainda não ter 
desenvolvido concepções sobre Marketing Social.
No período em que as forças armadas assumiram o poder na República 
Federativa do Brasil, mesmo entre trancos e barrancos, Estado e Mercado 
acomodaram interesses enquanto macrocorporações. Em ambos os lados, 
porém, muitos cidadãos perderam seus direitos civis, foram torturados (…). 
Entretanto, enquanto instância de poder genuíno da coletividade, a sociedade 
civil organizada foi terminantemente segregada. Essa apartação, somada ao 
golpe militar e tudo que ele representa, derivou com o passar dos anos, uma 
íntima aversão ao regime ditatorial e no ressurgimento dos movimentos sociais. 
Foi nesse cenário que nasceram as ONGs (PAIVA, 2003, p.71).
Segundo Paiva (2003), em nível mundial, o governo e a iniciativa privada passam a apoiar o 
Terceiro Setor somente após a queda do muro de Berlim (1961-1989), no assistencialismo 
aos países arrasados do Leste Europeu. Já no Brasil, governo e iniciativa privada vão 
se atentar ao Terceiro Setor após a transição democrática (1985-1988). O governo, ao 
reconhecer a livre ascensão dos movimentos sociais e a iniciativa privada, em relação ao 
número crescente de empresas que estão colocando em prática a filantropia, para serem 
recebidas como empresas de responsabilidade social.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística) de 2008 apontaram a amplitude do 
Terceiro Setor no Brasil. O estudo foi realizado através do levantamento de dados junto à 
Receita Federal do ano de 2005, onde estavam registrados 338 mil fundações privadas e 
associações sem fins lucrativos, que empregaram 1,7 milhão de pessoas em todo o país. 
A pesquisa também apontou demais dados importantes que seguem destacados abaixo:
A região sudeste abriga 42,4% do total de ONGs no Brasil; 79,5% são de pequeno porte e 
35,2% atuam na Defesa do cidadão; 24,8% são instituições religiosas; 7,2% desenvolvem 
ações de saúde e educação e pesquisa; idade média das ONGs fica em torno de 12,3 anos, 
sendo que a maioria -41,5 foi fundada nos anos 1990.
De acordo com a matéria online de José Fucus da Revista Época (2008), afirma que se 
fosse um país independente, o Terceiro Setor seria a oitava economia do planeta, pois as 
empresas que teoricamente atuam sem fins lucrativos, movimentam um faturamento que 
chega à casa de bilhões ao ano, o que poderia dar margem a corrupção.
8
E é justamente ai que entra o tópico de legitimidade das ONGs no Brasil. Nesse aspecto, 
Daniel Siqueira Marques (et al, 2003) aborda em sua pesquisa o trabalho na questão da 
avaliação da legitimação de ONG discorrendo sobre a transparência, prestação de contas 
e legislação.
A prestação de contas caminha conjuntamente com a responsabilidade social e 
a habilidade de justificar a forma de conduta e as obrigações de uma organização. 
A transparência visa garantir, ente outros aspectos, ausência de corrupção 
e abertura a atores fora da organização. Questões como representatividade, 
legitimidade, prestação de contas e transparência são significativas para 
companhias inseridas no processo de globalização para instituições públicas 
reguladoras e para a própria sociedade (MARQUES et al, 2003, p.71).
Quanto à análise de projetos sociais desenvolvidos na educação não formal voltados para 
a Educação, Cultura e Arte, Maria da Glória Gohn atribui destaque, a análise dos resultados 
de pesquisa como fonte de dados, dos projetos sociais inscritos no Programa Rumos Itaú 
Cultural: Educação, Cultura e Arte, totalizando duzentos e vinte e dois, projetos registrados.
Segundo Gohn (2010, p.82):
O formulário nos oferece dois tipos de dados: quantitativos e qualitativos. Na 
análise buscar-se á articular estas duas dimensões de forma que a primeira, 
quantitativa, realimente a segunda, qualitativo-alicerçada nas formulações 
e justificativas escritas/descritas pelos sujeitos participantes inscritos no 
Programa Rumos. Uma parte da dimensão quantitativa foi codificada na etapa 
anterior do Programa, por ocasião do processo de seleção para o prêmio. 
Foram sistematizados dados dos inscritos por região dos projetos, gênero, 
escolarização, experiência anterior, área de atuação no mundo das artes 
(linguagem), formação dos sujeitos e cargos desempenhados.
Veja-se a concepção de dados qualitativos e dados quantitativos.
A pesquisa qualitativa é típica das ciências humanas e sociais, por oposição às ciências 
naturais que utilizam, quando necessário, pesquisas experimentais. Duas possibilidades 
sobre a concepção de pesquisa qualitativa pode ser levantada, de acordo com Chizzoti 
(1991, p.79): a primeira, dos cientistas que adotam a pesquisa qualitativa, pois as ciências 
humanas e sociais apresentam especificidade (ocomportamento humano) e a segunda, 
de que a abordagem qualitativa parte do fundamento de que existe uma relação dinâmica 
entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o objeto, um elo 
indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito, ou seja, o objeto não é um 
dado inerte e neutro; este apresenta significados e relações que sujeitos concretos criam 
em suas ações. A atitude qualitativa enquanto abordagem de pesquisa em Educação, não 
invalida a quantidade como abordagem.
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
Para o pesquisador, Richardson (1985, p. 38):
O método qualitativo difere, em princípio, do quantitativo à medida que não 
emprega um instrumental estatístico como base do processo de análise 
de um problema. Não pretende numerar ou medir unidades ou categorias 
homogêneas.
Segundo o mesmo autor, até os autores que não fazem distinção clara entre métodos 
quantitativos e qualitativos por entender que a pesquisa quantitativa é também, de certo 
modo, qualitativa. Uma vez que os dados, pelo menos numa pesquisa social, só apresentam 
sentido quando referenciados a um contexto e/ou significados atribuídos pelos indivíduos. 
Contudo, existem situações que exigem estudos com características tipicamente qualitativas, 
como no caso de situações em que se evidencia a importância de uma abordagem qualitativa 
para efeito de compreender aspectos psicológicos cujos dados não podem ser coletados de 
modo completo por outros métodos devido a sua complexidade.
Já a pesquisa quantitativa, compreende os estudos estatísticos que se destina a descrever 
as características de uma determinada situação, medindo numericamente as hipóteses 
levantadas a respeito de um problema de pesquisa, cujas informações são colhidas por 
meio de um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas. Isso garante a 
uniformidade de entendimento dos entrevistados.
Voltando-se para a apresentação dos dados analisados da pesquisa abordada pela autora 
do Livro-Texto, Maria da Glória Gohn, para a dimensão dos dados qualitativos foi utilizado 
para a análise das questões, análise de conteúdo, com a finalidade de captar os sentidos e 
significados do objeto estudado.
Seguindo a metodologia proposta por Bauer e Gaskell (2005), as temáticas nos 
possibilitam construir mapas de conhecimento dos sujeitos investigados, sobre 
o mundo onde atuam e como o representam – enquanto um autoconhecimento. 
As temáticas foram agrupadas e classificadas sem eixos, à luz dos sentidos 
atribuídos pelos sujeitos investigados. Os mapas foram aplicados ao se criar 
categorias para diferenciar os objetivos do trabalho do educador e mapear as 
instituições e os trabalhos realizados por elas. O princípio geral organizador 
da análise foi o da identidade e as representações construídas pelos sujeitos 
inscritos sem relação: ao papel do educador, à instituição onde atuam, ao 
público que atendem, à comunidade do entorno onde atuam e aos resultados 
que julgam estar sendo obtidos no campo da cultura e da educação (GOHN, 
2010, p. 82).
LEITURAOBRIGATÓRIA
10
Quanto aos sujeitos analisados, foram observadas suas práxis cotidianas em favelas e 
regiões periféricas das principais capitais brasileiras. Justifica-se esta ação, porque os 
projetos inscritos se desenvolvem, em sua maioria, em áreas de moradia, locais de pobreza, 
exclusão social e ou área de alto risco de zonas urbanas deterioradas. Outros projetos 
desenvolvem-se em regiões que já estão estereotipadas como “territórios do mal”, tais 
como “polígono da maconha”. Ainda existem os projetos que estão em territórios que são 
ocupados por traficantes e contraventores, tendo de competir com essas forças para aderir 
o jovem no programa. Outros ainda atuam na luta de combate ao trabalho infantil, com o 
intuito de conduzir novamente as crianças e os adolescentes para a participação escolar.
Há vários estados que não tiveram instituições participantes como Amazonas, 
Acre, Roraima, Amapá. A baixa participação da região Sul causou-nos surpresa 
de um lado, e compreensão de outro. Surpresa porque o Sul tem tradição de 
associativismo, compreensão porque não são estados com grande número 
de populações em situação de vulnerabilidade. Entretanto, inicialmente, 
tínhamos um suposto de que Porto Alegre apresentaria um grande leque de 
projetos socioculturais e educacionais entre os inscritos, devido à fama que ela 
alcançou, até no plano internacional, com as edições do Fórum Social Mundial 
entre 2001-2007 (exceto 2004 que foi na Índia, 2006 na Venezuela e 2007 no 
Quênia, na África), e por seu longo período de gestão pública governamental 
com programas participativos tipo Orçamento Participativo. Mas não foi isso 
que os dados revelaram - registraram apenas duas inscrições: uma na capital 
e uma no estado do Rio Grande do Sul (GOHN, 2010, p.87).
Quanto às áreas centrais, nessas grandes cidades não foram percebidos muitos projetos 
inscritos. Cumpre mencionar que nessas áreas, em algumas cidades, como São Paulo, 
localizam-se os movimentos sociais populares urbanos mais organizados na atualidade, 
tendo atuação na área da habitação popular e são moradores de cortiços, prédios 
abandonados ou moradores que vivem nas ruas.
Em relação aos projetos sociais analisados por Gohn (2010), estão divididos em programas 
sociais, prestação de serviços, projetos culturais e socioeducativos, apoio econômico, 
conhecidos como programas de geração de renda, e defesa de bens e patrimônio, material 
ou não.
Encontramos poucas instituições atuando diretamente sobre a temática meio 
ambiente. O tema aparece de forma paralela e complementar nos trabalhos com 
a reciclagem de materiais de sucata, por exemplo, ou em alguns programas 
criados em função da defesa de algum rio, córrego ou mata, desenvolvido 
com alunos de escolas. “Água como fonte da vida” foi um projeto inscrito e 
desenvolvido em uma pequena cidade do Paraná. O tema ‘meio ambiente’ 
também não teve destaque nas propostas advindas das grandes metrópoles. 
O tema da defesa dos animais, muito próximo também das lutas dos 
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
ambientalistas, não foi encontrado. O tema de combate às formas de violência 
existentes no Brasil atual está presente em três eixos: 1. o projeto como um 
todo atua em áreas que apresentam altos índices de violência (a grande maioria 
das entidades que atuam nestas zonas de risco – favelas principalmente - 
tem dificuldade para desenvolver seu trabalho justamente porque concorrem 
para capturar a atenção dos jovens com as forças organizadas do crime, 
contravenção, drogas etc.); 2. focalizando uma modalidade de violência, por 
exemplo, exploração sexual, trabalho infantil, etc.; 3. focalizando o tema da 
paz, atuando como formadora de uma cultura da paz, resgatando valores 
que contribuam para novas mentalidades e novas culturas sobre o cotidiano 
(GOHN, 2010, p.84). 
Os projetos que tiveram o intuito de resgatar e trabalhar em campos da cultura local, 
influenciaram em mudanças ao entorno, tendo como destaque o caráter educativo, formando 
um saber que desenvolve a consciência de pertencimento da comunidade local. 
A participação sociopolítica e comunitária a partir de projetos construídos 
coletivamente, e que levam a uma intervenção social – por exemplo, numa 
praça pública – contribui para a transformação da realidade do público 
atendido. Eles levam à melhorias urbanas, à geração de renda para famílias, 
ao desenvolvimento e formação de cooperativas de artesãos. Os projetos 
que fomentam a participação cidadã dos jovens contribuem para o resgate 
da autoestima, mas podem ir muito além, delineando projetos e trajetórias de 
vida. Adolescentes que moravam em abrigos foram reintegrados às famílias 
(GOHN, 2010, p.85). 
Ainda foi possível perceber, segundo a mesma autora, a preocupação que existe em vários 
projetos com a recuperaçãoda memória do local, a história do bairro, de seus personagens, 
além de contribuírem para desenvolver vínculos sociais, tecer redes de solidariedade entre 
os moradores. Outra relevância é a participação das mulheres nos Projetos Sociais, sendo 
a maioria em relação aos homens. Entretanto, nos projetos sociais essas mulheres atuam 
silenciosamente, não aparece como presença feminina, mas como ente colaborador de um 
processo um tanto oculto, pois, embora a participação feminina esteja presente, ela não é 
relevante em relação à autenticidade de sua identidade e participação social concreta.
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo Educação não formal e movimentos sociais – práticas educativas nos espaços 
não escolares que apresenta ideias sobre projetos sociais e movimentos sociais, visto no 
tema estudado. 
Disponível em: <http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/
viewFile/1178/78>. Acesso em: 5 dez. 2013.
Leia o artigo O papel do social e da Educação não formal nas discussões e ações 
educacionais de Valéria Aroeira Garcia que apresenta relatos e pesquisas sobre o papel 
social na educação não formal. 
Disponível em: <http://www.am.unisal.br/pos/Stricto-Educacao/pdf/mesa_8_texto_valeria.
pdf>. Acesso em: 5 dez. 2013.
Leia o artigo A questão da avaliação de legitimação de ONGs. O artigo aborda a questão 
da avaliação da legitimidade de Organizações Não Governamentais (ONGs) que recebeu 
uma importante contribuição teórica com a proposta de ATACK (1999). Com base nessa 
contribuição, os autores deste artigo desenvolveram e aplicaram um questionário visando a 
avaliação da legitimidade de duas ONGs no Estado de São Paulo. 
Disponível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rege/v12n2/v12n2a5.pdf>. Acesso 
em: 5 dez. 2013.
 
LINKSIMPORTANTES
13
Vídeos 
Assista ao vídeo Projeto Social é tema de reportagem no Globo Rural. Reportagem do 
Globo Rural em projeto desenvolvido na zona rural com foco na cultura, educação e arte. 
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=xHNaS0w8eG0>. Acesso em: 5 dez. 
2013.
Assista ao vídeo: Fórum – ONGs brasileiras. O programa Fórum, da TV Justiça, apresenta um 
panorama sobre as ONGs no Brasil. De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE), existem 338 mil organizações não governamentais sem fins 
lucrativos, divididas em cinco categorias: as entidades privadas, que não integram o Estado; 
as que não distribuem eventuais excedentes; voluntárias; as que possuem capacidade de 
autogestão, e, as institucionalizadas. Para falar sobre o assunto, o apresentador William 
Galvão recebe os convidados Adriana Ramos, representante da Associação Brasileira 
de Organizações não Governamentais (ABONG), e Fábio de Sá e Silva, do Instituto de 
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=0WaomN-W9wQ>. Acesso em: 5 dez. 
2013.
Assista o vídeo Documentário mostra projetos sociais apoiados pela Nike no Brasil e África. 
A temática discorre sobre os projetos sociais desenvolvidos com parceria da NIKE no Brasil 
e a África. 
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=IZB1TmMPFPw>. Acesso em: 5 dez. 
2013.
LINKSIMPORTANTES
14
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
De acordo com os seus conhecimentos 
prévios sobre o significado das ONGs no 
Brasil e a legitimidade das ONGs brasilei-
ras, discorra sobre a seguinte afirmativa:
“De acordo com a matéria on-line de José 
Fucus da Revista Época (2008), afirma que 
se fosse um país independente, o Terceiro 
Setor seria a oitava economia do planeta, 
pois as empresas que teoricamente atuam 
sem fins lucrativos, movimentam um fatura-
mento que chega à casa de bilhões ao ano, 
o que poderia dar margem a corrupção” 
Questão 2:
A análise dos resultados de pesquisa apre-
sentada por Maria da Gloria Gohn, tem 
como fonte de dados os projetos sociais 
inscritos no Programa Rumos Itaú Cultural: 
Educação, Cultura e Arte, totalizando du-
zentos e vinte e dois projetos registrados. 
É correto afirmar que:
a) Na análise buscar-se articular essas 
duas dimensões de forma que a primeira, 
quantitativa, realimente a segunda 
qualitativo-alicerçada nas formulações 
e justificativas escritas/descritas pelos 
sujeitos participantes inscritos no 
Programa Rumos.
AGORAÉASUAVEZ
15
b) A análise foi realizada a partir de dados 
quantitativos e não qualitativos.
c) A análise foi realizada a partir de dados 
estatísticos e dados demonstrativos.
d) A análise não foi possível, pois existiam 
muitos projetos a serem analisados.
Questão 3:
Em relação a pesquisa qualitativa na área 
de educação não formal e projetos sociais, 
pode-se afirmar que:
a) Não compreende os estudos 
estatísticos que se destina a descrever 
as características de uma determinada 
situação, medindo numericamente as 
hipóteses levantadas a respeito de um 
problema de pesquisa, cujas informações 
são colhidas por meio de um questionário 
estruturado com perguntas claras e 
objetivas.
b) Compreende os estudos estatísticos que 
se destina a descrever as características 
de uma determinada situação, medindo 
numericamente as hipóteses levantadas 
a respeito de um problema de pesquisa, 
cujas, informações são colhidas por meio 
de um questionário estruturado com 
perguntas claras e objetivas.
c) É considerada a relação dinâmica 
entre o mundo real e o sujeito, isto é, 
um vínculo indissociável entre o mundo 
objetivo e a subjetividade do sujeito que 
não pode ser traduzido em números. 
A interpretação dos fenômenos e a 
atribuição de significados são básicas no 
processo de pesquisa qualitativa.
d) Não é considerada a relação dinâmica 
entre o mundo real e o sujeito, isto é, 
um vínculo indissociável entre o mundo 
objetivo e a subjetividade do sujeito que 
não pode ser traduzido em números. 
A interpretação dos fenômenos e a 
atribuição de significados são básicas no 
processo de pesquisa qualitativa.
Questão 4:
Verifique se as alternativas abaixo são ver-
dadeiras (V) ou falsas (F), segundo o tema 
desenvolvido sobre pesquisa quantitativa:
( ) Compreende os estudos estatísticos 
que se destina a descrever as característi-
cas de uma determinada situação, medin-
do numericamente as hipóteses levantadas 
a respeito de um problema de pesquisa, 
cujas informações são colhidas por meio 
de um questionário estruturado com per-
guntas claras e objetivas. Isto garante a 
uniformidade de entendimento dos entre-
vistados.
( ) Difere, em princípio, do qualitativo à me-
dida que não emprega um instrumental es-
tatístico como base do processo de análise 
de um problema. Não pretende numerar ou 
medir unidades ou categorias homogêneas.
AGORAÉASUAVEZ
16
( ) É um tipo de pesquisa que se preocu-
pa somente com os dados que devem ser 
apresentados.
( ) É um tipo de pesquisa que se preocu-
pa com os dados, mas pode também tentar 
interpretá-los.
Questão 5:
Segundo a temática desenvolvida, o proje-
to social é:
a) Uma alternativa educativa que pode 
promover o entendimento social, político 
e cultural de uma realidade que é ligada, 
mas diferente da realidade escolar.
b) Papel fundamental na cena composta 
da educação social ideal.
c) Um recurso técnico útil e necessário 
para qualificar a ação social organizada 
em prol da elevação da qualidade de vida 
e dofortalecimento da cidadania.
d) O formulário que nos oferece dois tipos 
de dados: quantitativos e qualitativos.
Questão 6:
Referente a pesquisa na área de educação 
não formal, o que se pode afirmar? Justifi-
que a resposta.
Questão 7:
Descreva a partir do tema apresentado, 
qual a importância educativa que o projeto 
social exerce na Educação não formal?
Questão 8:
Levando em consideração a ideia sobre 
projeto social e as abordagens já desen-
volvidas sobre os temas anteriores, qual 
relação você estabelece entre projetos so-
ciais e trabalhos em ONGs? Justifique a 
sua resposta.
Questão 9:
Pesquise em várias fontes sobre alguns 
projetos sociais e análise pelo menos um. 
Registre suas conclusões de forma clara e 
coesa.
Questão 10:
Como projetos sociais voltados para a edu-
cação, cultura e arte podem contribuir de 
forma significativa na construção da identi-
dade de cada indivíduo?
AGORAÉASUAVEZ
17
Nesse tema, você aprendeu um pouco mais sobre a educação não formal e os projetos 
sociais. Viu também, os tipos de pesquisa que foram levantadas na análise dos projetos 
desenvolvidos pelo “Programa Rumos Itaú Cultural: Educação, Cultura e Arte”.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo: Cortez, 1991.
FUCS, José. Época debate o poder das ONGs. Revista Época: exclusivo online. Agos-
to, 2008. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI10075-
15254,00-EPOCA+DEBATE+O+PODER+DAS+ONGS.html>. Acesso em: 5 dez. 2013.
GOHN, Maria da Glória. Educação não formal e o educador social: atuação no desenvolvi-
mento de projetos sociais. SP: Cortez, 2010.
MARQUES, Daniel S. Pitta et al. A questão da avaliação de legitimação de ONGs. Revista 
USP. Caderno de pesquisas em Administração, v.12, nº 2, p.67-84. Abr/Jun, 2005. Dispo-
nível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rege/v12n2/v12n2a5.pdf>. Acesso em: 5 
dez. 2013.
PAIVA, Flávio; Landim ET AL. ONGs no Brasil: perfil de um mundo em mudança. Ceará: 
Fundação Konrad Adenauer, 2003.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1985.
REFERÊNCIAS
FINALIZANDO
18
Pesquisa quantitativa: compreende os estudos estatísticos que se destina a descrever 
as características de uma determinada situação, medindo numericamente as hipóteses 
levantadas a respeito de um problema de pesquisa, cujas, informações são colhidas por 
meio de um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas. Isso garante a 
uniformidade de entendimento dos entrevistados.
Pesquisa qualitativa: é considerada a relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto 
é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode 
ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são 
básicas no processo de pesquisa qualitativa. No âmbito da educação, a pesquisa qualitativa 
sobre outro rigor, demarca-se como possibilidade real de melhor compreender o fenômeno 
educativo e suas múltiplas variáveis, sua multirreferencialidade. A atitude qualitativa, enquanto 
abordagem de pesquisa em Educação, não invalida a quantidade como abordagem.
Projetos Sociais: um recurso técnico útil e necessário para qualificar a ação social 
organizada em prol da elevação da qualidade de vida e do fortalecimento da cidadania.
Educação Social: é uma alternativa educativa que pode promover o entendimento social, 
político e cultural de uma realidade que é ligada, mas diferente da realidade escola. 
Responsabilidade Social: é um conceito segundo o qual as empresas decidem, numa base 
voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais saudável. O conceito 
de responsabilidade social pode ser compreendido em dois níveis: o nível interno relaciona-se com 
os trabalhadores e à todas as partes afetadas pela empresa e que podem influenciar no alcance 
de seus resultados. O nível externo são as consequências das ações de uma organização sobre 
o meio ambiente, os seus parceiros de negócio e o meio em que estão inseridos. Refere-se ao 
cumprimento dos deveres e obrigações dos indivíduos e empresas para com a sociedade em geral.
Terceiro Setor: Corresponde às instituições com preocupações e práticas sociais, sem 
fins lucrativos que geram bens e serviços de caráter público, tais como: ONGs, instituições 
religiosas, clubes de serviços, entidades beneficentes, centros sociais, organizações de 
voluntariado, dentre outros. O termo é de origem americana, Third Sector, muito utilizado 
nos Estados Unidos, sendo utilizada a mesma classificação no Brasil.
GLOSSÁRIO
19
Questão 1
Resposta: A afirmativa tentar levantar a questão da legitimidade das ONGs existentes no 
Brasil e atentar-se para as que estão em funcionamento quanto as suas finalidades. Assim, 
José Fucus afirma que o faturamento das ONGS no Brasil é muito grande e necessita tomar 
ciência do real destino desse faturamento. 
Questão 2
Resposta: Alternativa A. A autora do Livro-Texto utiliza os dois tipos de pesquisa para 
apresentar a análise: a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa.
Questão 3
Resposta: Alternativa C. A pesquisa qualitativa tem como objetivo analisar dados em sua 
fonte de interpretação mais profunda.
Questão 4
Resposta: V, F, F, V.
Questão 5
Resposta: Alternativa C. O projeto social é realmente um recurso com a finalidade de 
colocar em ação os ideias e metas traçados pela instituição responsável que irá desenvolver 
o projeto.
Questão 6
Resposta: É possível afirmar que, em relação à pesquisa na educação não formal da autora, 
o campo ainda está escasso e o pouco do que se é pesquisado, ao ser apresentado os 
dados, percebe-se que estes não apresentam análise mais crítica, reflexiva e fundamentada.
GABARITO
20
Questão 7
Resposta: A importância educativa que o projeto social exerce na Educação não formal é 
que este é o recurso planejado para tornar real uma determinada ideia, ou seja, passá-la da 
idealização para a ação. É o instrumento planejado que a educação não formal possui para 
desenvolver as propostas idealizadas.
Questão 8
Resposta: Nesta questão, o aluno deverá demonstrar que pesquisou sobre Projetos sociais 
na educação não formal com fundamentação.
Questão 9
Resposta: A relação que se pode estabelecer entre projetos sociais e trabalhos em 
ONGs é que o primeiro é considerado o recurso técnico útil e necessário para qualificar a 
ação social organizada em prol da elevação da qualidade de vida e do fortalecimento da 
cidadania. É o instrumento para a ação das ideias, metas e objetivos estabelecidos nas 
ONGs. O segundo, as ONGs, são instituições estabelecidas por necessidade para atender 
determinada demanda de população.
Questão 10
Resposta: Os projetos sociais voltados para a educação, cultura e arte podem contribuir 
de forma significativa na construção da identidade de cada indivíduo a partir de que seja, 
em sua execução, realizado dentro dos princípios, dos direitos e deveres de cada cidadão, 
qualificando a ação social proposta.
GABARITO

Continue navegando