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Nacionalidade: Definição e Atribuição

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Trabalho de Ciência Política – A2
Emilli Vasconcelos da Silva – RA: 6633944
Turma: 003201C02
Nacionalidade
Nacionalidade se define como o vínculo jurídico-político, que torna o homem um dos elementos componentes do Estado. Pode-se dizer que, os nascidos no mesmo território, com mesma língua, mesmos costumes e tradições de seus antepassados, formam uma comunidade sociocultural, que chamamos de nação. Sendo então, os nacionais. Os de fora não são nacionais, são estrangeiros. 
 A nacionalidade pode ser definida pelo indivíduo nato ou naturalizado, ou seja, aquele que se vincula ao Estado por nascimento, ou naturalização ao território. 
A) Nacionalidade primária: também chama de nacionalidade de origem, resulta de um fato natural, independente da vontade do indivíduo. Desse modo, se o indivíduo nascer na República Federativa do Brasil, o Estado o classificará como brasileiro nato, como disposto no artigo 12, inciso I, da Constituição: 
“I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente, ou venham a residir na República Federativa do Brasil antes da maioridade e, alcançada esta, optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira”
B) Nacionalidade secundária: também conhecida como nacionalidade adquirida, é resultante de um fato voluntário e ocorre depois do nascimento. Desta forma, só é adquirida mediante vontade do indivíduo, o que dispõe o artigo 12, II da Constituição: 
“II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)”
O Estado brasileiro adota dois critérios para a atribuição de nacionalidade originária, sendo eles: (a) ius sanguinis, que atribui a nacionalidade brasileira a todo descendente de brasileiro, independente do local do nascimento, desde que respeitados os critérios preestabelecidos na Constituição Federal e (b) ius solis, que atribui a nacionalidade brasileira àqueles que nascerem no território brasileiro, independente da nacionalidade de seus ascendentes.
Além dos indivíduos natos e naturalizados, tem-se também o polipátrida e os heimatlos. Polipátrida é a pessoa que possui dupla nacionalidade por critérios distintos, como por exemplo, ius sanguinis e ius solis (filho de pais italianos que nasceu no Brasil). Já os heimatlos (expressão alemã que significa “sem pátria”), são pessoas que devido às circunstâncias adotas pelo Estado na atribuição de nacionalidade, não se vinculam a nenhum dos determinados critérios. 
A nacionalidade, assim como pode ser adquirida, também pode ser perdida em determinadas circunstâncias especiais, como disposto no artigo 12, § 4 da CF:
“§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)”
Referências Bibliográficas: 
Curso de Direito Constitucional Positivo – José Afonso da Silva, edição 2006
Teoria Geral do Estado e Ciência Política – João Roberto Gorini Gamba, edição 2019

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