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ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL – AULA 3 1a Questão Ao ser procurado por um Cliente para ingressar num processo em substituição a um Colega/Advogado que está funcionando naquele processo, como se deve proceder para assumir o mandato? (a) Primeiro, examinar os autos do processo; depois entrar em contacto com o Colega/Advogado que está funcionando no processo e solicitar um substabelecimento ou sua renúncia ao mandato; por fim, se houver a recusa do Colega em substabelecer ou renunciar ao mandato, notificá- lo da sua destituição do mandato; (c) Primeiro, entrar em contacto com o Colega/Advogado e solicitar um substabelecimento ou sua renúncia ao mandato; depois, examinar os autos do processo e, por fim requerer a juntada do substabelecimento do Colega ou da nova Procuração (d) Ingressar nos autos com Procuração do Cliente e requerer ao Juiz da causa que mande notificar ao Colega/Advogado a sua destituição do mandato. (b) Primeiro, aceitar o mandato do Cliente; depois, entrar em contacto com o Colega/Advogado e comunicar-lhe a sua substituição no processo; Respondido em 21/05/2020 08:46:32 Explicação: Prevê o Código de Ética e Disciplina da OAB no artigo. 9º que: "O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda. Deve, igualmente, denunciar, desde logo, a quem lhe solicite parecer ou patrocínio, qualquer circunstância que possa influir na resolução de submeter-lhe a consulta ou confiar-lhe a causa". A relação de confiança que deve existir na relação entre advogado e cliente e transparência nas orientações e estratégias que serão traçadas. A regra é no sentido de que o advogado poderá a qualquer momento e mesmo sem justificativa renunciar ao mandato que recebeu de seu cliente ( artigo 13 do Código de Ética e Disciplina). No entanto, para que tal ato não cause grave prejuízo ao cliente, o artigo3º do artigo 5º do EAOAB determina que o advogado deverá continuar no patrocínio da causa pelo prazo de 10 (dez) dias, salvo se em prazo inferior for substituído nos autos por outro advogado. Tal previsão também está contida na lei processual civil. 2a Questão Um advogado, por motivos pessoais, não mais deseja continuar patrocinando uma causa. Nesse caso, com relação ao procedimento correto perante o seu cliente, ele deve: fazer um substabeleceimento com reservas de poderes. renunciar ao mandato e continuar representando o autor até ele constituir um novo advogado. comunicar ao autor a desistência do mandato e indicar outro advogado para substituí-lo. comunicar ao cliente a desistência do mandato e funcionar no processo nos dez dias subsequentes, se necessário. fazer um substabelecimento sem reservas de poderes para outro advogado e depois comunicar tal fato ao cliente. Respondido em 21/05/2020 08:47:18 Explicação: o fundamento está no art. 5°, § 3/ do EOAB combinado com art. 6º do RG. 3a Questão Assinale a alternativa correta: O exercício da advocacia decorre de um contrato de: Consignação Mandato Representação Comodato Comissão Respondido em 21/05/2020 08:47:33 Explicação: O exercício da advocacia decorre de um contrato de mandato, um vínculo que confere poderes para que um profissional, devidamente habilitado na OAB, possa praticar atos ou administrar interesses em nome de seu constituinte, reforçada pelo art. 103 do CPC, segundo o qual a parte será representada em juízo, por advogado regularmente inscrito na OAB (art. 3º do EOAB). 4a Questão Ministro aposentado do STJ propôs, na qualidade de parte e advogado, ação de cobrança em face de Maria das Graças. Em 19/9/2018, Maria das Graças, procuradora do Estado do Rio de Janeiro, foi citada por intermédio de oficial de justiça para apresentar contestação. O advogado de Maria das Graças, João das Neves, é defensor público e pretende candidatar-se ao cargo de presidente de Seccional da OAB. Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a opção correta referente à legislação da OAB. Defensores públicos da União exercem a advocacia pública, mas não os procuradores de estado, que podem advogar em causas particulares. João das Neves só poderá candidatar-se após aposentadoria no cargo de defensor público. Defensores públicos estão sujeitos à inscrição na OAB para o exercício de suas funções, entretanto estão dispensados do pagamento das anuidades fixadas. Ministro aposentado do STJ pode advogar nas primeiras e segundas instâncias das justiças estadual e federal, mas é impedido de exercer a advocacia no TST. João das Neves, como membro da advocacia pública, é elegível e pode integrar qualquer órgão da OAB. Respondido em 21/05/2020 08:48:55 Explicação: O advogado público é advogado e poderá integrar qualqier órgão da OAB. Veja-se o prov. 114/2006 e os artigos 9° e 10, RGOAB. 5a Questão Um advogado, por motivos pessoais, não mais deseja continuar patrocinando uma causa. Nesse caso, com relação ao procedimento correto perante o seu cliente, ele deve: renunciar ao mandato e continuar representando o autor até ele constituir um novo advogado. comunicar ao autor a desistência do mandato e indicar outro advogado para substituí-lo. fazer um substabelecimento sem reservas de poderes para outro advogado e depois comunicar tal fato ao cliente. não é dado ao advogado o direito de renunciar ao mandato que lhe foi conferido. comunicar ao cliente a desistência do mandato e funcionar no processo nos dez dias subseqüentes, se necessário. Respondido em 21/05/2020 08:49:10 Explicação: O fundamento está no art. 5°, §3° do EOAB c/c art. 6° do RG. 6a Questão Paulo, advogado regularmente inscrito na OAB/PR, descobriu que seu potencial cliente João omitira-lhe o fato de já ter constituído o advogado Anderson para a mesma causa. Na situação apresentada, supondo-se que não se trate de medida judicial urgente e inadiável nem haja motivo justo que desabone Anderson, Paulo deve A) recusar o mandato, de acordo com imposições éticas, haja vista a existência de outro advogado já constituído C) notificar Anderson por intermédio da Comissão de Ética e Disciplina da OAB para que este se manifeste no prazo de quinze dias corridos e, caso Anderson não se manifeste, continuar defendendo os interesses de João em consonância com os preceitos éticos da advocacia. D) denunciar Anderson ao Tribunal de Ética da OAB por omissão culposa, estando este sujeito a censura B) denunciar João ao Conselho Federal por litigância de má-fé. Respondido em 21/05/2020 08:50:39 Explicação: O fundamento da resposta encontra-se na regra do artigo 11 do Código de Ética e Disciplina que diz: " O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituido, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo justo ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis". 7a Questão O substabelecimento sem reserva de poderes: Diferentemente da renúncia, não é causa de extinção do mandato judicial É considerado direto do advogado, podendo fazê-lo sem o conhecimento do cliente Corresponde à transferência total do mandato por um advogado a outro, exigindo, contudo, que o advogado dê prévio e inequívoco conhecimento de tal fato ao cliente Não poderá utilizá-lo a pós a fase de citação. Extingue o mandato judicial, devendo o advogado, contudo, atender a eventuais intimações judiciais nos 10 dias subseqüentes à juntada do termo de substabelecimento nos autos do processo Respondido em 21/05/2020 08:51:26 Explicação: O fundamento está no art. 26 do Código de Ética de 2015. O substabelecimento poderá ser com ou sem reservas.8a Questão Considere-se que um procurador municipal, concursado, tenha recebido determinação de seu superior hierárquico para adotar determinada tese jurídica da qual ele discordasse por atentar contra a legislação e jurisprudência consolidada, inclusive, tendo Já emitido sua opinião, anteriormente, em processos e artigos doutrinários de sua lavra, sobre o mesmo tema em sentido contrário ao que determina o superior hierárquico. Nessa situação, o advogado público poderia ter recusado tal determinação de seu superior? Sim, lastreado em sua liberdade e independência e, também, porque a adoção da mencionada tese jurídica afrontaria posicionamento anterior seu. Não, pois o conceito de liberdade e independência é exclusivo aos advogados particulares, que podem, ou não, aceitar uma causa. Não, porque, sendo detentor de cargo público, ele teria o dever de atender aos interesses maiores da administração pública. Não, porque o advogado público não se submete aos ditames da OAB e sim de sua instituição. Sim, visto que inexiste hierarquia entre procuradores municipais concursados. Respondido em 21/05/2020 08:53:42 Explicação: O fundamento está no art. 5° do Prov. 114/2006 do Conselho federal que estabelece que o advogado público possui independência técnica. O mesmo está descrito no art. 8° do CED de 2015.
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