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LEI Nº 9.296/1996 Lei de Interceptações Telefônicas Prof. Guilherme Rittel LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS – LEI Nº 9.296/1996 Imposição constitucional – Norma de eficácia limitada: Art. 5º, inciso XII, CF - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS – LEI Nº 9.296/1996 Alcance da lei: Interceptação de comunicações telefônicas (sistemas de informática e telemática), de qualquer natureza, para prova em investigação criminal e em instrução processual penal (art. 1.º). Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em investigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça. Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática. LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS – LEI Nº 9.296/1996 Requisitos 1. Indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal (art. 2.º, I); 2. Impossibilidade de outros meios de prova (art. 2.º, II); 3. Fato apenado com reclusão (art. 2.º, III); 4. Decisão do juiz competente (deve descrever com clareza a situação objeto da investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente justificada - art. 1.º c/c art. 2.º, parágrafo único). LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS – LEI Nº 9.296/1996 Iniciativa / legitimados (art. 3.º) • A interceptação pode ser determinada pelo juiz, de ofício, ou a requerimento da autoridade policial (investigação criminal) ou do MP (investigação e instrução processual penal). • Se houver requerimento, este deve ser fundamentado, tanto quanto à sua necessidade, quanto com relação aos meios que serão utilizados. • Exceção: pedido verbal, que será reduzido a termo (art. 4.º, § 1.º). • Prazo para decisão: 24 horas. LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS – LEI Nº 9.296/1996 Prazo da interceptação (art. 5.º) • Prazo da interceptação: 15 dias, prorrogável por igual período. • Tanto a concessão do requerimento quanto a renovação precisam ser fundamentadas (sob pena de nulidade) – deve-se inclusive indicar a forma de execução da diligência. • É possível prorrogar por mais de uma vez? Há divergência. O STF já decidiu no sentido da possibilidade, desde que seja de forma fundamentada (RHC 85575 / SP, Min. Rel. Joaquim Barbosa). LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS – LEI Nº 9.296/1996 Interceptação autorizada • Caso seja deferido o pedido, é a autoridade policial que conduzirá os procedimentos da interceptação. O MP será cientificado e poderá acompanhar (art. 6.º); • Se for possível a gravação de conversas, estas serão transcritas (art. 6.º, § 1.º); • Ao término, a diligência é encaminhada ao juiz, com auto circunstanciado. • Ao término, a diligência que correu em sigilo será apensada em apartado aos autos de IP ou Processo Crime. LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS – LEI Nº 9.296/1996 Cooperação • Para realizar as diligências, é possível requisitar serviços e técnicos especializados às concessionárias de serviço público (art. 7.º). LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS – LEI Nº 9.296/1996 Gravações irrelevantes • Serão inutilizadas, com a presença do MP, FACULTADA a presença do acusado/ou seu representante legal. LEI DE INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS – LEI Nº 9.296/1996 CRIME Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
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