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MEMORIAIS MARCOS

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Nº NOME RA ASSINATURA 
1 
 
Disciplina: Laboratório de Redação de Peças Processuais I DATA: 12.05.2020 
Professora : Rosangela Zanatta TURMA: 9 DIR N A – 2020 /1 
 
FOLHA DE RESPOSTA: 
 
TEXTO 1 – TÍTULO: Prática Penal – CONTINUAÇÃO MEMORIAIS 
 
Entrega digital no e-mail: rosangelazanattadocente@gmail.com com cópia para a coordenação do curso para 
acompanhamento: atividade.alunos@gmail.com 
o recebimento deste trabalho será valido até o dia: 19/05/2020 entrega digital após a data estabelecida será 
considerada NULA; 
Cada resposta deverá conter no mínimo cinco linhas; 
Se contiver PLÁGIO e/ou cópias de outros alunos, o trabalho será zerado; 
 
Conforme modelo de memoriais encaminhado, além do esqueleto da peça, elabore a peça 
Segundo o exercício a seguir: 
 
Em 3 de outubro de 2016, na Cidade de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, Marcos, 33 anos, 
que é obcecado por Vânia, estagiária de uma outra empresa que está situada no mesmo prédio em 
que fica o seu local de trabalho, não mais aceitando a rejeição dela, decidiu que a obrigaria a manter 
relações sexuais com ele, independentemente da sua concordância. 
Confiante em sua decisão, resolveu adquirir arma de fogo de uso permitido, considerando que 
tinha autorização para tanto, e a registrou, tornando-a regular. Precisando que alguém o substituísse 
no local do trabalho no dia do crime, narrou sua intenção criminosa para José, melhor amigo com 
quem trabalha, assegurando-lhe que comprou a arma exclusivamente para ameaçar Vânia a manter 
com ele conjunção carnal, mas que não a lesionaria de forma alguma. Ainda esclareceu a José que 
alugara um quarto em um hotel e comprara uma mordaça para evitar que Vânia gritasse e os fatos 
fossem descobertos. 
Quando Marcos saía de casa, em seu carro, para encontrar Vânia, foi surpreendido por viatura 
da Polícia Militar, que havia sido alertada por José sobre o crime prestes a acontecer, sendo efetuada 
a prisão de Marcos em flagrante. Em sede policial, Vânia foi ouvida, afirmando, apesar de não 
apresentar documentos, que tinha 17 anos e que Marcos sempre manteve comportamento estranho 
com ela, razão pela qual tinha interesse em ver o autor dos fatos responsabilizado criminalmente. 
Após receber os autos e considerando que o detido possuía autorização para portar arma de fogo, 
o Ministério Público denunciou Marcos apenas pela prática do crime de estupro qualificado, previsto 
no artigo 213, §1º, c/c art. 61, II, f, todos do Código Penal. O processo teve regular prosseguimento, 
mas, em razão da demora para realização da instrução, Marcos foi colocado em liberdade. Na 
audiência de instrução e julgamento, a vítima Vânia foi ouvida, confirmou suas declarações em sede 
policial, disse que tinha 17 anos, apesar de ter esquecido seu documento de identificação para 
 
ALBERTO NEI DE LIMA ASSIS 2016010691 
 
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confirmar, apenas apresentando cópia de sua matrícula escolar, sem indicar data de nascimento, 
para demonstrar que de fato, era Vânia. José foi ouvido e também confirmou os fatos narrados na 
denúncia, assim como os policiais. O réu não estava presente na audiência por não ter sido intimado 
e, apesar de sua advogado ter-se mostrada inconformada com tal fato, o ato foi realizado, porque o 
interrogatório seria feito em outra data. 
Na segunda audiência, Marcos foi ouvido, confirmando integralmente os fatos narrados na 
denúncia, mas dem. onstrou não ter conhecimento sobre as declarações das testemunhas e da vítima 
na primeira audiência. Na mesma ocasião, foi ainda, juntado o laudo de exame do material apreendido, 
o laudo da arma de fogo demonstrado o potencial lesivo e a Folha de Antecedentes Criminais, sem 
outras anotações. Encaminhados os autos para o Ministério Público, foi apresentada manifestação 
requerendo condenação nos termos da denúncia. Em seguida, a defesa técnica de Marcos foi 
intimada, em 4 de setembro de 2018, terça-feira, sendo quarta-feira dia útil em todo o país, para 
apresentação da medida cabível. 
 
Questão: Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de 
Marcos, redija a peça jurídica, diferente de habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas 
pertinentes. A peça deverá ser datada do último dia do prazo para interposição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO D A .... VAR A CRIMINAL 
DA COMARCA DE CAMPOS - RJ 
Marcos, já qualificado nos autos da ação penal nº 000000000000000 que lhe move a
Justiça Pública, vem respeitosa mente, por meio de seu advogado que esta subscreve 
À presença de Vossa Excelência apresentar ALEGAÇÕES FINAIS NA FORMA DE 
MEMORIAIS com fulcro no artigo 403, §3º do Código de Processo Penal pelos motivos
de fato e de direito a seguir expostos
I - DOS FATOS
Em 3 de outubro de 2016, na Cidade de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, Marcos, 
33 anos, que é obcecado por Vânia, estagiária de uma outra empresa que está situada no 
mesmo prédio em que fica o seu local de trabalho, não mais aceitando a rejeição dela, decidiu 
que a obrigaria a manter relações sexuais com ele, independentemente da sua concordância.
Confiante em sua decisão, resolveu adquirir arma de fogo de uso permitido, considerando 
que tinha autorização para tanto, e a registrou, tornando-a regular. Precisando que alguém o 
Substituísse no local do trabalho no dia do crime, narrou sua intenção criminosa para José, 
melhor amigo com quem trabalha, assegurando-lhe que comprou a arma exclusivamente para 
ameaçar Vânia a manter com ele conjunção carnal, mas que não a lesionaria de forma alguma. 
Ainda esclareceu a José que alugara um quarto em um hotel e comprara uma mordaça para 
evitar que Vânia gritasse e os fatos fossem descobertos.
Quando Marcos saía de casa, em seu carro, para encontrar Vânia, foi surpreendido por 
viatura da Polícia Militar, que havia sido alertada por José sobre o crime prestes a acontecer, 
sendo efetuada a prisão de Marcos em flagrante. Em sede policial, Vânia foi ouvida, afirmando, 
apesar de não apresentar documentos, que tinha 17 anos e que Marcos sempre manteve 
comportamento estranho com ela, razão pela qual tinha interesse em ver o autor dos fatos 
responsabilizado criminalmente.
Após receber os autos e considerando que o detido possuía autorização para portar 
arma de fogo, o Ministério Público denunciou Marcos apenas pela prática do crime de estupro 
qualificado, previsto no artigo 213, §1º, c/c art. 61, II, f, todos do Código Penal. O processo teve
regular prosseguimento, mas, em razão da demora para realização da instrução, Marcos foi 
colocado em liberdade. Na audiência de instrução e julgamento, a vítima Vânia foi ouvida, 
confirmou suas declarações em sede policial, disse que tinha 17 anos, apesar de ter esquecido
seu documento de identificação para confirmar, apenas apresentando cópia de sua matrícula 
escolar, sem indicar data de nascimento, para demonstrar que de fato, era Vânia. José foi ouvido
e também confirmou os fatos narrados na denúncia, assim como os policiais. O réu não estava
presente na audiência por não ter sido intimado e, apesar de sua advogado ter-se mostrada
inconformada com tal fato, o ato foi realizado, porque o interrogatório seria feito em outra data.
Na segunda audiência, Marcos foi ouvido, confirmando integralmente os fatos narrados na
denúncia, mas dem. mostrou não ter conhecimento sobre as declarações das testemunhas e 
da vítima na primeira audiência. Na mesma ocasião, foi ainda, juntado o laudo de exame do 
material apreendido, o laudo da arma de fogo demonstrado o potencial lesivo e a Folha de 
Antecedentes Criminais, sem outras anotações. Encaminhados os autos para o Ministério Público,
foi apresentada manifestação requerendo condenação nos termos da denúncia. Em seguida, a 
defesa técnicade Marcos foi intimada, em 4 de setembro de 2018, terça-feira, sendo quarta-feira 
dia útil em todo o país, para apresentação da medida cabível. 
II – DO DIREITO
Inicialmente já podemos verificar que a nulidade no processo devido a ausência na 
audiência de instrução, ferindo o que assegura na Constituição federal em seu artigo 5º
LV onde assegura o direito a ampla defesa, conforme artigo 370 do Código de Processo 
Penal o mesmo deveria ter sido intimado para o ato processual, portanto o réu deve ser
Absolvido com fulcro no artigo 386, III, do Código de Processo Penal e nos termos do
Artigo 14, II do Código Penal, somente a tentativa se forma a partir do momento que se
Inicia o ato executório o que não ocorreu devido a já ter sido preso ao sair de casa.
E no caso de Condenação o mesmo não deve sofrer a pena com a qualificadora
prevista no artigo 213, § 1º do Código Penal uma vez que não foi comprovado documen-
talmente a real idade de Vania, o regime inicial de cumprimento da pena deve ser fixado
o regime aberto com fundamento no artigo 33, § 2º, c, do Codigo Penal e sendo o minimo
previsto conforme artigo 213 caput do Codigo Penal.
III – DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer-se a anulação do feito, em razão a não intimação nos 
termos do artigo 564, IV do Código de Processo Penal, se não ocorrer a anulação, que 
seja a absolvição com fundamento no artigo 386, III do Codigo de Processo Penal.
Subsidiariamente requer-se o afastamento da qualificadora do artigo 213, §1º do 
Codigo Penal devido a ausência de prova da idade e a fixação da pena para o mínimo
conforme artigo 65, III, d, do Codigo Penal devido a confissão bem como a redução da 
pena para 2/3 pela tentativa, com o regime inicial aberto ou semi aberto e a suspensão
Da pena com fundamento no artigo 77 do Codigo Penal. 
Termos em que,
Pede Deferimento.
Local, 10 de Setembro de 2018
Advogado XXXXXXXXXXXXXX
OAB XXXXXXXXXXXXXXXXX

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