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Estudo de processo de manutenção predial hospitalar

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ESTUDO DE PROCESSO DE MANUTENÇÃO 
PREDIAL HOSPITALAR 
 
Ronaldo Lessa Ferreira 
Professor Orientador: Luís Gabriel Graupner de Godoy 
Faculdade Leonardo da Vinci - Santa Catarina 
Engenharia Civil - Trabalho de Conclusão de Curso 
31/10/2019 
 
RESUMO 
 
O presente artigo tem como objetivo estudar a gestão e processos de manutenção de uma 
edificação hospitalar. Tendo como foco a análise in loco de uma entidade assistencial de saúde 
(EAS) situada na região do vale do Itajaí SC, com 76% de seus leitos reservados para o SUS 
em seus 7500m² de área. Tratando-se de uma instituição pública, que como grande maioria 
destas EAS propõem desafios técnicos elevados, devido ao alto grau de improviso em suas 
instalações e a falta de recursos. As edificações que comportam uma EAS têm como 
característica de complexidade alta, por possuir esta propriedade, as ações de manutenção, 
obras ou reformas devem ser constantemente revistas, e programadas interdisciplinarmente, 
evitando transtornos e afiançando a segurança do paciente. Quando se trata de manutenção 
predial em uma instituição assistencial de saúde (EAS), sua complexidade e importância são 
mais evidenciadas, com normas, legislações e procedimentos. A proposta deste estudo foi 
através de visitas em campo analisar características da edificação como grau de deterioração 
e comprometimento da disponibilidade e confiabilidade da edificação, comparativos de 
qualidade através do manual de acreditação hospitalar (ONA), métodos adotados pelo setor 
de manutenção para gerenciamento, coleta de dados e avaliação de produtividade do setor, 
instalações prediais e as atividades técnicas de manutenção. Com estes dados conseguimos 
chegar à conclusão que o improviso e a falta de conhecimento técnico se faz presente neste 
tipo de atividade, sendo imprescindível para tal a intervenção de um profissional de 
engenharia, pois em grande parte dos quesitos de análise não foram atendidos. 
 
 
 
Palavras-chave: Manutenção Predial hospitalar; Gestão predial; Engenharia Civil. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Na engenharia civil brasileira, dá se muito destaque às obras, projetos de novas 
edificações, pontes entre outros, dando ênfase a suas complexidades de projeto ou execução, 
sendo a atividade de manutenção e seu gerenciamento ficando em segundo plano. 
A atividades de manutenção predial na maioria das vezes não estão previstas em 
projetos, estando em desacordo ao que é descrito na NBR 5674, “ a manutenção de edificações 
é um tema cuja importância tem crescido no setor da construção civil, superando, gradualmente, 
2 
a cultura de se pensar o processo de construção limitado até o momento quando a edificação é 
entregue” (ABNT, 2012). 
Além disso, os processos técnicos de manutenção atuam diretamente para que o valor 
do imóvel e seus respectivos equipamentos, mantenham-se dentro de margens competitivas. 
Através de análises técnicas e benfeitorias, conseguimos retardar sua depreciação e atendendo 
as leis vigentes e normas pertinentes ao seu uso e aplicação. 
Conforme Pitta (2000, p. 11) “[...]A resistência de um prédio contra a obsolescência 
depende não só da qualidade de construção e de manutenção, mas também do projeto original 
e da flexibilidade de uso[...]”. 
A gestão de manutenção hospitalar exige do profissional de engenharia grande 
performance em conhecimento técnico de execução, gestão e legislação, sendo suas principais 
características as mudanças dinâmicas provenientes dos avanços tecnológicos na área de saúde. 
Demandando muitas mudanças físicas de projetos e instalações, esta complexidade é 
citada por Karman (1995, p.11) onde ele aponta o hospital como uma edificação onde se exige 
um grau avançado de dinamismo, pela mudança constante de tecnologias fazendo com que 
alterações espaciais e de infraestrutura sejam constantemente necessárias. 
Esta área em particular é muito pouco explorada e, portanto, carente de profissionais de 
engenharia civil capacitados para esta demanda específica, comprometendo ainda mais o 
desempenho das edificações e tendo por consequência impacto a atividade fim, que é o 
atendimento e a segurança em diversos níveis do paciente. 
O objetivo deste artigo será analisar processos tanto técnico construtivo, como os de 
gestão da manutenção existentes, fazendo comparativos baseados nas normas e legislação em 
vigor com intuito de avaliar a performance do setor de manutenção, em detrimento às 
dificuldades de infraestrutura e financeiras que acometem as instituições de saúde pública do 
país. Este artigo tem como intuito, a análise de processos tanto técnicos construtivos, como a 
de gestão da atividade de manutenção dentro da unidade hospitalar pública, visando através 
desta análise melhoria destes processos refletindo na melhor performance da edificação e como 
consequência melhor qualidade de atendimento ao paciente. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1999), pela NBR 5674, fica 
estabelecido que manutenção é: “conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou 
recuperar a capacidade funcional da edificação e de suas partes constituintes de atender as 
3 
necessidades e segurança dos seus usuários. ” Conforme Monchy (1989), o termo manutenção 
surge no vocabulário militar, com o significado de manter o efetivo de materiais constantes nas 
unidades militares, sua designação mais antiga é sua origem do latim manus tenere, que 
significa manter o que se tem. Conforme Viana (2002), o termo vem desde a antiguidade, 
quando foram geradas as primeiras ferramentas de produção. Mas o termo manutenção, só foi 
ter seu significado de manter o bom funcionamento de equipamentos, ferramentas e outros 
dispositivos em 1950 nos Estados Unidos. 
De acordo com Kardec e Nascif, (2009), na década de 30 a manutenção foi dividida em 
quatro gerações. 
A primeira geração abrange o período anterior a segunda grande guerra, onde a operação 
industrial era em sua grande maioria manual, e os equipamentos eram extremamente simples, 
os serviços de manutenção que ocorriam era na grande maioria das vezes serviços periódicos 
de limpeza. 
Já a segunda Geração, entre as décadas de 60 e 70, com o aumento da mecanização por 
motivos de alta demanda de produtos e pouca mão de obra, aumenta-se a necessidade de maior 
disponibilidade de máquinas e equipamentos, sendo necessários mitigar paradas por quebras 
dos maquinários, resultando o conceito de manutenção preventiva. Na década de 60 com o 
aumento dos custos de manutenção, foi criado o sistema de planejamento e controle de 
manutenção (PCM), utilizados até os dias de hoje. 
A terceira geração, na década de 70 com a aceleração dos processos industriais, com o 
enfoque na maior qualidade dos produtos, estoques menores, prazos mais curtos e com a forte 
automatização, os termos confiabilidade e disponibilidade se tornaram frequentes. 
Por fim, a quarta geração, a manutenção tem como base a engenharia de manutenção 
tendo entre seus principais fatores de estudo, a prática de análise de falhas com visão no 
aumento de disponibilidade e confiabilidade dos equipamentos surgindo a definição de 
manutenção preditiva com a finalidade de diminuir ainda mais as intervenções e paradas dos 
equipamentos. 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994, p.11) na NBR 54622, fica 
estabelecido que confiabilidade é a “probabilidade de um item poder desempenhar uma função 
requerida, sob dadas condições, durante um dado intervalo de tempo [...]”. E disponibilidade 
segundo a mesma norma (ABNT, 1994, p.11) “Capacidade de um item estar em condições de 
executar uma certa função em um dado instante ou durante um intervalo de tempo 
determinado[...]”. 
 
4 
2.1.1 Manutenção Corretiva 
 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994, p.7) em sua NBR 54622 
define a manutenção corretiva como “Manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane 
destinada a recolocarum item em condições de executar uma função requerida”. 
Segundo Monchy (1889, p.37) “Manutenção corretiva corresponde em uma atitude de 
defesa (submeter-se, sofrer), enquanto se espera uma outra falha acidental (fortuita), atitude 
característica da conservação tradicional”. Para Pinto, (2010), a grande maioria das 
manutenções executadas em edificações são de origem corretiva, estes por sua vez, devido ao 
grau de urgência da intervenção pode haver práticas, técnicas ou aplicação de materiais de 
forma equivocada. Estas podem mascarar patologias potencialmente responsáveis pela falha, 
obrigando ao longo do tempo a novas intervenções, aumentando os custos. 
Conforme Pinto (2010), também podemos fazer uso da manutenção corretiva como 
alternativa quando os custos da indisponibilidade são menores que o custo para evitar a falha, 
uma condição tipicamente usada em equipamentos que não fazem ou não alteram o processo 
produtivo. Conforme Kardec e Nascif (2009), as modalidades de manutenção corretiva podem 
ser corretivas emergenciais e planejadas. A corretiva emergencial se define em casos sem 
previsão para parada, podemos dar como exemplo um equipamento que apresenta uma falha 
durante serviço, afetando diretamente a produção; e o segundo termo ocorre quando há um 
desempenho menor ou por planejamentos gerenciais. 
 
2.1.2 Manutenção Preventiva 
 
A manutenção preventiva tem o foco obstinado na prevenção de falhas, sendo esta 
fundamental nos setores em que a segurança sobrepõe aos demais, temos como exemplo a 
aviação. Seus métodos são avaliações e atividades dentro de um período previamente 
programado, minimizando o impacto produtivo, onde estas atividades nem sempre são 
informadas pelo fabricante podendo o equipamento estar sujeito a uma intervenção prematura. 
Isto as vezes ocasiona uma troca antecipada de componentes, pois há uma probabilidade de se 
efetuar uma troca de partes antes deste apresentar seu término de vida útil, (KARDEC e 
NASCIF, 2009). 
Segundo Monchy, (1899) caracteriza as atividades de manutenção preventiva com os 
seguintes objetivos: 
 Aumentar a confiabilidade do equipamento reduzindo as falhas em serviço 
5 
 Aumentar a vida útil (VUP), do equipamento 
 Melhorar o planejamento da produção 
 Aumentar a segurança 
 Melhorar as condições de trabalho reduzindo o estresse causado por atrasos na 
produção 
Tanto Monchy quanto Kardec e Nascif, enfatizam que a manutenção preventiva não 
substitui a corretiva, pois em alguns casos poderá ser realizada uma manutenção corretiva 
planejada, através de um diagnóstico feito na manutenção preventiva. 
 
2.1.3 Manutenção Preditiva 
 
De acordo com Viana (2002), este define a manutenção preditiva como tarefas que 
visam acompanhar ou monitorar o funcionamento dos equipamentos ou seus respectivos 
componentes, podendo ser realizados por monitoramentos, análises estatísticas ou ensaios não 
destrutivos, visando antever o momento máximo de desgaste dos componentes ou o 
equipamento em si. Isto evita desmontagens prematuras utilizando o máximo de sua vida útil 
As técnicas utilizadas para a realização da manutenção preditiva, na grande maioria das 
vezes são análises não destrutivas, conforme anteriormente descrito, tendo como mais usadas: 
ultrassom, análise de vibrações mecânicas, análise de óleos lubrificantes e termografia. 
Complementando com Kardec e Nascif, (2009) quando se aproxima o limite máximo de 
degradação pré-estabelecido, é programada sua intervenção, neste caso é possível fazer a 
programação prévia dos serviços, além de outras decisões voltadas à produção. Os autores 
também citam as condições básicas para a adoção deste tipo de atividade: 
 O equipamento deve permitir algum tipo de medição. 
 O sistema ou instalação deve ter justificada este tipo de ação. 
 Deve ser estabelecido um programa de acompanhamento com análises 
detalhadas 
Nestas ações são justificadas o emprego de instrumentos para acompanhamento, e até 
instalação de instrumentos de monitoração on-line. 
Devido aos investimentos envolvidos, as atividades de manutenção preditiva se validam 
em critérios específicos, como aspectos relacionados à segurança pessoal ou operacional. A 
redução de custos também faz parte destes critérios, tanto com a ação corretiva como com o 
6 
tempo de parada interferindo na atividade econômica mantendo a confiabilidade e 
disponibilidade do recurso por mais tempo (KARDEC e NASCIF, 2009). 
 
2.1.4 Manutenção Predial 
 
Após descrições das atividades de manutenção geral nas quais serve como embasamento 
para a continuidade deste estudo, precisamos inserir estas atividades no escopo de manutenção 
predial. 
De acordo com Gonçalves (2014), apesar dos inúmeros tipos de edifícios todos são 
passíveis de manutenção, tendo como objetivo a preservação das capacidades de projeto, este 
sempre respeitando seu tipo de utilização, ele também cita alguns exemplos de tipos de edifícios 
para destacar suas diferenças características, para cada edificação mencionada abaixo, é 
necessário um projeto específico e uma gama de equipamentos, instalações nela agregados; 
todos eles sujeitos a degradação devido à ação do uso, tempo de vida útil ou até causas fortuitas; 
são elas: 
 Habitação, hotéis e escritórios 
 Hospitais centro de saúde e clínicas 
 Piscinas cobertas, pavilhões multiuso e pavilhões esportivos 
 Centros comerciais, centro de exposições e parques de estacionamento 
 Escolas, bibliotecas, museus e salas de espetáculo, 
 Fabricas, armazéns e mercados 
 Segundo Gonçalves (2014, p.9) além de citar as tipologias de cada edificação, também 
diz que para cada edifício existe sistemas específicos, cada um com suas particularidades, usos 
e manutenções diferentes, conforme ele exemplifica nos sistemas baixo e suas atuações: 
 Na rede de fluidos temos água fria, água quente /vapor, águas pluviais, esgoto, 
gás e ar comprimido. 
 Em comunicação teremos telefones, dados, TV/ vídeo e radio, sistema de som, 
sinalização visual e sistema audiovisual. 
 Na área de segurança: preventivo de incêndio, sistema de vigilância (CFTV), 
alarme, iluminação de emergência e sonorização de segurança. 
 Na arquitetura e estrutura teremos os sistemas: estruturais, fachadas, paredes, 
coberturas, revestimentos interiores. 
7 
 Temos os sistemas elétricos nos quais compreendem: distribuição de energia, 
produção de energia, iluminação e proteção. 
 Os sistemas mecânicos em manutenção predial compreendem: elevadores, 
monta-cargas, escadas rolantes, portões e portas automáticas. 
 Os sistemas de climatização e refrigeração constam também de: ar-
condicionado, ventilação-exaustão, tratamento de ar, câmaras frigoríficas e 
umidificação. 
Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2012, p.06) descreve na NBR 
5674, que: “A manutenção de edificações é um tema cuja importância supera, gradualmente, a 
cultura de se pensar o processo de construção limitado até o momento quando a edificação é 
entregue e entra em uso”. Tendo por este princípio, hoje a manutenção predial deve ser pensada 
na concepção do projeto, citando a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2012, p.02) 
descreve na NBR 5674, é impensável nos dias de hoje edificações serem concebidas sem o 
mínimo atendimento das normas de desempenho e planejamento prévio de suas manutenções, 
como se a edificação fosse um bem descartável. 
 
Esta complexidade é citada por Gonçalves (2014, p.9) exemplificando os sistemas baixo 
e suas atuações: 
 Na rede de fluidos temos água fria, água quente /vapor, águas pluviais, esgoto, 
gás e ar comprimido. 
 Em comunicação teremos telefones, dados, TV/ vídeo e radio, sistema de som, 
sinalização visual e sistema audiovisual. 
 Na área de segurança: preventivo de incêndio, sistema de vigilância (CFTV), 
alarme, iluminação de emergência e sonorização de segurança. 
 Na arquitetura e estrutura teremosos sistemas: estruturais, fachadas, paredes, 
coberturas, revestimentos interiores. 
 Temos os sistemas elétricos nos quais compreendem: distribuição de energia, 
produção de energia, iluminação e proteção. 
 Os sistemas mecânicos em manutenção predial compreendem: elevadores, 
monta-cargas, escadas rolantes, portões e portas automáticas. 
 Os sistemas de climatização e refrigeração constam também de: ar-
condicionado, ventilação-exaustão, tratamento de ar, câmaras frigoríficas e 
umidificação. 
8 
Conforme Araújo (2015), menciona, a manutenção predial avançou muito desde a 
década de 80, em virtude do crescimento das áreas metropolitanas. Sem espaço para construção 
de residências térreas, a verticalização foi a alternativa para o crescente aumento da população, 
assim crescendo a necessidade de conservação destas edificações. Ainda há muito improviso 
nestas atividades, onde há um abandono do rigor técnico sendo necessário aprimorar o sistema 
de gestão de manutenção para a melhoria da eficiência dos edifícios e mitigar acidentes ou 
impactos ambientais. Segundo Antonioli (2011), as mesmas aplicações na manutenção 
industrial se aplicam na manutenção preventiva, uma reduzindo custos e riscos de acidentes e 
a segunda aplicando a melhor metodologia para aquisição de materiais e serviços. 
As melhores práticas e metodologias estarão sempre ao lado das normas e legislação 
vigente, o profissional de manutenção, para melhor continuidade da disponibilidade e 
confiabilidade da edificação, deve ter no mínimo o embasamento destes preceitos 
De acordo com Gomide, Fagundes e Gullo (2009, p. 12) “Norma técnica é um 
documento que contém regramentos visando a ordenação para a qualidade, segurança e 
desenvolvimento técnico dos produtos em mercado com concorrência saudável” Segundo os 
autores, o surgimento das normas aconteceu na Europa no século XII com a confecção de 
materiais de medida padrão, feitos em metal para medições diversas. Mas, foi depois da segunda 
guerra que começou a ser formalizado através de documentação escrita, uma base de regras 
para padronização de produtos fabricados nas indústrias, visando de forma descritiva os 
processos para melhoria de qualidade dos produtos. Também é comentado pelos autores que a 
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), se consolidou em 1940, fixando desde 
então as regras e procedimentos para grande parte da área produtiva. Incluindo entre estas a da 
construção civil no qual tem por característica a sua multidisciplinaridade. 
A construção civil apresenta uma gama de processos complexos sendo um desafio a 
normalização de forma generalizada, porém há um grande interesse da indústria nessa 
uniformização de processos, para aprimoramento técnico desta indústria aumentando sua 
produtividade e qualidade. Podemos sintetizar que as normas são publicadas como forma de 
consolidação de técnicas científicas para utilização em determinada área de conhecimento, 
sendo o principal balizamento do engenheiro. 
 Em poucas palavras a norma é uma orientação ao profissional de como aplicar 
determinados materiais ou técnicas de forma cientificamente comprovada e estudada, ou nas 
frases de Gomide, Fagundes e Gullo (2009, p. 27) "As normas estão para os engenheiros, assim 
com as leis estão para os advogados." 
9 
É determinante dentro deste estudo abordagem deste tema pois grande parte deste estudo 
estarão baseados nas normas brasileiras (NBR), conforme destaco algumas que norteiam a 
manutenção predial, estes detalhado no ANEXO A 
 
2.1.5 Gestão de manutenção 
 
De acordo com Pereira, (2010, p. 11), nos ambientes industriais as exigências 
operacionais são cada vez mais altas, sendo a disponibilidade dos equipamentos e estruturas 
cada vez mais solicitadas. Gradualmente vão sendo solicitadas novas técnicas e processos para 
maior performance dos ativos, isto recaindo constantemente no departamento de manutenção, 
sendo exigido grande rapidez na reparação dos defeitos, e uma ação efetiva para prevenção de 
possíveis interrupções das atividades produtivas por falhas ou vícios. Para isso, uma gestão 
efetiva com processos sólidos se faz necessário, além de administrar e fiscalizar processos e 
serviços, seu planejamento é de vital importância pois é fundamental para avaliações de paradas 
e mitigar as futuras falhas que gerariam impactos econômicos e de segurança. Ainda conforme 
Pereira, (2010, p.77), define “Os especialistas consideram a manutenção sem planejamento 
outro dos grandes vilões de incremento aos gastos departamentais [...]. ” 
Conforme Viana (2002), o profissional de engenharia tem como as principais práticas a 
constante busca por melhorias, e, a capacidade técnica para análise e orientação das equipes, 
possuindo uma visão sistêmica de processos, já desenvolvidos mediante à disciplina, sendo isto 
muito natural ao profissional, considerando também o domínio sobre as normas e boas práticas. 
Segundo Gonçalves (2014), os responsáveis pela coordenação da manutenção predial 
devem ter um bom domínio de todos os aspectos físicos da edificação. Esta gestão deve ser 
embasada tanto em conhecimentos técnicos como de norma e legislação, visando o mínimo 
impacto ao desempenho e segurança das atividades exercidas pelo empreendimento. As 
necessidades atuais também demandam ao sistema de gestão, práticas que vão além da 
reparação, tendo como foco a remissão das falhas, utilizando ferramentas técnicas de controle 
e análises de processos. Onde o maior enfoque é na implementação de um programa de 
manutenção com rotinas específicas para a gestão de ativos de forma mais proativa. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (2012, p. 4) na NBR 5674 em seu artigo 
4.3.1, estipula o programa de manutenção como: 
“[...] na determinação das atividades essenciais de manutenção, sua periodicidade, 
responsáveis pela execução, documentos de referência, referencias normativas e 
recursos necessário, todos referidos individualmente aos sistemas e, quando aplicável, 
aos elementos, componentes e equipamentos”. 
10 
 
A organização da manutenção tinha como até pouco tempo atrás a finalidade de 
administrar os recursos, tanto humanos como materiais de forma a adequar as demandas que 
apareciam ao decorrer do tempo. Porém atualmente, a gestão da manutenção se tornou mais 
ampla, aumentando a necessidade de um gerenciamento voltado para a resolução de problemas, 
com intuito de manter a empresa ou o empreendimento competitivo no mercado. Para isso são 
desenvolvidas técnicas, filosofias e ferramentas de gestão para a redução dos custos da atividade 
de manutenção, surgindo assim uma política departamental, gerenciando custos e aplicando 
processos, (KARDEC e NASCIF, 2010) 
Segundo Gonçalves (2014), a gestão de manutenção começa a se desenvolver para um 
foco não só de forma reativa, mas também de forma prevencionista, aprimorando a qualidade 
de mão de obra e, através de filosofias voltadas para a atividade manter os índices de 
disponibilidade e confiabilidade dos ativos. A filosofia do TPM (Total Productive 
Maintenance), criada por Seici Nakajima, são entre os exemplos de filosofias que são 
comumente utilizadas nas diversas áreas de manutenção. De acordo com o autor 
(GONÇALVES, 2014), TPM é uma ferramenta que tem como finalidade a manutenção dos 
equipamentos em condições excelentes, reduzindo desperdícios de materiais ou causados por 
falhas, isto sem redução da qualidade, tendo como visão sistemática a perseguição do índice de 
falha zero nos equipamentos e ativos. O princípio desta filosofia é eliminar os problemas 
identificando todos os fatores que poderiam gerar falhas, e como mitigar estes problemas 
analisando o comportamento de cada maquinário ou ativo. 
Conforme Yamaguchi (2005, p.9): “Com a utilização técnica do TPM é possível a 
eliminação das perdas recorrentes de má qualidade e não conformidade, tanto do produto, 
processo ou equipamento, quantono nível de atendimento. Na Figura 1 é mostrado os pilares 
fundamentais do programa TPM de acordo com Gonçalves (2014) 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptação de Gonçalves (2014, p.77) 
 
Para um modelo mais compatível com a gestão de manutenção predial comumente 
utilizado também podemos ter um planejamento menos profundo baseados em métodos de 
controle ou planejamento de controle de manutenção (PCM). De acordo com Pereira (2010, p. 
36) PCM é todo o detalhamento da gestão de manutenção, ou seja, seus controles. Um exemplo 
pode ser o controle de estoque de peças, (analisando peças críticas e não críticas), controle de 
produtividade entre equipes (tempo de serviço real X tempo estimado), tempo de atendimento 
de acordo com o nível de tempo estipulado (SLA), planejamento de todos os serviços e suas 
frequências (no caso de manutenções preventivas e programadas), participação em novos 
projetos, implementação e análise de indicadores, organização departamental entre outros. 
Para este controle e planejamento é de vital importância sistemas informatizados 
específicos, conforme Viana (2002), pois pela quantidade de informação e indicadores que são 
necessários para controles hoje das corporações, seria totalmente inviável a coleta de dados por 
via planilhas ou cartões. Viana (2002, p. 165), também expõe que este sistema informatizado 
deve conter uma base de dados mínima para uma gestão otimizada visando o desempenho; estas 
devem fornecer um cadastro de TAG (etiquetas de identificação), equipes e suas especialidades 
com os nomes dos técnicos seus EPIs ferramentas entre outros. Também se faz necessário a 
geração de O.M (Ordem de manutenção), estas podem ser automáticas ou manuais. No caso 
das automáticas, este sistema deve possuir um sistema de histórico e agendamento de 
manutenções preventivas, e no caso de O.M manual, quando há necessidade de avaliação da 
solicitação de serviço pelo gestor ou analista do departamento de manutenção. A solicitação de 
Figura 1: Os 8 pilares do programa TPM 
12 
serviço (S.S), tem sua função solicitar serviços, em grande parte emergenciais ou itens de 
melhoria, este na maioria das vezes solicitados pelos operadores ou usuários. 
De acordo com Gonçalves (2014, apud MUCHIRI et al., 2011), a importância das 
medições de desempenho: “A medição do desempenho é um princípio fundamental de gestão 
e, tal como para outras funções, é importante na gestão da função manutenção[...] O 
desempenho da manutenção é claramente identificado como componente crítico da 
competitividade das empresas[...] ”. Ainda de acordo com Viana (2002), o autor também 
comenta sobre a importância da base de dados de OM, relacionado com as equipes, tendo 
abertura de históricos de manutenção e desempenho tanto de equipamentos como de equipes, 
sendo assim possível, através destes históricos de análise geral de desempenho. 
 
2.1.6 Edifícios hospitalares e sua manutenção 
 
Após ser compreendido as atividades de manutenção predial, é necessário entender as 
particularidades de uma edificação hospitalar. 
Conforme Karman, (1994, p.21), ele sintetiza a complexidade referente a operação de 
uma entidade assistencial de saúde (EAS), com a seguinte explanação: 
O hospital é uma entidade destinada a assistir pessoas, a prevenir doenças, a tratar e 
reabilitar pacientes, a elevar o padrão profissional e a realizar pesquisas. Tais variadas 
atividades requerem especificas instalações. 
Por isso o hospital é considerado uma das instituições mais complexas, tanto sob o 
ponto de vista arquitetônico, de engenharia, de instalações, de equipamentos, como 
de tecnologia e de administração. 
 
Segundo Mascaró, (1995), além de salientar a complexidade citando como um dos 
edifícios mais complexos, do mesmo modo, ele os separa em nove setores funcionais dividindo 
em administração, ambulatório, diagnóstico, tratamento, pronto atendimento, internação, 
serviços de apoio, serviços gerais e circulações Inter setoriais. Ainda segundo Mascaró, (1995, 
p. 15), frisa esta complexidade dizendo que “Cada setor tem uma configuração arquitetônica 
totalmente diferente, como também, uma estrutura de custos totalmente distinta. ”. Neste caso 
podemos exemplificar as diferentes características entre setor administrativo com o de 
tratamento; o primeiro apresenta um fluxo maior de pessoas por sua característica, estes devem 
utilizar espaços mais compactos e centralizados devido ao fluxo maior de pessoas. Já o segundo 
setor, apresenta baixo fluxo de pessoas, pouca iluminação natural e com renovação de ar mais 
controlada devido aos fatores de contaminação, condições estas que a manutenção deve manter. 
13 
Podemos levar em consideração para este comparativo que, enquanto o setor 
administrativo tem que ser vibrante e dinâmico, e o setor de tratamento, tem entre suas 
prioridades o conforto do paciente, seu ambiente tem a ser mais aconchegante e propício, 
visando a sua recuperação, conforme cita a Agência nacional de vigilância sanitária ANVISA, 
(BRASIL, 2014, p.20) 
A fisiologia humana processa involuntariamente ajustes que influenciam no processo 
de aumentar ou diminuir as taxas de perda de calor ou outras sensações, como 
luminosidade ou absorção de ruídos. Compreender essa fisiologia e as limitações 
humanas de cada indivíduo para relacionar esses ajustes à capacidade funcional é uma 
abordagem importante[...]. 
 
Os exemplos mencionados servem para elucidar as particularidades e complexidade da 
função manutenção hospitalar, exigindo alto grau de comprometimento, pois além da visão 
focada nas melhores técnicas também há o compromisso com a segurança e conforto do 
paciente. A principal função de uma edificação hospitalar é a manutenção da vida, por esta 
aplicação, é demandado aos profissionais uma grande responsabilidade, e capacidade técnica, 
sendo primado a confiabilidade e disponibilidade das instalações, tanto na função manutenção 
quanto no projeto de concepção. Conforme Karman (2011, p.40): 
 Seus equipamentos, aparelhos, instalações e suprimentos são de uso contínuo e 
constante. Devem estar prontos, disponíveis e a postos para uso imediato, durante 24 
horas por dia. interrupções durante um procedimento ou o retardo em sua 
disponibilização podem levar a desfechos graves ou fatais 
 
Conforme Karman (2011), qualquer falta de suprimentos como por exemplo, uma falha 
de fornecimento de oxigênio, por defeito nas válvulas da central, uma falha de energia elétrica, 
uma falha na higienização do ar condicionado pode ter grandes consequências na segurança e 
integridade do paciente. O autor também cita alguns incidentes hospitalares, exortando a 
gravidade de uma falta de manutenção ou uma ação irresponsável, pode ser dado como exemplo 
uma hipóxia ou isquemia, (falta de oxigenação) no caso de uma falha no oxigênio ou na mistura 
dos gases. Este acidente pode acontecer também por uma contaminação por nitrogênio utilizado 
para um teste simples de vazamento na tubulação. A água contaminada por Legionella, uma 
bactéria presente em sistemas de abastecimento de água como caixas água e tubulações que não 
sofreram assepsia. Esta bactéria também pode ser encontrada nas bandejas de captação de 
condensado de ar condicionado sem a devida manutenção. 
Mencionando a manutenção de ar condicionado, há um cuidado especial para este tipo 
de atividade, neste caso, podemos citar a portaria n° 3523 do ministério da saúde (BRASIL, 
1998), em seu anexo I, que regulamenta as periodicidades de manutenção e os tipos de 
filtragem, no qual o setor de manutenção deve estabelecer rigorosamente rotinas para 
14 
atendimento deste. Esta portaria 3523 define critérios para manutenção e limpeza de ar 
condicionados sendo os processos registrados em um Plano de manutenção operação e controle 
(P.M.O.C), documento obrigatório em ambientes públicos. (BRASIL, 1998). Porém, a 
preocupação com as contaminações,criaram demandas de métodos mais específicos para a área 
hospitalar. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (2005, p. 21) na NBR 7256, 
preencheram algumas lacunas deixadas pela portaria 3523, mais generalista, entre elas em seu 
anexo B1 com a seguinte instrução: 
B.1.1 Reparos, reformas, ampliações ou obras de qualquer porte em EAS liberam no 
ar poeira e fungos Aspergillus sp, e outros microrganismos, particularmente nocivos 
para pacientes suscetíveis, como os imunodeprimidos. É, portanto, necessário, após 
devida análise de risco, tomar medidas de engenharia, administrativas e/ou 
ocupacionais, em particular quando as obras forem realizadas em locais que possam 
afetar áreas de nível de risco 3. 
B.1.2 Obras que gerem grande quantidade de detritos, poeira e fungos devem ser 
isoladas por barreiras herméticas impedindo qualquer infiltração de ar para as áreas 
vizinhas. 
Dutos de ar existentes devem ser retirados ou redirecionados para fora do local da 
obra. Trechos que devam permanecer devem ter todas as juntas e emendas seladas e 
as bocas de ar existentes hermeticamente tampadas e seladas. 
 
A atividade de manutenção hospitalar, deve ter sempre como prioridade a prevenção das 
infecções hospitalares, pois em acontecimentos simples de manutenção, como um refluxo em 
um ralo, pode trazer consequências desastrosas conforme Karman, Fiorentini e Lima (1985, 
p.71), “Drenos e ralos costumam trazer problemas aos hospitais. O seu transbordamento pode 
levar agentes patogênicos a aflorar e a contaminar os pisos alagados[...]. ” 
Estas contaminações são designadas como infecções hospitalares conforme designa a 
portaria 2616 do Ministério da saúde (BRASIL,1998, p. 10), no seu anexo I, parágrafo 1.2.1: 
[...] é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a 
internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou 
procedimentos hospitalares. 
 
Para este combate efetivo, se faz necessário a troca de conhecimentos interdisciplinares. 
Para a manutenção hospitalar, o gerenciamento de risco deve sempre fazer parte dos 
planejamentos tanto de obras quanto de manutenção, estes também podem ser avaliados em 
conjunto com a comissão de controle de infecções hospitalares (CCIH), (SILVA, 2012) 
Conforme Lavi e Shoet (2007), gerenciar um estabelecimento de saúde é uma tarefa 
complexa, com processos sendo revistos á todo o momento. Temos de um lado, o compromisso 
no fornecimento de edifícios que tenham um desempenho que venha a atender as necessidades 
dos usuários nos quesitos do atendimento médico e segurança do paciente, enquanto, por outro 
lado, devemos nos adaptar ás restrições orçamentárias. Indo mais além, cabe ao gestor de uma 
EAS, selecionar a melhor combinação de recursos sejam de materiais como humanos, para 
15 
selecionar a melhor combinação de políticas para cada um dos componentes do edifício, e seus 
serviços correlatos 
 O sistema de saúde pública brasileiro servia na maioria aos trabalhadores através do 
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), órgão criado pelo 
regime militar em 1974, este atendimento destinado aos contribuintes da Previdência Social, 
sendo os indigentes ou cidadão sem carteira assinada assistidos pelas Santas Casas e outras 
entidades filantrópicas (BRASIL, 2002; p.11). 
Segundo o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde CNSS, (Brasil, 2003) o 
INAMPS, dispunha de suas próprias edificações, e, em grande parte de seus atendimentos eram 
custeados pela iniciativa privada. Com a constituição de 1988, a saúde foi considerada um 
direito de todos e um dever do estado, utilizando desta forma políticas sociais para a promoção 
da saúde e prevenção de doenças. Assim foi criado o Sistema Único de Saúde. 
Os setores de manutenção, principalmente em unidades públicas de saúde, apresentam 
um baixo conhecimento técnico metodológico, pois na grande maioria das vezes não há 
recursos para contratação de profissionais qualificados, tendo como consequência um elevado 
número de adaptações e manutenções corretivas, conforme cita Guimarães (2012, p. 9). 
A gerência e manutenção da infraestrutura física dos estabelecimentos assistenciais 
de saúde, da rede pública, têm sido negligenciados, pois, entre outras razões, nem 
sempre as etapas básicas em um processo de desenvolvimento gerencial são 
articuladas entre o planejamento, o projeto, a execução e a manutenção. Durante a 
execução dos projetos, a preocupação fica concentrada na execução das obras e na 
aquisição de equipamentos, enquanto a manutenção (predial e de equipamentos) é 
negligenciada levando à descontinuidade e à baixa qualidade na prestação de serviços 
(apud, GUIMARÃES, 2008). 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
3.1 CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO 
O hospital alvo do estudo está situado na Região do médio vale do Itajaí. A EAS 
estudada tem papel estratégico no atendimento de acidentes e outras ocorrências principalmente 
na rodovia BR 470 atendendo a população de crianças e adultos de diversas cidades vizinhas 
do Vale do Itajaí entre elas Ascurra, Apiúna, Benedito Novo, Doutor Pedrinho Rodeio, Rio dos 
Cedros e Timbó. 
A unidade é do tipo hospital geral, com seu atendimento contínuo de 24 HR/ DIA 
(Plantão sábado domingos e feriados). Sendo no ano passado responsável por aproximadamente 
10,5% dos atendimentos na região do vale do Itajaí segundo o DATASUS (BRASIL, 2019) 
16 
A EAS objeto de estudo possui 7500m² de área construída e atende em média 3500 
pessoas/ mês com 76% dos leitos sendo SUS. Abaixo apresentamos os dados extraídos da ficha 
de estabelecimento do DATASUS (BRASIL, 2019) 
A inauguração da EAS objeto do estudo foi em 30 de setembro de 1951, como uma 
entidade filantrópica. Devido aos 68 anos de atividade, suas instalações encontram-se em 
condições de desempenho abaixo do exigido para manter sua disponibilidade e confiabilidade, 
em contraste com a determinação do ministério da Saúde em sua resolução RDC 063 na seção 
VI do artigo 36 que diz: “o serviço de saúde deve manter as instalações físicas dos ambientes 
externos e internos em boas condições de conservação, segurança, organização, conforto e 
limpeza. ” (BRASIL, 2011). 
 
Tabela 1- detalhamento de Leitos 
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
INSTALAÇÃO LEITOS 
EXISTENTES 
LEITOS SUS 
COMPLEMENTAR 
Unidade de cuidados intermediários 
neonatal convencional 
2 0 
Unidade de Isolamento 2 2 
ESPECIALIDADE CIRURGICO 
Cirurgia geral 20 17 
ESPECIALIDADE CLINICA 
Clinica Geral 31 22 
HOSPITAL DIA 
Cirúrgico diagnóstico terapêutico 11 8 
OBSTÉTRICO 
Obstetrícia cirúrgica 10 7 
Obstetrícia clinica 12 10 
OUTRAS ESPECIALIDADES 
Reabilitação 6 3 
PEDIÁTRICO 
Pediatria clinica 24 21 
TOTAL 
 
17 
 
3.2 MÉTODOS DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA 
 
O método de pesquisa utilizado para o levantamento e análise dos dados foi de 
abordagem o estudo descritivo e qualitativo, realizada em campo, observando as rotinas de 
serviços de manutenção predial dentro da EAS 
A coleta dos dados é por meio de entrevistas semiestruturadas de amostra intencional, 
com questionários direcionados aos envolvidos na manutenção, como colaboradores diretos 
(coordenador, técnicos e prestadores de serviço), e indiretos (colaboradores solicitantes de S.S), 
no qual e particionado em 3 fases. 
 
3.2.1 Avaliação de acreditação ONA 
 
As entidades de saúde brasileiras viram a necessidade de construir um instrumento de 
avaliação visando a realidade do país. Segundo Quinto Neto (1997), houve cinco aspectos 
preponderantes para a sua criação: a falta de uma tradição em reavaliação dos processos internos 
nos hospitais; o resultado desprezível dos programas de garantia da qualidade onde os 
programas de acreditação eram inexistentes; a dificuldade dos gestores de decidirem sobre 
procedimentos processos não conforme do seu departamento técnico; a carência de indicadores 
sobre sua eficiência,a adequação das boas práticas dos serviços de saúde; a cobrança ostensiva 
sobre os serviços de saúde 
Conforme Azevedo et al. (2002), por conta de reestruturações do serviço de saúde, 
visando melhorar os métodos, devido a fatores diversos como aumento da exigência dos 
clientes, o posicionamento ostensivo da mídia por conta de diversos casos de omissão e 
negligencia e por padrões impostos pelo governo. As instituições médicas, clinicas, e hospitais 
procuram através de uma gestão de qualidade parecida com o que hoje é visto na indústria, 
assumir uma postura de zelo pelos pacientes o os demais públicos. Neste formato os hospitais 
procuram por selos e certificações para comprovar a seu público a qualidade dos seus serviços. 
O Governo Brasileiro, através do Ministério da Saúde, instituiu o Programa Brasileiro 
de Acreditação Hospitalar baseado no Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade 
em Saúde, este sendo criado pela Portaria GM/MS 1.107, de 14 de junho de 1995. O processo 
de Acreditação Hospitalar foi operacionalizado pela Organização Nacional de Acreditação - 
ONA, com reconhecimento do MS através da Portaria 538, de 17 de abril de 2001. 
18 
Através de seu manual de acreditação, traz níveis de padronização sendo classificado 
em 3 níveis, tudo de acordo com o nível de complexidade da instituição, conforme Azevedo et 
al. (2002), a EAS pode ser classificada em : Nível 1 - segurança, considerado a referência 
básica, ou seja é o mínimo com o qual deve funcionar o serviço de saúde ; Nível 2 – A EAS já 
evidencia uma adoção de processos para planejamento na organização dos serviços; Nível 3 – 
já há um processo de gestão e qualidade, há evidencias de práticas sistêmicas de melhoria 
contínua. 
Esta avaliação é executada por intermédio de uma lista de itens de verificação, da 
avaliação no local, no contato com os colaboradores dos diversos cargos e com pacientes e 
familiares. Com base nesses dados, os avaliadores podem avaliar a EAS como não acreditado, 
acreditado, acreditado pleno ou acreditado com excelência. O questionário executado nesta 
pesquisa no qual poderá ser verificado na integra no ANEXO B tem suas perguntas extraídas 
do manual brasileiro de acreditação hospitalar ONA (BRASIL, 2002). No qual será base para 
o levantamento das questões deste estudo. 
 
3.2.2 Avaliação do sistema de gestão e logística 
 
Segundo Pereira et al. (2012), os sistemas de informação e logística são de importância 
vital para um ambiente hospitalar. Ainda nos tempos atuais é dado muita ênfase e muito foco 
na informatização dos serviços de prontuários médicos e dispensação de medicamentos, 
deixando meio que de lado a implantação e informatização logística dos fluxos dos serviços de 
apoio, entre eles o de manutenção predial. Estas questões foram levantadas com base na 
Associação Brasileiras de Normas Técnicas, novamente citando a NR 5674 (2012, p.03), esta 
menciona que na organização do sistema de manutenção deve haver recursos humanos 
suficientes para atender as mais variadas demandas para a conservação e disponibilidade da 
edificação. As rotinas de manutenção tanto preventiva como corretiva deve sempre seguir um 
fluxo continuo, padronizados e cíclicos. 
Também foi base deste estudo o atendimento e fluxo conforme cita a Associação 
Brasileira de Normas Técnicas em sua NBR 5674 de 2012 levantando algumas questões como 
qual o fluxo de solicitações de serviços (SS), análise da expedição de Ordens de Serviço (OM), 
os processos de pedidos de materiais e estoque, expedição de materiais, execução do serviço e 
baixa de OM. Onde serão feitas entrevistas com base nesta norma para comparativos. 
O tempo previsto para esta entrevista foram dois períodos de 4 horas conforme a agenda 
do gestor. As entrevistas estão detalhadas no APENDICE A. 
19 
 Na segunda etapa, com visitas in loco na EAS, com o intuito de observar as execuções 
de reparação da manutenção predial, efetuando perguntas direcionadas a equipe técnica 
conforme detalhadas no APENDICE B. 
 
3.2.3 Atendimento e performance da edificação 
 
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2013, p. 27) na NBR 
155751, A durabilidade da edificação e de seus componentes é uma exigência econômica do 
usuário, estando associado ao custo total do imóvel. Sua durabilidade se extinguirá quando este 
deixa de cumprir as funções que lhe forem atribuídas, podendo ser pela degradação natural ou 
um não atendimento do desempenho exigido. O este período é entendido entre o início de 
operação ou uso e o momento em que ele deixa de atender às exigências pré-estabelecidas, este 
é denominado como vida útil (VU). Este período pode ser influenciado positiva ou 
negativamente isto dependendo a utilização e os métodos de conservação e manutenção da 
edificação. Os questionamentos levantados foram elaborados com base na Associação 
Brasileiras de Normas Técnicas, novamente citando a NR 5674 (2012, p.03), esta menciona 
que na organização do sistema de manutenção deve haver recursos humanos suficientes para 
atender as mais variadas demandas para a conservação e disponibilidade da edificação. As 
rotinas de manutenção tanto preventiva como corretiva deve sempre seguir um fluxo continuo, 
padronizados e cíclicos. 
Para Lavi e Shoet, (2007) é importante a mensuração do desempenho da edificação 
avaliando a deterioração de seus componentes, o autor também ressalta que a edificação produz 
um fator linear ao longo de 15 anos onde a Equação 1 pode ser utilizada. 
Com este método foi criado um sistema de pontuação ou uma escala de 100 até 65 no 
qual 100 indica uma performance satisfatória e 65 quando a edificação apresenta fatores que 
impedem sua melhor performance. Porém este método se mostrou ineficaz em edificações com 
tempo superior a 15 anos, apresentando um comportamento exponencial, neste caso a Equação 
2 foi montada. 
 
 
 𝑦 = 100 −
𝑡
3
| 0 ≤ 𝑡 ≤ 15 [1] 
 
𝑦 = 28,67 × 𝑒 . ×
,
 | 15 ≤ 𝑡 ≤ 72 [2] 
20 
 
Com estas equações poderemos mensurar o grau de performance da edificação e avaliar 
qual o grau de intervenção será necessário para esta. 
Também foi minuciada as técnicas empregadas na área de reparos da construção civil 
visando a efetividade no tratamento das patologias das edificações em relação às normas 
vigentes, neste momento, serão avaliadas as ferramentas utilizadas. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
4.1 RESULTADO DO QUESTIONÁRIO DE ACREDITAÇÃO ONA 
 
Com base nestas listas de verificação nível 1 do Manual de acreditação hospitalar da 
Organização Nacional de Acreditação (BRASIL, 2002) coletamos os seguintes resultados 
pertinente a área de manutenção e estrutura predial, as questões encontram-se no ANEXO B 
deste artigo com os resultados apresentados no gráfico abaixo 
Para que os setores da EAS sejam acreditados em nível 1 todos os requisitos do 
questionário devem ser totalmente atendidos, neste caso a avaliação somente levantou o 
questionário manutenção, objeto do estudo, tendo este quesito atingido apenas 45% dos itens 
de acreditação. 
Documentação
planta fisica
Estrutura fisico
funcional
sistema elétrico
manut. Residuos e
potabilidade de
agua
Segurança geral
Sim 2 10 4 4 2
não 6 3 3 12 3
meta 8 13 7 16 5
2
10
4 4
2
6
3 3
12
3
8
13
7
16
5
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Resultados questionario ONA nível 1
Figura 2 gráfico dos resultados questionário ONA 
Fonte: AUTOR (2019) 
21 
Para este caso a EAS não atingiu os pré-requisitos para atendimento do nível 01 da 
acreditação, a falta de cultura de processos e não haver nenhum projeto mesmo preventivo, 
evidencia uma falha na capacidade de obter registros efetivos da edificação. Esta EAS não 
possui projetos arquitetônicos, hidráulicos, preventivos de incêndio e ar condicionado, e 
também não possui profissional habilitado para anotação de responsabilidade técnica. 
Após essa análise, é de vital importância osmapeamentos dos sistemas elétricos e 
hidráulicos para maior efetividade na operação, manutenção e controle das instalações, mitigar 
o conhecimento empírico através do levantamento técnico destas instalações com seus 
respectivos arquivos técnicos e sempre confeccionando seu as build, que significa como 
construído este termo é utilizado quando há modificações nos projetos de desta forma as 
mudanças ou alterações no sistema ficam inseridas neste novo projeto, agilizando a tomada de 
decisões, a contratação de engenheiros como consultores ou exigir das empresas prestadoras de 
serviço que o engenheiro recolha a ART já atenderia este quesito. Como trata se de uma 
entidade que depende de poucos recursos, uma parceria com a universidade local, utilizando 
estudantes e profissionais para o levantamento dos dados de projetos já reduziria os custos com 
o levantamento. 
Os centros cirúrgicos possuem ar condicionado tipo Split, totalmente em desacordo com 
a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2005) descreve na NBR 7256, que orienta a 
utilização de equipamentos de dupla filtragem tipo G4 e F8, renovação de ar mínima de 
15m³/m². Neste caso, o correto é a aquisição de equipamento que atende o que é solicitado pela 
norma. Evitando riscos de contaminação por bactérias provenientes do acumulo de biofilme nas 
serpentinas destas evaporadoras. 
Não foi encontrado relatório de manutenção do sistema elétrico conforme a Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (2001) descreve na NBR 5419, no qual orienta uma inspeção no 
Sistema de Proteção de Descargas Atmosféricas (SPDA), a cada 3 anos. Um SPDA 
funcionando de forma precária é um grande perigo para os equipamentos de suporte a vida, 
onde um defeito ou uma má função destes equipamentos pode ser fatal ao paciente. 
 
4.2 LEVANTAMENTO DOS DADOS DO SISTEMA DE GESTÃO E LOGÍSTICA 
 
Após pesquisa em campo foi levantado o número de colaboradores, sendo 01 
Coordenador de manutenção e 03 colaboradores terceirizados. Os colaboradores de campo são 
2 eletricistas em horário administrativo e 1 mecânico geral, todos terceirizados. 
22 
O coordenador é responsável pela análise das demandas, triagem das S.S, expedição de 
O.M e entrega aos colaboradores, solicitação de materiais, compras, levantamento de 
orçamentos de terceiros, elaboração de projetos de melhoria, fiscalização de obras em 
andamento, recebimento e conferencia de materiais, inserção de notas fiscais e inserção destes 
mesmos materiais em sistema de almoxarifado, verificação de estoque de materiais em 
almoxarifado, levantamento orçamentário e levantamento de fundos e verbas para a 
viabilização das obras em andamento e as que tem necessidade de vir a acontecer. 
As solicitações acontecem de formas diferentes e não uniformizadas, ou seja, elas 
podem ser solicitadas por telefone, pessoalmente ou por meio de aplicativos de mensagens 
como o WhatsApp. Este processo na maioria das vezes não é evidenciado no sistema ERP da 
EAS. 
Na entrevista ao coordenador, ele explanou sobre o software utilizado como ERP, no 
caso é utilizado o TASY da Siemens, um software voltado para administração hospitalar, este 
software tem em sua aba de serviços de apoio um sistema completo de gerenciamento e PCM. 
Conforme Padilha e Marins (2005. p. 104) segue descrição de ERP: 
Estes Sistemas, também chamados no Brasil de Sistemas Integrados de Gestão 
Empresarial, controlam e fornecem suporte a todos os processos operacionais, 
produtivos, administrativos e comerciais da empresa. Todas as transações realizadas 
pela empresa devem ser registradas para que as consultas extraídas do sistema possam 
refletir o máximo possível a realidade. 
 
O sistema; conforme cita o responsável pelo setor, apresenta uma gama de aplicações 
em detalhes, O TASY possui dentro da aba manutenção o sistema de solicitação de serviço pelo 
departamento solicitante, pode ser dado como exemplo o setor de enfermagem, conforme 
palavras do coordenador: “ [...] a enfermagem detecta o problema e eles abrem uma ordem de 
serviço, e esta ordem de serviço cai aqui [...]” então é efetuado a solicitação de um serviço 
específico, onde é assinalado como aguardando aceite pelo responsável do setor de 
manutenção, o responsável analisa a solicitação e expede diretamente para o colaborador em 
ordem de manutenção. Este por sua vez executa o serviço e leva a informação novamente para 
o responsável pelo setor de manutenção para que seja dado baixa no sistema. 
O sistema não tem interface com o setor de almoxarifado, neste caso há um controle 
paralelo de materiais, estes somente controlados por ficha de prateleira. O TASY possui 
indicadores como SLA (Service Level Agreement), um indicador de nível de atendimento com 
análise no tempo de resposta. Conforme Ribas (2002, p.159) “Um Acordo de Nível de Serviço 
(SLA – Service Level Agreement) é um contrato entre provedor de serviço e cliente que 
23 
especifica níveis de garantias de performance e disponibilidade a um certo custo. ” Ou seja, O 
SLA deve medir o nível dos tempos de respostas as solicitações dos setores envolvidos. 
Apesar do sistema TASY ter estes Indicadores de SLA, estes não foram implantados na 
unidade. 
Segundo Pereira et al. (2012), quando há um sistema de gerenciamento informatizado 
para o gestor da manutenção, e este por sua vez negligencia a inserção de dados, ou por falta de 
tempo ou por não entender a importância. Pode ter como consequência a perda de informações 
históricas importantes e vitais para a melhor performance do setor e aprimoramento de 
processos e disponibilidade da edificação. 
O acumulo de demandas nas mais variadas formas de comunicação, fazem com que haja 
uma perda do gerenciamento das informações, impactando diretamente na ordenação das 
demandas por criticidade ou até pelo tempo médio de ação 
Segundo Morilha (2011), não há possibilidade de ter uma gestão de manutenção 
eficiente, barata, proativa e organizada sem um Sistema Informatizado que contenha as 
ferramentas adequadas para a atividade. A implantação de um sistema informatizado requer 
grandes desafios, apesar de exigir esforço e dedicação dos profissionais envolvidos. A 
ferramenta bem alimentada com dados e históricos, passa a ser um grande divisor de aguas para 
os procedimentos de análise de manutenção. 
 Neste ponto se faz necessária a contratação de um analista de manutenção pois este 
profissional mudaria positivamente a produtividade e os controles de manutenção passaria a ter 
um foco, isto é essencial para a melhoria continua do processo. Um analista conseguirá inserir 
no sistema já existente as solicitações de serviços, triagem dos serviços solicitados, 
levantamento de estoque de almoxarifado relacionando as Ordens de manutenção com o 
estoque de almoxarifado, contribuindo para alimentação de um histórico de manutenção de 
instalações e equipamentos. Neste processo o uso racional de insumos e a liberação do 
coordenador para tratativas mais voltadas a processos de melhoria, reduziria o impacto no 
aumento da folha de pagamento na contratação deste profissional. 
 
4.3 LEVANTAMENTO QUALITATIVO TÉCNICO DA EQUIPE COM RELAÇÃO Á 
ESTRUTURA PREDIAL 
 
4.3.1 Desempenho da edificação e suas manutenções 
 
24 
Para a avaliação da qualidade dos serviços operacionais da equipe de campo, 
precisaremos entender a classificação da edificação objeto de estudo, pois suas particularidades 
versus as ações de manutenção e boas práticas serão essenciais para uma avaliação mais 
imparcial. 
Primeiramente, precisamos entender qual o nível de mensuração do desempenho da 
edificação avaliando a deterioração de seus componentes com o passar dos anos. Tendo como 
característica uma edificação antiga (conforme anteriormente mencionado), a EAS foi 
inaugurada em 30 de setembro de 1951, portanto em funcionamento por 68 anos. 
Neste caso utilizaremos a equação 2, visto anteriormente conforme Lavi e Shoet(2007): 
 
 
𝒚 = 𝟐𝟖, 𝟔𝟕 × 𝒆𝟐.𝟕𝟔𝟏𝟗×𝒕
𝟎,𝟑𝟎𝟖𝟒
 | 𝟏𝟓 ≤ 𝒕 ≤ 𝟕𝟐 
 
𝒚 = 𝟐𝟖, 𝟔𝟕 × 𝒆𝟐.𝟕𝟔𝟏𝟗×𝟔𝟖
𝟎,𝟑𝟎𝟖𝟒
 | 𝟏𝟓 ≤ 𝒕 ≤ 𝟕𝟐 
𝒚 = 𝟔𝟎, 𝟕𝟗 
Com esta pontuação conforme Lavi e Shoet (2007), a edificação já estaria quase em 
necessidade de intervenções mais severas como retrofits para que a edificação não caia na 
obsolescência. 
Em levantamento em campo foi verificado que devido a quantidade de colaboradores 
atuando em regime de 8 horas diárias, já é deficiente para sanar as demandas de manutenções 
corretivas emergenciais. No setor não há cronograma de manutenções preventivas; havendo 
somente manutenções mais eficazes e profundas, quando há ocorrências onde o desempenho 
do setor é seriamente comprometido. Neste caso a EAS está sujeita a autorização de repasse de 
verbas governamentais, causando obsolescência ou paralização dos serviços daquele setor, 
devido a precariedade dos repasses para este fim. 
Neste caso, para a solução deste problema, os cronogramas de manutenção preventiva 
e preditiva devem ser implantados com urgência, pois com as devidas atuações, vistorias e 
analises, podem ser programadas as devidas intervenções, aumentando o tempo de vida útil da 
edificação (conforme ilustra a figura 3), proporcionando também uma melhor programação 
orçamentaria e um menor impacto ao serviço fim do setor da edificação, pois com o 
agendamento da manutenção deverá ser pensado na melhor forma dar continuidade aos serviços 
enquanto a intervenção de manutenção é feita. 
25 
Figura 3 Desempenho ao longo do tempo 
 
Fonte: NBR 15.575 1- ABNT (2013, anexo C Figura C1) 
 
 
4.3.2 Segurança do trabalho e prevenção de riscos 
 
Risco pode ser entendido como fatores potenciais de danos econômicos, ao meio 
ambiente ou mortes, é a probabilidade de ocorrer um dano, o risco pode ser monitorado e 
abrandado na medida em que se investe nas medidas de controle. O perigo, em contrapartida, 
não há controle, é o potencial de uma substância, é uma característica intrínseca. (SILVA, 2012, 
p.9). Podemos dizer que em um ambiente de manutenção predial hospitalar, o agente de 
manutenção está sujeito ao perigo e ao risco, no manuseio de equipamentos elétricos, temos 
esta já como atividade perigosa e riscos de contágio por doenças infecto contagiosas por 
exemplo. Neste caso se faz necessário a análise minuciosa de todos os riscos envolvidos. 
Pode se dizer que o gerenciamento de riscos é o conjunto de atividades que alia técnicas 
de avaliação dos riscos envolvidos no ambiente ou atividade fim, e de gestão para garantir a 
segurança do processo, com o foco na proteção dos funcionários, pacientes, o meio ambiente e 
as edificações, evitando prejuízo no processo produtivo 
Conforme entrevista com os técnicos as solicitações são passadas a eles na expedição 
da ordem de manutenção (O.M) e explicadas suas particularidades pelo gestor, porém não há 
dentro desta atividade uma análise preliminar de risco, neste caso a equipe realiza as 
manutenções sem um preparo prévio e ciência dos riscos do trabalho a ser executado. 
26 
Neste caso há esporadicamente a visita do técnico de segurança para verificação de 
utilização de EPI’s. 
Como os colaboradores são de empresa terceirizada, não tivemos acesso as fichas de 
EPI’s, no momento da entrevista os colaboradores somente calçavam sapatos de proteção, e, os 
mesmos executavam serviço de instalação de luminárias. Cabendo a empresa terceira a 
responsabilidade pelo fornecimento dos equipamentos adequados conforme cita o ministério 
do trabalho na NR6 (BRASIL,1978, art. 6.3) 
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao 
risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes 
circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa 
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do 
trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; 
e, c) para atender a situações de emergência. 
 
Os riscos são inúmeros dentro da atividade de manutenção hospitalar, sendo necessário 
uma gama de equipamentos de proteção tanto individual como coletivas para garantir a 
segurança tanto dos colaboradores como dos pacientes. Neste caso uma solução seria uma 
Análise Preliminar de risco (APR) com um check list, como utilizados nas industrias, 
incorporado na OM, este documento estaria devidamente preenchido e a vista no local de 
trabalho, para verificação dos itens de segurança (EPI’s ou EPC’s) no local, e se estão sendo 
devidamente utilizados. 
 Com relação as práticas de segurança do paciente, não há nenhum treinamento sobre as 
boas práticas em ambiente hospitalar para a prevenção deste risco. 
De acordo com Silva (2011), é de grande importância a avaliação dos riscos das obras 
associados ao controle de infecção hospitalar, as atividades devem ser sempre estar sendo 
analisadas em conjunto com a comissão de controle de infecções hospitalares (CCIH), 
levantando casos e registrando, Silva também menciona como o exemplo do Premier Safety 
Institute, este instituto trata-se de uma aliança colaborativa com mais de 2600 hospitais 
conveniados onde foi criado um banco de dados, com as melhores práticas estratégicas para 
ambientes de saúde, montando uma base de dados estratégicas com dados de boas práticas para 
reformas e manutenções em ambientes hospitalares. 
A solução para este caso é a implantação de comissões multidisciplinares para avaliação 
das melhores práticas tanto de manutenção e reformas, sendo estas registradas e adotadas em 
procedimentos padrão sendo fiscalizado por esta mesma comissão. 
Quando reformas, uma análise previa de projeto envolvendo os setores de manutenção 
engenharia e CCIH, é de vital importância para o estabelecimento do gerenciamento de riscos 
27 
ao paciente, quando manutenções rotineiras, a inserção de treinamentos de formação continuada 
inserindo os profissionais de manutenção, e, a implantação do plano operacional padrão (POP) 
com estas diretivas discutidas nas comissões, já traria nas atividades uma pratica mais efetiva e 
vigilante na segurança ao paciente. 
 
4.3.3 Levantamento qualitativo de boas práticas da manutenção 
 
Esta parte da visita teve como intuito verificar a qualidade dos serviços de manutenção 
da edificação analisando suas principais patologias e verificando as soluções encontradas em 
campo pela equipe para resolução do problema, levantado uma amostra de patologia presente 
na edificação avaliar as técnicas utilizadas pela equipe e comparar ás normas pertinentes à 
atividade. Para que possamos aprofundar neste tema, se faz necessário entender o que é uma 
patologia. Definição que veremos a seguir. 
Segundo Caporrino. (2018) Patologia das edificações é a ciência que estuda as origens, 
as formas de apresentação, os aspectos e as possíveis soluções de anomalias nas edificações 
tendo como foco evitar que esta anomalia prejudique a disponibilidade e confiabilidade da 
edificação, estas anomalias podem acontecer não só pela ação do tempo, mas por erro de projeto 
ou de execução. Esta anormalidade quando ocorre, deve ser previamente analisada para assim 
aplicar técnicas adequadas e efetivas. 
 Nesta fase de estudo foi constatado uma grande quantidade de umidade ascendente nas 
paredes com o descascamento de toda a tinta e aparição de bolor conforme figura 4. 
Figura 4: Umidade ascendente e bolor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com Silva (2012) tais humidades interferem com condições de salubridade 
da edificação, a humidade ascendente aparece quando os componentes da construção se 
Fonte: AUTOR (2019) 
 
28 
encontram em contato com a agua ou com solo húmido subindo a parede por capilaridade. 
Quanto menor o diâmetro dos poros maior a subida da água, a quantidade de água em contato 
com a parede depende muito das condições de evaporação e, ainda,da espessura, época de 
construção e orientação da parede. Esta anomalia te sua progressão até haja um equilíbrio entre 
a agua evaporada e a agua absorvida pelo solo 
Conforme Souza (2014), as presenças de fungos nas paredes de hospitais são 
extremamente perigosas a pacientes imunocomprometidos ou transplantados, estes aerossóis 
tem a capacidade de provocar infecções graves, que em muitos casos podem ser letais. 
Segundo Souza (2014) efetuou um experimento em uma EAS na cidade de Curitiba 
onde foram coletados 150 amostras de fungos nas paredes da instituição e após sete dias em 
condições controlada foram verificados, e, dentro deste período de crescimento destes fungos 
nas amostras coletadas 39% apresentaram crescimento positivo para os seguintes tipos de 
fungos: Aspergillus (presente em 28% das amostras), Absidia (21%), Cladosporium (18%), 
Rhizopus (10%), Rhodotorulla (8%), Fusarium (6%), Penicillium (3%), A. flavus, demais 
fungos e outros fungos filamentosos (2%) cada. 
 Todas as espécies de Aspergillus encontradas podem causar aspergilose invasiva e, por 
isso, oferecem sérios riscos à saúde de pacientes imunocomprometidos. O estudo evidenciou a 
presença de fungos oportunistas, tais como Aspergillus e Fusarium, tanto nas amostras de 
argamassa quanto nas de bloco cerâmico retiradas do interior das paredes dos ambientes 
pesquisados. 
Podemos constatar a importância do tratamento de umidade nas paredes de uma EAS, e 
a importância de manter as paredes da edificação sempre com a manutenção em dia. 
Neste referido caso da parede ilustrada na figura 4 foi levantado que esta manutenção 
foi efetuada a 6 meses com empresa terceirizada, onde foi aplicado na parte interna da 
edificação produto impermeabilizante na altura de 80 centímetros do piso, sem a preocupação 
com a área externa, conforme verificado na figura 5 
29 
 
 
Como não foi efetuada a proteção contra a umidade vinda da área externa, a agua por 
capilaridade subiu até onde não havia a proteção feita com a argamassa aditivada com 
cristalizante retornando a patologia em curto espaço de tempo. 
Neste caso em específico não houve uma efetiva fiscalização do processo de reparos da 
terceirizada, á de forma bastante clara a negligencia ou desconhecimento das normas, podemos 
citar através da Associação Brasileira de Normas Técnicas (2010) em sua NBR 9575 no qual é 
enfática em dizer toda a edificação tem que ser considerado o projeto de impermeabilização, 
contemplando todas as áreas que necessitem de ter estanqueidade contra fluidos ou vapores. 
Pela falta de conhecimento técnico empregado, o retrabalho é inevitável, causando mais 
obsolescência no setor desta edificação. 
Para este caso, principalmente quando os processos de reparo são de responsabilidade 
de empresas terceirizadas a solução pensada seria o acompanhamento da obra por um 
profissional de engenharia civil, fiscalizando a empresa em suas etapas, com processos bem 
elaborados em memorial descritivo e projetos executivos contemplados em contrato a 
finalização do pagamento só poderia ser efetuada através de uma carta de aceite da fiscalização. 
Também em visita foi constatado que as atividades mais rotineiras encontradas são 
desentupimento do sistema de esgoto, e troca de lâmpadas. No caso do sistema de esgoto foi 
perguntado a equipe como era identificado os ramais, os mesmos agiam de forma empírica 
abrindo uma caixa de passagem por vez, verificando os fluxos de agua, pois não há mapeamento 
das redes de esgoto ou projeto hidro sanitário atualizado. 
 Conforme Karman (1995) os sistemas de esgoto de uma EAS devem ter controle e 
cuidados prioritários, extravasamentos de ralo devem ser prevenidos a todo o custo, 
principalmente nas áreas assépticas e críticas, podendo este ser foco para proliferação de 
Figura 5 área externa 
Fonte: AUTOR (2019) 
 
30 
agentes contaminantes. Para o autor estes sistemas já devem ser contemplados em projeto 
sistema de segurança com coluna ladrão como um sistema de esgotamento de apoio, para que 
o esgoto não volte de forma alguma para dentro das salas em caso de entupimento, conforme 
figura 6 
 
Figura 6 sistema de esgoto de segurança 
 
Um outro agravante é a falta do mapeamento de rede coletora, pois sem este 
mapeamento o tempo necessário para se resolver aumenta, aumentando também o risco de 
contaminação do local com consequência da paralização dos serviços. 
Para isto se faz necessário o mapeamento das redes coletoras. Uma técnica que pode ser 
usada é a adição de corantes na agua de esgoto das instalações sanitárias, visualizando seu 
esgotamento nas caixas de passagem, para assim entender o sistema de uma forma que um 
mapeamento mesmo rudimentar possa ser realizado 
As instalações elétricas não são mapeadas, com ausência de diagramas elétricos e 
sistemas de segurança mais modernos como dispositivos de proteção contra surtos (DPS), 
Fonte: KARMAN (1995, p.72) 
 
31 
disjuntores residuais (DR), conforme cita a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2008) 
em sua NBR 5410. A questão de fornecimento de energia elétrica é tão crítica nas Entidades 
assistenciais de saúde que segundo a Associação Brasileira de normas Técnicas (1995, p.3) em 
sua NBR 13534 cita que dentro da EAS deve existir um departamento de segurança predial, 
onde sua diretriz será implanta, operar e fiscalizar as instalações prediais para mitigar riscos a 
edificação e principalmente o risco de falha no suprimento de energia elétrica. 
Para estas atividades, faz se imprescindível um plano diretor para readequação elétrica 
com profissional de engenharia em todo a edificação visando neste caso a segurança e a 
readequação ás normas. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Quanto mais vulnerável for o equipamento, a instalação ou o procedimento maior é o 
grau de intervenção, não há equipamento ou instalação que não esteja sujeito a fadiga ou 
limitação de sua vida útil, isto dispende uma manutenção programada, sistemática, efetiva, 
responsável e vigilante. Sempre focada não só na prevenção de panes, mas sim na prevenção 
de infecções hospitalares, de incêndios e outros riscos inerentes de edificações usadas para este 
fim. Este posicionamento deveria ser enfático desde a concepção do projeto, mas com os parcos 
recursos dedicados ao serviço público de saúde a realidade que deparamos é outra, são 
manutenções improvisadas paliativas e na grande maioria das vezes arriscadas. 
A qualidade do ambiente físico e suas instalações tem grande impacto sobre a saúde e 
segurança do paciente, porém não foram concebidos com essas atribuições. Dessa forma é 
importante que seja avaliado constantemente e exaustivamente seus aspectos físico-funcionais, 
visando a garantia de qualidade no serviço de saúde. Estes esforços devem ser permanentes 
visando também a adaptação das instalações á novas tecnologias. 
Com base nos dados e avaliações embasadas nos autores citados, chega se a conclusão 
que se faz imprescindível a atuação de um profissional de engenharia nas atividades de 
manutenção predial de um hospital, pois seu grau de complexidade e importância não pode 
deixar espaço para os achismos e empirismos, infelizmente é uma pratica bastante usual tratar 
a manutenção nestes estabelecimentos como um mero edifício. As instalações de uma EAS 
além de requerer um grau elevado de dinamismo, também solicita do engenheiro a visão do 
futuro e de novas tecnologias tendo em vista os grandes avanços da ciência na área médica 
32 
Portanto é de suma importância que através de estudos científicos, publicações e uma 
divulgação maior pelo tema, promover aos profissionais de engenharia um nicho de atuação 
complexo, extremamente desafiador e apaixonante como a manutenção hospitalar 
 
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36 
 
ANEXOS 
 
Anexo A – Relação de normas pertinentes à manutenção predial 
 
ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão 
ABNT NBR 5419, Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas 
ABNT NBR 5674, Manutenção de edificações – Procedimentos 
ABNT NBR 9050, Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos 
urbanos 
ABNT NBR 9077, Saídas de emergência em edifícios 
ABNT NBR 9441, Execução de sistemas de detecção de alarme de incêndio 
ABNT NBR 9457, Ladrilho hidráulico 
ABNT NBR 10898, Sistema de iluminação de emergência 
ABNT NBR 12693, Sistemas de proteção por extintores de incêndio 
ABNT NBR 13434-1, Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 1: 
Princípios de projeto 
ABNT NBR 13434-2, Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: 
Símbolos e suas formas, dimensões e cores 
ABNT NBR 13523, Central de gás liquefeito de petróleo (GLP) 
ABNT NBR 13714, Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio – 
Procedimentos 
ABNT NBR 14037, Manual de operação, uso e manutenção das edificações – Conteúdo 
e recomendações para elaboração e apresentação 
ABNT NBR 15215-3, Iluminação natural – Parte 3: Procedimento de cálculo para a 
determinação da iluminação natural

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