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Filo Annelida

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Alguns poliquetas vivem a maior parte do ano como animais sexualmente imaturos denominados átocos, mas, durante a estação reprodutiva, uma parte do corpo
torna-se sexualmente madura e aumenta de volume com a presença de gametas (Figura 17.6). Um exemplo é o verme palolo, que vive em galerias escavadas em
recifes de coral. Durante o período reprodutivo, as partes sexualmente maduras, agora denominadas epítocos, rompem-se e nadam até a superfície. Logo antes do
nascer do sol, o mar está literalmente coberto por eles, e, ao nascer do sol, eles explodem, liberando ovos e espermatozoides para fecundação. Novas partes
posteriores são regeneradas a partir das partes anteriores desses vermes. Esses enxameamentos têm um enorme valor adaptativo, uma vez que a maturação
sincrônica de todos os epítocos garante o maior número de ovos fecundados. No entanto, essa estratégia reprodutiva é muito perigosa; muitos tipos de predadores
fazem a festa com os vermes enxameantes. Nesse meio tempo, o átoco permanece seguro em sua galeria e produz um novo epítoco no próximo ciclo. Em alguns
poliquetas, os epítocos surgem dos átocos por meio de brotamento assexual (Figura 17.7) e tornam-se vermes completos.
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Características do filo Annelida
Cabeça típica de anelídeos e cerdas epidérmicas pares presentes (perdidas nas sanguessugas e em alguns equiúros); parapódios presentes na condição
ancestral
Marinhos, de água-doce e terrestres
A maioria de vida livre, alguns simbiontes, alguns ectoparasitos
Corpo com simetria bilateral, metamérico, frequentemente com cabeça distinta; metamerismo reduzido ou perdido em alguns, principalmente nos
equiúros
Corpo triblástico
Celoma (esquizocélico) bem desenvolvido e dividido por septos, exceto nas sanguessugas; fluido celômico atua como esqueleto hidrostático
O epitélio secreta uma cutícula externa, transparente e úmida
Sistema digestivo completo e não organizado por segmento
Parede do corpo com uma camada muscular circular externa e uma camada longitudinal interna
Sistema nervoso com um cordão nervoso ventral duplo e um par de gânglios com nervos laterais em cada segmento; cérebro constituído por um par de
gânglios cerebrais dorsais que se ligam por conectivos até o cordão nervoso ventral
Sistema sensorial constituído por órgãos táteis, botões gustativos, estatocistos (em alguns), células fotorreceptoras e olhos com lentes (em alguns);
especialização da região cefálica em órgãos diferenciados, como tentáculos, palpos e ocelos de poliquetas
Reprodução assexuada por fissão e fragmentação; capazes de uma regeneração completa
Hermafroditas ou com sexos separados; as larvas, se presentes, são do tipo trocóforo; reprodução assexuada por brotamento em alguns; clivagem espiral e
desenvolvimento em mosaico
Sistema excretor tipicamente constituído por um par de nefrídios em cada segmento; os nefrídios removem os excretas do sangue e também do celoma
Trocas gasosas respiratórias através da pele, brânquias ou parapódios
Sistema circulatório fechado, com vasos sanguíneos e arcos aórticos (“corações”) musculosos para o bombeamento do sangue, organizados por
segmento; pigmentos respiratórios (hemoglobina, hemeritrina ou clorocruorina) frequentemente presentes; amebócitos no plasma sanguíneo
Dentre os animais mais espetaculares encontrados nas comunidades de ressurgências oceânicas de profundidade do Pacífico (ver Capítulo 38) estão os
vestimentíferos Riftia pachyptila. Esses animais gigantescos vivem em volta das chaminés hidrotermais de profundidade e podem atingir 3 m de comprimento e 5 cm
de diâmetro (Figura 17.15). O trofossomo dos outros siboglinídeos é confinado à parte posterior do tronco, a qual fica enterrada em sedimentos ricos em sulfetos, mas
o trofossomo de Riftia ocupa a maior parte de seu grande tronco. Tem um suprimento muito maior de sulfeto de hidrogênio, o suficiente para nutrir seu grande
corpo, no efluente das chaminés hidrotermais.
A descoberta, em 2004, de vermes marinhos, do gênero Osedax, que se alimentam de osso foi muito excitante. Esses poliquetas siboglinídeos cavam ossos de carcaças
de baleias através de um sistema de “raiz” e usam bactérias endossimbiontes para digerir o osso. O sistema de “raiz”, que é verde, ramificado e vascularizado,
desenvolve-se a partir da parte posterior do ovissaco e invade a medula óssea. Alguém poderia pensar se a quantidade de carcaças de baleias seria abundante o
suficiente para que esse estilo de vida tenha sucesso – de modo surpreendente, elas estão, tipicamente, apenas de 5 a 15 km separadas em regiões costeiras onde
esses vermes ocorrem. As fêmeas não precisam se preocupar em encontrar machos; machos anões compartilham os tubos das fêmeas. Como machos e fêmeas se
encontram? A determinação do sexo parece ser ambiental, de forma que a larva que assentar sobre uma fêmea tornar-se-á um macho. Várias espécies desses
animais vêm sendo descobertas, e aspectos surpreendentes de sua biologia aparecem regularmente na literatura.
Em algumas espécies, o dimorfismo sexual é acentuado, sendo a fêmea muito maior que o macho. Bonellia tem um dimorfismo sexual extremo, e machos minúsculos
vivem dentro do corpo da fêmea ou em seu nefrídio. A determinação do sexo em Bonellia é bem interessante. As larvas livre-nadantes são indiferenciadas
sexualmente. Aquelas que assentarem na probóscide de uma fêmea tornam-se machos (1 a 3 mm de comprimento). Cerca de 20 machos são encontrados em uma
única fêmea. Larvas que não entrarem em contato com a probóscide de uma fêmea se metamorfosearão em fêmeas. O estímulo para o desenvolvimento de machos
é aparentemente um hormônio produzido pela probóscide da fêmea.
Aristóteles chamava as minhocas de “intestinos do solo”. Uns 22 séculos depois, Charles Darwin publicou suas observações no clássico A Formação de Húmus Vegetal
por Meio da Ação das Minhocas. Ele mostrou como as minhocas enriquecem o solo ao trazerem o subsolo para a superfície e misturá-lo ao solo de cima. Uma minhoca
pode ingerir seu próprio peso de solo a cada 24 h, e Darwin estimou que 25 a 44 toneladas de terra seca por hectare passam pelos intestinos das minhocas
anualmente, trazendo, dessa forma, potássio e fósforo do subsolo e também adicionando produtos nitrogenados ao solo por conta de seu próprio metabolismo. Elas
também carregam folhas, gravetos e substâncias orgânicas para dentro de suas galerias e para perto das raízes das plantas. Suas atividades têm uma importância
vital para a aeração do solo. As visões de Darwin eram contrárias às de seus contemporâneos, que acreditavam que as minhocas eram danosas às plantas. Todas as
pesquisas relevantes confirmaram amplamente as descobertas de Darwin, e o manejo de minhocas é hoje praticado em muitos países.
Na fibra gigante mediana dorsal de Lumbricus, que tem um diâmetro de 90 a 160 μm, foi estimada uma velocidade de condução de 20 a 45 m/s, muitas vezes mais
rápido que nos neurônios normais dessa espécie. Isso também é muito mais rápido do que nas fibras gigantes de poliquetas, provavelmente porque, em minhocas,
as fibras gigantes estão envoltas em uma camada de mielina, que permitem um isolamento.
Por vários séculos, as “sanguessugas medicinais” (Hirudo medicinalis) foram usadas para sangrias por causa da ideia equivocada de que uma série de distúrbios e
febres era causada por um excesso de sangue. Uma sanguessuga medindo 10 a 12 cm de comprimento pode atingir um tamanho muito maior quando estiver
distendida com sangue, e a quantidade de sangue que pode sugar é considerável. A coleta e a cultura de sanguessugas em lagos foram praticadas na Europa em
escala comercial durante o século 19. O poema The Leech-Gatherer [“O coletor de sanguessugas”], de W. Wordsworth, foi baseado nesse uso de sanguessugas.
As sanguessugas estão sendo novamente utilizadas na medicina. Quando dedos da mão ou do pé e orelhas são amputados, os microcirurgiões conseguem
reconectar artérias,mas nem todas as veias mais finas. As sanguessugas são usadas para aliviar a congestão até que as veias consigam crescer novamente no
apêndice em recuperação.
Classificação do filo Annelida
Os anelídeos são formas vermiformes que compartilham um ancestral segmentado com cerdas epidérmicas pareadas. A classificação está baseada na morfologia
com foco na presença de parapódios e muitas cerdas nas poliquetas e na ausência de parapódios e uma redução das cerdas nos oligoquetos e nas sanguessugas.
Uma vez que oligoquetos e hirudíneos (sanguessugas) têm clitelo, esses dois grupos são frequentemente posicionados sob a denominação Clitellata, e seus
membros são chamados clitelados.
Anelídeos basais. Os anelídeos que divergem dos ancestrais recentes mais comuns dos anelídeos antes dos ancestrais dos Pleistoannelida. Exemplo:
Chaetopterus.
Pleistoannelida. Anelídeos marinhos, terrestres e de água doce, maioria com corpos segmentados.
Errantia. Poliquetas que circulam livremente (Gr. polys, muitos + chaitē, longo pelo). Maioria marinha; cabeça distinta, com olhos e tentáculos; maioria dos
segmentos com parapódios (apêndices laterais) com tufos compostos por muitas cerdas; clitelo ausente; geralmente com sexos separados; gônadas transitórias;
brotamento assexuado em alguns; larva trocófora geralmente presente. Exemplos: Nereis, Aphrodita, Glycera.
Sedentaria. Anelídeos sedentários, incluindo os poliquetas que vivem em tubos e em tocas, bem como membros dos Clitellata (oligoquetos e sanguessugas
com um clitelo em alguma fase do ciclo de vida). Exemplos com um plano corporal do poliqueta: Arenicola, Amphitrite e Riftia; exemplos com um plano corporal
não segmentado: Urechis e Bonellia. Os animais dos Clitellate com um plano corporal dos oligoquetos têm segmentação conspícua; número variável de segmentos;
poucas cerdas por segmento; sem parapódios; cabeça ausente; celoma amplo e geralmente dividido por septos intersegmentares; hermafroditas;
desenvolvimento direto, sem larva; principalmente terrestres e de água doce. Exemplos: Lumbricus, Stylaria, Aeolosoma, Tubifex.
Classe Hirudinida (L. hirudo, sanguessuga + ida, sufixo plural): sanguessugas. Corpo com um número fixo de segmentos (normalmente 34; 15 ou 27 em
alguns grupos) com muitos ânulos; ventosa oral e ventosa posterior geralmente presentes; clitelo presente; sem parapódios; cerdas ausentes (exceto em
Acanthobdellida); celoma firmemente preenchido com tecido conjuntivo e musculatura; desenvolvimento direto; hermafroditas; terrestres, de água doce e
marinhos. Exemplos: Hirudo, Placobdella, Macrobdella.
As sanguessugas são muito sensíveis a estímulos associados à presença de uma presa ou um hospedeiro. São atraídas ou tentarão fixar-se a um objeto besuntado com
substâncias apropriadas do hospedeiro, como escamas de peixes, secreções oleosas ou suor. As espécies que se alimentam de sangue de vertebrados são atraídas
pelo calor; representantes tropicais terrestres da família Haemadipsidae vão convergir para uma pessoa que permanecer parada em determinada posição.

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