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2-Demonstrativos Financeiros

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GESTÃO DE FINANÇAS EMPRESARIAIS
Demonstrativos Financeiros
Para um melhor entendimento e aproveitamento desse conteúdo, sugerimos a leitura e compreensão prévia do tópico Noções de Contabilidade.
Você já ouviu alguma vez alguém dizer que o balanço da empresa está indo bem? Ou que o fluxo de caixa está baixo?
Ao longo deste material vamos conversar sobre como são apresentadas as informações contábeis aos usuários interessados da empresa, pelos demonstrativos financeiros, de forma que eles possam verificar as informações necessárias para a tomada de decisões.
Primeiramente, apresentaremos os principais relatórios contábeis e suas composições. Também trataremos dos relatórios gerenciais, importantes para a tomada de decisão das empresas.
Ótima leitura e aproveite bem o material!
Relatórios contábeis
Os dados coletados pela contabilidade são apresentados periodicamente aos interessados, de maneira resumida e ordenada, formando assim as demonstrações financeiras ou relatórios contábeis. Podemos listar como principais os seguintes:
Balanço Patrimonial (BP) É o principal demonstrativo da contabilidade. Nesse relatório constam bens, direitos e obrigações. Nele encontra-se o reflexo da posição financeira da empresa em cada exercício (ano).
Demonstração de Resultado (DRE) O segundo principal demonstrativo tem como objetivo principal apresentar o resultado do período (lucro ou prejuízo).
Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) Evidenciam a mutação do patrimônio líquido (novas integralizações de capital, resultado do exercício, ajustes de exercícios anteriores, entre outros) em termos de mutações internas (incorporações ou transferências de reservas ao capital etc.).
Demonstração dos fluxos de caixa (DFC) A informação dos fluxos de caixa fornece uma base para avaliar a capacidade de geração e de utilização desses fluxos de forma estruturada por natureza de atividades. Os usuários da empresa estão interessados em saber como ela gera caixa e equivalentes de caixa, e este interesse independe da natureza da empresa.
Demonstração do valor adicionado (DVA) Apresenta a contribuição da empresa para gerar riqueza na economia na qual está inserida, sendo resultado do esforço de todos os seus fatores de produção em uma visão global de desempenho. A DVA, que pode integrar o balanço social, representa uma importante fonte de informações, pois mostra um conjunto de elementos que permitem analisar o desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza, bem como os efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza.
Notas explicativas Pareceres dos auditores - Complementam as demonstrações contábeis, para melhor visualização da situação ou da evolução patrimonial da empresa.
Pareceres dos auditores independentes - Obrigatório para certos tipos de empresas. Basicamente, relata as demonstrações contábeis que foram auditadas e a adequada interpretação dos princípios contábeis em vigor.
Pela Lei das Sociedade por Ações e por resoluções escritas pelo Conselho Federal de Contabilidade todas as empresas, exceto as que não são obrigadas por lei, como os Microempreendedores Individuais (MEI), devem apresentar, obrigatoriamente, no mínimo, o balanço patrimonial, o DRE, o DLPA e as notas explicativas, sendo os demais documentos exigidos nas companhias abertas, estas que negociam ações na bolsa de valores.
A sociedade anônima, também chamada de “companhia”, é pessoa jurídica de direito privado, de natureza eminentemente mercantil, em que o capital social é dividido em ações de igual valor nominal, que são de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade do sócio ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.
A seguir, vamos detalhar os principais demonstrativos que ajudaram na compreensão da situação patrimonial das empresas: o balanço patrimonial e o DRE, além do fluxo de caixa que, embora não seja obrigatória em algumas empresas, é de extrema importância no dia a dia dos negócios.
Balanço Patrimonial - BP
Você se lembra que anteriormente falamos sobre os ativos, que representam os bens e direitos, e os passivos, como as obrigações para com terceiros e para com os sócios (também chamado de Patrimônio Líquido - PL)?
Então, o balanço patrimonial, ou BP, é um demonstrativo que se constitui de duas colunas. Observe na figura 1 que, a coluna da direita, é denominada de passivo e, a do lado esquerdo, de ativo.
Figura 1 - Balanço patrimonial simplificado
Mas por que o BP é estruturado dessa forma?
Vamos identificar de outra forma o ativo, o passivo e o patrimônio líquido.
O passivo e o patrimônio líquido significam origem (fonte) de capital (recursos materiais e financeiros). A origem de capital pode ser externa (passivo ou capital de terceiros) ou interna (patrimônio líquido ou capital próprio).
Por outro lado, o ativo significa aplicações de recurso originado no passivo e no patrimônio líquido. Assim, aplicamos dinheiro no caixa, em estoques, em bens de vida longa etc.
Em consequência desses conceitos, e do método das partidas dobradas, é possível explicar o porquê de o ativo ser sempre igual ao “passivo + patrimônio líquido”: é que uma empresa não pode aplicar aquilo que não tem origem. Em outras palavras, se houver uma origem de 160, a empresa só pode aplicar 160 e não 100 ou 200.
Assim, se o patrimônio líquido, por exemplo, é acrescido por lucro do exercício, o ativo será incrementado pelo mesmo montante do lucro (aplicação do resultado).
Com os conteúdos discutidos até então podemos entender melhor a definição do termo balanço, que se origina de balanço ou equilíbrio nos dois lados (devemos pensar, evidentemente, em balança de dois pratos).
Figura 2 - Balanço patrimonial em balança
O termo balanço decorre do equilíbrio ATIVO = PASSIVO + PL, ou da igualdade
APLICAÇÕES = ORIGENS. Dessa forma, algebricamente, é bastante simples encontrar o patrimônio líquido: basta subtrair do ativo (bens + direitos) as dívidas da empresa, ou seja, o passivo, com a seguinte conta:
PL = ATIVO - PASSIVO
Agora que sabemos o que representa o BP, a sua estrutura é composta pelas contas patrimoniais do ativo, do passivo e do PL, porém, a sua organização possui algumas particularidades, a saber:
· No lado do ativo, pelo grau de liquidez decrescente (primeiramente, as contas que mais se convertem em dinheiro e por último as que dificilmente serão convertidas em dinheiro).
· No lado do passivo, pelo grau de exigibilidade decrescente (primeiramente, as contas que devem ser pagas com prazo mais próximo).
· Em ambos os lados, em ordem de cima para baixo, das contas a curto prazo (no geral finalizam-se em até um ano) para as de longo prazo (finalizam-se em um período superior a um ano).
Portanto, sabendo disso, segue a estrutura e organização do BP das contas do ativo e passivo:
Ativo Circulante - Trata-se do grupo de contas que geram dinheiro para a empresa e que servem para pagar as suas obrigações a curto prazo, composta pelos seguintes subgrupos:
· Disponível: caixa, bancos e equivalentes de caixa.
· Contas a receber: são valores ainda não recebidos, devido a vendas de mercadorias ou à prestação de serviços a prazo.
· Estoques: são mercadorias a serem vendidas. No caso de indústrias, são os produtos acabados, bem como a matéria-prima e outros materiais secundários que compõem o produto de fabricação.
· Investimentos temporários: são aplicações realizadas normalmente no mercado financeiro com excedente de caixa.
· Deduções do circulante: parcela estimada pela empresa que não será recebida em decorrência de maus pagadores (PDD).
Ativo Não Circulante - Compreende itens que serão convertidos em dinheiro a longo prazo (período superior a um ano) ou de acordo com o ciclo operacional da atividade predominante. O ativo não circulante é composto pelos seguintes subgrupos:
· Realizável a longo prazo: são os empréstimos que a instituição faz a diretores e a empresas coligadas (aquelas que têm participação nas suas ações), compreende: adiantamentos concedidos às sociedades coligadas ou controladas, ou a diretores ea acionistas.
· Investimentos: não estão relacionados à atividade-fim da empresa, compreendem: ações de outras companhias, terrenos, entre outras.
· Imobilizado: está totalmente correlacionado com a atividade-fim da empresa, compreende: prédios, veículos, máquinas etc.
· Intangível: direitos que tenham por objeto bens incorpóreos, isto é, não palpáveis, destinados à manutenção da empresa: ponto comercial, marcas e patentes.
Passivo Circulante - É o capital de terceiros a ser pago no curto prazo. As principais contas envolvem obrigações relacionadas a: fornecedores (de mercadorias), funcionários (salários), governo (impostos), bancos (empréstimos) etc.
Passivo Não Circulante - É o capital de terceiros a ser pago a longo prazo. As principais contas envolvem, por exemplo, financiamentos com bancos.
Patrimônio Líquido - É o total de recursos investidos pelos proprietários. Normalmente, é composto de capital e lucros retidos (parte do lucro não distribuído aos donos, mas reinvestido na empresa).
Demonstrativo do Resultado do Exercício - DRE
Como já foi mencionado, a demonstração do resultado do exercício, ou DRE, é a apresentação, em forma resumida, das operações realizadas pela empresa durante o exercício social, demonstradas de forma a destacar o resultado líquido do período. Deve ser apresentada de forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, das despesas, dos ganhos e das perdas, e deve definir claramente o lucro ou prejuízo líquido do exercício e por ação.
	Empresas
	Micro e pequenas DRE – Simples
	Micro e pequenas DRE – Completa
	Receitas
( - ) Despesas
________________
Lucro ou prejuízo
	Receitas
( - ) Deduções
( - ) Custos
( - ) Despesas
( - )...............
________________
Lucro ou prejuízo
Vejamos agora algumas das características do DR:
· A apuração é realizada a cada exercício social (a princípio, a cada ano).
· Ordena-se, de forma resumida, as receitas e as despesas do período para apurar o lucro ou prejuízo das entidades.
Dessa forma, a estrutura e a composição comum de apresentação do DRE, para os usuários, é a seguinte:
	RECEITA BRUTA
( - ) Deduções
	Total geral das vendas. Neste grupo, incluem-se todos os valores que não representam sacrifícios financeiros (esforços) para a empresa, mas que não são meros ajustes para se chegar a um valor mais indicativo do que seja a receita líquida, como, por exemplo, impostos cobrados do consumidor no momento da venda.
	RECEITA LÍQUIDA
( - ) Custos do período
	São somente os gastos de fábrica (gastos de produção), incluindo matéria-prima, mão de obra, depreciação de bens da fábrica etc.
	LUCRO BRUTO
( - ) Despesas
	São gastos de escritório, gastos para administrar (despesas administrativas) a empresa como um todo: desde o esforço para colocar os produtos disponíveis para o cliente (despesas de vendas, - propaganda, comissão etc.) até a remuneração de terceiros (despesa financeira, - juros etc.).
	LUCROS ANTES DA DISTRIBUIÇÃO
( - ) Partic. terceiros
	Há pessoas que, voluntária ou involuntariamente, terão uma fatia do lucro: governo (por meio do Imposto de Renda), administradores, empregados (por meio das gratificações) etc.
	LUCRO LÍQUIDO
( - ) Partic. dos donos. Lucro líquido retido na empresa
	Sócios/acionistas - distribuição do lucro (dividendos). Esta última distribuição é indicada na demonstração de lucros ou prejuízos acumulados.
Fluxo de caixa
É comum ouvirmos de empresários de sucesso a seguinte expressão: “uma empresa saudável não se mede pelos lucros, mas sim pelo seu caixa”. Uma empresa consegue sobreviver, a longo prazo, se não tiver lucro, mas, sem fluxo de caixa, ela morre.
O fluxo de caixa é o sangue da empresa, sem esse fluxo todas as suas áreas paralisam e em muito pouco tempo a organização morre. Assim, é de suma importância que o gestor financeiro controle as movimentações do caixa da empresa.
De forma condensada, a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa, bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do caixa, em determinado período, e também apresenta o resultado do fluxo financeiro da empresa.
A DFC vem esclarecer situações controvertidas na empresa, por exemplo, através da comparação com a DRE, o porquê de a empresa ter um lucro considerável e estar com o caixa baixo, não conseguindo liquidar todos os seus compromissos. Por isso, o planejamento do fluxo de caixa é um fator crítico. Sem caixa adequado, independentemente de lucros, a empresa pode tornar-se inadimplente e até falir.
De forma básica, o fluxo de caixa é composto de entradas e saídas.
· Entradas ou variações positivas 
São os fatos administrativos que aumentam o caixa da empresa, podendo ser compostos de integralizações (aporte de capital), empréstimos bancários e financiamentos, vendas à vista, recebimento de duplicatas entre outras entradas.
Variações positivas (aumenta o caixa):
· Integralizações (aportes de capital)
· Empréstimos bancários e financiamentos
· Venda de itens do ativo permanente
· Vendas à vista e recebimento de duplicatas a receber
· Outras entradas
· Saídas ou variações negativas
São os fatos administrativos que diminuem o caixa da empresa, podendo ser composta de pagamentos de: fornecedores, dividendos, empréstimos, despesas e contas a pagar, bem como a aquisição à vista de bens para o ativo permanente (como um carro ou máquinas para produção), entre outras saídas.
Variações negativas (diminui o caixa):
· Pagamento de dividendos
· Amortização de principal e pagamento de juros de empréstimos
· Aquisições à vista de item para ativo permanente
· Compra à vista e pagamento de fornecedores
· Pagamento de despesas, contas a pagar, entre outros
· Existem ainda transações que não afetam o caixa, como depreciação, amortização e provisões (13º salário, por exemplo).
Para fins de apresentação, como demonstrativo contábil, a estruturação completa da DFC normalmente é dividida em três grupos distintos:
· Fluxo das operações: corresponde às atividades normais da empresa (vendas, compras, despesas etc.).
· Fluxo dos financiamentos: desde os financiamentos, empréstimos obtidos, até os pagamentos de financiamentos (amortizações), pagamento de dividendos, entre outros.
· Fluxo de investimentos: aquisições de imobilizados (investimentos, imobilizado, intangível), venda de imobilizado, ações, entre outros.
Na tabela 1 temos a apresentação de um DFC da empresa fictícia Cia. Transportadora, no período 20x1, com as seguintes movimentações de caixa (em R$ mil):
· Receitas recebidas: 5.500
· Custos pagos: 3.500
· Despesas pagas: 900
· Pagamento, ou amortização, de financiamentos: 300
· Pagamento de dividendos: 500
· Compra de novos imobilizados: 600
	DFC – Cia. Transportadora (20x1)
	Operações
	
	
	Receita recebida
	5.500
	
	(-) Caixa despendido nos custos
	(3.500)
	2.050
	(-) Despesas pagas
	
	(900)
	Caixa gerado no negócio
	
	1.150
	Financiamentos
	
	
	Novos Financiamentos
	-0-
	
	(-) Amortização de financiamentos
	(300)
	
	(-) Pagamentos de dividendos
	(200)
	(500)
	Caixa após financiamento
	
	650
	Investimentos
	
	
	(-) Compra de novos imobilizados
	
	(600)
	Resultado do caixa no período
	
	50
Tabela 1 - DFC da empresa fictícia Cia. Transportadora
Relatórios gerenciais
Apresentar balanço, balancete, demonstração do resultado do exercício, livro-diário e livro-razão não é o suficiente. Grande parte das pessoas nem sequer sabe o motivo desses livros e relatórios existirem, além do mais, normalmente, essas informações somente são apresentadas no fim do ano.
Isso torna cada uma dessas obrigações mera formalidade para serem apresentadas ao fisco, mas de pouca relevância no dia a dia de uma empresa. Porém, isso não ocorre pela futilidade ou pouca relevância das informações ali contidas, muito pelo contrário, são informações de suma importância; isso ocorre por falta de compreensão.
Para resolver essa situação, os relatórios gerenciais de boa qualidade são de extrema importância para uma boa gestão.
De maneira geral, são documentos escritos, baseado em fatos, como os relatórioscontábeis citados anteriormente, contendo informações relevantes para avaliação e possíveis tomadas de decisão.
Para ter um bom relatório gerencial, ele deve ser completo, objetivo e eficaz para transmitir a informação que se deseja. Para elaborá-lo é necessário seguir o seguinte modelo:
Destinatário (usuário das informações) - Determinará que tipo de informações e de linguagem poderão ser disponibilizadas e utilizadas, respectivamente, ou seja, se ela será mais cuidadosa ou não com a gramática e se apresentará exemplos e gráficos que os usuários entenderão. O destinatário deve aparecer claro, constando na capa do relatório. Dependendo do caso, o nome dele e a palavra “confidencial” devem aparecer em destaque.
Objetivo - Quem elabora um relatório gerencial deve saber: o que se espera dele e o que se deseja conseguir com a sua utilização. O objetivo comum é controlar um determinado assunto, tomando as decisões e providências possíveis e necessárias perante objetivos determinados anteriormente. Por isso, os relatórios são de diversos tipos: relatórios de controle, relatórios financeiros, relatórios orçamentários, relatórios para decisões, providências e outros.
Conteúdo - Procure identificar e apresentar, da melhor forma possível, as informações com maior potencial de utilidade para os usuários envolvidos e/ou interessados. O relatório não precisa estar cheio de informações, mas as que farão parte dele deverão atender às necessidades. O importante aqui não é a quantidade, mas a qualidade do conteúdo, apresentando informações sobre prazos, custos, entregas, limites orçamentários, entre outros. Dependendo do tipo de relatório gerencial, pode ser importante a apresentação de tópicos como: introdução, objetivos, sumários, glossários, recomendações, conclusões, bibliografia ou referências, anexos, entre outros.
Forma - Deve ser a mais prática e comunicativa possível, sendo que o uso de ilustrações, desenhos, fotos, tabelas, gráficos são de extrema valia. Destaque para o uso de gráficos, nas suas mais variadas formas possíveis (linhas, barras, pizza etc.). A sua exposição deve seguir o esquema de pirâmide: o mais importante acima das explicações, justificativas e detalhes. Dados para eventuais conferências devem estar preferencialmente em anexos.
Apresentação - Após elaborado, é necessário marcar um dia com os usuários destinatários para apresentar o relatório, caso ele não seja apenas encaminhado ao interessado. Procure estar preparado para ler e apresentar apenas os tópicos importantes do relatório, cuidando do tempo de apresentação para não tornar curta ou entediante a mensagem a ser passada.
Existem muitos relatórios gerenciais que atendem às necessidades dos destinatários, entretanto, os que mais utilizam informações com base nos demonstrativos contábeis são:
Previsão de Vendas - Constitui-se em um relatório no qual o plano de vendas determina a demanda para alocação dos recursos necessários para que esses recursos se transformem em vendas, resultando, por consequência, em receitas.
Relatório Orçamentário - Este relatório projeta contas de despesas e receitas, a fim de que a empresa, atualizada sobre os eventos financeiros futuros, possa planejar com mais confiança e assim alocar recursos necessários nos setores ou investimentos fundamentais para a entidade.
Relatório de Custos - É um dos relatórios mais utilizados para avaliação gerencial, devendo, portanto, ser confiável, atual e útil para informar sobre: a situação real da empresa, quais as atividades que estão exigindo mais ou menos custos, como obter uma gestão de custos ideal para controle e até redução dos custos totais.
Agora que você conhece como são apresentadas as contas pelos demonstrativos contábeis, podemos apresentar como funciona a parte financeira da empresa nos próximos conteúdos dessa unidade curricular.
Entretanto, não se esqueça que o apresentado até aqui corresponde às composições e estruturas comuns dos demonstrativos financeiros. Caso sua empresa tenha legislação específica, como no caso de seguradoras, procure se informar, pelas leis e normas, das diferenças e semelhanças na apresentação dos demonstrativos.

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