Buscar

aps lei Maria da Penha

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

18
1. Introdução 
O presente trabalho tem como objetivo explorar um pouco da problemática questão que é a violência contra mulher, destacando a historia e a criação da Lei Maria da Penha, lei essa que antes era omissa e que após relatos de agressões de uma mulher e importantes convenções veio a existir e vigorar até os dias de hoje. Incumbindo e tutelando aquelas que por muitos e muitos anos sofriam em silêncio, na qual não tinha também apoio resguardado do Estado o que deixava os agressores mais a vontade para praticar tal atrocidade, pois, não tinham nenhuma lei maior que os impossibitasse ou que os interditassem. 
Ao decorrer deste trabalho podemos ver que houveram convenções e tratados a respeito da mesma que hoje em dia estão pautados na lei e que a justiça procura o mais rápido possível intervir nas ameaças e possíveis agressões que as mesmas poderão sofre, assim como também falara da evolução do papel da mulher nos dias de hoje como suas lutas e conquistas. 
No que concerne falar da violência doméstica se tratando do agressor o que nos intriga é a falta de discernimento do sujeito em relação à vítima. Segundo o livro “violência contra mulher é crime” vários fatores ou causas nos chamam atenção como, por exemplo, o perfil desse tal sujeito, que muitas vezes não são só os delinquentes, drogados, ébrios, desempregados ou aqueles que estejam passando por algum tipo de situação desagradável que cometem esse crime segundo pesquisas essas agressões advêm também de pessoas bem instruídas, ou melhor, dizendo pessoas com formações seja qual for médico, empresário, professor, advogado entre outros. Sendo que o que eles têm em incomum é o “machismo”, pois não aceitam a figura da mulher como ser independente. 
Acontece que com o passar dos tempos nossa sociedade evoluiu e se atentou para o que diz respeito ao sexo feminino, depois de passados anos que mulheres vivenciavam a indiferença houve reformas na lei igualando direitos e obrigações dos mesmos, vale ressaltar que a lei veio tarde poderia ter surgido bem antes, considera-se falha do Estado o fato de apoio a essas mulheres, porém hoje contamos com a ilustre Lei Maria da Penha na qual cuida das mulheres que passam por maus tratos e interditam seus agressores, sendo essa lei uma força que passa segurança para as demais saberem que se por ventura sofrerem agressões as mesmas serão asseguradas com medidas de segurança, mas mesmo assim ainda não aboliu de vez a violência contra a mulher. 
2. Resumo com a história da criação da Lei Maria da Penha
A seguir um breve resumo contendo a história da criação da Lei Maria da Penha, destacando o porquê da criação bem como sua eficácia, críticas, mudanças entre outros, para se entender todo o seu contexto e diretrizes. 
O ponto motriz dessa lei é a história comum de uma mulher que por muitos anos sofreu com a tão problemática Violência doméstica, oriunda do seu ex-marido. Trata-se de uma lei ainda considerada nova que no período das agressões de Maria da Penha Maia Fernandes não existia fato esse em que essa vítima chegou a ficar com sequelas devido a inexistência de uma lei voltada para esse tipo de violência e amparo por parte do Estado. Maria da Penha é uma farmacêutica brasileira que devido a inúmeras agressões sofrida de seu marido resolveu ir à luta e lutar por seus diretos, após inúmeras denúncias Maria consegue uma ordem judicial pela qual começava uma incansável luta para condenar seu marido, o fato da defesa sempre alegar irregularidades fez com o que o processo perdurasse por muitos anos. Nesse período Maria lança um livro onde conta sua batalha em ter que suportar por diversas vezes agressões do marido não só ela como também as filhas isso fez com que ao decorrer dos anos ela conseguisse contato com duas com duas organizações: Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM). Enfim seu caso chega Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1998. 
Por conta da demora da solução do caso, o Brasil chegou a ser condenado pela comissão por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica contra as mulheres. Houve reparação por parte do Estado à Maria por conta dos atrasos e irregularidades entre outros. 
Esse caso certamente foi um marco para a justiça brasileira e mundial enfatizando a falha justiça brasileira ao tratar de problemas como esse, que antes eram relatados e tratado	s como crime de menor ofensividade. A lei Maria Penha visa atender a todas aquelas mulheres vítimas de quaisquer agressões, tratando o caso com primazia e não mais como fazia antes sendo conivente, hoje a mesma objetiva a mais rápida solução e reparo, dando segurança e apoio as vítimas. Assim se sentido amparadas e protegidas pela lei houve uma diminuição nos crimes de violência doméstica. 
A lei trouxe mecanismos adequados para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, sendo que se na época já existisse os mecanismo adequados esse crime não teria tido tanta repercussão e talvez não tivessem sido criadas leis pelo Estado competentes para solucionar esse tipo de violência. 
Algumas mudanças: a violência doméstica era julgada por juizados especiais criminais, conforme a lei 9.099/95, onde são julgados crimes de menor potencial ofensivo hoje com a Lei Maria da Penha é de competência para os novos juizados especializados de violência doméstica e familiar contra a mulher. Quanto a detenção do suspeito de agressão com a alteração do parágrafo 90 do artigo 129 do Código Penal, passa a existir essa possibilidade, de acordo com os riscos que a mulher corre, ou seja, hoje o indivíduo é julgado, condenado e preso, antes ficava sem justiça dando liberdade a esse sujeito de continuar praticando esse ato tão ofensivo. Assim como também passa a ser agravante de pena, antes não era tudo isso e muito mais mudou depois da criação da Lei Maria da Penha. 
Como tudo no nosso ordenamento jurídico está sujeito a críticas para lei 11.340, de 2006 não foi diferente, principalmente quando se trata dos homens agredidos que, aliás, nossa constituição no artigo 5° inciso III diz que homens e mulheres são iguais em direitos e deveres, fere a dignidade do homem por não criar uma Lei que os ampare nessa semelhante situação. 
3. Resumo: A participação da ONU no caso de da Lei Maria da Penha
Desde 1947 o Brasil tem uma representação fixa da Organização das Nações Unidas (ONU) em seu território, onde trabalham para garantir que direitos fundamentais sejam preservados, em geral, as agências atuam de forma coordenada, desenvolvendo projetos em conjunto com o governo tanto em nível federal como estadual, municipal, a iniciativa privada, instituições de ensino, ONGs e sociedade civil brasileira, sempre com o objetivo de buscar, conjuntamente, soluções para superar os desafios e dificuldades. A ONU MULHRES, entidade das Nações Unidas para a igualdade de gêneros e empoderamento das mulheres, tem trabalhado para que a da Lei Maria da Penha (Lei nº. 11340/2006), seja tratada com a devida importância que ela exige, para que vítimas tenham acesso a serviços especializados e os agressores sejam punidos de maneira eficaz, para que cada vez menos mulheres sejam vítimas de qualquer tipo de violência. 
A ONU vem auxiliando em ações em parcerias com muitos programas como: Mulher, Viver sem Violência, que tem como defensora a atriz Juliana Paes, que fará divulgação na mídia com post diários falando dos principais direitos inclusos na Lei Maria da Penha, para que todas as mulheres entendam com clareza o poder que esta lei tem para ajudar na luta contra a violência que sofrem todos os dias por atitudes machistas de seus agressores. Além de trazer dados de violências já registrados conta a mulher, bem como a funcionalidade de serviços de atendimento que são o canal mais seguro para fazer as denúncias. Entidades com o apoio da ONU, em todo dia 25 de cada, intitulado Dia Laranja, onde estarão enfatizandoseu apoio, com mensagens solidariedade na mídia, para com as mulheres vítimas de violência em todo mundo. 
Dentre os canais de denúncias destaca-se o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher, o programa Mulher, Viver sem Violência e a Casa da Mulher Brasileira – onde a ONU em parcerias com setores de inteligência vinculados à Secretaria de Políticas e com parcerias da Polícia Federal e Ministério Público, para que sejam feitas denuncias não apenas de violências, mas também, de possíveis tráficos de mulheres e cárcere privado, que faz parte do enfrentamento à violência contra mulheres após a sanção da Lei Maria da Penha. . E nas áreas de gestão Publica com a humanização no acolhimento e especialização de profissionais, treinados a acompanhar de forma mais segura e eficaz, de forma a passar o atendimento correto e o apoio necessário no momento em que as vítimas chegam aos serviços, onde estão totalmente vulneráveis pela agressão que sofreram. O trabalho conjunto com estas entidades, fez com que fosse aumentado o número de Delegacias de Mulheres, Casas Abrigo e Centros Especializados, para a melhoria destes atendimentos. 
Outro feito importante que teve grande importância da atuação das Entidades da ONU, foi a composição da Comissão Parlamentar Mista de Investigação da Violência contra as Mulheres no Brasil que verificou a omissão do poder público na aplicação da Lei Maria da Penha e buscou soluções por meio de projetos de lei de tipificação do feminicídio (Lei no. 13.104/2015) e criação de fundos para ações contra violência. “Somente a atuação incansável, integrada e vinculada aos direitos das mulheres será capaz de implementar a Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, com o objetivo de eliminar a violência machista e reverter o 5º lugar que o Brasil ocupa num ranking de 83 países em assassinatos de mulheres. Um ranking que expressa a quantidade de vidas desperdiçadas pelo machismo”, representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gamam. 
4. Convenção Para Eliminar Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher
A lei Maria da Penha é um marco que reflete a evolução dos mecanismos que tutelam as mulheres vítimas de violência doméstica. Pois, desde sempre a mulher é vítima de uma sociedade patriarcal que corroboram atos que desvalorizam a mulher. Resultante de lutas constantes das mulheres pelos seus direitos a Organização das Nações Unidas estabelece a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a mulher. 
A Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, CEDAW (da sigla em inglês), é o primeiro tratado internacional que trata dos direitos humanos das mulheres, cuja finalidade, promover a igualdade de gênero através de medidas que eliminem a discriminação contra a mulher pela adesão dos Estados-partes. 
Em face ao período pós-guerra diante das atrocidades cometidas pelos nazistas, surgiu, a concepção contemporânea que vislumbrava a necessidade de resgatar os direitos humanos. Sendo assim, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) aprovado pelas Nações Unidas em 1948, destaca-se pela universalidade e indivisibilidade desses direitos. 
Afirmando a importância de solidificar e garantir direitos intrínsecos a todos os seres humanos, a (ONU) reconhece a importância de assegurar que a mulher usufrua igualmente desses direitos, promovendo a valoração em âmbito universal, ao usufruto igualitário entre os gêneros independentemente de raça, cultura, religião ou qualquer outro elemento que o descaracterize, e impeça a mulher do seu pleno desenvolvimento. 
A CEDAW é um documento de suma importância em defesa dos direitos das mulheres, foi adotado em 18 de dezembro de 1979 pela Assembleia Geral das Nações Unidas após análise da condição das mulheres no mundo, entrou em vigor em 03 de setembro de 1981. O Brasil assinou a CEDAW em 31 de março de 1981 e só em 01 de fevereiro de 1984 ratificou-a, porém fez reservas a alguns dispositivos que estavam incompatíveis com a legislação brasileira. Somente em 1994 a adesão é plenamente ratificada. 
A Convenção possui 30 artigos e atualmente 186 Estados signatários. As mulheres que tem o seu direito violado e já esgotaram todas as possibilidades de recurso às instâncias nacionais, podem recorrer ao Comitê para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher visando à extensão dos seus direitos. 
O Comitê CEDAW é composto por 23 peritas, às candidatas são indicadas pelo governo de cada país e eleitas pelos Estados-parte, para exercerem um mandato de quatro anos. As peritas desempenham sua função a título pessoal e não como delegadas ou representantes de seu país de origem. O Comitê celebra sessões anuais que duram cerca de duas semanas. 
A CEDAW simboliza através dos seus artigos a importância de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, a viabilização de políticas voltadas à mulher garantidas pelos Estados signatários, suprimindo qualquer ato que invalide o crescimento da mulher em qualquer esfera que esta participe tornando-se alvo de uma cultura discriminatória que indefira o seu pleno desenvolvimento. 
A Convenção da Mulher se fundamenta em eliminar a discriminação e assegurar a sua igualdade independentemente de seu estado civil, em todos os aspectos da vida política, econômica, social e cultural, através de instrumentos legais vigentes, adotados pelos Estados signatários. Entretanto, as lacunas na aplicabilidade e sustentabilidade do acordo devem ser eliminadas para seu completo desenvolvimento. 
O comitê CEDAW é um órgão de monitoramento para avaliar se os países signatários estão conseguindo cumprir os preceitos estipulados pela Convenção. Analisam relatórios emitidos pelos Estados-partes e os auxiliam com recomendações específicas, recomendações gerais, recebem comunicação individual ou coletiva sobre violações ao direito das mulheres e investigam a partir da informação. 
A eficácia depende da ação dos três poderes, o Legislativo na adequação da legislação nacional aos parâmetros igualitários internacionais; do Executivo, na elaboração de políticas públicas voltadas para os direitos das mulheres e Judiciário na proteção dos direitos das mulheres valendo-se das convenções entre outros meios para fundamentar suas decisões.
O art. 1º e 2º da Convenção aborda a igualdade entre homens e mulheres em todos os âmbitos, condenando qualquer manifestação discriminatória contra a mulher que a impeça de usufruir dos direitos humanos e liberdades fundamentais, cabendo aos Estados signatários à responsabilidade destas garantias não só aos seus cidadãos, mas também aos migrantes, refugiados, exilados. 
O art. 5º Cabe aos Estados-parte à eliminação de qualquer prática habitual que imponha inferioridade ou superioridade a homens e mulheres baseado em padrões sócio-culturais, igualar a responsabilidade entre homens e mulheres referente à educação e o desenvolvimento dos filhos e o reconhecimento familiar da maternidade como função social. 
Os Estados-parte deve correlacionar suas normas com as da Convenção uma vez que estas estão ligadas por objetivo comum. Pois o cerne da CEDAW confere a igualdade e não discriminação as mulheres. Entretanto não basta uma incorporação formal das normas internacionais, mas sim, contribuir para sua concreta efetividade. 
No art. 6º da Convenção os Estados-parte devem tomar medidas legislativas para suprimir todas as formas de tráfico de mulheres e exploração da prostituição da mulher. A observação geral do Comitê nº19 nos aponta que em situações de pobreza e desemprego a mulher fica mais exposta a serem traficadas e forçadas ao exercício da prostituição. 
No art. 10º e 12º Estabelece igualdade de direitos entre homens e mulheres no âmbito da educação e em todos os níveis escolares e profissionais, as mesmas oportunidades nos esportes, bolsas de estudo entre outros. Os Estados-parte deve assegurar acesso ao serviço médico desde a gravidez, parto e pós-parto etc. 
Portanto, a CEDAW em suma, dispõe de mecanismos quevisam assegurar a igualdade entre homens e mulheres resgatando os direitos humanos das mulheres, suprimindo possíveis atos discriminatórios baseados em gênero. Assim, os Estados signatários participam de reuniões em que emitem relatórios e são orientados pelo Comitê a desenvolverem políticas públicas que reprimam atitudes que impeçam a mulher da titularidade de igualdade e dignidade inerente a todos os seres humanos. 
5. Os principais pontos da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher
A mulher, na longa trajetória da evolução da sociedade, sempre esteve em segundo plano diante da cultura que sobrepõe à figura do homem sendo o mais importante. Diante dessa premissa, é visto que sua participação no cenário dos seguimentos da sociedade sempre foram os de coadjuvante, impossibilitando por muito tempo que as mulheres tivessem poder de opinião. 
Como a sociedade está sempre em processo de evolução, a mulher passou a ter mais espaço e conquistar direitos que dantes só eram permitidos aos homens; contudo, atitudes que desonram a dignidade de qualquer pessoa ainda persistem em existir contra elas, diante de uma sociedade dotada de inúmeras informações em pleno século XXI: a violência. 
A Convenção Interamericana apresentou como tema, que gera perfeita interpretação, o que realmente é a violência contra a mulher logo em seu inicio, onde define todo o tipo de violência e quebra todo o paradigma que poderia existir mostrando que existem inúmeras maneiras de se praticar atos violentos contra a mulher. Apresenta ainda sobre a possível omissão do Estado quanto ao mesmo não tomar procedimentos que inibam a violência contra a mulher ou negligencie atos violentos sob seu conhecimento e de seus agentes. 
Em seu capítulo II, nota-se que a convenção consagra notoriamente aquilo que a Carta Magna brasileira institui a todos sem distinção, o que denota a percepção realística que os direitos positivados nas leis, devem ser aplicados e protegidos tanto para homens quanto para as mulheres. São direitos fundamentais que muitos homens ainda não permitem que a companheira, a irmã, a desconhecida usufruam; sendo privada dos mesmos e infelizmente, devida prepotência masculina, a subjugação em morte. 
A mulher tem total direito de escolher aquilo que quer de melhor para sua vida. Essa afirmativa é a interpretação contida no artigo 6º da convenção, exteriorizando um anseio de toda mulher, o que reflete a grande política cotidiana na sociedade mostrando essa percepção ao todo coletivo. Nenhuma discriminação ou violência pode ser tolerada, pois como já dito, a sociedade em constante mudança deve compreender as mudanças realizadas interiormente nos indivíduos. 
Um ponto muito claro a se salientar sobre a convenção é da participação do Estado para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher, onde, em seu art.7º a mesma diz: “Os Estados Partes condenam todas as formas de violência contra a mulher e concordam em adotar, por todos os meios apropriados e sem demora, políticas orientadas a prevenir, punir e erradicar a dita violência...”. 
É notória que a convenção propõe aos Estados participantes que se façam todas as medidas que protejam esse direito que as mulheres tem. Num mundo onde tudo avançou devida a expansão global, não é justo que ainda haja uma decadência desrespeitosa à dignidade da pessoa humana. É certo então, que as medidas da convenção vêm para acelerar o processo de entendimento e aplicação das devidas medidas protetivas, como também as necessárias sanções aos que ainda utilizam de tal ação. 
Cabe ao Estado promover os meios viáveis perante leis estabelecidas, como também agir com agilidade para transmitir ao todo coletivo que atos impugnáveis descritos na lei devem e são punidos sem nenhum lapso temporal – o que não permitiria que a violência contra a mulher evolui-se para um homicídio concreto. Enfim, a convenção trouxe para a sociedade a perpetuação da necessidade de se olhar para a violência contra mulheres como um câncer da sociedade, como um membro de um corpo em deformidade aos demais membros. 
Entretanto, vê-se no seu corpo que a convenção explicita claramente que ela em si não pode ser maior que as leis positivadas do país participante do acordo, e, apenas é utilizada para a complementação do devido processo legal, tipificando os atos violentos contra a mulher. 
6. Aspectos Comuns Entre as Convenções da Interamericana e a Discriminação Contra a Mulher
A Convenção de Belém do Pará trata especificamente da violência contra a mulher. No seu artigo 1º, define essa forma de violência como qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública quanto na esfera privada. 
Em seguida, afirma em seu artigo 2º alínea a, que essa violência pode ocorrer no âmbito da família ou na unidade doméstica, ou em qualquer relação interpessoal, quer o agressor compartilhe, tenha compartilhado ou não da mesma residência com a mulher, incluindo, entre outras formas, o estupro, maus-tratos e abuso sexual. 
O que foi dito anteriormente da Convenção é o primeiro tratado internacional de proteção dos direitos humanos que reconhece, de forma enfática, a violência contra a mulher como um fenômeno generalizado, que alcança elevado número de mulheres sem distinção de raça, classe, religião, idade ou qualquer outra condição. A Convenção afirma, ainda, que a violência contra a mulher é grave violação aos direitos humanos e ofensa à dignidade humana, sendo manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre mulheres e homens.
A Convenção abre a possibilidade de apresentação de petições por qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. As petições que chegam à Corte Interamericana de Direitos Humanos podem ser relacionadas à denúnc	ias sobre eventual ação ou omissão do Estado quanto à prevenção, à investigação e à punição da violência contra a mulher; à adoção de normas penais, civis e administrativas que erradiquem a violência; ao estabelecimento de procedimentos justos e eficazes para a mulher que tenha sido submetida à violência.
Nessa linha, a Convenção de Belém do Pará responsabiliza o Estado não apenas pela sua atuação violenta contra a mulher, mas também pela sua omissão e sua ineficácia em erradicar a violência cometida por particulares, seja na esfera pública, seja na esfera privada.
No tratado de Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher significará toda distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher, independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da mulher, dos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural e civil ou em qualquer outro campo.
A Convenção teve como objetivo tratar sobre qualquer distinção, exclusão ou restrição que pudesse anular o exercício de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, direitos à igualdade na vida política, no casamento, na educação e no mercado de trabalho, à proteção especial durante a gravidez, a serviços médicos – até o planejamento familiar – à participação na vida cultural, à seguridade social, à igualdade civil, à liberdade de movimento, à igualdade de direitos e responsabilidades frente aos filhos, dentre outros.
Observa-se que as convenções que apesar do tema ser sobre a violência da mulher o tratado do Belém do Para da ênfase em questões como o abuso sexual, psicológica e violência física já a convenção sobre a discriminação contra a mulher destaca a relação de classe social procurando a igualdade entres as mulheres e os homens como por exemplo: escolaridade, empregos, salários inferiores etc.
As duas convenções tem suas assembleias abertas para que novos países possam fazer parte destas, porem a interamericana só se cadastram os países que estão localizadosnas Américas tendo assim, que procurar a Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos, já a outra convenção que é organizada pelas Nações Unidas tem um comitê onde países interessados podem procurar para se ingressar, hoje há 64 países do mundo inteiro. 
7. Conclusão
A história nos mostra que a mulher sempre teve papel secundário diante a sociedade, se analisarmos o histórico veremos que elas sempre foram minoria, sem força de expressão e nas muitas vezes acuadas perante o seu marido, a mulher era submetida as ordens que eram estabelecida pelo seu cônjuge, ficando por vez sem voz ativa e sem força de expressão. No passado essa submissão era vista como uma conduta correta, e o marido tinha total amparo da sociedade que por sua vez aceitava isso como um ato permissível, a mulher por natureza tinha que se submeter-se. 
Mas o que nos concerne falar que violência contra a mulher é crime nos dias de hoje? Com o passar dos anos a sociedade que antes via essa dominação masculina como um ato de domínio válido hoje vê com olhos diferentes essa questão, o mesmo domínio hoje é considerado como retaliação aos direitos da mulher, pois como a própria constituição fala em seu art. 5°,I , Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações perante a lei". 
 	Para chegar até essa igualdade não foi fácil, muita luta teve e tem que ser feita para que essa igualdade seja estabelecida, pois o "machismo" ainda faz parte dessa sociedade.
 	E a mais valiosa dessas lutas pela igualdade de direitos e obrigações a ser citada, é a lei que foi criada em prol das mulheres que sofrem com a violência doméstica ou quaisquer tipo de violência contra a mulher, a lei "Maria da penha" de n°11.33/2006, que traz a história da mesma que deu origem ao nome Ser dado a esta lei.
A história da farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que  foi vítima de violência doméstica durante 23 anos.
Onde em 1983 o marido tentou assassiná-la por duas vezes, com tiro de arma de fogo e outra tentou eletrocuta-la. Após anos de dor e submissão, a mesma tomou coragem e denunciou o marido, começa ali a sua luta pela liberdade e igualdade, no qual teve contato com duas organizações, no caso o centro pela justiça e o direito internacional (CEJIL) e o comitê latino americano e do caribe para a defesa dos direitos da mulher (CLADEM), que ajudaram a levar o seu caso para a "comissão internacional de direitos humanos da organização dos estados americanos (OEA) em 1998.Com uma pressão externa o governo brasileiro se viu obrigado a criar um novo dispositivo legal que trouxesse maior eficácia na prevenção e punição a violência doméstica.
Essa lei brasileira hoje é considerada como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento a violência contra a mulher. Graças a lei houve uma diminuição de 10% dos assassinatos contra a mulher e 98% da população conhece a legislação, apenas 2% das pessoas no país nunca ouviram falar de lei segundo a pesquisa " violência e assassinato de mulheres" feita pelo (data popular/instituto Galvão,2013.
O perfil do agressor às vezes são diferentes não só desempregados, ébrios, drogados e delinquentes cometem esse crime contra a mulher e sim também advém de pessoas instruídas como advogados, professores, empresários.
A lei veio para resguardar todas aquelas que se sentem ameaçadas dentro do seu lar ou fora dele, pois mais de um milhão de mulheres são vítimas de violência no país como aponta dados de pesquisas do instituto brasileiro de geografia (IBGE).
E lei como esta incentiva novos atos de apoio à mulher, como a lei do feminicidio, por exemplo, que foi sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2015, que colocou a morte de mulheres no rol de crimes hediondos e diminuiu ainda mais a tolerância nesses casos. O projeto foi construído pela secretaria de políticas para a mulher (SPM), em conjunto o a sociedade civil. Em 2016 a lei Maria da Penha completou 10 anos, e sempre será um marco nessa luta pela liberdade e igualdade. 
Com base na historia onde sempre houve desigualdade entre homens começando pelo movimento nazista onde ideias eram impostas a força surge a indagação de o porquê sempre haver diferenças entre a raça humana. 
O povo visando seu bem-estar tem que firmar convenções para que seus direitos sejam resguardados, e essas convenções hoje são os principais pilares para que possa ter igualdade entre homens e mulheres, tratados internacionais também abordam essa indiferença, e também tentam resguardar a vida da mulher que na maioria das vezes é quem mais sofre com essa desigualdade. 
A ONU è a principal organização que condena a violência familiar ou qualquer tipo de violência que envolva a mulher. Através de parcerias seja com o governo ou com entidades não governamentais, auxilia todas as possíveis vítimas de agressão. Ela se tornou indispensável para o bem estar da sociedade, pois tem o poder de fiscalizar como está sendo a conduta adotada pelo governo. Visa estabelecer a ordem social e governamental, colocando sempre em primeiro plano o bem estar social. 
Mediante a lei "Maria da penha" a ONU tem se posicionado positivamente, avaliando-a como umas das principais vertentes do direito que protege a classe feminina, onde busca sempre com parcerias dar uma voz eloquente a essas leis que amparam a população que muitas das vezes são minoria mais tem como base uma lei que as protegem. 
A ONU foca seus objetivos sempre visando um melhor apoio as suas condutas dentro do país, e sempre é amparada por aqueles que são influentes diante a sociedade. Assim essas parcerias a  fortalecem podendo exercer seu papel social dentro do país que é poder oferecer a igualde entre homens e mulheres que são iguais perante a lei e erradicar a violência contra a mulher.
E sofrem por ser minoria seja no trabalho na escola, em casa, essa minoria que nos dias de hoje é uma forte influência na sociedade a qual vem conquistando o seu espaço próprio, com novos ideais e de cabeça erguida buscando sempre o seu lugar de direito nessa cadeia evolutiva. 
Alguns pontos são essenciais para que possa haver igualdade entre as partes, e o Estado como regulador do direito, deve oferecer todas as bases legais para que a mulher não sofra mais com fato de ser considerada como o "sexo frágil" desse país, a mulher tem toda a autonomia de direcionar o caminho a qual deve seguir, a qual caminho a sociedade de seguir, pois também possui ideais e metas, e as convenções vem para assegurar que esse direito seja protegido, o estado tem que se adequar para que o direto da mulher seja resguardado e positivado.
E para fortalecer ainda mais esses ideais femininos a nossa CF traz em seus artigos todos os direitos e garantias da mulher, igualdade de direitos e o fim das agressões è o que a nossa lei "Maria da penha" passa para quem sofre com a opressão, e através dela e das convenções que são fundamentais para o bem estar da população e sempre firmando a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
8. Referência 
CORDEIRO,Eliane de Souza. Violência contra a mulher é crime. Curitiba: Juruá, 2014. 
http://www.politize.com.br/tudo-sobre-a-lei-maria-da-penha
 https://nacoesunidas.org/onu-mulheres-lei-maria-da-penha-precisa-de-mais-investimentos-publicos/
 http://www.onumulheres.org.br/noticias/maria-da-penha-onu-mulheres-e-ativistas-defendem-politica-de-enfrentamento-a-violencia-contra-as-mulheres-com-perspectiva-de-genero/ 
http://www.compromissoeatitude.org.br/convencao-sobre-a-eliminacao-de-todas-as-formas-de-discriminacao-contra-a-mulher-cedaw-1979/ 
http://www.unicef.org/brazil/pt/CEDAWAdolescentes.pdf 
http://www.spm.gov.br/assuntos/acoes-internacionais/Articulacao/articulacao-internacional/onu-1/o%20que%20e%20CEDAW.pdf 
file:///C:/Users/Pedro/Downloads/inst_int.pdf 
http://www.observatoriodegenero.gov.br/eixo/internacional/instancias-regionais/o-comite-cedaw-2013-comite-para-a-eliminacao-de-todas-as-formas-de-discriminacao-contra-a-mulher 
http://www.cedin.com.br/static/revistaeletronica/volume5/arquivos_pdf/sumario/mercia_cardoso.pdf 
http://www.unfpa.org.br/Arquivos/cedaw.pdfestou concluindo o trabalho 
www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/instrumentos/belem.htm
http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/instrumentos/discrimulher.htm
http://www.dhnet.org.br/dados/cursos/dh/cc/1/prt2.htm
www.brasil.gov.br. Lei Maria da Penha portal brasil

Continue navegando