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São Gonçalo do Amarante - CE 2020 EMILLY CRISTINA FERREIRA BINDÁ UNIVERSIDADE UNOPAR SERVIÇO SOCIAL A SAÚDE MENTAL E A RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL São Gonçalo Do Amarante - CE 2020 A SAÚDE MENTAL E A RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL Trabalho de Atividades Interdisciplinares apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Serviço Social Orientadores: Prof. Maurilio Cristiano Batista Bergamo Maria Eliza Correa Pacheco Maria Luzia Silva Mariano Mayra Campos Francica dos Santos Valquiria Aparecida Dias Caprioli EMILLY CRISTINA FERREIRA BINDÁ SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3 2 Sociedade Diante Aos Desastres Ambientais.......................................................................4 2.1.1 Atuação Do Assistente Social..............................................................................5 2.1.1.1 Atuação Do Psicólogo.......................................................................................6 2.1.1.1.1 Importância Interdisciplinar Nas Políticas Públicas Dos Psicólogos e Assistentes Sociais ........................................................................................................ 7 3 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO.......................................................................9 3.1 GRÁFICOS.............................................................................................................9 3.2 FIGURA .................................................................................................................. 10 4 CONCLUSÃO..........................................................................................................11 5 RREFERÊNCIAS....................................................................................................12 3 1 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas, ocorreu uma grande quantidade de desastres ambientais, chamando atenção aos impactos que os eventos proporcionaram não só ao meio ambiente, mas também as populações afetadas. A partir dessa ideia, promoveram estudos e pesquisas para entender a implicância direta na vida dos atingidos, dando ênfase aos pontos fisiológicos, pessoal, emocional e social; sendo assim, até os dias de hoje, procura-se maneiras de apoio às vítimas que se encontram de forma repentina e humilhante em circunstância de perdas, que ocasiona no abalo psíquico e na quebra do equilíbrio coletivo. Não só para administração pós-catástrofe, mas também a prevenção, se alerta a importância dos Assistentes Sociais, como um meio de amparo a comunidade envolvida. E como resposta aos mesmo, nota-se a relevância dos profissionais da psicologia, principalmente em casos de estresse pós-traumático. O trabalho a seguir, informa sobre a atuação dos responsáveis pela população na situação apresentada, com base de apoio, os direitos constitucionais dos cidadãos, ressaltando a influência da relevância interdisciplinar sobre a atuação das Políticas Públicas diante ao cenário pré e pós desastres ambientais, com a finalidade de apresentar o conhecimento adquirido junto ao objeto de estudo oferecido. 4 2 SOCIEDADE DIANTE AOS DESASTRES AMBIENTAIS Desastres ambientais são alterações significativas no meio ambiente, provocados por um evento natural, porém, não se descarta causas mediante aos efeitos das mudanças climática causadas por liberação de poluentes na atmosfera, ou seja, o aquecimento global, de exemplo temos o Ciclone Idai (2019). De outro modo, precedente por uma ação humana, como a tragédia de Mariana (2015), perante à esses acontecimentos, rejeitos lançados causam danos incontáveis na fauna, flora, acarretam em mortes, devastação, desalojamento da população, destruição local e de suas áreas preservadas; podendo ser considerados passíveis de recuperação ou mitigáveis, sujeito a elaboração de medidas compensatórias. "No caso de Mariana, a estrutura que segurava todo rejeito se rompeu, atingindo rios da região que levaram a lama até o Rio Doce e, em seguida, chegando ao mar. Um percurso que levou cerca de 17 dias e contaminou a bacia hidrográfica da região." (Thadeu Paravidino;2015) Tornando assim memorável ao tema, a crise hídrica e a contaminação da água, abordagens feitas no quesito causa e efeito, deixando a população sem estrutura com relação ao saneamento básico. Tais elementos influenciam diretamente na vida e história da comunidade pós-catástrofe, ocasionando em quebra do equilíbrio coletivo. Neste caso, nota-se três efeitos no contexto Saúde Pública: interrupção do funcionamento normal do cotidiano local ou regional; não só a sobrecarga das capacidades institucionais locais como também estaduais; e a alteração no assunto produção de riscos. Tanta perturbação, pode resultar em problemas relacionados à saúde mental, tais como, depressão, ansiedade, risco de suicídio e transtornos relacionados ao uso de substâncias psicotrópicas, como álcool, tabaco e drogas. São consequências da exposição ao perigo, perda de seus familiares e patrimônios, exposição a doenças infecciosas ou virais, entre outros. Pesquisas apontam que após o estresse derivado das perdas humanas ou materiais, aumentou a taxa de mortalidade das regiões afetadas, principalmente por doenças cardiovasculares, e, a internações por AVC, denominados efeito sinérgico, resultado da soma de consequências, exemplificando, uma sobrecarga humana. Desastre é uma “séria interrupção do funcionamento de uma 5 comunidade ou sociedade, que causa perdas humanas e/ou importantes impactos ou perdas materiais, econômicas ou ambientais que excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de lidar com a situação utilizando seus próprios recursos” (UNISDR, 2009) Deste modo, é de extrema importância o auxílio de profissionais que trabalham na área das Políticas Públicas, para o amparo das populações comprometidas. 1.1 ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL A introdução do Serviço social visando a reintegração das vítimas de desastres ambientais, já acontecia antes do assunto começar a ser discutido na década de 1990, sequencialmente, inúmeros agentes fizeram analises resultando em incentivos teóricos consistentes que direcionam as discussões até os dias de hoje. Seus profissionais são de alta relevância na administração das catástrofes e vulnerabilidades, operam orientando o atendimento populacional diante um conflito, ou seja, promovendo o apoio aos afetados. A atuação do(a) assistente social permite que a população atingida tenha acesso aos serviços básicos disponíveis e seus direitos fundamentais garantidos durante e após a crise. (Zakour, 2007 e 2008). No Brasil, existe um amplo rastro da exclusão social, revelados nas condições habitacionais da população de baixa renda, sendo assim, um marco na história que infelizmente não se alcança um reparo, e muitos hoje sofrem por conta dessa desigualdade. Na maioria dos casos, refere-se à comunidades situadas em locais de indefensabilidades à desastres que sucedem nos riscos de, deslizamento de terra, inundações, enxurradas; provocando mortes e deixando desabrigados. A partir dessa ideia pode se argumentar além da importância do reparo, mas também a prevenção e defesa dos cidadãos, pois o assistente social trabalha em todos setores que implicam o esforço pelo direito à cidade e à moradia digna, bem como a assimilação das vulnerabilidades sociais, continuamente relacionadas à apropriação de áreas instável. De acordo com o Código de Ética, art.3.D, o profissional deve, "participar de programas de socorroà população em situação de calamidade pública, no atendimento e defesa de seus interesses e necessidades", desenvolvendo atividades como: orientação das famílias no que se refere aos seus direitos garantidos 6 constitucionalmente; assegurar o esclarecimento das situações apresentadas; realizar a sondagem sócio-econômico, objetivando informar às autoridades locais a real situação; criar um encaminhamento para programas de assistência ao dispor no município; facilitar o meio para a retirada de documentação, que eventualmente tenha sido perdida em consequência da catástrofe; orientar sobre o sepultamento gratuito, caso a ocasião assim exija; participar de grupos de discussões sobre o acontecimento com a população atingida; criar um encaminhamento médico e psicológico quando necessário; entre outras atribuições. A profissão requer associar as pendências dos objetivos ambientais e da gestão dos desastres, tanto no campo de execução responsável como na criação, quanto na produção científica e diagnóstico. Embora seja comprovado a relevância, a abordagem para elaborações de métodos ainda é introdutória e necessita ser ampliada. 1.1.1 ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO O envolvimento da psicologia nessa área foi progressivo, registros antecederam junto as guerras mundiais, abordando o estresse pós-traumático gerado por batalhas, no entanto, apenas em 1944 que começaram a se aprofundar os estudos sobre sua inclusão. A conferência de Hyogo, em 2005, estabeleceu e oportunizou técnicas de diminuição dos riscos e de desastres no campo internacional. Essas estratégias, procuram enfatizar a importância da atuar em todo o ciclo que envolve catástrofes, como a resposta e recuperação; na última década, o Brasil começou a refletir sobre saúde mental como atividade primordial no quesito resposta, e desde então, tem se empenhado para abordagem do tema. Para o desenvolvimento dessas táticas, os afetados contam com a Atenção Básica de saúde, que está consolidado na primeira categoria de cuidados e tem como definição um conjunto de ações, de modo individual ou coletivo, deste modo acontece a incorporação dos psicólogos, pois seu trabalho engloba inúmeras áreas de conhecimento. O sofrimento gerado por um evento estressante é praticamente inevitável, pois é causado pelo fator de ameaça a vida, e o profissional pode subsidiar na minimização desse impacto e na prevenção, ou seja, na diminuição do desastre. 7 No presente, a Psicologia das Emergências e dos Desastres, investiga o comportamento humano pós-catástrofes, contribuindo com ações de compreensão, apoio e superação aos atingidos e envolvidos, adicionado a expectativa da elaboração de uma comunidade mais protegida. Algumas reações a calamidade são mais preocupante, podendo indicar que a pessoa está precisando de apoio, é comum vítimas de eventos traumáticos apresentarem alterações no desempenho psíquico, tornando indispensável assistência profissional para orientação e diagnóstico, caso a pessoa apresente depressão ou estresse pós-traumático, por exemplo, auxiliando a ressignificar, atribuir novo sentido após o evento. É importante ressaltar que a saúde, é garantida pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, in verbis: Art. 196."A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação." Tendo em vista no sentido moral e mental, o direito do cidadão à assistência de Psicólogo. 1.1.1.1 IMPORTÂNCIA INTERDISCIPLINAR NAS POLÍTICAS PÚBLICAS DOS PSICÓLOGOS E ASSISTENTES SOCIAIS Diante do desastre, cada indivíduo apresentará uma maneira particular de enfrentar a situação, podendo esboçar diversas reações, porém é necessário considerar a história de vida, personalidade e resiliência de cada sujeito, isso significa que diante de um evento estressor é normal e esperado que o sujeito apresente um desequilíbrio biopsicossocial, mas necessariamente não evoluirá para um transtorno mental (ALVES; LACERDA; LEGAL, 2012). A capacidade de atuar em desastres se encontra nos conhecimentos em trauma, mudanças e perdas, e exige funcionamento coordenado de toda a equipe de apoio, tornando indispensável que os atuantes trabalhem de forma interdisciplinar. O quesito prevenção, é a compreensão dos aspectos que criam as ocorrências, fazendo possível amplificar a confiança da sociedade versus tragédias, convertendo a vulnerabilidade em segurança e preparo da população, no entanto, uma ferramenta vital para esse processo, como o psicólogo, não está inserido na equipe da Defesa Civil, inclusão que traria mútuos benefícios, pois uma comunidade 8 informada tem maiores chances de agir com mais clareza após o evento, possibilitando também a minimização de perdas. Ao proferir sobre o meio ambiente, estamos nos referindo ao contexto social, muitos desconhecem esse fato, e, essa alienação reflete na diminuição do valor do serviço social diante as intervenções de desastres. De exemplo, nota-se os valores individualista, onde empresas visam apenas o lucro, gerando antagonismo antes, durante e após construções, alterando significativamente uma sociedade, podendo também, promover catástrofes ambientais e sociais, onde o Assistente Social tem como função agir em favor dos direitos da sociedade. Substanciando, ao instruir-se de modo interdisciplinar, cria-se consideração sobre o embasamento da percepção geral, mesmo que cada um dos profissionais tenha sua função, em momentos de grande distúrbio social, suas atividades se chocam, e muitas vezes se entrelaçam, dependendo uma da outra para serem desenvolvidas com êxito. Atualmente mesmo com a comprovação da necessidade de medidas preventivas e de respostas emergenciais aos eventos, as táticas de assistências dos Psicólogos e Assistentes Sociais, ainda são um tanto vaga, pouco ampla, nesse sentido é requerido um estudo maior, para que essas respostas sejam mais específicas, pois, mesmo com tantas reincidências, os fatos não fizeram que o assunto se tornasse foco de reflexão aos órgãos responsáveis. 9 3 APOIO AO TEXTO Segue abaixo exemplos de apresentações de gráficos. 3.1 GRÁFICOS Fonte. Atlas Brasil de Desastres Naturais Fonte. Psicologia Das Emergências Desastres naturais mais recorrentes nas duas últimas década. Vítimas que necessitaram de psicólogos após os traumas. 10 3.2 FIGURA Vulnerabilização, saúde e desatres sócioambiental Fonte. Scielo 11 4 CONCLUSÃO Diante de situações de risco, acarretando no comprometimento de uma população, é essencial a presença de profissionais atuantes nas Políticas Públicas, visando e garantindo assim, a preservação da integridade da mesma, pois como dito, é um direito constitucional dos envolvidos. Após episódios tão agressivos, maior parte dos afetados necessitam de auxílio não só em relação à saúde física e mental, mas também, para saber como devem prosseguir diante de tanto transtorno e perdas, com a esperança que sejam devidamente compensadas, porém essa reparação, geralmente não alcança nem o mínimo do padrão de vida anterior à tragédia dos mesmos, demonstrando necessidade de um responsável que aja em favor dessa comunidade. Foi abordado junto ao tema restituição, a importância de prevenção, cláusula não tratada de acordo com sua proporção, visto que exista alguns estudos sobre sua magnitude, poucos são de estratégias, investimento que traria inúmeros benefícios para comunidades situadas em locais de risco, demonstrando o inestimável valor à vida humana. Embora seja legitimável para conclusão do trabalho, relembrar sobre ética, conceito usado para que haja um equilíbrio social, caso não existanormas, leis e direitos imposto constitucionalmente, é de extrema importância cada indivíduo proceder de maneira correta, visando o bem-estar de um todo, dessa maneira, muitas tragédias podem ser evitadas. Imagine se, cada indivíduo ou empresas seja de pequeno, médio ou grande porte, fizessem adequações sustentáveis ao cotidiano, tais medidas iriam refletir em um futuro com menores impactos em resposta do aquecimento global e os desastres que comportamentos egoístas vem causando. 12 REFERÊNCIAS AVILA, Maria Roseli Rossi; MATTEDI, Marcos Antonio; SILVA, Maria Salete da. Serviço Social e desastres: campo para o conhecimento e a atuação profissional. Serviço Social e Sociedade. São Paulo. n.129, p.343-365, mai/ago, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n129/0101-6628-sssoc-129- 0343.pdf Acesso em 28 jan. 2020. BÖING, Elisângela; CREPALDI, Maria Aparecida. O psicólogo na atenção básica: uma incursão pelas políticas públicas de saúde brasileiras. Psicologia: Ciência e Profissão, 2010, 30 (3), 634-649. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141498932010000300014&script=sci_abstr act&tlng=pt Acesso em 28 jan. 2020. Dilemas e perspectivas da abordagem sociológica dos desastres naturais: Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 20702017000300261 El País; Maputo - 20 MAR 2019Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/20/internacional/1553042239_772596.html Estudos sobre saúde mental após desastres ambientais revelam desafios Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro 05/02/2019 disponível em https://bityli.com/pdylq FREITAS, Carlos Machado de et al . Desastres em barragens de mineração: lições do passado para reduzir riscos atuais e futuros. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 28, n. 1, e20180120, mar. 2019 .disponível em http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?pid=S167949742019000100029&script=sci_arttext Informações Thadeu Paravidino disponível em http://vicel.com.br/informacao/o-que- ocorreu-com-agua-apos-o-desastre-em-mariana/ Administração de abrigos temporários. Disponível em https://url.gratis/jMjOY WEINTRAUB, Ana Cecília Andrade de Moraes et al . Atuação do psicólogo em situações de desastre: reflexões a partir da práxis. Interface (Botucatu), Botucatu, v.19, n.53, p. 287-298, jun. 2015. Disponíve. em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 32832015000200287&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 05 maio 2020. Epub 27-Fev- 2015. https://doi.org/10.1590/1807-57622014.0564. https://bityli.com/pdylq SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 Sociedade diante aos desastres ambientais 1.1 atuação do Assistente Social 1.1.1 ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO 1.1.1.1 IMPORTÂNCIA INTERDISCIPLINAR NAS POLÍTICAS PÚBLICAS DOS PSICÓLOGOS E ASSISTENTES SOCIAIS 3 APOIO AO TEXTO 3.1 GRÁFICOs 4 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS
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