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Casos concretos 1 a 16 de direito Administrativo I

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Impresso por markony, CPF 059.953.033-25 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/05/2020 11:17:55
Impresso por markony, CPF 059.953.033-25 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 06/05/2020 11:17:55
 
Semana 1 
É correto a firmar que o Direito Administrativo é fruto de construções jurisprudenciais? Discorra a respeito, identificando na Constituição de 1988 os artigos que refletem o pensamento dos principais articuladores da Revolução Francesa de 1789. 
Resposta: Sim, é verdade iro que o Direito Administrativo é fruto de construções jurisprudenciais. 
As principais instituições do direito administrativo nasceram a partir da opinião de caráter constitutivo emanadas pelo conselho do estado Frances. A fim de subsidiar as decisões de governantes na ocasião. 
Art . 1º em seu parágrafo único - Jean Jacques Rousseau Estado Democrático de Direito 
Art . 2º Montesquieu - Tripartição da Função do Estado Executivo Legislativo e Judiciário 
 
Semana 2 
O prefeito do município “P" , conhecido como João do “P”, determinou que, em todas as placas de inauguração das novas vias municipais pavimentadas em seu mandato na localidade denominada 
“E”, fosse colocada a seguinte homenagem : “À minha querida e amada comunidade “E”, um presente especial e exclusivo do João d o “P”, o único que sempre agiu em favor de nosso povo! ” O Ministério Público estadual intimou o Prefeito a fim de esclarecer a questão . Na qualidade de procurador do município, você é consultado pelo Prefeito, que insiste em manter a situação . 
Indique o princípio da Administração Pública que foi violado e porque motivo . 
Resposta: Evidente, na hipótese, a violação ao princípio d a impessoalidade . Por esse princípio traduz -se a ideia de que a Administração Pública tem que tratar a todos o s administrado s sem discriminações, benéficas ou negativas. Dessa forma, não se admite, por força de regra constitucional, nem favoritismos, nem perseguições , sejam políticas, ideológicas ou eleitorais . 
No caso concreto, a violação ao princípio da impessoalidade decorre o fato de que a publicidade dos atos, programas, obras ou serviços devem ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes ou quaisquer elementos que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou servidor público. 
 
Semana 3 
José está inscrito em concurso público para o cargo de assistente administrativo da 
Administração Pública direta do Estado de Roraima . Após a realização das provas, ele foi aprovado para a fase final do certame, que previa, além da apresentação de documentos, exames médicos e psicológicos. A lista dos candidatos aprovados e o prazo para a apresentação dos documentos pessoais e para a realização dos exames médicos e psicológicos foram publicados no Diário Oficial do Poder Executivo do Estado de Roraima após 1 (um) ano da realização das provas; assim como foram veiculados através do site da Internet da Administração Pública direta do Estado, tal como previsto no respectivo edital do concurso. Entretanto, José reside em município localizado no interior do Estado de Roraima, onde não circula o Diário Oficial e que, por questões geográficas, não é provido de Internet . Por tais razões, José perde os prazos para o cumprimento da apresentação de documentos e dos exames médicos e psicológicos e só toma conhecimento da situação quando resolve entrar em contato telefônico com a secretaria do concurso . Insatisfeito, José procura um advogado para ingressar com um Mandado de Segurança contra a ausência de intimação específica e pessoal quando de sua aprovação e dos prazos pertinentes à fase final do concurso. Na qualidade de advogado de José, indique os argumentos jurídicos a serem utilizados nessa ação judicial. 
Resposta: A despeito da ausência de norma editalícia prevendo a intimação pessoal e específica do candidato José, a Administração Pública tem o dever de intimar o candidato, pessoalmente, quando há o de curso de tempo razoávelentre a homologação do resultado e a data da nomeação , em atendimento aos princípios constitucionais da publicidade e da razoabilidade . 
É desarrazoada a exigência de que o impetrante efetue a leitura diária d o Diário Oficial do Estado , por prazo superior a 1 (um) ano, ainda mais quando reside em município em que não há circulação do DOE e que não dispõe de acesso à Internet. 
 
Semana 4 
O Prefeito de uma Cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro editou decreto promovendo uma ampla reformulação administrativa, na qual foram previstas a criação , a extinçã o e a fusão de órgãos da administração direta e de autarquias municipais. Alegou o governo municipal que, além de atender ao interesse público, a reformulação administrativa inseria -se na competência do Poder Executivo para, no exercício do poder regulamentar , dispor sobre a estruturação, as atribuições e o funcionamento da administração local. Em face dessa situação , responda, de forma fundamentada, se é considerada legítima a iniciativa do chefe do Poder Executivo municipal de, mediante decreto, promover as mudanças pretendidas. 
Resposta: Negativo não é considerada legítima a iniciativa d o chefe do Poder Executivo municipal de, mediante decreto, promover as mudanças pretendidas. Não pode o chefe executivo criar ou extinguir órgãos públicos mediante decreto Tanto a criação com o a extinção de órgãos dependem de lei. 
 
Semana 5 
O Governador do Estado X , após a aprovação da Assemblei a Legislativa , nomeou o renomado cardiologista João das Neves, ex -presidente do Conselho Federal d e Medicina e seu amigo de longa data, para uma das diretorias da Agência Reguladora de Transportes Públicos Concedidos de seu Estado. Ocorre que , alguns meses depois da nomeação, João das Neves e o Governador tiveram um grave desentendimento acerca da conveniência e oportunidade da edição de determinada norma expedida pela agência. Alegando a total perda de confiança no dirigente João das Neves e, após o aval da Assembleia Legislativa , o governador exonerou-o do referido cargo . Considerando a narrativa fática acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e apresentando a fundamentação legal pertinente ao caso. 
A) À luz do Poder Discricionário e do regime jurídico aplicável às Agências Reguladoras, foi juridicamente correta a nomeação de João das Neves para ocupar o referi do cargo? 
Resposta: Sim foi correta a Nomeação de João das Neves para ocupar o referido cargo , tendo em vista o que preceitua o Art. 2º Ficam criados, para exercício exclusivo nas Agências Reguladoras, os cargo s Comissionados de Direção - CD, de Gerência Executiva - C GE, de Assessoria - C A e de Assistência - C AS, e os Cargos Comissiona dos Técnicos - CCT, constantes do Ane xo I desta. 
B) Foi correta a decisão do governador em exonerar João das Neves, com aval da Assembleia Legislativa, em razão da quebra de confiança? 
Resposta: Segundo o Art. 3 º da lei foi correta a decisão do governador em exonerar João das Neves. Salvo engano parâmetros da amplitude do Direito . 
Art . 3º OsCargos Comissionados de Gerência Executiva, de Assessoria e de Assistência são de livre nomeação e exoneração da instância de deliberação máxima da Agência. (L E I N o 9.986, DE 18 DE JU LH O DE 2000) 
 
semana 6 
Os municípios X, Y e Z, necessitando estabelecer uma efetiva fiscalização sanitária das atividades desenvolvidas por particulares em uma feira de produtos agrícolas realizada na interseção territorial dos referidos entes, resolvem celebrar um consórcio público, com a criação de uma associação pública . A referida associação, de modo a atuar com eficiência no seu mister, resolve delegar à Empresa ABCD a instalação e operação de sistema de câmeras e monitoramento da entrada e saída dos produtos. Diante situação acima apresenta da, responda aos itens a seguir. 
A) Pode a associação pública aplicar multas e demais sanções pelo descumprimento das normas sanitárias estabelecidas pelo referidos entes X, Y e Z? 
Resposta: sim, pois a associação pública criada por meio de consórcio público, conforme Art. 1º , § 1º , da Le i n . 11.107 /2005 c /c Art. 41 do Código Civil, possui personalidade jurídica de direito público e, portanto, admite que lhe seja outorgado o Poder de Polícia. 
B) É possível que a referida associação pública realize a delegação prevista para a empresa ABCD ? Resposta: Sim, vez que estariam sendo delegados apenas os atos materiais do poder de polícia, sendo certo ainda que o Art. 4º , X I, c, da Lei n . 11 .107/2005, admite a autorização da delegação dos serviços do consórcio. 
 
Semana 7 
Cai o, Tício e Mévio são servidores públicos federais exemplares, concursados do Ministério dos Transportes há quase dez anos. Certo dia, eles pediram a três colegas de repartição que cobrissem suas ausências, uma vez que sairiam mais cedo do expediente para assistir a uma apresentação de balé. No dia seguinte , eles foram severamente repreendidos pelo superior imediato, o chefe da seção em que trabalhavam . Nada obstante , nenhuma consequência adveio a Cai o e Tício, ao passo que Mévio, que não mantinha boa relação com seu chefe, foi demitido do serviço público, por meio de ato administrativo que apresentou, como fundamentos, reitera da ausência injustificada do servidor, incapacidade para o regular exercício de suas funções e o episódio da ida ao balé. Seis meses a pós a decisão punitiva , Mévio o procura para, como advogado, ingressar com medida judicial capaz de demonstrar que , em verdade, nunca faltou ao serviço e que o ato de demissão foi injusto . Seu cliente lhe informou, ainda, que testemunhas podem comprovar que o seu chefe o perseguia há tempos, que a obtenção da folha de frequência demonstrará que nunca faltou ao serviço e que sua avaliação funcional sempre foi excelente . 
Como advogado, considerando o uso de todas as provas mencionadas pelo cliente , indique a peça processual adequada para amparar a pretensão de seu cliente e os fundamentos adequados. 
Resposta: A peça a ser e laborada consiste em uma petição inicial de ação de rito ordinário. Não se admite a impetração de Manda do de Segurança, uma vez que Mévio pretende produzir provas , inclusive a testemunhal, para demonstrar o seu direito , sendo a dilação probatória veda da no Manda do de Segurança. 
O endereçamento da peça deverá ser feito a um Juiz Federal da seção judiciária de algum Estado O polo ativo da demanda é ocupado por Mévio, e o polo passivo, pela União. 
No mérito, deve ser demonstrada a possibilidade de análise do ato administrativo pelo Judiciário, para controle de legalidade , e que o motivo alegado no ato de demissão é falso, em violação à teoria dos motivos determinantes. Ainda no mérito, o examinando deve indicar a violação do Art. 41 , § 1º , da Constituição Federal, uma vez que Mévio foi demitido do Serviço Público sem a abertura de regular processo administrativo. O examinando, por fim, deve indicar que não foi assegurado a Mévio o contraditório e a ampla defesa, violando o devido processo legal. 
Além disso, o a to represe nta violação ao s p rin cípios d a isono mia, u ma vez q ue Mévio foi o ún ico d os três servido res pen aliz ad os p ela ida ao b alé, e da impesso alid ade , po is Mévio foi alvo de persegu ição por seu chefe. 
N esta pa rte d a c aus a de pedir, deve rá ser mencionad a a lesão pa trimon ial , pelo n ão recebimento d os ven cimentos n o p erío do em qu e se c oloca arbitrariamente fora do s qu adros da Administração p o r demissão i legal. 
O examina nd o d eve formular ped idos de a n ulação do ato que a plico u a pen alid ade , de reinteg ração a os qu adros da Admin istração , de rep aração mate rial co m o p aga mento retroativo d e seus ve ncimentos, como se n ão tive sse sido demitido. A po stulação à reparação moral não é obrig atória. D everá h aver, po r fim, po stu lação de citação e de prod uçã o de p rovas testemun hal e doc umental, b em como indicação do valor da cau sa. 
 
Se mana 8 
A Lei n. X X, de março de 20 04, i nsti tui u, para os ser vi dores da auta rq ui a federal AB C D , o adi ci onal de conhecimento e qua lifica ção, um ac réscimo rem u neratório a ser pa go ao servi do r que, comp rovada mente, rea liza r curso de aperfei çoamento p rofissi o na l. C om esse i nce nti vo, di versos ser vi dores passa ram a se i nscre ver e m c ursos e semi ná ri os e a te r deferid o o paga mento do referido ad i ci onal, medi ante ap resentação dos respecti vos certificad os. S obre a hi pótese, responda aos ite ns a seg ui r . 
A) A A dmini stração e fet uo u, d esde ja nei ro de 2006 , e nq uad rame nto eq ui vocado d os di ploma s e certi fica dos apresentados p or se us se r vi dores, pa gando - l hes, por essa ra zão , um va lor s uper i or ao que l hes seri a e feti vame nte de vi do. Po derá a A dmini stração, em 2015, re ver aq ue les at o s, reduz i ndo o valor do adici o nal pago aos ser vi do res? 
R esp osta: N ão . N os termos exp ressos do Art. 54 d a L ei n º 9 .784/1999, " O d ireito da Admin ist raçã o d e an ular o s atos ad ministrativos d e qu e de corram efeitos favo ráveis para os d estinatário s de cai em c inco an os, co ntado s da da ta em q ue foram p raticado s" . E , em se tratando d e efeitos p atrimon iais con tín uo s, como n o ex emplo d escrito, o p raz o d e dec adê ncia contar-se-á da percepçã o do primeiro paga mento. 
B) Franci sco da Si lva , ser vi dor d a autarq ui a , vem percebendo , há sei s a nos o referid o adi ci onal, com base e m um curso que , d elib eradamente, não co ncl ui u ( fato q ue pa sso u d espercebi do pela comissão de avalia ção re sponsá ve l, le vada a erro po r uma dec laração fa lsa assi na da p elo servi do r) . A Admi ni stração, percebendo o e r ro, pode rá cobrar do ser vi dor a de vo l ução de tod a s as parcelas pagas de forma errada? 
R esp osta: Sim, u ma vez que se demon stre a má -fé do servido r. N os termos o Art. 54 da Lei nº 9.784/1999, " O direito da Administração d e a nular os atos administrativos de que dec orram e feitos favo ráveis p a ra o s de stin atários d ecai e m cinco a no s, c on tado s d a data em qu e f oram pratic ado s, salvo co mprovad a má -fé" . Franc isco d a S ilva, qu e n ão co ncluiu o c urso e, mesmo a ssim, a presen tou d eclaração a fim d e receber o referid o a dicional, ag iu de má -fé e não está pro tegido pela flu ênc ia do praz o deca den cial. 
 
Se mana 9 
A lei federal nº 1.234 estabeleceu no va s d i retri zes para o ensi no médi o no pa ís, de ter mina nd o a i ncl usão de D i rei to C onstit uci o na l como d i sci plina obrig atória. P ara reg u lame ntar a ap licaçã o da lei, o P resi dente da Repúb lica e di tou o D e creto n º 101 q ue , a fim de a te nder à no va e xi gê nci a legal, i mpõe às esco las p úb licas e pa rticulares , a i nstit ui çã o de aulas de D i reito C onstituci o na l, de D i rei to A dministra tivo e d e Noções de D efesa d o C onsumi dor, no m íni mo , d e uma ho r a sema nal por di sci p lina , co m pro fessores di fere ntes p ara cada uma. C om b ase na hi p ótese apresenta da, responda, f unda me ntadame nte, a os itens a seg uir. 
A) C onsi d erando o pod er regulame ntar, co n feri do à A dmini stração P ública, de edi tar at os norma tivos g erais para comple mentar os co mandos legi slati vos e per mitir s ua apli cação, é vá lido o D ecreto nº 101, e xpe di do pelo Che fe d o Po der E xec uti vo? 
R esp osta: A respo sta é n ega tiva. O po de r regu lamentar co nferid o à Administração tem caráter co mplementar à lei, a f im d e pe rm it ir sua ap l icação . O po de r reg ulamentar de stin a se, portanto, a ex plic itar o teor das le is, preparan do su a ex ecuç ão, não po de ndo criar ob rig açã o n ova, n ão p revista na lei. O Art. 84, IV, da C RFB /88, d á a e xata d imensão d essa prerrog ativa : “exped ir d ecretos e regulamentos para sua f iel execuç ão”. 
B) O a to e xpedi d o pelo C hefe do Pode r Exec uti vo está s u jeito a co ntrole pelo Pode r Legi slativo ? R esp osta: A respo sta é po sitiva. O C on gress o N acional tem co mpetência co nstitucional para s ustar os a tos no rmativos d o Po de r E xe cutivo q ue exo rbitem do po de r reg ulamentar, con forme previsão do Ar t. 49, V , da C R FB /88. 
 
Se mana 10 
João, comerci ante e xpe ri me n tado, f u ndad o na livre i nici ativa , resol ve pedi r à ad mi ni st ração d o muni c ípi o ? Y? q ue l he ou torg ue o compete nte a to p ara i nsta lação de uma ba nca de jor na l na calçada de uma r ua. Co nsi derando a si t uação nar rada, i nda ga -se: 
A) P ode o Muni c ípi o ? Y? se neg ar a o utorgar o ato , alega ndo que co nsi de ra desnece ssária a referida ins talaçã o? F und ame nte. 
R esp osta: O município “Y” tem o d ire ito d e neg ar, p orqu e, tratand o -se ato discric ionário, sua aprova ção é base ada na conve niência e opo rtunidade do Ad min istrado r. 
B) P ode o muni c ípi o ? Y?, após a o uto rga , re ver o ato e o re vogar? Nes te caso é devi da i ndeni zaçã o a João? F und ame nte. 
R esp osta: D o mesmo modo , o município “Y” p ode revog ar tal ato au toriz ativ o a q ua lquer tempo, tend o em vista a precariedad e d o ato, nã o se ndo de vida qualquer inde nização em vista dessa caracter ística. 
C ) C aso o ato de o utorga previ sse pra zo p ara a d uraçã o da uti li zação do e spaço p úblico , seri a devi da i nde ni zaçã o se o P ode r P úbli co resol vesse ca nce lar o ato de o utorga a ntes do pra zo? 
Fundame nte. 
R esp osta: P o r ou tro lado, a f ixação d e p raz o ce rto impl ica e m de snaturação d o carát er precário d o vínculo, e nse jand o no partic ular a legítima exp ectativa de q ue su a ex ploração irá vigorar pe lo p raz o pré -determin ad o p ela própria Adminis tração. Se ndo as sim, a revog ação do ato an tes do esgo tamento do prazo ca racteriz a c ond uta descrita co mo venire con tra factum propr ium, ensejand o a dev ida inden iz aç ão pelos p rejuíz o s efetiva mente comprov ado s. 
 
Se mana 11 
O M uni c ípi o M, em sé ria s d i ficuldades fina ncei ras, p rete nd e ali e na r alg uns dos b ens i ntegra nte s do seu patri mô nio. Em rece nte a valiaçã o, foi i de ntifica do q ue o C e ntro A dmi ni strati vo do Muni c ípi o, q ue co nce ntra todas as secreta ri as da A dmini stração M uni ci p al em uma ár ea valo rizad a d a ci d ade, seria o i móvel com maio r po tenci al fina ncei ro pa ra ve nda . C om base no caso apresentado, respo nda aos itens a seg ui r. 
A) É nece ssária lici tação para a a lie nação do C en tro A dmi ni strati vo, caso se p rete nd a fa zê -lo para o Estado X, que te m i n teresse no imóve l? 
R esp osta: C o nforme previsão con stante d o Ar t. 17, I, “e ”, da L e i nº 8.666/19 9 3, é dispen sad a a licitação pa ra a ven da d e u m be m imóve l a ou tro ór gão o u entidad e d a administração p úb lica, de qu alqu er es fera de g ove rno . P ortanto, não é nec essária a lici tação . 
B) C aso o Muni c íp i o prete nda al ug ar um no vo edi f ício , em uma á rea me nos valori zada , é necessá ri a prévi a lici tação? 
R esp os ta: É po ssível a locação com d isp ensa de lic ita ção de imóve l des tinad o ao atendimento d as finalid ade s p recípuas d a admin istração, c u jas n eces sidades d e instalação e loca liz a ção c ondicionem a s ua esc olha, d es de q ue o preço se ja c o mpatível com o v alor de mercado , seg un do avalia ção prévia, co nforme p revisão ex pressa do Art. 24, X , d a L e i n º 8.666 /1993. 
 
Se mana 12 
O E stado X está realiza ndo ob ras d e d uplica ção de uma est rada. P ara ta nto, foi ne cessária a i nterdiçã o d e uma das fai xas d a pi sta, dei xando a pe nas uma faixa livre para o t rânsi to de ve íc ulos. A pe sar d as placas si nali za nd o a i nterdi ção e do s let rei ros l uminoso s i nsta lados, F ula no de Tal, di rigi ndo em ve locid ade superi or à permi tid a, di stra i u-se em uma c ur va e co lidi u com algumas máqui na s i nsta ladas na fai xa i nterdi tada, causa ndo da nos ao seu ve íc ulo . A pa rtir do caso proposto, responda , funda me ntadame nte, aos i te ns a segui r . 
A) Em nosso orde name nto, é admi ss ível a respo nsabi li d ade civi l do Estado por ato lícito? 
R esp osta: A respo sta é p ositiv a. A respon sab ilid ad e d o E stado p ela p rática d e a to lícito asse nta no p rin cípio da isonomia , ou seja, n a igua ldade en tre os cidad ão s na repartição de enc argos impostos em raz ão d o interesse pú blico . Assim , qu an do for nece ssário o sacrifíc io d e u m direito em p rol d o interesse d a c oletiv idade , tal sa cr ifíc io nã o po de ser sup ortado por um único sujeito , d even do ser repa rt ido entre toda a colet ividade . 
B) C onsi de rando o ca so aci ma d escrito, está config urada a responsabi li d ade o bjetiva d o E stado 
X? 
R epo sta: A respo sta é n eg ativa . A co nf igu ração d a resp on sab ilid ad e o bjetiv a requ er a presen ça de u m ato (lícito o u ilíc ito), do d an o e do nex o d e c ausa lidade en tre o ato e o dan o. A c ulpa exc lusiva d a vítima é c aus a de e xclusão da responsab ilidad e ob jetiva , u ma vez que rompe o nexo de c aus alidade: o da no é o casiona do po r c on du ta da próp ria vítima. 
N o c aso prop osto, F ulano de Tal c ond uz ia se u ve ículo em velocidade su perior à p ermiti da, distraiu-se e m uma cu rva e d eixou de ob servar as placas e o letre iro luminos o q ue indicava m a interdição da pis ta . 
 
Se mana 13 
No Go ve rno F ede ral , a C a sa C i vi l rea lizo u p regão e, ao fi na l , e laboro u regi stro d e preços par a a cont ratação de servi ço de manute nção d os computadorese i mpressoras, co nso lida ndo a a ta d e regi stro de preços (com va li dad e de sei s meses) em 02 .10.2010. A p rópri a C a sa C i vi l será o órgão gestor d o si stema de regi stro d e preços, se nd o todos os mini stério s ó rgãos p artici p ant e s. Em 07.02.2011, o Mi ni stério ? X? prete nde u rea liza r co ntra tação de se r vi ço de ma n ute nçã o d os seus comp utadores no â mbito d este registro d e p reços, pre ve ndo d uração co ntra t ua l de 1 (um) ano. Ne s ta sit ua ção, i ndi ca ndo o fu ndame nto lega l, respond a aos i te ns a segui r . 
A) É váli da a elaboração d e uma a ta pre ve ndo preço para a prestação de ser vi ços e q ue pe rm i t a fut uras co ntratações se m no vas lici tações? 
R esp osta: S im, trata-se d o sis tema d e registro d e preço s, p revis to n o Art . 11, da Le i nº 10.520/00 . 
B) Um dep utado i nteg rante da oposi çã o, co nstatando q ue os preços constantes d a ata são 20% superi ores a os p rati cad os pelas três mai ores e mpresas do seto r, poderá impug nar a a ta? 
R esp osta: S im, qu alqu er cidad ão é parte legítima p ara impu gn ar preço co nstante do qu adro ge ral em raz ão d e su a incompa tibilidade co m o p reço v igente no mercado (Art. 1 5, § 6º, d a Lei n. 8 .666/93). 
C ) O Mi ni stério ?X? pode rea li za r a co ntrata ção pelo pra zo desejado? 
R esp osta: S im. Embo ra a ata d e reg istro d e p reços tenha valid ad e máxima d e um an o – seis meses , n o ca so c oncreto, p or p revisão d o e dita l – o c on trato tem p raz o s autôn omos em relação à a ta. D ev e ser celebrado d en tro d a va lid ad e, mas a part ir daí , s ua d uraçã o é regida pelas dispo sições do Art. 57 da Lei de Lic itaçõe s . 
 
Se mana 14 
A S ecreta ri a de S aúde do Munic ípi o de Muriaé – MG reali zou p rocedi mento li ci tatóri o na modalida de de co ncorrê nci a, do tip o meno r preço, pa ra aq ui si ção de i nsumos . A o fi nal do julg ame nto d as p ropostas , o bser vou -se q ue a microemp resa A lfa ha vi a a presentado preço 8% (oi to po r cento) s up erior em relação à p roposta mai s be m classi fica da, apresentada pe la empre sa 
Gama. 
D i ante desse ce nário, a Pasta da S aúde concede u à mi croempresa A lfa a opo rtuni dade de oferecer 
proposta de p reço i nferior à q ue la t razi da pe la e mpresa Gama. V ale ndo -se di sso , assi m o fe z a mi croempresa A lfa, sendo e m fa vor desta adj ud i cado o objeto do certame. Inconformada , a empresa Gama i n terpôs rec urso , alega ndo, em s íntese , a vi olação do p ri nc íp i o da i sonom i a, previ sto no A r t. 37 , X X I, da C ons ti t ui ção da Repúb lica e no Art. 3º , da Le i n° 8.666/1993. Na qualidad e de A ssessor Jur íd i co da S ecreta ri a de S aúde do Muni c ípi o d e Muria é -MG , uti liza ndo - se de f unda mentação e a rgume ntos j ur ídi cos, respo nda aos ite ns a seg ui r. A) É juri di camente cor reto o ferecer ta l be ne f íci o para a mi croempresa Al fa? 
R esp osta: S im. É o den ominado “empate ficto ou presu mid o”, por meio do q ual se presu me empatadas as propo stas ap resentadas pelas microempresas e empresa s de peq ue no p orte q ue f o rem igua is ou até 10% (dez po r c en to) superio res a melhor proposta, no s term os do Art . 44, §1º , da Lei C o mplementar nº 123/2006. 
 
B) Ho uve vi olação ao princ ípi o da isonomia ? 
R esp osta: N ã o. O p rin cípio da ison omia, so b s eu a spec to material, p ressu põ e tratamen to des igua l entre aque les qu e não se enq uad ram n a mesma situaçã o fá tico-jur ídica. 
 
Se mana 15 
No curso de ob ra púb lica de a mplia ção da m alha rodo vi á ri a, adeq uadame nte lici tada pe la Ad mi ni stração P ública , verifica -se si tuação s uper ve ni en te e excepci o nal , na qua l se co nsta ta a necessi d ade de reali zação de desvi o d e p ercurso, que represe nta a ume nto q uantitati vo da o bra. 
D i ante do ca so e xp osto, emprega ndo o s arg ume ntos j ur ídi cos apropria dos e a f unda me ntaç ão legal per tine nte, respond a aos ite ns a seg ui r. 
A) É poss ível q ue a Admi ni stração P ública e xi ja o c umprime nto do co ntrato pe lo par ticular co m a elaboração de termo adi ti vo , mesmo co ntra a s ua vo ntade? 
R esp osta: O partic ular é o brigad o a aceitar a alteração co ntratual promov ida un ilateralmente p ela Admin is tração , d o q ue d iz resp eita a 25 % d o a cordad o in icialmente. Tal prerrog ativ a co nc edida à ad min istração de mutabi lidad e d os con trato s, inclusi ve regulada pelo Artigo 65, da Le i n°8.666/93 , representa u ma das po ssibil idad es d e a lteração un ilateral do contrato pelo Po der Pú blic o . 
B) Em ha ve nd o co nco rdâ nci a entre o parti c ula r, ve nce dor da li ci tação, e a Admi ni stração 
Públi ca , há li mi te pa ra o a ume nto q ua nti tati vo do objeto do co nt rato ? 
R esp osta: Sim, há um limi te uma vez que se trata de a lteração cons ens ual. So mente n ão se aplicam o s limites previstos n o Artigo 65, § 1°, d a L ei n ° 8.666/93 n o c aso de su pressões, de aco rdo com o §2° da Lei anterior men te ci tada. 
 
Se mana 16 
O Estado A B C D contra tou a so ci edade empresária X para os ser vi ço s de limpe za e ma nute nç ão predi al do C entro A dmini stra tivo Integrado, sede d o Go ver no e de to das as Se cretarias d o Estado. Pelo co ntra to, a e mpresa fo rnece nã o ape nas a mão de obra, mas també m todo o material necessá ri o, como , p or e xemp lo, os p rodutos q uímico s de limpeza . O E s tado de i xo u, no s úl ti mos 4 (q uat ro) meses , de e fet ua r o pag amento, o q ue , i nc l usi ve , le vo u a emp resa a i nadi m plir parte de suas ob ri gaçõe s comerciai s. C om base no caso apresentado, responda aos i tens a segui r. 
A) A empresa é ob ri gada a manter a prestação dos ser vi ços e nq ua nto a A dmini stração res tar i nadi mplente? R esp osta: N ão. N os termos do Art. 78, X V, da L ei n º 8.666/1993, “o atraso su pe rio r a 90 (no ven ta) dias d os pa gamen tos dev idos pe la Administração d eco rrentes d e o bras, serviços 
ou fornecimento, ou pa rcelas de stes, j á receb idos ou exe cutado s, salvo em ca so d e calamidad e p úb lica, gra ve p erturbaçã o d a ordem interna o u gu erra, ass eg urado ao con tratado o direito d e o ptar pe la s usp ens ão do cu mprimen to de s uas ob rigaçõ es até q ue seja n ormaliz ad a a situação . D esse mod o, p od e a empresa s usp en der o cu mprimento de sua s ob rig açõ es até que a Ad m inistração regu la riz e os pag amentos. 
B) C aso, em razão da si tuação aci ma descri ta, a empresa te nha dei xad o de efetuar o pa game nto aos seus fo rne cedores pe los prod utos q uímico s adqui rid os para a li mpe za do C en tro Ad mi ni strati vo, pode rão esses for ne cedores respo nsabi li zar o E stado A BC D , s ubsi di a ri amente, pelas d ívi d as da emp resa co ntra tada? 
R esp osta: N ão . N os termos d o Art . 71, § 1º, da L ei nº 8.666/1993, A inad implência d o con tratado , c om refe rên cia ao s en cargo s tra balh istas, fis cais e comerc iais nã o trans fer e à Admin ist raçã o P úb lica a respo ns abilidad e po r se u p ag amento. P o rtanto, o s forneced ores da so ciedade empresá ria X n ão p od erão resp on sab iliz ar o E stado p elo des cumprimento das obrigaç ões comerciais.

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