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05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182db… 1/27 Perícia Forense I Aula 9 - Perícia em local de acidente de trânsito I INTRODUÇÃO A análise de local de acidente de tráfego é a atividade de formação de juízos eminentemente técnicos e cientí�cos, chamados juízos de fato, consistindo na veri�cação das coisas, objetivando deduzir a forma pela qual o acidente aconteceu e a sua causa determinante. Os exames periciais de local de acidente de tráfego, independentemente da sua dimensão ou complexidade, busca responder a três indagações fundamentais: o que houve? como aconteceu? e por que aconteceu? Embora, pareça simples essa tarefa na maioria das vezes é complexa e, muitas vezes, utilizamos recursos multidisciplinares para chegar a uma conclusão. 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182db… 2/27 Nesse contexto, podemos citar o exemplo de um acidente de trânsito que envolveu um automóvel de cor cinza e uma bicicleta de criança, de cor amarela. A criança foi atropelada quando estava na bicicleta, por um veículo de cor cinza, cujo motorista evadiu-se sem prestar socorros. O exame do local do acidente levantou evidências que apontavam para um automóvel cujo proprietário negava terminantemente sua participação na ocorrência. Após a apreensão do veículo suspeito, no exame pericial foram encontradas ranhuras e amolgamentos no para- choque, e, após realização de exames laboratoriais com Microscopia RAMAN, pôde-se concluir que havia resíduos de tinta de cor amarela da mesma composição da bicicleta da criança. Iniciaremos nosso estudo da ciência envolvida no acidente de tráfego, de maneira a fomentar uma discussão harmoniosa e oferecer conteúdo para a construção de argumentos de objeção ou de defesa. OBJETIVOS De�nir conceitos relacionados a acidentes de trânsito. Identi�car os objetivos do exame de local de acidente de tráfego. Estabelecer as metodologias para levantamento de local de acidente de tráfego. 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182db… 3/27 Conceitos O exame do local de acidente de tráfego (ou perícia) é a atividade de formação de juízos eminentemente técnicos e cientí�cos, chamados juízos de fato, consistindo na veri�cação das coisas, objetivando deduzir a forma pela qual o acidente aconteceu e a sua causa determinante. Segundo entendimento de vários autores: TRÁFEGO É o movimento e a imobilização de pedestres, veículos, ou animais sobre vias terrestres, considerado quanto a cada unidade de per si, isto é, a dinâmica do deslocamento físico de pessoas, animais e veículos no seu aspecto individual. TRÂNSITO Seria o movimento e a imobilização de veículos, pessoas ou animais, segundo percursos geralmente preestabelecidos, considerado quanto ao conjunto; em outras palavras, seria a dinâmica da locomoção de cargas, animais e pessoas pelas vias públicas, em quantidade ou grupo. ACIDENTE É qualquer acontecimento inesperado, casual, fortuito, por ação ou omissão, imperícia, imprudência, negligência, caso fortuito, ou força maior, e que foge ao curso normal, do qual advém danos à pessoa ou ao patrimônio. ACIDENTE DE TRÁFEGO Ou “acidente de trânsito”, é acontecimento involuntário, inevitável e imprevisível ou inevitável, mas previsível, ou, ainda, imprevisível, mas evitável, do qual participam, pelo menos, um veículo em movimento, pedestres e obstáculos �xos, isolados ou conjuntamente, ocorrido 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182db… 4/27 em uma via terrestre, resultando em danos ao patrimônio, lesões físicas ou morte. Fonte: Alguns autores entendem que só faz sentido falar em trânsito de uma cidade ou local especí�co, e como os acidentes investigados pelos peritos são acontecimentos restritos a uma determinada área de todo um sistema viário, o termo acidente de tráfego, parece mais apropriado para determinados autores. Classi�cação geral dos acidentes de tráfego Sobre os acidentes simples: CHOQUE É o embate de um veículo contra um obstáculo �xo, como árvores, muros, defensas etc. CAPOTAMENTO 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182db… 5/27 Evento no qual o veículo, por diversos motivos, gira em torno de seu eixo vertical e, na fase �nal de imobilização, apresenta-se apoiado sobre a sua cobertura, com as rodas para cima, sobre a capota. TOMBAMENTO Evento no qual o veículo, por causa das mais diversas, gira em torno do seu eixo vertical, e, na fase �nal de imobilização, apresenta-se apoiado sobre uma das laterais. PRECIPITAÇÃO Queda livre de um veículo por ação da gravidade e que ocorre por causas das mais diversas, como perda de direção, manobra brusca etc. SAÍDA (OU ABANDONO) DE PISTA O veículo sai da pista sem ter contato com outro veículo ou obstáculo da estrutura da via. Sobre os acidentes compostos: COLISÃO É o embate entre dois ou mais veículos em movimento. ABALROAMENTO É o embate de veículos em movimento contra um ou mais veículos que se encontram parados. ATROPELAMENTO É o embate do veículo contra pedestres e também animais. COLISÃO EM CADEIA, COLISÃO SUCESSIVA OU TAMPONAMENTO Quando um veículo embate na traseira de outro que segue imediatamente à sua frente, o qual por sua vez é impulsionado e esbarra naquele que segue imediatamente à sua dianteira, podendo envolver várias unidades de tráfego. Sobre os múltiplos: ACIDENTES SUCESSIVOS COM CONEXIDADE 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182db… 6/27 Consistem na ocorrência de dois ou mais acidentes de tipos coincidentes ou distintos, ocorridos em tempos diversos e consecutivos no mesmo sítio, cujos acidentes posteriores foram motivados direta ou indiretamente pelos resultados dos acidentes anteriores. ACIDENTES SUCESSIVOS SEM CONEXIDADE Consistem no registro de dois ou mais acidentes de tipos coincidentes ou distintos, ocorridos em tempos sucessivos e no mesmo sítio, todavia, sem que exista relação de causa entre os acidentes. ACIDENTE SEM CONTATO (OU FATO DE TERCEIRO) Ocorre quando uma unidade de tráfego contribui para o acidente, mas não interage plenamente com a outra, com a qual não entra em contato físico efetivo. É o caso de um veículo que, imprevisivelmente, in�ete na mão de direção de outro, provocando por indução, um brusco desvio direcional deste, desencadeando um acidente com terceiro. Nesse tipo de acidente, a ação ou omissão de um protagonista indireto, não participa diretamente do acidente, contudo, induz outro ou outros ao sinistro. Objetivos do exame de local de acidente de tráfego O exame de local de acidente de tráfego, independente da sua dimensão ou complexidade, busca responder a três indagações fundamentais: o que houve? Como aconteceu? E por que aconteceu? O QUE HOUVE? Ao se reportar a um determinado acidente de tráfego, diz-se do que se trata, isto é, sua classi�cação, se uma colisão, um abalroamento, um choque etc. COMO ACONTECEU? 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182db… 7/27 Trata da dinâmica, mecânica, descrição, narrativa ou reconstrução do acidente. Procura descrever ou narrar o modo pelo qual o acidente aconteceu ou parece ter ocorrido. Em síntese, descreve-se tecnicamente um acidente de tráfego reportando-se a sequência temporal e/ou espacial que o con�gura, revelando passo a passo as três fases do acidente: 1º) o pré-acidente ou fase inicial; 2º) o acidente propriamentedito, fase culminante ou intermediária; 3º) o pós-acidente, fase �nal ou terminal. POR QUE ACONTECEU? É a razão pela qual o acidente aconteceu, a causa determinante, destacada no tópico conclusão ou inserida na continuação da narrativa do acidente. Em regra, para de�nir a causa determinante de um acidente de tráfego, utiliza-se o conceito de que a causa de qualquer coisa vem a ser o fato ou fenômeno que o produziu e sem o qual não ocorreria, �gurando, normalmente, como sendo o primeiro evento na corrente dos acontecimentos. Para ilustrar o que acabamos de estudar, imagine um local de acidente de tráfego, conforme o representado na �gura a seguir: Tomando por base o acidente representado na �gura, seguindo a indicação dos objetivos, podemos dizer que: O QUE HOUVE? Uma colisão entre os setores dianteiros esquerdos dos veículos. COMO ACONTECEU? Cotejando os elementos técnicos constatados e sistematicamente apresentados, de�nimos a mecânica do acidente de tráfego em estudo da forma como se segue: Os veículos trafegavam na mesma direção e em sentidos opostos, estando o veículo 1 no sentido “Cidade Nova” (nome �ctício). 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182db… 8/27 Quando na iminência do acidente, o veículo 2 deixou marcas de pneumáticos frenados com 15 (quinze) metros de comprimento, retilíneas, contínuas, paralelas ao eixo da via, indicativas que demandava com velocidade mínima de 55 Km/h. Cumpre ressaltar que as marcas de frenagem correspondem às rodas do lado esquerdo, em que relativamente ao próprio veículo, distava 3 (três) metros da margem esquerda da via, (que tem oito metros de largura), demonstrando que o veículo invadia parcialmente a contramão da via, dando-se a colisão entre os setores dianteiros esquerdos das unidades de tráfego. Estabelecido o embate, o veículo 1 foi retrocedido pelo veículo 2, e as suas traseiras rotacionaram parcialmente no sentido anti-horário, tendo os veículos assumido as posições de imobilização na margem da via de suas correspondentes mão de direção, em posições e situações �xadas pelas fotos anexas. POR QUE ACONTECEU? Admitimos (entendemos, concluímos, somos de parecer) que o acidente foi causado pelo condutor do veículo 2, por trafegar na contramão de direção, interceptando a trajetória retilínea e prioritária do veículo 1. Metodologia para o levantamento de local de acidente de tráfego O levantamento do local é o exame do local do acidente propriamente dito. É a coleta de dados informativos ou subjetivos e, sobretudo, dos vestígios materiais concernentes aos veículos, às vítimas, ao pavimento e às condições ambientais, levados afeito por meio das anotações de campo, que depois servirão de base para a descrição ou narração do documento pericial, devendo conter ilustração por fotogra�as e desenhos, sempre levando em alta consideração que o acidente, pela consideração desses recursos, �que gravado de forma completa e com toda �dedignidade possível, com o objetivo de fornecer uma visão real do foi visto e examinado. Tudo isso para satisfazer duas condições essenciais: perpetuação do acidente e reprodutibilidade. PERPETUAÇÃO DO ACIDENTE 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182db… 9/27 O local do acidente de tráfego não pode ser isolado e preservado para sempre, de modo a suprir a qualquer tempo as necessidades das partes, do poder público e da Justiça. Assim cabe ao laudo, ao Boletim da Ocorrência ou relatório técnico, a perpetuação do estado das coisas, visando ao registro de cada peça e seu devido lugar, de modo a oferecer uma precisa visão de tudo o que foi encontrado. Reprodutibilidade O documento, obrigatoriamente, deverá assegurar a quem dele se utilizar a completa compreensão do acidente em toda a sua amplitude, quer dizer, a reprodução da dinâmica, apresentação das análises, explicações ou discussões que originaram as conclusões alcançadas e os vestígios e/ou informações que as fundamentaram. A Via como fator do acidente Classi�cação das vias 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 10/27 Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), via é o termo geral para de�nir a superfície por onde transitam veículos, pessoas ou animais, compreendendo a pista, a calçada (glossário), o acostamento, a ilha e canteiro central. O projeto de uma via possui duas etapas: a infraestrutura (glossário), que é a parte que trata dos aterros, cortes, pontes, sarjetas etc.; e a superestrutura que cuida do pavimento e da sinalização. Detalhando as subdivisões de localização... VIA RURAL É uma construção com características técnicas próprias e inconfundíveis, destinadas a ligar entre si dois ou mais pontos, de modo a oferecer fáceis e seguras condições de trânsito e de transporte, e que tem como principais características o traçado, a infraestrutura e a superestrutura. Assim, a via rural pavimentada é a rodovia; e a não pavimentada é a estrada. VIAS URBANAS 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 11/27 São as ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares abertos à circulação pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis edi�cados ao longo de sua extensão. Detalhando as subdivisões das vias urbanas... VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO Aquelas caracterizadas por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e, previsivelmente, sem travessia de pedestre em nível. VIA ARTERIAL Aquelas caracterizadas por interseções em nível, geralmente controladas por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. VIA COLETORA Aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito rápido que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade. Normalmente, as vias coletoras têm placas de sinalização de parada obrigatória para os veículos que trafegam por elas. VIA LOCAL Aquela caracterizada por interseções (em nível) não semaforizadas, destinadas apenas ao acesso local ou áreas restritas. Detalhando as subdivisões de con�guração... LOGRADOURO SIMPLES Constituído por uma única artéria, podendo ser de mão única ou mão dupla. 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 12/27 LOGRADOURO COMPOSTO Formado por duas ou mais artérias normalmente pistas, cada uma das quais destinadas ao tráfego que se processo em uma determinada direção. Detalhando as subdivisões de sentido de tráfego... VIA DE SENTIDO ÚNICO Chamada frequentemente de via de mão única, permite a circulação de veículos em um único sentido. Essas vias são mais difundidas em regiões centrais e regiões mais movimentadas. VIA DE SENTIDO DUPLO Frequentemente chamada de via de mão dupla, permite a circulação de veículos nos dois sentidos, possibilitando a ida e vinda por uma mesma via. Classi�cação das interseções Interseção é todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações. Os principais tipos de interseções são: 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 13/27 Interseções de quatro ramos, ou cruzamento propriamente dito, podendo ser ortogonal ou oblíquo Interseções em “T” ou entroncamento Interseções em “Y” ou bifurcações 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d…14/27 Interseções rotatórias, com três, quatro, cinco, seis ou mais pernas, adotadas, como se vê, quando as entradas e saídas se contam em números apreciáveis. Pavimento e revestimento Revestimento e pavimento, dentro dos objetivos periciais, podem ser tomados como sinônimos. Assim, encontramos alguns tipos comuns de revestimento e pavimento: Estrada de terra Também conhecida como terra solta, rústica ou caminho. Comumente teria sido aberta, naturalmente, pela passagem de pessoas, veículos e animais e não sofreu qualquer tratamento mecânico. De terra melhorada Terreno natural que já sofreu algum tratamento mecânico como compactação, e/ou recebeu uma camada constituída de areia e/ou barro. 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 15/27 De cascalho misturado Empregado em substituição aos pavimentos de terra, com material formando uma manta que, depois de alisada, é envolvida por saibro, argila ou outro material ligante. De paralelepípedo de pedra Ainda muito visto no trânsito das cidades, principalmente as interioranas. De calçamento ou de pedras poliédricas As pedras de tamanhos variados são unidas com as faces menos irregulares voltadas para cima, comumente sobre uma base de bloco de areia ou barro. De concreto Apresenta maior durabilidade, é antiderrapante e ótimo difusor da luz, com o mínimo de efeito espelhante quando molhado. Asfáltico São empregados como capeamento de bases sílica-argilosas e de pedregulhos. Esse revestimento é feito por meio de camadas de pedras de tamanhos limitados e diferentes, ligadas entre si por meio de água ou areia �na, saibro ou pó de pedra, de maneira a �car, posteriormente, um todo coeso, sólido, impermeável e de superfície uniforme. Sinalizações Sinalização é todo sistema formado por dispositivos de controle, obedecendo as convenções e uniformizações, com objetivos de segurança, �uidez e ordenação conveniente do tráfego. 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 16/27 É o conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados na via pública com o objetivo de garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor �uidez no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que nela circulam. Sobre as classi�cações de sinalização vertical e horizontal, temos: SINALIZAÇÃO VERTICAL Representada pelas placas de sinalização �xadas ao lado ou suspensas sobre a via, transmitindo mensagens de caráter permanente, mediante símbolos e/ou legendas. As placas de sinalização têm por �nalidade aumentar a segurança, ajudar a manter o �uxo de tráfego em ordem, e fornecer informações aos usuários da via. As placas de sinalização vertical podem ser de: • Advertência; • Indicação; • Regulamentação: têm por �nalidade comunicar aos usuários as condições, restrições ou obrigações, no uso da via. Suas mensagens são imperativas e seu desrespeito constitui infração. Entre essas, destaca-se a de parada obrigatória, que comunica aos usuários a existência, adiante, de ponto de parada obrigatória. 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 17/27 A placa de parada obrigatória assinala a obrigatoriedade de parada. É utilizada nas interseções entre vias de �uxo secundário com via de �uxo principal; nas passagens de nível e nas interseções onde a velocidade segura de aproximação é menor ou igual a 15 Km/h. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL É classi�cada pelas marcas longitudinais, transversais, de canalização, de delimitação e controle de parada e/ou estacionamento e as inscrições no pavimento. As marcas podem ser usadas independentemente de outros sinais, mas comumente aparecem junto com placas de sinalização, complementando-as, enfatizando a mensagem por ambas transmitida. Entre estas, de especial interesse para o perito, merece destaque a legenda PARE. De acordo com o CONTRAN, deve distar um mínimo de dois metros da linha de retenção, faixa de pedestres ou alinhamento mais próximo da via interceptada. Outro sinal importante para o exame de local de acidente de tráfego é o de dê a preferência, indicativo de cruzamento com via preferencial e representada por um triângulo isóscele, pintado na cor branca com a base paralela ao eixo da via preferencial que se pretende 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 18/27 ingressar, cuja mensagem pode vir acompanhada de linha dê a preferência, a qual poderíamos também chamar de linha de cedência de passagem, que é uma linha transversal descontínua, indicativa do lugar da eventual parada. (glossário) Preferência de Passagem As vias ou �uxo preferencial têm preferência de passagem em relação às vias secundárias que com elas se interceptam. Assim, está na preferencial quem trafega por rodovias ou rotatórias e, ainda, detém a preferência de movimento quem está no �uxo retilíneo, razão pela qual quem sai de um lote lindeiro, acostamento ou �la de veículos estacionados, de uma via não pavimentada para outra pavimentada ou quando o condutor almeja mudar de faixa ou se incorporar em faixa de aceleração em vias expressas ou similares, está obrigado a ceder passagem. Podemos citar a sequência de preferência entre os protagonistas do trânsito: http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON865/galeria/aula9/docs/sinalizacao_horizontal.pdf 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 19/27 Detalharemos mais sobre cada protagonista: Para os pedestres depreende-se as seguintes hipótese de preferência: a) Quando estiver atravessando sobre a faixa de pedestres em local desprovido de sinalização semafórica de controle ou, no caso desta existir, quando a indicação semafórica for a de que pode seguir ou, ainda, ocupar a faixa no momento em que o sinal já tenha liberado a passagem dos veículos; b) Pedestres atravessando o leito carroçável (glossário), sem a existência de faixa, mas no prolongamento da calçada de uma via preferencial; c) Quando não houver proibição ou comprometimento da segurança, os pedestres circularão com prioridade pelos bordos da via (glossário), em �la única, nas vias urbanas e, nas vias rurais sem acostamento, caso também se desloquem em sentido contrário da corrente do tráfego; d) Os pedestres terão preferência de passagem em relação aos veículos que manobram para entrar ou sair de �la de veículos estacionados. 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 20/27 As bicicletas terão preferência de passagem sobre os veículos automotores ao ocupar ciclovia, ciclofaixa ou acostamentos (glossário); e quando não for possível a utilização desses, poderão demandar nos bordos da via e no mesmo sentido de circulação a esta destinada, restando submissão em relação aos veículos que se deslocam sobre trilhos, em razão desses gozarem de uma preferência mais ampla em relação a todos os demais. Observe as preferências entre veículos: PREFERÊNCIA ENTRE VEÍCULOS AUTOMOTORES EM CRUZAMENTO NÃO SINALIZADO Entre os veículos automotores, podemos estabelecer a seguinte ordem de preferência: 1º: Veículos precedidos de batedores, respeitadas as demais normas de circulação; 2º: Veículos destinados a socorros de incêndio e salvamento, os de polícia e as ambulâncias, quando identi�cados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, em conformidade com as demais regras; 3º: Veículos que trafegam por via em que há sinalização pare ou dê a preferência deverão dar preferência aos demais; 4º: Veículo que manobra paraentrar ou sair de �la de veículos estacionados deverá dar preferência de passagem a pedestres e outros veículos; 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 21/27 5º: Veículos transitando por �uxos que se cruzem em qualquer ângulo se aproximem de local não sinalizado terão preferência de passagem: • Em se tratando de cruzamento em rodovia, esta terá preferência em relação aos acessos, mesmo que se encontrem do lado direito do condutor; • No caso de interseções em círculos, quem se encontra na rotatória possui preferência; • No caso de vias de igual categoria, ou seja, com o mesmo tipo de pavimentação e características, terá preferência de passagem o veículo em condições normais de velocidade que vier pela direita do condutor (regra da mão direita). As �guras a seguir representam várias situações em que veículos se aproximam em uma interseção em cruz. Note que seguindo a regra da mão direita, o veículo que se aproxima pela direita, o veículo A (em amarelo) tem a preferência de passagem sobre o veículo B (em vermelho), que demanda pela esquerda. PREFERÊNCIA ENTRE VEÍCULOS AUTOMOTORES EM BIFURCAÇÃO NÃO SINALIZADA As bifurcações e os entroncamentos são tipos particulares de cruzamentos ou interseções. Nas bifurcações, ou interseções em “Y”, não sinalizadas, também se aplica a regra da mão direita para de�nir o �uxo prioritário. No exemplo a seguir, foram ilustrados dois casos em que a preferência pertence ao veículo A (em amarelo), uma vez que parte da direita do veículo B. 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 22/27 PREFERÊNCIA ENTRE VEÍCULOS AUTOMOTORES EM ENTRONCAMENTO NÃO SINALIZADO No entroncamento, ou interseção em “T”, não sinalizado, de vias de igual categoria, depara- se com a di�culdade de de�nição da preferência de passagem entre o veículo que procede do braço ou ramal e vai penetrar na via tronco, por onde trafega o veículo que vai ter o �uxo cortado. Nesse sentido, existem duas ponderações: 1º) por um lado, na condição de interseção ou cruzamento, ao entroncamento, em tese, também se aplicaria a regra da mão direita, que não lhe faz exceção; 2º) por outro lado, no caso especí�co, a aplicação da regra da mão direita se contrapõe à essência natural de regras de circulação consagradas na nossa legislação, uma vez que a legislação privilegia a continuação do movimento natural, demonstrando que o condutor que pretende entrar, ou seja, cortar um �uxo de trânsito, deverá dar preferência a quem nele já se encontra. Desse modo, no caso em que um dos veículos in�ete no entroncamento não sinalizado, a regra da mão direita é suplantada e considerando-se que o veículo que está na via ramal adentra no entroncamento realizando movimentos de conversão, enquanto que o veículo que demanda pela via tronco tem movimento retilíneo, e que o �uxo retilíneo tem prioridade sobre os de conversão, conclui-se que a preferência de passagem pertence ao veículo que demanda na via tronco. Na �gura a seguir, em conformidade com essa diretriz, a preferência de passagem é do veículo que demanda na via tronco (veículo vermelho). ATIVIDADES Questão 1: Observe o croqui a seguir e classi�que o acidente em relação a cada caso, conforme o solicitado: 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 23/27 a) Acidente representado entre as posições A1 e A2; b) Acidente representado na posição B3; c) Acidente representado entre as posições A2 e B2; d) Acidente ocorrido em B3 em relação ao ocorrido entre A2 e B2. Resposta Correta Questão 2: Em relação ao acidente representado na �gura acima. Como você responderia aos seguintes quesitos em um Laudo Pericial? a) O que houve? Resposta Correta b) Como aconteceu? Resposta Correta c) Por que aconteceu? Resposta Correta Questão 3: Em relação à classi�cação das vias públicas, correlacione as opções a seguir, com as de�nições mais adequadas da segunda coluna. (A) Via de trânsito rápido (B) Logradouro Composto (C) Via arterial (D) Via Local ( ) Caracterizado(a) por interseções (em nível) não semaforizado(a), destinado(a) apenas ao acesso local ou áreas restritas. ( ) Formado(a) por duas ou mais artérias normalmente pistas, cada uma das quais destinadas ao tráfego que se processa em uma determinada direção. ( ) Caracterizado(a) por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e, previsivelmente, sem travessia de pedestre em nível. ( ) Caracterizado(a) por interseções em nível, geralmente controlado(a) por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 24/27 A sequência correta da correlação é: A, B, C, D C, D, A, B D, C, A, B D, B, A, C B, C, D, A Justi�cativa Questão 4: Choque, tombamento e capotamento são exemplo de que tipo de acidente. Acidentes de complexo. Acidentes simples. Acidentes múltiplo. Acidentes sucessivo. Acidentes sem contato. Justi�cativa Questão 5: Na �gura a seguir, observamos dois veículos que chegaram ao mesmo tempo em um cruzamento não sinalizado. Sabendo que o veículo B é uma ambulância e o veículo A é um carro de passeio, marque a alternativa correta. a) O veículo A tem preferência sobre B, uma vez que A trafega à direita do condutor do veículo B. b) O veículo B tem preferência sobre A, uma vez que B trafega à direita do condutor do veículo A. c) O veículo B tem preferência sobre A, uma vez que se trata de veículo de salvamento. O veículo A tem preferência sobre B, uma vez que A trafega na via tronco seguindo o �uxo de trânsito. O veículo A tem preferência sobre B, uma vez que A não pretende realizar manobra à direita ou esquerda, tendo prioridade de passagem devido o �uxo natural da via. 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 25/27 Justi�cativa Questão 6: Falando em acidente de tráfego, a classi�cação correta das sinalizações representadas pelas letras A, B e C na fotogra�a abaixo é: a) Sinalização vertical, marca transversal e sinalização luminosa, respectivamente. b) Sinalização horizontal, marca longitudinal e sinalização luminosa, respectivamente. c) Sinalização sonora, marca de delimitação e sinalização luminosa, respectivamente. d) Sinalização vertical, marca de canalização e sinalização luminosa, respectivamente. e) Sinalização gestual, sinalização horizontal e sinalização luminosa, respectivamente. Justi�cativa Questão 7: Em relação à classi�cação dos sinais de trânsito, correlacione as opções a seguir, com as de�nições mais adequadas da segunda coluna. (A) Sinalização vertical (B) Marcas longitudinais (C) Marca transversal (D) Marca de canalização ( ) Tem por objetivo informar e advertir o condutor do veículo sobre algum evento que possa interferir no �uxo livre dos veículos em uma via. Desse modo, ordena os deslocamentos frontais e os harmonizam com os deslocamentos de outros veículos e dos demais pedestres. ( ) Orientam os �uxos de tráfego de uma via, direcionando a circulação de veículos pela marcação de áreas não utilizáveis no pavimento. Podem ser na cor branca quando direcionam o �uxo de mesmo sentido, e na cor amarela quando direcionam �uxos de sentidos opostos. ( ) Representada pelas placas de sinalização �xadas ao lado ou suspensas sobre a via, transmitindo mensagens de caráter permanente, mediante símbolos e/ou legendas. ( ) Tem por objetivo dar ao condutor do veículo sua exata posição na via e estabelecer regrasde ultrapassagem, mudança de faixa, conversões. A sequência correta da correlação é: a) A, B, C, D b) C, D, B, A c) D, C, A, B 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 26/27 d) D, B, A, C e) C, D, A, B Justi�cativa Glossário CALÇADA Parte da via, normalmente segregada e sobrelevada, especialmente destinada ao trânsito de pedestres e que ladeia a pista de rolamento. INFRAESTRUTURA É tudo aquilo que estiver abaixo da grade da rodovia, e que se destina a manter a estabilidade da plataforma da mesma, tais como sarjetas de escoamento de águas pluviais, valetas de proteção, saias de aterros, bueiros etc. PASSAGEM DE NÍVEL Cruzamento em nível entre uma via de trãnsito veicular e uma linha férrea. VELOCIDADE SEGURA DE APROXIMAÇÃO 05/05/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2512323&courseId=12784&classId=1251519&topicId=2535589&p0=03c7c0ace395d80182d… 27/27 Velocidade máxima permitida na via de acesso de menor volume de tráfego, de tal modo a permitir a parada do veículo antes de colidir com outro que se aproxime pela outra via, à velocidade máxima legal. LEITO CARROÇÁVEL Pista de rolamento. BORDO DE PISTA Margem da pista, podendo ser demarcada por linhas longitudinais de bordo que limitam a parte da via destinada à circulação de veículos em relação à parte destinada aos demais usuários da via. ACOSTAMENTOS São faixas marginais e paralelas à superfície de rodagem destinadas à parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse �m.
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