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FILOSOFIA – 2o ANO TEORIA DO CONHECIMENTO (EMPIRISMO) O escocês David Hume (1711–1776) criou seu sistema filosófico com base no princípio de que toda a compreensão humana tem origem na experiência. As impressões são as sensações básicas do sujeito em contato com os objetos do mundo; em outras palavras, as impressões têm como princípio o sentir, pois elas se apresentam imediatamente aos sentidos. Já as ideias (pensamentos) são cópias vagas das impressões processadas no intelecto(raciocínio). Portanto, as ideias derivam das impressões que se vivencia. Todas as ideias da razão se dividem em duas classes: ☞ Relações de ideias: são as ciências da Geometria, Álgebra e Aritmética, as quais conservam para sempre a sua certeza e evidência, pois são regidas pela lógica. Não aceitam a possibilidade de afirmações contrárias, pois seria um absurdo lógico dizer que ☞ Questões de fato: referem-se às afirmações baseadas na repetição das experiências sensoriais, caracterizadas pela probabilidade de acontecer ou não um determinado evento natural. Exemplo: Durante os meses de fevereiro a maio, ocorrem as chuvas de verão no Ceará. Sabemos que é possível haver, nesse mesmo período, estiagem; portanto, não é necessário que sempre chova nesses meses. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE A ideia de causalidade faz parte do esforço de dar sentido ao mundo, compreendendo que certos acontecimentos são considerados responsáveis pela produção de novos acontecimentos. Isso só é possível justamente porque os fenômenos naturais se repetem em determinadas condições, proporcionando ao cientista a capacidade de prevê certos eventos. Segundo D. Hume, todo raciocínio empírico sobre questões de fato se baseia nas relações de causa e efeito. Na frase “a água evapora quando é aquecida” indica uma relação de causalidade, senão vejamos: a água evapora (= efeito) porque foi aquecida (= causa). Para Hume, o fundamento da causalidade é tão somente o hábito ou costume de termos observado, repetidas vezes, o fato da água evaporar na presença de forte calor. Então, esperamos que aconteça sempre a mesma relação causal entre os fatos, devido a uma crença do sujeito ao concluir que sempre do evento A resultará o evento B. Com efeito, o nosso cérebro é uma máquina de reconhecimento de padrões, mas, por vezes, essa máquina se engana, o que resulta na detecção de padrões que não existem na realidade. A correlação é um exemplo da ligação entre dois eventos que não implicam(envolvem), necessariamente, uma relação de causalidade. A correlação pode ser apenas uma coincidência ou casualidade, por exemplo: a relação entre o crescimento de casos de covid-19 e o aumento da ansiedade na população. Como se sabe, não há qualquer causalidade entre covid-19 e a ansiedade da população; na verdade, o aumento da ansiedade foi por conta da política sanitária de quarentena e lockdown implantados pelos governos e prefeituras. O engano mental ocorre porque ambos os fenômenos, apesar de independentes, estão ligados ao mesmo fator que é o isolamento social; este é compreendido como meio de evitar a proliferação rápida do vírus, mas também é um dos fatores de gatilho psicológico de ansiedade. _________________________________________________________________ 1o QUESTÃO Explique a diferença entre Questões de Fato e Relação de ideias. 2o QUESTÃO Escreva sobre a causalidade e a correlação entre eventos naturais.
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