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As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente

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Prévia do material em texto

Química Geral e 
Ambiental
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Luciana Borin de Oliveira
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
5
• Introdução
• Ciclo de Vida
• Prevenção à Poluição
• Principais Contaminantes
 · Nesta Unidade abordaremos as substâncias químicas e suas interações com o 
meio ambiente. O principal objetivo aqui é compreender como a matéria interage 
com o meio ambiente, abordando os temas ar, água e solo.
Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, que lhe possibilitará conhecer as dimensões 
das substâncias químicas e suas interações com o meio ambiente.
Aqui você também encontrará uma atividade relacionada com o conteúdo estudado 
e composta por questões de múltipla escolha. Além disso, terá a oportunidade de trocar 
conhecimentos e debater questões no fórum de discussão.
É extremamente importante que você consulte os materiais complementares, pois 
são ricos em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seus estudos sobre os 
assuntos tratados nesta Unidade.
As Substâncias Químicas e suas 
interações com o meio ambiente
6
Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Contextualização
Para iniciar esta Unidade, a partir das seguintes ilustrações, reflita sobre a resposta do meio 
ambiente frente às interações com determinadas substâncias químicas: 
Fonte: iStock / Getty Images
Oriente sua reflexão pelas seguintes questões:
 » Por que isso acontece?
 » Quais fenômenos estão envolvidos nessas imagens?
 » Como controlar tais situações?
7
Introdução
As substâncias químicas têm se tornado indispensáveis em nossas vidas, 
mantendo muitas de nossas atividades, prevenindo e controlando numerosas 
doenças e aumentando a produtividade agrícola. Os benefícios são incalculáveis, 
mas, por outro lado, elas podem colocar em risco nossa saúde e contaminar 
nosso ambiente. A natureza, o número e a quantidade de substâncias químicas 
usadas nos países variam largamente, de acordo com características peculiares 
a cada um, sua economia, seu parque industrial e sua agricultura. Milhares de 
substâncias químicas são sintetizadas todos os anos para avaliar se oferecem 
vantagens sobre suas predecessoras e se são comercialmente viáveis. Estima-
se que aproximadamente 100 mil substâncias químicas estejam disponíveis 
comercialmente e cerca de 2 mil novas substâncias entrem no mercado a 
cada ano. O cenário químico está em constante mudança com produtos e 
substâncias novas substituindo os antigos e as quantidades produzidas e usadas 
variam conforme sua eficácia e demanda.
Muitas substâncias têm efeitos tóxicos potenciais tanto à saúde quanto 
ao ambiente. Há riscos associados à exposição durante os processos de 
produção, armazenamento, manuseio, transporte, uso e disposição, bem 
como de derramamento acidental ou descarte ilegal. Quando introduzidas de 
forma inadequada no ambiente as substâncias químicas podem ressurgir como 
poluentes no ar que respiramos, na água que bebemos e nos alimentos que 
ingerimos. Podem afetar nossos rios, lagos e florestas e causar danos à vida 
selvagem, mudando o clima e os ecossistemas. Todos nós estamos expostos 
a substâncias químicas tóxicas. Os danos que podem c-ausar dependem de 
quantidade, duração e frequência da exposição, bem como da toxicidade 
inerente à substância e da sensibilidade do indivíduo. A quantidade pode ser 
pequena, mas algumas substâncias acumulam-se no organismo por longos 
períodos. Os efeitos da exposição a algumas substâncias podem ser notados 
após vários anos da exposição, embora efeitos relativos à exposição curta 
também possam ocorrer frequentemente e em concentrações elevadas. 
Crianças, idosos, mulheres grávidas e pessoas enfraquecidas por enfermidades 
podem ser mais suscetíveis que adultos saudáveis. Prevê-se grande crescimento 
da indústria química nos próximos anos, tanto em países desenvolvidos como 
nos em desenvolvimento. A segurança química, que inclui a prevenção e o 
gerenciamento dos riscos químicos, é essencial para que esse crescimento seja 
benéfico e não catastrófico para o homem e para o ambiente.
Fonte: Relatório do Programa Internacional de Segurança Química da Organização Mundial da Saúde, 2008
8
Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Ciclo de Vida
O percurso, ou caminho que um elemento químico essencial à vida realiza no meio ambiente 
é conhecido como ciclo biogeoquímico.
Podemos citar como exemplos o ciclo da água, do nitrogênio, do oxigênio, do fósforo, do 
cálcio, do carbono e do enxofre.
O termo vem do fato de que existe um movimento cíclico dos elementos químicos essenciais 
que formam os organismos vivos no ambiente geológico onde acontecem as mudanças químicas.
Os elementos são absorvidos ao longo do ciclo e reciclados a partir de bióticos que são 
componentes que vêm dos seres vivos, contando ainda com componentes abióticos da biosfera, 
como ar, água e solo.
Os elementos químicos e os compostos químicos através dos ciclos biogeoquímicos transitam 
entre os organismos e ambientes nas mais diversas partes do Planeta.
Fonte: iStock / Getty Images
O estudo e a avaliação dos ciclos biogeoquímicos ajudam a identificar possíveis impactos 
ambientais causados pela introdução de substâncias potencialmente perigosas nos diferentes 
ecossistemas. As interações entre os organismos vivos e o ambiente caracterizam-se por uma 
constante mudança dos elementos em uma atividade cíclica. Esse fenômeno é considerado 
cíclico em relação ao processo químico, dado que os mesmos compostos químicos alterados 
se reconstituem ao final do ciclo. Há uma espécie de troca contínua entre os meios abiótico 
e biótico, sendo esse intercâmbio de tal forma equilibrado, em relação à troca de elementos 
nos dois sentidos, que os dois meios se mantêm praticamente constantes (ROSA; MESSIAS; 
AMBROZINI, 2003).
A partir daí temos a teoria da magnificação biológica, ou popularmente conhecida como 
bioacumulação, que é o processo pelo qual as substâncias tóxicas e não biodegradáveis 
podem permanecer se acumulando ao longo da cadeia alimentar, pois os seres que participam 
desse processo não têm capacidade para metabolizá-las
9
Fonte: iStock / Getty Images
 Saiba Mais
Fatores de toxicidade:
Dose: a dose letal causa a morte de um organismo. Nos humanos, a dose letal de uma dada 
substância tóxica depende dos fatores como a idade, o sexo, o estado de saúde, a eficiência de 
desintoxicação e a sensibilidade de cada indivíduo;
Solubilidade:
 » Substâncias tóxicas solúveis na água são facilmente absorvidas pelos organismos a partir do meio, 
mas também são relativamente fáceis de eliminar;
 » Já substâncias tóxicas solúveis em lipídeos acumulam-se nas células e tecidos e são mais difíceis 
de eliminar.
Bioacumulação: é a soma sucessiva da ação de um poluente por via direta ou por via 
alimentar, sendo muito frequente nos organismos aquáticos.
Bioampliação: 
 » Causada pela acumulação de compostos tóxicos nos tecidos, muito grave para os consumidores 
de topo das cadeias alimentares, onde são registrados os mais graves problemas de toxicidade 
– a concentração de certas substâncias aumenta de nível trófico para nível trófico, ao longo das 
cadeias alimentares, afetando organismos que não foram diretamente expostos ao composto;
 » O aspecto mais grave da bioacumulação e da bioampliação é o de que sintomas não se manifestam 
até que as concentrações no organismo sejam suficientemente elevadas para causar problemas 
graves de saúde.
Interação com outras substâncias:
Sinergismo – quando o efeito combinado das duas substâncias é muito superior à soma dos 
efeitos de cada uma das substâncias, especificamente quando essas atuam isoladamente. A 
presença de um nutriente aumenta ou facilita a absorção de outro. Definitivamente a interação 
das substâncias multiplica o efeito da substância tóxica;
Antagonismo – quando a interação entre assubstâncias reduz o efeito da substância tóxica. 
A presença do nutriente causa a indisponibilidade de outro nutriente, mesmo que esse esteja 
presente em quantidade suficiente no ambiente (fonte: http://biohelp.blogs.sapo.pt/861.html).
http://biohelp.blogs.sapo.pt/861.html
10
Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
A cadeia alimentar é constituída de três principais níveis tróficos:
 » Produtores,
 » Consumidores – de diversas ordens; e
 » Decompositores.
Fonte: portalescolar.net
Os produtores são caracterizados pelos organismos vivos capazes de produzir o próprio 
alimento, ou seja, os autótrofos, que são, como exemplo dos vegetais, as algas e as cianobactérias;
Os próximos da cadeia alimentar são os consumidores primários, que se alimentam de 
produtores. Nesse momento aparecerem as ordens, os consumidores secundários, que 
se alimentam de consumidores primários e consumidores terciários, que se alimentam de 
consumidores de segunda ordem e assim sucessivamente;
Por fim, tem-se os organismos decompositores, que consomem resíduos de vegetais e 
animais mortos, encerrando o ciclo alimentar e devolvendo nutrientes ao meio ambiente.
No ciclo alimentar os produtores podem assimilar quantidades de substâncias tóxicas que 
estão dispersas no ambiente, que podem – ou não – ser tóxicas para esse nível. No decorrer da 
cadeia alimentar, os produtores serão consumidos e a quantidade de substância tóxica que foi 
assimilada no início do processo permanecerá fixada em seus organismos, pois, como vimos, 
essa substância não é metabolizada, dado que o organismo não tem capacidade para isso.
O ciclo segue com um organismo vivo consumindo outro e os poluentes vão se acumulando 
no decorrer da cadeia alimentar. Os seres que mais se prejudicam nesse processo, ou seja, 
que mais sentem os efeitos desse acúmulo são os consumidores finais, pois ingerem mais 
poluentes do que todos os outros participantes dessa cadeia alimentar.
Entre os poluentes não biodegradáveis que se acumulam ao longo da cadeia, 
merecem destaque:
Mercúrio, chumbo e cádmio, conhecidos também como metais pesados. São os elementos 
que estão frequentemente presentes em processos industriais e nos seus resíduos sólidos 
depositados de forma irregular no meio ambiente;
11
 » Compostos organoclorados presentes nos inseticidas e insumos agrícolas;
 » Cloreto de vinila, substância muito usada na produção de plásticos; e
 » Compostos organofosforados, utilizados na produção de pesticidas.
Os seres humanos têm sua saúde exposta a sérios riscos, pois muitas vezes aparecem 
como consumidores terciários na cadeia alimentar, levando em consideração os processos 
de bioacumulação.
As substâncias tóxicas provocam doenças nos tecidos humanos, como cânceres, lesões 
no sistema pulmonar, esterilidade, danos aos sistemas nervoso e muscular, doenças de pele, 
distúrbios no sistema renal, danos à medula óssea e outras séries de complicações.
Para conhecer mais sobre esse assunto é muito interessante assistir ao filme norte-
americano chamado Erin Brockovich, de 2000 e dirigido por Steven Soderbergh.
Ração bovina
com antibióticos
Contaminação
do solo
Subistâncias
passam para o gado
Subistâncias passam
para o ser humano
Contaminação no
ambiente aquático
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Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Prevenção à Poluição
A prevenção à poluição e geração de resíduos são ações que promovem a redução da 
geração de poluentes na fonte produtora, ajudando na diminuição da utilização de recursos 
naturais, no esgotamento de matéria-prima, promoção de impactos ambientais significativos 
e diminuição da probabilidade de acidentes ambientais e doenças causadas por substâncias 
tóxicas despejadas no meio ambiente.
A adoção desse princípio de prevenção à poluição ajuda a caracterizar de maneira eficiente 
a geração de seus resíduos e o caminho para a sua disposição final, reduzindo problemas como 
passivos ambientais, melhorando as condições de trabalho de seus colaboradores e dando 
nova vida à imagem corporativa junto ao público consumidor.
A prevenção à poluição é uma ferramenta que combina duas preocupações ambientais: o 
uso sustentável dos recursos ambientais e o controle da poluição.
O princípio dos 3R – Reduzir, Reutilizar e Reciclar – é uma ferramenta de qualidade 
que proporciona meios para evitar a poluição, reduzir de maneira significativa a geração dos 
resíduos e destiná-los de forma correta e sem prejuízo ao meio ambiente. 
3Rs
Reduzir
Reutilizar
Reciclar
Atualmente já se estendeu tal princípio a 7R – Redução, Reutilização, Retrabalho, 
Recondicionamento, Reciclagem, Remanufatura e Logística Reversa. 
7Rs
Redução
Reutilização
Retrabalho
Reciclagem
Remanufatura
Logística Reversa
Recondicionamento
Essas ferramentas auxiliam de forma eficaz e eficiente no processo de classificação e controle 
da poluição, caracterizando o resíduo gerado e realizando de forma consistente um inventário 
de emissões para o controle desses processos.
As práticas mais rápidas e utilizadas no trabalho das organizações para prevenção à poluição 
são: modificação de equipamentos; substituição de materiais de uso e matérias-primas; 
conservação de energia não reutilizável e busca por substituição para alternativas de energia 
limpa; reuso e reciclagem de resíduos; estabelecimento de planos de manutenção preventiva 
e preditiva nos equipamentos.
Cabe também à organização sempre cobrar que seus clientes e fornecedores adotem 
medidas como essas para que tais cuidados se tornem globalizados.
13
 Saiba Mais
O Governo do Estado de São Paulo, junto da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e 
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) elaboraram e disponibilizaram 
um manual de implementação de um programa de prevenção à poluição?
Esse manual apresenta uma metodologia de apoio para o planejamento e 
desenvolvimento de um programa de Prevenção à Poluição (P2), que pode ser adaptada 
às condições específicas de qualquer empresa interessada. A P2 refere-se a qualquer 
prática, processo, técnica e tecnologia que visem a redução, ou eliminação em volume, 
concentração e toxicidade dos poluentes na fonte geradora. Inclui também modificações 
nos equipamentos, processos ou procedimentos, reformulação ou replanejamento de 
produtos, substituição de matérias-primas, eliminação de substâncias tóxicas, melhorias 
nos gerenciamentos administrativos e técnicos da empresa e otimização do uso das 
matérias-primas, energia, água e outros recursos naturais. A implementação em ações 
de P2 pela empresa implica no desenvolvimento de um programa que inclui desde o 
comprometimento da direção da empresa com os princípios da P2, até a avaliação do 
desempenho desse programa. Além disso, P2 representa um processo de melhoria 
contínua, ou seja, ao final do programa, novas metas são estabelecidas, reiniciando-se 
novamente o ciclo de implementação.
 » O que você tem feito no seu dia a dia para não gerar resíduos sólidos?
 » E no caso de gerar esses resíduos, o que você tem feito para tratá-los?Principais Contaminantes
Os agentes poluentes podem ser de natureza química, biológica, ou sob a forma de energia, 
como nos casos de luz, calor, ou radiação.
Fonte: Thinkstock /Getty Images
A ação indevida desses contaminantes na água, ar e solo provoca um efeito negativo no seu 
equilíbrio, causando danos à saúde humana, aos seres vivos e ao ecossistema.
A seguir serão listados alguns importantes contaminantes da água, do ar e do solo.
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Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Água:
Fonte: Thinkstock /Getty Images
 Muitas são as substâncias que podem ser encontradas na água. As periculosidades para 
os organismos e as doenças que podem causar estão diretamente ligadas à quantidade 
do componente que foi depositada e assimilada pelo organismo, além da sensibilidade do 
organismo ao elemento em questão. Podemos encontrar, principalmente:
Alumínio Elemento que pode causarproblemas ósseos, anemia e lesão hepática, nos casos mais severos, doenças do sistema neurológico e renal;
Arsênico Apresenta-se associado a problemas digestivos, neurológicos e dermatológicos;
Bismuto Quando presente em teores elevados, pode causar danos neurológicos;
Cálcio Quando presente em concentrações acima de 80mg/L, apresenta sintomas como cefaleia, náuseas, vômitos, olhos vermelhos, hipertensão e convulsões;
Cloro e seus 
derivados:
Eliminam microrganismos, protozoários, bactérias e minerais indesejáveis, como 
ferro e manganês. Todavia, um ponto negativo na utilização do cloro é que, em 
presença de substâncias orgânicas, pode formar compostos carcinogênicos, como o 
clorofórmio. Outro composto formado pelo cloro, a cloramina, se em concentrações 
elevadas, pode indicar um distúrbio na hemoglobina e anemia em seres humanos;
Cobre
Aparece dos canos de cobre corroídos, da poluição industrial e agrícola, além de 
compostos utilizados no tratamento de algas. Pode causar destruição das hemácias e 
lesões no fígado;
Chumbo
Quando depositado em excesso no meio ambiente, pode persistir mesmo com o 
tratamento da água, ocasionando doenças como anemia, anorexia, cólica, fraqueza, 
dores musculares e articulares, além de convulsões;
Magnésio Em excesso pode estar associado ao bloqueio da transmissão no sistema neuromuscular;
Mercúrio Acumula-se no sistema nervoso central, causando tremores e paralisias;
Microrganismos O cloro é adicionado na água, ainda que não seja um meio ambiente ideal para multiplicação biológica, pode transportar protozoários, bactérias e outros microrganismos;
Zinco Elemento que, em excesso, pode causar anemia pela destruição de células vermelhas, além de náuseas e vômitos. O acúmulo crônico pode trazer problemas no sistema neurológico.
15
Ar:
Fonte: Thinkstock /Getty Images
Da mesma forma, muitas são as substâncias provenientes de fontes poluidoras que podem ser 
encontradas no ar, lançando produtos e partículas na atmosfera. Podemos encontrar, principalmente:
Amoníaco
Substância que se apresenta como um gás incolor, não inflamável, possui cheiro 
característico e sufocante, é um elemento altamente tóxico, muito corrosivo e com 
boa solubilidade em água. Pode ser facilmente condensado em um líquido na ação de 
pressão em temperatura baixa, sendo largamente utilizado como gás de arrefecimento;
Biológico
Compostos encontrados em várias concentrações e em diversos tipos de ambiente, desde 
domésticos, industriais, escolas até escritórios. Os seres vivos têm flora microbiológica 
própria e podem liberar fungos, vírus e bactérias no ar. Os locais úmidos permitem o 
crescimento de patógenos e o ar pode ser uma fonte de disseminação; 
Campos 
Eletromagnéticos
As ondas eletromagnéticas se disseminam no ar e podem provocar efeitos que variam 
desde a estimulação dos nervos e músculos, até o aquecimento dos tecidos; 
Dióxido de Carbono Um gás incolor, de característica inodora e não inflamável; substância resultante do processo de combustão completa de combustíveis fósseis e de processos metabólicos;
Dióxido de Enxofre
Um gás incolor e inodoro, mas que apresenta um cheiro característico quando em altas 
concentrações. É produzido pela combustão de combustíveis fósseis, como carvão e 
óleo, que ainda são recursos muito utilizados em processos industriais. Esse elemento 
também é produzido quando um composto com enxofre é queimado;
Formaldeído
Pertence ao grupo orgânico dos aldeídos, onde tem-se uma grande família de compostos 
chamada substâncias orgânicas voláteis. É caracterizado à temperatura ambiente como 
um gás incolor e que apresenta odor pungente. É solúvel em água e muito reativo. 
Pode ser encontrado como gás, vapor e como polímero sólido. Por ser muito solúvel 
em água, pode irritar partes do corpo que contenham boa concentração de umidade, 
como os olhos. É produzido por combustão incompleta de hidrocarbonetos, como o 
gás natural, que é uma das fontes desse poluente;
Monóxido de 
carbono:
Apresenta-se como um gás incolor, inodoro e insípido. Gases emitidos pelo escapamento 
de veículos e processos industriais que utilizam combustíveis orgânicos são as principais 
fontes desse poluente;
Óxido e dióxido de 
nitrogénio:
O óxido de nitrogénio é um gás venenoso, inodoro e incolor, produzido em combustão 
e que se combina com o oxigénio, produzindo o dióxido de nitrogénio, outro um gás 
muito poluente e de cheiro forte. Esse composto absorve a luz do Sol e forma a névoa 
observada no horizonte de grandes cidades;
Partículas 
suspensas:
São as que se encontram suspensas no ar, resultantes de uma mistura de substâncias 
sólidas ou substâncias sob forma líquida, as quais presentes em suspensão no ar. Podem 
ser inaláveis se pequenas o bastante para passar pelas vias superiores e alcançarem os 
pulmões, causando males respiratórios
16
Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Solo
Fonte: Thinkstock /Getty Images
Podemos encontrar, principalmente:
Resíduos industriais:
São produtos químicos, combustíveis, metais pesados e outros elementos 
descartados no solo de forma incorreta e desordenada. O tratamento do solo 
é possível com a demanda da utilização de muitos recursos e tempo. Essa 
contaminação acarreta outro problema grave, a contaminação da água. Tais 
resíduos podem atingir fácil e silenciosamente os lençóis freáticos, contaminando 
a água;
Fonte: Thinkstock /Getty Images
17
Lixão: Os terrenos que foram utilizados como áreas de lixões apresentam vários problemas, 
como a contaminação por diversos tipos de poluentes e o risco de explosão, pois o 
processo de decomposição de lixo orgânico gera a produção de gases inflamáveis. 
Esse processo pode ser evitado quando a deposição de resíduos é realizada de forma 
controlada, como o processo dos aterros sanitários;
Fonte: Thinkstock /Getty Images
Resíduo Eletrônico: Quando no solo, esse material proveniente de produtos eletroeletrônicos libera seus 
componentes químicos, que são resíduos altamente prejudiciais à saúde;
Fonte: Thinkstock /Getty Images
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Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Pesticidas e 
agrotóxicos:
A manutenção de um solo livre de poluentes e agentes tóxicos garante a sanidade 
da população. Exemplos dessas substâncias são os inseticidas, utilizados no combate 
aos insetos transmissores de doenças contagiosas; os herbicidas, empregados na 
destruição de ervas não desejáveis; fungicidas, combatendo os fungos que ameaçam 
o desenvolvimento das culturas;
Fonte: Thinkstock /Getty Images
Elementos 
Radioativos
Acidentes em usinas nucleares, ou descartes de equipamentos que possuem 
elementos radioativos podem deixar o solo contaminado por séculos. Por esse 
motivo, embora existam poucos casos, quando ocorrem geram problemas 
gravíssimos. Quando uma pessoa entra em contato com o solo com esse tipo de 
contaminação, pode morrer ou desenvolver diversos tipos de câncer.
 Saiba Mais
Que pessoas ou organizações que geram poluição de forma desordenada podem ser 
alvos de multas pesadas, ou até mesmo prisão? Afinal, contaminar o meio ambiente se 
caracteriza como um crime ambiental.
A poluição ocasionada pela geração de resíduos pode provocar, por exemplo, a 
extinção de espécies animais e vegetais.
Assim, Brasil, Índia e China, que são países em grande desenvolvimento e acelerado 
processo industrial, apresentam muitos casos de poluição ambiental pela geração 
desenfreada de resíduos.
19
Material Complementar
Para complementar os conhecimentos adquiridos nesta Unidade, leia o seguinte artigo:
Leituras:
AMORIM, L. C. A. O uso dos biomarcadores na avaliação da exposição ocupacional a 
substâncias químicas. Rev. Bras. Med. Trab., Belo Horizonte, MG, v. 1, n. 2, p. 124-
132. out./dez. 2003. - http://www.nesc.ufrj.br/cursos/saudetrab/rbmt04.biomarcadores.pdf
Livros:
FERREIRA, H. S.; LEITE, J. R. M. Biocombustíveis – fonte de energia sustentável. São 
Paulo: Saraiva, 2010.
LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.;LUCHESE, E. B. Introdução à química da água – Ciência, 
vida e sobrevivência. [S.l.]: LTC, 2009.
http://www.nesc.ufrj.br/cursos/saudetrab/rbmt04.biomarcadores.pdf
20
Unidade: As Substâncias Químicas e suas interações com o meio ambiente
Referências
BRANCO, S. M. Água: origem, uso e preservação. São Paulo: Moderna, 2003.
CANTO, E. L. Plástico: bem supérfluo ou mal necessário? São Paulo: Moderna, 2003.
MOZETO. Química atmosférica: a química sobre nossas cabeças. Cadernos Temáticos de 
Química Nova na Escola, maio 2001.
ROSA, R. da S.; MESSIAS, R. A.; AMBROZINI, B. Importância da compreensão dos ciclos 
biogeoquímicos para o desenvolvimento sustentável. 2003. Monografia-Universidade de 
São Paulo, São Carlos, SP, 2003.
VANIN, J. A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. São Paulo: 
Moderna, 2004.
21
Anotações

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