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Sistemas Fluidos Mecânico Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Luciana Borin de Oliveira Revisão Textual: Prof.ª Me. Natalia Conti Bombas e Motores • Movimentação de Fluidos; • Especificação de Bombas. • Conhecer e avaliar Bombas e motores. OBJETIVO DE APRENDIZADO Bombas e Motores Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Bombas e Motores Movimentação de Fluidos A movimentação de um fluido está associada a dois fatores: • o caminho por onde o fluido passará; • um sistema que garanta energia para que o fluido percorra seu caminho. Figura 1 Fonte: Wikimedia Commons O caminho que o fluido irá percorrer será delimitado por uma tubulação que pode conter tubos, válvulas, conexões e cotovelos. As tubulações industriais são conjuntos de acessórios e tubos utilizados no pro- cesso industrial para distribuição e transporte de fluidos como gases, óleos, vapo- res, ar comprimido e insumos em geral. No caso dos tubos, os mais utilizados são constituídos de materiais ferrosos, como o tubo de aço carbono. Figura 2 Fonte: Getty Images 8 9 Os tubos podem ser concebidos de materiais metálicos e não metálicos: • No caso dos metálicos, temos os ferrosos como aços e ferros e suas ligas, e os não ferrosos como cobre, níquel, alumínio e suas ligas; Figura 3 Fonte: Getty Images • No caso dos não metálicos, temos os materiais plásticos, vidros, cerâmicas, barro, concreto e borrachas. Figura 4 Fonte: Reprodução As tubulações industriais se apresentam com duas finalidades definidas: • as tubulações de processos, utilidades, instrumentação e drenagem, as que ficam no interior da instalação; • as tubulações de transporte e distribuição, as que ficam na parte externa da instalação. 9 UNIDADE Bombas e Motores Falando de cada um deles... Os TUBOS são dutos fechados, geralmente de secção circular, destinados ao transporte de fluidos com parametrização pelo diâmetro externo que apresenta. A nomenclatura usual apresenta tubos como conduto rígido e mangueiras e mango- tes como condutos flexíveis. Os tubos sem costura são produzidos por laminação, extrusão ou fundição, e os tubos com costura por solda. Figura 5 Fonte: Getty Images NBR 6493/1993 Cores de tubulação Saiba quais são as cores usadas na identificação das tubulações. Com um resu- mo com imagens para facilitar o aprendizado, você vai aprender de uma vez por todas. São adotadas as seguintes cores básicas na pintura das tubulações, aplicadas em toda a sua extensão, ou na seção média das faixas, quando divididas conforme o estabelecido em 4.2.2: • alaranjado-segurança: produtos químicos não gasosos; • amarelo-segurança: gases não liquefeitos; • azul-segurança: ar comprimido; • branco: vapor; • cinza-claro: vácuo; • cinza-escuro: eletroduto; • cor-de-alumínio: gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosi- dade (por exemplo: óleo Diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, solventes); • marrom-canalização: materiais fragmentados (minérios), petróleo bruto; 10 11 • preto: inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (por exemplo: óleo com- bustível, asfalto, alcatrão, piche); • verde-emblema: água, exceto a destinada a combater incêndio; • vermelho-segurança: água e outras substâncias destinadas a combater incêndio. As faixas de identificação das tubulações devem ter a largura de 40 cm. Vermelho Serve para identi�car água e substâncias de combate a incêndio. Amarelo Serve para canalização de gases não liquefeitos. Azul Serve para identi�car canalização de Ar comprimido. Laranja Serve para canalização de produtos químicos não gasosos. Verde Serve para identi�car água, exceto a combater incêndio. Marrom Serve para canalização de materiais não fragmentados (minérios). Preto Óleo lubri�cante, in�amáveis, combustiveis de alta viscosidade etc. Alumínio Serve para canalização de in�amáveis, gasolina querosene, solvente etc. Cinza Platina Vácuo. Branco Vapor. Cinza Médio Eletrodutos. Figura 6 – Cores para identifi cação de tubulações As VÁLVULAS são acessórios utilizados para regulagem de fluxo de fluidos, controlando entrada e saída nas tubulações industriais para controlar seu pleno 11 UNIDADE Bombas e Motores funcionamento. Existem diversos tipos de válvulas para funções, como válvula es- fera para controle de fluxo em aplicações corrosivas; válvula borboleta para iso- lamento total da passagem de fluxos com bom desempenho em equipamentos de combate a incêndio; válvula agulha, empregada na indústria aeroespacial para controle de instrumentação e resfriamento na geração de energia; válvula globo, utilizada para controle de fluxo de fluidos viscosos como óleos; válvulas gaveta para instalações sanitárias; válvula pistão, que impede contrafluxos; válvulas solenoides, aplicadas na alimentação de sistemas hidráulicos e fluidos pneumáticos; válvula injetora nos sistemas de injeção de combustível; válvula de pé, muito utilizada para fluidos químicos; válvula de ar, que controla com maior precisão a entrada de ar, proporcionando melhor fluidez da agua; válvula de bloqueio, que obstrui e controla escoamento de todos os tipos de fluidos; são alguns exemplos deste importante acessório e algumas de suas aplicações. Figura 7 Fonte: Reprodução As CONEXÕES de tubulação industrial devem apresentar composição do mes- mo material utilizado nas tubulações para garantir segurança e compatibilidade na condução e transferência dos fluidos. As conexões são classificadas de acordo com sua utilização na instalação industrial: para fazer mudanças de direção na tubulação usamos curvas e joelhos; para derivações em tubulações, utilizamos tês, cruzetas, colares e derivações; para ligar tubos entre si, usamos luvas, flanges e uniões; para mudanças de diâmetro nas tubulações temos as reduções; e para fechar as extremi- dades do tubo, temos tampões e bujões. Conexões hidráulicas: http://bit.ly/2B1n9eB Ex pl or O sistema que fornecerá energia para que o fluido percorra seu caminho pela tubulação é conhecido como bomba. No dimensionamento do sistema que fará o 12 13 transporte dos fluidos é necessário levar em consideração todos os componentes que fazem parte do caminhoe a capacidade da bomba. Podemos definir Bombas como equipamentos que recebem trabalho mecânico realizado por uma máquina (fonte elétrica ou combustão) e transferem para o fluido que realizará trabalho na tubulação. A transferência de energia ocorre pelas interações entre elementos do equipa- mento e o fluido, seguindo normas de escoamento e forças observadas na superfí- cie do sólido de contato e o fluido. O princípio do funcionamento de bombas que operam com líquidos e gases é o mesmo, a diferença está no comportamento dos líquidos ou gases que farão o trajeto pelas tubulações. Bombas hidráulicas: http://bit.ly/2VkCccj Ex pl or Cavitação é importante em líquidos e desprezível em gases. A cavitação é um fenômeno físico, assim como a abrasão, diferente do fenômeno químico da corrosão, que acontece em bombas de água e óleo, turbinas e pistões de automóveis. Em linhas gerais, as bolhas de vapor formadas durante o escoamento implodem e colapsam as superfícies, impactando e podendo provocar trincas, des- colamento, erosão, causando graves problemas aos rotores. Figura 8 Fonte: institutodeengenharia.org Importante! Compressibilidade é importante em bombas que operam com gases e desprezível em líquidos. Importante! Os materiais sólidos, líquidos ou gasosos são compressíveis, sendo que em de- terminadas situações, a compressibilidade pode ser desprezível. Um fluido líquido bombeado é considerado incompressível, pois mantém seu volume específico cons- tante. No caso de um fluido como ar, a relação de compressão deve ser levada em consideração no momento da escolha de uma bomba, pois dependendo da relação de compressão ele pode ser considerado compressível ou incompressível. 13 UNIDADE Bombas e Motores Figura 9 A Bomba é um dispositivo que garante a movimentação de fluidos e se apresen- ta de diversas formas e modos de funcionamento. A forma como a bomba transfere a energia para o fluido classifica as bombas em: • Bombas de deslocamento positivo ou estáticas, em que o aumento da energia do fluido é obtido por meio do deslocamento de um volume determinado; • Bombas dinâmicas ou turbomáquinas dotadas de dispositivos que aumentam a energia do fluido baseado na transferência de movimento pela interação entre fluido e superficie sólida. As bombas de deslocamento positivo ou estáticas apresentam uma ou diversas câmaras que comunicam a energia de pressão ao fluido, levando ao seu desloca- mento, podem ser alternativas ou rotativas. Nas Bombas de deslocamento positivo ou estáticas alternativas, o volume do fluido deslocado é proporcional à velocidade, cada golpe do pistão representa um volume fixo do fluido resultando num escoa- mento intermitente. Podemos dizer que a taxa de fornecimento do fluido é função do volume deslocado pelo pistão no cilindro e número de golpes do cilindro por unidade de tempo. Este tipo de bomba apresenta fluxo pulsante, pequena capaci- dade, sendo utilizado para vazões moderadas. Sua grande vantagem é operar com fluidos voláteis e viscosos, podendo produzir grande pressão. As desvantagens são ter baixa velocidade, pequena capacidade e maior tendência de manutenção. Nas Bombas de deslocamento positivo ou estáticas rotativas, acontece o es- coamento contínuo, pois o rotor provoca uma pressão reduzida na entrada, pos- sibilitando a incursão do fluido na bomba pelo efeito da pressão externa, este é bombeado dentre a engrenagem e a vazão é proporcional ao espaço disponível e a velocidade das engrenagens. Grande utilização em indústrias de alimentos, eficien- tes para fluidos viscosos e tintas operando em faixas de pressão moderada. Bomba de Deslocamento Positivo: http://bit.ly/35cGpU7 Ex pl or 14 15 As bombas dinâmicas ou turbomáquinas caracterizam-se pela presença de ele- mento rotatório que exerce força sobre o fluido, causando sua aceleração pela transferência de quantidade de movimento; podem ser axiais, helicoidais ou radiais ou centrifugas puras. As bombas dinâmicas ou turbomáquinas axiais agem de acordo com a teoria do vórtice forçado, trazendo uma trajetória de partícula de fluido de início paralela e depois como hélice cilíndrica. As bombas dinâmicas ou turbomáquinas helicoidais ou radiais apresentam pás com dupla curvatura, trazendo uma trajetória de partícula tipo hélice cônica e reversa. As bombas dinâmicas ou turbomáquinas centrífugas são classificadas de acordo com o número de rotores utilizados e a trajetória do fluido. Figura 10 Fonte: Getty Images Especificação de Bombas As bombas são escolhidas de acordo com o sistema a ser alimentado, e desta forma, algumas especificações são avaliadas como capacidade de pressão máxima de operação e deslocamento. Outros pontos a serem avaliados para o bom funcionamento do sistema são: • altura de recalque; • altura de sucção; • altura manométrica total; • vazão; • tubulação. 15 UNIDADE Bombas e Motores A saber: • A altura de recalque é a altura em metros entre o bocal de sucção da bomba e o ponto de maior elevação do fluido; • A altura de sucção é a altura em metros entre o nível de captação e o bocal de sucção da bomba; • A altura manométrica total é a altura total exigida pelo sistema, em que a bom- ba deverá ceder energia ao fluido para vencer. Saneamento Básico: http://bit.ly/2Ipx4yz Ex pl or A vazão por definição é o volume de determinado fluido que passa por uma determinada seção de conduto livre como um rio ou forçado como uma tubulação por unidade de tempo, ou seja, a vazão é relacionada à velocidade com que o fluido escoa, também conhecida por taxa de escoamento ou fluxo volumétrico. A unidade básica de medida de vazão é m3/s. 16 17 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Construção e avaliação de carneiros hidráulicos BORZI, N. R. G.; DO PRADO, G. Construção e avaliação de carneiros hidráulicos. Revista Brasileira de Agricultura Irrigada-RBAI, v. 12, n. 5, p. 2954–2963, 2018. A importância dos fenômenos de transportes para a engenharia e sua aplicabilidade DA SILVA, L. M. V. et. al. A importância dos fenômenos de transportes para a engenharia e sua aplicabilidade. Caderno de Graduação – Ciências Exatas e Tecnológicas – UNIT- ALAGOAS, v. 5, n. 1, p. 229, 2018. Avaliação da eficiência energética de uma bomba hidráulica utilizada em uma plataforma de descarga de grãos FIGUEIREDO, J. L. F. de et. al. Avaliação da eficiência energética de uma bomba hidráulica utilizada em uma plataforma de descarga de grãos. 2018. Sistema sequencial pneumático distribuidor de peças por tratamento de imagem MARTINS, A. C. V.; RODRIGUES, M. S. Sistema sequencial pneumático distribuidor de peças por tratamento de imagem. 2018. 17 UNIDADE Bombas e Motores Referências AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de hidráulica. 8. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2009. BAPTISTA, M.; LARA, M. Fundamentos de engenharia hidráulica. 3. ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: UFMG, 2010. BISTAFA, S. R. Mecânica dos fluidos: noções e aplicações. São Paulo: Blucher, 2012. BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. FERREIRA, J. Apostila de Bombas e sistemas de bombeamento. Rio de Janeiro, 2017. FERREIRA, J. Apostila de sistema de ventilação mecânica, sistema de ar comprimido e sistema óleo-hidráulica e pneumática. Rio de Janeiro, 2017. FOX, R. W.; McDONALD, A. T.; PRTICHARD P. J. Introdução à mecânica dos fluidos. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. MACINTYRE, A. J. Instalações hidráulicas: prediais e industriais. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015. SANTOS, S. L. Bombas e instalações hidráulicas. São Paulo: LCTE, 2007. SOUZA, Z. Projeto de máquinas de fluxo: bombas hidráulicas com rotores radiais e axiais. Rio de Janeiro: Interciência, 2011. 18
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