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Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC)

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Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 
 
(ADC) Ação que tem por finalidade confirmar a constitucionalidade de uma lei federal. O objetivo da ADC 
é garantir que a constitucionalidade da lei não seja questionada por outras ações. 
A ADC é um dos instrumentos do que os juristas chamam de? Controle concentrado de 
inconstitucionalidade das leis? A própria norma é colocada à prova. O oposto disso seria o? Controle difuso? 
Em que a constitucionalidade de uma lei é confirmada em ações entre pessoas (e não contra leis), onde a 
validade da norma é questionada para se for o caso, aplicada ou não a uma situação de fato. Uma outra 
forma de controle concentrado é a Ação Direta de Inconstitucionalidade. 
Instrumento de controle abstrato de constitucionalidade, consubstanciado por uma ação cujo objetivo é obter 
a declaração do Supremo Tribunal Federal da constitucionalidade de determinada lei ou ato normativo 
federal. Portanto, transfere ao STF a apreciação sobre a constitucionalidade de um dispositivo legal objeto 
de controvérsia entre juízes e demais tribunais. A legitimidade ativa para a propositura da ação está elencada 
no artigo 103 da Constituição Federal e seu processo e julgamento são de competência exclusiva do 
Supremo Tribunal Federal. Sua decisão de mérito será dotada de eficácia contra todos (erga omnes), efeitos 
retroativos (ex tunc) e força vinculante aos demais órgãos do poder Judiciário e à Administração Pública 
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. A decisão em ação declaratória é irrecorrível, 
ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. 
Partes: 
Somente as seguintes pessoas/entidades podem propor esta ação (legitimados ativos): 
• Presidente da República; 
• Mesa da Câmara dos Deputados; 
• Mesa do Senado Federal; 
• Procurador-Geral da República. 
Não pode haver intervenção de terceiros no processo, ou seja, partes que não estavam originariamente na 
causa não podem ingressar posteriormente. 
 
Tramitação: 
Uma vez proposta a ação, não se admite desistência. A petição inicial deve conter cópia da lei ou do ato 
normativo que está sendo questionado. Ela deve ser fundamentada, caso contrário pode ser impugnada de 
imediato pelo relator. 
O relator deve pedir informações às autoridades autoras da lei, como Presidente da República e Congresso 
Nacional, para estabelecer o contraditório. Isso acontece porque as leis nascem com presunção de 
constitucionalidade. 
Considerando a relevância da matéria e a representatividade dos requerentes, o relator poderá ouvir outros 
órgãos ou entidades. Caso haja necessidade de esclarecimento da matéria, podem ser designados peritos para 
emitir pareceres sobre a questão ou chamadas pessoas com experiência e autoridade no assunto para opinar. 
O Advogado-geral da União e o Procurador-Geral da República devem se manifestar nos autos. 
Quando houver pedido de medida cautelar, só poderá haver concessão pela maioria absoluta dos ministros 
que compõem o Tribunal, ou seja, por seis votos. Somente em casos de excepcional urgência a cautelar 
poderá ser deferida sem que sejam ouvidas as autoridades de quem emanou a lei. 
A decisão sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade da lei somente será tomada se estiverem 
presentes na sessão de julgamento pelo menos oito ministros. 
Uma vez proclamada a constitucionalidade em uma ADC, será julgada improcedente eventual Ação Direta 
de Inconstitucionalidade contra a mesma lei. Do mesmo modo, uma vez proclamada a inconstitucionalidade 
em ADI, será improcedente a Ação Declaratória de Constitucionalidade contra a mesma norma. 
Contra a decisão que declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade em ADC e ADI não cabe 
recurso de qualquer espécie, com a exceção de embargos declaratórios. 
 
Fundamentos legais: 
Constituição Federal, artigo 102, I. 
 
 
Qual a diferença entre ADI e ADC? 
1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE: serve para combater leis e atos normativos federais 
ou estaduais que sejam, no geral, contrários à Constituição Federal. Logo, imagine que surja uma lei federal 
contrária ao que diz a Constituição; nesse caso, é possível que seja utilizada, contra essa lei, uma ADI, sendo 
que o Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ação, vai dizer que a lei não poderá ser mais aplicada por 
desrespeitar a Constituição Federal. 
-IMPORTANTE: Vale lembrar que a ADI contempla três modalidades: a ADI genérica, a ADI interventiva 
e a ADI por omissão. O foco deste artigo é dedicado para a ADI genérica, que contempla as hipóteses mais 
comuns de discussão sobre inconstitucionalidade. A ADI interventiva, como o próprio nome já diz, é voltada 
para casos de violação de alguns princípios constitucionais específicos, gerando uma intervenção federal. E, 
por sua vez, a ADI por omissão tem por finalidade o combate da inércia do Poder Público na criação de leis. 
Em outras palavras, ela combate não a criação de uma lei, como foi o caso da genérica, mas sim a ausência 
de criação de uma lei quando era necessário que fosse criada pelo Poder Público. 
2. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE: serve para confirmar a constitucionalidade 
de uma lei ou ato normativo federal. Nesse caso, imagine que exista controvérsia judicial relevante sobre a 
aplicação de uma lei federal, criando um estado de insegurança jurídica, já que alguns Juízes ou Tribunais a 
aplicam e outros não. Nestas hipóteses, é possível utilizar a ADC para que o Supremo Tribunal Federal, de 
uma vez por todas, pacifique a controvérsia, confirmando a constitucionalidade, em definitivo, da lei 
questionada, e tornando obrigatório seguir o seu entendimento. 
Em síntese, temos duas ações com finalidades contrárias: enquanto a ADI genérica deve ser utilizada para 
combater leis e atos normativos inconstitucionais, a ADC deve ser manejada para confirmar a 
constitucionalidade de uma lei, quando houver dúvida a respeito (controvérsia judicial relevante). 
Por fim, vale dizer que, mesmo tendo finalidades contrárias, ambas são julgadas pelo mesmo Tribunal 
(Supremo Tribunal Federal), assim como são propostas pelos mesmos legitimados ativos, previstos no artigo 
103 da Constituição Federal, sendo que o procedimento disciplinado pela Lei nº 9.868/99. 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC) 
A Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) foi introduzida no ordenamento jurídico pela Emenda 
Constitucional n.º 3/93 com a alteração da redação do artigo 102, inciso I alínea a, e acréscimo do § 2º ao 
referido artigo, bem como o § 4º ao artigo 103, todos da Constituição Federal, tendo o sua disciplina processual 
sido regulamentada pela Lei 9.868/1999. 
Busca-se por meio desta ação declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. 
Objeto 
O objeto da referida ação é lei ou ato normativo federal. 
Competência 
O órgão competente para apreciar a Ação Declaratória de Constitucionalidade é o STF de acordo com o artigo 
102, I, a, da Constituição Federal de 1988. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10686845/artigo-103-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103459/lei-da-a%C3%A7%C3%A3o-direta-de-inconstitucionalidade-lei-9868-99
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei-9868-1999.htm
Legitimados 
Serão os mesmos para a propositura da Ação Diretade Inconstitucionalidade (ADI): 
a) o Presidente da República; 
b) a Mesa do Senado Federal; 
c) a Mesa da Câmara dos Deputados; 
d) a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
e) o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
f) o Procurador-Geral da República; 
g) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
h) partido político com representação no Congresso Nacional; 
i) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
Procedimento 
O procedimento na Ação Declaratória de Constitucionalidade é o mesmo a ser seguido que na Ação Direta de 
Inconstitucionalidade genérica, só que aqui o Advogado-Geral da União não será citado, visto que não há ato 
ou texto impugnado. 
É vedada a intervenção de terceiros e a desistência da ação após a sua propositura. 
A decisão é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo ser objeto de ação 
rescisória. 
Na ADC, é requisito obrigatório a demonstração de controvérsia relevante sobre a norma objeto da demanda 
(art. 14, III da Lei 9.868/99). 
A decisão da ADC, por maioria absoluta dos membros do STF, também produz efeitos “erga omnes” (contra 
todos), “ex tunc” (retroage) e vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e Poder Executivo. 
Não produz efeito vinculante apenas em relação ao Poder legislativo. 
Tendo em vista que quando o Supremo Tribunal Federal decide a ADC decide também a prejudicial em todos 
os processos concretos, haverá diversidades processuais nos processos concretos: 
a) Se o juiz não tinha decidido: não decidirá mais, irá se reportar ao que o STF já decidiu, julgando a ação 
improcedente. 
b) Se o juiz tinha decidido pela inconstitucionalidade e transitou: o efeito vinculante não tem força capaz de 
rescindir automaticamente a sentença transitada em julgado, mas pode servir de fundamento para ação 
rescisória e cabe liminar. 
c) Se o juiz já tinha decidido pela constitucionalidade, mas não transitou. Houve recurso e a decisão do STF 
sobre a prejudicial foi pela constitucionalidade: O Tribunal confirma a decisão do Juiz, aplicando a decisão 
do STF no recurso da parte. 
d) Se o juiz tinha decidido pela inconstitucionalidade, mas não transitou. Houve recurso e a decisão do STF 
sobre a prejudicial foi pela constitucionalidade: O Tribunal irá desfazer a decisão do juiz. 
Medida Cautelar 
Competência – a competência para decidir sobre a medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade 
cabe ao Supremo Tribunal Federal. 
Legitimidade - Os mesmos legitimados. A medida cautelar sempre será incidental, nunca preparatória. 
Concessão da medida - O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá 
deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de 
que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato 
normativo objetivo da ação até seu julgamento definitivo. (art. 21 da Lei 9868/99). 
 Efeitos da Decisão 
A decisão de concessão da cautelar tem eficácia “erga omnes” (contra todos) e vinculante, em razão do poder 
geral de cautela do Supremo Tribunal Federal. 
Bases: artigo 102, inciso I alínea a, e § 2º, § 4º do artigo 103, todos da Constituição Federal, e artigos 13 a 28 
da Lei 9.868/1999 (Normas das Ações Direta de Inconstitucionalidade e Declaratória de Constitucionalidade).

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