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Apostila SENAR - Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas Todas as Unidades

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1Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Programa Agricultura de Precisão
Agricultura de Precisão 
na Aplicação de 
Defensivos Agrícolas
» Módulo 1: Piloto automático
Ficha técnica
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
INFORMAÇÕES E CONTATO
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
Rua 87, nº 662, Ed. Faeg, 1º Andar: Setor Sul, Goiânia/GO, CEP: 74.093-300
(62) 3412-2700 / 3412-2701
E-mail: senar@senargo.org.br
http://www.senargo.org.br/
http://ead.senargo.org.br/
PROGRAMA AGRICULTURA DE PRECISÃO
PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
José Mário Schreiner
TITULARES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guimarães e 
Tiago Freitas de Mendonça.
SUPLENTES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Eleandro Borges da Silva, 
Bruno Heuser Higino da Costa e Tiago de Castro Raynaud de Faria.
SUPERINTENDENTE
Eurípedes Bassamurfo da Costa
GESTORA
Rosilene Jaber Alves
COORDENAÇÃO
Fernando Couto de Araújo
IEA - INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS S/S
Conteudistas: Renato Adriane Alves Ruas e Juliana Lourenço Nunes Guimarães
TRATAMENTO DE LINGUAGEM E REVISÃO
IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S
DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO
IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S
3Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Olá, seja bem-vindo ao Curso Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas! 
Este curso faz parte do Programa Agricultura de Precisão do Senar-GO e foi elaborado para 
desenvolver a sua formação nas técnicas da Agricultura de Precisão. Pois bem, estas técnicas 
podem balizar a tomada de decisão do produtor agrícola em praticamente todas as etapas da 
agricultura, inclusive na etapa de aplicação de defensivos. 
A agricultura de precisão tem contribuído substancialmente com a melhoria da qualidade nos 
tratamentos químicos do solo e, consequentemente, proporcionado melhor eficiência, rentabili-
dade e sustentabilidade ao agronegócio.
Fonte: Shutterstock.
Introdução ao curso
4Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Dentre as melhorias observadas nos pulverizadores, por exemplo, pode-se destacar o uso do 
piloto automático. Este visa à manutenção do alinhamento correto durante o deslocamento do 
pulverizador, evitando falhas na distribuição do defensivo. O piloto automático pode atuar iso-
ladamente ou em associação com mapas de variabilidade espacial ou temporal, permitindo a 
realização de aplicações localizadas e a taxas variáveis dos defensivos pela área de acordo com 
a distribuição das pragas, doenças e plantas daninhas. 
Além do uso de mapas de variabilidade, a aplicação de defensivos a taxa variável também pode 
trabalhar com sensores. O sensoriamento remoto pode ser utilizado para detectar alvos como 
pragas, doenças e plantas daninhas e assim aplicar os insumos a taxa variável em tempo real. 
Isso pode ser feito com os conhecimentos específicos sobre o espectro eletromagnético, que 
permite identificar e diferenciar os alvos a serem atingidos. 
 Fonte: Shutterstock.
O sensoriamento também é importante para verificar a vazão das pontas dos pulverizadores, a 
velocidade de trabalho e as articulações que controlam a altura das pontas. Para tanto, devem-
se empregar procedimentos corretos para a regulagem e calibração dos pulverizadores. Nos 
equipamentos mais sofisticados, é fundamental conhecer as técnicas de regulagens e calibração 
destes sensores.
5Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Na aplicação de defensivos agrícolas, é fundamental, ainda, conhecer e tomar os devidos cuida-
dos para evitar desperdício antes, durante e depois da aplicação. Essas perdas ocorrem devido 
a diversos fatores, e contribuem para a redução da eficiência das pulverizações em geral. Além 
de comprometer a segurança ambiental, aplicações mal feitas podem causar intoxicações ao 
operador, que deve estar extremamente atento aos cuidados com segurança.
Portanto, a partir de agora, você vai começar a construir conhecimentos sobre os seguintes con-
teúdos:
• tecnologias e equipamentos da Agricultura de Precisão associados à aplicação de defensivos 
agrícolas; e
• contribuições dessas técnicas para reduzir perdas nas pulverizações e impactos causados ao 
meio ambiente e ao operador.
6Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Módulo 1
» Piloto automático
 
Fonte: Shutterstock.
A utilização do sistema de piloto automático em operações de aplicação de defensivos agrícolas 
surgiu a partir da dificuldade operacional de manter a qualidade no deslocamento da máquina 
durante a condução manual. Isso proporcionava erros comuns na aplicação, tais como o surgi-
mento de faixas com sobreposição (aplicação excessiva) ou desprovidas (aplicação escassa) de 
defensivos agrícolas, o que reduz a eficiência da operação. 
Desta forma, o sistema de piloto automático surge como uma importante ferramenta para o 
aumento da precisão no deslocamento da máquina e, consequentemente, da eficiência da apli-
cação. Neste módulo, você terá oportunidade de conhecer este assunto em detalhes. 
Atenção! Sempre que finalizar a leitura do conteúdo de um módulo, você 
deve retornar ao Ambiente de Estudos para realizar a atividade de apren-
dizagem.
Siga em frente e tenha um bom curso!
7Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Aula 1
A importância do piloto automático na aplicação 
de defensivos agrícolas
Nas últimas décadas, as propriedades rurais vêm sofrendo profundas mudanças em seu sistema 
produtivo. A agricultura tem se tornado cada vez mais competitiva, exigindo práticas que ga-
rantam a eficiência produtiva e preservem a viabilidade econômica da atividade. Os produtores 
devem atentar ao controle dos custos de produção e, ao mesmo tempo, atender à legislação 
ambiental, que se tornou mais rígida em áreas agricultáveis. 
Este cenário impulsionou grandes avanços no desenvolvimento de novas tecnologias, que, como 
consequência, fez com que a produção agrícola evoluísse. Assim, a aplicação de defensivos agrí-
colas, uma atividade que é realizada inúmeras vezes ao longo do ciclo das culturas, passou por 
várias inovações a fim de aumentar a eficiência no uso dos produtos. 
Estas inovações foram implementadas através da utilização racional dos defensivos agrícolas, 
de pontas de pulverização adequadas a cada tipo de aplicação, e por meio do uso de pulveriza-
dores de maior porte. Dentre as tecnologias embarcadas que proporcionam maior eficiência e 
rendimento operacional, destaca-se o sistema de piloto automático.
Assim, espera-se que, ao final desta aula, você seja capaz de: 
• reconhecer a importância da manutenção do alinhamento correto dos pulverizadores; 
• ecompreender as técnicas de controle de sobreposição entre as passadas do pulverizador.
Tópico 1
Técnicas de orientação para pulverização 
Na pulverização convencional, uma das maiores dificuldades encontradas pelos operadores é fa-
zer com que a máquina fique dentro do alinhamento preciso, mantendo assim a mesma distância 
entre as passadas. Isso ocorre devido à grande largura útil da faixa de aplicação, e das dificulda-
des de diferenciar a faixa que já recebeu aplicação da área que ainda não recebeu.
Pulverização 
Aplicação de líquidos em pequenas gotas.
8Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Desta forma, por mais experiente que seja o operador, muitas vezes ocorre 
sobreposição de pulverização em algumas áreas, enquanto outras faixas 
ficam sem aplicação.
Isso proporciona um prejuízo direto ao produtor rural devido ao gasto desnecessário com o pro-
duto, seja porque ocorre sobreposição ou pela redução da produtividade da lavoura. Mas como 
são estes prejuízos? Acompanhe dois exemplos. 
Sobreposição da 
pulverização
No caso de sobreposição, podem-se atingir níveis tóxicos à cultura 
que comprometam o seu desenvolvimento, ocasionando perdasgeradas pelo gasto com o produto e pela redução da produtivida-
de.
Faixas sem aplica-
ção do herbicida
Neste caso, as plantas daninhas competem com a cultura, geran-
do redução na produtividade da lavoura. Muitas vezes, torna-se 
necessário realizar uma nova pulverização para proporcionar um 
controle eficiente das plantas daninhas, aumentando ainda mais o 
custo de produção da lavoura.
Fonte: Plantio Direto <http://www.plantiodireto.com.br/?body=cont_int&id=915>.
Para tentar diminuir este problema, quando trabalham manualmente (sem orientação por saté-
lite, portanto) os produtores utilizam algumas técnicas de orientação e demarcação das áreas 
pulverizadas, tais como: 
9Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
• contagem de número de ruas e deslocamento da máquina na entrelinha da lavoura, de forma 
que em cada manobra se salte o número de linhas correspondentes à largura de aplicação 
do pulverizador; e
• marcação por bandeiras de forma semelhante ao sistema de aplicação aérea (as bandeiras 
ou estacas são colocadas no início e ao final da rua para a demarcação da faixa de pulveriza-
ção) e o operador trabalha em linha reta e orientado pelas bandeiras.
Em todos os casos, a eficiência na orientação da máquina depende da habilidade do operador. 
Por mais cuidadoso que ele seja, ainda assim haverá faixas sem aplicação, com sobreposição de 
produto ou com maior pisoteamento da cultura, devido aos limites dos recursos utilizados para 
orientação. Também poderá haver variabilidade na vazão da pulverização gerada pela incons-
tância da velocidade de deslocamento da máquina.
Pisoteamento
Termo usado para o efeito negativo de compressão indesejada no 
solo das lavouras, causado pelo pneu das máquinas ou pela invasão 
de rebanho de gado na área de cultivo, por exemplo.
Neste sentido, o piloto automático surge como um recurso para o aumento 
da precisão no direcionamento da máquina durante a aplicação, pois se 
trata de um sistema de direcionamento automático via satélite.
O piloto automático realiza o deslocamento da máquina em linha reta ou em curva, de acordo 
com o terreno, de forma bastante precisa, garantindo a exatidão das distâncias entre as pas-
sadas. Desta forma, o operador somente necessita realizar as manobras de cabeceira, ficando 
disponível para acompanhar a qualidade da operação, na tela do monitor de aplicação.
10Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Fonte: Stara <www.stara.com.br>.
A utilização do piloto automático na pulverização de defensivos agrícolas dispensa a utilização 
de pessoas ao longo do talhão para demarcar o limite da área que deve ser pulverizada na pas-
sagem seguinte. Esta prática não é aconselhada, mesmo utilizando EPIs, pois sempre há riscos 
de contaminação do trabalhador.
Em linhas gerais, as principais vantagens dos pilotos automáticos estão enumeradas no quadro 
a seguir. 
Redução
• de erros entre as passadas pela substituição do operador no direcionamento durante as
operações mecanizadas;
• de estresse do trabalhador, aumentando o nível de satisfação do operador em serviço;
• do pisoteamento da cultura e da compactação do solo pelas passadas do pulverizador
na área.
11Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Aumento
• do rendimento operacional, já que o sistema permite trabalhar com velocidades maiores
do que aquelas praticadas na orientação manual;
• da precisão na distância entre as passadas, evitando qualquer tipo de faixa com sobrepo-
sição ou sem aplicação;
• da eficiência econômica da atividade, através da otimização do uso dos insumos e au-
mento da produtividade.
Melhorias Gerais
• tornar-se viável trabalhar sob condições de baixa visibilidade, possibilitando o aumento
do número de horas trabalhadas com a adoção de pulverizações noturnas;
• a operação pode iniciar em qualquer ponto da lavoura;
• é possível utilizar o mesmo rastro em pulverizações futuras de forma precisa.
Desta forma, o piloto automático é mais uma ferramenta dentro do sistema de agricultura de 
precisão que visa aumentar a eficiência técnica e econômica da atividade agrícola, além de au-
mentar a responsabilidade ambiental na aplicação de defensivos agrícolas.
 Saiba Mais
Que tal visualizar um pouco dessa eficiência técnica e econômica por meio de um simulador? 
Existem alguns simuladores no mercado, entre eles o Best of PLM, um game de simulação 
utilizado pela New Holland para demonstrar as vantagens no uso de técnicas de Agricultura 
de Precisão (ou Precision Land Management – PLM). 
Vale a pena prestar atenção no gráfico ao fim do vídeo, quando o jogo estima o percentual 
de sobreposição de produtos no terreno, o desperdício de insumos e de combustível, além 
de outros dados financeiros.
Assita ao vídeo Best of PLM - https://www.youtube.com/watch?v=CPw_ 
l6ZoVkk&feature=youtu.be ou https://goo.gl/VC2gdJ
https://www.youtube.com/watch?v=CPw_l6ZoVkk&feature=youtu.be
12Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Recapitulando
No sistema de pulverização convencional, o operador utiliza alguns recursos de orientação, po-
rém, por mais experiente e habilidoso que ele seja, em muitos casos haverá faixas com sobre-
posição ou sem aplicação do produto, o que pode aumentar o custo de produção e reduzir a 
produtividade da lavoura. No cenário atual, onde cada vez mais o produtor busca otimizar seu 
sistema produtivo, o sistema de piloto automático surge como uma ferramenta importante para 
aumentar a viabilidade da atividade agrícola. Ao utilizar este sistema de orientação da máqui-
na via satélites, consegue-se maior precisão das distâncias entre as passadas do pulverizador, 
maior rendimento operacional pela possibilidade de trabalho noturno, maior velocidade de des-
locamento, maior conforto para o trabalhador, entre outras vantagens. Enfim, a utilização do 
piloto automático tende a aumentar a eficiência técnica e econômica da atividade agrícola, e a 
reduzir o risco de contaminação ambiental durante a aplicação de defensivos agrícolas.
13Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Aula 2 
Partes constituintes do piloto automático
Na aula anterior, você teve oportunidade de conhecer a principal função do sistema de piloto 
automático: aumentar a eficiência na aplicação de defensivos agrícolas. Para garantir o sucesso 
na utilização deste sistema, é importante que o operador seja qualificado e conheça em detalhes 
as partes constituintes do aparelho, bem como as funções de cada uma delas. O conhecimento 
minucioso deste sistema também contribui para a escolha do sistema que melhor atende às 
necessidades do produtor.
Portanto, ao final desta aula, espera-se que você seja capaz de:
• reconhecer os componentes do piloto automático; 
• diferenciar as funções das partes constituintes do piloto automático.
Tópico 1 
Funcionamento do piloto automático 
Como já visto, o piloto automático é um sistema que determina o direcionamento da máquina 
durante seu deslocamento. Ele pode ser parte integrante de tratores (ou pulverizadores autopro-
pelidos) e proveniente de fábrica, ou ainda pode ser adquirido como acessório à parte, para ser 
acoplado em um trator comum. O piloto automático faz o auto esterçamento da máquina agrí-
cola, através de um sistema de barra de luzes acoplado ao sistema de direção do equipamento.
Autopropelidos
Chama-se autopropelida a máquina que se desloca por um meio 
próprio de propulsão. No caso, um pulverizador autopropelido é um 
equipamento diferente de um trator equipado com um pulverizador.
Esterçamento
Ato de conduzir o volante para um lado ou para o outro.
14Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
O sistema de piloto automático cria linhas virtuais paralelas à esquerda e à direita, e garante o 
paralelismo entre as passadas de forma precisa e automática, evitando falhas ou sobreposições. 
Este mecanismo é similar ao da barra de luzes.
Barra de luzes
Você pode saber mais a respeitocursando o material 4 – Agricultu-
ra de Precisão na Semeadura. Acesse, caso ainda não o tenha feito!
A diferença é que o sistema de piloto automático apresen-
ta maior precisão do que a barra de luzes, já que o acio-
namento da direção é automático, feito com atuadores 
conectados ao volante ou à barra, ou diretamente ao sis-
tema hidráulico da direção, dessa forma, o direcionamen-
to da máquina não depende da ação do operador. O piloto 
automático faz um traçado exato na lavoura, podendo ser 
operado em retas, curvas ou em áreas de pivô central, e 
muitas vezes, o operador só é responsável pelo comando 
da direção para fazer as manobras de cabeceiras.
As partes constituintes do piloto automático podem so-
frer pequenas variações de acordo com o fabricante e 
com o tipo de atuador utilizado. Para maior esclarecimen-
to, o produtor ou o operador devem sempre consultar o 
manual do modelo empregado. De todo modo, as partes 
comumente utilizadas neste sistema serão vistas a seguir. 
Fonte: Senar-GO
Tópico 2 
Antena ou receptor GNSS
Para a orientação da máquina por sinais GNSS, é utilizada uma base fixa RTK, de coordenadas 
conhecidas, que, através de ondas de rádio UHF, se comunica com um receptor móvel, insta-
lado no alto do trator ou do pulverizador autopropelido. A base fixa é utilizada para corrigir as 
informações de posicionamento enviadas pelos satélites repassando-as ao receptor móvel, que 
processa e armazena os dados em tempo real.
15Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Fonte: Oliveira, 2009.
Neste sistema, a precisão no direcionamento da máquina é bastante grande, apresentando er-
ros menores do que cinco centímetros. Estes erros aumentam de acordo com o acréscimo da 
distância entre a base fixa e o receptor móvel, e com a existência de impedimento entre eles ou 
qualquer estrutura que possa interferir na comunicação. Você conhecerá mais sobre o uso da 
base RTK na próxima aula.
Tópico 3
Monitor do controlador
O monitor do controlador do piloto automático é o local em que o operador faz a inserção de 
informações importantes para a operação e acompanha os dados da pulverização. Deve se ter 
muito cuidado na inserção dos dados, pois uma informação equivocada pode comprometer todo 
o resultado da pulverização. 
16Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Informações e 
configurações mais 
importantes
• largura da faixa útil de aplicação; 
• criação do talhão;
• criação da linha A-B na primeira passada; carregar e salvar 
corretamente os dados etc.
O que o 
operador consegue 
acompanhar durante 
o processo
• a área pulverizada; 
• a linha virtual de deslocamento do pulverizador; 
• a barra de luzes; 
• alertas a respeito da pulverização etc.
O sistema do controlador 
eletrônico é responsável 
por processar as informa-
ções durante o desloca-
mento da máquina, e enviar 
o comando para os atuado-
res alterarem o sentido de 
deslocamento de acordo 
com a necessidade, sendo 
as informações apresenta-
das na tela do monitor.
Fonte: Jacto <www.jacto.com.br>.
17Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Tópico 4
Atuadores
Os atuadores, também chamados de pilotos, são os equipamentos que substituem o trabalho do 
operador no controle da direção, alterando o sentido de deslocamento da máquina sempre que 
necessário, para manter o sentido de orientação correto. 
Os atuadores utilizados no sistema de piloto automático são classificados em integrados e uni-
versais, sendo que o segundo tipo se divide em elétrico e eletromecânico.
Piloto Automático 
Universal
O piloto automático universal consiste basicamente 
em um mecanismo de atuação fixado na barra de dire-
ção próximo ao volante. É um sistema que apresenta 
menor custo de aquisição e, por este motivo, é bas-
tante utilizado pelos produtores. Pode ser comprado 
e instalado em máquinas que não possuem um siste-
ma de piloto automático integrado, sendo compatível 
com grande quantidade de máquinas. Recomenda-se, 
porém, realizar um estudo de viabilidade antes da 
aquisição do esquipamento.
Piloto Automático 
Universal Elétrico
Fonte: <http://dikengineering.
com/unipilot>.
É constituído por um motor elétrico fixado na coluna 
de direção por meio de um suporte universal. Esse su-
porte permite que sejam feitos ajustes, de modo que a 
extremidade do motor fique em contato com o volan-
te, movimentando-o para que o trator siga o alinha-
mento determinado. 
Desta forma, o eixo do motor elétrico gira nos dois 
sentidos, fazendo com que o volante da máquina vire 
para a direita ou para a esquerda. Para adequado fun-
cionamento, o contato entre o volante o motor elétri-
co do piloto deve proporcionar bom atrito, sob pena 
de haver deslizamento, e consequente perda na trans-
missão do movimento. 
18Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Eletromecânico
Fonte: Oliveira, 2009.
É constituído basicamente por uma estrutura formada 
pelo mecanismo de atuação conectado diretamente 
ao eixo central do volante. Nesse caso, a montagem 
consiste na substituição do volante original do trator 
por essa estrutura, que possui uma unidade de coman-
do responsável por receber as coordenadas vindas do 
controlador e atuar diretamente na coluna de direção 
do trator, realizando os ajustes a fim de manter o ali-
nhamento programado. 
Uma das vantagens desse tipo de piloto é que ocupa 
pouco espaço na cabine e não limita a visibilidade do 
operador quanto às informações no painel do trator. 
Além disso, permite que a funcionalidade telescópica 
do volante seja mantida. Folgas no sistema de direção 
podem comprometer o desempenho do funcionamen-
to desses dois tipos de automação.
Piloto Automático 
Integrado
Fonte: Trible <www.trimble.com>.
Consiste no controle do direcionamento do rodado da 
máquina feito por uma série de componentes eletrôni-
cos e hidráulicos integrados no seu sistema de direção. 
Proporciona maior precisão do que o sistema univer-
sal, uma vez que o tempo de resposta é menor, retor-
nando ao sentido de deslocamento ideal mais rapida-
mente. 
Apresenta um custo de aquisição superior aos outros 
tipos de pilotos.
19Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Além dos componentes apresentados anteriormente, o piloto automático integrado também 
apresenta o sensor de posição e o sensor de ângulo das rodas.
Sensor de posição
O sensor de posição identifica e corrige o erro de posicionamento da máquina durante o 
descolamento em áreas inclinadas, como a base de um terraço.
Sensor de rodas
O sensor do ângulo de rodas age identificando o ângulo das rodas dianteiras da máquina 
durante o deslocamento. Todas as informações geradas pelos sensores são enviadas ao con-
trolador, que transmite os comandos para o piloto automático.
Além disso, a válvula de direção hidráulica, responsável por executar a mudança no sentido de 
deslocamento, é acoplada diretamente no sistema hidráulico da direção. O sensor de ângulo 
das rodas dianteiras identifica a direção das rodas e comunica-a ao controlador, que envia uma 
corrente elétrica para a válvula de direção hidráulica para mudar o sentido de deslocamento, 
executando a curva para a direita ou para a esquerda.
Fonte: Verion <http://www.agriculturaverion.com.br/aplicacoes/8-piloto-automatico>.
http://www.agriculturaverion.com.br/aplicacoes/8-piloto-automatico
20Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
É importante destacar que o trabalhador pode intervir na direção sempre 
que necessário em todos os sistemas de piloto automático. O simples fato 
de o operador mudar a direção do volante desarma o sistema de piloto au-
tomático. Também há um interruptor que o operador pode usar para acio-
nar ou desativar o piloto automático no momento em que desejar.
Outros componentes também são bastante comuns nos sistemas de piloto automático, tais 
como, conectores, chicotes de fiação, pen drive, buzina, entre outros.
Recapitulando
Nesta aula, vocêestudou como o sistema de piloto automático possibilita ganho de eficiência 
durante a aplicação de defensivos agrícolas. O conhecimento dos componentes do piloto au-
tomático e de suas funções é importante para que o operador possa intervir e acompanhar a 
operação de forma correta. 
Os componentes mais importantes no piloto automático são:
• a antena ou receptor GNSS, que recebem os sinais de satélite e reconhecem o posicionamen-
to da máquina em seu deslocamento com extrema exatidão; 
• o monitor controlador, responsável pela configuração e apresentação das características da 
operação, bem como da emissão de comandos para orientar o deslocamento durante a apli-
cação; e
• o atuador, que pode ser o piloto automático universal ou o piloto automático integrado. O 
primeiro pode ser o piloto elétrico, que é acoplado diretamente no volante, ou o piloto ele-
tromecânico, que atua no eixo da coluna de direção. 
Outros componentes também são importantes para um eficiente funcionamento do piloto auto-
mático, tais como, conectores, chicotes de fiação, pen drive, buzina, entre outros.
 Saiba Mais
Que tal assistir a um exemplo de processo que utiliza um pulverizador autopropelido com 
o sistema de piloto automático integrado? Trata-se de um modelo Otmis, da Jacto.
<https://www.youtube.com/watch?v=IWnx1lrlwCk> ou 
<http://goo.gl/mYbqzg>
21Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Aula 3 
Operação com piloto automático
Você já estudou que o sistema de piloto automático proporciona grande eficiência nas aplica-
ções de defensivos agrícolas. Porém, o sucesso desta aplicação é dependente da qualidade e da 
capacidade do operador de atender corretamente às recomendações técnicas. Alguns cuidados 
e configurações são necessários e devem ser feitos de forma correta. Além disso, a regulagem do 
pulverizador é essencial para garantir as condições de funcionamento necessárias. A calibração 
do pulverizador e dos equipamentos do piloto automático, por sua vez, é determinante para o 
controle da qualidade da aplicação.
Portanto, espera-se que ao final desta aula você seja capaz de: 
• aplicar procedimentos de regulagem e calibração de pulverizadores equipados com piloto 
automático;
• compreender a configuração dos componentes do piloto automático.
Tópico 1
Sistema RTK
Para trabalhar com piloto automático nas aplicações de defensivos agrícolas, é importante se 
orientar através do sistema RTK (Posicionamento Cinemático em Tempo Real), utilizando uma 
base fixa de coordenadas conhecidas que, através de ondas de rádio UHF, envia informações 
(dados) para um receptor móvel. Este receptor, instalado na parte mais alta do trator ou do pul-
verizador autopropelido, faz o processamento dos dados de localização em tempo real. 
A base RTK pode ser instalada em uma antena fixa na propriedade ou sobre uma base de tripés 
montada próxima à área da pulverização. O piloto automático habilitado com o sistema RTK 
mantém o paralelismo entre as linhas com altíssima precisão, proporcionando erros menores 
do que cinco centímetros durante seu deslocamento. Isso é possível porque o esterçamento das 
rodas dianteiras está diretamente associado ao sistema de piloto automatizado da máquina.
22Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Fonte: Adaptada de John Deere <www.deere.com.br>.
Para operar e administrar essas tecnologias, é importante que o operador esteja capacitado e 
que domine os conceitos, as aplicações e a operação desses equipamentos. 
Tópico 2
Controladores de piloto automático
Em geral, os monitores que controlam o piloto automático também são capazes de realizar di-
versas outras tarefas como aplicações a taxas variáveis, controle de seções e operações com 
função DGPS. Os controladores do piloto automático podem variar de acordo com a marca e 
com o modelo, porém alguns procedimentos de configuração são comuns a todos eles. É impor-
tante que se consulte o manual para observar os detalhes desses procedimentos. 
O operador deve inserir alguns dados e realizar algumas configurações na tela do monitor de 
controle da aplicação. Além de ligar corretamente o equipamento, criar ou carregar trabalho, 
nomear o arquivo, criar a rota de deslocamento etc., alguns dados e configurações merecem 
destaque e devem ser fornecidas independentemente do modelo utilizado.
23Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Realizar a regulagem e a calibração do pulverizador é de extrema importân-
cia para garantir a uniformidade e a eficiência na aplicação. O fornecimento 
dos dados da calibração no monitor do controlador do piloto automático tam-
bém é de grande importância.
Desta forma, o controlador entende os valores reais obtidos na calibração como sendo valores 
de referência, ou seja, valores conhecidos, fazendo a regulagem para mais ou para menos, de 
acordo com cada situação no decorrer da aplicação.
O operador deve ser capacitado e orientado a realizar as seguintes operações.
Calibração 
das Seções de 
Pulverização
1. Abasteça o tanque com uma quantidade suficiente de água;
2. Acelere o trator e fixe uma rotação de 540 RPM na tomada de força; 
3. Com o comando no modo manual, abra todas as seções de pulveri-
zação; 
4. Ajuste no manômetro a pressão desejada; 
5. Feche uma seção de pulverização e verifique no manômetro se houve 
alteração da pressão; 
6. Se houver alteração, ajuste novamente a pressão desejada; 
7. Repita a operação nas demais seções de pulverização. A pressão na 
barra deverá ficar constante, independentemente do número de se-
ções ou bicos fechados.
24Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Ajuste 
da vazão 
de calda 
desejada
1. No modo manual, indique no monitor o valor da vazão desejada; 
2. Em seguida configure a vazão para o modo automático; 
3. O sistema vai entender a vazão de referência e manter este volume 
constante; 
4. A vazão deve ser compatível com: o tipo de ponta utilizada, a veloci-
dade de deslocamento e a pressão de trabalho. Por isso, é importante 
atentar para as recomendações técnicas estabelecidas. Por exemplo: 
uma pressão muito baixa pode proporcionar o fechamento da válvula 
antideriva, interrompendo a vazão; por outro lado, uma pressão muito 
alta proporciona gotas muito finas, com grande potencial de deriva.
Checagem da 
programação 
de calibração
1. É necessário ajustar a programação de acordo com as condições reais 
de trabalho de cada aplicação; 
2. No menu função calibração da vazão, veja o valor da vazão registrada 
no monitor; 
3. Com o trator em funcionamento a 540 RPM na TDF, e utilizando um 
copo graduado, colete a vazão de alguns bicos da barra, faça a média 
e veja se confere com a vazão do monitor; 
4. Caso a vazão real seja diferente, é necessário fornecer este valor no 
monitor e salvar.
Checagem 
da constante 
velocidade
1. Marque uma distância de 50 metros no campo, percorra-a na veloci-
dade de trabalho utilizada e determine o tempo necessário para per-
correr esta distância;
2. Calcule a velocidade de deslocamento da máquina, insira no monitor 
e salve.
25Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Constantes 
dos segui-
mentos da 
barra
1. Forneça o valor da largura de cada seguimento da barra. Esta largura 
corresponde à quantidade de bicos multiplicados pelo espaçamento 
entre eles; 
2. Caso você altere a quantidade de bicos na barra, é necessário alterar 
o valor da constante dos seguimentos, para o controlador entender a 
largura útil de pulverização da barra.
Teste dos sen-
sores e motor 
elétrico
1. No menu teste, forneça o modelo de máquina utilizado; 
2. Na opção função, selecione sensor de roda e, com a máquina em 
movimento, confira o resultado do funcionamento dos sensores das 
duas rodas do pulverizador; 
3. Na opção função, selecione sensor de vazão e, com o pulverizador 
funcionando, confira o funcionamento do sensor de vazão; 
4. Na opção função, selecione motor elétrico, coloqueno modo automá-
tico, acione as teclas mais (+) e menos (-) e confira se o motor elétrico 
se movimentou. Em caso positivo, o motor está normal; 
5. Na opção função, selecione sensor de nível e observe a informação 
“com água” ou “sem água”. Se estas mensagens aparecerem, o sen-
sor está funcionando normalmente; 
6. Quando o volume de calda no tanque baixar para 150 l, aparecerá um 
alerta para reabastecê-lo.
26Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Recomenda-
ções técnicas
1. O fornecimento dos dados corretos é fundamental para o funciona-
mento eficiente do sistema eletrônico. Seguindo as recomendações 
técnicas, é possível otimizar o uso dos produtos e evitar desperdícios; 
2. Além disso, em cada aplicação, verifique a calibragem dos pneus, pois 
este fator afeta o número de voltas registradas pelo sensor de roda; 
3. É fundamental que o medidor de vazão seja limpo a cada vez que o 
tanque do pulverizador for reabastecido. Esta limpeza é importante 
para que a precisão da leitura da vazão se mantenha correta. Faça a 
limpeza com o auxílio de um pincel, água limpa e sabão neutro; 
4. Os filtros da saída do tanque, da barra e dos bicos devem ser limpos 
diariamente ou com a maior frequência possível, para evitar entupi-
mento e obstrução do fluxo da calda, causando desuniformidade na 
aplicação; 
5. A limpeza dos bicos deve ser feita com o auxílio de um pincel ou es-
cova, nunca utilize a boca.
Funcionando 
manualmen-
te
1. Em caso de falha no sistema eletrônico, escolha a opção de funciona-
mento manual e continue o trabalho até o reparo do sistema; 
2. Dessa forma, é necessário acompanhar as informações da aplicação 
no monitor do controlador e realizar os comandos manualmente.
Deriva/antideriva
A “deriva de pulverização” é o termo usado para as gotas do in-
grediente que não são aplicadas na área-alvo. Os equipamentos 
antideriva são voltados para o controle da aplicação de líquidos por 
meio de fatores como tamanho da gota, taxa de aplicação, altura do 
bico de pulverização, velocidade da operação, entre outros. Você vai 
se aprofundar neste assunto no Módulo 5.
27Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Recapitulando
Para garantir a precisão no deslocamento do pulverizador, é necessária a utilização do sistema 
RTK, constituído por uma base fixa próxima da área de pulverização, e por um receptor móvel, 
instalado na máquina. Este receptor determina a localização da máquina em tempo real e com 
precisão de cinco centímetros. A inserção de dados e a calibração do controlador da aplicação 
são de extrema importância, uma vez que a inserção de dados errados pode provocar o insuces-
so de toda a aplicação. O operador deve estar capacitado e ser instruído a realizar periodicamen-
te a regulagem e a calibração do pulverizador. Os dados da calibração devem ser fornecidos ao 
controlador, para que ele reconheça os dados de referência e consiga ajustar automaticamente 
as doses desejadas durante a aplicação. As configurações completas do controlador são encon-
tradas em seu manual, devendo ser utilizadas sempre que necessário.
Nas próximas páginas, você vai encontrar a atividade de aprendizagem para verificar os conhe-
cimentos construídos ao longo deste módulo. Não esqueça que você deve entrar no Ambiente 
de Estudos para registrar as respostas no sistema, que também vai liberar o próximo módulo de 
conteúdo!
Siga em frente e aproveite bem a atividade!
 Saiba Mais
Para você ver na prática como são feitas as configurações anteriormente descritas, aces-
se os vídeos a seguir. Eles são referentes a funções básicas do monitor dos controladores 
OTMIS 1100 Jacto (<https://www.youtube.com/watch?v=sP_FRpU4G3g> ou <https://goo.
gl/n3Wglo>) e TOPPER 4500 Stara (<https://www.youtube.com/watch?v=YEAFYu5iiXI> ou 
<https://goo.gl/6UMivJ>), modelos mais comumente utilizados nos sistemas de piloto au-
tomático. Acesse já!
https://www.youtube.com/watch?v=sP_FRpU4G3g
https://www.youtube.com/watch?v=YEAFYu5iiXI
28Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
Atividade de aprendizagem
Você chegou ao final do Módulo 1 do Curso Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos 
Agrícolas. A seguir, você realizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado neste 
módulo. Lembre-se que as repostas devem ser registradas no Ambiente de Estudos, onde você 
também terá um feedback, ou seja, uma explicação para cada questão.
1. Considerando o que você estudou sobre a importância do piloto automático na aplicação de 
defensivos agrícolas, assinale a alternativa correta:
a) Na pulverização convencional, muitas vezes ocorre sobreposição de pulverização em al-
gumas áreas, gerando prejuízo para os produtores.
b) Na pulverização convencional a máquina é direcionada pelo piloto automático.
c) O piloto automático diminui a precisão no direcionamento da máquina durante a aplica-
ção de defensivos agrícolas.
d) As técnicas de orientação e demarcação por bandeiras ou por contagem de número de 
linhas são técnicas utilizadas na agricultura de precisão.
2. Você estudou sobre as partes constituintes do piloto automático. Agora, analise as seguintes 
afirmações e marque a alternativa correta:
a) A configuração do monitor do controlador da aplicação é feita de forma automática na 
agricultura de precisão.
b) Com a utilização de uma antena fixa e de um receptor GNSS móvel instalado na máquina, 
é possível ter uma precisão muito boa no deslocamento da máquina, entre 25 e 50 cm.
c) No sistema de piloto automático universal, o piloto hidráulico é acoplado diretamente nas 
rodas dianteiras da máquina, realizando o seu direcionamento automático.
d) O piloto automático integrado é o que apresenta maior acurácia no deslocamento da má-
quina.
29Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas »
3. De acordo com o que você estudou sobre a operação com piloto automático na aplicação de 
defensivos agrícolas, analise as opções e assinale a alternativa correta:
a) O receptor móvel do sistema RTK gera os mapas de aplicação durante a pulverização do 
talhão.
b) A limpeza dos filtros do pulverizador deve ser feita a cada três meses.
c) Antes do início da pulverização é necessário conferir se a vazão do pulverizador confere 
com o valor de referência do controlador.
d) A pressão de trabalho não necessita ser ajustada antes da pulverização, pois não tem in-
fluência sobre a operação.
1Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Programa Agricultura de Precisão
Agricultura de Precisão 
na Aplicação de 
Defensivos Agrícolas
» Módulo 2: Mapas de variabilidade para 
aplicação de defensivos agrícolas
Ficha técnica
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
INFORMAÇÕES E CONTATO
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
Rua 87, nº 662, Ed. Faeg, 1º Andar: Setor Sul, Goiânia/GO, CEP: 74.093-300
(62) 3412-2700 / 3412-2701
E-mail: senar@senargo.org.br
http://www.senargo.org.br/
http://ead.senargo.org.br/
PROGRAMA AGRICULTURA DE PRECISÃO
PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
José Mário Schreiner
TITULARES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guimarães e 
Tiago Freitas de Mendonça.
SUPLENTES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Eleandro Borges da Silva, 
Bruno Heuser Higino da Costa e Tiago de Castro Raynaud de Faria.
SUPERINTENDENTE
Eurípedes Bassamurfo da Costa
GESTORA
Rosilene Jaber Alves
COORDENAÇÃO
Fernando Couto de Araújo
IEA - INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS S/S
Conteudistas: Renato Adriane Alves Ruas e Juliana Lourenço Nunes Guimarães
TRATAMENTO DE LINGUAGEM E REVISÃO
IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S
DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO
IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S
3Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Módulo 2
» Mapas de variabilidade para aplicação de defensivos agrícolas
Fonte: Farm Works Mapping Software<www.ascommunications.co.uk>.
Uma situação interessante nas lavouras ocorre quando o manejo localizado das infestações cau-
sadas pelas pragas, doenças e plantas daninhas reduz as doses de defensivos. Isto proporciona 
inclusive benefícios econômicos e ambientais. 
Para que esse manejo se torne operacional, é necessário que sejam elaborados mapas de varia-
bilidade que indiquem a forma de distribuição das infestações no espaço e no tempo dentro das 
lavouras. Exatamente como isso ocorre é o que veremos neste módulo. Vamos lá? 
Atenção! Sempre que finalizar a leitura do conteúdo de um módulo, você 
deve retornar ao Ambiente de Estudos para realizar a atividade de apren-
dizagem.
Siga em frente e bons estudos!
4Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Aula 1
Tipos de mapas de variabilidades para aplicações de defensivos
Como primeira informação, importante ter clareza do que são mapas de variabilidade e da dife-
rença entre eles. Acompanhe!
Mapas de Variabilidade Espacial Mapas de Variabilidade Temporal
Os mapas de variabilidade espacial me-
dem informações de cada subárea de cul-
tivo, podem ser empregados em qualquer 
tipo de infestação e fornecem informa-
ções valiosas para a tomada de decisão 
referente ao início do controle químico a 
taxa variável. 
Já os mapas de variabilidade temporal 
apresentam informações acumuladas de 
outras safras para a mesma subárea, e po-
dem fornecer dados importantes sobre a 
dinâmica das infestações, sobretudo das 
plantas daninhas, acerca das quais as pes-
quisas têm obtido melhores resultados. 
Este tipo de mapa requer mais estudo 
para explicar melhor o comportamento 
de certas doenças e insetos que atacam 
as lavouras a médio e longo prazo. 
De qualquer forma, é necessário que se conheçam os principais tipos de mapas empregados 
nas aplicações de defensivos, a fim de auxiliar na tomada de decisão sobre o melhor controle 
localizado a ser adotado.
Portanto, ao final desta aula, espera-se que você tenha desenvolvido a habilidade de reconhecer 
os tipos de mapas de variabilidades mais usados nas aplicações a taxas variáveis de defensivos 
agrícolas.
Tópico 1
Manejo e Variabilidade
Uma das principais premissas da Agricultura de Precisão é o manejo localizado com base na 
variabilidade dos solos e das lavouras. Assim, podemos deduzir o quão importante é a correta 
interpretação destes mapas de variabilidade, já que é a partir dessa análise que as decisões são 
tomadas. 
5Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Os mapas representam a digitalização das características de interesse de 
uma área, e abrem espaço para uma série de análises.
Inicialmente, a maioria dos estudos de variabilidade se restringia a análises de produtividade 
em relação à fertilidade dos solos. Entretanto, nem toda a variação na produtividade pode ser 
explicada apenas pela qualidade química dos solos. É possível que essa variação esteja também 
relacionada a outros fatores. 
Exemplos de fatores não relacionados à variabilidade do solo
• o ataque das pragas (insetos);
• doenças causadas por micro-organismos (como fungos 
e bactérias); 
• ocorrência de plantas daninhas.
Quando não forem adequadamente controlados, esses fatores podem cau-
sar redução de até 100% na produtividade das lavouras em geral.
Para reduzir essas perdas, o que se verifica com frequência na prática é o uso de defensivos agrí-
colas em área total. Para atingir o alvo, normalmente empregam-se elevadas doses e volumes 
de calda. Nesse caso, sugere-se uma demanda média da aplicação de defensivos na área.
Entretanto, 
o que se sabe 
atualmente?
Sabe-se que tanto as pragas quanto as doenças e as plantas da-
ninhas distribuem-se de forma variável pela lavoura, podendo ser 
manejadas de forma localizada. Assim, além do impacto econô-
mico positivo que a otimização das aplicações localizadas pode 
gerar, deve-se destacar também a importância ambiental que essa 
prática proporciona, uma vez que poderão ser reduzidas quantida-
des consideráveis de produtos depositados no solo.
6Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Deve-se ressaltar que a tomada de decisão sobre o emprego do controle 
químico deve estar atrelada ao manejo integrado, que, em síntese, define 
técnicas de amostragem e também estabelece os níveis de danos econômi-
cos, que são utilizados como parâmetro para a definição do momento de 
iniciar o controle.
Essa é uma área do conhecimento que, apesar dos diversos avanços obtidos nos últimos tem-
pos, ainda não conta com definições de níveis de danos para diversas pragas, doenças e plantas 
daninhas que atacam as lavouras.
Para tanto, o mapeamento visando à definição de estratégias de aplicação de defensivos é muito 
importante e, em princípio, todos os tipos de mapas de variabilidade podem ter alguma impor-
tância para essa operação. Em geral, os mapas podem ser agrupados em mapas de variabilidade 
espacial e temporal, e apresentam distinções entre si quanto à forma de tratar de pragas, doen-
ças ou plantas daninhas.
Tópico 2
Mapas de variabilidade espacial
Acompanhe a seguir as principais características dos mapas de variabilidade espacial.
Os mapas de variabilidade espacial retratam a intensidade da dis-
tribuição do ataque das pragas, doenças e plantas daninhas e per-
mitem a intervenção pontual de modo a reduzir os danos causados 
nas lavouras. Geralmente, eles são apresentados na forma de iso-
linhas, que indicam uma superfície contendo pontos agrupados de 
mesmo valor.
O que se visualiza é uma tendência da média geral das observa-
ções feitas no campo através da análise de áreas com maiores e 
menores concentrações, indicadas por faixas de cores. A escolha 
das cores deve ser feita com base em critérios representativos do 
fenômeno estudado. Nesse caso, sugere-se que maiores concen-
trações se apresentem em cores vermelhas mais intensas, reduzin-
do a tonalidade para cores mais suaves como verdes, amarelas ou 
azuis à medida que a concentração diminui.
7Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Quando indicam a intensidade do ataque em si, esses mapas são 
denominados mapas de condição, e são importantes para a to-
mada de decisão sobre o tipo de manejo a ser realizado. A partir 
deles, faz-se um estudo das quantidades de defensivos que de-
verão ser aplicadas em cada área gerando, assim, os mapas de 
recomendação.
Estes mapas digitalizados são inseridos nas memórias dos mo-
nitores existentes nos pulverizadores equipados com tecnologia 
para aplicação a taxa variável. Os monitores comandam atuadores 
responsáveis por abrir ou fechar, totalmente ou parcialmente, vál-
vulas que controlam a vazão das pontas, sobre as áreas de maior e 
menor infestação, respectivamente.
Fonte Icones Shutterstock
Tópico 3
Mapas de variabilidade temporal
Agora, veja quais são as principais características dos mapas de variabilidade temporal.
Os mapas de variabilidade temporal têm grande importância para 
a predição de futuras interferências das pragas, doenças e plan-
tas daninhas nas lavouras. Alguns trabalhos apontam que áreas 
com elevada infestação, sobretudo de plantas daninhas, possuem 
elevada probabilidade de serem novamente infestadas no futuro. 
Isso ocorre devido às estruturas de propagação que se instalam 
em certa faixa de solo e iniciam o processo de reprodução, estimu-
ladas pelas práticas agrícolas convencionais.
Um exemplo típico e um dos mais estudado é o das plantas dani-
nhas que, após passarem pelo estado de reprodução, lançam suas 
sementes no solo e criam um banco de sementes em reboleiras 
que pode germinar a cada novo preparo da área, mantendo cer-
ta estabilidade na ocorrência das mesmas manchas durante anos 
seguidos.
8Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Já as pragas possuem maior mobilidade em relação às doenças 
e plantas daninhas, e podem se apresentar tanto em reboleiras 
quanto em distribuição mais uniforme pela área. Nesse caso, ava-
riabilidade temporal ocorre com maior frequência e a elaboração 
dos mapas deve ser feita em menor espaço de tempo a fim de mo-
nitorar mais adequadamente o comportamento das infestações.
Fonte ícones Shutterstock
0 - 202
202 - 404
404 - 606
606 - 808
808 - 1010
1010 - 1212
1212 - 1414
1414 - 1616
1616 - 1616
Sementes de Commenlina benglalensis/m
100 0 100 200m
sentido do tráfego de máquinas
N
0
S
L
2
Fonte: Shiratsuchi, L. S.; Cristoffoleti, P. J; Fontes, J. R, 2003.
Os mapas de variabilidade espacial para análise de doenças nas lavouras são bons para a pre-
dição de ataques que podem ser severos, sendo bons indicativos para a entrada do controle 
químico corretivo e preventivo na área. Nesse caso, recomenda-se que o mapa seja elaborado o 
mais rápido possível, a fim de tratar do problema com antecedência. 
9Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Por outro lado, estes mapas ainda não fornecem informações precisas so-
bre alguns pontos, por exemplo, eles não oferecem definições dos padrões 
de ocorrência no espaço e ao longo do tempo, para que se possa estabelecer 
uma estratégia de manejo a longo prazo pela agricultura de precisão.
Isso ocorre, basicamente, por causa do dinamismo da disseminação dos fungos e bactérias, que 
pode acontecer naturalmente, devido aos fatores climáticos, ou através da ação humana, como 
a movimentação das máquinas pelas lavouras, que acabam transportando os micro-organismos 
de um lado para o outro.
Fonte: <http://www.smartbiotecnologia.com.br/site/>
Recapitulando
Nesta aula, você viu que os mapas de variabilidade espacial e temporal referentes às infestações 
das pragas, doenças e plantas daninhas são a base para a aplicação de defensivos agrícolas a 
taxa variável. Os mapas de variabilidade espacial fornecem informações pontuais que permitem 
a distribuição de doses e volumes de calda de defensivos específicos para cada intensidade da 
mancha de infestação, proporcionando economia e redução do impacto ambiental normalmen-
10Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
te causado pelas aplicações de defensivos. Nesse sentido, devem-se observar os conceitos do 
manejo integrado, e os pulverizadores devem ser adequadamente equipados com dispositivos 
para o manejo localizado. Já os mapas de variabilidade temporal são mais empregados para o 
estudo do comportamento de bancos de sementes de plantas daninhas, sobretudo pela maior 
facilidade de predição da ocorrência das infestações ao longo dos anos.
Aula 2
Elaboração de mapas de variabilidade
A elaboração dos mapas de variabilidade para aplicação de defensivos requer adoção de técni-
cas de amostragens específicas de acordo com cada infestação. A técnica de amostragem ado-
tada deve operar de forma veloz, tendo em vista a intensidade do ataque das pragas, doenças e 
plantas daninhas, além de ser de fácil execução e de baixo custo. É importante que se conheçam 
as principais formas de coleta de informações e o seu processamento, a fim de se fazer uso da 
técnica mais adequada para cada situação e obter mapas confiáveis.
Assim, espera-se que ao final desta aula você esteja apto a: 
• identificar as formas de coleta de dados para elaboração de mapas de variabilidade; e
• aplicar técnicas de geoestatística para elaboração de mapas de variabilidade.
Tópico 1
Técnicas de amostragem e infestações
A aplicação localizada de defensivos agrícolas requer a elaboração de mapas confiáveis e que 
demonstrem a variabilidade das infestações das pragas, doenças e plantas daninhas. Para tanto, 
a coleta de dados visando à elaboração de tais mapas deve ser feita de forma criteriosa, além de 
ser necessário dispor de informações específicas, como você verá a seguir. 
11Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Conhecimentos 
necessários para 
coleta de dados
• Níveis de infestação. 
• Grau de contagiosidade. 
• Espécies presentes. 
• Intensidade. 
• Modo de reprodução.
 
Geralmente, essas infestações ocorrem em reboleiras devido a aspectos relacionados à biolo-
gia, ou a fatores que proporcionam maior agregação em certas partes da lavoura como fertilida-
de e umidade do solo, topografia, produtividade da lavoura, trânsito de máquinas e bordaduras. 
Fonte: SHIRATSUCHI, L. S.; MOLIN, J.P; CRISTOFFOLETI, P. J, 2004. 
 <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-83582004000200014>.
12Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
A fim de mapear as áreas infestadas, devem-se adotar técnicas de amostra-
gem que proporcionem mapeamento rápido devido ao dinamismo das infes-
tações. A amostragem também deve ser simples e realizada no momento ade-
quado, de acordo com as indicações do manejo integrado.
O manejo integrado define as técnicas mais adequadas para obtenção de informações para cada 
tipo de infestação. De modo geral, podem-se adotar três técnicas de amostragem de acordo 
com o deslocamento pela área: caminhamento em grade de amostragem, caminhamento no 
contorno das manchas e deslocamento das máquinas pelo campo. A seguir, essas três técnicas 
serão descritas em detalhes.
Tópico 2
Caminhamento em grande mostragem
A amostragem pelo caminhamento em gra-
de consiste na divisão da área em unidades 
de tamanhos regulares, podendo variar de 
2 x 2 m até mesmo 2000 x 2000 m, depen-
dendo do grau de detalhamento desejado, 
e das condições operacionais e financeiras 
disponíveis para realizar a amostragem. 
Quanto maior a distância entre os pontos 
amostrais, menor será a confiabilidade do 
mapa, uma vez que pequenas manchas po-
derão ser ignoradas e resultar em grandes 
infestações em curto espaço de tempo.
Fonte: Mapa, 2009.
Dentro de cada grade amostral podem ser feitas avaliações quantitativas e qualitativas. Veja. 
Avaliação 
Quantitativa
A avaliação quantitativa consiste na contagem de todas as espécies de 
plantas, insetos ou plantas atacadas existentes na malha. Trata-se de 
uma amostragem que proporciona o levantamento de grande quantida-
de de informação. Entretanto, é muito demorada e possível de ser empre-
gada apenas em pequenas áreas ou com pequena infestação.
Grade regular (grid) 
sobreposta na área
Inverso da distância 
ou Krigagem
13Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Avaliação 
Qualitativa
Na avaliação qualitativa, registra-se apenas a presença de uma espécie 
ou de um grupo de espécies na malha. Está é mais rápida e permite le-
vantar informações sobre a diversidade de espécies infestantes, porém, 
não informa sobre a severidade das infestações. Pode-se também adotar 
tabelas de referência com escalas de intensidade de ataque para inferir o 
nível de dano causado à lavoura.
Depois de processado, um mapa de variabilidade temporal da infestação de plantas daninhas 
ficaria como o exemplo a seguir.
Fonte: Monquero, Silva, Hirata, Martins, 2011. 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-83582011000100013>. 
Tópico 3
Caminhamento no contorno das manchas
Consiste no deslocamento feito por um operador pelo perímetro das manchas com o auxílio de 
receptor de sinal GNSS para georreferenciar a área infestada. Em cada mancha realiza-se a iden-
tificação das espécies presentes e o estádio de desenvolvimento. Para amostragens em áreas 
muito extensas, geralmente utiliza-se um veículo para facilitar o deslocamento. 
14Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
georreferenciar
Atribuir coordenadas de localização a determinado objeto.Você pode aprofun-
dar seus conhecimentos sobre georreferenciamento e orientação por satélite 
no segundo curso deste programa, “Sistemas de Orientação por Satélite”.
Uma característica dessa avaliação é que se torna possível determinar o total 
das áreas ocupadas apenas por manchas individuais ou pelo total delas, sen-
do uma informação importante para análise temporal de evolução das infes-
tações.
É um método muito empregado para amostragem de plantas daninhas,pois é menos trabalhoso 
do que outros métodos, é rápido e de fácil implementação, resultando em maior economia na 
aplicação de herbicidas. 
Entretanto, os contornos das reboleiras podem ser de difícil visualização se as plantas daninhas 
ainda estiverem pequenas ou muito distantes entre si, dificultando a delimitação do perímetro.
Reboleiras
Pequena área com intensa infestação de pragas, doença ou plantas daninhas, 
que prejudica o desenvolvimento da cultura.
Tópico 4
Deslocamento das máquinas pelo campo
É possível realizar o mapeamento de áreas infestadas por pragas, doenças e plantas daninhas 
acompanhando o deslocamento das máquinas agrícolas durante as operações, por exemplo, de 
subsolagem, adubação, aplicação de defensivos e colheita. Confira a seguir as etapas.
15Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Registro
Durante o deslocamento da máquina, o operador registra a presença da reboleira no recep-
tor de sinal GNSS e, ao final, tem-se o mapa da distribuição da infestação pela área. Quando 
realizada juntamente com as operações mais iniciais, da fase de implantação da lavoura, 
como subsolagem e adubações de cobertura, essa técnica permite a definição de estratégias 
de controle mais rapidamente, evitando possíveis prejuízos com a redução da produtividade 
das lavouras. Porém, os estádios de desenvolvimento iniciais podem não apresentar infes-
tações, que surgirão somente mais tarde. Verifica-se atualmente que diversas amostragens 
são feitas durante o deslocamento das colhedoras. Nesse caso, pode-se verificar a presença 
de reboleiras com maior nitidez, tornando o registro mais fácil. Entretanto, nesse caso, o 
prejuízo causado pela interferência na lavoura já foi estabelecido, o que é uma desvantagem.
Captura de imagens
Diversas empresas têm proposto a obtenção de imagens aéreas retiradas a partir de unida-
des móveis de voo de baixa altitude, conhecidas como drones. Eles são capazes de se deslo-
car por grandes extensões territoriais e obter imagens georreferenciadas de boa qualidade. 
Essa mesma técnica também pode ser utilizada através de imagens obtidas por satélites, 
normalmente a maiores custos, ou então por sensoriamento remoto.
Coleta de Dados e Processamento
Após a coleta dos dados, deve-se realizar o seu processamento empregando softwares espe-
cíficos. De modo geral, esses softwares associam a informação registrada ao local de onde 
ela foi extraída. Assim, a qualidade da coleta dos dados no campo é fundamental para a 
elaboração de mapas confiáveis. Nessa etapa, são executados procedimentos matemáticos 
que identificam a semelhança de valores vizinhos, de modo a formar um agrupamento de 
valores. Trata-se da geoestatística que, diferentemente da estatística clássica, processa os 
dados de acordo com a dependência espacial entre eles.
Drones
Pequenos equipamentos para voos não tripulados que ope-
ram por controle remoto.
16Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Na prática, quando se visualiza um mapa de variabilidade com várias man-
chas, o limite entre elas indica que, a partir daquele ponto, as amostras cole-
tadas no campo são diferentes entre si, ou seja, não apresentam mais depen-
dência no tempo ou no espaço.
Uma informação valiosa que também pode ser extraída desses mapas é a definição da distância 
que poderá ser adotada entre a coleta das amostras, visando à elaboração de outros mapas para 
estudo da mesma infestação naquela área.
Com o avanço da informática na agricultura, atualmente diversas máquinas são equipadas com 
softwares capazes de elaborar mapas de variabilidade com rapidez e boa confiabilidade. Nesse 
caso, é muito importante o operador ser devidamente treinado para lidar com os recursos ofe-
recidos pelo programa.
Recapitulando
Nesta aula, você viu como a elaboração dos mapas de variabilidade para aplicação de defensi-
vos requer a adoção de técnicas de amostragem específicas, de acordo com as características da 
infestação das pragas, doenças e plantas daninhas. Dentre as principais formas de amostragens 
destacam-se: caminhamento em grade de amostragem, caminhamento no contorno das man-
chas e deslocamento das máquinas pelo campo. 
Para todas as formas de amostragem, deve-se georreferenciar o local de onde a informação 
é extraída. Muitas empresas têm oferecido no mercado pequenas aeronaves comandadas por 
controle remoto capazes de retirar imagens georreferenciadas visando à elaboração de mapas. 
O processamento das informações obtidas, associadas ao georreferenciamento, é executado 
por técnicas de geoestatística, que forma grupos com valores de amostragens semelhantes en-
tre si, criando, assim, os mapas de variabilidade.
17Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Aula 3
Aplicações de defensivos a taxas variáveis
Você já estudou que uma das principais contribuições da aplicação de defensivos a taxa variável 
é reduzir a quantidade de produtos aplicados na agricultura, o que proporciona economia de 
gastos. Os pulverizadores equipados com essa tecnologia realizam a distribuição dos produtos 
de forma localizada sobre os alvos a partir de informações das manchas apresentadas nos ma-
pas de variabilidade, ou mesmo sobre alvos mais individualizados, localizados em tempo real 
por câmeras, a depender da sofisticação do equipamento. 
Diferentemente das outras operações a taxa variável, os pulverizadores podem fazer aplica-
ções a taxa variável baseando-se em mapas de recomendação georreferenciados, ou utilizando 
sensores para aplicações em tempo real. Para funcionar adequadamente, os equipamentos de 
pulverização a taxa variável devem atender aos padrões de comunicação entre as interfaces 
oferecidas pelos diferentes fabricantes.
Assim, espera-se que ao final desta aula você seja capaz de:
• reconhecer equipamentos utilizados nas aplicações a taxas variáveis; e
• aplicar procedimentos de configurações de equipamentos utilizados nas aplicações a taxas 
variáveis.
Tópico 1
Taxa variável e eficiência
Você sabia que, no geral, a eficiência da aplicação de defensivos é baixa?
Isso ocorre porque, normalmente, aplicam-se doses acima daquelas que realmente seriam ne-
cessárias para realizar o controle, a fim de compensar as perdas que acometem a aplicação. 
Dentre essas perdas, podem-se destacar aquelas causadas pelas condições climáticas inade-
quadas durante a aplicação que, a depender da condição, pode espalhar os produtos aplicados 
para locais distantes dos alvos. 
Por considerar que as pragas, doenças e plantas daninhas possuem distribuição uniforme pela 
área, aplica-se o mesmo volume de calda em concentração constante do produto. Dessa forma, 
em alguns locais há aplicações em excesso e em outros, aplicação carente.
18Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Dessa forma, um dos desafios da pulverização a taxa variável é melhorar a 
eficiência da pulverização no resultado final do processo.
Como melho-
rar a eficiên-
cia da pulve-
rização?
Atualmente, podem ser empregadas algumas técnicas, como a aplicação 
a taxa variável para distribuir os defensivos de acordo com a necessidade 
de cada subárea. Para tanto, é necessário que o equipamento seja capaz 
de se localizar no campo, aumentando ou diminuindo a quantidade de 
produto a ser aplicado quando passar por subáreas de maior ou menor 
necessidade, respectivamente.
Nesse aspecto, a aplicação de defensivos difere das demais operações pelo fato de poder ser 
realizada de duas formas distintas. 
Baio e Antuniassi, 2011. <http://www.
agencia.cnptia.embrapa.br/Reposi-
torio/1622_000fkl0f2ta02wyiv80s-
q98yqf7fpgf0.pdf>
A primeira forma baseia-se no prévio mapeamento geor-
referenciado do ataque das pragas, doenças e plantas 
daninhas, o que permite a elaboração do mapa de reco-
mendação ou aplicação. Esses mapas são utilizados para 
comandar a aplicação localizada dos defensivos sobre os 
alvos à medida que o pulverizador, devidamente equipa-
mento com sistema de determinaçãode posicionamento 
por satélite, se desloca pela área. Os pulverizadores mais 
sofisticados operam com pilotos automáticos que se orien-
tam por satélites de navegação empregando sinais com 
correção RTK.
Fonte: Adaptada de Geo Agri <http://
www.geoagri.com.br/Produtos.
aspx?idSubCategoria=8c17b0c5-8c-
11-47fc-b173-bd820a8d2e5c>.
A outra forma se baseia no uso de câmeras digitais ou sen-
sores que detectam o alvo de forma instantânea, e enviam 
uma mensagem para atuadores responsáveis pela dosa-
gem e aplicação localizada sobre os alvos, tudo em uma 
única passada do pulverizador. Essa técnica será descrita 
em maiores detalhes nas aulas seguintes.
19Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Portanto, utilizando-se mapas ou sensores, é possível realizar variações tanto no volume de cal-
da aplicado como na dose do defensivo. Dois componentes dos pulverizadores são muito impor-
tantes nesse ajuste: o comando de pressão e a bomba. Conheça-os a seguir. 
Tópico 2
Comando de pressão
O comando é constituído por uma válvula 
de três vias, uma que recebe a calda, outra 
que a envia para a barra de pulverização, e 
outra que faz com que a calda retorne para 
o tanque de pulverização. Quando esta úl-
tima via é total ou parcialmente fechada, 
a calda se direciona em maior quantidade 
para a barra, aumentando a pressão e o 
volume aplicado. 
Fonte: <http://www.adventurepulv.com.br/loja/pro-
duto/Comando-jacto-4-vias.html>.
É importante ressaltar que quanto maior a pressão na barra de pulverização, menor é o tamanho 
das gotas, o que pode acarretar em maior deriva. Para reduzir o volume aplicado, deve-se, por-
tanto, abrir a via de retorno para o tanque de pulverização reduzindo a quantidade de calda que 
vai para barra. O comando pode apresentar um número maior de vias em função da quantidade 
de seções existentes na barra de pulverização. De todo modo, existem diferenças entre os mo-
delos convencionais e mais modernos. Acompanhe!
Pulverizadores Convencionais
Em geral, determinam uma posição para a válvula do comando, que mantém a mesma vazão 
das pontas, independentemente de eventuais variações na velocidade de trabalho. Nesse 
caso, o volume de calda aumenta e diminui quando a velocidade diminui e aumenta, respec-
tivamente.
20Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Pulverizadores Modernos
Possuem comandos que ajustam automaticamente o retorno da calda para o tanque, varian-
do a vazão das pontas de acordo com a velocidade de trabalho, visando à manutenção do 
volume de calda por hectare constante.
Fonte: <http://www.tecnomark.ind.br/produtos.php?id=smartSprayerCom>.
Esses comandos também podem atuar ajustando o retorno dentro de uma mesma velocidade 
de trabalho, consequentemente, eles alteram o volume aplicado, de acordo com a demanda do 
mapa de recomendação, praticando a aplicação a taxa variável. 
Tópico 3
Bomba
Os pulverizadores autopropelidos, em geral, utilizam bomba centrífuga, diferentemente dos pul-
verizadores tratorizados que operam, em sua quase totalidade, com bomba de pistão pelo fato 
de necessitarem de alta pressão. 
21Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Características dos autopropelidos
• Necessitam da bomba centrífuga, pois deslocam-se normalmente em maiores velocida-
des e, dessa forma, devem deslocar maior volume de calda. 
• Nesse caso, o acionamento da bomba é realizado por motor hidráulico de rotação variá-
vel pelo fluxo hidráulico. 
• A vazão que a bomba desloca é ajustada de acordo com a rotação, assim, quando se de-
seja vazão máxima, a bomba deve ser operada com a máxima rotação.
Tópico 4
Interface ISOBUS
Tendo em vista que os exemplos de tecnologia vistos anteriormente são considerados bastante 
viáveis para aplicação de defensivos, o que se vê são diversas empresas investindo em vários 
equipamentos para aprimorar a aplicação a taxa variável. Para você ter uma ideia, em meados 
da década de 2000, já havia no mercado vários pulverizadores com diferentes interfaces entre os 
sistemas eletrônicos e o operador, o que dificultou o entendimento da apresentação das infor-
mações e, por vezes, impossibilitou a comunicação entre os componentes eletrônicos. 
Pensando nisso e em diminuir a complexidade dessas interfaces, foi criado o Protocolo de comu-
nicação denominado ISOBUS (Padrão ISO 11783). O termo ISO se refere à International Organiza-
tional for Standardization, e o termo BUS se refere ao barramento que sugere uma padronização 
entre as conexões físicas das partes que compõem os sistemas eletrônicos dos pulverizadores, 
baseada em um sistema chamado CAN (Controller Area Network). 
22Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Fonte: Adaptada de Tejeet, 2009. 
Atualmente, essa é uma necessidade identificada pela indústria de pulverizadores e de máquinas 
agrícolas em geral, pelo fato de terem que oferecer tecnologias que possam ser compartilhadas 
por vários equipamentos, aumentando a versatilidade da aplicação de seus produtos. 
Em geral, a configuração desses componentes eletrônicos pode ser feita de dois modos: básico 
e avançado. 
Configuração básica
Utilizada para a entrada de dados rotineiros de aplicação, quando se deseja pulverizar gran-
des extensões uniformes.
Configuração avançada
Permite a entrada de dados que eventualmente sejam necessários para alterar alguma in-
formação da configuração básica. Como acontece na maioria dos microcomputadores, em 
caso de inserção de dados equivocados, pode-se retornar à configuração básica por meio da 
opção “reset”.
23Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Recapitulando
Nesta aula, você pôde ver que as aplicações de defensivos a taxas variáveis podem ser realiza-
das com a detecção dos alvos em tempo real, seguida da dosagem do produto e da aplicação 
localizada em uma única passada do pulverizador. Atualmente, a forma mais usual é a utilização 
de mapas georreferenciados de aplicação, que são inseridos na memória das unidades de co-
mandos dos sistemas de pulverização. O ajuste no volume de calda pode ser feito pelo comando 
que regula a pressão da barra de pulverização. Nos pulverizadores autopropelidos, essa variação 
também pode ocorrer ao variar a rotação da bomba centrífuga. 
Nas próximas páginas, você vai encontrar a atividade de aprendizagem para verificar os conhe-
cimentos construídos ao longo deste módulo. Não esqueça que você deve entrar no Ambiente 
de Estudos para registrar as respostas no sistema, que também vai liberar o próximo módulo de 
conteúdo!
Siga em frente e aproveite bem a atividade!
24Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Atividade de aprendizagem
Você chegou ao final do Módulo 2 do Curso Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos 
Agrícolas. A seguir, você realizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado neste 
módulo. Lembre-se que as repostas devem ser registradas no Ambiente de Estudos, onde você 
também terá um feedback, ou seja, uma explicação para cada questão.
1. Considerando os tipos de mapas de variabilidade utilizados para aplicação de defensivos 
apresentados nesta aula, marque a alternativa correta.
a) A aplicação localizada dos defensivos agrícolas requer a correta interpretação de mapas 
de produtividade.
b) Os mapas de variabilidade espacial para controle localizado de doenças ainda precisam 
ser mais bem estudados para que possibilitem a definição de estratégias de manejo a 
longo prazo.
c) Os mapas de variabilidade temporal de plantas daninhas permitem a predição de infesta-
ções futuras pela intensidade do banco de sementes.
d) Os mapas de variabilidade espacial e temporal fornecem informações precisas e a tomada 
de decisão deve ser desvinculada dos princípios do manejo integrado.
2) Considerando as formas de elaboração de mapas de variabilidade descritas nesta aula, 
aponte a alternativa correta.
a) A elaboração do mapa de variabilidade visando à aplicaçãode defensivos deve ser feita 
em uma lavoura no final do seu ciclo.
b) As técnicas de amostragem para elaboração de mapas de variabilidade são padronizadas 
para todos os tipos de infestações.
c) A técnica de amostragem por grade amostral quantitativa permite a análise de muitas 
informações, porém sua execução é muito demorada.
25Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
d) As técnicas de geoestatística adotam os mesmos princípios da estatística clássica para a 
elaboração dos mapas de variabilidade.
3. Considerando a aplicação de defensivos a taxa variável descrita nesta aula, determine a al-
ternativa correta.
a) A aplicação de defensivos é uma operação eficiente e não se adequa às operações a taxas 
variáveis.
b) Aplicações de defensivos a taxas variáveis são realizadas apenas por meio de mapas geor-
referenciados, como ocorre com as demais operações.
c) A variação do volume de calda pode ser feita por ajustes no comando de três vias, ou na 
rotação da bomba centrífuga nos pulverizadores autopropelidos. 
d) Os sistemas eletrônicos dos pulverizadores foram desenvolvidos inicialmente de forma 
padronizada, facilitando a comunicação entre os diferentes sistemas eletrônicos.
1Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Programa Agricultura de Precisão
Agricultura de Precisão 
na Aplicação de 
Defensivos Agrícolas
» Módulo 3: Sensores utilizados na aplicação de 
defensivos agrícolas em tempo real
Ficha técnica
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
INFORMAÇÕES E CONTATO
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
Rua 87, nº 662, Ed. Faeg, 1º Andar: Setor Sul, Goiânia/GO, CEP: 74.093-300
(62) 3412-2700 / 3412-2701
E-mail: senar@senargo.org.br
http://www.senargo.org.br/
http://ead.senargo.org.br/
PROGRAMA AGRICULTURA DE PRECISÃO
PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
José Mário Schreiner
TITULARES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guimarães e 
Tiago Freitas de Mendonça.
SUPLENTES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Eleandro Borges da Silva, 
Bruno Heuser Higino da Costa e Tiago de Castro Raynaud de Faria.
SUPERINTENDENTE
Eurípedes Bassamurfo da Costa
GESTORA
Rosilene Jaber Alves
COORDENAÇÃO
Fernando Couto de Araújo
IEA - INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS S/S
Conteudistas: Renato Adriane Alves Ruas e Juliana Lourenço Nunes Guimarães
TRATAMENTO DE LINGUAGEM E REVISÃO
IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S
DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO
IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S
3Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Módulo 3
» Sensores utilizados na aplicação de defensivos agrícolas em 
tempo real
Fonte Shutterstock
Você já ouviu falar em radiação? Essa tecnologia utilizada em exames de saúde é também res-
ponsável pelo sensoriamento remoto, e tem diversas aplicações para a distribuição de defen-
sivos. Uma delas é a detecção de alvos como pragas, doenças e plantas daninhas visando à 
aplicação a taxa variável em tempo real. 
Mas como isso acontece? Essa detecção se dá por meio da interação verificada entre a radiação 
emitida pelo objeto de estudo, e sensores capazes de captar as ondas eletromagnéticas dessa 
radiação. O princípio básico dessa técnica é que todo corpo com temperatura acima de zero grau 
emite certa radiação em um comprimento de onda e frequência que são específicos para aquele 
corpo. 
Pois bem, neste módulo veremos como tudo isso funciona e de que maneira esta técnica contri-
bui para o sucesso da operação. 
Atenção! Sempre que finalizar a leitura do conteúdo de um módulo, você deve retornar ao Am-
biente de Estudos para realizar a atividade de aprendizagem.
4Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Siga em frente e faça bom proveito!
Aula 1
Sensoriamento na aplicação de defensivos agrícolas
Com o uso da tecnologia da radiação, torna-se possível identificar e diferenciar os objetos em 
estudo, conhecendo suas características espectrais. Uma das vantagens dessa tecnologia está 
no ganho de tempo obtido entre a detecção do problema, e as tomadas de decisão relativas ao 
volume de calda e à dose mais adequada a ser utilizada no tratamento. 
Portanto, seus objetivos específicos para essa aula são:
• reconhecer as técnicas utilizadas para aplicação de defensivos em tempo real; e
• executar procedimentos de aplicação de defensivos agrícolas em tempo real.
Tópico 1
Uso e aplicação das técnicas de sensoriamento
O uso do sensoriamento remoto na Agricultura de Precisão proporciona algumas vantagens, se 
comparado com as técnicas de mapeamento georreferenciado, pelo fato de permitir a obtenção 
de grande quantidade de informações, algumas invisíveis a olho nu, em pequeno espaço de tem-
po, podendo também retomar a coleta de dados com maior frequência. 
Para a aplicação de defensivos agrícolas, existe um grande potencial de uso dessa técnica, uma 
vez que se trata de uma operação que visa atingir alvos específicos e por vezes, de difícil visua-
lização. Além disso, é uma operação que requer cuidados especiais pelo fato de que, quando 
realizada de forma indevida, pode gerar elevado impacto ambiental. 
As técnicas de sensoriamento remoto podem auxiliar tanto na redução das 
doses de defensivos aplicados, como também na otimização da aplicação, 
de modo a realizá-la apenas sobre os alvos.
espectrais
Capacidade de absorver, transmitir e refletir a radia-
ção de acordo com as características químicas, físicas 
e morfológicas de cada objeto/ser. 
5Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Todos os corpos são constantemente atingidos por algum tipo de radiação e, estando a uma 
temperatura acima de zero grau, emitem radiação eletromagnética como resultado das ativi-
dades atômicas das moléculas que os compõem. Cada corpo tem um comportamento especí-
fico, e é isso que permite identificar e diferenciá-los de acordo com o tipo de onda eletromag-
nética detectada, uma vez que a reflectância é diferente para cada tipo de objeto ou fenômeno 
estudado.
O que 
são ondas 
eletromagné-
ticas?
As ondas eletromagnéticas diferem uma das outras pela forma como são 
produzidas, e também de acordo com o seu comprimento e com a fre-
quência gerada por elas, que vai desde as ondas de rádio, que são as 
menores, até aquelas de maior frequência, que são as ondas gama. Essa 
faixa de frequência constitui o chamado espectro eletromagnético, que é 
a distribuição das radiações eletromagnéticas conhecidas em função do 
comprimento de onda. 
O espectro eletromagnético foi dividido em três regiões, com denominações específicas de acor-
do com as fontes e tipos de processos envolvidos na geração da radiação:
• ultravioleta (UV);
• visível (VIS);
• infravermelho (IR). 
Em geral, os comprimentos de ondas são medidos em unidade como nanômetro (1nm = 
0.000000001 m) e em Gigahertz (1 Ghz = 1.000.000.000 de ciclos por segundo) ou Megahertz (1 
MHz = 1.000.000 de ciclos por segundo).
reflectância
Relação entre o fluxo de radiação que incide numa 
superfície e o fluxo de radiação que é refletido.
6Agricultura de Precisão na Aplicação de Defensivos Agrícolas » 
Fonte: <http://labcisco.blogspot.com.br/2013/03/o-espectro-eletromagnetico-na-natureza.html>.
Mas o que 
essas ondas 
têm em 
comum com o 
sensoriamento 
remoto?
As ondas eletromagnéticas localizadas na faixa do chamado “espectro 
visível” (que vai do comprimento de onda de aproximadamente 350 a 
700 nm) permitem, por exemplo, que o olho humano possa perceber a 
diferença entre as cores (cada cor possui um comprimento de onda). Os 
demais comprimentos de ondas podem ser “visualizados” apenas com 
a ajuda de dispositivos adequados para a sua detecção. Com o intuito 
de desenvolver estes equipamentos, as pesquisas científicas avançaram 
muito nos últimos anos, beneficiando também a agricultura de precisão 
através dos sensores criados. 
7Agricultura de

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