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Estácio de Sá Helen Maria Santana Tiburcio Avaliação de Fundamentos A. S. Macapá/AP 2020 Helen Maria Santana Tiburcio Avaliação e reflexão crítica dos conteúdos Avaliação e reflexão crítica dos conteúdos apresentados na disciplina de Fundamentos Antropológicos e Sociológicos do curso de Direito da Faculdade Estácio de Sá, como requisito avaliativo para obtenção de nota da AV1. Sob a orientação prof. Marcélia Picanço Valente. Macapá/AP 2020 QUESTÃO 1- Tema- ETNOCENTRISMO O etnocentrismo pode ser relacionado com vários conceitos, como o de estereótipos que consiste na generalização de uma característica de determinado grupo. Pode-se dizer que o etnocentrismo é um mal para o convívio saudável da sociedade, o indivíduo que considera as normas e valores da sua cultura melhores do que as das outras, e reflete isso em preconceitos e agressões morais ou físicas. Não há passibilidade de convivência em um país democrático e laico, já afirmava Samuel Huntington, renomado economista americano, em seu livro ''O choque das civilizações'' que a principal fonte de conflitos no mundo contemporâneo será cultural. O Brasil é considerado o segundo país com a maior proporção de pessoas que se consideram religiosas, segundo uma pesquisa da fundação alemã Bertelsmann. Tendo uma grande diversidade de crenças, com vários casos e denúncias de descriminação, o maior país latino-americano precisa rever junto a sua sociedade a tolerância a culturas adversas individuais, coletivas ou de minorias. O mundo globalizado, produz muitos conflitos de natureza cultural que se materializarão em forma de choque de valores, como ocorre, com as culturas ocidentais e orientais gerando até guerras e atos de terrorismo. No Brasil felizmente a situação não chega a esse extremo, entretanto há preconceitos de formas menos perceptíveis. Algo errôneo é misturar educação escolar com religiosa, como em várias escolas tradicionais sendo típico desde cedo as crianças serem condicionadas a seguirem orações e crenças de determinada religião. Além disso, é valido relembrar que os direitos religiosos fazem parte dos direitos humanos, e este é fundamental para que haja a construção coletiva e individual dos seres humanos através das expressões cultural. O Brasil na teoria é um estado laico, mas no congresso certas culturas religiosas ainda influenciam na política, a população deve ter uma conscientização repudiando essa prática. Para que se estabeleça uma sociedade justa deveriam haver leis que proibissem escolas de pregar ou incentivar qualquer religião; pois as instituições educacionais têm o grande poder e responsabilidade de educar e não deve usa-los para influenciar uma opção religiosa. Sendo coerente uma apresentação de forma igualitária e democrática de cada crença, deixando explícito o respeito e a liberdade de escolha. QUESTÃO 2- Tema: DIVERSIDADE CULTURAL A Declaração Universal dos Direitos Humanos - promulgada pela ONU, em 1948 - prevê, em seu artigo 5°, que ninguém será submetido a tratamentos desumanos ou degradantes. Entretanto, no Brasil, verifica - se que essa jurisdição não tem se reverberado com ênfase na prática, haja vista que a persistência da xenofobia corrobora para a construção de um cenário na qual a hostilidade e a violência contra parcela da população imigrante ainda permanece. Nesse contexto, depreende - se que esse problema reflete um panorama desafiador, seja pela insuficiência de estratégias governamentais, seja pela estereotiparão da sociedade civil. Mormente, embora haja iniciativas estatais que tem como escopo mitigar tal deplorável preconceito, a exemplo da lei 9459/97 e diversas campanhas de conscientização, isso não tem sido suficiente para um pleno acolhimento dessa minoria no país, uma vez que, segundo pesquisa da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, denúncias de xenofobia cresceram em 633% de 2014 a 2015. Isso porque, a fragilidade das autoridades judiciais no tocante à aplicação de punições com mais rigor aos praticantes desse crime - o que estipula uma cultura de impunidade diante dessa conjuntura -, além da inópia de fomento à denúncia mediante o disque 100 - Disque Direitos Humanos -, têm contribuído ainda mais para a perpetuação dessa triste realidade que submete o público imigrante a tratamentos aviltantes. Destarte, faz - se urgente que estratégias eficazes sejam tomadas, a fim de reformular tal conduta do poder judiciário frente aos casos de xenofobia. Ademais, outro pilar de sustentação desse impasse refere - se à visão estereotipada da sociedade relativo ao imigrante. Analogamente ao período da Idade Média, no qual os cidadãos tinham temor e preconceito pelo desconhecido, no Brasil, a falta de compreensão populacional acerca das perspectivas da diversidade cultural desses indivíduos, atrelada à ausência de empatia, colabora para que esses povos sejam vistos pelo pretexto de que seriam uma "ameaça" à identidade nacional e aos direitos básicos dos nativos, como o trabalho. Por conseguinte, presencia - se uma um constante discurso de ódio e desprezo, além de atos de violência física, contra esses indivíduos, principalmente refugiados, como a camada venezuelana e haitiana. Nesse sentido, se a escritora norte-americana Helen Keller já afirmava que a educação é o modo mais genuíno de se obter a tolerância e o respeito, ações conjuntas que visam reeducar a sociedade é um fator crucial. Portanto, na perspectiva de encontrar subterfúgios, para que, de fato, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, seja realidade no Brasil. Sob essa ótica, é fundamental que o Ministério da Educação, em convênio com o Governo Federal, atue de forma enérgica no esclarecimento da população, por meio de palestras e workshops, deliberadas por representantes das associações de cunho imigratório, como a ACNUR e a CDHIC(Centro de Direitos e Cidadania do Imigrante), acerca da diversidade cultural do segmento imigrante e de sua importância para o desenvolvimento do país, enfatizando a discussão sobre empatia e alteridade como habilidades fundamentais para se conviver em harmonia. Desse modo, o intuito dessa medida é desconstruir o estereótipo dos imigrantes e, com isso, poder atenuar gradativamente a xenofobia. Assim, com base no pensamento de Helen Keller, será possível construir uma sociedade mais tolerante.
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