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Mercado de Trabalho e Contabilidade como Profissão

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Aula 1 - Mercado de Trabalho e mudanças do meio – busca de oportunidades e habilidades valorizadas pelo mercado
Podemos conceituar mercado de trabalho como a relação entre a oferta e a procura de empregos. Pode ser estratificado por:
· Localização geográfica (global, continental, nacional, regional, estadual, etc)
· Setor econômico (primário, secundário e terciário)
· Setor sociológico (primeiro, segundo e terceiro setor)
· Área de atuação profissional (atuário, analista financeiro, auditor, consultor, etc)
Elementos que transformam o ambiente e as necessidades das organizações:
· Crescente expansão da informação e do conhecimento – influenciada por novas tecnologias.
· Desenvolvimento dos serviços
· Globalização – processo social e econômico que integra pessoas e países, por meio de intercâmbio cultural, cientifico, tecnológico, financeiro e comercial.
· Avanço tecnológico
No que se refere aos aspectos diretamente relacionados à Contabilidade, a globalização e a proliferação de organizações multinacionais motivaram os países a buscar um padrão contábil. Vantagens:
· A diminuição do custo de elaboração e apresentação das demonstrações contábeis por parte das empresas multinacionais, que passariam a seguir apenas uma norma;
· A facilitação da consolidação das demonstrações contábeis;
· A facilitação da análise por parte dos usuários;
· Um maior domínio dos sistemas contábeis por parte dos auditores.
Empregabilidade - Passagem da situação de desemprego para o status de emprego; capacidade de ter como se colocar no mercado de trabalho.
Na busca de uma colocação, é fundamental que os candidatos identifiquem as principais características profissionais valorizadas pelas organizações. São elas:
· Desenvoltura - Agilidade e fluidez com que o profissional atua, comunica-se e comporta-se de forma geral, trabalhando em grupo ou diante do público.
· Conhecimento do mercado - Saber quem são os concorrentes; Conhecer o perfil dos clientes, identificando eventuais alterações; Conhecer os produtos ou serviços do segmento de atuação da empresa e seus respectivos ciclos de vida; Perceber novas tendências, ameaças e oportunidades etc.
· Competências - Capacidades e aptidões que habilitam o profissional, por exemplo, a saber que ação deve ser realizada ou que decisão deve ser tomada. Trata-se do chamado saber-conhecer.
· Habilidades - Capacidade do profissional de saber-fazer, ou seja, de realizar as ações de forma a produzir os resultados esperados.
· Pontos fortes - O candidato deve focar no cargo para o qual está fazendo a entrevista, deixando claro que suas competências, habilidades e experiências são adequadas ao cargo pretendido. Outra inciativa importante é demonstrar que conhece a empresa por meio de comentários positivos acerca de sua missão e de seus valores.
· Pontos fracos - O que as empresas desejam saber é como você lida com suas fraquezas. Uma atenção que o candidato deve ter é não confundir qualidades com defeitos ou abordar aspectos que não agregam informações. Por exemplo, alguns candidatos citam o perfeccionismo e o excesso de organização como defeitos, enquanto as empresas veem esses pontos como qualidades.
Aula 02 – Contabilidade como profissão
A profissão de contabilista se divide em duas categorias:
· Técnico em contabilidade
· Contador
Contadores lidam com:
· Planejamento
· Coordenação
· Controle
Nas áreas:
· Financeira
· Econômica
· Patrimonial
Tratando de informações relativas a:
· Renda
· Produção
· Patrimônio
· Transações
Áreas/Funções de atuação contábil:
· 
· Atuarial: análisa riscos e expectativas, principalmente na administração de seguros e fundos de pensão.
· Analista financeiro: prepara todo o planejamento financeiro da empresa, projetando e acompanhando o fluxo de caixa e o faturamento.
· Auditor: assegura a credibilidade das organizações, verificando se estas estão atuando em conformidade com as normas e com o que foi planejado, e se as ações previstas foram implementadas com eficácia, na direção dos objetivos estabelecidos. Se diversifica nos segmentos de auditoria contábil, tributária ou fiscal.
· Consultor: aconselha as empresas quanto à administração dos recursos financeiros com o objetivo de reduzir gastos com tributos, agregar valor aos produtos e serviços e tornar a administração financeira mais eficiente. Funções:
· Identifica as necessidades contábeis e financeiras;
· Define e recomenda a estruturação financeira-contábil;
· Elabora planos de negócio, analise e propõe modelos de administração do fluxo de caixa, etc.
· Controller: a controladoria é formado por uma equipe multidisciplinar responsável pelo projeto, pela implementação e manutenção dos sistemas de informações operacionais, financeiras e contábeis, ligado à alta administração da empresa. O controller é o profissional que analisa e interpreta as informações contábeis de uma empresa atuando em áreas vitais. Atribuições:
· Elaboração, consolidação e interpretação de relatórios financeiros;
· Previsões de cenários com identificação de riscos e de oportunidades;
· Elaboração de orçamentos;
· Desenvolvimento de projetos;
· Gestão de tesouraria;
· Planejamento tributário;
· Estudo dos mercados que a empresa está inserida.
· Contador de custos: domina técnicas de rateio, controle e registro de custos, além da atuação gerencial.
· Contador público: ramo especializado que utiliza princípios e as normas direcionadas à gestão patrimonial de entidades públicas.
· Contador tributário: apura e concilia os tributos, permitindo uma melhor relação da empresa com o Fisco.
· Contador terceirizado/autônomo: trabalha em uma empresa de consultoria/assessoria contábil que é contratada por outras empresas, de variadas áreas, para prestação de serviços.
· Gestor de empresas/gestor público: gestores dos negócios, que subsidiam e orientam as organizações, notadamente nos processos de tomada de decisão.
· Professor/pesquisador: estudiosos da área, orientam estágios, trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses, além de realizarem pesquisas procurando a evolução da ciência contábil, na direção do estado da arte.
· Perito contábil: utiliza procedimentos técnico-científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio ou constatação de fato, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer técnico-contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais e com a legislação específica no que for pertinente. Existem 03 tipos de peritos contábeis:
· Oficial: investido na função por lei e pertencente ao quadro de pessoal de órgão especial do Estado destinado a produzir pericias;
· Do Juizo: nomeado pelo juiz, árbitro, autoridade pública ou privada para exercício de perícia contábil;
· Assistente: contratado e indicado pela parte em perícias contábeis.
· Parecerista: responsáveis pela formulação de pareceres, opiniões especializadas sobre alguma área do conhecimento, no nosso caso, em Contabilidade.
Aula 3 - Perspectivas do mercado de trabalho para contabilistas – desenvolvimento da empregabilidade
AUDITORIA CONTABIL
A auditoria ambiental contempla um conjunto de procedimentos destinados a avaliar a eficácia dos sistemas de gestão ambiental, de forma a permitir fiscalizar e limitar o impacto das atividades da organização sobre o meio ambiente.
A ciência contábil, através dos seus mecanismos de registro e controle, consegue captar, registrar, sintetizar e demonstrar, dados econômicos e financeiros de entidades que cuja operação envolva a exploração do meio ambiente, permite apresentar informações referentes aos efeitos causados por questões ambientais no patrimônio das organizações, tanto para os usuários internos, quanto para os externos.
Vantagens da contabilidade ecológica:
· Acesso a viabilidade econômica das ações que interferem no meio ambiente, avaliando o custo das medidas de proteção ambiental necessária;
· Fornecimento de informações contábil que auxilia nas tomadas de decisões que envolvam recursos naturais;
· Divulgação do balanço ambiental, iniciativaque da transparência à gestão e promove melhoria da imagem da empresa;
· Identificação e aferição do consumo de recursos naturais, permitindo o custo/beneficio nos investimentos.
CONTABILIDADE APLICADA A LOGISTICA
Logística é a área do conhecimento que se dedica à gestão dos processos relacionados com as cadeias de suprimentos, e tem o objetivo de fazer com que os produtos sejam recebidos e entregues com menor custo e menor tempo.
Custos básicos associados:
· Armazenagem
· Processamento de produtos
· Estocagem
· Transporte
CONTABILIDADE ESTRATÉGICA
É um olhar especializado sobre os dados contábeis de uma organização, comparando-os com os dos concorrentes, com vistas a obter vantagens competitivas na busca da consolidação e ampliação dos negócios. Na moderna visão empresarial, a estratégia está vinculada a inovação e a criatividade necessárias para superação dos concorrentes em ambientes de acirrada competitividade e elevada complexidade.
CONTABILIDADE INVESTIGATIVA
Os processos de investigação são iniciados a partir de suspeitas, indícios ou denúncia de fraude. O profissional designado para condução da investigação deve dominar um conjunto de habilidades que, além dos sólidos conhecimentos contábeis, engloba também aspectos jurídicos e dos processos organizacionais.
Fraude é o ato intencional de omissão ou manipulação de transações e operações, adulterações de documentos, registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quanto monetários.
Erro é o ato não intencional de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros, informações e demonstração contábeis, bem como de transações e operações da entidade, tanto em termos físicos quanto monetários.
MULTIFUNCIONALIDADE
Ter uma visão completa do mercado e da organização para além do cargo que ocupa, bem como ser capaz de alavancar os negócios e agregar valor à empresa.
Aula 4 - Metodologias e enfoques da pesquisa em contabilidade
Características da ciência contábil
1. Fontes de informação organizadas e tratadas com objetividade;
2. Estabelecimento de princípios e postulados;
3. Capacidade de apresentar verdades sobre novos fatos que podem ser comprovados através de experimentação e modelos que possibilitam estabelecer leis cientificas válidas universalmente;
4. Estado permanente de evolução, buscando otimizar o uso dos recursos dos indivíduos, das células sociais e da própria sociedade.
Contabilidade é a ciência que estuda, interpreta e registra os fenômenos que afetam o patrimônio de uma entidade. Observa, capta, registra e resume informações aos interessados.
A classificação da Contabilidade como ciência social decorre do fato de que seu objeto de estudo é o patrimônio das células sociais.
Finalidade:
· Orientação para investidores e para o mercado de capitais;
· Orientação para credores e instituições de crédito;
· Orientação societária e trabalhistas;
· Análises científicas para modelos de comportamento da riqueza para ensejar decisões administrativas;
· Desenvolvimento de modelos para prosperidade;
· Implantação de controles governamentais de fiscalização e auditoria fiscal;
· Instrumentos de provas judiciais e perícia contábil;
· Previsões de ocorrências e efeitos orçamentários;
· Explicação de fatos patrimoniais e análises contábeis;
· Investigações sobre irregularidades;
· Dados e pesquisa social e econômica;
· Orientações sobre o meio ambiente natural;
· Investigação e determinação sobre o valor intelectual no capital.
Teoria da contabilidade: conjunto de ideias, princípios, postulados e axiomas (verdades inquestionáveis) que formam a base a partir da qual determinada área do conhecimento se desenvolve, procurando explicar determinados fenômenos que ocorrem no raio de abrangência dos seus interesses. Finalidade é gerar um referencial para o desenvolvimento de novas ideias e novos procedimentos e ajudar nas escolhas de procedimentos alternativos.
Fenômenos patrimoniais:
· Observar e perceber a ocorrência;
· Analisar;
· Estudar relações lógicas;
· Mensurar de forma adequada;
· Conhecer as circunstâncias que geraram o fenômeno;
· Buscar relações de todos esses elementos através de comparação racinal;
· Verificar a eficácia.
Métodos de pesquisa:
· Indutivo:
Induzir consiste em conduzir o raciocínio com base em alguma coisa observada ou percebida, para um ponto ou conclusão determinada a respeito da mesma, em relação a uma generalidade.
· Indutivo axiomático:
Se uma verdade reconhecida está na base de formação e o método percorre todas as etapas de construção do raciocínio contábil, existe uma maior tendência de que sua aplicação seja aceita.
· Fenomenológico:
· A essência do método fenomenológico consiste na prevalência da essência sobre a forma. Na construção do raciocínio acerca de determinado fenômeno contábil, devemos ter como foco prioritário a realidade, não nos deixando enganar pelas aparências e pelos aspectos formais. 
· Sistêmico, dialético e dedutivo:
Visões da teoria:
· Teoria como linguagem: A linguagem da Contabilidade é voltada basicamente para os negócios e, sob essa abordagem, devem ser consideradas três dimensões:
· Pragmática: qual o efeito da linguagem?
· Semântica: qual o significado das palavras?
· Sintaxe: as palavras fazem sentido lógico?
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· Teoria do raciocínio: Os métodos dedutivo e indutivo são os principais na pesquisa contábil, embora outros possam ser considerados.
· Teoria como decreto: A teoria como decreto permite a abordagem dos métodos indutivo e dedutivo sob a visão das teorias descritivas (positivas – como as coisa são), ou prescritivas (normativas – como as coisas devem ser).
Aula 5 - Relatórios contábeis/estrutura de capital
Instituições que fornecem princípios e normas contábeis:
· CFC (Conselho Federal de Contabilidade): Ex. Resolução CFC nº 1.374/2011
· CVM (Comissão de Valores Mobiliários): tem objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. Estabelece normas e procedimentos para elaboração de demonstrações financeiras.
· CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis): tem como objetivo o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.
Demonstrações contábeis (regida pela NBC TG 26)
Definição: exposição resumida e ordenada de um conjunto de dados colhidos pela Contabilidade, que permite evidenciar a posição patrimonial e financeira, bem como o desempenho da entidade em determinado período;
Objetivo: Relatar às pessoas que utilizam a Contabilidade (usuários) os principais fatos contábeis registrados em determinado período, bem como informar as posições (patrimonial e financeira), o desempenho e os Fluxos de Caixa da entidade, visando subsidiar o processo de tomada de decisão;
Para satisfazer seus objetivos, as demonstrações contábeis devem proporcionar informações acerca da entidade, que juntamente com outros esclarecimentos constantes das notas explicativas, possam ajudar os usuários a terem uma visão das posições, econômica, patrimonial, financeira, do desempenho e dos Fluxos de Caixa, de forma a melhor qualificá-los para a tomada de decisão.
Conforme disposto no item 13 da ITG 2000 – Escrituração Contábil –, todas as Demonstrações Financeiras devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as assinaturas do titular ou do representante legal da entidade e do profissional da Contabilidade legalmente habilitado.
Além das informações contábeis, devem ser considerados para a tomada de decisão:
· Condições econômicas gerais;
· Perspectivas para o setor;
· Eventos e climas políticos;
· Leis e regulações.
Decisões que podem ser tomadas baseadas nas informações contábeis:
· Decidir quando comprar,manter ou vender instrumentos patrimoniais;
· Avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
· Avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros benefícios;
· Avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade;
· Determinar políticas tributárias;
· Determinar a distribuição de lucros e dividendos;
· Elaborar e usar estatísticas da renda nacional;
· Regulamentar as atividades das entidades.
O nível de utilidade das informações contidas nas demonstrações contábeis varia conforme as suas características, na medida em que elas sejam mais ou menos:
· Relevantes;
· Fidedignas;
· Comparáveis;
· Verificáveis;
· Tempestivas;
· Compreensíveis.
O conjunto completo das demonstrações contábeis está previsto no item 10 da NBC TG 26 R4. 
· Balanço Patrimonial (BP)
· Demonstração do Resultado do Exercício (DRE
· Demonstração do Resultado Abrangente (DRA)
· Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)
· Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
· Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
· Notas Explicativas
· Balanço Patrimonial do início do período mais antigo
· Relatório da Diretoria
· Parecer do Conselho Fiscal
· Parecer dos Auditores Independentes
· Demonstrações Financeiras Consolidadas
A entidade pode usar outros títulos nas demonstrações em vez daqueles usados na NBC TG 26 R4, desde que não contrarie a legislação societária brasileira vigente.
Obrigatoriedade de elaboração e divulgação das demonstrações financeiras:
· Imposto de renda: art. 274 do Decreto nº 3000/99
· Legislação societária: art. 176, incisos I a V, da Lei nº 6404/76
· Normas do CFC: Res. Nº 1185/09 (NBC TG 26) alterada pela Res. Nº 1376/11
· Deliberação CVM Nº 676/11
Tipos e portes de entidades e a obrigatoriedade de elaboração e divulgação das demonstrações financeiras:
OBS: As únicas sociedades obrigadas a publicar suas demonstrações financeiras são aquelas constituídas por ações, de capital aberto ou fechado, com as seguintes exceções:
· A companhia fechada que tiver menos de vinte acionistas, com Patrimônio Líquido inferior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), poderá deixar de publicar suas demonstrações financeiras, desde que elas sejam arquivadas na Junta Comercial (artigo 294, inciso II, da Lei nº 6.404/1976);
· A companhia fechada, com Patrimônio Líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), não será obrigada à elaboração e publicação da DFC (artigo 176, parágrafo 6º, da Lei nº 6.404/1976);
· Apenas as companhias abertas estão obrigadas a elaborar e publicar a Demonstração do Valor Adicionado (inciso V do caput do artigo 176 da Lei nº 6.404/1976).
IMPOSTO DE RENDA
A Lei nº 9.430/1996 estabelece que, a partir do ano-calendário de 1997, o IR das Pessoas Jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido, ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, observada a legislação vigente.
Dessa forma, torna-se necessário que as empresas privadas brasileiras e as estrangeiras com operação no Brasil elaborem, ao final de cada período de incidência do IR, as demonstrações financeiras, de forma que seja possível apurar a base sobre a qual incidirá o IR.
Dessa forma, torna-se necessário que as empresas privadas brasileiras e as estrangeiras com operação no Brasil elaborem, ao final de cada período de incidência do IR, as demonstrações financeiras, de forma que seja possível apurar a base sobre a qual incidirá o IR.
ESTRUTURA DE CAPITAL DAS EMPRESAS
A estrutura de capital de uma empresa refere-se aos recursos que lhe financiam, que podem ser de duas origens:
· Capital próprio ou Patrimônio Líquido (PL) – recursos dos acionistas ou proprietários da empresa.
· Capital de terceiros (passivo) – recursos dos credores, composto pelos recursos vindos de fora da sociedade, ou seja, não vem dos seus sócios. Deve-se considerar seu custo, que é traduzido pelos juros, pelas taxas e pelas margens de lucro dos fornecedores.
A estrutura de capital de uma empresa varia de acordo com o seu ramo de atuação.
· Um banco pode ter 10% de recursos de seus sócios, contra 90% de recursos de seus depositantes e outros credores que essa configuração será considerada confortável, mantendo a instituição em equilíbrio.
· Por outro lado, uma indústria, normalmente, para ter uma configuração confortável, necessita de maior volume de capital de seus sócios e menor participação de terceiros.
O capital traduzido em bens e direitos se classifica em dois grupos, conforme o grau de liquidez:
· Ativo circulante: ativos que permanecem dentro da empresa por um curto período de tempo, de acordo com o ciclo operacional (normalmente um ano). Esses bens são convertidos em espécie com maior rapidez (realizáveis), ou já estão disponíveis, normalmente em dinheiro (uso imediato).
· Ativo não-circulante: bens necessários ao funcionamento da empresa e que não desaparecem em um único ciclo operacional da empresa. O capital fixo vai sendo reduzido em função da depreciação, amortização ou exaustão, resultantes da ação do tempo, da utilização ou da obsolescência.
Aula 6 - Contabilidade e legislação
O objetivo do processo de convergência é que os países adotem os mesmos princípios básicos de Contabilidade, a fim de tornar cada vez mais inteligível a troca de informações.
No Brasil, o marco inicial do processo de convergência da Contabilidade às normas internacionais foi estabelecido com a edição da Lei nº 11.638/2007, que alterou e revogou alguns dispositivos da Lei nº 6.404/1976, e fez com que o País passasse a adotar as Normas Internacionais de Contabilidade – International Financial Reporting Standards (IFRS).
Consequências:
· Facilidade de comunicação internacional dos negócios com o uso da linguagem contábil homogênea.
· Redução de riscos nos investimentos internacionais e nos créditos de natureza comercial, através do entendimento das demonstrações contábeis elaborados por parte dos investidores, financiadores e fornecedores de crédito.
· Redução do custo do capital que deriva dessa harmonização.
Organismo de normalização contábil:
· CFC (Conselho Federal de Contabilidade): 
· Orienta, normatiza e fiscaliza o exercício da profissão contábil através dos Conselhos Regionais.
· Decide em ultima instância os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais.
· Regula acerca dos princípios contábeis, do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educação continuada.
· Edita Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional.
· Técnica: estabelecem conceitos doutrinários, regras e procedimentos aplicados de contabilidade.
· Profissional: estabelecem regras de exercício profissional.
· CPC (Comitê de pronunciamentos contábeis): entidade autônoma criada pela Resolução CFC nº 1.055/2005 a partir da união de seis entidades que têm interesse no processo de normatização da Contabilidade.
OBJETIVO:
O estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.”
	ATRIBUIÇÕES:
Estudar, pesquisar, discutir, elaborar e deliberar sobre o conteúdo e a redação de Pronunciamentos Técnicos.
ENTIDADES PARTICIPANTES:
· IBRACON: Instituto dos Auditores Independentes do Brasil
· APIMEC: Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais
· ABRASCA: Associação Brasileira das Companhias Abertas
· BM&FBOVESPA S.A.: Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros
· CFC: Conselho Federal de Contabilidade
· FIBECAFI: Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariaise Financeiras
OBS: Cada entidade participa com dois representantes.
ENIDADES CONVIDADAS:
· BACEN: Banco Central do Brasil
· CVM: Comissão de Valores Imobiliários
· SRF: Secretaria da Receita Federal
· SUSEP: Superintendência de Seguros Privados
· Secretaria do Tesouro Nacional: Criada através do Decreto nº 95.452/1986, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é vinculada ao Ministério da Fazenda e tem a atribuição de editar, para aplicação pelas entidades do Setor Público Federal, normas, manuais e instruções de procedimentos, contábeis. A STN edita também o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, de uso obrigatório pela União, Estados, Municípios e pelo Distrito Federal.
No Brasil, o ordenamento jurídico aplicável à Contabilidade é amplo e se divide em dois grandes ramos: Contabilidade Empresarial e Contabilidade Pública.
· Contabilidade empresarial: 
· Lei nº 6.404/1976 - Conhecida como Lei das Sociedades por Ações, ou simplesmente como Lei das S.A., promoveu uma verdadeira revolução contábil no Brasil.
· Lei nº 6.385/1976 - Aquela que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a CVM.
· Lei nº 11.638/2007 - Aquela que altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404/1976 e da Lei nº 6.385/1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras.
· Lei Complementar nº 123/2006 - Aquela que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte que estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
· Lei nº 10.406/2002 (Código Civil) - Aquela que contém diversas matérias relacionadas com a atuação dos contabilistas: direito de empresa, empresário, sociedade, estabelecimento e escrituração.
· Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) - Aquelas editadas pelo CFC, que representam um importante marco na normatização da Contabilidade Empresarial.
· Normas Gerais sobre Contabilidade Tributária - Aquelas de responsabilidade da Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, em âmbito federal, e das Secretarias de Fazenda dos Estados e Municípios.
· Normas de Funcionamento do Mercado e Capitais - Aquelas editadas pela CVM.
· Contabilidade Pública: 
· Lei nº 4.320/1964: Conhecida como Lei Geral de Finanças Públicas, estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
· Lei Complementar nº 101/2000: Conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão.
· Decreto nº 6.976/2009: Aquela que dispõe sobre o Sistema de Contabilidade Federal, que tem como objetivo evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União.
· Código de Administração Financeira: Aqueles que compõem a legislação que trata de matéria contábil, financeira e orçamentária, nas esferas estadual e municipal, de forma complementar à Lei nº 4.320/1964.
· Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Publico (NBC T SP): Aquelas editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, representam um importante marco na normatização da Contabilidade do setor público.
· Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP): Aquele de uso obrigatório pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. É editado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do Ministério da Fazenda (MF), desenvolvido com conteúdo alinhado às NBC T SP.
PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE
Quando há comprovação de que a Contabilidade apresentou informações divergentes da realidade, o contador é colocado sob suspeição, e pode ser civilmente responsabilizado por eventuais danos a terceiros e instado a reparar as vítimas.
Os artigos 1177 e 1178 da Lei nº 10.406/2002 (Código Civil) tratam das responsabilidades do contador.
O CFC editou a Resolução CFC nº 803/1996, aprovando Código de Ética Profissional do Contador (CEPC), que tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os profissionais da Contabilidade, quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe.
Destacam-se algumas virtudes referenciais a qualquer profissão e que podem ser consideradas imprescindíveis para todo profissional da Contabilidade.
· Honestidade
· Zelo
· Sigilo
· Competência
· Prudência
· Humildade
· Imparcialidade
Aula 7 - Normatização da Contabilidade no Brasil
As transações e as configurações societárias adquiriram diferentes formas, algumas das quais com certo nível de complexidade, envolvendo, muitas vezes, organizações com unidades e em diferentes países e variados interesses, em um processo de globalização.
Dentro do contexto da globalização a Contabilidade assumiu uma posição fundamental por tratar dos elementos capazes de promover o entendimento comum das informações de natureza financeira, econômica e patrimonial, colocando-se como uma espécie de “linguagem universal dos negócios”.
Para tanto, fez-se necessário estabelecer um padrão internacional de Contabilidade, cuja tendência de adoção tem sido observada por parte da maioria dos países, inclusive o Brasil.
Desde 2008, após a edição da a Lei nº 11.638/2007, o processo de alinhamento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) com as internacionais tem sido efetuado gradativamente, provocando significativas mudanças nas práticas contábeis adotadas pelas empresas brasileiras.
As normas internacionais de Contabilidade (IFRS) são emitidas pelo Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB).
A Lei 11.638/2007 estabeleceu as bases para que as IFRS possam ser aplicadas pelas empresas brasileiras, sem que a lei societária fosse contrariada.
Por constituírem o principal meio através do qual se materializa a divulgação das informações econômico-financeiras das empresas, as demonstrações contábeis se tornaram o eixo central em torno do qual se desenvolveu o processo de construção do arcabouço normativo da Contabilidade.
No Brasil, o CFC é o principal órgão regulador da Contabilidade. Adicionalmente, a CVM e o BACEN também emitem normas contábeis aplicáveis às entidades abrangidas por seus respectivos escopos de atividades.
Outra entidade que tem expressiva atuação no processo de normatização contábil é o IBRACON.
O IBRACON tem um envolvimento relevante no processo de adoção dos padrões internacionais de Contabilidade e de auditoria, interagindo com a IFRS Foundation, por meio do IASB, e com a Federação Internacional dos Contadores (IFAC), respectivamente.
Além disso, o IBRACON participa ativamente do CPC na elaboração de seus pronunciamentos, visando à adoção das IFRS, bem como desenvolve com o CFC o processo de tradução e revisão das normas internacionais de auditoria para adoção no ambiente brasileiro.
NORMATIZAÇÃO NA ÁREA PÚBLICA
A normatização é conduzida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) que edita, em harmonia com as normas emitas pelo CFC e de forma convergentes com padrões internacionais, normas, manuais e instruções de procedimentos contábeis para aplicação pelas entidades do Setor Público Federal. Edita, também, o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, de uso obrigatório pela União, pelos Estados, pelos Municípios e pelo Distrito Federal.
SISTEMA CFC/CRCs
O CFC e os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs) foram criados através do Decreto-Lei nº 9.295/1946, que, ao longo do tempo, sofreu diversas alterações, promovidas pelas seguintes leis:
· Decreto-Lei nª 9.710/1946
· Lei nº 570/1948
· Le nº 4;695/1965
· Decreto-Lei nº 1.040/1969
· Lei nº 5.730/1971
· Lei nº 11;160/2005
· Lei nº 12.249/2010
Os Conselhos de Contabilidade são entidades que têm como função fiscalizar o exercício profissional e estabelecer normas e princípios a serem seguidos por todos os profissionais da Contabilidade.
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DAS NBCs
A estrutura das NBC é tratada pela Resolução CFC nº 1.328/2011, que estabelece que tais Normas, editadaspelo CFC, devem seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas internacionais, e compreendem as Normas propriamente ditas, as Interpretações Técnicas e os Comunicados Técnicos.
As IFRS são traduzidas, analisadas e validadas pelo CPC, e, depois, formalmente aprovadas pelo CFC, transformando-se em NBCs.
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA CVM
A CVM foi criada pela Lei nº 6.385/1976, com o objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. A CVM é uma autarquia em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de:
· Autoridade administrativa independente
· Ausência de subordinação hierárquica
· Mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes
· Autonomia financeira e orçamentária
A CVM mantém convênio com o CFC, com o objetivo de promover intercâmbio de informações sobre os profissionais da Contabilidade, especialmente os Auditores Independentes.
Na estrutura organizacional da CVM, encontramos a Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria, que tem como atribuições:
· Estabelecer normas e padrões de Contabilidade a serem observados pelas companhias abertas, fundos e instrumentos de investimento coletivo e outros emissores;
· Credenciar e fiscalizar a atividade dos auditores independentes, Pessoas Físicas e Jurídicas, e propor normas e procedimentos de auditoria a serem observados no âmbito do mercado de valores mobiliários;
· Elaborar pareceres sobre assuntos contábeis e de auditoria, no âmbito do mercado de valores mobiliários.
Subordinadas à Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria, encontramos duas gerências:
· Gerência de Normas de Auditoria (GNA);
· Gerência de Normas Contábeis (GNC).
Aula 8 - Processo de internacionalização da Contabilidade – Brasil e Normas Internacionais de Contabilidade
Internacionalizar a Contabilidade significa buscar sua convergência para um padrão que seja adotado pelos diferentes países, de forma a superar as diferenças decorrentes de múltiplos idiomas, culturas e condições (econômicas e sociais).
ESTRUTURA DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
As Normas Internacionais de Contabilidade são estruturadas por cinco diferentes tipos de pronunciamentos técnicos. São eles:
· Framework: descrição dos princípios e conceitos básicos que devem ser observados quando da elaboração das normas voltadas para preparação e apresentação das demonstrações contábeis. (Não se trata de pronunciamento técnico oficial)
· International Accounting Standards (IAS): primeiros pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Committee (IASC), que foi substituído pelo International Accounting Standards Board (IASB).
· Standing Interpretations Committee (SIC): Interpretações emitidas por este comitê, que foi substituidp pelo International Financial Reporting Interpretatons (IFRIC).
· International Financial Reporting Standards (IFRS): pronunciamentos atualmente emitidos pelo IASB.
· International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC): Interpretações atualmente emitidas por este comitê.
ORGANISMO INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE
· Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB): órgão independente e privado que desenvolve e aprova Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), bem como opera sob a supervisão da Fundação IFRS.
· Total liberdade no desenvolvimento e na implementação de sua agenda técnica;
· Elaboração e emissão de IFRS (EXCETO interpretações), bem como de planos de exposição;
· Aprovação e emissão de interpretações desenvolvidas pelo Comitê de Interpretação das IFRS.
· Federação Internacional de Contadores (IFAC): principal foco o estudo e a edição de normas de auditoria. Os membros e associados da IFAC são organizações profissionais de Contabilidade legalmente constituídas ou entidades que tenham consenso geral quanto ao reconhecimento, em seus respectivos países, como organizações nacionais com atuação substancial na área contábil. A IFAC tem o objetivo de proteger e servir o interesse público, desenvolvendo, promovendo e impondo padrões internacionais de alta qualidade para auditoria, educação, ética e Contabilidade do setor público.
· International Financial Reporting Interpretations Committe: O IFRIC é responsável pela elaboração de interpretações das IFRS em casos de dúvidas.
· Comité de Integración Latino Europa-América - CILEA
O CILEA foi formado por:
· 4 países da América – Argentina, Brasil, México e Uruguai;
· 4 países da Europa – Espanha, França, Itália e Portugal;
· 1 representante da Associação Americana de Contabilidade.
O CILEA tem por finalidade facilitar a comunicação entre os países latinos, visando à convergência do exercício contábil para padrões internacionais.
· International Standards of Accounting and Reporting - ISAR
O ISAR tem por finalidade auxiliar os países em desenvolvimento e as economias emergentes a aplicarem as melhores práticas de transparência corporativa e Contabilidade, a fim de facilitar os fluxos de investimento e desenvolvimento econômico.
· Grupo Latinoamericano de Emisores de Normas de Información Financiera - GLENIF
O GLENIF trabalha em parceria com o IASB em aspectos técnicos, respeitando a soberania nacional de cada país membro. Seus objetivos são:
· Promover a adoção da convergência das normas internacionais emitidas pelo IASB;
· Cooperar com governos, reguladores e outras organizações regionais, nacionais e internacionais que contribuam para a melhor qualidade das demonstrações contábeis;
· Colaborar com a difusão das normas emitidas pela IASB.
· Associação Interamericana de Contabilidade (AIC): A AIC é reconhecida como a organização de Contabilidade internacional mais antiga do mundo. Ela foi concebida e fundada com os seguintes objetivos:
· Integrar os contadores do continente americano;
· Assumir o compromisso de sua representação;
· Promover o constante aprimoramento da qualificação dos profissionais, seus conhecimentos e deveres sociais.
O processo de convergência da Contabilidade brasileira para padrões internacionais se materializa a partir do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que promove a tradução e a adaptação das IFRS às especificidades brasileiras. Após aprovada e publicada pelo órgão regulador, a norma passa a integrar o arcabouço normativo brasileiro, tornando-se de observância obrigatória por parte das entidades sob seu alcance.
Aula 9 - Mercado de trabalho contábil internacional
 “O processo sistemático de padronização internacional teve início nos Estados Unidos, durante a segunda guerra mundial, quando foi necessário otimizar a produção de armas para o conflito.
Depois da guerra, 25 países se reuniram e decidiram criar uma organização para facilitar a coordenação internacional e unificação de padrões industriais: a ISO”.
O mercado de trabalho contábil tem demandado outras competências e habilidades dos profissionais que atuam ou pretendem atuar na área. São elas:
· Capacidade de inovar e tomar decisões;
· Conhecimento de mais de uma língua;
· Capacidade de lidar com múltiplas questões simultaneamente;
· Capacidade para gerenciar conflitos;
· Desenvoltura na operação de sistemas automatizados;
· Conhecimentos de informática.
Principais características que devem integrar o perfil do contador moderno, de forma que este possa atender às novas demandas das organizações:
· Responsável pela arrecadação fiscal
· Indicador de bons clientes
· Discreto
· Confidente de seu cliente
· Assessor para assuntos financeiros, jurídico e trabalhista
· Formador de opinião
· Orientador
· Conhecedor de mercado
· Responsável pela arrecadação fiscal do país
Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral (FDC)
	Objetivos:
· Monitorar o processo de internacionalização das empresas brasileiras;
· Ordená-las de acordo com seu grau de internacionalização;
· Compreender os desafios enfrentados pelas multinacionais brasileiras;
· Identificar suas vantagens competitivas e suas tendências de expansão no mercadoglobal.
Participam da pesquisa empresas de capital e controle majoritariamente brasileiro que desenvolvam atividades internacionais de manufatura, montagem e prestação de serviços ou que possuam centros de pesquisa e desenvolvimento, agências bancárias, franquias, escritórios comerciais, depósitos e centrais de distribuição no exterior.
São estas duas instâncias (ISAR e UNCTAD) que elaboram e divulgam o modelo de currículo global para os cursos de Ciências Contábeis, sugerido para países em desenvolvimento.
Aula 10 - Tecnologia da Informação e Contabilidade
A evolução da TI encurtou as percepções de tempo e distância, e passou a exigir que o novo profissional de Contabilidade seja capaz de se adaptar às mudanças da legislação e do mercado, bem como de fornecer informações de forma muito mais ágil.
O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) é o maior exemplo dessa nova forma que os órgãos públicos têm utilizado para solicitar informações.
O SPED modernizou a sistemática de cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando a certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, o que garantiu a validade jurídica destes apenas em sua forma digital.
Objetivos:
· Promover a integração dos fiscos mediante a padronização e o compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais.
· Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações de diferentes órgãos fiscalizadores.
· Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso ás informações e a fiscalização mais efetiva das operações, com base no cruzamento de dados e na auditoria eletrônica
A Secretaria da Receita Federal aponta diversas vantagens decorrentes da utilização do SPED. São elas:
· Redução de custos com a dispensa de emissão e de armazenamento de documentos em papel;
· Eliminação do papel;
· Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias;
· Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas Unidades Federadas;
· Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;
· Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do contribuinte;
· Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária (comércio exterior, regimes especiais e trânsito entre Unidades da Federação);
· Fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as administrações tributárias;
· Rapidez no acesso às informações;
· Aumento da produtividade do auditor por meio da eliminação dos passos para coleta dos arquivos;
· Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um layout padrão;
· Redução de custos administrativos;
· Melhoria da qualidade da informação;
· Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e fiscais;
· Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e concomitantes;
· Redução do Custo Brasil;
· Aperfeiçoamento do combate à sonegação;
· Preservação do meio ambiente pela redução do consumo de papel.
No Brasil, a Contabilidade Pública utiliza o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI). Esse sistema foi concebido – e é gerenciado – pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), e desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO). Trata-se de um dos principais sistemas estruturadores do governo federal. Vantagens:
· Rapidez, qualidade e precisão na informação.
· Agilização da programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do Tesouro Nacional, por meio da unificação dos recursos de caixa do governo federal na Conta Única no Banco Central.
· Execução orçamentária dentro do prazo e com transparência, completamente integrada à execução patrimonial e financeira.
· Mais de 4.000 gestores cadastrados executam seus gastos por meio do sistema online.
· No momento do pagamento, o imposto devido já é recolhido.
· Facilidade na apuração de irregularidades com o dinheiro público.
· Detalhamento total do emprego dos gastos públicos – disponível em relatórios publicados no site.
· Antes da implantação do SIAFI, o descontrole era tão grande que se estimava a existência de cerca de 3.700 contas bancárias. Com a organização necessária para a implantação do sistema, constatou-se que havia em torno de 12.000 contas bancárias.
· Atualmente, quase 100% dos pagamentos são identificados de modo instantâneo na Conta Única.
Governança corporativa e Contabilidade
A governança corporativa se apoia em mecanismos que procuram garantir que o comportamento dos gestores esteja sempre convergente com o interesse dos acionistas – observados os princípios éticos e de direito –, sob a tutela do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e da Auditoria Independente.
Na literatura especializada da área, encontramos referência a algumas características da boa governança – aquela que procura estabelecer padrões para conciliar os resultados das companhias com o desenvolvimento sustentável.
· Accountability: Responsabilidade com ética. Em outras palavras, trata-se da obrigação de prestar contas com total transparência.
· Transparência;
· Equidade: Igualdade, simetria, imparcialidade.
· Responsabilidade.
De forma geral, os principais modelos de sistemas de governança são classificados em duas categorias. São elas:
No Brasil, tais modelos se aproximam mais do insider system, devido ao (à):
• Forte presença reguladora do Estado;
• Concentração da propriedade;
• Expressivo mercado de dívida;
• Elevada presença de empresas familiares etc.

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