Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aluna: Isabelle de Freitas Ribeiro Almeida RA: 21481751 Disciplina: Metodologia Científica Atividade: A1 QUESTÃO Leia com atenção a síntese do artigo de Maciel, Sousa e Lima (2016). Para os pesquisadores, os povos tradicionais possuem um vasto conhecimento sobre a natureza e uma rica cultura adquiridos ao longo de várias gerações. No entanto, notaram que havia pouco conhecimento sistematizado a respeito das práticas alimentares das comunidades indígenas e quilombolas, então, resolveram fazer uma pesquisa na comunidade indígena da aldeia Kanindé de Aratuba e no quilombo da Serra do Evaristo em Baturité; ambos localizados no Ceará. A questão que norteou a pesquisa foi: “o que se mantém de alimentos tradicionais nessas duas comunidades, uma vez que a alimentação tem se modificado não apenas nas cidades, mas também no campo?” Buscou-se levantar e analisar as práticas alimentares utilizadas, de modo a resgatar o fazer de comidas típicas. A pesquisa foi embasada teoricamente em autores que discutem os saberes das comunidades tradicionais e questões relativas à segurança alimentar dessas comunidades. Pautou-se no método etnográfico com abordagem qualitativa, tendo sido realizadas observações in loco, coleta de depoimentos dos moradores e levantamento de informações em materiais bibliográficos. Como resultados foram apresentadas descrições de ambas as comunidades: sua localização, origem histórica, moradores, tradições, cultura etc. Nos depoimentos dos moradores foram revelados diversos saberes, por exemplo, “descobriu-se que alguns homens que trabalhavam com agricultura há décadas, tinham métodos designados como experiências de prever se o inverno seria bom para plantio” (p. 67). Identificou-se como pratos típicos na aldeia o mungunzá salgado e o pirão de fava e no quilombo o mungunzá salgado, o doce de mamão e a cocada. Foi acompanhado e registrado o modo de fazer de cada prato. Fonte: MACIEL, T., SOUSA, M., LIMA, A. E. Comunidades tradicionais: saberes e sabores dos indígenas de Aratuba aos quilombolas de Baturité-CE. Conex. Ci. e Tecnol., v. 10, n. 3, p. 63 - 70, nov. 2016. Disponível em: http://www.conexoes.ifce.edu.br/index.php/conexoes/article/view/869/794. Acesso em 15 jun. 2019. Pondere a respeito do porquê de os saberes dos indígenas e quilombolas sobre agricultura e práticas alimentares não serem considerados conhecimento científico, enquanto o conhecimento produzido pelos pesquisadores a respeito desses saberes é considerado científico. Apresente, em seus argumentos, as características dos métodos científicos, usando exemplos extraídos do próprio texto. RESPOSTA Primeiramente, faz-se necessário compreender o que seria de fato a metodologia científica – a metodologia pode ser considerada como uma regra que serve como orientação para práticas investigativas da ciência. Então, é por meio do método que o pesquisador indica os caminhos trilhados para alcançar seus resultados/objetivos. Portanto, pode-se afirmar que o conhecimento é científico a partir da aplicação do método científico, que é caracterizado por ser objetivo, racional, geral, sistemático e verificável. Ainda, é importante saber que o conhecimento é amplo, podendo ter alguns tipos como: o científico, o declarativo, o procedural, o causal, o condicional, o relacional, o científico, o artístico, o religioso ou teleológico, o filosófico e por fim, o empírico (o qual darei ênfase a partir de agora). O texto da questão dissertativa, trata-se do chamado conhecimento empírico (senso comum) – que é aquele conhecimento popular, baseado nas tradições, nos mitos, nas crenças e na experiência popular (como se é relatado pelos indígenas e quilombolas) – por esse motivo, os saberes desses povos não são considerados conhecimentos científicos. Já os saberes dos pesquisadores, são produzidos a partir de métodos, tendo uma investigação metódica e sistemática acerca do assunto a ser discutido, partindo do princípio popular que se dá nas relações entre os indivíduos e o meio no qual estão inseridos – nesse caso em específico, por exemplo, os pesquisadores fizeram o uso do método etnográfico com abordagem qualitativa, além de obter depoimentos dos moradores daquela região. Sendo assim, a aplicação do método nessa pesquisa conseguiu sistematizar dados e informações por meio de processos que são cientificamente reconhecidos, e obteve a partir de um conhecimento antigo, a criação de um conhecimento novo. Ou seja, já era considerado que os indígenas e quilombolas tinham um vasto conhecimento sobre a natureza e uma rica cultura que foi adquiridas ao longo do tempo, entretanto não havia conhecimento sistematizado, e a partir desse problema, decidiram criar essa pesquisa. Por fim, um exemplo que podemos extrair do texto é o método de pesquisa qualitativa – que pode ser descrita como: aquela que explora informações mais subjetivas e em profundida, como na parte do texto em que a partir do depoimento de um dos moradores daquelas regiões foi possível descobrir que “alguns homens que trabalhavam com agricultura há décadas, tinham métodos designados como experiências de prever se o inverno seria bom para plantio”. Sendo assim, por meio da pesquisa qualitativa foi exposto no texto uma nova descoberta, a partir de uma metodologia científica.
Compartilhar