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5- Lei-8112-90-v2-CESPE-1

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Aula 07 – Direitos dos Servidores Públicos 
Matéria: Direito Administrativo 
Professor: Jonatas Albino do Nascimento 
Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 2 de 120 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
Sumário 
1 – Estatutos dos Servidores Públicos ................................................. 3 
1.1 – Conceito de Cargos e Funções Públicas ................................................................................ 4 
1.2 – Preenchimento de Cargo Público .......................................................................................... 4 
1.2.1 – Nomeação, Posse e Exercício ......................................................................................... 5 
1.2.2 – Readaptação ................................................................................................................... 7 
1.2.3 – Reintegração................................................................................................................... 8 
1.2.4 – Aproveitamento ............................................................................................................. 9 
1.2.5 – Promoção ....................................................................................................................... 9 
1.2.6 – Reversão ....................................................................................................................... 10 
1.2.7 – Recondução .................................................................................................................. 11 
1.3 – Vacância .............................................................................................................................. 12 
1.4 – Remoção .............................................................................................................................. 13 
1.5 - Redistribuição ...................................................................................................................... 14 
1.6 - Substituição .......................................................................................................................... 15 
1.7 – Direitos e Vantagens ........................................................................................................... 16 
1.7.1 – Vencimento e remuneração ......................................................................................... 16 
1.7.2 – Vantagens ..................................................................................................................... 17 
1.7.3 – Direito de Petição ......................................................................................................... 32 
2 – Regime Disciplinar ....................................................................... 34 
2.1 – Deveres e Proibições ........................................................................................................... 34 
2.2 – Penalidades ......................................................................................................................... 36 
2.3 – Prescrição ............................................................................................................................ 40 
2.4 – Responsabilidade ................................................................................................................ 41 
2.5 – Processo Administrativo Disciplinar (PAD) .......................................................................... 42 
2.5.1 – Sindicância .................................................................................................................... 43 
2.5.2 – Instauração do PAD ...................................................................................................... 45 
2.5.3 – Inquérito Administrativo .............................................................................................. 48 
2.5.4 – Julgamento ................................................................................................................... 51 
2.5.5 – Rito Sumário ................................................................................................................. 53 
DIREITOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 3 de 120 
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2.5.6 – Revisão do PAD ............................................................................................................. 55 
3 – Questões Comentadas ................................................................. 58 
3.1 – CESPE ................................................................................................................................... 58 
3.2 - FCC ........................................................................................................................................ 82 
3.3 – ESAF ..................................................................................................................................... 82 
4 – Listas de exercícios ...................................................................... 98 
4.1 – CESPE ................................................................................................................................... 98 
4.2 - FCC ...................................................................................................................................... 109 
4.3 – ESAF ................................................................................................................................... 109 
5 – Gabarito ..................................................................................... 118 
12– Referencial Bibliográfico11– Gabarito ....................................... 118 
6 – Referencial Bibliográfico ............................................................ 120 
12– Referencial Bibliográfico ........................................................... 120 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Conforme dissemos, o estatuto dos servidores públicos no plano federal 
é a Lei nº 8.112/90 que estabelece o regime jurídico único. Tal lei se 
aplica aos ocupantes de cargos efetivos e em comissão que atuem na 
Administração Direta, autárquica e fundacional no plano federal, ou 
seja, nas entidades de direito público, seja da Administração Pública Direta ou 
1 – Estatutos dos Servidores Públicos 
Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 4 de 120 
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Indireta. Passaremos agora a analisar os seus principais dispositivos que não 
foram abordados na aula anterior. 
 
 
 Já abordamos esse tópico na aula passada. Façamos uma rápida 
revisão. Segundo a Lei nº 8.112/90, cargo público é o conjunto de 
atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional 
que devem ser cometidas a um servidor. O conceito de cargo está associado a 
uma posição na Adminsitração Pública, em que o servidor deve desempenhar 
determinada função. 
 
 Um cargo está sempre associado a uma função pública. É possível que 
exista uma função sem cargo, mas nunca um cargo sem função. 
 
 
O preenchimento do cargo público ocorre por meio do provimento, que é a 
designação de servidor para ocupar determinado cargo, que pode ser 
efetivo (cargo efetivo) ou em comissão (cargo em comissão). 
O provimento pode ser originário ou derivado. É originário quando o 
preenchimento ocorre com servidor que não possuía nenhum vínculo com 
a Administração e tem início na classe inicial do cargo. Hoje a única forma 
originária vigente é a nomeação. 
Já o provimento derivado ocorre quando o servidor já tinha algum tipo de 
vínculo com a Administração. Podemos citar como exemplo, a promoção e 
a recondução,cujos conceitos explicaremos adiante. 
Cargo
Atribuições Responsabilidades
Conjunto de
1.1 – Conceito de Cargos e Funções Públicas 
1.2 – Preenchimento de Cargo Público 
Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas 
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Professor Jonatas Albino do Nascimento 5 de 120 
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É importante dizer que tanto a ascensão quanto a transferência foram 
declarados inconstitucionais pelo STF. Tais formas de provimento permitiam 
que o servidor fosse transferido para outro cargo, com remuneração e 
atribuições diferentes do cargo por ele ocupado. Não é preciso pensar muito 
para perceber moralidade questionável (no mínimo) de tais institutos. 
O servidor que passa a desempenhar determinada função é designado 
para a mesma, não cabendo confundir o conceito com o provimento, que é o 
preenchimento de cargo. 
 
Vamos estudar agora cada uma das formas de provimento. 
 
 
Única forma de provimento originário, a nomeação ocorre quando o servidor 
aprovado em concurso público é nomeado para determinado cargo. Notem que 
se trata de ato unilateral que não gera para o nomeado nenhuma 
obrigação, mas sim o direito para que tome posse e entre em exercício. 
No caso de nomeação para cargo em comissão, obviamente não há que se 
falar em concurso público, pois se trata de ato discricionário da Administração. 
A posse é o ato pelo qual ocorre a investidura no cargo público. Após a 
nomeação, o cidadão tem o prazo de trinta dias para tomar posse, ato 
bilateral que aperfeiçoa o vínculo do servidor com a Administração. Caso o 
servidor não tome posse, a nomeação é tornada sem efeito, o que não tem 
nenhum caráter punitivo. 
Originário Derivado
Efetivo Em comissão
Provimento
Provimento Preenchimento de cargo
Designação Desempenho de função
1.2.1 – Nomeação, Posse e Exercício 
Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
 
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De forma geral, em se tratando de servidor que esteja, na data de publicação 
do ato de provimento em licença ou afastado, o prazo de 30 dias será contado 
do término do impedimento. 
Segundo a Lei nº 8.112/90, são requisitos básicos para investidura em cargo 
público (posse): 
➢ Nacionalidade brasileira; 
➢ Gozo dos direitos políticos; 
➢ Quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
➢ Nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
➢ Idade mínima de dezoito anos; 
➢ Aptidão física e mental. 
A escolaridade exigida deve ser verificada apenas no ato da posse, segundo o 
Decreto nº 6.944/00. 
As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos 
estabelecidos em lei. 
O cidadão pode tomar posse por meio de terceiro desde que este esteja 
munido de procuração específica. 
Percebam que é somente com a posse que o cidadão se torna servidor 
público. 
 
 Após a posse, o servidor tem quinze dias para entrar em exercício 
(começar a trabalhar). Se isso não ocorrer, será exonerado do cargo. Nesse 
caso a exoneração não tem caráter punitivo. 
 No caso de designação para função de confiança, o servidor deve entrar 
em exercício na mesma data da publicação da designação, salvo impedimento 
justificado. 
Para efeitos de contagem de tempo de serviço, a apuração será feita em dias, 
que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e 
sessenta e cinco dias. 
 Apesar do cidadão se tornar servidor a partir da posse, só com o início 
do exercício é que serão constituídas as relações jurídicas para as quais 
decorram direitos e obrigações para o servidor. Por exemplo, é do início do 
Nomeação
Até 30 dias
Posse
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exercício que se começa a contar o prazo para aquisição das férias e tempo de 
aposentadoria. 
 Segundo o art. 18 da Lei nº 8.112/90, o servidor que deva ter 
exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, 
requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá no mínimo dez e 
no máximo trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a 
retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse 
prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. 
 
 (CESPE - TJ – TRE - GO – Administrativa/2015) A 
respeito da Lei n.º 8.112/1990, o item apresenta uma situação hipotética, 
seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Alice, aprovada em concurso público para o cargo de técnico administrativo de 
um TRE, precisa acompanhar cirurgia de ente familiar que ocorrerá no mesmo 
dia em que foi marcada sua posse. Nessa situação, Alice poderá nomear, por 
procuração específica, alguém que a represente no ato da posse. 
Comentários. 
O servidor pode tomar posse por meio de procuração específica. 
Gabarito: Certo. 
 
 
 Forma de provimento derivado prevista no art. 24 da Lei nº 8.112/90, 
corresponde à investidura do servidor em cargo de atribuições e 
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em 
sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. 
 Para preservar os direitos do servidor, a readaptação será efetivada em 
cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de 
escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de 
cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a 
ocorrência de vaga. 
Máximo 30 dias
Mínimo 10 dias
1.2.2 – Readaptação 
Exercício em Outro Município 
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Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
 
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 Busca-se com tal prática manter o servidor que tenha sofrido alguma 
limitação (seja ela física ou mental) trabalhando, caso isso seja possível. Com 
isso ganha tanto a sociedade quanto o próprio servidor. 
 Obviamente, se julgado incapaz para o serviço público como um todo, o 
servidor que sofreu limitações será aposentado. 
 
 
 Prevista tanto na Lei nº 8.112/90 quanto na CF/88, a reintegração 
ocorre quando é invalidada por sentença judicial ou decisão 
administrativa a demissão do servidor estável. O servidor será 
reintegrado e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo 
de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto 
em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
No caso do servidor que a lei chama de “eventual ocupante”, aplica-se o 
seguinte: extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor 
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de 
serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
O servidor reintegrado será ressarcido de todas as vantagens como se nunca 
tivesse se ausentado do cargo. 
Notem que reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo 
anteriormente ocupado, não sendo possível se falar em reintegração de 
servidor não estável. Nesse caso (servidor não estável com demissão 
anulada por decisão judicial ou administrativa), os efeitos para o servidor 
seriam os mesmos (retorno ao cargo anteriormente ocupado e ressarcimento 
dos prejuízos), mas não podemos chamar tal ato de reintegração. 
 
 (CESPE - AJ - TRE – GO - Administrativa/2015) Acerca 
do regime jurídicos dos servidores públicos civis da União, no próximo item 
apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Pedro, analista judiciário, tomou posse no TRE/GO em 10/10/2011; Gilson, 
outro analista do tribunal, que havia sido demitido do serviço público, foi 
reintegrado ao cargo, já ocupado por Pedro, em dezembro de 2014. Nessa 
Reintegração
Ocorrepor 
decisão
administrativa
ou judicial
Possível apenas 
para servidor 
estável
1.2.3 – Reintegração 
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situação, o cargo deve passar a ser novamente ocupado por Gilson, e Pedro 
deve ser redistribuído. 
Comentários. 
Questão interessante. Pedro tomou posse em 10/10/2011 e a reintegração de 
Gilson ocorreu em dezembro de 2014. Qual é a relevância das datas? Já se 
passaram mais de três anos e como Pedro ainda está no cargo, a princípio ele 
deve ser estável. Logo, deve ser reconduzido e não redistribuído. 
Gabarito: Errado. 
 
 
 Como vimos no item anterior, no caso de servidor estável ser 
reintegrado ao cargo que ocupava, o eventual ocupante pode vir a ser posto 
em disponibilidade. O aproveitamento nada mais é do que o provimento 
desse servidor (que estava em disponibilidade) em cargo de atribuições 
e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
 
 
 Consiste em mais uma forma de provimento derivado na qual o servidor 
é nomeado para outro cargo dentro da mesma carreira de forma 
estritamente ascendente. A promoção pode ocorrer tanto por antiguidade 
quanto por merecimento. 
 A Lei nº 8.112/90 não define promoção, mas é certo que o servidor não 
pode transitar de uma carreira para outra, uma vez que a promoção ocorre 
dentro da carreira. Além disso, os cargos que não estão estruturados em 
carreira também não são abrangidos pelo instituto da promoção. 
 
 (CESPE - TJ TRE – GO - Administrativa/2015) Acerca de 
ato administrativo e agentes públicos, julgue o item subsecutivo. 
Promoção e readaptação são formas de provimento em cargo público. 
Cargo 1
Cargo 2
Cargo 3
1.2.4 – Aproveitamento 
1.2.5 – Promoção 
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Comentários. 
Perfeito o item, trouxe as definições legais. 
Gabarito: Certo. 
 
 
 
 Reversão está prevista no artigo 25 da Lei nº 8.112/90 e corresponde 
ao retorno à atividade de servidor aposentado. Este retorno pode ocorrer 
de ofício ou por interesse da Administração Pública. 
 A reversão de ofício é ato vinculado e ocorre quando servidor (estável 
ou não) aposentado por invalidez for declarado apto ao retorno às 
atividades. É necessário que junta médica oficial declare insubsistentes os 
motivos da aposentadoria. A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo 
resultante de sua transformação. Encontrando-se provido o cargo, o servidor 
exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
Já no caso de reversão por interesse da administração, trata-se de ato 
discricionário e certos requisitos devem ser obedecidos. São eles: 
✓ Servidor tenha solicitado a reversão; 
✓ A aposentadoria tenha sido voluntária; 
✓ O servidor fosse estável quando da aposentadoria; 
✓ A aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à 
solicitação; 
✓ Haja cargo vago. 
 O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para 
concessão da aposentadoria. 
1.2.6 – Reversão 
Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
 
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 A recondução está prevista tanto na CF/88 (art. 41) quanto na Lei nº 
8.112/90. Corresponde à forma de provimento derivado originada na 
inalibilitação em estágio probatório ou na reintegração de servidor 
que antes ocupava aquele cargo. Em ambos os casos, para que ocorra a 
recondução, o servidor deve ser estável no serviço público. 
 No caso de inabilitação em estágio probatório, o servidor estável pode 
ser reconduzido para o cargo no qual adquiriu estabilidade. Lembram-se que a 
estabilidade é na Administração e não no cargo? Pois é, a recondução é prova 
disso. Por exemplo, se um Analista do Banco Central for reprovado em estágio 
probatório, mas tiver adquirido a estabilidade anteriormente como Agente da 
Polícia Federal, pode pedir recondução para o cargo de Agente. 
 Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado 
em outro cargo, desde que de atribuições e vencimentos compatíveis com o 
anteriormente ocupado. 
 
Reversão de 
ofício
Ato Vinculado
Aposentadoria é 
cancelada por junta 
médica
Servidor estável ou 
não
Reversão por 
interesse da 
Adminsitração
Ato Discricionário
Ter se aposentado a no 
máximo 5 anos
Apenas Servidor estável
Recondução de Servidor Estável
Inabilitação em Estágio 
Probatório
Reintegração de Servidor que 
antes ocupava aquele cargo
1.2.7 – Recondução 
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Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
 
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 (CESPE – TJ - TRE - GO/Administrativa//2015) A 
respeito da Lei n.º 8.112/1990, o item apresenta uma situação hipotética, 
seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Em razão de uma reforma administrativa realizada no âmbito do Poder 
Judiciário, os cargos ocupados por alguns servidores estáveis de determinado 
TRE foram extintos, e esses servidores foram colocados em disponibilidade. 
Nessa situação, o retorno dos servidores à atividade pública poderá dar-se por 
recondução, caso em que eles passarão a ocupar cargos de atribuições e 
vencimentos compatíveis com os anteriormente ocupados. 
Comentários. 
A banca tenta confundir os conceitos de aproveitamento e recondução. A 
recondução só ocorre por reprovação em estágio probatório. O retorno poderia 
se dar por aproveitamento. 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 A vacância ocorre quando o servidor público desocupa seu cargo, 
permitindo assim que este seja preenchido por outro. A vacância ocorre 
tanto em situações em que o vínculo com a Adminstração Pública é rompido, 
(como no caso da demissão) quanto em casos que ocorra uma mudança nesse 
vínculo (a exemplo da promoção). 
 De acordo com a Lei nº 8.112/90, temos as seguintes formas de 
vacância: 
✓ Exoneração; 
✓ Demissão; 
✓ Promoção; 
✓ Readaptação; 
✓ Aposentadoria; 
✓ Posse em outro cargo inacumulável; 
✓ Falecimento. 
A exoneração pode ocorrer a pedido ou de ofício. Nesse último caso, o servidor 
ocupante de cargo efetivo pode ser exonerado por inabilitação em estágio 
probatório (se não estável) ou se não entrar em exercício no prazo legal 
depois da posse. No caso do servidor ocupante de cargo em comissão, a 
exoneração de ofício ocorre livremente a juízo da autoridade competente. 
Podemos perceber que a exoneração, em regra, não tem caráter 
punitivo. Entretanto, atualmente há a possibilidade do servidor ser exonerado 
1.3 – Vacância 
Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
 
Professor Jonatas Albino do Nascimento 13 de 120 
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por insuficiência de desempenho (CF/88, art.41, §1º), o que entendemos ter 
sim caráter punitivo. 
 
 
 Na remoção, ocorre o deslocamento do servidor para exercer suas 
atribuições em outra localidade, mas no mesmo cargo (não é forma de 
provimento). Não é necessário que ocorra mudança de município para 
caracterizar a remoção. 
 A remoção pode ocorrer a pedido ou de ofício. É de ofício quando, por 
interesse da Adminsitração, o servidor é removido. Já na remoção a 
pedido, o servidor solicita à Administração sua mudança de localidade e é 
atendido. Trata-se de ato discricionário. 
 Pode ocorrer também a chamada remoção a pedido, 
independentemente do interesse da Administração. Nesse caso o 
servidor solicita, mas, a APU não pode se negar a conceder a remoção, 
por se tratar de situação prevista em lei. Sãoas seguintes situações 
previstas no art. 36 da Lei nº 8.112/90: 
• Para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor 
público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da 
Administração; 
• Por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou 
dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento 
funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; 
• Em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o 
número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo 
com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam 
lotados. 
 
Remoção
a pedido de ofício
a pedido ind. do 
interesse da APU
1.4 – Remoção 
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Professor Jonatas Albino do Nascimento 
 
 
 
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 Em hipótese alguma o instituto da remoção de ofício pode ser utilizada 
para beneficiar ou prejudicar determinado servidor. 
 
 (CESPE - AJ - TRE – GO - Administrativa/2015) Pedro, 
servidor de um órgão da administração pública, foi informado por seu chefe da 
possibilidade de ser removido por ato de ofício para outra cidade, onde ele 
passaria a exercer suas funções. 
Nessa situação hipotética, considerando as regras dispostas na Lei n.º 
8.112/1990, julgue o item subsequente. 
Caso Pedro seja removido por motivação fundamentada em situação de fato, a 
validade do ato que determine a remoção fica condicionada à veracidade 
dessa situação por força da teoria dos motivos determinantes. 
Comentários. 
A questão, além de nos trazer a matéria ora em tela, aborda a Teoria dos 
Motivos Determinantes, estudada em Atos Administrativos. 
Gabarito: Certo. 
 
 
 Nos termos do art. 37 da Lei nº 8.112/90, redistribuição é o 
deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no 
âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo 
Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os 
seguintes preceitos: 
 I - interesse da administração; 
 II - equivalência de vencimentos; 
 III - manutenção da essência das atribuições do cargo; 
 IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das 
atividades; 
 V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação 
profissional; 
 VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades 
institucionais do órgão ou entidade. 
 A redistribuição ocorrerá sempre ex officio para ajustamento de 
lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos 
casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. 
1.5 - Redistribuição 
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Professor Jonatas Albino do Nascimento 15 de 120 
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 Notem que redistribuição não é forma de provimento. O que ocorre é 
a movimentação do próprio cargo. Não é necessário que o servidor seja 
estável. 
Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo 
ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que 
não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu 
aproveitamento. 
 O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade 
poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC – Sistema 
de Pessoal Civil, e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até 
seu adequado aproveitamento. 
 
 
 
 O presente instituto define como deve ocorrer a substituição dos 
servidores ocupantes de função de direção, função de chefia e ocupantes de 
cargos de natureza especial. Vejamos o que diz a Lei nº 8.112/90 sobre o 
tema: 
“Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou 
chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos 
indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente 
designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. 
§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem 
prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção 
ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos 
legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que 
deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período. 
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou 
função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos 
casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a 
trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva 
substituição, que excederem o referido período. 
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades 
administrativas organizadas em nível de assessoria.” 
Remoção
•Movimentação do servidor, que 
continua ocupando mesmo cargo
Redistribuição
•Movimentação do cargo, que 
pode ou não estar preenchido
1.6 - Substituição 
 
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 Segundo a Lei nº 8.112/90, vencimento é a retribuição pecuniária 
pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. Já 
remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das 
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
 Em termos de doutrina, não há um consenso sobre a nomenclatura das 
parcelas remuneratórias. No geral, temos o seguinte: 
Vencimento Básico = Parcela Básica 
Vencimentos = remuneração = Vencimento Básico + vantagens pecuniárias 
permanentes. 
 
Provimento = prestação pecuniária recebida pelo servidor inativo. 
Subsídio = parcela remuneratória única, geralmente paga aos agentes 
políticos 
Salário = remuneração recebida pelos agentes públicos regidos pela 
CLT. 
 As parcelas de caráter indenizatório não se enquadram no conceito de 
permanente e por isso não fazem parte da remuneração. Podemos citar como 
exemplo de parcela indenizatória a diária. 
 Um caso específico é dos servidores que participam de curso de 
formação. Em tal situação segundo a Lei nº 9.624/98, fará juz a 50% da 
remuneração da classe inicial do cargo para o qual foi aprovado. Se já for 
servidor federal, pode optar pela remuneração deste. 
Vencimento
Vantagens 
pecuniárias 
Permanentes
Remuneração
1.7 – Direitos e Vantagens 
 
1.7.1 – Vencimento e remuneração 
 
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 A Lei nº 8.112/90 garante a irredutibilidade da remuneração e que 
vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, 
seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante 
de decisão judicial. Determina a Lei que, salvo por imposição legal, ou 
mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou 
proventos. 
As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 
1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao 
pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo 
ser parceladas, a pedido do interessado. O valor de cada parcela não poderá 
ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou 
pensão. 
 Já falamos antes, mas não custa repetir. O STF entende que os valores 
recebidos de boa-fé pelo servidor público que foram pagos erroneamente pela 
Adminsitração Pública da União não precisam ser devolvidos. 
 
 
 As vantagens se dividem em (art. 49. Lei nº 8.112/90) indenizações, 
gratificaçöes e adicionais. As indenizaçõesnunca se incorporam à 
remuneração. Já as gratificações e adicionais podem ou não se 
incorporar. Vejamos cada um dos Itens. 
 
Indenizações 
1. Ajuda de custo. 
Tal indenização destina-se a compensar as despesas de instalação do 
servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova 
sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo 
pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou 
companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício 
na mesma sede. 
Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de 
sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. 
A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, 
conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a 
importância correspondente a 3 (três) meses. 
Vantagens
Indenizações Gratificações Adicionais
1.7.2 – Vantagens 
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Será concedida também ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da 
União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio. 
O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, 
injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) 
dias. Não é concedida nenhuma ajuda de custos na remoção a pedido. 
 À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda 
de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) 
ano, contado do óbito. 
 
 
2. Diárias 
 Nos termos do art. 58 da Lei nº 8.112/90, o servidor que, a serviço, 
afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto 
do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias 
destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com 
pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em 
regulamento. 
A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade 
quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a 
União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por 
diárias. 
No caso de servidor cujo deslocamento da sede constituir exigência 
permanente do cargo não será paga diária. 
Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma 
região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por 
municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle 
integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos 
órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se 
houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre 
as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional. 
Despesa de instalação para ter exercício em nova 
sede
Calculada sobre a remuneração
Limitada a 3 meses de remuneração
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O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, 
fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 dias. 
 
3. Indenização de Transporte 
 Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar 
despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a 
execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, 
conforme se dispuser em regulamento. 
 Esta indenização está condicionada a opção pelo próprio servidor e 
também ao interesse da Administração Pública. 
 
4. Auxílio Moradia 
Corresponde ao ressarcimento de despesas comprovadamente 
realizadas por servidor com aluguel ou hospedagem em hotel ou 
similares no prazo de um mês após a comprovação de despesa pelo servidor. 
 Tal auxílio só será pago a servidor que tenha se mudado do local de sua 
residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do 
Grupo-Direção e Assessoramenteo Superiores – DAS níveis 4, 5 e 6, de 
Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalente. 
 Para que seja devido é necessário que (principais itens): 
✓ Não haja imóvel funcional no local que possa ser disponibilizado para o 
servidor; 
✓ O cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; 
✓ O servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido 
proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de 
imóvel no Município onde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote 
edificado sem averbação de construção, nos doze meses que antecederem a 
sua nomeação; 
✓ Nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-
moradia; 
✓ O servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, 
nos últimos doze meses, onde for exercer o cargo em comissão ou função de 
confiança, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse 
período; 
 O valor pago é limitado a 25% da remuneração do cargo em 
comissão, não podendo ser inferior entretanto a R$ 1.800,00. 
 No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à 
disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará 
sendo pago por um mês. 
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Retribuições, Gratificações a Adicionais. 
1. Função de Direção, chefia e assessoramento 
Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, 
chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de 
Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício cujo valor será 
estipulado em lei específica. 
 
2. Gratificação Natalina ( 13º) 
A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da 
remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês 
de exercício no respectivo ano, sendo que fração igual ou superior a 15 
(quinze) dias será considerada como mês integral. 
A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada 
ano. No caso de servidor exonerado, este receberá proporcionalmente aos 
meses trabalhados e terá por base a remuneração do mês de sua saída. 
 
 
 13º = 1/12 x rem. Dezembro x qtd.meses exercício 
 
OBS: mês com 15 dias ou mais se conta como integral. 
 
3. Adicional pelo Exercício de atividades insalubres, perigosas e 
penosas. 
O Adicional de insalubridade é devido ao servidor público que entre em 
contato com substâncias que possam prejudicar a sua saúde. O 
exemplo clássido é o operador de raio x. 
Valor Máximo
• 25% 
remuneração
Valor Mínimo
• R$ 1.800,00
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O adicional de periculosidade é a contraprestração pelo servidor que coloca 
em risco sua integridade física em razão do desempenho de suas 
atribuições. Por exemplo, o bombeiro que vive se deparando com situações 
de risco. 
Os adicionais de periculosidade e de insalubridade não podem ser 
acumulados, cabendo ao servidor optar por um deles. 
A Lei nº 8.270/91 determina que os servidores perceberão adicionais de 
insalubridade e de periculosidade nos termos das normas legais e 
regulamentares pertinentes aos trabalhadores em geral e calculados com base 
nos seguintes percentuais: cinco, dez e vinte por cento, no caso de 
insalubridade nos graus mínimo, médio e máximo, respectivamente; dez 
por cento, no de periculosidade. 
O conceito de penosidade é previsto na Lei nº 8.112/90, artigo 71 e está 
associado à localidade de exercício do servidor. Aqueles que exercam suas 
atribuições em zonas defronteira ou em localidades cujas condições de 
vida o justifiquem. Ocorre que artigo teria sido revogado tacitamente pelo 
artigo 17 da Lei nº 8.270/91, que por sua vez foi revogado expressamente 
pela Lei nº 9.527/97, artigo 2º. 
Entendemos que hoje o adicional de penosidade (ou algo parecido) está 
previsto na Lei nº 12.855/13, que estabelece o pagamento de R$ 91,00 para 
os servidores de certas carreiras (não é qualquer servidor federal que tem 
direito) que atuem em Municípios localizados em região de fronteira e de difícil 
fixação de efetivo. Tais localidades devem ser definidas por ato do Poder 
Executivo, o que até o momento não ocorreu. 
 
 
4. Adicional pela prestação de serviço extraordinário 
Determina o estatuto federal que o serviço extraordinário será remunerado 
com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de 
trabalho. 
Tal adicional somente será permitido para atender a situações 
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) 
horas por jornada. 
Insalubridade Risco à saúde
Periculosidade Risco à integridade física
Penosidade
Associada à localidade onde o 
servidor mora
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5. Adicional Noturno 
O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e 
duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-
hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada 
hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos. 
Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este 
artigo incidirá sobre a remuneração já com os 50% do serviço 
extraordinário. 
 
6. Adicional de Férias 
Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das 
férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do 
período das férias. Tal adicional é semelhante ao pago aos trabalhadores em 
geral. 
No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, 
ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no 
cálculo do adicional de que trata este artigo. 
 
7. Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso 
A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em 
caráter eventual, atue nas seguines atividades: 
• Atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento 
ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração 
pública federal; 
• Participar de banca examinadora ou de comissão para exames 
orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, para 
elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados 
por candidatos; 
• Participar da logística de preparação e de realização de concurso 
público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, 
execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem 
incluídas entre as suas atribuições permanentes; 
• Participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame 
vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades. 
O valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a 
complexidade da atividade exercida. A retribuição não poderá ser superior 
ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, 
ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e 
previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que 
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poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho 
anuais. 
A gratificação somente será paga se as atividades forem exercidas sem 
prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo ser 
objeto de compensação de carga horária quando desempenhadas durante a 
jornada de trabalho. 
 
8. Férias. 
 O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser 
acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do 
serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. 
Para o primeiro período aquisitivo de férias, serão exigidos 12 (doze) meses 
de exercício. Nos períodos subsequentes o servidor irá adquirir 30 dias logo 
no início do exercício. 
As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim 
requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública. Em tal caso 
o servidor receberá o valor adicional (1/3 visto aneriormente) quando da 
utilização do primeiro período. O pagamento será efetuado até 2 (dois) 
dias antes do início do respectivo período. 
O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá 
indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, 
na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior 
a quatorze dias, sendo a indenização calculada com base na remuneração do 
mês em que for publicado o ato exoneratório. 
 
As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade 
pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou 
por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou 
entidade. O restante do período interrompido será gozado de uma só vez. 
30 dias por 
exercício
Recebe 1/3 no 
primeiro período
podem ser 
parcelados em 
até 3 etapas
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No caso de servidor exonerado que tenha pendente o gozo de férias, 
tanto o STF quanto o STJ caminham no sentido da conversão em dinheiro 
do valor, uma vez que, como o servidor já foi exonerado, não poderá mais 
gozar as férias, uma vez que não seria aceitável que o servidor perdesse tal 
direito. 
 
Licenças 
1. Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família 
Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge 
ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e 
enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu 
assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial. 
A perícia poderá ser dispensada se o afastamento for inferior a quinze dias. 
Apesar do texto da Lei (“poderá”), o entendimento predominante é que a 
concessão de tal licença é ato vinculado, pois se o servidor cumprir todos 
os requisitos terá direito à licença. 
A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for 
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do 
cargo ou mediante compensação de horário. 
A cada período de doze meses a licença poderá ser concedida nas seguintes 
condições: 
• Por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a 
remuneração do servidor; 
 
• Por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração. 
 
 
2. Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge 
No prazo de 12 
meses
Licença 
remunerada
até 60 dias
Licença não 
remunerada
até 90 dias
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Nos termos do artigo 84 da Lei nº 8.112/90, poderá ser concedida licença ao 
servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado 
para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o 
exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. 
A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração. 
No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja 
servidor público, civil ou militar, de qualquerdos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício 
provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica 
ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu 
cargo. 
 
3. Licença para o Serviço Militar 
Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma 
e condições previstas na legislação específica. Concluído o serviço militar, o 
servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o 
exercício do cargo. 
 
4. Licença para Atividade Política 
Aqui temos duas situações e tratamentos diferentes. O servidor terá direito à 
licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua 
escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a 
véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. 
Já a partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao 
da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do 
cargo efetivo, somente pelo período de três meses. 
 
5. Licença para Capacitação. 
Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse 
da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva 
remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação 
profissional. 
Entre a escolha em convenção e a 
véspera do registro da 
candidatura
sem remuneração
Do dia do registro da candidatura 
até o 10º dia depois da eleição
com remuneração
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Tal licença tem caráter totalmente discricionário, podendo a Administração 
Pública avaliar a conveniência e oportunidade de concedê-la. 
Os períodos de licença não são acumuláveis, ou seja, se ficar quinze anos não 
pode ao final tirar uma licença de 9 meses (3 x 3). 
 
 (CESPE - ICMBio/2014) No que concerne ao regime 
jurídico dos servidores públicos civis federais, julgue o seguinte item. 
A licença para capacitação tem natureza discricionária, é remunerada e pode 
ser solicitada mesmo durante o período de estágio probatório. 
Comentários. 
Na verdade o único erro da questão é informar de que é possível solicitar a 
licença mesmo durante o período de estágio probatório. Como são exigidos 5 
anos, obviamente o servidor já terá passado por essa fase. 
Gabarito: Errado. 
 
6. Licença para Tratar de Interesses Particulares 
A critério da Administração (mais uma licença de caráter discricoinário), 
poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não 
esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos 
particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem 
remuneração. Tal licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a 
pedido do servidor ou no interesse do serviço. 
 
7. Licença para o Desempenho de Mandato Classista 
É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o 
desempenho de mandato em confederação, federação, associação de 
Licença para 
capacitação
Discricionária Até 3 meses Não acumulável
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classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou 
entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de 
gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por 
servidores públicos para prestar serviços a seus membros, observados 
os seguintes limites: 
• Para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois) 
servidores; 
• Para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) 
associados, 4 (quatro) servidores; 
• Para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 (oito) 
servidores. 
Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de 
direção ou de representação nas referidas entidades, desde que 
cadastradas no órgão competente. A licença terá duração igual à do mandato, 
podendo ser renovada uma única vez no caso de reeleição. 
Também não pode ser concedida para servidor em estágio probatório. 
 
8. Licença para Tratamento de Saúde 
Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou 
de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a 
que fizer jus. 
Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do 
servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado. 
Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde se encontra ou tenha 
exercício em caráter permanente o servidor, será aceito atestado passado por 
médico particular que somente produzirá efeitos depois de recepcionado pela 
unidade de recursos humanos do órgão ou entidade. 
A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias no período de 
12 (doze) meses a contar do primeiro dia de afastamento será concedida 
mediante avaliação por junta médica oficial. 
A licença para tratamento de saúde inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 
(um) ano, poderá ser dispensada de perícia oficial, na forma definida em 
regulamento. 
O prazo máximo para tal licença é de 24 meses, findo o qual será 
aposentado por invalidez permanente caso não possa retornar ao trabalho ou 
ser readaptado. 
O servidor será submetido a exames médicos periódicos, nos termos e 
condições definidos em regulamento. 
 
9. Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-Paternidade 
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Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias 
consecutivos, sem prejuízo da remuneração. Trata-se de ato vinculado, 
pois a Adminsitração não pode obstar tal direito da servidora. 
A Lei nº 11.770/08 autorizou a Administração Pública a instituir 
programa que garanta prorrogação da licença maternidade em mais 
60 dias para suas servidoras, a ser concedida logo após a licença-
maternidade. No âmbieto da APU Direta, autárquica e fundacional o Decreto 
nº 6.690/08 instituiu tal benefício. 
 A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo 
antecipação por prescrição médica. No caso de nascimento prematuro, a 
licença terá início a partir do parto. Já no caso de natimorto, decorridos 30 
(trinta) dias do evento, a servidora será submetida a exame médico, e se 
julgada apta, reassumirá o exercício. 
Para a situação de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito 
a 30 (trinta) dias de repouso remunerado. 
 Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-
paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos, podendo ser prorrogada 
por mais 15 dias. Essa possibilidade de prorrogação surgiu com a Lei 
13.257/16, que instituiu o Programa Empresa Cidadã. Depois, o Decreto 
8.737/16 instituiu o Programa de Prorrogação da Licença Paternidade para os 
servidores regidos pela Lei nº 8.112/90, regulamentando a possibilidade de 
prorrogação. Para isso, o servidor deve requerer o benefício no prazo de dois 
dias úteis após o nascimento ou a adoção. Cumpre-se ressaltar que a licença é 
aplicável a quem adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de 
criança (considerada até os 12 anos incompletos). 
 Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora 
lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, 
que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora. 
À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de 
idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada. No caso de 
adoção ou guarda judicialde criança com mais de 1 (um) ano de idade, o 
prazo será de 30 (trinta) dias. Essa é a redação da Lei nº 8.112/90, que foi 
considerada inscontitucional pelo STF em 2016, por se tratar de 
tratamento discriminatório relativo à filiação (RE 778889). Assim, o prazo da 
licença à adotante será o mesmo da licença maternidade (180 dias), segundo 
o Pretorio Excelso. Fique atento ao enunciado da questão (que pode delimitar 
a análise para a redação de lei ou a posição do STF)! 
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10. Licença por Acidente em Serviço 
Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço. 
Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo 
servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as 
atribuições do cargo exercido. 
Equipara-se ao acidente em serviço o dano: 
 
• Decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no 
exercício do cargo; 
 
• Sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. 
 
O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento 
especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de 
recursos públicos. O tratamento precisa ser recomendado por junta médica 
oficial e constitui medida de exceção, somente sendo admissível quando 
inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública. 
A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável 
quando as circunstâncias o exigirem. 
Vale aqui também o prazo de 24 meses. Se após esse período de licença o 
servidor não estiver apto a exercer atividades, será aposentado. 
 
 (CESPE - AJ - TRE – GO - Administrativa/2015) Acerca 
do regime jurídico dos servidores públicos civis da União, no próximo item 
apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
Caio, analista judiciário do TRE/GO, está em gozo de licença para tratar de 
interesses particulares. Nessa situação, a referida licença pode ser 
interrompida, a qualquer tempo, se for de interesse do tribunal. 
Comentários. 
A licença para tratar de interesse particulares é totalmente discricionária e 
pode ser interrompida a qualquer momento pela APU. 
• 120 + 60 diasNascimento de criança
• 90 dias (STF: 120+60)Adoção de criança com até 1 ano
• 30 dias (STF: 120+60)
Adoção de criança com mais de 1 
ano
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Gabarito: Certo. 
 
Afastamentos e Concessões 
 A Lei nº 8.112/90 define os seguintes afastamentos: 
1. Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade 
Previsto no artigo 93 da Lei nº 8.112, o servidor poderá ser afastado para 
para exercício de cargo em comissão ou função de confiança e em outros 
casos previstos em leis específicas. Na primeira hipótese (cargo em comissão 
e função de confiança), sendo a cessão para órgãos ou entidades dos 
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração 
será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente 
nos demais casos. 
 
2. Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo 
O regramento para tal caso está previsto no artigo 94 da lei. Já vimos tal 
situação em tópico anterior. 
 
3. Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior 
Tal afastamento pode ser concedido ao servidor para ausentar-se do País 
para estudo ou missão oficial, apenas com autorização do Presidente 
da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente 
do Supremo Tribunal Federal. 
A ausência não excederá a 4 (quatro) anos e, finda a missão ou estudo, 
somente decorrido igual período, será permitida nova ausência. 
No caso de afastamento de servidor para servir em organismo internacional de 
que o Brasil participe ou com o qual coopere, dar-se-á com perda total da 
remuneração. 
 
4. Afastamento para Participação em Programa de Pós-Graduação 
Stricto Sensu no País 
O servidor poderá, no interesse da Administração e desde que a 
participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do 
cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do 
cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em 
programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino 
superior no País. 
Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em conformidade com 
a legislação vigente, os programas de capacitação e os critérios para 
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participação em programas de pós-graduação no País, com ou sem 
afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê constituído para 
este fim. 
Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado 
somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no 
respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para 
mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio 
probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos 
particulares para gozo de licença capacitação ou para a mesma licença 
pleiteada nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento. 
Os servidores beneficiados por esse tipo de afastamento terão que 
permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um período 
igual ao do afastamento concedido. 
Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes 
de cumprido o período de permanência previsto deverá ressarcir o órgão ou 
entidade dos gastos com seu aperfeiçoamento 
Com relação às concessões temos o seguinte. 
Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: 
 I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; 
II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou 
recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias; 
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : 
 a) casamento; 
 b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou 
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. 
Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a 
incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do 
exercício do cargo, exigida a compensação de horário no órgão ou entidade 
que tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho. 
 Também será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, 
quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, 
independentemente de compensação de horário. Tal concessão se aplica 
também ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de 
deficiência física, exigindo-se, porém, neste caso, compensação de horário. 
 Será igualmente concedido horário especial, vinculado à compensação de 
horário a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que 
desempenhe atividade que receba Gratificação por Encargo de Curso 
ou Concurso, que explicamos anteriormente. 
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 Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é 
assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula 
em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente 
de vaga. Tal benefício estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou 
enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores 
sob sua guarda, com autorização judicial. Esse conceito de “congênere” tem 
sido interpretadopelo STF da seguinte forma: Se o servidor era matriculado 
em institução privada na localidade de origem tem direito de se matricular em 
institução privada na localidade de destino, o mesmo valendo para as 
instituições públicas. 
 (CESPE - ICMBio/2014) Acerca do regime dos servidores 
públicos federais, julgue o item. 
O servidor beneficiado por afastamento para realizar programa de mestrado 
ou de doutorado no país deverá permanecer no exercício de suas funções após 
seu retorno por período igual ao do afastamento concedido, ficando impedido 
de solicitar exoneração ou aposentadoria antes de cumprido o período de 
permanência no exercício de sua função. 
Comentários. 
Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes 
de cumprido o período de permanência previsto, deverá ressarcir o órgão ou 
entidade dos gastos com seu aperfeiçoamento. 
Gabarito: Errado. 
 
Pessoal, como vimos o conteúdo é bastante extenso. Vamos terminar o item 
de servidores públicos junto com improbidade administrativa, na próxima aula. 
São temas bastante próximos, uma vez que só falta o regime disciplinar. 
 
 
 O direito de petição corresponde ao direito de pedir. De forma efetiva, é 
o direito do qual dispõe o servidor de peticionar (pedir, solicitar) junto 
ao Poder Público sobre os seus direitos. A principal fonte legislativa no 
âmbito federal é a Lei nº 8.112/90 nos artigos 104 a 115. 
É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em 
defesa de direito ou interesse legítimo. O requerimento será dirigido à 
autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio 
daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente. 
Simplificando o texto, você servidor público deve encaminhar o seu 
requerimento ao seu chefe direto que então deve encaminhá-lo à autoridade 
competente. 
1.7.3 – Direito de Petição 
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Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou 
proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. 
 O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser despachados 
no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias. 
Caberá recurso: 
 I - do indeferimento do pedido de reconsideração; 
 II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. 
O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver 
expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala 
ascendente, às demais autoridades. 
A diferença entre recurso e reconsideração é que a reconsideração é avaliado 
pela própria autoridade que proferiu a decisão enquanto o recurso é julgado 
pela autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou 
proferido a decisão. 
 O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é 
de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da 
decisão recorrida. 
 O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da 
autoridade competente. 
 Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os 
efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado. 
O direito de requerer prescreve: 
 I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação 
de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse 
patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; 
 II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando 
outro prazo for fixado em lei. 
 
 O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato 
impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for 
publicado. 
Direito de requerer sobre 
demissão, cassação, 
aposentadoria, disponibilidade ou 
que afetem interesse patrimonial 
e créditos
• 5 anos para prescrição
Demais casos
• 120 dias para prescrição
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O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a 
prescrição. 
São fatais e improrrogáveis os prazos expostos nesse tópico, salvo motivo de 
força maior. 
 
 O que será estudado nesse tópico está presente na Lei nº 8.112/90, 
mais especificamente nos artigos 116 a 182. Vamos lá. 
 
 Esse tópico é bem decoreba, porém muitos dos incisos são óbvios. 
Começaremos com o artigo 116, que determina que são deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
(nesse caso nasce para o servidor o dever de representar contra o superior) 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as 
protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
 c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao 
conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de 
envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para 
apuração; 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
 
2 – Regime Disciplinar 
2.1 – Deveres e Proibições 
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A representação de que trata o item XII será encaminhada pela via hierárquica 
e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, 
assegurando-se ao representando ampla defesa. 
O descumprimento dos deveres acarreta infração disciplinar. A Lei 
estabelece que a advertência será aplicada por escrito nos casos de 
inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma 
interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. 
 
Com relação às proibições temos os seguintes itens: 
• Proibições que acarretam a penalidade de advertência: 
1 - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do 
chefe imediato; 
2 - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição; 
3 - recusar fé a documentos públicos; 
4 - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou 
execução de serviço; 
5 - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
6 - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o 
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu 
subordinado; 
7 - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação 
profissional ou sindical, ou a partido político; 
8 - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, 
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
9 - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado; 
 
• Proibições que acarretam a penalidade de suspensão 
Descumprimento
do dever
Infração disciplinar
Punição será a 
advertência, salvo 
pena específica
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Professor Jonatas Albino do Nascimento 36 de 120 
www.exponencialconcursos.com.br10 - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, 
exceto em situações de emergência e transitórias; 
11 - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do 
cargo ou função e com o horário de trabalho; 
 
• Proibições que acarretam a penalidade de demissão 
12 - participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade 
de acionista, cotista ou comanditário (tal proibição não se aplica na 
participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades 
em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital 
social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus 
membros nem no gozo de licença para o trato de interesses particulares, 
observada a legislação sobre conflito de interesses). 
13 - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, 
em razão de suas atribuições; 
14 - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
15 - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
16 - proceder de forma desidiosa; 
17 - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou 
atividades particulares; 
 
• Probibições que acarretam a penalidade de demissão e 
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público 
federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. 
18 - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função pública; 
19 - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, 
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de 
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; 
 
 
As penalidades previstas em lei são (art. 127 da Lei nº 8.112/90): 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
2.2 – Penalidades 
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IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada. 
 
 
 Segundo a lei, na aplicação das penalidades serão consideradas a 
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela 
provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou 
atenuantes e os antecedentes funcionais. 
 
Podemos perceber do mandamento acima que o poder disciplinar é 
discricionário, obviamente dentro dos limites estabelecidos em lei. Tal 
discricionariedade se justifica na determinação da penalidade e não quanto ao 
dever de punir, que deve sempre ser cumprido. 
O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a 
causa da sanção disciplinar. 
É importante dizer que o servidor público tem assegurado o direito do 
contraditório e ampla defesa, garantido constitucionalmente. 
 
Penalidade 
mais 
branda
• Advertência
Penalidade 
média
• Suspensão
Penalidade 
mais Grave
• Demissão
• Cassação de aposentadoria e disponibilidade
• Destituição de cargo em comissão ou função comissionada
Fatores a serem considerados na aplicação das penalidades
natureza e 
gravidade da 
infração
danos gerados
circunstâncias
atenuantes e 
agravantes
antecedentes
funcionais
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➢ Advertência 
Por ser a mais branda de todas as penalidades, a advertência será aplicada 
por escrito e terá seu registro cancelado, após o decurso de 3 (três) anos 
de efetivo exercício, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova 
infração disciplinar. 
A ação disciplinar prescreverá em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à 
advertência. 
 
 
➢ Suspensão 
A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com 
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem 
infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 
(noventa) dias. 
Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, 
injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica 
determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade 
uma vez cumprida a determinação. 
Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão 
poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) 
por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a 
permanecer em serviço. É importante salientar que não se trata de aplicar a 
penalidade de multa: a penalidade continua sendo de suspensão, mas ao invés 
do servidor deixar de trabalhar ele apenas paga a multa, o que muitas vezes é 
mais interessante para a Administração Pública. 
Durante o período de suspensão, o servidor não recebe remuneração e nem 
tal período é contado como tempo de serviço para qualquer efeito. 
A suspensão terá seu registro cancelado, após o decurso de 5 (cinco) anos 
de efetivo exercício, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova 
infração disciplinar. 
A ação disciplinar prescreverá em 2 (dois) anos, quanto à suspensão. 
aplicada por escrito
registro 
cancelado após 
3 anos
ação prescreverá 
em 180 dias
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➢ Demissão 
Penalidade extremamente gravosa. Os casos que ensejam a aplicação dessa 
pena são definidos em lei. Por isso trata-se de ato vinculado: ocorrendo a 
situação definida em lei, o servidor deve ser demitido. Esse é o 
entendimento da AGU (Advocacia Geral da União) que estabeleceu em 
pareceres tal pensamento, no âmbito do Poder Executivo Federal. 
Ocorre que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) considerou ilegal os 
pareceres da AGU, que retiravam qualquer discricionariedade na análise do 
caso concreto de situação sujeitas à demissão. E o que faremos na nossa 
prova? Bem, recomendamos ler a questão com cuidado para verficar se o 
entendimento que está sendo adotado é o do STJ ou da AGU. Caso isso não 
baste para encontrar a resposta, recomendamos que seja adotado o 
posicionamento da AGU para concursos do Executivo Federal. 
Já citamos as proibições que podem ensejar a aplicação de tal penalidade. 
Além disso, a demissão ser aplicada nos seguintes casos: 
I - crime contra a administração pública; 
II - abandono de cargo; 
III - inassiduidade habitual; 
IV - improbidade administrativa; 
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
VI - insubordinação grave em serviço; 
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima 
defesa própria ou de outrem; 
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
Suspensão
máximo
90 dias
pode ser 
convertida 
em multa 
reincidência de penalidades 
sujeitas a advertência e outras 
que não as de demissão 
(residual)
registro é 
cancelado
após 5 
anos
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IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
XI - corrupção; 
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos itens IV, 
VIII, X e XI transcritos acima implicam a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível. 
Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou 
destituído do cargo em comissão por infringência dos itens I, IV, VIII, X e XI. 
Configura abandono de

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