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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA - SDE4808
Unidade 1 - Estudo Histórico da Psicologia - fase filosófica
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Compreender a História é um pré-requisito para reconhecermos também o presente; quer estejamos falando de uma instituição ou mesmo de uma pessoa.
Quando deixamos de analisar o passado, corremos um grande risco de não compreendermos toda a complexidade das teorias atuais e suas aplicabilidades.
Apesar de quase 150 anos de história, quando Wundt, considerado o “Pai da Psicologia” inaugurou em 1879 seu laboratório em Leipzig, a Psicologia ainda é considerada uma ciência muito jovem, se comparada a outras cadeiras, como a Física ou as Ciências Biológicas.
Cap. I da apostila Estácio. 
1.1. A importância do passado para o entendimento do presente 
AULA 1 - Introdução
Fonte: http://batistabarcelona.com/consciencia/
Introdução
1.2. As ideias psicológicas na antiguidade e idade média: Sócrates, Platão, 
Aristóteles Santo Agostinho e São Tomás de Aquino
AULA 1 - Introdução
História
“A Psicologia tem um longo passado, mas uma curta história.” Hermann Ebbinghaus.
Filosofia
Tales de Mileto (624 – 545 a.C.) – 1º filósofo, tanto para a filosofia grega como para a europeia. 
Pitágoras (570 – 490 a.C.) – estilo de vida e filosofia – ascetismo moral e purificação do corpo.
Protágoras (490 – 420 a.C.) – iniciou o afastamento em relação à filosofia natural, na direção do interesse pelos valores humanos. 
Sócrates (470 – 399 a.C.) – vida virtuosa: resistir aspirações de fama e fortuna, nunca retribuir o mal com o mal. Preocupa-se com o bem-estar moral da alma. Morto pelo Estado. https://www.youtube.com/watch?v=-JQleq5hcKA
Platão – aluno de Sócrates. Tentava extrair definições de virtudes morais, investigando crenças. Ideia de alma imortal – 3 partes: necessidades básicas, obedece à vontade (ex.: coragem) e intelecto. Alegoria da caverna (de Sócrates) mundo visto por meio de sombras. https://www.youtube.com/watch?v=tswloAV-BH0
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1.2. As ideias psicológicas na antiguidade e idade média: Sócrates, Platão, 
Aristóteles Santo Agostinho e São Tomás de Aquino
AULA 1 - Introdução
História
“A Psicologia tem um longo passado, mas uma curta história.” Hermann Ebbinghaus.
Filosofia
Aristóteles (384 – 322 a.C.) – ciência da lógica. “A virtude é uma questão de encontrar o equilíbrio certo entre vícios opostos.” 
Santo Agostinho (354 – 430) – ponte entre filosofia clássica e cristã. Ligação entre filosofia e teologia, cunhou a ideia de cidade dos Homens e de cidade de Deus. A fé antes da sabedoria.
São Tomás de Aquino (1225 – 1274) – síntese entre teologia cristã e pensamento aristotélico, fundamentos do Catolicismo. Razão X Fé como complementares. 
5 declarações sobre a natureza divina de Deus: simples, perfeito, infinito, imutável e único.
4 virtudes cardeais: prudência, temperança, justiça e coragem. 
3 virtudes teológicas: fé, esperança e caridade. 
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1.3.As ideias psicológicas no renascimento e modernidade: René Descartes
AULA 1 - Introdução
História
“A Psicologia tem um longo passado, mas uma curta história.” Hermann Ebbinghaus.
Filosofia
Descartes (1596 – 1650) – busca por verdades absolutas. 
- Dualismo cartesiano – divisão entre mente e corpo. 
LEIA O CAPÍTULO 1.1 DA APOSTILA DA ESTÁCIO, pág. 19 – 31.
Fonte: http://pt.dreamstime.com/imagens-de-stock-bolha-do-pensamento-pessoa-de-pensamento-image11771374
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De modo corrente, se faz a história da psicologia (e das ciências) de duas formas: 
ou se busca demarcar as condições da psicologia através de uma série de transformações intelectuais, conceituais ou metodológicas (a chamada abordagem internalista); 
ou se busca estabelecer as condições da psicologia a partir de uma série de transformações culturais, sociais, econômicas e políticas (a chamada abordagem externalista). 
Compreendemos que, para se fazer a história da psicologia, as duas formas são necessárias, pois, por um lado, a psicologia, ainda que calcada em conceitos e práticas científicas, faz parte de uma rede de interesses e de práticas sociais. 
1.3.As ideias psicológicas no renascimento e modernidade: René Descartes
AULA 1 - Introdução
Pontos de vista
O personagem-chave na abordagem da interioridade é o filósofo moderno René Descartes (1596-1650). 
É esse autor que encontra no recurso à própria subjetividade a base para o estabelecimento das novas certezas indubitáveis, e o palco para que se possa distinguir a verdade do erro. Como esse processo de expurgo e purificação ocorre no cerne de uma interioridade? 
Em Descartes, a derrota da dúvida se faz nutrindo-se da própria dúvida cética (a certeza de que não há certezas), radicalizando-a, tornando-a hiperbólica, e pondo-a sob o domínio de um suposto gênio maligno apto a fazer com que nos equivoquemos com tudo; é desta forma que esse filósofo moderno estabelecerá os primeiros pilares de um novo porto seguro do pensamento: cogito, ergo sum. “penso, logo existo.”
1.3.As ideias psicológicas no renascimento e modernidade: René Descartes
AULA 1 - Introdução
Pontos de vista
Essa intuição imediata do próprio eu pensante impõe um novo ponto de partida para o pensamento ocidental: o Espírito e o Sujeito, enquanto sedes da verdade. *paixões
É neste ponto que o pensamento ocidental se torna predominantemente.
Pode-se falar do RACIONALISMO em três sentidos: 
psicológico (advogando a superioridade do pensamento sobre os estados afetivos); 
metafísico (afirmando a inteligibilidade da realidade); e 
gnosiológico (referente à teoria do conhecimento, em que a fonte dos nossos saberes seria oriunda da razão, e não dos sentidos). 
O EMPIRISMO em suas diversas manifestações comporta um: 
componente psicológico (a suposição de que todo o nosso conhecimento provém dos sentidos) 
e um gnosiológico (a afirmação de que só o conhecimento empírico é válido). 
Estes elementos estão presentes no empirismo moderno de John Locke, Georges Berkeley e David Hume, constituindo a principal corrente antagônica ao racionalismo gnosiológico. 
1.3.As ideias psicológicas no renascimento e modernidade: René Descartes
AULA 1 - Introdução
Pontos de vista
Espírito e corpo são compreendidos como portando duas substâncias de naturezas diversas: a extensa (o corpo) e a inextensa (a alma).
Empiristas e racionalistas concordam, contudo, em um aspecto: a evidência imediata, a transparência no conhecimento do espírito, em oposição à opacidade do corpo. 
Seria mais fácil conhecer a nossa subjetividade do que esta estranha parte de nós que nos foi tornada alheia: o corpo.
Por subjetividade entende-se a constituição de um plano de interioridade reflexiva, em que cada vivência se encontra centrada e ancorada em uma experiência de primeira pessoa, de um “eu”.
A chave para essa mudança pode ser encontrada no pensamento de Imannuel Kant (1781) que, ao analisar a questão do conhecimento em novas bases, supõe-no como uma síntese a priori entre as formas e categorias do SUJEITO TRANSCENDENTAL (nossa razão) e do diverso sensível (nossa experiência). 
1.3.As ideias psicológicas no renascimento e modernidade: René Descartes
AULA 1 - Introdução
Pontos de vista
Não há mais uma simples divisão entre razão e paixões, nem a transparência no conhecimento de si que os primeiros modernos atribuíam ao espírito. Com essa nova divisão, impõe-se uma nova instância, o sujeito transcendental, que legitima o conhecimento dos objetos (uma vez que situados no tempo e no espaço), mas é completamente limitado quanto ao conhecimento de si. 
Para ser possível uma psicologia empírica para Kant, seria necessário o exame do conjunto das nossa experiências conscientes, o sujeito empírico (e não o transcendental, mera condição lógica para o conhecimento) a partir de um elemento discreto de análise, da matematização e de um mínimo de objetividade.
Esses novos parâmetros exigem que a psicologia, para ser reconhecida como científica, seja mais do que a descrição do sujeito empírico, ou das vivências imersas em um mundo de ilusões: ela deve ter, no trato com a experiência imediata, todo o rigor de uma experiênciacientificamente mediada e matematizada. Surge, então, no final do século XIX, na Alemanha, o projeto da psicologia enquanto ciência da experiência, tomando como base a fisiologia, calcado no conceito de sensação como elemento objetivo e matematizável. 
1.3.As ideias psicológicas no renascimento e modernidade: René Descartes
AULA 1 - Introdução
Pontos de vista
BOCK, Bahia, A. M. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia.. 15. São Paulo: Saraiva, 2018.
Feitosa, João Paulo Machado. História da Psicologia. 1ª. Rio de Janeiro: Universidade Estácio de Sá, 2016.
Hothersall, David. História da Psicologia. 4ª. Porto Alegre: AMGH
Schultz, D. P., Schultz, S. E. História da Psicologia Moderna. 11. São Paulo: Cengage, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522127962/ 
Gaarder, Jostein. O mundo de Sofia : romance da história da filosofia / Jostein. Gaarder ; tradução do norueguês Leonardo Pinto Silva. —. 1ª- ed. — São Paulo.
ROSE, Nikolas. Psicologia como uma ciência social. Psicologia & Sociedade, v. 20, n. 2, p. 155–164, 2008.
DURKHEIM, Émile. Representações individuais e representações coletivas. (1898).
In: ______. Sociologia e filosofia. São Paulo: Martin Claret, 2009 [1924].
1.1. A importância do passado para o entendimento do presente 
AULA 1 - Introdução
Bibliografia
VEJAM A FOLHA DE EXERCÍCIOS
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