Buscar

TCC maca Fra 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

12
UniRV – UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
FACULDADE DE FARMÁCIA
PROPRIEDADES TERAPEUTICAS DA MACA PERUANA (Lepidium meyenii Walp.)
FRANCIELE BERNARDI
Orientadora: Profª Ms: GESSIANE S. C. GUIMARÃES
	Monografia apresentada à Faculdade de Farmácia da UniRv - Universidade de Rio Verde, como parte das exigências para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.
RIO VERDE – GOIÁS
2015
UniRV – UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
FACULDADE DE FARMÁCIA
PROPRIEDADES TERAPEUTICAS DA MACA PERUANA (Lepidium meyenii Walp.)
		FRANCIELE BERNARDI
Orientadora: Profª Ms :GESSIANE S. C. GUIMARÃES
	
Monografia apresentada à Faculdade de Farmácia da UniRv - Universidade de Rio Verde, como parte das exigências para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.
RIO VERDE – GOIÁS
2015
AGRADECIMENTO
RESUMO 
A Maca Peruana (Lepidium meyenii Walp.) é uma espécie exclusiva dos Andes do Peru, pertencente à família Brassicaceae. A Maca é usada principalmente em forma de suco, atualmente é vendida em forma de capsulas ou comprimidos. A população andina já descrevia seus inúmeros benefícios, porém era preciso confirma-las através de estudos científicos que aos poucos estão sendo realizados. Dentre eles estão diminuição dos efeitos da menopausa, ação preventiva sobre o câncer de próstata e mama, equilíbrio hormonal, adaptogenese, atividade afrodisíaca, hipolipemiante, memória, aprendizagem e antioxidante. Possui vários nutrientes, como caroteno, a tiamina (B1), a Riboflavina (B2), o ácido Ascórbico (C), a Niacina, além de vitaminas B6, D3 e P. A Maca também contém vários minerais, como o cálcio, fósforo, magnésio, potássio, sódio, cobre, zinco, manganês, ferro, selênio, entre outros, e é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) alimento com a quantidade necessária de aminoácidos essenciais que devem ser ingeridos diariamente. Objetivou - se com este trabalho conhecer um pouco mais sobre a espécie em estudo a qual possui propriedades químicas de grande interesse que vem despertando a atenção do mundo nesta última década.
 
ABSTRACT
LISTA DE FIGURA
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................9
2. REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................................10
2.1 PLANTAS MEDICINAIS............................................................................................10 
2.2 PLANTAS ADAPTOGENS.........................................................................................12 
2.3 MACA (Lepidium Meyenii)..........................................................................................14
2.3.1 FAMILIA BRASSICACEAE..............................................................................15
2.3.2 MORFOLOGIA...................................................................................................16
2.3.3 FASES DA PLANTA..........................................................................................17
2.3.4 ARMAZENAMENTO.........................................................................................18
2.3.5 PROPRIEDADES TERAPEUTICAS.................................................................19
2.3.6 COMPOSIÇÃO QUÍMICA.................................................................................20
2.3.6.1 GLICOSINOLATOS .......................................................................................23
2.4 ESTUDO SOBRE A MACA PERUANA.................................................................24
2.4.1 ATIVIDADE NO COMPORTAMENTO SEXUAL...........................................24
2.4.1.1 EFEITO DA MACA NO SEXO FEMININO...................................................24
2.4.1.2 EFEITO DA MACA NO SEXO MASCULINO..............................................25
2.4.2 AÇÃO ANTIOXIDANTE E METABÓLICA.....................................................27
2.4.3 CONTROLE INSETICIDA SOBRE O AEDES AEGYPTI ...........................28
2.5 TOXICOLOGIA..........................................................................................................28
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................30
 REFERÊNCIAS..................................................................................................................31
1. INTRODUÇÃO
Nativa do Peru a Maca (Lepidium meyenii) possui grande interesse econômico devido suas propriedades medicinais e alimentícias. Utilizada desde o século XVI os nativos dos Andes centrais do Peru acreditam que o consumo da Maca melhora a reprodução e revigora quem a consome (GONZÁLES, 2001). Esta planta é cultivada nas montanhas dos Andes e há séculos vem sendo utilizada pelos nativos como alimento e na medicina popular, no tratamento da anemia, tuberculose e esterilidade (ZHENG et al., 2000).
No império dos incas, a Maca era utilizada como alimento para os nobres e uma oferenda para os deuses, sendo seu cultivo importante e abundante durante aquele período. Algumas pesquisas sugerem que os guerreiros incas eram alimentados com porções de Maca, pois se atribuía a esta planta a capacidade de dar vitalidade e força física aos combatentes, além de aumentar sua fertilidade. Contudo após 1532, com a conquista dos Fra conquista de quem!!!!!
a produção de Maca diminuiu, chegando ao perigo de extinção uma vez que seu habitat foi ocupado, em sua maioria, pelo gado e por novas espécies vegetais, como o pasto e a aveia forrageira (GONZÁLES, 2001). 
Até o ano de 1980, a área cultivada da planta não superava 25 hectares. Este fato foi o motivo pelo qual a maca fosse declarada, pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, como uma espécie em perigo de extinção. Porém, desde a década seguinte, a área de cultivo vem crescendo, sendo que nos anos de 1998 e 1999, superou 1.200 hectares (GONZÁLES, 2001).
Várias pesquisas têm sido desenvolvidas a fim de comprovar as propriedades atribuídas à raiz de maca e alguns componentes de baixa massa molar presentes no material foram estudados (ZHENG et al., 2000).
 Devido aos benefícios que a Maca possui e ao fato de ser uma planta pouco conhecida objetivou-se com este trabalho ampliar o conhecimento a cerca desta espécie fazendo um relato sobre as principais pesquisas já realizadas.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 PLANTAS MEDICINAIS
Ferreira et al., (2010) descrevem que na intenção natural de se desenvolver e progredir as plantas tiveram que lutar pelo seu espaço e aprender formas de se defender de ataque de herbívoros e patógenos de uma maneira geral. Como resposta a esta evolução diversas plantas desenvolveram suas próprias defesas químicas, tornando-as cada vez mais complexas e como resposta biossintetizam substâncias para atuar em alvos específicos moleculares de seus predadores.
O homem em seu processo evolutivo foi aprendendo a selecionar plantas para a sua alimentação e para o alívio de seus males e doenças. O resultado desse processo é que muitos povos passaram a dominar o conhecimento do uso de plantas e ervas medicinais, o que hoje de forma mais evoluída e processada chamamos fitoterapia (FERREIRA et al., 2010). 
Na Idade Média, o médico sueco Paracelso foi considerado o responsável por abrir espaço á medicina natural e para muitas plantas que são usadas até hoje, como o ópio. No século XVIII foi criada a farmacognosia (“pharmakon” = droga e “gnosis” = conhecimento). É uma ciência que estuda a identificação e extração dos compostos presentes em plantas, suas propriedades físico químicas, atividade biológica e a toxicidade (EISENBERG et al., 1998).
Para antigas civilizações a cura promovida pelas plantas medicinais tinham uma magia e um elemento sobrenatural. Alguns acreditavam que essas plantas agiam no ‘’corpo astral’’, produzindo um fenômeno fisiológicoe paranormal. As plantas medicinais era uma magia religiosa para algumas pessoas (FERREIRA et al., 2010).
Plantas medicinais produzem diferentes substâncias químicas (alcalóides, taninos, flavonóides, saponinas, entre outros) e o fazem em diferentes proporções, dependendo do habitat, da pluviosidade, do oferecimento de luz às plantas, das características dos solos, enfim, das características edafo-climáticas, além do seu potencial genético. Algumas substâncias químicas são características de uma determinada espécie vegetal, servindo como parâmetros para a sua caracterização e identificação (MIGLIATO et al., 2007; GOBBO-NETO & LOPES, 2007).
O conhecimento sobre plantas medicinais simboliza muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos, sendo que o uso de plantas no tratamento de enfermidades é tão antigo quanto a espécie humana (MACIEL, PINTO, VEIGA JR, 2001).
Os conhecimentos empíricos acumulados no passado (tradição cultural) e os científicos desenvolvidos ao longo do tempo mostram que as plantas medicinais e os medicamentos fitoterápicos podem, também, causar efeitos adversos, toxicidade e possuir contra - indicações de uso. O princípio de que o benefício advindo da utilização de um produto com finalidade medicamentosa deve superar seu risco potencial deve ser aplicado também aos produtos da medicina tradicional/popular. O desconhecimento pelos consumidores das informações mínimas necessárias ao uso correto de plantas medicinais e de medicamentos fitoterápicos, e as dificuldades encontradas pelos profissionais da saúde para obtenção de informações de qualidade, tornam a fitoterapia um alvo fácil para a automedicação sem responsabilidade (ALEXANDRE; GARCIA; SIMÕES, 2005).
Os fitoterápicos são fármacos extraídos de plantas medicinais e seus princípios ativos devem amenizar os sintomas e ainda curar doenças, mas ocasionalmente podem causar efeitos adversos. O uso tradicional de plantas no tratamento de doenças pela população e a confirmação dos seus benefícios por pesquisas na área tem estimulado ainda mais o seu uso (OLIVEIRA, 2011).
Segundo a Portaria 06/95 ANVISA, um conceito bastante amplo e básico de fitoterapia é:
 Todo medicamento tecnicamente obtido e elaborado, empregando-se, exclusivamente, matérias primas ativas vegetais com a finalidade profilática, curativa ou para fins de diagnóstico, com benefício para o usuário. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade; é o produto final acabado, embalado e rotulado. Na sua preparação podem ser utilizados adjuvantes farmacêuticos permitidos pela legislação vigente. Não podem estar incluídas substâncias ativas de outras origens, não sendo considerado produto fitoterápico quaisquer substâncias ativas, ainda que de origem vegetal, isoladas ou mesmo suas misturas (BRASIL, 1995).
A biodiversidade e o potencial econômico da flora brasileira, desde 1886, já eram descritos em inventários, testemunhando a sua riqueza em plantas produtoras de frutos alimentares, resinas, óleos, gomas, aromas, e principalmente, o potencial medicinal, podendo citar muitas espécies (JACOBSON et al., 2005). 
O uso plantas medicinais tem recebido o incentivo da Organização Mundial de Saúde, por meio da Resolução WHA (World Health Assembly) 31.33 (1978) e 40.33 (1987), que comprova a importância das drogas vegetais para a saúde, orienta a criação de um programa mundial para a identificação, validação, preparação, cultivo e conservação das drogas vegetais que são usadas na terapêutica tradicional, para certificar-se do controle de qualidade dos fitoterápicos (MIGUEL; MIGUEL, 1999).
O desenvolvimento de fitoterápicos começa com um estudo científico, que passa por pesquisa bibliográfica e testes práticos que procuram resultados sobre seu cultivo e colheita, elementos químicos, e sua atividade biológica. Segundo Cechinel-Filho e Yunes, 1998 as plantas medicinais podem conter centenas de constituintes químicos e a avaliação do potencial terapêutico dessas plantas e de alguns de seus constituintes químicos têm sido objeto de muitos estudos onde já foram comprovadas ações farmacológicas e varias destas substancias tem grandes possibilidades de serem utilizadas futuramente como agentes medicinais.
Dentre as diversas plantas com potencial medicinal podemos mencionar a Maca Peruana (Lepidium meyenii) uma como planta adptógena utilizada na medicina popular por proporcionar uma variedade de benefícios à saúde.
2.2 PLANTAS ADAPTÓGENAS
Na antiga União Soviética surgiu o termo adaptógeno para classificar plantas ou outras substânicas que visam a manutenção do bom funcionamento do organismo. Embora o uso destas plantas seja milenar em regióes asiáticas, os princípios da medicina tradicional asiática ainda e desconhecida da grande população ocidental, incluindo as comunidades médicas e científicas (CHAN, 2005). 
O organismo quando submetido a situações extremas do dia-a-dia nem sempres consegue reagir de forma adequada, alguns medicamentos podem ajudar em tais situações e a busca de produtos com essa característica constitui-se em preocupação constante em todo o mundo, sendo o grupo de plantas adaptógenas de grande valor devido as suas propriedades homeostáticas (BREKHMAN & DARDYMOV, 1969) 
Cientificamente Lazarev foi o primeiro a utilizar a palavra adaptógena em 1947 quanto desenvolveu pesquisas com substâncias que aumentam um estado de resistência não-específica dos organismos após contato com fatores estressantes diversos, promovendo um estado de adaptação à situação excepcional (WAGNER et al., 1994).4
PANOSSIAN & WAGNER (1997) descreveram plantas adaptógenas na classe dos psicoanalépticos: “plantas que aumentam a resistência do organismo, em situações de stress, sem levar à perda da homeostasia interna”, isto é, sem causar a exaustão provocada pelos estimulantes. A resposta do stress aos adaptógenos é independente da natureza do estímulo (químico, físico ou biológico) e inespecífico (SINGH et al., 2003).
Segundo BREKHMAN & DARDYMOV (1969), uma planta adaptógena deve obedecer aos seguintes requisitos: 
a) Mostrar uma atividade não-específica, isto é, aumentar o poder de resistência do organismo em relação a agentes nocivos de natureza física, química e biológica. 
b) Deve ter uma influência normalizadora, independente da natureza do estado patológico. 
c) Deve ser inócuo e também não influenciar o funcionamento normal do organismo mais do que o necessáro.
Tabela 1. Diferenças entre adaptógenos e outros estimulantes.
	Características
	Estimulantes
	Adaptógenos
	Processo de recuperação após exaustiva carga física
	Baixa
	Alta
	Depleção de energia
	Sim
	Não
	Desempenho no stress
	-
	Aumenta
	Sobrevivência do stress
	-
	Aumenta
	Qualidade da excitação
	Pobre
	Bom
	Potencial de dependência
	Sim
	Não
	Efeitos colaterais
	Sim
	Raros
	DNA/RNA e síntese proteica
	Diminiui
	Aumenta
Fonte: PANOSSIAN & WILKMAN (2010)
Os adaptógenos constituem uma classe a parte de agentes farmacológicos, com múltiplas ações e algumas particularidades. Uma das possíveis razões, pelas quais os adaptógenos não eram aceitos pela comunidade científica, era a dificuldade para obter resultados que comprovassem seus alegados efeitos, utilizando os métodos clássicos da farmacologia. Além disso, o modelo biomédico sempre pregou a idéia de que cada droga seria útil para uma única doença, agindo sobre receptores ou outros alvos específicos daquela patologia (CAPRA, 1993).
2.3 MACA PERUANA (Lepidium meyenii)
A Lepidium meyenii é conhecida popularmente como Maca Peruana. É uma planta nativa dos Andes e pertence a família Brassicaceae. Cresce em uma altitude de 3500–4500 m, onde a temperatura é baixa e os ventos são fortes limitando muitas culturas (COBO, 1956).
A primeira descrição taxonômica da espécie Lepidium meyenii Walp. foi realizada pelobiólogo alemão Wilhelm Gerhard Walpers, em 1843, baseada no espécime coletado em um lugarejo chamado Meyeni, do Departamento de Puno, Peru. Em 1990, a bióloga peruana Glória Chacón de Popovici propôs a classificação de uma nova espécie exclusiva do território peruano: Lepidium peruvianum Chacón. Contudo, este nome não está oficializadoé na International Association for Plant Taxonomy. Cientificamente Lepidium peruvianum é considerada apenas uma sinonímia de Lepidium meyenii Walp. (CHACÓN DE POPOVICI, 1990).
Tabela 2. Identificação da planta.
	Nome Científico:
	Lepidium meyenii Walp.
	Sinonímia:
	Lepidium peruvianum
	Nome Popular:
	Maca
	Família Botânica:
	Brassicaceae
Fonte: Oliveira (2011)
Tabela 3. Taxonomia.
	Reino:
	Plantae
	Divisão:
	Magnoliophyta
	Classe:
	Magnoliopsida
	Ordem:
	Brassicales
	Família:
	Brassicaceae
	Gênero:
	Lepidium
	Espécie:
	Lepidium meyenii Walp.
	Sinonímia:
	Lepidium peruvianum
Fonte: Oliveira (2011).
O tubérculo desta planta foi muito apreciado nos tempo pré Inca e Inca. Durante o império Inca a Maca foi limitada somente a nobreza, ao clero e as classes privilegiadas; e ainda oferecida aos guerreiros como prêmio (GONZALES, 2006). 
A Maca era cultivada pelos moradores locais pelo seu alto valor nutricional e seus efeitos terapêuticos. No inicio de 1990 a retomada a natureza foi empurrada para frente pela descoberta cultura das ervas sul americanas. Até aquele momento, a Maca, uma planta misteriosa, foi descoberta como uma planta preciosa (TELLO; HERMANN; CALDERÓN, 1992).
Não demorou muito para a Maca Peruana começar a chamar atenção do público brasileiro, isso por ser uma planta rica em nutrientes como o caroteno, a tiamina (B1), a Riboflavina (B2), o ácido Ascórbico (C), a Niacina, além de vitaminas B6, D3 e P. A planta ainda possui minerais, como o cálcio, fósforo, magnésio, potássio, sódio, cobre, zinco, manganês, ferro, selênio, boro e traços de sílica, alumínio e vestígios de bismuto. A Maca Peruana ainda é composta por seus princípios ativos, os compostos fenólicos, os flavonoides, os taninos, os glicosídeos, as saponinas, as aminas, os alcaloides, as antocianidinas, as dextrinas e os glucosinolatos (CHACON, 1961).
A maca é a única espécie do gênero Lepidium cuja raiz é utilizada na alimentação, porém as folhas de outras espécies são usadas como verduras (ARIAS, 2002). Além disso, entre os tubérculos e raízes andinas é o que possui as melhores propriedades alimentícias. O conteúdo de aminoácidos essenciais é comparável com o recomendado pela Organização Mundial da Saúde e Organização das Nações Unidas para e Agricultura e Alimentação (FAO-OMS)  apresentando altos percentuais de lisina, tirosina e fenilalanina. A fração lipídica contém ácido oléico e linoléico, e os níveis de minerais são elevados (DINI et al., 1994; PIZZA et al., 1998). 
2.3.1 FAMÍLIA BRASSICACEAE 
Segundo Monsalve e Cano (2003) a família Brassicaceae possui cerca de 350 generos e 3000 espécies, espalhadas pelo mundo, mas se encontram, sobretudo em regiões quentes. No Peru descobriram 27 gêneros e 104 espécies, dessas 2 generos e 28 espécies são de regiões restritas.
 E de acordo com os mesmos autores acima as características taxonômicas dessa família são de plantas anuais, raramente são arbustos; talos geralmente herbáceos; as folhas tem morfologia variada; hermafrodita; e as flores são aglomeradas.
O genero Lepidium possui por volta de 150 espécies. É distribuida pelo mundo, e é considerada essencial nos países de clima temperado. No Peru são encontradas 14 espécies (MONSALVE E CANO; 2003).
2.3.2 MORFOLOGIA
A maca é caracterizada pela formação de uma roseta de talos curtos e decumbentes com numerosas folhas, que crescem quase ao solo, o que lhe confere uma grande tolerância ao frio (DINI et al., 1994). A figura 1 mostra o aspecto geral de uma planta de maca. 
Fra da uma olhada nas normas da FESURV eu acho que a palavra figura é escrita entre parêntese (figura 1) confira por favor...
Figura 1. Aspecto geral da Maca (Lepidium meyenii)
Fonte: http://www.saudemelhor.com/maca-peruana-beneficios-dosagem-onde-comprar. Acesso em: 19/05/2015
O órgão de reserva desta planta, que foi o objeto de estudo deste trabalho, é tuberoso, suculento e com forma de nabo. As culturas de maca se diferenciam majoritariamente pela cor dos órgãos de reserva que podem ser brancos, amarelos, cinzas, roxos, pretos, amarelo com roxo e branco com roxo. Algumas destas variedades de maca de diferentes cores estão representadas na figura 2. Alguns autores relacionam a cor do órgão de reserva com as propriedades biológicas que a maca apresenta (ALZAMORA et al., 2007).
Para se adaptar aos lugares, a planta precisou desenvolver características morfológicas próprias que inclui uma pequena parte aérea e uma zona reservada volumoso (raiz) localizada no interior da terra (GONZALES, 2006). O interesse pela Maca cruzou fronteiras sendo cultivada na Europa fora do seu habitat natural, mas não obteve resultados satisfatórios (MELNIKOVOVA; J HAVLIK; FERNANDEZ-CUSIMAMANI, 2012).
2.3.3 FASES DA PLANTA
A planta é descrita morfologicamente como uma planta típica da “puna Andina” (região alta próxima a cordilheira dos Andes), de porte arrosetado, que tem uma coroa de folhas basais que surgem por cima de um eixo carnoso (carnudo) no solo. O cultivo é considerado bianual e possui uma fase vegetativa em que se produz o crescimento e expansão do órgão de reserva e uma fase reprodutiva, caracterizada pela produção de flores e frutos. Além disso, durante os anos com condições climáticas favoráveis (ausência de geadas e umidade abundante) as plantas podem completar seu ciclo reprodutivo em um ano (GONZALES, 2010).
Para Gonzales (2006) seu ciclo de vida tem duas fases distintas, a primeira chamada de fase vegetativa onde a reserva ou raiz, que é usado como alimento pela população ocorre. A outra fase é a reprodutiva que é quando gera sementes botânicas; ambas as etapas são concluídas em dois anos consecutivos e, portanto, é conhecido como um cultivo de dois anos.
A propagação da Maca Peruana é pelas sementes. A colheita é feita sete meses após o plantio, quando as raízes estão prontas para o consumo. A fase reprodutiva com produção de sementes e a florescência são atingidas com um ano, desde que as condições sejam favoráveis a reprodução. Se as condições ambientais não forem adequadas, a fase dormência e a fase de brotamento ocorrerão para completar a fase reprodutiva. Depois da colheita, raízes saudáveis se conservam sem mostrar sinais de deterioração antes da secagem. Quando mantido em temperatura ambiente com baixa umidade é possível armazenar as raízes por um longo período de tempo (SUÁREZ et al., 2009).
2.3.4 ARMAZENAMENTO
Durante o armazenamento pode ocorrer perdas por danos mecânicos, fisiológicos e doenças por fatores biológicos. Essas perdas são causadas por fatores intrínsecos e extrínsecos, geralmente causam a perda da qualidade e da vida útil de frutas e vegetais. Além da deterioração física, química e enzimática que causa o amolecimento do tecido, perda da cor, odor, sabor e também de valores nutricionais. A ação da enzima amilotica ou amilase em grânulos de amido têm sido objeto de várias investigações. Estes estudos tem mostrado diferenças na resistência na ação da alfa-amilase, não somente no grau de hidrólise mas também em modo de ataque e os produtos libertados por hidrólise. Essa suscetibilidade é devido a vários fatores tal como estruturas cristalinas, tamanho das partículas, amiloses e amilopectinas contidas, como a presença de enzimas inibitórias (CASTAÑO, 2006).
A Maca possui uma elevada porcentagem de carboidratos estáveis, mesmo durante o longo período de conservação pós-colheita, sem apresentar deterioração aparente da raiz quando armazenada à temperatura ambiente, aparentando apenas perda de água até ficar seca. Desta forma,as raízes podem ser estocadas durante anos, o que facilita o seu processo de comercialização (CARDENAS et al., 1998; QUIROS et al., 2004).
2.3.5 PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS
De acordo com Gonzales (2010), os povos andinos consomem a Maca primordialmente para alimentação, contudo em conversas com a população local é dito que o alimento é eficaz para vários problemas como por exemplo: menopausa, problemas de fertilidade e potência sexual ou impotência sexual como energético dentre outros, motivo que levou a grande pesquisa sobre o alimento nos últimos anos.
Segundo Oliveira (2011) devido a semelhança com o Panax ginseng a Maca é considerada adaptógena, ou seja, melhora a capacidade de superar condições estressantes.
A partir de então começaram a estudar, e o estudo mais antigo que se sabe foi o conduzido por Johns (1981) que concluiu um aumento significativo na prole de ratas que tinhas em suas rações o acréscimo de Maca. Nove anos mais tarde Chacon de Popovici (1990) constatatou que as ratas tiveram alterações no folículo de Graaf, favoráveis ao aumento da fertilidade.
Devido a presença de quercetina e isotiocianatos (LI et al., 2001), glucosinolatos (PIACENTE et al., 2002) e fitoestrogenos (VALENTOVA; ULRICHOVA, 2003) e devido ao alto teor de nutrientes presentes na Maca foi investigado o potencial uso da maca na alimentação de peixes, observando-se um aumento de 55% na taxa de sobrevivência destes; também foi observado um aumento da síntese hormonal e aumento a resistência a doenças e ao estresse (LEE et al., 2004). 
 Um estudo dos efeitos da Lepidium meyenii sobre a função cognitiva com as três variedades de maca (roxa, preta, amarela) sobre a aprendizagem em ratos, concluiu que a Maca preta tem o melhor efeito sobre a aprendizagem (CALDAS, 2006). De acordo com Qiong et al., (2011) isso acontece devido a diminuição dos níveis de acetilcolinesterase sem alterar a monoamino oxidase.
RUBIO et al. (2007) investigaram a maca preta e observaram inibição na perda de memória em ratos. Segundo os autores esta propriedade da maca pode ter um potencial na aplicação para o tratamento da doença Alzheimer.
Observou-se também potencial neuroprotetor em ratas com oclusão da artéria cerebral. Em humanos a Maca reduz os sinais de depressão e ansiedade em homens adultos aparentemente saudáveis. Com 3,5 g/dia por seis semanas reduz os sintomas psicológicos, incluindo ansiedade e depressão em mulheres pós-menopausa (GONZALES, 2014).
Segundo o mesmo autor ainda, em um experimento com jogadores de futebol, que receberam por dia três capsulas com 500 mg durante dois meses, apresentaram um efeito favorável na resistência física, porém o aumento foi pouco.
A Maca melhora a conduta sexual em roedores. Em machos normais, melhora o desejo sexual em oito semanas de tratamento. No entanto, segundo experiências cientificas, em homens esportistas, o extrato da Maca Peruana melhora o desejo sexual em duas semanas de tratamento. Em um estudo duplo cego usando 2,4g/dia de extrato seco por doze semanas foi observado um pequeno mas significativo efeito sobre a disfunção erétil leve (GONZALES et al., 2014).
Foi constatado que o Lepidium meyenii exerce seu efeito por meio de um fitocomplexo (associação de princípios ativos). Dois grupos farmacológicos (glucosinolatos e fitosteróis) coordenam o balanço hormonal e o vigor físico conferidos pelo extrato de Maca. Os metabólitos benzilcosinolato, isotiocianato, benzilisotiocianato, indol-3-carbinol e diindolilmetano estão consagrados na literatura pela sua ação preventiva do câncer de mama e próstata (OLIVEIRA, 2011).
2.3.6 COMPOSIÇÃO QUÍMICA
A maca é uma raiz aromática com 52 a 76% de carboidratos e seu período de conservação pós-colheita é bastante longo, sem demonstrar sinais de deterioração. O mecanismo de degradação do amido e dos componentes da parede celular via ação enzimática não são ainda conhecidos (SANABRIA, 2005).
De acordo com PAULET et al., (2006) as raízes secas de maca contêm 20% de amido. 
A maca apresenta em sua composição os glicosinolatos, que são conhecidos por bioatividades que incluem ação antifúngica, antibacteriana, fitotóxica e efeitos inseticidas. É vendida como um suplemento alimentar, mas ganhou popularidade na forma de extrato botânico. Em estudos, hidratos de carbono, lipídeos, esteróis, proteínas, fibras, aminoácidos, ácidos graxos, compostos minerais do tubérculo estão sendo determinados, e os resultados mostram a alta qualidade nutricional. Em particular, a elevada quantidade de carboidratos, proteínas, vitaminas, e minerais fazem da maca um poderoso energizante, particularmente indicadas as pessoas desnutridas e stressadas, e ainda para melhorar a energia metal e física. Pessoas andinas estão firmemente convencidas de que ao ingerir a Maca a uma melhora na fertilidade, e recentemente atletas a usam como uma excelente alternativa de esteroides anabólicos (VALENTOVÁ; ULRICHOVÁ; 2003). 
Glucosinolatos e seus produtos derivados, considerado geralmente compostos prejudiciais, receberam recentemente uma maior atenção por causa da sua atividade biológica: a sua capacidade de desempenhar um papel protetor contra o câncer. O mecanismo citotóxico deste composto não foi completamente desvendado, parecem ser inibidores carcinogênicos por neutralização ou supressão da atividade proliferativa de células neoplásicas (PIACENTE et al., 2002). Assim, no primeiro caso, glucosinolatos e produtos derivados impediriam moléculas cancerígenas de chegar ao local-alvo ou interagindo com as moléculas reativas cancerígenas, ou ativando importantes enzimas hepáticas para proteção contra vários agentes cancerígenos, tais como a quinona redutase, glutationa-S-transferase, e UDP (Uridil difosfato) glucuronosil-transferase (Zhang et al., 1992). No segundo caso, eles podem diminuir os efeitos das mudanças genéticas que ocorreram no início das fases de transformação neoplásica (NUGON-BAUDON et al., 1990). 
Foram identificados 53 compostos no óleo essencial da Maca, representando mais de 94% da composição do óleo. O óleo essencial é caracterizado por um odor desagradável. Entre os identificados, havia compostos fenólicos (93,5%) que inclui 2 nitrogênios (85,9%), 14 oxigênios (4,5%), um enxofre (0,4%), um nitrogênio e um oxigênio (2,1%), 2 nitrogênio e um enxofre (0,6%) substituindo compostos fenólicos (TELLEZ et al., 2002).
Nas ultimas decadas as atenções se voltaram a tetrahidro-beta-carbolinas por causa de suas atividades biológicas. Há especulações em seu papel no sistema nervoso central onde as funções podem ser neuromoduladoras. Tetrahidro-beta-carbolinas parace inibir a monoamina oxidase e monoamina absorção, se liga ao receptor benzodiazepínicos, e ainda desempenha um papel na etiologia do alcoolismo. Tetrahidro-beta-carbolinas são mutagênicas ou precursoras de mutagênicos. Pode causar morte das células neuronais in vitro, e pode ser bioativado dando origem a toxinas endógenas. Esse composto esta presente também no chocolate, onde atua como inibidor leve da mono amino oxidase (MAO) e potencializa os efeitos das aminas (serotonina, feniletilamina e outros) (PIACENTE et al., 2002).
As propriedades físico-químicas do amido da Maca mostra que a taxa de amilose/amilopectina influencia na gelatinização e viscosidade dos grânulos de amido. Baseado em difração de raio-X, o amido da Maca exibe um padrão sobre a estrutura cristalina do tipo B, é considerado rico em amilose e têm formas e tamanhos similares, além disso, os grânulos são resistentes a hidrolise enzimática e ácida. Uma característica fundamental de amidos nativos de diferentes fontes vegetais é que os seus grânulos e estruturas moleculares influenciam na físico-química e nas propriedades funcionais (GANZERA et al., 2002).
Entretanto, os compostos considerados marcadores para a maca são a macaena e a macamida, ácidos graxos poli-insaturados e suas amidas, que não são encontrados em outras plantas (WANG et al., 2007).
A maca também éconhecida pela sua variedade de fitoquímicos, como campesterol, stigmasterol, betasitosterol, benzil isotiocianatos, catequinas, e glucosinolatos. (CUI et al., 2003; SANDOVAL et al., 2002).
São encontrados na Maca: alcalóides; fitoesteróides; compostos fenólicos; flavonóides; taninos; glicosídeos; saponinas; aminas secundárias alifáticas; aminas terciárias; antocianidinas; dextrinas; glucosinolatos. Os glucosinolatos são provenientes do metabolismo dos aminoácidos valina, alanina, leucina, isoleucina, fenilalanina, tirosina e triptofano. As enzimas que hidrolisam os glucosinolatos são as mirosinases (BIANCHI, 2003; ALONSO, 2007).
A matéria úmida contém aproximadamente: 43% de carboidratos; 5% de fibras solúveis e 14% de insolúveis ; 2% de lipídeos e 10% de proteínas. A matéria seca (a raiz tuberosa em pó e desidratada) contém aproximadamente: 50% a 70% de carboidratos
(24% sucrose, 1,6% glicose, 5% oligossacarídeos, 31% polissacarídeos); 8 a 9% de fibras solúveis e 23% de insolúveis; 2% a 4% de lipídeos, incluindo os ácidos graxos (oléico, linoléico, linolênico, mirístico, esteárico, palmítico e palmitoléico) e 8% a 18% de proteínas. O conteúdo energético é de 663 kJ/100g (DINI et al., 1994; TELLEZ et al., 2002).
As seguintes vitaminas estão presentes na Maca: niacina, tiamina (B1), riboflavina (B2), ácido ascórbico (C), e vitaminas B6, D3, E, P; carotenos (BIANCHI, 2003).
Tabela 4. Composição centesimal de raízes de maca, em base úmida.
	Composição Centesimal
	(g/100g)
	Umidade
	5,00 – 19,62
	Proteínas
	10,10 – 18,25
	Lipídios
	0,20 – 2,20
	Carboidratos
	51,81 – 76,05
	Fibra 
	3,85 – 8,50
	Cinzas 
	3,46 – 6,43
	Açucares
	22,53 – 29,54
	Amido
	33,64 – 36,20
	Vitaminas
	(mg/100g)
	Niacina
	37,27 – 43,03
	Ácidos Ascórbico
	0,80 – 3,52
	Riboflavina
	0,31 – 0,76
	Tiamina
	0,15 – 1,17
	Minerais
	(mg/100g)
	K
	1000 – 2050
	Na
	18,70 – 40,00
	Mg
	70,00 – 114,63
	Ca
	150,00 – 650,35
	P
	183,00 – 329,00
	Oligoelementos
	(mg/100g)
	Cu
	5,90
	Zn
	2,80 – 6,12
	Mn
	0,80
	Fe
	9,93 – 24,37
	B
	12 – 29 p.p.m
Fonte: Comas et al., 1997; Tellez et al., 2002
A Lepidium meyenii contem várias classes de metabólitos secundários o que faz desta uma planta de grande valia e interesse para estudo. Embora as propriedades medicinais da Maca tenham sido avaliadas em diversos estudos clínicos e pré-clínicos, os resultados são inconclusivos e, muitas vezes, conflitantes. Desta forma, é essencial a necessidade de novas pesquisas cientificas para avaliar o potencial de seus constituintes químicos por meio de investigações fitoquímicas , farmacológicas e toxicológicas pois é falsa a idéia que o uso de plantas é seguro e livre de efeitos colaterais.
O Ministério da Saúde do Peru realizou um estudo com doze alimentos tuberosos consumidos no país e constatou que a Maca está entre os alimentos que possui o maior conteúdo de cálcio, ferro e fósforo. Potássio, magnésio, sódio, cobre, zinco, manganês, boro e selênio são outros minerais presentes (INSTITUTO DE NUTRICION DEL PERU Y INCAP, 1981; RAMIREZ, 2002).
2.3.6.1 GLICOSINOLATOS 
De acordo com Simões et al., (2010) são qualificados em alifáticos, aromáticos e indólicos, de acordo com o aminoácido que se origina: metionina, fenilalanina ou triptofano.
São encontrados em 16 familias, sendo as principais: Brassicaceae, Capparidaceae, Resedaceae, Moringaceae e Tropaeolaceae. Na indústria farmacêutica destaca-se a família Brassicaceae que vai da mostarda, que e usada como tempero, a verduras como o brócolis e o nabo, e também sementes (SIMÕES et al.; 2010).
De acordo com Bongoni et al. (2014) a constituição dos glicosinolatos é a base de enxofre e azoto, e são derivados a partir de glicose e um aminoácido, além disso são solúveis em água podendo entao ser lixividaos. Os glicosinolatos pertencem os glucósidos . Cada glicosinolatos contém um átomo de carbono central, que está ligado através de um átomo de enxofre com o grupo glucose ( fazendo uma aldoxima sulfatado ) e através de um átomo de azoto de um grupo sulfato . Além disso, o carbono central está ligado a um grupo lateral ; glucosinolatos diferentes têm diferentes grupos laterais, e uma variação no grupo lateral que é responsável pela variação nas actividades biológicas destes compostos vegetais.
Os glicosinolatos apresentam cheiro marcante e gosto pungente e oferecem uma variedade de finalidades biológicas. São causadores de características de sabor e odor marcantes de certos alimentos. E o resultado de sua hidrolise causam efeitos sobre o corpo humano (SIMÕES et al.; 2010).
 
2.4 ESTUDOS SOBRE A MACA PERUANA
2.4.1 ATIVIDADE NO COMPORTAMENTO SEXUAL
Zheng et al. (2000) estudou os efeitos do estrado de Lepidium meyenii no comportamento sexual de ratos e ratas e concluiu que o uso da maca aumentou significativamente a atividade sexual levando em conta alguns fatores como:
· Aumento do numero de intercursos;
· Presença de esperma nas fêmeas;
· Diminuição da latência do período para nova ereção dos animais com disfunção erétil.
Sendo assim, pode-se notar no trabalho, que a maca peruana atuou como um potente afrodisíaco natural. 
2.4.1.1 EFEITO DA MACA NO SEXO FEMININO
Os estudos da maca no sexo feminino tem sido muito voltado no trabalho pré e pós menopausa.
MEISSNER et al. (2006) estudou o efeito do uso da maca na resposta fisiologica quantitativa e alivio dos sintomas de mulheres em menopausa e em perimenopausa.
Os resultados demonstaram que o uso de maca aumentou signitificamente os níveis séricos de hormônio foliculo estimulante (FSH), estrógenos, progesterona e hormônio adrenocorticotropico (ACTH), além disso, de acordo com o questionário de Kupperman (KMI -Kupperman’s Menopausal Index), houve uma melhora também nos sintomas da menopausa, como, frequência de calores, indice de transpiração, distúrbios do sono, nervosismo, depressão e palpitação.
MEISSNER et al (2006b) publicou outro trabalho onde trabalhou parâmetros semelhantes aos anteriores porém para mulheres pós-menopausa precoce, e obteve como resultado significativa redução de FSH (com um aumento simultâneo no estrógeno e lipoproteína de HDL (High density lipoprotein) evidenciando a redução dos sintomas acima citados, surgindo ainda como um possível auxiliar na terapia de reposição hormonal.
Contudo deve ficar claro que para ambas as pesquisas os resultados só foram observados em pacientes que utilizaram o tratamento no mínimo por dois meses.
 Isso pode explicar os resultados encontrados por BROOKS et al (2008), que mostrou que os níveis de FSH, hormônio luteinizante (LH) estradiol e SHBG (Sex hormone-binding globulin: glicoproteína que se liga aos hormônios sexuais, especificamente a testosterona) não houve alteração significante.
Mas segundo os mesmos autores a maca mostrou-se eficaz na redução nos sintomas psicológicos, como ansiedade e depressão, juntamente com a disfunção sexual associada a menopausa.
2.4.1.2 EFEITO DA MACA NO SEXO MASCULINO
De maneira geral a maca peruana trabalha em função de modular os mecanismos que garantem o equilíbrio hormonal: Testosterona / Estrogênio / Progesterona. Outros compostos com teores elevados no extrato de Maca contribuem somatoriamente para o efeito do fitocomplexo: a L-arginina é precursora direta de Óxido Nítrico (NO), que coordena o mecanismo da vasodilatação, responsável pela ereção peniana. A Histidina está indiretamente envolvida no processo da ejaculação e do orgasmo e o Zinco participa da espermatogênese e consequentemente da fertilidade. Os antioxidantes presentes na Lepidium meyenii Walp protegem o espermatozóide e o seu DNA dos danos oxidativos, responsáveis por grande prejuízo à fertilidade, pelo aumento da incidência de abortos e pelos possíveis danos ao embrião. O betacarboline é um inibidor da monoaminoxidase (MAO), qualificando o humor, que é fundamental para a otimização do desejo sexual (ZHENG, 2002).
Além disso, estudos comprovaram que por meio de um fitocomplexo (associação de ativos livres)formado por dois grupos farmacológicos (glucosinolatos e fitosteróis) cordenaram o balanço hormonal e o vigor físico pelo mecanismo de ação é baseado no resgate do equilíbrio hormonal, sobretudo dos metabólitos do estrogênio (estriol e estrona) e na atuação moduladora sobre os receptores androgênicos e estrogênicos. Ao aumentar a produção de 2-hidroxiestrona, reduz-se significativamente a incidência de neoplasias, ou seja, age preventivamente no cancer de próstata e mama (ZHENG, 2002). 
Outro fator observado por esse pesquisador (ZHENG, 2000) só que trabalhando na administração de extrato lipídico de maca para ratos para determinação da quantidade de intercurso sexual em ratos normais e o periodo de latencia de ereção para ratos com disfunção.
Nas condições experimentais utilizadas, a Lepidium meyenii aumentou a atividade sexual de camundongos e ratos evidenciada pelo:
1. Aumento do número de intercursos;
2. Presença de esperma nas fêmeas; 
3. Diminuição da latência do período para nova ereção (LPE) dos animais com disfunção erétil (entre 51% e 63%).
Estes achados sugerem a atividade afrodisíaca da maca em animais machos.
CICERO et al; 2002 também avaliou o uso de extrato de maca em ratos machos, e o resultado por ele obtido foi que de uma forma geral todos os parâmetros estudados, que foram, a primeira cópula, a latência de ejaculação e pós-ejaculatória, o intervalo intercopulatório e a eficácia copulatória. 
Todas as frações testadas diminuíram significativamente a latência do intervalo para o intercurso sexual, o intervalo intercopulatório, e aumentaram a frequência de intercurso sexual e a eficácia copulatória em grau de significancia de 5%. O que demonstra mais uma vez o poder afrodisíaco da maca.
Quanto a atividade na Espermatogênese diversas pesquisas foram realizadas estudando produção de espermatozóides, diminuição da produção de espermatozóides enviáveis etc.
Dentre as pesquisas, o único resultado relevante até o momento foi o de que a maca peruana tem efeito preventivo sobre os distúrbios testiculares induzidos pela altidude (GONZALES et al.; 2004).
Quanto ao resto, em alguns estudos foi encontrado melhoras mais nenhuma significativa a este trabalho.
Outro dado relevante diz respeito a Lepidium latifolium que também e uma maca utilizada porém que contém em sua estrutura mais flavonóides, os quais tiveram ação antiestrogênica (inibidor de aromatase) e atividade antiandrogênica (inibição da dehidratase-17 β-hidroxiesteróide) bem como papel importante no desenvolvimento de células cancerosas dependentes de hormônio mostrando atividade significante na diminuição do peso e volume da prostata. (MARTINEZ CABALLERO et al.; 2004).
BALES et al. (1999) demonstrou em pesquisa que essa planta reduz o tamanho e volume da próstata em animais castrados com hiperplasia de próstata induzida por tratamento estrógeno.
Contudo a maca peruana estudada neste trabalho e (Lepidium meyenii) contem altas taxas de glucosinolatos e por este grupo apresentar ação antiproliferativa e proapoptótica, apresentou resultados positivos em hiperplasia benigna da próstata em modelo experimental (GONZALES et al.; 2007)
Pesquisas com humanos também foram conduzidas e os resultados foram:
1. Houve aumento no volume de sêmen, contagem total de espermatozóides, contagem de espermatozóides viáveis e mobilidade de espermatozóides (p<0,05). Outro dado relevante foi que o aumento ocorreu sem o aumento de FSH, ou seja, provavelmente a maca agiu aumentando a resposta das células de Sirtolli o que é interessante para uso diário. (WHO, 1999; GONZALES et al., 2001);
2. Houve aumento de desejo sexual. Este estudo realizado por CORDOVA et al., (2001) foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Instituiconal e visou avaliar se a maca influencia no desejo sexual e se o efeito e devido a alteração de humor ou nos níveis de testosterona e estradiol sanguíneo. O humor foi avaliando utilizando a escala de Hamilton.
O resultado foi que, nas quantidades de 1500mg e 3000 mg diárias aumentou o desejo sexual em homens independente das alterações de humor ou níveis de testosterona e estradiol;
3. Quanto a produção hormonal, GONZALES et al., (2003) constatou que não houve aumento significativo nos níveis de testosterona, estradiol, FSH, LH, prolactina.
4. DORDING (2008) demonstrou melhora na disfunção sexual por inibidores de recepção de serotonina, normal em pacientes depressivos.
Assim, os resultados demonstraram que em machos ou homens o uso da maca peruana é interessante pois melhora o desejo sexual, tem potêncial na inibição de cancer de prostata bem como auxilia no inchaço benigno gonadal dentre outros. Contudo como descrito por CÓRDOVA et al (2001), a maca não é recomendada para homens que possuem nível normal de testosterona, mais pode ser uma alternativa terapêutica interessante ja que melhora o desejo sexual sem aumentar a produção de testosterona.
2.4.2 AÇÃO ANTIOXIDANTE E METABÓLICA
SIFUENTES (2008) estudou os efeitos metabolicos e antioxidantes da maca peruana em ratas, levando em consideração os fenóis e flavonóides presentes na planta. O resultado foi que a Maca possui ação hipolipêmica e antioxidante, por ação hipolipeminate. Os fenóis e flavonóides favorecem a endocitose de lipoproeteina de baixa desnidade (LDL) e seu metabolismo, a degradação com a participação de lisossomas. Finalmente, a reciclagem dos receptores de LDL favorecem a endocitose da LDL, deixando o colesterol no interior da célula para ser esterificado pela enzima hepática LCAT (Lecitina Colesterol Aciltransferase).
Segundo Sandoval et al. (2002) a maca apresenta a capacidade de eliminar radicais livres e proteger as células contra o estresse oxidativo.
Foi utilizado o método DPPH (2,2-Difenil-1-picril-hidrazila) e a determinação do contúdo fenólico e de flavonóides pelo método de Folin Ciocalteu, bem como a determinação do efeito redutor dos extratos de maca sobre o peróxido de hidrogênio para a avaliação da atividade captadora de radicais livres.
Como resultado, foi obtido que a Maca tem a capacidade de capturar radicais livres, ou seja possui ação antioxidante, foi observado também que em extrato aquoso fervido possui quantidades maiores de fenóis e flavonóides que o etanólico (SANDOVAL et al. 2002).
2.4.3 CONTROLE INSETICIDA SOBRE O AEDES AEGYPTI
PAREDES (2009) preparou um extrato etanólico e um aquoso a partir da farinha de Maca e testou o mesmo para uma possível utilização como inseticida no controle da dengue. 
Foi feito ensaios para o mosquito na forma adulta e na forma larval, para a forma adulta foi utilizado colônias em caixas de madeira, tendo como alimentação agua adocicada em papéis e para a porção sanguínea eram soltos nas caixas ratos da espécie Mus musculus (PAREDES, 2009).
O resultado demonstrou que o extrato etanólico e aquoso possui ação larvicida e inseticida, com taxas de mortalidade altas, contudo novas pesquisas foram sugeridas, ja que foi testado apenas 4 concentrações e ainda não foi possível calcular níveis confiáveis a serem utilizados, contudo foi comprovado que pode sim ser um potencial inseticida (PAREDES, 2009).
2.5 TOXICOLOGIA
Segundo Oliveira (2011), de acordo com publicações científicas na última década a Lepidium meyenii (Maca) tem sido descrita como de baixa toxicidade por via oral em animais e baixa toxicidade celular in vitro. 
Utilizando o critério de Willians Beltran et al. (1997) analisaram doses variadas (11 a 15 g/kg/v.o. em camundongos), e chegaram ao resultado onde DL50 foi maior que 15g/kg e concluiram a ausência de citoxicidiade, mutagenicidade e genotoxicidade. O teste usado foi o de Artemia salina (DL50 822,86 g/ml).
Além disso Gasco et al. (2007) forneceram 1g/kg para camundongos por 84 dias por via oral e concluiram que não houve alteração qualitativa ou quantitativa do DNA testicular.
Ja Zhang (2006) testou quantidades mais elevadas, chegando a 4g/kg, tambem com camundongos, para definir se em altas dosagens a maca peruana pode ser letal, e chegou a conclusão que não é letal, a forma etanólica,a administradana forma crônica por 28 semanas na dosagem de 0,24 g/kg, o equivalente a 1,25 g/kg de extrato seco de maca em ratos também mostrou-se seguro para ser utilizado.
Em todos os estudos feitos, não foi reparado nenhum efeito colateral na utilização da maca peruana.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Maca é uma planta que possui vários constituintes químicos de interesse possuindo assim grande potencial para ser utilizada principalmente na área farmacêutica e nutricional. Entretanto, os estudos científicos realizados com esta espécie ainda são poucos ressaltando a necessidade de novas pesquisas a fim de comprovar as propriedades terapêuticas a ela atribuídas.
REFERÊNCIAS
Alexandre, R.F.; Garcia, F.N.; Simões, C.M.O. Fitoterapia Basead a em Evidências. Parte 1.Medicamentos Fitoterápicos Elaborados com Ginkgo,Hipérico, Kava e Valeriana. Acta Farm. Bonaerense, 2005.
Alonso, J., Tratado De Fitofármacos Y Nutracéuticos. ISBN 978-950-9030-46-6. 2ª Ed. Pp. 1150. 2007.
Alzamora, L.; Alvarez, E.; Torres, D.; Solis, H.; Colona, E.; Quispe, .; Chanco, M. Effect of four ecotypes of Lepidium peruvianum Chacón on the production of nitric oxide in vitro. Revista Peruana de Biología – ISSN 1727-9933, 2007.
Arias - Ramirez, A.R., Biotecnologia y metabolitos secundários em Lepidium peruvianum chacón. “maca”. Tesis para optar el titulo profesional de biólogo, pela Universidad Nacional Mayor de San Marcos. Lima – Perú, 2002.
Bales, G.T; Christiano, A.P.; Kirsh, E.J.;Gerber, G.S. Phytotherapeutic agents in the treatment of Lower urinary tract symptoms: a demographic Analysis of awareness and use at the university of Chicago. Urology, v. 54, n. 1, p. 86-89, 1999.
Beltran, S.H.; Baldéon, M.S.; Carrillo, F.E.; Fuertes, R.C.; Arroyo, A.J.; Sandoval, M.S.; Obregón, V.L. Estudio Botánico y Químico de los Ecotipos Amarillo y Morado de Lepidium peruvianum (maca).Evaluación de su Toxicidad Aguda. Universidade Nacional Mayor San Marcose Instituto de Fitoterapia Americano pp. 9, 1997
Bianchi, A., MACA Lepidium meyenii. Boletín Latinoamericano y Del Caribe de Plantas Medicinales y Aromáticas de La Sociedad Latinoamericana de Fitoquímica, v. 2, n. 003, pp. 30-36, 2003.
Bongoni, R; Verkerk, R; Steenbekkers, B; Dekker, M; Stieger. Evaluation of Different Cooking Conditions on Broccoli (Brassica oleracea var. italica) to Improve the Nutritional Value and Consumer Acceptance. Plant foods for human nutrition. 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Portaria n. 6 de 31 de janeiro de 1995. Diário Oficial da União de 31 de Janeiro de 1995. Brasília. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/elegis/>, Consulta em: 20 de maio de 2015.
Brekhman, I. I.; Dardymov, I. V. New substances of plant origin which increase non-specific resistance. Annual Review of Pharmacology. 9: 419-432, 1969. 
Cardenas A. R., Guia para el cultivo, aprovechamiento y conservación de la maca (Lepidium meyenii Walpers). Santafé de Bogotá: Convenio Andres Bello, Serie Ciencia y Tecnología No 82, 1998.
Capra, F; O modelo biomédico. In: O ponto de mutação. São Paulo, Editora Cultrix. p116-155. 1993
Castaño M. Maca (Lepidium peruvianum Chacon): composición química y propiedades farmacológicas. Clin Cancer Res; 2006
Cechinel-Filho, V., Yunes, R. A., 1998. Estratégias para a obtenção de compostos farmacologicamente ativos a partir de plantas medicinais. Conceito sobre modificação estrutural para otimização da atividade. Química Nova. vol. 21, n.1, p.99-105.
Chacon, R. C., Estudio fitoquimico de Lepidium meyenii, Dissertação, Univ. Nac. Mayo de San Marcos, Peru; 1961.
Chacón de Popovici, G., LA MACA (Lepidium peruvianum Chacón sp. nov.) y Su Habitat. Revista Peruana de Biologia, v. 3, n. 2, p. 169-272, 1990.
Chan, K. - Chinese medicinal materials and their interface with Western medical concepts. 
J Ethnopharmacol 96: 1-18, 2005.
Cicero, A.F.G.; Piacente, S.; Plaza, A.; Sala, E.; Arletti, R.; Pizza, Z. Hexanic Maca extract improves rat sexual performance more effectively than methanolic and chloroformic Maca extracts. Andrologia Blackwell Publishing Ltd,v. 34, p. 177-179, 2000.
Cobo, B.; History of the New World Edited by: Francisco de Mateos. Ediciones Atlas, Madrid; 1956.
Comas, M.; Miquel, X.; Arias, G.; De la Torre, M.C., Estudio bromatologico de la maca o paca (Lepidium meyenii). Alimentaria, v.286 (35), p.85-90, 1997.
	
Córdova, A. Efecto del Lepidium meyenii (Maca) una planta alto-andina sobre el estado de ánimo y el deseo sexual en varones aparentemente normales. Reprodução & Climatério,v. 16, supl. I, p. 96-97, 2001.
Cui, B.; Zheng, B.L.; Zheng, Q.Y., Imidazole Alkaloids from Lepidium meyenii. American Chemical Society and American Society of Pharmacognosy: Journal of Natural Products, v.66, p. 1101-1103, 2003.
Dini, A. et al., Chemical Composition of Lepidium meyenii, Food Chemistry 49, 347-349, 1994.
Eisenberg, D.M. et al. Trends in alternative medicine use in the United States, 1990-1997 results of a followup national survey. JAMA, 1998.
Ferreira, S.B. ; Silva, F.C. ; Bezerra F.A.F.M.; Lourenço M.C.S; Kaiser, Carlos R.; Pinto, A.C. ; Ferreira, V.F. . Synthesis of alpha- and beta-Pyran Naphthoquinones as a New Class of Antitubercular Agents. Archiv der Pharmazie (Weinheim), v. 343, p. 81-90, 2010.
Ganzera M., Zhao J., Muhammad I., Khan I.A.; Chemical profiling and standardization of Lepidium meyenii (maca) by reversed phase high performance liquid chromatography. Chem Pharmaceut Bull, 2002.
Gasco, M.; Aguilar, J.; Gonzales, G.F. Effect of Chronic Treatment with Three Varieties of Lepidium meyenii(Maca) on Reproductive Parameters and DNA Quantification in Adult Male Rats. Andrologia Blackwell Publishing Ltd,v. 39p. 151-158, 2007.
Gonzales, G.F. Biological effect of Lepidium meyenii, Maca, a plant from the highlands of Perú. En: Singh VK, Bardwaj R, Govil JN, Sharma RK (Eds). Recent progress in medical plants. Natural Products. Houston: Studium Press LLC, 2006.
Gonzales, G.F.; Maca: a comida perdida dos Incas para o milagre dos Andes: Estudo da segurança alimentar e nutricional. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas. 2010.
Gonzales, G.F. et al., Effect of Lepidium meyenii (Maca) roots on spermatogenesis of male rats. Asian J Androl 3:231–233., 2001.
Gonzales, C.; Rubio, J.; Gasco, M.; Chung, A.; Gasco, M.; Villegas, N. Effect of alcoholic extract of Lepidium meyenii (Maca) on testicular function in male rats. Blackwell Publishing: Asian Journal of Andrology, v.5, p.349-52,2003.
Gonzales, G.F.; Córdova, A.; Gonzales, C.; Chung, A.; Vega, K.; Villena, A. Lepidium meyenii (Maca) improved semen parameters in adult men. Blackwell Publishing: Asian J
ournal of Andrology, v. 3, p.301-303,2001. 
Gonzales, G.F.; Córdova, A.; Vega, K.; Chung, A.; Villena, A.; Gónez, C. Effect of Lepidium meyenii(Maca), A Root with Aphrodisiac and Fertility-Enhancing Properties, on Serum Reproductive Hormone Levels in Adult Healthy Men. Journal of Endocrinology, v. 176, n. 1, p.163-16 8, 2003.
Gonzales, G.F.; Gasco, M.; Córdova, A.; Chung, A.; Rubio, J.; Villegas, L.Effect of Lepidium meyenii(Maca) on Spermatogenesis in Male Rats Acutely Exposed to High Altitude (4340 m). Journal of Endocrinology, v.180, p. 87-95, 2004.
Gonzales, G.F.; Vasquez, V.; Rodriguez, D.;Naldonado, C.; Mormontoy, J.; Portella, J.; Pajuelo, M.; Villegas, L.; Gasco, M. Effect of Two Different Extracts of Red Maca in Male Rats with Testosterone-Induced Prostatic Hyperplasia.Blackwell Publishing: Asian Journal of Andrology, v. 9, n. 2, p. 245-251, 2007.
Instituto de Nutricion del Peru y Incap. Composición químicade los alimentos, consumidos en el Peru. Ministerio de Salud. 1981.
Jacobson TKB, Garcia J, Santos SC, Duarte JB, Farias JG, Kliemann HJ. Influência de fatores edáficos na produção de fenóis totais e taninos de duas espécies de barbatimão. Pesqui Agropecu Trop. 2005; 35(3):163-9.
Johns, T.The Anu and the Maca	. Journal of Ethnobiology, v.1, n. 2, p. 208-212, 1981.
Lee,K-J.;Dabrowski,K. Rinchard, J.; Gomez, C.; Guz, L.; Vilchez, C. Supplementation of maca (Lepidium meyenii) tuber meal in diets improves growth rate and survival of rainbow trout Oncorhynchus mykiss(Walbaum) alevins and juveniles. Aquaculture Research-Blackwell Publishing Ltd, v. 35, p. 215-223, 2004.
LI, G.; AMMERMANN, U.; QUIRÓS, C.F. Glucosinolate Contents in Maca (Lepidium peruvianum Chacón) Seeds, prouts, Mature and Several Derived Commercial Products. Economic Botany, v. 55, n. 2, p. 255-262, 2001.
Maciel M. A. M., Pinto A. C., Veiga Jr. V. F., Grynberg N. F., Echevarria A.; Plantas Medicinais: A Necessidade De Estudos Multidisciplinares; Quimica Nova; 
Meissner, H.O.; Mrozikiewicz, P.M.; Bobkiewicz-Kozlowska, T.;Mscisz, A.; Kedzia, B.; Lowicka, A.; Reich-Bilinska, H.; Kapcynski, W.; Barchia, I. Hormone-Balancing Effect of Pre-Gelatinized Organic Maca (Lepidium peruvianumChacon): (I) Biochemical and Pharmacodynamic Study on Maca using Clinical Laboratory Model on Ovariectomized Rats. International Journal of Biomedical Science,v.2, n. 3, p.260-272, 2006.
Meissner, H.O.; Mscisz, A.; Reich-Bilinska, H.; Kapcynski, W.; Mrozikiewicz, P.; Bobkiewicz-Kozlowska, T.; Kedzia, B.; Lowicka, A.; Barchia, I. Hormone-Balancing Effect of Pre-Gelatinized Organic Maca (Lepidium peruvianum Chacon): (II) Physiological and Symptomatic Responses of Early-Postmenopausal Women to Standardized Doses of Maca in Double Blind, Randomized, Placebo-Controlled, Multi-Centre Clinical Study. International Journal of Biomedical Science,v.2, n. 4, p.360-374, 2006.
Melnikovova I., Havlik, Fernandez-Cusimamani E.; L. Milella e teor de ácidos gordos em comparação maca planta cultivada em casa de vegetação e de campo. Bol Med Aromat Latinoam Caribe Plant. 2012, 11 : 420-7.
Migliato KF, Moreira RRD, Mello JCP, Sacramento LVS, Correa MA, Salgado HRN. Controle de qualidade do fruto de Syzygium cumini (L.) Skeels. Rev Bras Farmacogn. 2007; 17(1):94-101.
Miguel, M. D.; Miguel, O. G. Desenvolvimento de fitoterápicos. São Paulo : Robe, 1999.
Monsalve, C.; Cano, A. La familia Brassicaceae en la provincia de Huaylas, Áncash. R. Peruana Biol., v. 10, n. 1, p. 20-32, 2003
Gobbo-Neto L, Lopes NP. Plantas medicinais: fatores de influência no conteúdo de metabólitos secundários. Quím Nova 2007; 30(2):374-81.
Oliveira, J.C.; Abordagem farmacológica e terapeutica da Lipidium meyenii Walp. (MACA): Uma revisão de literatura. Fortaleza. Tese Mestrado. 2011. 
Panossian, A.; Wagner, H. Plants adaptogens: II. Bryonia as an adaptogen. Phytomed; 4:85-99, 1997.
Panossian, A.; Wikman, G. Effects of adaptogens on the central nervous system and the molecular mechanisms associated with their stress - protective activity. Pharmaceuticals, v.3, p.188-224, 2010.
Paredes, L.L.R.; Extração e caracterização dos polissacarideos das raizes de Lepidium meyenii e testes de atividade inseticida. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Paraná. 2009
Pizza, C. et al., Qualitá Nutricionali dei Tuberi Andini. En la maca “II Ginseng Delle Ande” E. Altre Radici E. Tuberi Andini. Contributo alla conoscenza e Valorizzazione della risorce vegetali e animali dell’America Latina. Quaderni IILA. Serie Scienza. I ILA. Roma. 1998.
Quiros, C.F.; Epperson, A.; Jinguo Hu; Miguel H. Physiological Studies and Determination of Chromosome Number In: Maca, Lepidium Meyenii (Brassicaceae)., 2004.
Ramirez, A.R.A. Biotenologia y Metabolitos Secundarios em Lipidium peruvianum Chacón. “Maca”. TESE. Facultad de CienciasBiologicas –E.A.P. de Ciencias Biologicas. Universidade Nacional Mayor de San Marcos –Peru. pp. 115, 2002.
Rubio,J.; Dang, H.; Gcong, M.; Liu, X.; Chen, S.; Gonzales, G.F. Aqueous and hydroalcoholic extracts of Black Maca (Lepidium meyenii) improve scopolamine-induced memory impairment in mice.Food and Chemical Toxicology,v.45, n. 10, p. 1882-1890,2007.Disponível em: www.elsevier.com/locate/foodchemtox.
Rubio J, Qiong W, Liu X, Jiang Z, Dang H, Chen SL, et al. Aqueous Extract of Black Maca (Lepidium meyenii) on Memory Impairment Induced by Ovariectomy in Mice. Evid Based Complement Alternat Med. 2011;2011:253958. doi: 10.1093/ ecam/nen063.
Rubio J, Caldas M, Dávila S, Gasco M, Gonzales GF. Effect of three different cultivars of Lepidium meyenii (Maca) on learning and depression in ovariectomized mice. BMC Complement Altern Med. 2006;6:23.
Sanabria, G.G.R.; Caracterização parcial de carboidrases, morfologia do grão de amido e composição centesimal de raízes de maca (Lepidium meyenii Walpers) [online]. São Paulo : Faculdade de Ciências Farmacêuticas, University of São Paulo, 2005. Master's Dissertation in Bromatologia. http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-18092007-103101/ Acesso em: 20/05/2015.
Sandoval, M. Okuhama, N.N.; Angeles, F.M.; Melchor, V.V.; Condezo, L.A.; Lao, J.; Miller, M.J.S., Antioxidant activity of the cruciferous vegetable Maca (Lepidium meyenii). Food Chemistry, 2002.
Sifuentes, M.R.O. Efectos Hipolipémico y Antioxidante de Lepidium Meyenii Walp. Em Ratas. TESE. Facultad de CienciasBiologicas –E.A.P. de Ciencias Biologicas. UniversidadeNacional Mayor de San Marcos -Peru. pp. 104, 2008.
Singh, B.; Chandan, B. K., Gupta, D. K. Adaptogenic activity of a novel withanolide-free aqueous fraction from the roots of Withania somnifera Dun. (part II). Phytotheraphy Research. 17:531-536, 2003
. 
Suárez, S., Oré, R., Arnao I., Rojas L., Trabucco J.; Extracto acuoso de Lepidium meyenii Walp (maca) y su papel como adaptógeno, en un modelo animal de resistencia física. ANALES DE LA FACULTAD DE MEDICINA; 2009. 
Tellez M. R., Khan A. I., Kobaisy M., Schrader K. K., Dayan F. E., Osbrink W.; Composition of the essential oil of Lepidium meyenii (Walp.); Phytochemistry, 2002. 
Tello, J., Hermann, M., Calderón, A.; La Maca (Lepidiummeyenii Walp.) cultivo alimenticio potencial para las zonas altoandinas. Boletín de Lima 1992, 14:59.
TROJAN-RODRIGUES, M. et al. Plants used as antidiabetics in popular medicine in Rio Grande do Sul, southern Brazil. Journal of Ethnopharmacology, v.139, p.155-163, 2012.
Valentová K., Ulrichová, J.; Smallanthus sonchifolius and Lepidium meyenii – prospective Andean crops for the prevention of chronic diseases. Biomed Pap Med Fac Univ Palacky Olomouc Czech Repub. 2003 Dec;147:119-30.
Wagner, H.; Norr, H.; Winterhoff, H. Plant adaptogens. Phytomedicine, v.1, p.63–76, 1994
Wang, Y. et al., Maca: An Andean crop with multi-pharmacological functions. Food Research International. 40, 783-792, 2007.
WHO-World Health Organization. WHO Laboratory Manual for the Examination of Human Semen and Sperm Cervical Mucus Interaction.4th ed. Cambridge: Cambridge University Press; pp. 1-10,1999.
Zhang, Y.;Yu, L.; Ao, M.; Jin, W. Effect of ethanol extract of Lepidium meyenii Walp.on osteoporosis in ovariectomized rat. Journal of Ethnopharmacology, v.105, p. 274–279, 2006. Acesso em: www.elsevier.com:locate:jethpharm
Zheng B.L. Treatment of sexual dysfunction with an extract of Lepidium meyenii roots. Pure World Botanicals.2002.
Zheng, B. L. et al., Effect of a lipidic extract from Lepidium meyenii, on sexual behavior in mice and rats. Urology, 55, 598-602, 2000.
Zheng, B.L.; He, K.; Kim, C.H.; Rogers, L. Shao, Y.; Huang, Z.Y.; Lu, Y.; Yan, S.J.; Quien, L.C.; Zheng, Q.Y. Effect of a Lipidic Extract from Lepidium meyenii on Sexual Behavior in Mice and Rats. Urology, v. 55, n.4, p.598-602, 2000

Continue navegando