Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NOME DO ALUNO: KLAUS KELVINSON DE LIMA LEITE RA: 8039756 EDUCAÇÃO FÍSICA - BACHARELADO ANATOMIA HUMANA PROJETO DE PRÁTICA: HIPERTENSÃO ARTERIAL E ATIVIDADES FÍSICAS POLO CAMPINAS 2017 RELAÇÃO ENTRE ATIVIDADES FÍSICAS E O BENEFÍCIO PARA PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Atinge homens e mulheres, adultos e crianças, brancos e negros, ricos e pobres, gordos e magros, ou seja, uma doença “democrática” que, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, estima-se que atinja em torno de 25% dos adultos, mais de 50% de pessoas com mais de 60 anos e 5% das crianças e adolescentes do Brasil, e ainda é responsável por 40% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. O que seria esse mal? A hipertensão arterial sistêmica, ou somente hipertensão, é uma doença crônica não transmissível (DCNT) determinado pelo alto nível de pressão sanguínea nas artérias. A pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula, se contraem, fazendo com que se exija maior esforço do coração para bombear o sangue. A pressão sanguínea envolve duas ações: a sistólica, que é quando o músculo cardíaco está contraído, e a diastólica, que é quando ele está relaxado. A pressão normal de uma pessoa em repouso está entre 100 a 140 mmHg (milímetro de mercúrio) para sistólica e para diastólica está entre 60 a 90 mmHg. Acima desses valores, poderá ser considerada hipertensão. Na maioria dos pacientes a doença é assintomática, mas pode ocorrer dor de cabeça, no peito, tontura, visão turva e zumbido no ouvido. Tipos de Hipertensão Existem tipos de hipertensão, a hipertensão primária e a hipertensão secundária. Hipertensão Primária Forma mais comum, de 90 a 95% dos casos da doença. As causas da hipertensão não podem ser identificadas. Também é chamada de essencial, ou idiopática. Hipertensão Secundária Consequência de uma causa identificável. Algumas causas podem ser problemas nos rins, problemas hormonais, o uso de anticoncepcional, corticoides, anti-inflamatórios não esteroides, entre outros. Fatores de Risco Sexo: Sexo não é um fator de risco para hipertensão; Fatores Socioeconômicos: Nível socioeconômico mais baixo está associado a maior prevalência de hipertensão arterial e de fatores de risco para elevação da pressão arterial, além de maior risco de lesão em órgãos-alvo e eventos cardiovasculares. Sal: O excesso de consumo de sódio contribui para a ocorrência de hipertensão arterial. A relação entre aumento da pressão arterial e avanço da idade é maior em populações com alta ingestão de sal. Povos que consomem dieta com reduzido conteúdo deste item têm menor prevalência de hipertensão e a pressão arterial não se eleva com a idade. Entre os índios Yanomami, que têm baixa ingestão de sal, não foram observados casos de hipertensão arterial. Em população urbana brasileira, foi identificada maior ingestão de sal nos níveis socioeconômicos mais baixos. Obesidade: O excesso de massa corporal é um fator predisponente para a hipertensão, podendo ser responsável por 20% a 30% dos casos de hipertensão arterial; 75% dos homens e 65% das mulheres apresentam hipertensão diretamente atribuível a sobrepeso e obesidade. Apesar disso, nem todos os obesos tornam-se hipertensos. Mas a perda de peso acarreta em redução de pressão arterial. Álcool: O consumo elevado de bebidas alcoólicas aumenta a pressão arterial. O efeito varia conforme a quantidade de etanol da bebida, a frequência de ingestão e o gênero da bebida. O consumo fora das refeições aumenta a pressão independentemente da quantidade de álcool ingerida. Sedentarismo: Aumenta a incidência de hipertensão arterial. Indivíduos sedentários apresentam 30% de chance maior de desenvolver hipertensão do que indivíduos ativos. Complicações A hipertensão aumenta o risco de cardiopatia isquêmica, acidentes vasculares cerebrais (AVC), doença arterial periférica, insuficiência cardíaca, aneurisma da aorta, aterosclerose, embolia pulmonar, insuficiência renal crônica, perturbação da memória, e algumas outras. Prevenção Em idade adulta deve-se fazer a medição de pressão pelo menos uma vez ao ano. Além disso, são recomendados alguns atos no estilo de vida para prevenção, como: - manter um peso ideal; - controlar o consumo de sódio reduzido; - evitar bebidas alcoólicas; - seguir uma boa alimentação; - praticar de atividade física. Tratamento O tratamento deve ser feito com as mesmas medidas de prevenção, sempre acompanhado de orientações de um médico. Se não alterado a pressão, deve-se iniciar um tratamento com medicação. Mas em grande parte da rotina de tratamento, melhora- se com a alteração do estilo de vida, principalmente pelos cuidados com a alimentação e práticas de atividades físicas, o que trataremos a seguir. Atividade Física e Hipertensão A prática de exercício físico é muito útil na recuperação do paciente hipertenso, mas somente pode ser iniciada após avaliação médica. A atividade física trás benefícios para o corpo no melhoramento da musculatura, respiração e na prevenção de doenças. No estudo clássico de Paffenbarger et al., alunos de Harvard que se exercitavam semanalmente com gastos calóricos acima de 2.000kcal apresentavam riscos diminuídos em 39% para DCV(doença cardiovascular). João Marsola, proprietário e professor na academia BioFitness de Cosmópolis, relata: “Normalmente quando o aluno faz matrícula na academia, ele preenche uma anamnese, que nos fornece os principais dados dos alunos. Sendo assim, os alunos vão direto em contato com o professor, onde ele pergunta algumas coisas básicas antes de iniciar a prescrição do treino. Uma delas é o Item 10 da anamnese, (“Você possui algum problema de saúde?”). Quando o aluno relata que é hipertenso, logo perguntamos se ele controla com medição e que horas fez uso do medicamento naquele dia. Normalmente, com essas pessoas começamos a passar exercícios mais leves e também não deixamos muito tempo em exercícios aeróbicos nas primeiras semanas. Com o tempo vamos aumentando a intensidade do treino e pedimos para que esses alunos retornem ao médico para refazer exames e reavaliar a necessidade ou possibilidade de diminuição da quantidade de medicação. Já obtivemos alunos que reduziram mais de 50% da quantidade de medição, pois a atividade física o ajudou a recuperar e aumentar sua capacidade cardiovascular. Quase todos os alunos que sabem que são hipertensos já controlam com orientação médica a hipertensão. Não há restrição para atividade física para quem é hipertenso, uma vez que esse aluno controle com orientação médica e tenha consciência da sua patologia, nós, profissionais de educação física, devemos estar atentos e prescrever atividades coerentes com cada pessoa, respeitando a individualidade de cada um.” A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que os indivíduos hipertensos iniciem programas de exercício físico regular, desde que submetidos à avaliação clínica prévia. Os exercícios devem ser de intensidade moderada, de três a seis vezes por semana, em sessões de 30 a 60 minutos de duração, realizadas com frequência cardíaca entre 60% e 80% da máxima ou entre 50% e 70% do consumo máximo de oxigênio. Com discretas modificações, essas recomendações estão concordantes com as de outras entidades internacionais. Conclusão Compreendendo a pressão arterial e observando como funciona a Hipertensão Arterial Sistêmica no organismo humano, pudemos analisar que ela é uma doença crônica não transmissível, e analisamos os tipos de hipertensão, entendendo os fatores de risco, complicações, prevenção e tratamento. Podemos concluir que a atividade física, e o professor de educação física em acompanhamento, tem uma gigantesca importância na luta contra a doença. O profissionalde educação física tem tal importância na elaboração e instrução em exercícios para prevenção dessas doenças, compreendendo quais exercícios escolher, observando sua intensidade e desenvolvimento aparente do individuo com pressão arterial saudável. E a mesma importância no caso de pessoas já com a doença, mas com o acompanhamento mais preciso de um médico, e o trabalho de exercícios sendo em conjunto com tratamento medicamentoso e alimentação devida. Portanto, cabe ao profissional se manter atualizado e atento sempre com a visão de que a prática de atividade física deve sempre estar atrelada com a boa alimentação. REFERENCIAS [1] Sociedade Brasileira de Hipertensão. Disponível em: http://www.sbh.org.br [2] BAPTISTA, Claudio B.; GHORAYEB, Nabil; DIOGUARDI, Giuseppe S.; SMITH, Patricia; REGINATO, Luís E.; SAVIOLI, Felício; LUIZ, Carlos C. Carvalho; GRESPAN, Stella Maris; BORGES, Jairo. Hipertensão arterial sistêmica e atividade física. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517- 86921997000400006 [3] Sociedade Brasileira de Hipertensão; Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade Brasileira de Nefrologia. Hipertensão: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. 2006 ISSN-1809-4260 [4] Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. 2002 [5] MEDINA, Fabio Leandro; LOBO, Fernando da Silveira; SOUZA, Dinoélia Rosa de; KANEGUSUKU, Hélcio; FORJAZ, Cláudia Lúcia de Moraes. Atividade física: Impacto sobre a pressão arterial. Disponível em: http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/17-2/10-atividade.pdf [6] MONTEIRO, Maria de Fátima; FILHO, Dário C. Sobral. Exercício físico e o controle da pressão arterial. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbme/v10n6/a08v10n6 http://www.sbh.org.br/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86921997000400006 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86921997000400006 http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/17-2/10-atividade.pdf http://www.scielo.br/pdf/rbme/v10n6/a08v10n6
Compartilhar