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Verificar por meio da Revisão de Literatura quais as Escalas de 
Funcionalidades são mais utilizadas em Idosos diante da Intervenção 
Fisioterapêutica 
 
 
Verify through the Literature Review which are the most used Functional 
Scales in the Elderly before Physical Therapy Intervention 
 
 
Escalas de funcionalidades em idosos e intervenções fisioterapêutica 
 
 
Rubia Cristina Claro do Nascimento Alves¹, Jaqueline Aparecida de Souza Silva² 
(RA: C5990G6) 
 
Nome: Jaqueline Aparecida de Souza Silva 
Endereço: Rua Jesus Claro da Silva, nº 19 – Bairro Kennedy – Cruzília-MG 
Telefone: (12)996092885 / (35) 997503996 
Correio eletrônico: jaqueline-cru@hotmail.com 
 
 
1. Rubia Cristina Claro do Nascimento Alves, Fisioterapeuta, Mestrado em 
Engenharia Biomédica pela Universidade do Vale do Paraíba, Brasil (2008), 
Especialização em Osteopatia Clínica pela Universidade Camilo Castelo 
Branco, professor Adjunto da Universidade Paulista, Brasil. 
2. Graduanda (o): Jaqueline Aparecida de Souza Silva RA: C5990G-6 do curso 
de Fisioterapia Pela Universidade Paulista – UNIP 
 
 
Os autores declaram não haver conflito de interesse. 
 
Universidade Paulista 
Curso de Fisioterapia – Campus São José dos Campos – Dutra 
2018 
 
 
JAQUELINE APARECIDA DE SOUZA SILVA 
 
 
 
 
 
 
VERIFICAR POR MEIO DA REVISÃO DE LITERATURA QUAIS AS ESCALAS DE 
FUNCIONALIDADES MAIS UTILIZADAS EM IDOSOS DIANTE DA 
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao Instituto de Ciências da 
Saúde Universidade Paulista de São José 
dos Campos, como parte dos requisitos 
necessários para a obtenção do título de 
Fisioterapeuta. 
 
Orientadora: Prof. Ma. Rubia Cristina 
Claro do Nascimento Alves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2018 
 
 
JAQUELINE APARECIDA DE SOUZA SILVA 
 
 
 
 
VERIFICAR POR MEIO DA REVISÃO DE LITERATURA QUAIS ESCALAS DE 
FUNCIONALIDADES MAIS UTILIZADAS EM IDOSOS DIANTE DA 
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado ao instituto de ciências da 
saúde – Universidade Paulista de São 
José dos Campos, como parte dos 
requisitos necessários para obtenção do 
título de Fisioterapeuta. 
 
 
 
 
Aprovado em: 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
___________________________________/__/___ 
Prof. Nome do Professor 
Universidade Paulista UNIP 
____________________________________/__/___ 
Prof. Nome do Professor 
Universidade Paulista UNIP 
____________________________________/__/___ 
Prof. Nome do Professor 
Universidade Paulista UNIP 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
A Deus por esta vitória alcançada, pela sabedoria, coragem e força, diante 
das dificuldades e circunstâncias superadas. 
A minha mãe Maria Cléa por acreditar em mim e não me deixar desistir. Ao 
meu pai Antonio Camilo e meus irmãos Junior, Rafael e Ricardo por tanto amor e 
admiração. Vocês foram os principais responsáveis sem medir esforços, para a 
concretização deste sonho. Muito obrigada! 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço em primeiro lugar à DEUS por ser a base das minhas conquistas, e 
por ter me proporcionado chegar até aqui. Reconhecemos que muitas vezes a 
vitória parece um ideal irrealizável, um sonho distante, entretanto, Deus nos mostra 
o contrário. 
A minha mãe Maria Cléa, agradeço por ser um exemplo de superação, 
dedicação e esforço para ultrapassar os obstáculos que a vida impôs e por acreditar 
e me encorajar nessa jornada, mesmo nos momentos de maior dificuldade esteve ao 
meu lado me apoiando e me dando forças. 
A meu pai, Antônio Camilo e aos meus irmãos, Junior, Rafael e Ricardo por 
me protegerem do mundo e abrirem meus olhos para a realidade da vida. 
A Minha avó Sebastiana e meu Avô Zezinho sempre presentes, preocupados, 
cuidadosos, carinhosos e atenciosos que se esforçaram para que eu pudesse 
passar por todos esses momentos. 
A minha madrinha Maria e meu padrinho Sebastiao por terem me acolhido 
bem, e por serem como pais para mim, que também me apoiam e ajudam na minha 
formação. 
A meu namorado e melhor amigo, Anderson, por ser uma pessoa muito 
especial em minha vida, que sempre quis meu melhor, tanto pessoal, quanto 
profissional e por ser meu porto seguro, onde posso recorrer a qualquer hora, 
encontrar força e confiar para enfrentar os obstáculos ao decorrer de minha 
trajetória. 
 Agradeço aos amigos que ao longo dessa jornada eu pude conhecer, onde 
tivemos o privilégio de viver e compartilher experiencias juntos, em especial a 
minhas amigas Heloisa Ribeiro, Hannah Eloá, Poliana Arantes e Fernanda Maimoni. 
A minha orientadora Rubia Cristina C. N. Alves pelos ensinamentos e 
conhecimentos divididos, pela sua disponibilidade, paciência e compreensão ao 
longo dessa etapa. 
Agradeço também aos professores que estiveram comigo ao longo destes 4 
anos e que contribuiram para o meu crescimento. 
Ao professor Márcio Matos pela sua contribuição e sugestões apontadas. 
 
Enfim obrigada a todos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço todas as dificuldades que enfrentei, não fosse por 
elas, eu não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem 
de caminhar. 
(Chico Xavier) 
 
 
RESUMO 
 
Introdução: O fenômeno do envelhecimento demográfico na população traz consigo 
problemas de saúde que desafiam os sistemas de saúde e de previdência social, 
sendo relevante criar programas de intervenção e promoção de vida saudável para 
idosos frágeis, mais debilitados e vulneráveis. Fragilidade é uma síndrome clínica, 
de natureza multifatorial, multidimensional e multideterminada, com alterações em 
órgãos, tecidos e sistemas no organismo humano, advindas do envelhecimento. 
Para a mensuração de incapacidade funcional nos idosos utilizam-se Escala de 
Katz, índice de Barthel, Escala de Lawton & Brody, Escala de Fragilidade de 
Edmonton e Medida de Independência Funcional. Objetivos: verificar na literatura 
as escalas de funcionalidade mais utilizadas em idosos; identificar suas 
incapacidades funcionais; verificar a possibilidade de melhora do score dessas 
escalas com intervenção fisioterapêutica. Metodos: optou-se pela pesquisa 
bibliográfica, a partir do levantamento de artigos científicos na Biblioteca Virtual, e a 
revisão de literatura narrativa. Resultados: a maioria dos idosos avaliados 
apresentou melhora em sua capacidade funcional para as atividades da vida diária, 
tanto básicas quanto instrumentais, considerando o emprego das diferentes escalas, 
predominando intervenções com atividade e exercícios físicos. A incapacidade 
funcional em homens foi maior do que em mulheres, embora estas tenham 
participado em sua maioria nos estudos realizados, com significativo sinal de 
fragilidade. A faixa etária analisada variou de 60 anos ou mais para ambos os sexos, 
até aos 80 anos, além do caráter progressivo da incapacidade funcional entre os 
idosos em relação ao aumento da idade. Conclusão: as escalas de funcionalidade 
mais utilizadas em idosos diante da intervenção fisioterapêutica foram Escala de 
Katz, índice de Barthel e Medida de Independência Funcional; as incapacidades 
funcionais estão associadas aos fatores fisiológicos, psicológicos, sociais e 
ambientais; houve melhora positiva do escore das escalas relacionadas à 
intervenção fisioterapêutica quanto ao nível de funcionalidade; a detecção do grau 
de fragilidade e dependência dos idosos nas diferentes categorias das escalas de 
avaliação possibilita selecionar intervenções adequadas para melhoria da 
capacidade funcional. 
Palavras-chave: Síndrome da fragilidade. Idosos frágeis. Envelhecimento. 
Fisioterapia. 
 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: The phenomenon of demographic aging in the population brings with it 
health problems that challenge the health and social security systems, and it is 
important to create intervention
programs and promote healthy life for frail older, 
more vulnerable and vulnerable individuals. Fragility is a clinical syndrome, 
multifactorial, multidimensional and multidetermined, with changes in organs, tissues 
and systems in the human organism, due to aging. For the measurement of 
functional disability in the elderly, the Katz Scale, Barthel Index, Lawton & Brody 
Scale, Edmonton Fragility Scale and Functional Independence Measure are used. 
Objectives: to verify in the literature the functional scales most used in the elderly; 
identify their functional disabilities; to verify the possibility of improvement of the 
scales of these scales with physiotherapeutic intervention. Methods: we chose the 
bibliographical research, from the survey of scientific articles in the Virtual Library, 
and the review of narrative literature. Results: the majority of the evaluated elderly 
presented improvement in their functional capacity for daily life activities, both basic 
and instrumental, considering the use of different scales, predominantly interventions 
with activity and physical exercises. Functional disability in males was higher than in 
females, although females had participated in the majority of the studies, with 
significant signs of fragility. The analyzed age range varied from 60 years old or older 
for both sexes up to 80 years old, as well as the progressive character of the 
functional incapacitation among the elderly in relation to the increase of the age. 
Conclusion: the most used functional scales in the elderly before the 
physiotherapeutic intervention were the Katz Scale, Barthel Index and Functional 
Independence Measure; functional disabilities are associated with physiological, 
psychological, social and environmental factors; there was a positive improvement in 
the score of the scales related to the physiotherapeutic intervention regarding the 
level of functionality; the detection of the degree of fragility and dependence of the 
elderly in the different categories of the evaluation scales makes it possible to select 
appropriate interventions to improve functional capacity. 
Keywords: Fragility syndrome. Fragile elderly. Aging. Physiotherapy. 
 
 
SÚMARIO 
1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 9 
1.1 OBJETIVOS................................................................................................ 10 
1.1.1. Objetivo Geral..........................................................................................10 
1.1.2. Objetivo Específico.................................................................................. 10 
2. REVISÃO DE LITERATURA......................................................................... 11 
2.1. Envelhecimento........................................................................................ 11 
2.1.1. Fisiologia do envelhecimento...................................................................12 
2.2. Classificação de fragilidade.....................................................................14 
2.2.1. Caracteristicas Clinicas da Fragilidade.................................................... 15 
2.2.2 Maiores dificuldades nas AVD's (Atividade de vida diárias) e AIVD's (Ativi- 
dades instrumentais de vida diaria.....................................................................16 
2.3. Escalas de Funcionalidade.......................................................................17 
2.3.1 Escala de kataz..........................................................................................18 
2.3.2 Escala de Barthel.......................................................................................18 
2.3.3 Escala de Lawton e Brody......................................................................... 19 
2.3.4 Escala de Edmonthon (EFE)......................................................................20 
2.3.5 Medida de Independência Funcional (MIF)................................................21 
2.4 Intervenção da Fisioterapia nas Atividades Funcionais do Idoso......... 22 
3. MÉTODO.........................................................................................................24 
4. RESULTADOS................................................................................................25 
5. DISCUSSÃO....................................................................................................28 
6. CONCLUSÃO..................................................................................................32 
REFERÊNCIAS...................................................................................................34 
 
 
9 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O acelerado processo de envelhecimento populacional observado no Brasil a 
partir da década de 1960, a taxa de crescimento da população que vem 
decrescendo desde esta década, juntamente com a intensificação da queda das 
taxas de fecundidade são temas preocupantes para a saúde do país. O fenômeno 
do envelhecimento demográfico na população traz consigo problemas de saúde que 
desafiam os sistemas de saúde e de previdência social, e faz surgir maiores casos 
de doenças crônicas. Sendo assim, mais consultas levam ao maior consumo de 
medicamentos, mais exames complementares e hospitalizações. Portanto, é de 
interesse público criar programas de intervenção e promoção de vida saudável para 
esse segmento populacional. 1 
O envelhecimento e um processo natural caracterizado como um período da 
vida com alta prevalência nas mudanças biológicas, psicológicas, cognitivas e 
sociais que aumentam a predisposição a situações de incapacidade funcional, 
multimorbidade e aumento do risco a situações de vulnerabilidade. 2 
A redução das capacidades funcionais do idoso pode estar relacionada a 
diversos fatores como o dormir mal, estresse, descondicionamento físico, nutrição 
inadequada, doenças crônicas e hospitalização por um tempo prolongado. 3 
A Geriatria e a Gerontologia têm utilizado o termo “fragilidade” para 
caracterizar idosos mais debilitados e vulneráveis, porém, ainda não há um 
consenso sobre a definição padrão de fragilidade e quem é o idoso frágil. Ainda 
assim, ela tem sido conceituada como uma síndrome clínica, de natureza 
multifatorial, multidimensional e multideterminado, caracterizada por alterações no 
sistema musculoesquelético, na função motora e na composição corporal, que 
resulta em prejuízos funcionais e seus desfechos. 4, 5 
A síndrome pode ser identificada pelos sintomas relacionados à fraqueza, 
exaustão, perda de peso involuntária, diminuição da velocidade da marcha e do 
equilíbrio e diminuição da atividade física. A perda da autoconfiança em lidar com 
uma determinada situação pode estar também relacionada também a fatores ligados 
a fragilidade, declínio funcional e perturbação do controle postural.6 Desta forma, a 
fragilidade leva à deterioração da qualidade de vida, aumento da sobrecarga dos 
cuidadores e altos custos com cuidados à saúde.4 
Para a mensuração de incapacidade funcional nos idosos pode ser utilizada 
escala de Katz, que avalia as atividades básicas de vida diárias (ABVD’s), o índice 
10 
 
 
 
de Barthel, que é um instrumento amplamente usado para avaliar as atividades da 
vida diárias (AVD’s), Escala de Lawton & Brody para as atividades instrumentais da 
vida diária (AIVD’s), Escala de Fragilidade de Edmonton (EFE), e a Medida de 
Independência Funcional (MIF) que avalia o desempenho e a capacidade funcional 
de idosos. 7 
Observa-se que a fragilidade predispõe o idoso a condições adversas e que 
esta é uma síndrome reversível, e por isto, é importante que a incapacidade 
funcional dos indivíduos frágeis e pré-frágeis seja identificada, possibilitando 
oferecer meios de prevenção e intervenção,
como exercício físico, suplementação 
nutricional ou hormonal, que diminuam a frequência de internações e morte desses 
idosos. 3 
A fisioterapia tem um papel importante na reabilitação desses pacientes, 
sendo iniciada precocemente, de forma preventiva, evitando diversos agravamentos, 
e de forma curativa, através de um plano de tratamento capaz de devolver ao 
paciente sua funcionalidade. 
Diante do exposto o presente estudo se faz necessário em descrever as 
escalas de funcionalidade utilizadas em idosos como meio de avaliação da 
capacidade funcional e, consequentemente, as possíveis intervenções terapêuticas. 
 
1.1. Objetivos 
 
1.1.1. Objetivo geral 
 
 Verificar por meio da revisão de literatura quais escalas de funcionalidade são 
mais utilizadas em idosos diante da intervenção fisioterapêutica. 
 
1.1.2. Objetivos Específicos 
 
 Identificar por meio da revisão de literatura quais as escalas de 
funcionalidades mais utilizadas em idosos; 
 Identificar as incapacidades funcionais nas atividades básicas de vida diárias 
e atividades instrumentais de vida diária mais presentes nos idosos; 
 Identificar as técnicas fisioterapêuticas mais utilizadas em idosos. 
11 
 
 
 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
2. 1 Envelhecimento 
 
No Brasil, a população idosa cresce vertiginosamente, e segundo a 
Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é o indivíduo de 60 anos de idade ou 
mais, se ele residir em países em desenvolvimento. Em 1920, a esperança de vida 
era de apenas 35,2 anos e os idosos representavam 4,0% da população total do 
país. Com esse perfil, o Brasil tinha aproximadamente, 11 idosos para cada 100 
crianças (0 a 14 anos). Em 2010, existiam no país 20,5 milhões de idosos, 
aproximadamente 39 para cada grupo de 100 jovens. Estima-se para 2040, mais 
que o dobro, representando 23,8% da população brasileira e uma proporção de 
quase 153 idosos para cada 100 jovens.2 
Nesta perspectiva, em 2060, o país terá cinco milhões de idosos com 90 anos 
de idade ou mais, segundo estudo do IBGE, e a expectativa de vida chegará a 81,2 
anos (81 anos e dois meses), sendo 78 anos para os homens e 84,42 (84 anos e 
cinco meses) para as mulheres. 1 
Na literatura gerontologia, envelhecer é considerado um evento dinâmico, 
progressivo e multifatorial, caracterizado por alterações funcionais, bioquímicas, 
morfológicas e psicológicas. A velhice é uma experiência potencialmente bem 
sucedida, porém, heterogênea, e vivenciada com maior ou menor qualidade de vida. 
8, 9 
Há várias teorias sobre envelhecimento (sociológicas, psicológicas, médicas e 
biológicas), em síntese, porém, é um processo social e vital multifacetado ao longo 
de todo o curso da vida, sendo o envelhecimento saudável definido como a 
“habilidade de manutenção da longevidade perante três características básicas: 
baixo risco de doença e deficiências relacionadas à doença; alta atividade mental e 
física; e envolvimento ativo na vida cotidiana”. 9 
A portaria nº 2.528, de 19/10/2006, (que revogou a Portaria nº 1.395/GM, de 
10/12/1999) aprovou a Política Nacional de Saúde do Idoso com diretrizes para: 
promoção do envelhecimento saudável; manutenção da capacidade funcional; 
assistência às necessidades de saúde do idoso; reabilitação da capacidade 
funcional comprometida; capacitação de recursos humanos especializados, além de 
12 
 
 
 
apoio ao desenvolvimento de cuidados informais e apoio a estudos e pesquisas 
sobre envelhecimento. 10 
 
Dentre estas diretrizes, o comprometimento da capacidade funcional é uma 
das consequências do envelhecimento, que é progressiva e aumenta com a idade. 
Tanto a incapacidade funcional como a dependência acarretam restrição e perda de 
habilidades, ou dificuldade e incapacidade de executar funções e atividades 
relacionadas à vida diária. Estas dificuldades ocasionadas pelas limitações físicas e 
cognitivas prejudicam as condições de saúde da população idosa. 9 
 
2. 1. 1 Fisiologia do envelhecimento 
 
As modificações que ocorrem no processo do envelhecimento determinam a 
progressiva perda da capacidade de adaptação ao meio ambiente, ocasionando 
maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos, que podem levar 
o indivíduo à morte. O envelhecimento humano é marcado por alterações 
fisiológicas, que ocorrem de maneira diferenciada, em maior ou menor intensidade, 
em todos os aparelhos e sistemas do idoso. 11 
O envelhecimento fisiológico (fisiologia, do grego physis (natureza) e logos 
(palavra ou estudo), ramo da biologia que estuda as múltiplas funções mecânicas, 
físicas e bioquímicas nos seres vivos), compreende uma série de alterações nas 
funções orgânicas devido aos efeitos da idade avançada sobre o organismo. Assim, 
o mesmo perde a capacidade de manter o equilíbrio homeostático, uma vez que os 
idosos usam suas reservas fisiológicas para suprir aumento das demandas de 
doenças agudas e manter a homeostase (homeo (igual) e stasis (ficar parado), 
condição na qual o meio interno do corpo permanece dentro de certos limites 
fisiológicos); quando isto não ocorre, há falência dos sistemas, e todas as funções 
fisiológicas comecem a declinar de forma gradual. 12 
As principais alterações em órgãos, tecidos e sistemas no organismo humano, 
advindas do envelhecimento podem ser: 
 a) Alterações da Pele, com prejuízo na cicatrização, susceptibilidade a lesões como 
úlceras por pressão, perda de aproximadamente, 20 % da espessura da derme e a 
epiderme torna-se seca, flácida e muito fina com decréscimo do tamanho do 
queratinócitos; 
13 
 
 
 
b) Alterações na Audição, com diminuição da habilidade de ouvir frequências mais 
altas resultante da degeneração de células dos órgãos e dos sentidos; 
c) Alterações no Paladar, ocorrendo alterações e mudanças degenerativas nas 
células, embora não haja alterações no número de papilas gustativas e problemas 
de saúde bucal; 13 
d) Alterações no Olfato, com redução da capacidade discriminatória para diferentes 
odores; 
e) Alterações na Visão, com a redução do diâmetro pupilar, reação pupilar à luz mais 
lenta, rebaixamento da discriminação das cores e queda da capacidade de leitura; 
f) Alterações na Composição Orgânica, com aumento da gordura corporal, 
diminuição da massa muscular magra, mudança no metabolismo do hormônio do 
crescimento, diminuição da água corporal com encolhimento de órgãos e diminuição 
da altura e do peso; 
g) Alterações do Sistema Cardiovascular, com declínio da função de receptores do 
coração, os tônus autonômicos diminuem com a idade, bem como variabilidade da 
frequência cardíaca, relaxamento ventricular fica mais dependente de oxigênio e 
energia. A diminuição da pressão parcial de oxigênio prolonga o relaxamento, 
aumentando a pressão diastólica ocasionando congestão pulmonar e disfunção 
diastólica; 
h) Alterações do Sistema Respiratório, com diminuição da parede torácica e de força 
da musculatura respiratória, perda de elasticidade pulmonar, colapso de vias aéreas 
menores; 
i) Alterações do Sistema Renal, quando ocorre atrofia da arteríola aferente e 
eferente e redução das células tubulares, provocando um fluxo plasmático renal 
diminuído em 50%, declínio na taxa de filtração glomerular de 45% daqueles com 
idade superior a 80 anos; 
j) Alterações no Trato Urinário Inferior, com aumento da quantidade de colágeno e 
diminuição da distensibilidade, causando prejuízo no enchimento vesical; 
k) Alterações do Trato Gastrintestinal, com problemas na cavidade oral, esôfago 
(Doença de Refluxo Gastroesofágico - DRGE) e estômago, com redução da 
motilidade e do ácido clorídrico e pepsina; 
l) Alterações no Sistema Nervoso Central, com redução progressiva do número de 
neurônios cerebrais, placas senis e degeneração neurofibrilar, declínio no controle 
postural, sensação tátil e vibratória; 
14 
 
 
 
m) Alterações no Sistema Imune, que implica no declínio
da competência imune que 
acompanha o envelhecimento. Nesse sistema há o aumento da suscetibilidade a 
infecções; 
n) Alterações no Sistema Hematológico, com o aumento da demanda 
hematopoiética e aumento da suscetibilidade à anemia no stress fisiológico; 
o) Alterações no Sistema Osteomioarticular, com redução da massa óssea, aumento 
da porosidade, rigidez dos tendões, ossos esponjosos e perda de fibras musculares. 
11,12,13 
 
2. 2 Classificação de fragilidade 
 
Apesar de a definição de fragilidade ainda carecer de unanimidade quanto a 
sua conceituação na literatura, seu conceito era de natureza basicamente funcional, 
classificados como frágeis, os idosos com dependências em variados graus, 
dependente de outros para as atividades da vida diária e pessoas debilitadas, que 
não podiam sobreviver sem o auxílio de outros. 
A partir da década de 1990, alguns estudos citam o termo “fragilidade”, mas, 
foi no início do ano 2000, que se definiu o “fenótipo da fragilidade”: “resultado de 
alterações fisiológicas e biológicas associadas com a idade, resultado de uma ou de 
diversas doenças”, 14 a primeira vez que se diferenciou o estado de fragilidade de 
incapacidade e comorbidade. Enquanto incapacidade é a dificuldade e dependência 
no desempenho de atividades essenciais para a vida, incluindo as de autocuidado e 
outras para a qualidade de vida individual, a comorbidade é a presença simultânea 
de duas ou mais doenças identificadas por diagnóstico médico, sendo esse 
alcançado com base em critérios firmemente estabelecidos. 16 
O conceito de fragilidade do idoso evoluiu para proposições de natureza não 
exclusivamente funcionais, mas, de base fisiopatológica. Estudos de diversos grupos 
mostraram, em idosos fragilizados, a redução da reserva funcional e a disfunção de 
diversos sistemas orgânicos. Apesar da diversidade de definições, a maioria delas 
está relacionada à dependência nas AVD’s (Atividades de vida diárias), 
incapacidade, idade, doenças e alterações na homeostase. Atualmente, a síndrome 
da fragilidade é uma entidade separada da incapacidade funcional e comorbidade, 
pois nem todo indivíduo frágil é incapaz ou apresenta comorbidade e vice-versa. 11 
15 
 
 
 
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), mesmo que a fragilidade seja 
entidade separada da incapacidade funcional, esta está presente como importante 
critério de fragilidade em idosos. A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa 
considera idoso frágil, ou em situação de fragilidade, aquele que se encontra de 
cama, ou esteve hospitalizado recentemente por qualquer razão; apresenta doenças 
causadoras de incapacidade funcional (acidente vascular encefálico, síndromes 
demenciais, outras doenças neurodegenerativas, etilismo, neoplasia terminal, 
amputações de membros), ou encontra-se com, pelo menos, uma incapacidade 
funcional básica. 15 
Esta política estabelece também outros critérios para definir condição de 
fragilidade: viver situação de violência doméstica; viver em instituição de longa 
permanência para idosos. Segundo o critério etário, é frágil o idoso com 75 anos ou 
mais. 10 
Como o envelhecimento é acompanhado de perda funcional fisiológica a partir 
dos 40 anos de idade, esta perda acentua-se, intensamente, a partir dos 70 anos, 
considerando-se, portanto, os indivíduos mais idosos como potenciais portadores de 
fragilidade. 11 
 
2. 2. 1. Características clínicas da fragilidade 
 
 As manifestações da síndrome da fragilidade propostos por Fried e 
colaboradores14 são: perda de peso não intencional, fraqueza muscular, 
fadiga/exaustão, redução da velocidade da marcha, redução do nível de atividade 
física e perda de peso não intencional. No entanto: 
 
(...) a fragilidade é um quadro necessariamente multissistêmico, de 
instalação lenta, e que promove vulnerabilidade da regulação homeostática, 
e a incapacidade pode se instalar de forma aguda e comprometer um único 
sistema, como no acidente vascular cerebral, que evolua para a 
permanência de sequelas e que, não necessariamente, implica em 
instabilidade homeostática de seu portador. Neste caso, o portador da 
incapacidade pode não ser portador de fragilidade, exemplo que diferencia 
as duas condições. 17 
 
 
16 
 
 
 
Os critérios frequentemente empregados em estudos internacionais são adaptados a 
partir dos estudos de Fried e Walston, 14 compondo cinco diferentes critérios: Idosos 
portadores de três ou mais desses critérios são classificados como frágeis; idosos 
com um ou dois critérios, pré-frágeis, e idosos sem a presença destes critérios, não 
frágeis. 
 
Quadro 1. Idosos portadores de três ou mais desses critérios, com um ou dois critérios, e idosos sem 
a presença destes critérios. 
 
Fonte: Fried, Tangen, Walston et al., 2001, p. 19. 
 
2. 2. 2. Maiores dificuldades nas AVD’s (Atividades de vida diárias) e AIVD’s 
(Atividades instrumentais de vida diárias) 
Em Geriatria e Gerontologia, ramos que compõem a ciência do 
envelhecimento, a compreensão da capacidade funcional deve pautar-se na 
avaliação das habilidades funcionais, as quais são divididas em duas categorias: 
Atividades Básicas de Vida Diárias (ABVD’s) e as Atividades Instrumentais de Vida 
Diárias (AIVD’s). As ABVD’s são relacionadas às ações básicas do cotidiano de 
autocuidado como se alimentar, ir ao banheiro tomar banho, usar o sanitário, vestir-
se, deitar e se levantar. Já as AIVD’s são relacionadas às atividades que permitem 
adaptação das pessoas ao ambiente e manutenção das relações com a comunidade 
e seu entorno social. Constam de funções mais complexas, que envolvem e exigem 
habilidades mais seletivas, controladas e harmônicas, tais como: usar o transporte, 
manejar as finanças, fazer compras, lavar, cozinhar, tomar remédio, preparar 
refeições, entre outras. Quanto maior o número de dificuldades que uma pessoa tem 
com as ABVD’s, mais severa é a sua incapacidade. 18, 19 
17 
 
 
 
Assim, a capacidade funcional é a manutenção da capacidade de realizar 
estas ABVD’s e AIVD’s, necessárias e suficientes para uma vida independente e 
autônoma. Para o idoso, a realização das ABVD’s é uma necessidade para a sua 
sobrevivência, mantendo-o participativo na gestão e nos cuidados com a própria 
saúde, e no desenvolvimento de tarefas domésticas, pois a fragilidade é uma 
síndrome que pode causar impacto negativo sobre indivíduos idosos, suas famílias e 
a sociedade como um todo. 14,15 
Portanto, o estudo da capacidade funcional consiste em um componente-
chave para avaliar a saúde dos idosos, geralmente direcionado à análise da 
habilidade e do desempenho para realizar determinadas atividades do cotidiano. 
Desse modo, a saúde dos idosos torna-se intimamente ligada à independência 
funcional, que é medida através de avaliações funcionais. 19 
Nos dias de hoje, o termo “ser frágil” foi substituído por “tornar-se frágil”, com 
base em três pressupostos: nem todas as pessoas com limitações no desempenho 
de atividades diárias são frágeis; nem todas as pessoas frágeis apresentam 
limitações no desempenho das atividades; existência de potencial para a prevenção. 
20 
Desse modo, a literatura destaca o alto risco dos longevos tornarem-se 
frágeis, com maior probabilidade de mudança do nível pré-frágil para frágil, 14,21 o 
que indica a necessidade de investigar as características e os efeitos da síndrome 
física neste segmento etário, bem como identificar os fatores sujeitos à prevenção e 
intervenção. Autores apontam que o idoso frágil tem um tempo muito curto sem 
limitação grave das suas atividades, sendo o nível da pré-fragilidade mais oportuno 
para ações de intervenção e prevenção. Considera-se relevante identificar os idosos 
na condição de pré-fragilidade, pois existe a possibilidade de intervenção imediata 
para estacionar o quadro. Nota-se que é significativo o déficit de estudos sobre a 
síndrome da fragilidade em idosos brasileiros,
e a identificação da sua prevalência 
deveria ser o ponto primordial das pesquisas sobre o tema. 22 
 
2. 3 Escalas de Funcionalidade 
 
A avaliação dos sistemas funcionais do idoso inclui escalas ou testes 
apropriados para a análise dos domínios funcionais: cognição, humor, mobilidade e 
comunicação. Várias escalas específicas foram desenvolvidas para avaliação do 
18 
 
 
 
idoso e a escolha do instrumento baseia-se na simplicidade, rapidez, portabilidade e 
fidedignidade dos resultados. Segundo Secretaria de Saúde do Paraná 23 as escalas 
apresentam vantagens e desvantagens e não devem ser utilizadas como critérios 
diagnósticos, tampouco para definição etiológica, mas sim como indicadores da 
presença de incapacidades. Para Organização Mundial da Saúde, a Classificação 
Internacional da Funcionalidade (CIF), define declínio funcional como a perda da 
autonomia e/ou da independência, pois restringe a participação social do indivíduo. 
23 
Para Rosen e Reuben 24, o tempo gasto na avaliação dos sistemas funcionais 
é variável, depende da fragilidade do paciente e a experiência do avaliador, por isso, 
algumas escalas ou testes não são aplicados no mesmo paciente. Muitas vezes, 
nem são necessários, devido a presença da incapacidade. As escalas 
recomendadas são consideradas de triagem e podem ser aplicadas por qualquer 
profissional da área de saúde. 
 
2. 3. 1 Escala de Katz 
 
Escala de Katz, criado por Sidney Katz, em 1963, é um teste que avalia as 
condições do idoso para realizar as atividades básicas de vida diárias (ABVD’s), 
avaliando seu grau de autonomia e independência, ou se há dependência parcial ou 
total para que seja realizado. A pontuação varia de 0 (zero) a 6 (seis) pontos, onde 
zero indica total independência para desempenho das atividades e seis indica 
dependência (total ou parcial) na realização de todas as atividades propostas. A 
pontuação intermediaria indica a dependência total ou parcial em quaisquer das 
atividades e deverá ser avaliada individualmente. Cada teste deverá ser avaliado 
pela equipe responsável e, posteriormente, elaborado o plano de cuidados 
específico conforme as alterações apresentadas, o qual servirá para o 
acompanhamento evolutivo da pessoa idosa. 23, 25, 26 
 
2. 3. 2 Escala de Barthel 
 
Escala ou índice de Barthel é um instrumento usado para avaliar a 
independência funcional e mobilidade no campo das atividades da vida diárias 
(AVD’s) e mede o nível de independência funcional do indivíduo no cuidado pessoal, 
19 
 
 
 
mobilidade, locomoção e eliminações, na realização de dez atividades básicas. A 
pontuação varia de 0 (zero) a 100 (cem), em intervalos de cinco pontos, e as 
pontuações mais elevadas indicam maior independência.27 Este índice tem sido 
considerado um dos instrumentos de avaliação de AVD’s que apresenta resultados 
de confiabilidade e validade muito consistentes. 28,29 
Gomes e Santos 28 avaliaram e descreveram os graus de capacidade e 
comprometimento funcionais em pacientes traqueostomizados de um hospital 
público e suas inter-relações por meio de estudo caso-controle, quantitativo, 
descritivo e transversal, por meio do Índice de Barthel. As alterações funcionais 
como a dependência funcional apresentada pela maioria dos pacientes 
traqueotomizados, com grande período de internação, são marcadas por longos 
períodos de imobilidade no leito. A mobilização precoce, realizada pelo 
fisioterapeuta, é fundamental para a melhora da capacidade funcional e diminuição 
dos riscos associado ao repouso no leito. 
 
 
2. 3. 3 Escala de Lawton & Brody 
 
Escala de Lawton & Brody é empregada para as atividades instrumentais da 
vida diárias (AIVD’s) e englobam itens como usar o telefone, uso de transporte, fazer 
compras, preparo dos alimentos, tarefas domésticas, uso de medicação e manejo do 
dinheiro. O idoso recebe a pontuação 1, 2 e 3 para dependente, necessita de 
assistência ou independente, respectivamente. Seu escore varia de 7 a 21 e quanto 
menor, maior comprometimento. Assim, a pontuação 3 (três) é o idoso 
completamente dependente, e a máxima pontuação de 21, é o idoso independente 
para todas AIVD’s.30 
Este teste avalia as condições do idoso para realizar as atividades 
instrumentais do cotidiano, avaliando seu grau de independência e autonomia, seu 
desempenho funcional, o que possibilita que o idoso mantenha uma vida 
independente. Para cada item será aplicada uma padronização de resposta que 
indica se existe independência, dependência parcial ou dependência total para a 
realização da atividade proposta. Algumas questões podem ter variações conforme 
o sexo e ser adaptadas para certas atividades (subir escadas ou cuidar do jardim). 31 
20 
 
 
 
Os testes deverão ser aplicados individualmente, e realizados por um membro 
da equipe técnica multiprofissional já treinado no serviço. A avaliação de resultados 
varia conforme a pontuação: de 0 (zero) a 9 (nove) pontos, onde 9 (nove) indica 
dependência (parcial ou total) para o desempenho de todas as atividades e 0 (zero) 
indica independência na realização de todas as atividades propostas. A pontuação 
intermediaria indica a dependência total ou parcial em quaisquer das atividades. 29 
Após avaliação elabora-se o plano de cuidados específico conforme as alterações 
apresentadas. O resultado do teste também servirá para o acompanhamento 
evolutivo da pessoa idosa. 23,26 
A escala de Lawton & Brody, apesar de não possuir padrões satisfatórios de 
adaptação e validação para o Brasil, é amplamente utilizada em pesquisas 
nacionais, e pela Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais. 32 
 
2. 3. 4 Escala de Edmonton (EFE) 
 
Escala de Edmonton (EFE) é um instrumento complexo e mais completo, 
confiável e viável para uso rotineiro até mesmo por não especialistas, sendo de fácil 
manuseio e aplicação na área da Geriatria e Gerontologia. Propõe dez indicadores 
de fragilidade: cognição, auto avaliação do estado de saúde, hospitalização, 
independência funcional, suporte social, uso de medicamentos, nutrição, humor, 
continência e mobilidade. 33 
A EFE foi elaborada por Rolfson e colaboradores em 2006, na Universidade 
de Alberta, Edmonton, Canadá, 33 e traduzida e validada para utilização no Brasil em 
2008, quando aplicada em uma amostra de 137 idosos residentes de uma 
comunidade no município de Ribeirão Preto (SP). De acordo com o estudo, 16,4% 
dos entrevistados apresentaram fragilidade leve; 9%, fragilidade moderada; e 4,5% 
apresentaram fragilidade severa. Juntamente com a aplicação da escala, outros 
dados foram levantados por meio de instrumentos que avaliaram o perfil 
sociodemográfico, cognitivo e a independência funcional dos idosos. Os resultados 
identificaram que a maior prevalência de fragilidade está entre os idosos mais 
velhos, ou seja, acima de 80 anos, que apresentam déficit cognitivo e do sexo 
feminino. 34 
A pontuação total da EFE pode variar de 0 (zero) a 17 (dezessete) pontos: 
não apresenta fragilidade (0 a 4), aparentemente vulnerável (5 e 6), fragilidade leve 
21 
 
 
 
(7 e 8), fragilidade moderada (9 e 10) e fragilidade grave (11 pontos ou mais). O uso 
da EFE ainda é incipiente no Brasil devido a sua adaptação para o contexto 
brasileiro, especialmente em populações com baixo nível de escolaridade. 32 
 
2. 3. 5 Medida de Independência Funcional (MIF) 
 
Medida de Independência Funcional (MIF) ou Functional Independence 
Measure (FIM) trata de um instrumento amplamente utilizado no meio internacional 
para avaliação da capacidade funcional e tem como diferencial a incorporação da 
avaliação cognitiva. Avalia o desempenho e a capacidade funcional de idosos, 
sendo usada no Brasil em ambulatórios e em unidades hospitalares e de 
reabilitação. 35 
A MIF teve origem na década de 1980 e, foi desenvolvida para avaliar 
pessoas sob o processo de reabilitação. A medida compõe-se de dois campos: o 
motor e o cognitivo.
O motor é composto de treze itens e subdividido em quatro 
categorias: cuidados pessoais, controle de esfíncter, mobilidade/transferência, 
locomoção. O cognitivo é composto de cinco itens e dividido em duas categorias: 
comunicação e cognição social. 35 
Esta escala avalia 18 categorias pontuadas de 1 (um) a 7 (sete) e 
classificadas quanto ao nível de dependência para a realização da tarefa (1 
corresponde à dependência total e 7, à independência completa). As categorias são 
agrupadas em seis dimensões, e cada dimensão é analisada pela soma dos itens 
que a compõem: 1 - Autocuidados (alimentação, higiene pessoal, banho, vestir 
metade superior, vestir metade inferior, utilização do vaso sanitário); 2 - Controles de 
esfíncteres (controle da diurese e defecação); 3 - Transferências (leito, cadeira, 
cadeira de rodas, vaso sanitário, banheiro, chuveiro); 4 - Locomoções (marcha, 
cadeira de rodas, escadas); 5 - Comunicações (compreensão, expressão); 6 - 
Cognições sociais (interação social, resolução de problemas, memória). 36,37 
A MIF mede a deficiência associada aos diversos comprometimentos físicos, 
capaz de fornecer um mecanismo para a padronização da coleta de dados. Tem 
como objetivo medir o grau de solicitação de cuidados de terceiros, que a pessoa 
com deficiência exige para a realização de tarefas motoras e cognitivas. 26 
O escore total da MIF é obtido somando-se a pontuação de cada dimensão, 
sendo que o mínimo é de 18 e o máximo, de 126 pontos. Até 18 pontos, considera-
22 
 
 
 
se que há dependência completa, com necessidade de assistência total; de 19 a 60 
pontos, há dependência modificada, com assistência de até 50% na tarefa; de 61 a 
103 pontos há dependência modificada, com necessidade de assistência de até 25% 
na tarefa; de 104 a 126 pontos, há independência completa, modificada. 38 
 
2. 4 Intervenção da fisioterapia nas atividades funcionais do idoso 
 
A fisioterapia presta cuidados a indivíduos idosos de forma a desenvolver, 
manter e restituir o máximo movimento e capacidade funcional ao longo do ciclo de 
vida, em circunstâncias onde o movimento e a função estão comprometidos pelo 
envelhecimento, lesão, doença ou fatores ambientais. 36 
Desta forma, a fisioterapia centra-se na identificação e na maximização da 
qualidade de vida e potencial de movimento dentro das esferas da promoção, 
prevenção, intervenção e habilitação, abrangendo o bem-estar físico, psicológico, 
emocional e social. Esta tem um campo de intervenção vasto, que vai desde a 
promoção da saúde à prevenção da doença. A sua contribuição deve ser 
considerada como um recurso autônomo, integrado em todos os níveis da prestação 
de cuidados. 3, 39 
De acordo com diversos autores, 39, 40, 41 a associação entre capacidade 
cognitiva e funcionalidade, aponta a importância de intervenções fisioterapêuticas no 
âmbito da reabilitação cognitiva, a fim de promover um melhor potencial de saúde. 40 
Imaginário et al. 2017, 40 avaliaram em estudo transversal correlacional 
preditivo, para verificar se a capacidade funcional para as atividades de vida diária 
prediz a função cognitiva dos idosos institucionalizados em Equipamentos 
Residenciais, e utilizaram amostra aleatória com 475 idosos. Os resultados 
indicaram que as ABVD e AIVD explicam 49% da variância existente do estado 
mental dos idosos. Concluíram que as Intervenções fisioterapêuticas de estimulação 
motora e social preservam a autonomia do idoso na realização de atividades em 
geral, que por sua vez potenciam uma maior saúde mental, melhor bem-estar e 
maior autoestima. 
 Desta forma, programas deste tipo são essenciais para a saúde e para o 
bem-estar dos idosos institucionalizados, pois estimulam a cognição, melhoram a 
autonomia e atenuam o impacto dos déficits que surgem nesta época do ciclo vital. 
23 
 
 
 
As intervenções de estimulação cognitiva, se bem delineadas e estruturadas, 
constituem-se um coadjuvante elementar das terapêuticas farmacológicas. 41 
A fragilidade deve ser tratada para evitar a carga humana e econômica 
associada a essa síndrome. Evidências crescentes sugerem que intervenções com 
exercícios podem ser usadas para restaurar e manter a independência funcional em 
idosos e podem potencialmente prevenir, retardar ou reverter o processo de 
fragilidade. 42 
Portanto, a intervenção do fisioterapeuta baseia-se num modelo de resolução 
de problemas, que assenta em procedimentos de avaliação e identificação dos 
mesmos. A avaliação e identificação dos problemas são elementos essenciais e 
inseparáveis dos meios a que o fisioterapeuta recorre na sua intervenção. É a 
especificidade da avaliação e do diagnóstico que determina a escolha das técnicas, 
assim como a sua adequação à resposta do idoso (cliente ou utente). 38 
As intervenções fisioterapêuticas se baseiam, especificamente em: 
a) atividade física, que promove o aumento de massa muscular. A intervenção inclui 
o exercício físico, estando focada principalmente em deficiências subjacentes nas 
habilidades físicas, incluindo equilíbrio e força muscular, a capacidade de 
transferência de uma posição para outra e mobilidade. Para Lang, Michel e Zekry 5 
a atividade física é a intervenção mais segura e eficaz em idosos frágeis, pois reduz 
as incapacidades físicas e melhora suas limitações funcionais, além de prevenir e 
adiar o aparecimento da fragilidade; 
b) suplementação alimentar para reduzir a perda de massa magra e elevar o estado 
energético; 
c) suplementação hormonal, que busca quebrar o ciclo da fragilidade em seus 
componentes relacionados à desregulação neuroendócrina; 
d) medicações de diversas naturezas, com atuação em componentes da 
fisiopatologia da síndrome, tais como anti-inflamatórios, hemostáticos, anabolizantes 
e outros.5 
 
24 
 
 
 
3. MÉTODOS 
 
Para o desenvolvimento deste estudo foi realizada a pesquisa bibliográfica, 
numa revisão de literatura narrativa, desenvolvida com base em material já 
elaborado com recorte temporal de 2008 a 2018, tais como livros, teses e 
dissertações, artigos científicos e publicações periódicas em base de dados 
eletrônicos na Biblioteca Virtual (BV), tais como: Scielo, Pub-Med, Medline e 
LILACS, a fim de articular as informações coletadas concatenando-as com um nível 
de análise crítica e não apenas descritiva. Foram selecionados os artigos em 
português e inglês com as seguintes palavras chaves: Síndrome da fragilidade, 
idosos frágeis, envelhecimento e fisioterapia. Os seguintes critérios de inclusão 
foram: as escalas de funcionalidade em idosos com síndrome de fragilidade; 
incapacidades funcionais nos idosos; possibilidade da melhora do score das escalas 
diante da intervenção fisioterapêutica, escritos em português e inglês, e com recorte 
temporal dos últimos dez anos. Os critérios para exclusão foram de trabalhos que 
não abordavam informações relevantes ao tema, estudos desatualizados, não 
atendendo ao recorte temporal estipulado neste estudo. 
O método objetiva colocar o pesquisador em contato com tudo o que foi 
escrito sobre determinado assunto, com a finalidade de colaborar na análise de sua 
pesquisa, buscando como embasamento e pressupostos teóricos os principais 
autores que contribuíram com o tema proposto. 
 
25 
 
 
 
4. RESULTADOS 
 
Realizou-se uma extensa pesquisa, onde foram encontrados e selecionados 
artigos que preencheram os critérios de inclusão, permitindo a fundamentação 
teórica do presente estudo. Estes artigos abordam o tema sobre escalas de 
funcionalidades mais utilizadas em idosos diante da intervenção fisioterapêutica 
dentro dos critérios exigidos. Os resultados foram analisados de forma qualitativa e 
apenas cinco foram escolhidos para serem descritos na tabela abaixo. 
 
Tabela 1 - Apresenta características dos estudos recrutados sobre escalas de funcionalidade mais 
utilizadas em idosos diante da intervenção fisioterapêutica. 
Autor/
Ano 
Tipo de 
estudo 
Amostra Tipo de 
intervenção 
Variáveis Resultados 
Gontijo e 
Leão.44 
2013 
Estudo 
quasi- 
experiment
al ou 
Designs 
experiment
al 
17 idosos a 
partir de 60 
anos, ambos 
os sexos 
Exercícios de 
coordenação 
motora, 
equilíbrio, 
alongamento, 
fortalecimento 
muscular global 
e treino de 
transferência, 16 
sessões de 
fisioterapia (50 
minutos cada, 
duas vezes por 
semana) 
Escala ou Índice 
de Katz 
Antes da 
intervenção, 11 
eram 
independentes de 
acordo com o 
Índice de Katz e 
seis apresentavam 
dependência 
moderada. Após a 
intervenção 
fisioterapêutica, 
todos os pacientes 
(100%) estavam 
independentes em 
relação à sua 
capacidade 
funcional pelo 
Índice de Katz. 
Cadore 
et al,45 
2014 
Estudo 
quasi-
experiment
al ou 
Design 
experiment
al 
18 idosos 
frágeis com 
demência 
leve 
Exercícios com 
múltiplos 
componentes, 
com exercício 
sobre a força 
muscular, 
caminhada, 
equilíbrio e 
exercícios 
cognitivos, 
exercícios de 
resistência 
Índice de Barthel 
para avaliar 
estado funcional. 
 Os escores do 
Índice de Barthel 
sugerem que uma 
intervenção mais 
longa ou talvez um 
volume maior de 
exercícios de 
resistência pode 
ser necessária para 
estimular mais 
mudanças. 
26 
 
 
 
Fajerszta
jn et al,46 
2008 
Estudo 
Randomiza
do 
10 idosos, 
sendo 02 
homens e 
08 mulheres, 
com idades 
acima de 60 
anos. 
 Exercícios com 
estímulo de 
equilíbrio e 
mobilidade e 
exercícios 
funcionais, 
caminhadas, 
atividades de 
bola e circuito, 
alongamentos, 
massagens e 
exercícios 
respiratórios. 
Exercícios 
resistidos 
 
Escala de Lawton 
& Brody, Escala 
de Katz 
Não há diferenças 
encontradas entre 
os grupos em 
relação à escala de 
katz, e pequena 
mudança em 
relação ao uso da 
Escala de Lawton & 
Brody. 
Importante: um 
fisioterapeuta 
especializado para 
conduzir a 
intervenção 
 
 
Crosseti 
et al,47 
2018 
Estudo 
transversal 
analítico 
 
 
395 idosos: 
248 do sexo 
masculino, e 
147 do sexo 
feminino. 
Deambulação 
com ou sem 
auxílio (bengala 
e/ou com auxílio 
de uma pessoa) 
Escala de 
Fragilidade de 
Edmonton (EFE) 
Com a intervenção 
fisioterapêutica 
ouve melhora 
significativa nas 
capacidades vitais 
dos idosos. 
Miranda 
e Van 
Eyken,48 
2012 
Estudo de 
caso 
Uma (01) 
idosa de 75 
anos vítima 
de cinco 
Acidentes 
Vasculares 
Cerebrais 
isquêmicos 
(AVC) 
Uso de técnicas 
específicas na 
reabilitação do 
acometimento 
neurológico; 
orientações com 
treinamento da 
cuidadora da 
paciente 
Medida de 
Independência 
Funcional (MIF) 
Intervenção 
fisioterapêutica 
positiva quanto ao 
nível de 
funcionalidade, o 
escore total 
medido, através do 
MIF, evoluiu de 53 
para 61. 
AVC: Acidente Vascular cerebral; EFE: Escala de Fragilidade de Edmonton; MIF: Escala de 
Medida de Independência Funcional; 
 
 
Os estudos utilizados na tabela foram 40% quasi-experimental ou Design 
experimental, 20% estudo randomizado, 20% de estudo transversal, descritivo e 
exploratório e 20% de estudo de caso. A maior amostra de estudos avaliados foi a 
27 
 
 
 
de Crossetti et al. 2018,47 com 395 idosos, e a menor amostra foi a de Miranda e 
Van Eyken, 2012,48 com apenas uma (01) idosa. Na dimensão demográfica, 
verificou se que a média de idade entre os idosos foi de 60 a 80 anos. Em relação 
ao sexo 80% homens e mulheres estudados, 20% somente mulheres. Quanto as 
variáveis 20% utilizaram somente escala de Katz, 20% utilizaram somente índice de 
Barthel, 20% somente escala Edmonton (EFE), 20% utilizaram somente medida de 
incapacidade funcional (MIF), 20% utilizaram a escala de Lawton e Brody e Katz. 
Quanto ao tipo de intervenção, 20% realizaram exercícios de coordenação motora, 
equilíbrio, alongamentos, fortalecimento muscular global e treino de transferência, 
20% realizaram exercício sobre a força muscular, caminhada, equilíbrio e exercícios 
cognitivos e exercícios de resistência, 20% Exercícios com estímulo de equilíbrio e 
mobilidade e exercícios funcionais, 20% realizaram deambulação com ou sem 
auxílio (bengala), 20% fizeram o uso de técnicas específicas na reabilitação do 
acometimento neurológico. Foi possível verificar respostas positivas no efeito da 
fisioterapia na capacidade funcional dos idosos. 
 
28 
 
 
 
 
5. DISCUSSÃO 
 
De acordo com os artigos revisados e com os resultados obtidos, foi possível 
verificar que a maioria dos idosos avaliados, categorizados idosos frágeis, 
apresentaram melhora em sua capacidade funcional com o tratamento da Síndrome 
da Fragilidade, considerando o emprego das diferentes escalas. 
Através da pesquisa observou-se que a avaliação das intervenções sobre o 
idoso frágil e a comparação dos estudos com outros, apresentam limitações pelo 
fato de os estudos analisados utilizarem conceitos distintos relacionados às 
alterações funcionais e à associação de múltiplas características para definir idoso 
frágil. Além disto, não há consenso entre os pesquisadores, uma vez que, em cada 
artigo os autores apresentaram diferentes intervenções fisioterapêuticas. 
Entretanto, em relação aos desfechos avaliados, alguns estudos 
compartilham desfechos semelhantes, mas importa referir que a variação de 
resultados alcançados deve-se ao cenário em que os estudos se realizaram e as 
características dos grupos estudados, além do teor das intervenções (dose, 
duração) e o tamanho de amostras. 
O estudo quasi-experimental de Gontijo e Leão, 2013, 44 com 17 idosos a 
partir de 60 anos, com a intervenção antes e depois com grupo caso e grupo 
controle, apontou que, com emprego do Índice de Katz, houve uma melhora 
significativa de dependência moderada à independência quanto à fragilidade, e 
devido a intervenção fisioterapêutica, corroborando com o programa de intervenção 
do estudo de abordagem quantitativa, do tipo clínico experimental, randomizado, não 
cego e controlado de Joaquim et al. 2017, 49 que comparou a capacidade funcional 
dos idosos utilizando a Escala de Katz; este estudo foi desenvolvido com 32 
pacientes (56,2% do sexo feminino e 43,8%, do sexo masculino), em grupo caso (10 
mulheres e 06 homens) e grupo controle (08 mulheres e 08 homens), com média de 
idade de 63,5 anos, sendo 46,9% referentes à faixa etária de 40 a 59 anos e 53,1 %, 
à faixa etária de 60 a 79 anos. 
Assim como os resultados de Gontijo e Leão, 2013 44, o estudo de Joaquim et 
al. 2017, 49 apresentaram ótima resposta com independência nas ABVD, e que os 
resultados referentes à escala de Katz demonstraram que os grupos não 
apresentaram variação significativa entre si, também os resultados do estudo de 
29 
 
 
 
Joaquim et al. 2017 49 apontaram que os idosos apresentaram ótima independência 
nas AVD’s, sem variação significativa entre si. Ambos estudos concluíram que os 
grupos estudados apresentam a capacidade funcional evoluindo de modo 
semelhante e que o uso do Índice de Katz demonstrou que programa preventivo de 
fisioterapia melhora qualidade de vida, equilíbrio dos idosos e capacidade funcional. 
O estudo quasi-experimental ou Designs experimental, com duração de 24 
semanas realizado com 18 idosos frágeis com demência leve, por Cadore et al. 
2014, 45 que utilizaram o Índice de Barthel para avaliar estado funcional, aponta que 
os exercícios multicomponentes melhoraram a força muscular, a capacidade de 
equilíbrio e marcha e diminuiu a incidência de quedas após contenção física, e 24 
semanas de interrupção de treinamento. 
Este não foi um desfecho ao estudo transversal de Ferreira et al. 2014 50, uma 
vez que ambos encontraram uma diferença significativa quanto a melhoria da 
capacidade funcional, utilizando o Índice de Barthel. Por meio desta escala, Ferreira 
et al. 2014 50 avaliaram a capacidade funcional de 201 idosos institucionalizados
com e sem a doença de Alzheimer, e idade igual ou superior a 60 anos para ambos 
os sexos. Foram divididos em grupo experimental (GE) com 20 idosos (08 homens e 
12 mulheres) com doença de Alzheimer e grupo controle (GC) com 181 (84 homens 
e 97 mulheres) idosos sem a doença. Porém, os resultados mostraram diferença 
quanto aos resultados de Cadore et al. 2014: 45 os idosos institucionalizados com 
doença de Alzheimer apresentaram menor capacidade funcional que os idosos sem 
a doença, embora nem todos os idosos do grupo controle eram totalmente 
independentes. Segundo Cadore et al. 2014, 45 os escores do Índice de Barthel 
sugerem que uma intervenção mais longa ou talvez um volume maior de exercícios 
de resistência pode ser necessária para estimular mais mudanças. 
Os desfechos também não foram semelhantes em um estudo de Fajersztajn 
et al. 2008, 46 utilizando a Escala de Lawton & Brody e Escala de Katz e o estudo de 
Pinto et al. 2016. 51 Fajersztajn et al. 2008, 46 em um programa de intervenção 
fisioterapêutica para 10 idosos frágeis (02 homens e 08 mulheres), divididos em dois 
grupos de intervenção (GI) e não intervenção (GNI), com Doença de Alzheimer (DA) 
leve a moderada, não houve mudança nos dois grupos em relação ao uso da Escala 
Katz, e pequena mudança em relação ao uso da Escala de Lawton & Brody. 
Em contrapartida, Pinto et al. 2016 51 utilizando a Escala de Lawton & Brody 
em um estudo quantitativo, transversal e analítico com 820 idosos (idade entre 60-69 
30 
 
 
 
anos) para avaliar a prevalência de capacidade funcional para as ABVD’s e AIVD’s, 
o desfecho foi positivo mostrando que os idosos eram funcionalmente capazes para 
a realização das atividades da vida diária, tanto básicas quanto instrumentais, o que 
não corresponde ao estudo de Fajersztajn et al. 2008. 46 
O estudo transversal analítico de Crossetti et al. 2018 47 utilizando Escala de 
Fragilidade de Edmonton (EFE) em 395 idosos (248 homens e 147 mulheres), com 
idade entre 60 e 94 anos, para avaliar fragilidades (perda muscular e fraqueza, 
vulnerabilidade baseada no sistema de órgãos, comprometimento da independência 
funcional), corrobora com os resultados da pesquisa transversal e analítica, de 
amostragem não intencional, de Carneiro et al. 2017 52 quanto à associação 
significativa entre fragilidade e sexo feminino. 
Os autores 52 avaliaram também a prevalência e fatores associados à 
fragilidade em 360 idosos com idade igual ou superior a 65 anos (65 e 79 anos), 
sendo a maioria do sexo feminino, e os resultados mostraram a maior prevalência de 
fragilidade para o sexo feminino em relação ao sexo masculino, e maior em faixas 
etárias entre 65 e 79 anos e 80 anos ou mais. Os resultados deste estudo 
confirmam maior frequência de fragilidade leve, moderada e severa com o aumento 
da idade, sendo mais prevalente entre os idosos longevos. 
 Com relação ao Estudo de caso de Miranda e Van Eyken, 48 realizado 
com uma idosa de 75 anos vítima de cinco Acidentes Vasculares Cerebrais 
isquêmicos (AVC), houve diferença significativa no desfecho se comparado ao 
estudo quasi-experimental de Cunha et al. 2010. 53 A Intervenção fisioterapêutica de 
Miranda e Van Eyken, 48 apresentou resultado positivo quanto ao nível de 
funcionalidade com uso da Escala Medida de Independência Funcional (MIF), uma 
vez que o escore total dos itens da MIF evoluiu de 53 para 61, sendo o mínimo 18 e 
o máximo 126, contribuindo para reabilitação da paciente idosa. 48 
 Já no estudo quasi-experimental de Cunha et al. 2010, 53 utilizando esta 
escala (MIF) intra-grupo, com 20 idosos (08 homens e 12 mulheres) com média de 
idade de 68,95 anos, a função avaliada pela escala MIF não apresentou diferença 
significante, pois os resultados indicaram que não houve melhora em relação às 
medidas de independência funcional. 
 Entretanto, Cunha et al. 2010, 53 utilizaram também a Técnica de 
relaxamento aquático Ai Chi, que proporcionou melhora do equilíbrio, com avaliação 
dos benefícios de exercícios na água. Nesse sentido, os autores corroboram com 
31 
 
 
 
Miranda e Van Eyken, 48 no que diz respeito a melhora na funcionalidade nos idosos 
frágeis, e consideram que a hidroterapia, incluindo-se as técnicas de relaxamento e 
mobilizações aquáticas, vem crescendo no Brasil e começa a ser aceita como uma 
opção de tratamento para melhora do equilíbrio, principalmente no idoso 
É possível afirmar, nesse sentido, que a independência funcional dos idosos, 
ou seja, a autonomia daqueles que não necessitam de auxílio para realização de 
suas ABVD, é um relevante objetivo das mais diversificadas intervenções de 
fisioterapia. 
Um ponto observado nos artigos pesquisados, como o de Gontijo e Leão, 
2013 44 e o de Cadore et al. 2014, 45 é que foram utilizados o mesmo tipo de estudo, 
o mesmo número de amostragem, e a mesma quantidade semanal de sessões de 
fisioterapia e de exercícios de resistência, embora tenham sido realizadas escalas 
diferentes. 
Diante disso, observa-se também que foi possível notar semelhanças e 
diferenças nas abordagens adotadas pelos autores nos artigos discutidos, nos tipos 
de intervenções e no contexto social e demográfico em que cada pesquisador se 
inseriu para realizar os estudos. 
 
32 
 
 
 
6. CONCLUSÃO 
 
Face aos resultados desta revisão, verifica-se que a fisioterapia tem relevante 
papel na reabilitação dos pacientes com a Síndrome da Fragilidade, uma vez que 
ela auxilia no alívio dos sintomas, na promoção da independência e na qualidade de 
vida. Assim, as intervenções e técnicas fisioterapêuticas mais utilizadas em idosos 
neste estudo foram os exercícios físicos de coordenação e estimulação motora, 
equilíbrio e força muscular, alongamento, caminhadas, exercícios respiratórios, 
estimulação social, as quais atenuam as limitações funcionais dos idosos e o 
impacto dos déficits que surgem nesta época do ciclo vital. 
A atividade física é a intervenção mais eficaz em idosos frágeis, uma vez que 
preserva sua autonomia na realização de atividades em geral, com melhoria da 
saúde mental, bem-estar e aumento da autoestima, além de prevenir e adiar o 
aparecimento da fragilidade. 
Segundo a revisão de literatura, as escalas de funcionalidade mais utilizadas 
em idosos diante da intervenção fisioterapêutica foram Escala de Katz, que avalia as 
condições do idoso para realizar as atividades básicas de vida diária, o índice de 
Barthel que avalia a independência funcional e mobilidade no campo das atividades 
da vida diárias e a Medida de Independência Funcional que avalia o desempenho e 
a capacidade funcional de idosos. 
Verifica-se também, que as incapacidades funcionais estão associadas aos 
fatores fisiológicos, psicológicos, sociais e ambientais. Porém, em nível individual, a 
continência foi atividade a qual os idosos apresentaram menos independência. Os 
homens declararam incapacidade funcional em maior proporção que as mulheres, 
embora o sexo feminino tenha relevante participação nos estudos realizados, e o 
sinal de fragilidade seja significativo nestas. Observou-se que a faixa etária estudada 
variou de 60 anos ou mais para ambos os sexos, até aproximadamente aos 80 anos, 
além do caráter progressivo da incapacidade funcional entre os idosos em relação 
ao aumento da idade. 
Verifica-se ainda melhora positiva do escore das escalas relacionadas à 
intervenção fisioterapêutica quanto ao nível de funcionalidade. A aplicação das 
escalas de avaliação da capacidade funcional dos idosos evidenciou uma pontuação 
variada, de maior independência para as Atividades Básicas de Vida Diária à 
dependência leve/moderada, e para as Atividades Instrumentais de Vida Diária 
33 
 
 
 
também maior independência à parcialmente dependente. De maneira geral, os 
idosos pesquisados apresentaram capacidade funcional para as atividades da vida 
diária, tanto básicas quanto instrumentais.
De acordo com o estudo e os resultados da tabela analisada, a partir de 
discussão com demais autores, observa-se que a maioria dos idosos frágeis 
avaliados, apresentou melhora em sua capacidade funcional, considerando o 
emprego das diferentes escalas, instrumentos importantes utilizados para medir a 
acurácia da Síndrome da Fragilidade. 
Conclui-se que a detecção do grau de fragilidade e dependência dos idosos 
nas diferentes categorias das escalas de avaliação possibilita selecionar 
intervenções adequadas, como as intervenções com exercícios físicos, aplicadas 
individualmente ou em grupo, com o objetivo de melhoria da capacidade funcional, 
principalmente no desempenho das atividades da vida diária. Sendo assim, torna-se 
necessária maior atenção a esta parcela da população, dentro de um contexto 
multiprofissional, em especial dos serviços da fisioterapia. 
 
34 
 
 
 
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