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A TEORIA DA JUSTIÇA DE JOHN RAWLS TRABALHO REALIZADO POR: BERNARDO OLIVEIRA, DIANA NEVES, SALOMÉ SILVA, TOMÁS CAMACHO 01 O PROBLEMA DA ORGANIZAÇÃO DE UMA SOCIEDADE JUSTA Posição Original PO SI Ç Ã O O R IG IN A L 02 Segundo John Rawls, todas as escolhas devem ser tomadas de uma forma imparcial e justa. A imparcialidade é criada com base numa “posição original” hipotética, em que são os membros da sociedade, sendo estes sujeitos livres e iguais, e estando estes reunidos sob um “véu de ignorância”, que escolhem os princípios da justiça. O VÉU DA IGNORÂNCIA Estar sob um “véu de ignorância” significa não saber quem é ou que papel irá desempenhar na sociedade futura a pessoa a ser “julgada”. As pessoas fazem uma escolha que satisfaça os seus interesses, garantindo- -lhes os mesmos direitos, no caso destas acabarem numa posição desfavorecida. Resumindo, uma pessoa irá escolher para todos aquilo que quer garantir para si própria, pois esta pode vir a ocupar posições desfavorecidas. É desta forma que Rawls garante a imparcialidade da escolha dos princípios da justiça. 03 O véu de ignorância A POSICÃO ORIGINAL E O VÉU DE IGNORÂNCIA Os princípios da justiça escolhidos por detrás do véu de ignorância são aqueles que os cidadãos estariam a aceitar sem saberem se iriam ser favorecidos ou não pelas condições sociais e naturais. Assim sendo a posição original mostra-nos que é justo dizer que ninguém deve ser favorecido ou desfavorecido. 04A posição original e o véu de ignorância A justiça com o equidade 05 A Justiça como Equidade John Rawls defende que a justiça deve ser tratada co- mo uma equidade e não como uma igualdade. Apesar de John Rawls defender que todos os bens sociais primários devem estar distribuídos de forma igualitária, este também permite que hajam desigualdades, desde que essas beneficiem os mais desfavorecidos, logo J. Rawls acaba por não praticar uma política completamente igualitarista. Segundo este princípio a sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa compatível com uma liberdade igual para todos os outros. É defendido que o Homens têm igual liberdade política, de religião, de reunião, de pensamento e de opinião, expressão, entre outros; liberdade da pessoa; direito à integridade pessoal à propriedade; proteção face à detenção e prisão arbitrárias. Princípios da justiça 06 Principíos da justiça Princípio da liberdade igual Este princípio só admite desigualdades desde que tragam benefícios para a sociedade e principalmente para os menos favorecidos. Quer dizer que possibilita uma distribuição igualitária da riqueza, as desigualdades económicas e sociais são aceitáveis apenas se resultarem em vantagens compensadoras para todos e, em particular, para os membros mais desfavorecidos da sociedade. É abrangida uma igualdade de oportunidades em que todos têm direito a aceder a posições e cargos. Princípios da justiça 07 Principíos da justiça Igualdade da distribuição da riqueza e igualdade de oportunidades Este princípio alega que a sociedade deve promover a distribuição igual de riqueza excepto se a existência de desigualdades económicas e sociais gerar maiores benefícios aos desfavorecidos. No fundo, o grande objectivo é contrariar a diferença entre muito rico e muito pobre. Princípios da justiça 08 Principíos da justiça Princípio da diferença A regra maximim A regra m axim im 09 A regra maximim é uma estratégia de decisão que, numa condição de incerteza permita maximizar o mínimo. Desconhecendo qual será o nosso lugar na sociedade , é racional preferir optar por uma sociedade em que o pior que nos pode acontecer não seja muito mau e seja até dentro do pior, o melhor possível. Continuação A regra m axim im 10 Na posição original e com o véu de ignorância, Rawls acredita que chegaríamos a acordo, optando por princípios que garantissem que, por muito má que fosse a nossa condição social, ela nunca nos privaria de certas liberdades básicas, como as oportunidades de melhorar a nossa condição e a garantia de um rendimento mínimo aceitável. 11 O contratualismo e a rejeição do utilitarismo À semelhança de Kant, Rawls considera a pessoa um ser livre, racional, igual, que tem fim em si mesmo. Dessa forma, discorda do Utilitarismo pois não há um critério único e universal que permita distinguir boas e más acções, não há o reconhecimento de direitos fundamentais do Homem e não é levado em consideração a forma justa ou injusta como a felicidade é distribuída. No lugar deste, pretende sustentar a sua ideia de justiça baseada na teoria contratualista. Rawls pretende conciliar dois conceitos que, para muitos pensadores, são dificilmente compatíveis: a liberdade individual e a justiça social. (Não admite que a afirmação de um destes conceitos implique a negação do outro. ) 12 Continuação Se apenas houver liberdade, coloca-se em causa a justiça social (porque necessariamente uns indivíduos possuirão sempre mais bens do que outros e os que possuem mais possuirão sempre mais — a riqueza gera riqueza); se apenas houver justiça social, coloca-se em causa a liberdade (porque limita-se a liberdade dos indivíduos para poderem possuir mais bens do que o número de bens que possuem). Torna-se assim necessário a conjugação da liberdade e da justiça social, para que uma sociedade possa ser justa. Crítica 13 As críticas comunista (Michael Sandel) a Rawls Michael Sandel como comunitarista considera que o indivíduo se define sobretudo pela sua pertença a uma comunidade (em termos psicológicos e sociológicos). Segundo a teoria do perfecionismo ele defende que devemos procurar aquilo a que possamos chamar “uma vida boa”. Para Sandel o bem comum é algo que tem prioridade moral sobre a preferência individuais e não o resultado da combinação das mesmas. Crítica 14 A crítica comunista (Michael Sandel) a Rawls Sandel sustenta que: a) Rawls está mais comprometido com uma opinião metafísica em vez de substantiva; b) Rawls incide num individualismo anti-social, em que o senso de comunidade descreve um possível fim de um sujeito específico em lugar de uma identidade dos sujeitos; c) Rawls reduz a escolha moral a expressões arbitrárias de preferências, comprometendo-se mais com a visão subjetivista da moralidade, em ao invés de uma objetivista; d) a suposta neutralidade de Rawls entre opiniões competitivas de bem é menos plausível do que aparenta ser; e) Rawls também incede em alguns pontos de sua teoria, uma noção intersubjetiva de sujeito. Crítica 15 A crítica libertadista (Robert Nozick) a Rawls Enquanto que John Rawls defendia o liberalismo moderado, Robert Nozick defende o libertarismo, ou seja o liberalismo radical que consiste na ideia de que o estado não tem o direito de interferir na vida de alguém sem o seu consentimento. Rawls defendia a teoria da justiça como equidade em que todas as entidades estabelecem este contrato social estao num situação de igualdade de circunstâncias. Nozick já defende a teoria da titularidade em que autonomia das pessoas é fundamental. Crítica 16 A crítica libertadista (Robert Nozick) a Rawls J. Rawls tem 2 princípios, sendo que o 2º se divide em princípio da igualdade de oportunidades que diz “As desigualdades económicas e sociais devem, ser consequência do exercício de cargos e funções abertos a todos em igualdade equitativa de oportunidades” e o principio da diferença que postula “As desigualdades económicas e sociais devem ser para o maior benefício dos membros menos favorecidos da sociedade. R. Nozick, além de rejeitar o princípio da igualdade de oportunidades dizendo que nada existe de errado com a desigualdade social e económica, este também rejeita a redistribuição da riqueza dizendo que redistribuir implica violar a liberdade dos cidadãos.
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