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PCPR-Pós-Edital-2020-Investigador-e-Papiloscopista

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PCPR 
11 Dias 
 
 
 
 
Polícia Civil do Estado do Paraná 
Investigador de Polícia e Papiloscopista 
Pós-edital 
2020 
 
 
 
 
2 
ID: 
S U M Á R I O 
 
D i a 1 .............................................................................................................................................. 6 
Constituição Federal: Arts. 1º - 5º 
Código Penal: Arts. 13 - 31 
Lei nº 9.605/1998 (Crimes contra o meio ambiente) 
 
D i a 2 ............................................................................................................................................ 22 
Constituição Federal: Arts. 6º - 17 
Código Penal: Arts. 121 - 154-B 
Lei nº 13.869/2019 (Abuso de autoridade) 
Lei nº 9.455/1997 (Crimes de tortura) 
 
D i a 3 ............................................................................................................................................. 37 
Constituição Federal: Arts. 37 - 41 
Código Penal: Arts. 155 - 183 
Lei nº 8.072/1990 (Crimes hediondos) 
Lei nº 7.716/1989 (Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor) 
 
D i a 4 ........................................................................................................................................................................... 50 
Constituição Federal: Arts. 44 - 56 
Código Penal: Arts. 312 – 361 
Lei nº 9.099/1995 (Juizados especiais cíveis e criminais) 
 
D i a 5 ........................................................................................................................................................................... 68 
Constituição Federal: Arts. 76 - 86 
Código de Processo Penal: Arts. 4º - 23 
Lei nº 8.987/1995 (Serviços públicos) 
Lei nº 12.830/2013 (Investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia) 
 
D i a 6 ........................................................................................................................................................................... 83 
Constituição Federal: Art. 144 
Código de Processo Penal: Arts. 24 - 62 
Lei nº 11.343/2006 (Tráfico ilícito e uso indevido de drogas) Arts.1º - 47 
 
D i a 7 ........................................................................................................................................................................... 97 
Constituição Federal: Arts. 193 - 204 
Código de Processo Penal: Arts. 69 - 91 
Lei nº 11.343/2006 (Tráfico ilícito e uso indevido de drogas) Arts. 48 - 73 
Lei nº 9.503/1997 (Crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro) Arts. 291 - 312-A 
Resolução ONU nº 217-A (Declaração Universal dos Direitos Humanos) 
 
D i a 8 ........................................................................................................................................... 117 
Constituição Federal: Arts. 205 - 224 
Código de Processo Penal: Arts. 158 - 184 
Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do desarmamento) 
 
D i a 9 ........................................................................................................................................... 132 
Constituição Federal: Arts. 225 - 232 
Código de Processo Penal: Arts. 301 - 310 
Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) Arts. 1º - 69 
Lei nº 8.078/1990 (Crimes previstos no Código de proteção e defesa do consumidor) Arts. 61 - 80 
 
D i a 1 0 ........................................................................................................................................ 149 
Código de Processo Penal: Arts. 311 - 316 
Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) Arts. 70 - 140 
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3 
ID: 
Lei nº 10.259/2001 (Juizados especiais cíveis e criminais no âmbito da Justiça Federal) 
Lei nº 9.296/1996 (Interceptação telefônica) 
 
D i a 1 1 ........................................................................................................................................ 165 
Lei nº 7.960/1989 (Prisão temporária) 
Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) Arts. 141 – 265-A 
 
 
 
O Plano de Leitura - Legislação Facilitada - é uma ferramenta indispensável para quem deseja aumentar o rendimento nos 
estudos e alcançar a tão sonhada aprovação. Abordamos nesse plano toda a legislação exigida pelo edital do seu certame, selecionando, 
contudo, somente os dispositivos que poderão ser objeto de cobrança, buscando implementar um estudo direcionado e objetivo. 
Cada dia de leitura contempla leis e dispositivos diversos, de modo a tornar o estudo mais agradável e diversificado. Incorporamos, 
ainda, diversas ferramentas com o intuito de facilitar o estudo da legislação: 
• Marcações 
• Súmulas 
• Comentários Pontuais 
 
Os recursos empregados variam de acordo com a legislação exigida. 
Data de fechamento: 12.04.2020 
 
ATENÇÃO 
Esse material é protegido por DIREITOS AUTORAIS (copyright), sendo vedada a sua reprodução, distribuição ou comercialização, 
conforme a Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/89). 
Todos os arquivos possuem elementos de identificação externo (QR Code) e interno (Código fonte) com informações 
do comprador. 
Caso tenha verificado a venda ou distribuição indevida dos nossos materiais, faça sua DENÚNCIA. Garantiremos o sigilo absoluto 
do denunciante e adotaremos as medidas civis e penais cabíveis. 
Não compartilhe esse material, seja nosso parceiro nessa jornada! 
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4 
ID: 
Calendário 2020 
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ABRIL MAIO JUNHO 
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JULHO AGOSTO SETEMBRO 
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OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 
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ID: 
Horário Semanal 
 Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab 
12 am 
 
1 am 
 
2 am 
 
3 am 
 
4 am 
 
5 am 
 
6 am 
 
7 am 
 
8 am 
 
9 am 
 
10 am 
 
11 am 
 
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5 pm 
 
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11 pm 
 
 
 
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6 
ID: 
 
 
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos 
em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um 
Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício 
dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a 
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade 
e a justiça como valores supremos de uma sociedade 
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na 
harmonia social e comprometida, na ordem interna e 
internacional, com a solução pacífica das controvérsias, 
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL. 
STF: O preâmbulo não possui força normativa, não pode 
servir de parâmetro para tornar normas inconstitucionais e não é 
de reprodução obrigatória pelas Constituições Estaduais. Trata-
se de uma síntese das intenções dos constituintes e deve ser 
utilizado para fins interpretativos. 
 
 “O fato de usar no preâmbulo a expressão ‘sob a proteção de 
Deus’ por si não faz o Estado brasileiro um Estado religioso. O 
Brasil é um país ‘laico’ ou ‘leigo’, não possui elos de relação com 
religiões, embora inclua entre suas proteções o sentimento de 
liberdade religiosa e de crença”. 
Vitor Cruz, Constituição Federal anotada para concursos. 
 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
(Memorize: So Ci Di Va Plu) 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que 
o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
Sistema de Freios e Contrapesos (check and balances): Cada 
Poder irá atuar com o intuito de impedir o exercício arbitrário do 
outro. 
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e 
reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação. 
(Memorize: Con Ga Er Pro) 
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se 
nas suas relações internacionais pelos seguintes 
princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso 
da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
(Memorize: A-In-D Não Co-Pre-I Re-Co-S) 
A – autodeterminação dos povos In – independência nacional 
D – defesa da paz Não – não intervenção Co – cooperação 
entre os povos para o progresso da humanidade Pre – 
prevalência dos direitos humanos I – igualdade entre os Estados 
Re – repúdio ao terrorismo e ao racismo Co – concessão de asilo 
político S – solução pacífica dos conflitos 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil 
buscará a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma 
comunidade latino-americana de nações. 
 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA BRASILEIRA 
 
- FORMA DE ESTADO: FEDERAÇÃO 
Na federação brasileira, o poder político é distribuído 
geograficamente em entidades governamentais autônomas 
(União, Estados, DF, Municípios), caracterizando-se pela 
descentralização política. Contudo, não há direito de secessão, 
pois se estabelece um vínculo indissolúvel. 
Características: Autogoverno (escolhem seus governantes); 
Auto-organização (criam constituições estaduais ou leis 
orgânicas); Autolegislação (elaboram suas próprias leis); 
Autoadministração (possuem competências tributárias e 
administrativas). 
 
- FORMA DE GOVERNO: REPÚBLICA 
Trata da relação entre governantes e governados e a forma de 
distribuição do poder na sociedade. 
Características: Prestação de contas; Transparência; 
Temporariedade do mandato dos governantes; Eleições 
periódicas. 
 
- REGIME DE GOVERNO: DEMOCRACIA (SEMIDIRETA) 
Refere-se à participação do povo na produção do ordenamento 
jurídico e nas ações do governo. Prevalece a vontade da maioria, 
protegendo-se também as minorias. No Brasil, consagrou-se a 
Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988 
 
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7 
ID: 
Democracia Semidireta, que unifica a participação por 
representatividade com a participação direta, através de 
referendo e plebiscito. 
 
- SISTEMA DE GOVERNO: PRESIDENCIALISMO 
Está ligado ao modo como se relacionam os Poderes Executivo e 
Legislativo. No presidencialismo, há uma independência maior do 
Poder executivo em relação ao Legislativo. O presidente da 
república exerce as funções de Chefe de Estado (representando 
o Brasil internacionalmente) e Chefe de Governo (tratando da 
política interna). 
 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS 
Direitos Fundamentais são cláusulas pétreas e normas abertas, 
sendo permitida a inclusão de novos direitos não previstos pelo 
constituinte originário. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: 
Imprescritibilidade: Não desaparece com o tempo 
Inalienabilidade: Não é transferível a outra pessoa 
Irrenunciabilidade: Não pode sofrer renúncia 
Inviolabilidade: Autoridades e disposições infraconstitucionais 
devem observá-los 
Universalidade: Abrange a todos 
Efetividade: Poder público deve garantir sua aplicação 
Interdependência: Há diversas ligações entre os Direitos 
fundamentais 
Complementariedade: Devem ser interpretados de forma 
conjunta 
Relatividade: Direitos fundamentais não são absolutos 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, Direito Constitucional Descomplicado. 
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
STF: O estrangeiro em trânsito também está resguardado pelos 
direitos individuais, podendo, inclusive, utilizar-se de remédios 
constitucionais. Contudo, ele não poderá fazer uso de todos os 
direitos, a exemplo da ação popular, que é privativa de brasileiro. 
 I - homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição; 
Princípio da Isonomia. Determina que seja dado igual 
tratamento aos que estão em situação equivalente, e tratamento 
desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades. 
 II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei; 
Princípio da Legalidade. Para o particular, somente a lei pode 
criar obrigações, assim, a inexistência de lei proibitiva implica em 
permissão. Para o Poder Público, por sua vez, não é permitido 
atuar na ausência de lei. 
 III - ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante; 
 IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo 
vedado o anonimato; 
STF: A defesa da legalização de drogas em espaços públicos 
constitui legítimoexercício do direito à livre manifestação do 
pensamento. 
 V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização por dano 
material, moral ou à imagem; 
STJ: Súmula 37 - São cumuláveis as indenizações por dano 
material e dano moral oriundos do mesmo fato. 
 VI - é inviolável a liberdade de consciência e de 
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos 
locais de culto e a suas liturgias; 
 VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação 
de assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
 VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei; 
Escusa de Consciência. Norma constitucional de eficácia contida. 
 IX - é livre a expressão da atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
Veda-se qualquer censura de natureza política, artística e 
ideológica, não se podendo exigir licença de autoridade para 
veiculação de publicações. 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a 
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de 
sua violação; 
STJ: Súmula 227 - Pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
STF: Admite-se biografias não‐autorizadas, não se excluindo a 
possibilidade de indenização por dano material ou moral. 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, 
ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial; 
STF: Casa é um termo amplo, consagrando consultório, escritório 
e qualquer lugar privado não aberto ao público. Contudo, não é 
um direito absoluto. 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; 
STF: É lícita a gravação de conversa telefônica realizada por um 
dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, 
quando há investida criminosa deste último. 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, 
ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; 
Norma de eficácia contida. O STF decidiu pela 
inconstitucionalidade da exigência de diploma de jornalismo para 
o exercício da profissão de jornalista e pela constitucionalidade 
do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por 
considerar que o exercício da advocacia traz um risco coletivo. 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação 
e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em 
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da 
lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem 
armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o 
mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente; 
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8 
ID: 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins 
lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, 
a de cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro 
caso, o trânsito em julgado; 
Atividades Suspensas: Decisão Judicial 
Compulsoriamente Dissolvidas: Decisão Judicial + Trânsito em 
Julgado 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se 
ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando 
expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
Representação Processual: Exige expressa autorização do 
associado para que seja válida, não podendo ser substituída por 
autorização genérica prevista em estatutos da entidade. 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para 
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou 
por interesse social, mediante justa e prévia indenização 
em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição; 
 XXV - no caso de iminente perigo público, a 
autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, 
se houver dano; 
Requisição administrativa da propriedade. A autoridade será 
competente para utilizar temporariamente o imóvel. Não haverá 
indenização se não ocorrer dano. 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim 
definida em lei, desde que trabalhada pela família, não 
será objeto de penhora para pagamento de débitos 
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei 
sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
O Direito Autoral configura-se como um privilégio vitalício, 
transmissível aos herdeiros apenas pelo prazo que a lei 
determinar. Após o prazo estipulado, será de domínio público. 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras 
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento 
econômico das obras que criarem ou de que participarem 
aos criadores, aos intérpretes e às respectivas 
representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos 
industriais privilégio temporário para sua utilização, bem 
como proteção às criações industriais, à propriedade das 
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos 
distintivos, tendo em vista o interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
Os inventos industriais, diferentemente do direito autoral, são 
privilégios temporários. 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros 
situados no País será regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que 
não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a 
defesa do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo 
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas 
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade 
e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em 
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de 
poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, 
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito; (Princípio da 
Inafastabilidade de Jurisdição) 
Como regra, qualquer pessoa poderá acessar o Poder Judiciário 
sem a necessidade de esgotar as esferas administrativas, 
ressalvadas as questões relativas à Justiça Desportiva e ao 
Habeas Data. 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, 
o ato jurídico perfeito ea coisa julgada; 
Direito Adquirido: direitos que o seu titular, ou alguém por ele, 
possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha 
termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio 
de outrem. 
Ato Jurídico Perfeito: consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. 
Coisa Julgada: decisão judicial de que já não caiba recurso. 
 
LINDB – Art. 6º (Decreto-Lei nº 4.657) 
---------------------------------------------------------------------------------------
STF: Súmula 654 - A garantia da irretroatividade da lei, prevista 
no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável 
pela entidade estatal que a tenha editado. 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
(Princípio do Juiz Natural) 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes 
dolosos contra a vida; 
STF: Súmula Vinculante 45 - A competência constitucional do 
Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função 
estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual 
STF: Súmula 603 - A competência para o processo e julgamento 
de latrocínio é do juiz singular, e não do Tribunal do Júri. 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal; 
O Princípio da Legalidade desdobra-se em dois: Princípio da 
Reserva Legal e Princípio da anterioridade. 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para 
beneficiar o réu; 
STF: Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior 
à cessação da continuidade ou da permanência. 
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9 
ID: 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória 
dos direitos e liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, 
nos termos da lei; 
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por 
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, 
podendo evitá-los, se omitirem; (Memorize: 3TH não tem Graça) 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a 
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até 
o limite do valor do patrimônio transferido; (Princípio da 
intranscendência das penas) 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes: (Princípio da 
individualização da pena) 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
Rol não-exaustivo, podendo a lei criar novos tipos de 
penalidades. 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, 
nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
Quanto ao caráter perpétuo, o máximo penal legalmente 
exequível, no ordenamento positivo nacional, é de 40 (quarenta) 
anos. (2019) 
XLVIII - a pena será cumprida em 
estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza 
do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à 
integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições 
para que possam permanecer com seus filhos durante o 
período de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes 
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da 
lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro 
por crime político ou de opinião; (Concessão de asilo político) 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado 
senão pela autoridade competente; (Princípio do Juiz Natural) 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus 
bens sem o devido processo legal; (Princípio do devido 
processo legal - Due process of law) 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados 
o contraditório e ampla defesa, com os meios e 
recursos a ela inerentes; 
STF: Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por 
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a 
Constituição. 
STF: Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse 
do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, 
já documentados em procedimento investigatório realizado por 
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao 
exercício do direito de defesa. 
STF: Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de 
depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo. 
STF: Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de 
depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação 
judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito 
tributário. 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos; 
Para a Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada (Fruits of the 
Poisonous Tree), uma prova ilícita contamina todas as outras que 
dela derivam. Essa teoria é denominada pela doutrina como 
ilicitude por derivação. 
--------------------------------------------------------------------------------------- 
STJ: Não se aplica a Teoria da Árvore dos Frutos Envenenados 
quando a prova considerada como ilícita é independente dos 
demais elementos de convicção coligidos nos autos, bastantes 
para fundamentar a condenação. 
LVII - ninguém será considerado culpado até o 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
(Princípio da presunção de inocência) 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido 
a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em 
lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de 
ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos 
atos processuais quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante 
delito ou por ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de 
transgressão militar ou crime propriamente militar, 
definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde 
se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele 
indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, 
entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado; 
(Direito ao silêncio e à não-autoincriminação) 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório 
policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada 
pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela 
mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com 
ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo 
a do responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário 
infiel; 
O Brasil tornou-se signatário da Convenção Americana de 
Direitos Humanos - Pacto de San Jose da Costa Rica, que 
somente permite a prisão civil pelo não pagamento de obrigação 
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ID:alimentícia. Embora a Constituição continue prevendo a 
possibilidade de prisão do depositário infiel, a referida 
convenção, por possuir status supralegal, suspendeu a eficácia 
de toda legislação infraconstitucional que regia essa prisão civil, 
tornando-a inaplicável. 
--------------------------------------------------------------------------------------- 
STF: Súmula Vinculante 25 - É ilícita a prisão civil do 
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito. 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência 
ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança 
para proteger direito líquido e certo, não amparado 
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável 
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública 
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições 
do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser 
impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em funcionamento 
há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção 
sempre que a falta de norma regulamentadora torne 
inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se 
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para 
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e 
ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus 
da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica 
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de 
recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro 
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo 
fixado na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente 
pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas 
corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos 
necessários ao exercício da cidadania. 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, 
são assegurados a razoável duração do processo e os 
meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta 
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e 
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil 
seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais 
sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada 
Casa do Congresso Nacional, em 2 (dois) turnos, por 3/5 
(três quintos) dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
Os tratados e convenções internacionais de direitos humanos 
que não forem aprovados de acordo com os critérios acima 
mencionados terão hierarquia supralegal, situando-se abaixo 
da Constituição e acima da legislação interna. Os tratados 
internacionais que não versem sobre direito humanos terão 
status de leis ordinárias. 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal 
Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado 
adesão. 
 
Direitos e garantias fundamentais 
STF: Súmula vinculante 25 - É ilícita a prisão civil de depositário 
infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. 
STF: Súmula 654 - A garantia da irretroatividade da lei, prevista 
no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável 
pela entidade estatal que a tenha editado. 
STJ: Súmula 444 - É vedada a utilização de inquéritos policiais e 
ações penais em curso para agravar a pena-base. 
STJ: Súmula 2 - Não cabe o habeas data (CF, art. 5º, LXXII, 
letra "a") se não houve recusa de informações por parte da 
autoridade administrativa. 
STJ: Súmula 419 - Descabe a prisão civil do depositário infiel. 
STJ: Súmula 280 - O art. 35 do Decreto-Lei n° 7.661, de 1945, 
que estabelece a prisão administrativa, foi revogado pelos incisos 
LXI e LXVII do art. 5° da Constituição Federal de 1988. 
STJ: Súmula 403 - Independe de prova do prejuízo a 
indenização pela publicação não autorizada da imagem de 
pessoa com fins econômicos ou comerciais. 
 
 
 
 
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TÍTULO II 
DO CRIME 
De acordo com o Conceito Analítico de Crime, o delito 
constitui-se de um fato típico, ilícito e culpável. 
CONCEITO TRIPARTIDO DE CRIME 
✓ FATO TÍPICO - Conduta 
- Resultado 
- Nexo de causalidade 
- Tipicidade 
✓ ILÍCITO É a relação de contrariedade entre a 
conduta e a norma. Essa ilicitude poderá ser 
afastada por causas excludentes de 
antijuridicidade, quando o agente, por 
exemplo, pratica o fato: 
-- em estado de necessidade; 
-- em legítima defesa; 
-- em estrito cumprimento de dever legal 
-- em exercício regular de direito 
✓ CULPÁVEL - Imputabilidade 
- Potencial consciência da ilicitude 
- Exigibilidade de conduta diversa 
 
 Relação de causalidade 
 Art. 13 - O resultado, de que depende a existência 
do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. 
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o 
resultado não teria ocorrido. (Teoria da equivalência dos 
antecedentes causais – conditio sine qua non) 
A teoria da equivalência dos antecedentes causais possui 
extensão muito ampla, permitindo o regresso infinito das causas. 
Para evitar a responsabilização de determinadas condutas 
existentes na cadeia do regresso, deve-se buscar limites e 
complementos na legislação e na doutrina, como os critérios de 
imputação objetiva e a análise do dolo e da culpa. 
 Superveniência de causa independente 
 § 1º - A superveniência de causa relativamente 
independente exclui a imputação quando, por si só, 
produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, 
imputam-se a quem os praticou. (Teoria da causalidade 
adequada) 
 Relevância da omissão 
 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o 
omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O 
dever de agir incumbe a quem: (Crime omissivo impróprio ou 
comissivo por omissão) 
 a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou 
vigilância; 
 b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de 
impedir o resultado; 
 c) com seu comportamento anterior, criou o risco da 
ocorrência do resultado. 
 
 Art. 14 - Diz-se o crime: 
 Crime consumado 
 I - consumado, quando nele se reúnem todos os 
elementos de sua definição legal; 
 Tentativa 
 II - tentado, quando, iniciadaa execução, não se 
consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
agente. (Conatus) 
 Pena de tentativa 
 Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, 
pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime 
consumado, diminuída de 1/3 a 2/3 (um a dois terços). 
Infrações que não admitem a tentativa: 
- Contravenções penais 
- Crimes culposos 
- Crimes preterdolosos 
- Crimes unissubsistentes 
- Crimes omissivos próprios 
- Crimes condicionados 
- Crimes habituais 
- Crimes de atentado 
 
 Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
 Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de 
prosseguir na execução ou impede que o resultado se 
produza, só responde pelos atos já praticados 
 
 Arrependimento posterior 
 Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou 
grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída 
a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por 
ato voluntário do agente, a pena será reduzida de 1/3 a 
2/3 (um a dois terços). 
 
 Crime impossível 
 Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por 
ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade 
do objeto, é impossível consumar-se o crime. 
STF: Súmula 145 - Não há crime, quando a preparação do 
flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. 
STJ: Súmula 567 - Sistema de vigilância realizado por 
monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no 
interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna 
impossível a configuração do crime de furto. 
 
 Art. 18 - Diz-se o crime: 
 Crime doloso 
 I - doloso, quando o agente quis o resultado (Dolo 
direto) ou assumiu o risco de produzi-lo (Dolo eventual). 
 Crime culposo 
 II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado 
por imprudência, negligência ou imperícia. 
Imprudência – Atitude realizada sem a devida ponderação, de 
forma perigosa e precipitada; 
Negligência – Ausência de precaução. Deixar de fazer algo 
imposto; 
Imperícia – Conduta realizada com inaptidão para o exercício de 
arte ou profissão. 
 Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, 
ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, 
senão quando o pratica dolosamente. 
Princípio da excepcionalidade do tipo culposo: Os tipos 
penais culposos devem ser previstos de forma expressa. 
 
 Agravação pelo resultado 
 Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a 
pena, só responde o agente que o houver causado ao 
menos culposamente. 
 
 Erro sobre elementos do tipo 
Decreto-Lei nº 2.848 / 1940 
Código Penal 
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ID: 
 Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo 
legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por 
crime culposo, se previsto em lei. 
O erro sobre elementos do tipo, conhecido como Erro de Tipo 
Essencial, é a representação errônea da realidade. O agente 
acredita não estar presente um dos elementos essenciais que 
compõem o tipo penal. 
ERRO DE TIPO ESSENCIAL 
Escusável ou Inevitável: 
Exclui o dolo e a culpa 
Inescusável ou Evitável: 
Exclui o dolo, mas permite a 
punição por crime culposo, a 
título de culpa imprópria. 
 
 Descriminantes putativas (Erro de tipo permissivo) 
 § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente 
justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato 
que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há 
isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é 
punível como crime culposo 
 
 Erro determinado por terceiro 
 § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina 
o erro. 
 
 Erro sobre a pessoa (Error in persona) 
 § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é 
praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste 
caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da 
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 
 
 Erro sobre a ilicitude do fato (Erro de proibição) 
 Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O 
erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de 
pena; se evitável, poderá diminuí-la de 1/6 a 1/3 (um 
sexto a um terço). 
 Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o 
agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do 
fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou 
atingir essa consciência. 
 
 Coação irresistível e obediência hierárquica 
 Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível 
ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente 
ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da 
coação ou da ordem 
 
 Exclusão de ilicitude 
 Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o 
fato: 
 I - em estado de necessidade; 
 II - em legítima defesa 
 III - em estrito cumprimento de dever legal ou no 
exercício regular de direito 
 Excesso punível 
 Parágrafo único - O agente, em qualquer das 
hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso 
ou culposo 
 
 Estado de necessidade 
 Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade 
quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não 
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo 
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas 
circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
 § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem 
tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
 § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do 
direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de 1/3 a 
2/3 (um a dois terços). 
 
 Legítima defesa 
 Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, 
usando moderadamente dos meios necessários, repele 
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de 
outrem. 
Parágrafo único. Observados os requisitos 
previstos no caput deste artigo, considera-se também em 
legítima defesa o agente de segurança pública que 
repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida 
refém durante a prática de crimes. (2019) 
 
TÍTULO III 
DA IMPUTABILIDADE PENAL 
 Inimputáveis 
 Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença 
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato 
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
(Critério biopsicológico) 
 Redução de pena 
 Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de 1/3 a 
2/3 (um a dois terços), se o agente, em virtude de 
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento 
mental incompleto ou retardado não era inteiramente 
capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento 
 
 Menores de dezoito anos 
 Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são 
penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas 
estabelecidas na legislação especial. (Critério biológico) 
 
 Emoção e paixão 
 Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
 I - a emoção ou a paixão; 
 Embriaguez 
 II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool 
ou substância de efeitos análogos 
 § 1º - É isento de pena o agente que, por 
embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou 
força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato 
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento 
 § 2º - A pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3 (um a 
dois terços), se o agente, por embriaguez, proveniente de 
caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da 
ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o 
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento. 
EMBRIAGUEZ 
• VOLUNTÁRIA 
(Dolosa ou Culposa) 
Imputável 
• PREORDENADA Imputável/ Agravante 
• ACIDENTAL Completa: Inimputável 
Parcial: Imputável / Diminuição 
de pena 
• PATOLÓGICA Comparável à doença mental, 
podendo excluir a imputabilidade. 
 
TÍTULO IV 
DO CONCURSO DE PESSOAS 
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13 
ID: 
 Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o 
crime incide nas penas a este cominadas, na medida de 
sua culpabilidade. 
 § 1º - Se a participação for de menor importância, a 
pena pode ser diminuída de 1/6 a 1/3 (um sexto a um 
terço). 
A minorante de 1/6 a 1/3 aplica-se somente ao partícipe, que 
não realiza diretamente a conduta típica nem possui o domínio 
final do fato. O partícipe concorre para o crime induzindo, 
instigando ou auxiliando o autor. 
 § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de 
crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa 
pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido 
previsível o resultado mais grave. (Cooperação dolosamente 
distinta) 
 
 Circunstâncias incomunicáveis 
 Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as 
condições de caráter pessoal, salvo quando elementares 
do crime. 
ELEMENTARES - essentialia delicti: Constituem o tipo 
penal, os elementos constitutivos do crime. São comunicáveis. 
CIRCUNSTÂNCIAS - accidentalia delicti: são acessórios ao 
crime, dispensáveis para a configuração da figura típica. 
 -- Objetivas: São comunicáveis, quando houver 
conhecimento do outro agente 
 -- Subjetivas: São incomunicáveis, exceto quando 
elementares e de conhecimento do outro agente. 
 
 Casos de impunibilidade 
 Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o 
auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são 
puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser 
tentado. 
 
 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
 
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas 
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio 
ambiente, e dá outras providências. 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º (Vetado) 
 
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a 
prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a 
estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem 
como o diretor, o administrador, o membro de conselho e 
de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou 
mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta 
criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, 
quando podia agir para evitá-la. 
 
Art. 3º As pessoas jurídicas serão 
responsabilizadas administrativa, civil e penalmente 
conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a 
infração seja cometida por decisão de seu representante 
legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no 
interesse ou benefício da sua entidade. 
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas 
jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-
autoras ou partícipes do mesmo fato. 
 
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa 
jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao 
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio 
ambiente. 
Instituto da desconsideração da personalidade jurídica - 
“disregard of legal entity”. Previsão Legal no art. 50 do Código 
Civil. 
Art. 5º (Vetado) 
 
CAPÍTULO II 
DA APLICAÇÃO DA PENA 
Art. 6º Para imposição e gradação da 
penalidade, a autoridade competente observará: 
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos 
da infração e suas consequências para a saúde pública e 
para o meio ambiente; 
II - os antecedentes do infrator quanto ao 
cumprimento da legislação de interesse ambiental; 
III - a situação econômica do infrator, no caso de 
multa. 
 
Art. 7º As penas restritivas de direitos são 
autônomas e substituem as privativas de liberdade 
quando: 
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a 
pena privativa de liberdade inferior a 4 (quatro) anos; 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta 
social e a personalidade do condenado, bem como os 
motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a 
Lei nº 9.605 / 1998 
Crimes Contra o Meio Ambiente 
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14 
ID: 
substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e 
prevenção do crime. 
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a 
que se refere este artigo terão a mesma duração da pena 
privativa de liberdade substituída. 
Art. 8º As penas restritivas de direito são: 
I - prestação de serviços à comunidade; 
II - interdição temporária de direitos; 
III - suspensão parcial ou total de atividades; 
IV - prestação pecuniária; 
V - recolhimento domiciliar. 
 
Art. 9º A prestação de serviços à comunidade 
consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas 
junto a parques e jardins públicos e unidades de 
conservação, e, no caso de dano da coisa particular, 
pública ou tombada, na restauração desta, se possível. 
 
Art. 10. As penas de interdição temporária de 
direito são a proibição de o condenado contratar com o 
Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer 
outros benefícios, bem como de participar de licitações, 
pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e 
de três anos, no de crimes culposos. 
 
Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada 
quando estas não estiverem obedecendo às prescrições 
legais. 
 
Art. 12. A prestação pecuniária consiste no 
pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou 
privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, 
não inferior a um salário mínimo nem superior a trezentos 
e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido 
do montante de eventual reparação civil a que for 
condenado o infrator. 
 
Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na 
autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, 
que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou 
exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido 
nos dias e horários de folga em residência ou em 
qualquer local destinado a sua moradia habitual, conforme 
estabelecido na sentença condenatória. 
 
Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena: 
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do 
agente; 
II - arrependimento do infrator, manifestado pela 
espontânea reparação do dano, ou limitação significativa 
da degradação ambiental causada; 
III - comunicação prévia pelo agente do perigo 
iminente de degradação ambiental; 
IV - colaboração com os agentes encarregados da 
vigilância e do controle ambiental. 
 
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, 
quando não constituem ou qualificam o crime: 
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental; 
II - ter o agente cometido a infração: 
a) para obter vantagem pecuniária; 
b) coagindo outrem para a execução material da 
infração; 
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira 
grave, a saúde pública ou o meio ambiente; 
d) concorrendo para danos à propriedade alheia; 
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou 
áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime 
especial de uso; 
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer 
assentamentos humanos; 
g) em período de defeso à fauna; 
h) em domingos ou feriados; 
i) à noite; 
j) em épocas de seca ou inundações; 
l) no interior do espaço territorial especialmente 
protegido; 
m) com oemprego de métodos cruéis para abate 
ou captura de animais; 
n) mediante fraude ou abuso de confiança; 
o) mediante abuso do direito de licença, permissão 
ou autorização ambiental; 
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou 
parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por 
incentivos fiscais; 
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em 
relatórios oficiais das autoridades competentes; 
r) facilitada por funcionário público no exercício de 
suas funções. 
 
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a 
suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos 
casos de condenação a pena privativa de liberdade não 
superior a 3 (três) anos. 
 
Art. 17. A verificação da reparação a que se refere 
o § 2º do art. 78 do Código Penal será feita mediante 
laudo de reparação do dano ambiental, e as condições a 
serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a 
proteção ao meio ambiente. 
 
Art. 18. A multa será calculada segundo os 
critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda 
que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até 
3 (três) vezes, tendo em vista o valor da vantagem 
econômica auferida. 
 
Art. 19. A perícia de constatação do dano 
ambiental, sempre que possível, fixará o montante do 
prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e 
cálculo de multa. 
Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito 
civil ou no juízo cível poderá ser aproveitada no processo 
penal, instaurando-se o contraditório. 
 
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre 
que possível, fixará o valor mínimo para reparação dos 
danos causados pela infração, considerando os prejuízos 
sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente. 
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença 
condenatória, a execução poderá efetuar-se pelo valor 
fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação 
para apuração do dano efetivamente sofrido. 
 
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa 
ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com 
o disposto no art. 3º, são: 
I - multa; 
II - restritivas de direitos; 
III - prestação de serviços à comunidade. 
 
Art. 22. As penas restritivas de direitos da 
pessoa jurídica são: 
I - suspensão parcial ou total de atividades; 
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ID: 
II - interdição temporária de estabelecimento, obra 
ou atividade; 
III - proibição de contratar com o Poder Público, 
bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. 
§ 1º A suspensão de atividades será aplicada 
quando estas não estiverem obedecendo às disposições 
legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio 
ambiente. 
§ 2º A interdição será aplicada quando o 
estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando 
sem a devida autorização, ou em desacordo com a 
concedida, ou com violação de disposição legal ou 
regulamentar. 
§ 3º A proibição de contratar com o Poder 
Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações 
não poderá exceder o prazo de 10 (dez) anos. 
 
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade 
pela pessoa jurídica consistirá em: 
I - custeio de programas e de projetos ambientais; 
II - execução de obras de recuperação de áreas 
degradadas; 
III - manutenção de espaços públicos; 
IV - contribuições a entidades ambientais ou 
culturais públicas. 
 
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, 
preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou 
ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá 
decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será 
considerado instrumento do crime e como tal perdido em 
favor do Fundo Penitenciário Nacional. 
 
CAPÍTULO III 
DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO 
DE INFRAÇÃO 
ADMINISTRATIVA OU DE CRIME 
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos 
seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos 
autos. 
§ 1o Os animais serão prioritariamente libertados 
em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não 
recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins 
zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para 
guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos 
habilitados. 
§ 2o Até que os animais sejam entregues às 
instituições mencionadas no § 1o deste artigo, o órgão 
autuante zelará para que eles sejam mantidos em 
condições adequadas de acondicionamento e transporte 
que garantam o seu bem-estar físico. 
§ 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou 
madeiras, serão estes avaliados e doados a instituições 
científicas, hospitalares, penais e outras com fins 
beneficentes. 
§ 4° Os produtos e subprodutos da fauna não 
perecíveis serão destruídos ou doados a instituições 
científicas, culturais ou educacionais. 
§ 5º Os instrumentos utilizados na prática da 
infração serão vendidos, garantida a sua 
descaracterização por meio da reciclagem. 
 
CAPÍTULO IV 
DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL 
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a 
ação penal é pública incondicionada. 
Parágrafo único. (Vetado) 
 
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor 
potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de 
pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da 
Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá 
ser formulada desde que tenha havido a prévia 
composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da 
mesma lei, salvo em caso de comprovada 
impossibilidade. 
As infrações penais de menor potencial ofensivo são as que 
possuem pena máxima de até 2 anos, cumulada ou não com 
multa. 
 
Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, 
de 26 de setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de 
menor potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as 
seguintes modificações: 
I - a declaração de extinção de punibilidade, de 
que trata o § 5° do artigo referido no caput, dependerá de 
laudo de constatação de reparação do dano ambiental, 
ressalvada a impossibilidade prevista no inciso I do § 1° 
do mesmo artigo; 
II - na hipótese de o laudo de constatação 
comprovar não ter sido completa a reparação, o prazo de 
suspensão do processo será prorrogado, até o período 
máximo previsto no artigo referido no caput, acrescido de 
mais um ano, com suspensão do prazo da prescrição; 
III - no período de prorrogação, não se aplicarão as 
condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo 
mencionado no caput; 
IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à 
lavratura de novo laudo de constatação de reparação do 
dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser 
novamente prorrogado o período de suspensão, até o 
máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o 
disposto no inciso III; 
V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a 
declaração de extinção de punibilidade dependerá de 
laudo de constatação que comprove ter o acusado 
tomado as providências necessárias à reparação integral 
do dano. 
 
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL 
PÚBLICA. DANO AMBIENTAL. IMPRESCRITIBILIDADE DA 
AÇÃO. ACEITAÇÃO DE MEDIDA REPARATÓRIA. 
REVOLVIMENTO DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. 
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. CONTROVÉRSIA NÃO 
DESLINDADA PELA ORIGEM. AUSÊNCIA DE 
PREQUESTIONAMENTO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. 
INEXISTÊNCIA DE IDENTIDADE FÁTICA E JURÍDICA. DA 
IMPOSSIBILIDADE DE INOVAÇÃO DE FUNDAMENTOS QUE 
NÃO FORAM OBJETO DE ANÁLISE PELA CORTE A QUO. 
[...] 2. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que as 
infrações ao meio ambiente são de caráter continuado, motivo 
pelo qual as ações de pretensão de cessação dos danos 
ambientais são imprescritíveis. 
[...] 
STJ, AgRg no REsp 1421163/SP, Rel. Min. Humberto Martins, 
j. 06.11.2014, 2ª Turma, DJe 17.11.2014. 
 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE 
Seção I 
Dos Crimes contra a Fauna 
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar 
espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota 
migratória, sem a devida permissão, licença ou 
autorização da autoridade competente, ou emdesacordo 
com a obtida: 
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. 
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ID: 
§ 1º Incorre nas mesmas penas: 
I - quem impede a procriação da fauna, sem 
licença, autorização ou em desacordo com a obtida; 
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo 
ou criadouro natural; 
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou 
adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou 
transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, 
nativa ou em rota migratória, bem como produtos e 
objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não 
autorizados ou sem a devida permissão, licença ou 
autorização da autoridade competente. 
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie 
silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o 
juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a 
pena. 
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos 
aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e 
quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham 
todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos 
limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais 
brasileiras. 
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é 
praticado: 
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada 
de extinção, ainda que somente no local da infração; 
II - em período proibido à caça; 
III - durante a noite; 
IV - com abuso de licença; 
V - em unidade de conservação; 
VI - com emprego de métodos ou instrumentos 
capazes de provocar destruição em massa. 
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime 
decorre do exercício de caça profissional. 
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam 
aos atos de pesca. 
 
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de 
anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da 
autoridade ambiental competente: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem 
parecer técnico oficial favorável e licença expedida por 
autoridade competente: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou 
mutilar animais silvestres, domésticos ou 
domesticados, nativos ou exóticos: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza 
experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que 
para fins didáticos ou científicos, quando existirem 
recursos alternativos. 
§ 2º A pena é aumentada de 1/6 a 1/3 (um sexto a 
um terço), se ocorre morte do animal. 
 
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou 
carreamento de materiais, o perecimento de espécimes 
da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, 
lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras: 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou 
ambas cumulativamente. 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas: 
I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou 
estações de aquicultura de domínio público; 
II - quem explora campos naturais de 
invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão 
ou autorização da autoridade competente; 
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos 
de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou 
corais, devidamente demarcados em carta náutica. 
 
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja 
proibida ou em lugares interditados por órgão 
competente: 
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, 
ou ambas as penas cumulativamente. 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: 
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou 
espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; 
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou 
mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e 
métodos não permitidos; 
III - transporta, comercializa, beneficia ou 
industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e 
pesca proibidas. 
CRIME AMBIENTAL. PESCA EM LOCAL PROIBIDO. 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. AUSÊNCIA DE DANO 
EFETIVO AO MEIO AMBIENTE. ATIPICIDADE MATERIAL DA 
CONDUTA. 
Não se configura o crime previsto no art. 34 da Lei n. 9.605/1998 
na hipótese em h́ a devolução do único peixe – ainda vivo – ao 
rio em que foi pescado. 
REsp 1.409.051-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, por unanimidade, 
julgado em 20/4/2017, DJe 28/4/2017. Informativo STJ 602. 
 
Art. 35. Pescar mediante a utilização de: 
I - explosivos ou substâncias que, em contato 
com a água, produzam efeito semelhante; 
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido 
pela autoridade competente: 
Pena - reclusão de um ano a cinco anos. 
 
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se 
pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, 
apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, 
crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou 
não de aproveitamento econômico, ressalvadas as 
espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas 
oficiais da fauna e da flora. 
 
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando 
realizado: 
I - em estado de necessidade, para saciar a fome 
do agente ou de sua família; 
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da 
ação predatória ou destruidora de animais, desde que 
legal e expressamente autorizado pela autoridade 
competente; 
III – (Vetado) 
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim 
caracterizado pelo órgão competente. 
 
Seção II 
Dos Crimes contra a Flora 
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada 
de preservação permanente, mesmo que em formação, 
ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou 
ambas as penas cumulativamente. 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena 
será reduzida à metade. 
 
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ID: 
Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação 
primária ou secundária, em estágio avançado ou médio 
de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la 
com infringência das normas de proteção: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou 
multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena 
será reduzida à metade. 
 
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de 
preservação permanente, sem permissão da autoridade 
competente: 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou 
ambas as penas cumulativamente. 
 
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às 
Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 
27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, 
independentemente de sua localização: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de 
Proteção Integral as Estações Ecológicas, as Reservas 
Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos 
Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. 
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies 
ameaçadas de extinção no interior das Unidades de 
Conservação de Proteção Integral será considerada 
circunstância agravante para a fixação da pena. 
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida 
à metade. 
 
Art. 40-A. (Vetado) 
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de 
Uso Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental, as 
Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas 
Nacionais, as Reservas Extrativistas, as Reservas de 
Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as 
Reservas Particulares do Patrimônio Natural. 
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies 
ameaçadas de extinção no interior das Unidades de 
Conservação de Uso Sustentável será considerada 
circunstância agravante para a fixação da pena. 
§ 3o Se o crime for culposo, a pena será reduzida 
à metade. 
 
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta: 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa. 
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de 
detenção de seis meses a um ano, e multa.Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar 
balões que possam provocar incêndios nas florestas e 
demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou 
qualquer tipo de assentamento humano: 
Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou 
ambas as penas cumulativamente. 
 
Art. 43. (Vetado) 
 
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou 
consideradas de preservação permanente, sem prévia 
autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de 
minerais: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e 
multa. 
 
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira 
de lei, assim classificada por ato do Poder Público, para 
fins industriais, energéticos ou para qualquer outra 
exploração, econômica ou não, em desacordo com as 
determinações legais: 
Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa. 
 
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais 
ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos 
de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do 
vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem 
munir-se da via que deverá acompanhar o produto até 
final beneficiamento: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e 
multa. 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem 
vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou 
guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de 
origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da 
viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade 
competente. 
 
Art. 47. (Vetado) 
 
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural 
de florestas e demais formas de vegetação: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e 
multa. 
 
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por 
qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de 
logradouros públicos ou em propriedade privada alheia: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou 
multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de 
um a seis meses, ou multa. 
 
 
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou 
plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de 
mangues, objeto de especial preservação: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou 
degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de 
domínio público ou devolutas, sem autorização do 
órgão competente 
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e 
multa. 
§ 1o Não é crime a conduta praticada quando 
necessária à subsistência imediata pessoal do agente ou 
de sua família. 
§ 2o Se a área explorada for superior a 1.000 ha 
(mil hectares), a pena será aumentada de 1 (um) ano por 
milhar de hectare. 
 
Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em 
florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença 
ou registro da autoridade competente: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação 
conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para 
caça ou para exploração de produtos ou subprodutos 
florestais, sem licença da autoridade competente: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e 
multa. 
 
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ID: 
Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena 
é aumentada de 1/6 a 1/3 (um sexto a um terço) se: 
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a 
erosão do solo ou a modificação do regime climático; 
II - o crime é cometido: 
a) no período de queda das sementes; 
b) no período de formação de vegetações; 
c) contra espécies raras ou ameaçadas de 
extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da 
infração; 
d) em época de seca ou inundação; 
e) durante a noite, em domingo ou feriado. 
 
Seção III 
Da Poluição e outros Crimes Ambientais 
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em 
níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à 
saúde humana, ou que provoquem a mortandade de 
animais ou a destruição significativa da flora: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1º Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e 
multa. 
§ 2º Se o crime: 
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para 
a ocupação humana; 
II - causar poluição atmosférica que provoque a 
retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das 
áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da 
população; 
III - causar poluição hídrica que torne necessária a 
interrupção do abastecimento público de água de uma 
comunidade; 
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; 
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, 
líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias 
oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas 
em leis ou regulamentos: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no 
parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o 
exigir a autoridade competente, medidas de precaução 
em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível. 
 
Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de 
recursos minerais sem a competente autorização, 
permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com 
a obtida: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e 
multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem 
deixa de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos 
termos da autorização, permissão, licença, concessão ou 
determinação do órgão competente. 
 
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, 
exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, 
guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância 
tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao 
meio ambiente, em desacordo com as exigências 
estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: 
I - abandona os produtos ou substâncias referidos 
no caput ou os utiliza em desacordo com as normas 
ambientais ou de segurança; 
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, 
transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação final a 
resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em 
lei ou regulamento. 
§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou 
radioativa, a pena é aumentada de um sexto a um terço. 
§ 3º Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e 
multa. 
CRIME AMBIENTAL. TRANSPORTE DE PRODUTOS 
TÓXICOS, NOCIVOS OU PERIGOSOS. ART. 56, CAPUT, DA 
LEI N. 9.605/1998. RESOLUÇÃO DA ANTT N. 420/2004. 
CRIME DE PERIGO ABSTRATO. PERÍCIA. 
PRESCINDIBILIDADE. 
O crime previsto no art. 56, caput da Lei n. 9.605/1998 é de 
perigo abstrato, sendo dispensável a produção de prova pericial 
para atestar a nocividade ou a periculosidade dos produtos 
transportados, bastando que estes estejam elencados na 
Resolução n. 420/2004 da ANTT. 
REsp 1.439.150-RS, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, por unanimidade, 
julgado em 05/10/2017, DJe 16/10/2017. Informativo STJ 613. 
 
Art. 57. (Vetado) 
 
Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, 
as penas serão aumentadas: 
I – de 1/6 a 1/3 (um sexto a um terço), se resulta 
dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral; 
II - de 1/3 (um terço) até a metade, se resulta 
lesão corporal de natureza grave em outrem; 
III - até o dobro, se resultar a morte de outrem. 
Parágrafo único. As penalidades previstas neste 
artigo somente serão aplicadas se do fato não resultar 
crime mais grave. 
 
Art. 59. (Vetado) 
 
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou 
fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, 
estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente 
poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos 
ambientais competentes, ou contrariando as normas 
legais e regulamentares pertinentes: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, 
ou ambas as penas cumulativamente. 
 
Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies 
que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à 
fauna, à flora ou aos

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