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Caso concreto 12 / 13/ 14 / 15

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 40ª VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE CURITIBA/PR 
 
 
 
Processos: xxx 
 
 
 
LEONARDO, já devidamente qualificado nos autos, por intermédio de seu 
advogado adiante assinado(procuração em anexo), com endereço profissional sito á 
Rua xxx, Bairro xxx, na Cidade xxx, Estado xxx, CEP xxx, nos autos da Ação 
indenizatória movida em face de GUSTAVO, já qualificado nos autos, 
inconformado com a respeitável sentença de fls xxx, vem muito respeitosamente 
perante Vossa Excelência interpor 
 
RECURSO DE APELAÇÃO 
 
ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, apresentando as razões em 
anexo, assim como o comprovante de recolhimento das custas relativas ao preparo 
da presente peça recursal. 
 
Diante do exposto, requer ainda seja o presente recurso recebido no duplo 
efeito, com fulcro no artigo 1012, caput do CPC, remetendo os autos à Superior 
Instância. 
 
 
 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Curitiba XXX, Data XXX 
Advogado XXX 
OAB/UF XXX 
 
 
 
AO EXCELENTISSÍMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ 
 
 
RAZÕES DA APELAÇÃO 
 
 
APELANTE: LEONARDO 
APELADO: GUSTAVO 
AÇÃO: INDENIZATÓRIA 
PROCESSO Nº: ... 
 
 Merece anulação e reforma da respeitável sentença proferida pelo juiz de 
primeiro grau, pelas razões de fato e direito a seguir expostas. 
 
 
I- DA TEMPESTIVIDADE 
 
Em cumprimento ao ordenamento brasileiro e ao Código De Processo Civil, 
verifica-se que as alegações em questão devem ser consideradas tempestivas, pois foram 
interpostas dentro do prazo de 15 (quinze) dias conforme determina o art. 1003 §5° do 
CPC. 
 
II – DO CABIMENTO 
 
O art. 1009 do Código de Processo Civil Brasileiro estabelece que da sentença 
caberá o recurso de apelação se a decisão a seu respeito não comportar agravo de 
instrumento. Desta forma com base no caso em apreço o único instrumento processual 
cabível é a propositura do recurso em tela. 
 
III – BREVE SÍNTESE FÁTICA 
 
 Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, ação com 
pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter sido atacado 
pelo cão pastor alemão de propriedade do vizinho. 
 
Segundo relato do autor, o animal, que estava desamarrado dentro do 
quintal de Leonardo, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em 
consequência do ocorrido, Gustavo alegou ter gasto R$ 3 mil em atendimento 
hospitalar e R$ 2 mil em medicamentos. 
 
Os gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fiscais 
emitidas pelo hospital em que Gustavo fora atendido, entretanto este não 
apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, 
alegando ter-se esquecido de pegá-los na farmácia. 
Leonardo, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o 
ataque ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. 
Alegou, ainda, que, ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado na 
indenização o valor gasto com medicamentos. 
 
Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas 
ouvidas declararam que a mureta da casa de Leonardo media cerca de um metro e 
vinte centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento 
lesivo. 
O juiz da 40.ª Vara Cível de Curitiba proferiu sentença condenando 
Leonardo a indenizar Gustavo pelos danos materiais, no valor de R$ 5 mil, sob o 
argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por 
considerar razoável a quantia que o autor alegara ter gasto com medicamentos. 
 
Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do 
fato, Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6 mil. 
 
IV - DOS FUNDAMENTOS 
 
IV.I – Da Nulidade da Sentença 
 
Inicialmente, cabe salientar que o magistrado, ao proferir a sua sentença, além de 
condenar o apelante ao pagamento de indenização por danos materiais ao apelado, no 
valor total de R$ 5.000,00, também o condenou ao pagamento de indenização por danos 
morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, no valor de R$ 6.000,00. 
Ocorre que em nenhum momento o apelado pleiteou dano moral ao apelante, 
sendo assim, essa parte da sentença extra petita, uma vez que o juiz concedeu algo 
distinto do pedido formulado na inicial pelo apelado, isto é, o dano moral em momento 
algum foi pleiteado pelo apelado em sua exordial. 
 
IV.II – Do Nexo de Causalidade 
 
Ademais, cabe esclarecer que o animal do apelante apenas avançou no 
apelado, causando as lesões que este alega ter sofrido, uma vez que o mesmo 
jogava pedra no animal, tratando-se assim de culpa exclusiva da vítima conforme 
preceitua o artigo 936, do CC/02, que dispõe que “o dono, ou o detentor, do animal 
ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”. 
 
Alega ainda o apelado que, em face do ocorrido, gastou R$ 3.000,00 
em atendimento hospitalar e R$ 2.000,00 em medicamentos, porém, os gastos com 
medicamentos não foram comprovados através de notas fiscais, alegando tê-los 
esquecido de pegá-los na farmácia, sendo assim não há a sua comprovação desses 
gastos, não há que se falar em indenização dos mesmos. 
 
 
V - DOS PEDIDOS 
 
 
 Diante do todo acima exposto requer a este Egrégio Tribunal 
 
a) a intimação do Apelado para, querendo oferecer suas contrarrazões; 
b) seja conheciso o recurso interposto e lhe dê seu provimento no sentido de 
reformar a sentença proferida pela magistrado de primeiro grau, para julgar improcedente 
o pedido de indenização pelos danos materiais, recolhecendo assim culpa exclusiva da 
vítima, e anular a setença que condeu o apelante ao pagamento de danos morais uma vez 
que tal pedido não foi formulado em sua petição inicial; 
c) por fim, a condenação ao apelado pelo pagamento das custas processuais 
e honorários sucumbênciais. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Curitiba xxx, Data xxx 
Advogado XXX 
OAB/UF xxx

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