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2020321_174522_2020 I Sem - Aula 1

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TEORIA DA 
CONTABILIDADE
Milton Campos
Aula 1
OBJETIVOS CONTABILIDADE
(IUDÍCIBUS)
Fornecer aos usuários, 
independentemente de sua 
natureza, um conjunto básico 
de informações que, 
presumivelmente, deveria 
atender igualmente bem a 
todos os tipos de usuários.
Deveria ser capaz e responsável 
pela apresentação de cadastros 
de informações totalmente 
diferenciados, para cada tipo de 
usuário.
X
OBJETIVOS CONTABILIDADE
(IUDÍCIBUS)
1. Utilização de Forma Flexível
2. De acordo com a ênfase de 
cada usuário
3. De acordo com os princípios 
de avalição adequado a cada 
usuário
Arquivo Básico Contábil
OBJETIVOS CONTABILIDADE
(IUDÍCIBUS)
BASE: TOMADA DECISÃO 
USUÁRIO
Estudo profundo do modelo decisório de cada tipo de tomador de decisão 
que se utiliza de dados contábeis:
(a) Estabelecer claramente qual a função-objetivo que desejamos maximizar;
(b) Coletar e avaliar o tipo de informação utilizada no passado para 
maximizar a função
(c) Prover o modelo preditivo que irá suprir o modelo decisório pra a 
maximização da função objetivo
AICPA 
( AMERICAN INSTITUTE OF CERTIFIED 
PUBLIC ACCOUNTANTS )
“ a função fundamental da contabilidade (...) tem permanecido 
inalterada desde seus primórdios. Sua finalidade é prover os usuários 
dos demonstrativos financeiros com informações que os ajudarão a 
tomar decisões. Sem dúvida, tem havido mudanças substanciais nos 
tipos de usuários e nas forma de informação que têm procurado. 
Todavia, esta função dos demonstrativos financeiros é fundamental e 
profunda. O objetivo básico dos demonstrativos financeiros é prover 
informação útil para a tomada de decisões econômicos”.
CPC 00 (R1)
O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é
fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que
reporta essa informação (reporting entity) que sejam úteis a
investidores existentes e em potencial, a credores por empréstimos
e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao
fornecimento de recursos para a entidade. Essas decisões envolvem
comprar, vender ou manter participações em instrumentos
patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou
disponibilizar empréstimos ou outras formas de crédito.
TOMADORES DE DECISÃO
Somente um tomador x vários enfoques
Diversos Tomadores x Diversos enfoques
USUÁRIOS X TIPO DE 
INFORMAÇÃO
Usuário da Informação Contábil Meta que Desejaria Maximizar ou Tipo de Informação
mais Importantes
Acionista Minoritário Fluxo regular de dividendos
Acionista Majoritário ou com 
grande participação
Fluxo de dividendos, valor de mercado de ação, lucro 
por ação
Acionista preferencial Fluxo de dividendos mínimos ou fixos.
Emprestadores em geral Geração de fluxos de caixa futuros suficientes para 
receber de volta o capital mais os juros, com 
segurança.
Entidades Governamentais Valor adicionado, produtividade, lucro tributável.
Empregados em geral, como 
assalariados
Fluxo de caixa futuro capaz de assegurar bons 
aumentos ou manutenção de salários, com segurança; 
liquidez.
Média a alta Administração Retorno sobre o ativo, retorno sobre o patrimônio
líquido situação de liquidez e endividamento 
confortáveis.
Fonte: Iudícibus, 2017
MAXIMIZAÇÃO DO FLUXO DE 
CAIXA
A maioria dos usuários estão preocupados com a maximização do 
fluxo de caixa, seja para garantir retorno do investimento, 
pagamento de dividendos, garantia de pagamento de empréstimos, 
dentre outros.
DFC x obrigatoriedade (Lei das S/A´s)
CONTADOR X USUÁRIOS
Governo
(Arrecadação)
Funcionários
(Salários + 
Benefícios)
Bancos
(Empréstimos e 
Financiamentos)
Sócios 
(Retorno 
Investimento)
Administradores
(Salários + 
Benefícios)
Clientes
(Produtos e 
Serviços de 
Qualidade)
Fornecedores
(Vendas de 
Insumos)
Contabilidade
Ferramenta Hábil para 
apaziguar os conflitos
ABORDAGENS DA TEORIA DA 
CONTABILIDADE
São várias as abordagens, não podendo nos ater a uma ou outra 
especificamente. Temos de analisar os aspectos de cada uma de 
forma a utilizar o que é necessário para a contabilidade atingir seu 
objetivo.
ABORDAGEM ÉTICA
A contabilidade deveria apresentar-se como justa e não enviesada 
para todos os interessados. Deveria repousar nas noções de verdade 
e fairness. Ao mesmo tempo em que todos concordam que a 
Contabilidade deveria ser “verdadeira”, “justa” e “não enviesada”, é 
muito difícil, como afirma Hendriksen, definir, objetivamente, o que 
vem a ser “justo”, “verdadeiro” ou “não enviesado”.
ABORDAGEM ÉTICA
O que é justo ?
a. Custo Histórico – Objetivos
b. Custo de reposição dos fatores de produção
c. Acréscimos nos valores do inventário pelo estocagem antecipada
ABORDAGEM ÉTICA
PROBLEMA
Tendência a não valorar a necessidade de cada usuário, pretendendo 
apresentar um único conjunto de informações que deveria ser 
“justo” para todos. Isto, no estágio atual, é praticamente inviável.
Justo e não enviesado
ABORDAGEM 
COMPORTAMENTAL
As informações contábeis deveriam ser feitas “sob medida”, de 
forma que os usuários reagissem para tomar a decisão correta . 
Campos Psicologia, Sociologia e Economia
Ênfase maior na forma pela qual os relatórios contábeis são 
utilizados mais do que ao desenvolvimento lógico dos 
demonstrativos.
Melhor um procedimento empírico que leve a decisões corretas do 
que um procedimento contábil conceitualmente correto que possa 
levar a uma decisão ou a um comportamento inadequado.
ABORDAGEM 
COMPORTAMENTAL
PROBLEMA
Julgamento subjetivo do que é bom ou mau comportamento ou 
reação.
Papel não relevante, embora a tendência pareça ser a de seu uso 
crescente, principalmente na pesquisa
ABORDAGEM 
MACROECONÔMICA
Semelhante à da teoria do comportamento, porém fixa-se em 
objetivos econômicos definidos. 
Utiliza-se do approach da teoria do comportamento para atingir 
determinados fins macroeconômicos.
ABORDAGEM 
MACROECONÔMICA
Período de Recessão
Relatórios elaborados obedecendo a um conjunto de 
princípios que favorecessem uma retomada do processo econômico, 
por meio da distribuição de mais dividendos ou de maiores gastos 
de capital. 
Período de Expansão Exagerada (Inflação)
Relatórios elaborados obedecendo a um conjunto de 
princípios que desfavorecessem o investimento.
ABORDAGEM SOCIOLÓGICA
A contabilidade é julgada por seus efeitos no campo sociológico. É 
uma abordagem do tipo “bem estar social” (Welfare), no sentido 
que os procedimentos contábeis e os relatórios emanados da 
contabilidade deveriam atender a finalidades sociais mais amplas, 
inclusive relatar adequadamente ao público informações sobre a 
amplitude e a utilização dos poderes das grandes companhias.
ABORDAGEM SOCIOLÓGICA
Inglaterra
E Grã-Bretanha
Aplicação Parcial
Disclosure de contribuições para 
entidades de caridade e 
organizações políticas.
Variações
- Contabilidade Social: 
evidenciação de níveis de 
emprego, tipos de 
treinamento, demonstração 
do valor adicionado.
- Contabilidade Ambiental
Abordagem Sociológica
Esta abordagem está sendo bastante pesquisada na atualidade, dada a amplitude de
interesses que procura atingir (sindicatos de empregados, governos etc.).
Abarca desde a “accountability” por gastos societários de natureza política até a
Contabilidade Social (Laborial, DVA e Ambiental), e a variante institucional e social (que
vai muito além das motivações puramente técnicas e formais da Contabilidade, para
estudar o caráter simbólico e de legitimação que pode ter, na estrutura social,
influenciando-a e sendo por ela influenciada, principalmente dentro das empresas e em
seu ambiente mais amplo)
Empresa com sistema de 
informação contábil 
avantajado
Passível de ser considerada pela 
sociedade como respeitável e 
digna de confiança
Esta abordagem pode ser conceituada como método
de identificar, mensurar e comunicar informação
econômica, financeira, física e social, a fim de
permitir decisões e julgamentos adequados por
parte dos usuários da informação.
Realça, assim, a noção de relevância, talvez uma
daspoucas formas de delimitar a quantidade e a
qualidade da informação prestada.
Abordagem Sistêmica
Abordagem Sistêmica
Reconhecimento dos tipos 
de informação necessária 
para cada principal usuário 
da informação contábil
X Avaliação da habilidade dos usuários em interpretar a informação 
adequadamente
Usuário X Contabilidade
Quantidade X Qualidade
Raciocínio
Dedução ou Indução
Qualquer que seja a abordagem ou a
composição de abordagem escolhida para a
Contabilidade, poderemos utilizar, no
estabelecimento dos princípios e dos
procedimentos que irão reger a disciplina,
dois tipos de raciocínio: o dedutivo e o
indutivo
A dedução em Contabilidade. É o processo de iniciar com objetivos e
postulados e, destes, derivar princípios lógicos que forneçam as bases para
as aplicações práticas ou concretas e seus passos são os seguintes:
1. a formulação de objetivos gerais ou específicos dos relatórios contábeis;
2. a declaração dos postulados de Contabilidade concernentes ao ambiente
econômico, político ou sociológico no qual a Contabilidade precisa operar;
3. um conjunto de restrições a fim de guiar o processo de raciocínio;
4. uma estrutura, um conjunto de símbolos ou framework (contexto), no qual
as idéias podem ser expressas e sumarizadas;
5. o desenvolvimento de um conjunto de definições;
6. a formulação dos princípios ou declarações gerais de políticas, derivados
do processo lógico; e
7. a aplicação dos princípios a situações específicas e o estabelecimento de
métodos de procedimentos e normas.
Dedução
Se qualquer dos postulados ou premissas
forem falsos, as conclusões também
serão falsas, embora logicamente
deduzidas.
Dedução - Problema
Este processo consiste em obter conclusões
generalizantes a partir de observações e
mensurações parciais detalhadas. Muitas
descobertas no campo da Física e em outras ciências
foram possíveis pelo uso do processo indutivo. Em
contabilidade, por exemplo, a aplicação da indução
seria feita pela observação e análise de informações
financeiras relativas a empresas e entidades.
Indução
Indução ( Influencia da Dedução)
Se pudermos localizar relacionamentos recorrentes,
poderemos realizar generalizações e formular
princípios. Entretanto, algum tipo de raciocínio
dedutivo sempre está implícito no raciocínio
indutivo; pelo menos, no que se refere à escolha do
que observar, está evidenciando noções previamente
concebidas do que é ou não relevante.
Indução
Análise das práticas 
existentes X Generalizações carentes de confirmações pelo método 
dedutivo
Modelos retirados de 
empresas (entidades) 
diferentes
Dificuldade de produzir 
generalizações
Estado da Arte (Segundo Iudícibus)
Em essência, o estado da arte tal qual se encontra hoje
é um “receituário” farmacológico para atender a
determinadas necessidades.
Muitos procedimentos são considerados válidos, por
exemplo, somente porque algumas grandes empresas
(ou países) os utilizam.
Os métodos dedutivo e indutivo são
apresentados como os dois principais na pesquisa
contábil, embora outros possam ser aventados.
Dedução x Indução
Teoria normativa, apoiada mais no dedutivismo, procura, de
forma prescritiva, demonstrar como a contabilidade “deveria
ser”, à luz de seus objetivos e postulados, que são dados e
indiscutíveis.
Teoria positiva, que surgiu na década de 60, procura explorar
o caminho inverso, ou seja, descrever como a contabilidade é,
entender por que é assim e procura prever comportamentos.
Usualmente apoiada no método indutivo, procura estabelecer
hipóteses que devem ser testadas, antes de chegar a
conclusões parciais.
Dedução x Indução
O objetivo principal da Contabilidade é fornecer informação econômica,
física de produtividade e social relevante para que cada usuário possa tomar suas
decisões e realizar seus julgamentos com segurança. Isto exige um conhecimento
do modelo decisório do usuário e, de forma mais simples, é preciso perguntar ao
mesmo, pelo menos, qual é a informação que julga relevante ou metas que deseja
maximizar, a fim de delimitarmos o conjunto de informações pertinentes. Embora
um conjunto básico de informações financeiras consubstanciadas nos relatório
periódicos principais deva satisfazer às necessidades básicas de um bom número
de usuários, a Contabilidade ainda deve ter flexibilidade para fornecer conjuntos
diferenciados para usuários ou decisões especiais. Isto deveria ser possível sem
introduzir traumas no sistema.
Resumo Iudícibus
Uma vez estabelecidos os objetivos, é preciso verificar a metodologia ou
abordagem a ser utilizada. Nossa definição de objetivos, todavia, leva-nos,
seguramente, à abordagem sistêmica, embora tenhamos comentado rapidamente
várias outras que podem ser de interesse para desenvolvimentos futuros ou servir
de base para pesquisas. Todavia, uma apresentação final e formal de uma Teoria
deveria ser colocada sob forma dedutiva. A tentativa mais arrojada nesse sentido
(de Messich) ainda não teve a acolhida esperada, talvez em parte porque o autor
utilizou metodologias quantitativas que não são de domínio corrente dos
contadores. Possivelmente, o trabalho de colocar a disciplina em uma roupagem
totalmente dedutiva é tarefa demasiadamente complexa para ser desenvolvida por
um autor apensas, mas envolveria a participação de vários estudiosos e
pesquisadores.
Resumo Iudícibus
QUEM CRIA A TEORIA?
CRIAÇÃO DA TEORIA X 
ÓRGÃOS NORMATIVOS X 
PROFISSIONAIS
Não são somente os membros do Conselho de Padrões de 
Contabilidade Financeira (Financial Accounting Standards 
Board – Fasb) que são obrigados a teorizar, mas também os 
contadores praticantes que são obrigados, em muitos casos, a 
exercer seu próprio julgamento a respeito de questões 
teóricas.
As autoridades contábeis não tem condições de prever todas 
as situações.
O QUE SÃO ESCOLHAS 
CONTÁBEIS?
DEFINIÇÃO DE ESCOLHAS 
CONTÁBEIS (FASB)
Escolhas contábeis são feitas em pelo menos dois níveis. 
Num nível, são feitas pelo Conselho ou por outros organismos 
com o poder de exigir que as empresas divulguem seus dados de 
determinada maneira, ou, do ponto de vista negativo, de proibir 
um método que os organismos considerem indesejável. (...) 
Também há escolhas feitas no nível da empresa individual. À 
medida que mais padrões de contabilidade são promulgados, o 
campo para a escolha individual torna-se inevitavelmente mais 
limitado. Mas existem atualmente, e sempre existirão, muitas 
decisões contábeis a serem tomadas pelas empresas, que 
envolvem uma escolha entre alternativas para as quais nenhum 
padrão terá sido ainda promulgado, ou uma escolha entre 
maneiras diferentes de aplicar um determinado padrão.
REGULAÇÃO PELOS ÓRGÃOS
Devem os órgãos estabelecer diretrizes mais específicas para evitar 
situações como esta ?
Alguns entendem que o mercado se “autorregularia” mas a maioria 
entende que o caminho é uma regulação por um organismo oficial.
Atualmente podemos constatar esta última corrente na 
uniformização da contabilidade internacional
ENFOQUES (HENDRIKSEN)
Fiscal
Legal
Ético
Econômicos
Comportamental
Estrutural
FISCAL – PONTOS POSITIVOS
Foram importantes para colocar a prática contábil média 
no nível das melhores empresas de sua época. Isto 
produziu um aperfeiçoamento das práticas gerais de 
contabilidade e ajudou a preservar a uniformidade.
Abriu vias de discussão das teorias
FISCAL – PONTOS NEGATIVOS
Qualquer método de depreciação aceitável para fins fiscais 
também é aceito para fins contábeis, independentemente de 
obedecer ou não à boa teoria da contabilidade na situação 
envolvida.
O método Ueps deverá ser utilizado para fins de divulgação 
da dados financeiros se for utilizado na declaração de 
rendimentos para fins fiscais.
Itens que poderiam ser capitalizados, em relatórios 
financeiros, são lançados como despesa, tal como previsto 
na declaração de rendimentos, para que a empresa consiga 
dedução fiscal o mais depressa possível.
Como a legislação fiscal não o permite,nenhuma provisão é 
geralmente feita, nos relatórios financeiros, para despesas 
futuras de conserto e manutenção, exceto indiretamente, e 
de maneira ocasional, por meio de depreciação acelerada.
ENFOQUE LEGAL
No caso das receitas, dizem alguns que uma venda deve ser 
reconhecida quando a propriedade legal de um bem é transmitida.
O problema surge no fato de em conflitos judiciais a transmissão de 
propriedade ocorrerá quando o tribunal assim o decidir.
Ativismo judicial x realidade.
Caso de obtenção de lucro com atividades ilícitas x propriedade 
sobre os bens.
ENFOQUE LEGAL 
DEFINIÇÕES DE LUCRO
O Fasb, ao estabelecer um Referencial Conceitual para a 
Contabilidade, investigou o uso da lei como base dos princípios 
contábeis. Observou que, em muitas situações, há questões 
econômicas, além de legais. “Advogados e juízes encaram a 
propriedade e conceitos correlatos de maneira muito parecida com 
a qual contadores e empresários encaram ativos, e encontram 
muitas das mesmas dificuldades.”
A diferença entre advogados e contadores é que aqueles estão 
mais interessados no lucro disponível para pagamento de 
dividendo, e não em lucro no sentido de aumento de valor ou 
como medida de eficiência operacional.
ENFOQUE ÉTICO
O enfoque ético à teoria da contabilidade dá ênfase aos conceitos 
de justiça, verdade e equidade. É interessante notar que cada um 
desses conceitos acabou sendo incluído no Referencial Conceitual 
criado pelo Fasb. Considerações tais como ausência de viés e 
fidelidade de representação são vista como características 
necessárias de um sistema contábil confiável. A neutralidade, ou 
seja, a característica de que a informação não deve receber 
qualquer colorido de modo a influenciar comportamento em 
qualquer direção, é um aspecto essencial do estabelecimento de 
padrões. As considerações éticas, portanto, exercem uma influência 
ampla em toda a contabilidade.
ENFOQUES ECONÔMICOS
Devido a problemas como a apropriação de receita, contadores 
tem procurado, há muito tempo, interpretar conceitos contábeis em 
termos de conceitos econômicos, trabalhando em três variantes:
- Macroeconomia – efeitos na economia caso fosse adotado 
um critério específico
- Microeconomia - Concentração da empresa como entidade 
econômica, encarando o efeito de suas principais atividades 
em suas operações com o mercado.
- Contabilidade Social-Empresarial – Extensão da 
Microeconomia para questões atinentes aos aspectos sociais, 
como meio ambiente.
ENFOQUE 
COMPORTAMENTAL
Enfoque nas visões da psicologia e da sociologia no desenvolvimento das 
teorias da contabilidade.
Preocupação residente na relevância da informação transmitida a responsáveis 
pela tomada de decisões e no comportamento de indivíduos ou grupos diversos 
em consequência da apresentação de informações contábeis.
Perguntas oriundas do enfoque comportamental: 
- Quem são os usuários das demonstrações financeiras publicadas?
- Qual é a natureza da informação específica desejada pelos vários 
grupos de usuários ?
- Podem ser encontradas necessidades comuns de apresentação de 
demonstrativos genéricos, ou devem ser atendidas necessidades 
específicas ?
- Como reagem os investidores e administradores a procedimentos e 
relatórios contábeis diferentes ?
ENFOQUE ESTRUTURAL
Enfoque clássico da contabilidade
A maior parte do raciocínio neste enfoque, particularmente no 
nível local, dá-se por analogia. Procura lidar com os problemas 
por semelhança. O julgamento a respeito de qual é o momento 
mais apropriado para reconhecer um evento baseia-se, 
tipicamente, nos momentos escolhidos para o registro de outros 
eventos. 
Os contadores procuram classificar transações semelhantes de 
maneira similar, ou, mais formalmente, buscam a uniformidade 
no registro e na divulgação de transações. 
É apenas quando encontram uma transação que não se encaixa 
num molde prévio que são obrigados a recorrer a princípios mais 
fundamentais.
ENFOQUE ESTRUTURAL
A uniformização é a primeira linha da 
argumentação.
Semelhança à estatística – Agregação de números 
para chegar a totais e médias.
Os contadores devem classificar eventos 
econômicos corretamente para chegar a 
demonstrações financeiras que façam sentido.
ENFOQUE ESTRUTURAL
Definição do Comitê de Terminologia do Instituto Americano de Contadores
(American institute of Accountants – AIA), predecessor do Instituto Americano de
Contadores Públicos Registrados (American institute of Certified Public Accountants –
AICPA) – 1941:
A contabilidade é a arte do registro, classificação e
sintetização, de maneira significativa e em termos
monetários, de transações e eventos que são em parte, de
natureza financeira, e de interpretação de seus resultados.
Atualmente as definições são mais amplas mas o processo de registro, classificação e
sintetização ainda representam o núcleo da contabilidade
TIPOS DE ENFOQUE X 
QUESTIONAMENTOS
Tipo de enfoque Questionamentos
Fiscal Qual é a situação fiscal ?
O que é exigido por lei ?
Há alguma regulamentação específico para este setor ?
Ético O que é correto ?
Esta é uma apresentação justa ?
Econômico Que efeito exercerá este procedimento contábil sobre a economia ?
Que efeito exercerá este procedimento contábil sobre os acionistas ?
O procedimento permite a divulgação completa dos fatos ?
Que efeito exercerá sobre outros grupos de interesse ?
Comportamental Por que a administração deseja fazer esta escolha ?
Estrutural Há alguma regra específica relativamente a esta situação?
Qual é a definição de receita?
Qual é o princípio contábil geralmente aceito?
O que estão fazendo os outros que operam neste sentido ?
ENFOQUE X TEORIAS
Independente do enfoque faz-se necessário a utilização 
de forma de raciocínio adequado, o que é atingindo com 
a analise e aplicação das teorias.
Serão apresentadas três forma de Teoria.
TEORIAS DA CONTABILIDADE
Teoria como Linguagem (Pragmática, 
Semântica ou Sintaxe)
Teoria como Raciocínio (Dedutivo vs 
Indutivo)
Teoria como Decreto ( Descritiva-Positivas 
ou Prescritivas-Normativas)
TEORIA DA LINGUAGEM
Perguntas:
- Que efeito terão as palavras sobre os ouvintes ?
- Que significado terão essas palavras, se houver algum ?
- As palavras fazem sentido lógico ?
1ª FORMA DE CLASSIFICAÇÃO DA TEORIA
TEORIA DA LINGUAGEM
Pragmática Semântica Sintaxe
Estudo do efeito da linguagem Estudo do significado da 
linguagem
Estudo da lógica ou gramática 
da linguagem
Orientação da maioria das
pesquisas atuais
Importante, pois, em termos 
ideais, a informação 
financeira possui conteúdo 
econômico ou físico 
reconhecido tanto por seus 
produtores quanto por seus 
usuários.
Importante, pois, idealmente, 
um dado financeiro está 
logicamente relacionado a 
outro.
Teorias que enfatizam a 
semântica consiste em 
encontrar maneiras de 
melhorar a interpretação das 
informações contábeis em 
termos da observação e da 
experiência humana.
O Fasb, em particular, está 
sempre procurando livrar o 
balanço de itens que careçam 
de conteúdo semântico.
Reconhecimentos de vendas, 
despesas, ativos, passivos são 
todos de origem sintática.
Não há contrapartida 
semântica que se possa 
apontar.
ENFOQUE X TEORIA DA 
LINGUAGEM
Enfoque comportamental e Econômico = 
basicamente pragmáticos.
Enfoque estrutural = principalmente sintático.
2ª FORMA DE CLASSIFICAÇÃO DA TEORIA
TEORIA DA RACIOCÍNIO
(HENDRIKSEN)
Raciocínio Dedutivo Raciocínio Indutivo
Fluem das generalizações a 
observações específicas.
Fluem de observações específicas a 
generalizações.
As aplicações e as regras práticas são 
deduzidas dos postulados
Os princípios são obtidos a partir da 
melhor prática existente.
Objetivos representam uma parte 
importante do processo dedutivo. 
Objetivos distintos (financeiro x 
fiscal) podem exigir estruturas 
completamente diferentes e resultar 
em princípios distintos.
Usuários distintos apresentam 
objetivos distintos
Postulados falsos podem gerar 
conclusões falsas
3ª FORMA DE CLASSIFICAÇÃODA 
TEORIA
TEORIA COMO DECRETO
Teorias 
Indutivas e 
Teorias 
Dedutivas
Prescritivas
(Normativas)
Descritivas
(Positivas)
TEORIA COMO DECRETO
Tanto as teorias indutivas quanto as teorias dedutivas podem 
ser descritivas(positivas) ou prescritivas (normativas). 
As teorias descritivas visam mostrar e explicar quais 
informações financeiras são apresentadas e comunicadas aos 
usuários de dados contábeis, e como.
As teorias normativas visam recomendar que dados devem 
ser apresentados; ou seja, procuram explicar o que deve ser, 
em lugar do que é.
As teorias indutivas, por sua natureza, são geralmente 
positivas; mas, não decorre daí que as teorias dedutivas 
sejam necessariamente normativas. Pode-se partir de 
generalizações do que se acha existir e obter daí deduções 
específicas que visam ser completamente descritivas.
TEORIA COMO DECRETO
Os teóricos da contabilidade interessam-se por respostas a 
perguntas dos dois tipos:
- o normativo, que visa descobrir a melhor maneira 
de registrar contabilmente uma transação, e,
- o positivo, que procura descobrir como os 
administradores e outros indivíduos decidem o que é melhor 
para eles. 
As respostas a esses tipos de perguntas, juntamente com o 
esforço para encontrar tais respostas representam o campo 
da teoria da contabilidade.
VERIFICAÇÃO DE TEORIA
A verificação pode ser definida como o estabelecimento da 
plausibilidade ou veracidade de uma teoria.
Todas as teorias devem ser logicamente sólidas, mas, além disso, a 
natureza da sua verificação dependerá da natureza da teoria que 
esteja sendo verificada.
As teorias normativas são julgadas de uma forma e as teorias 
positivas de outra.
VERIFICAÇÃO DAS TEORIAS
TEORIAS NORMATIVAS
As teorias normativas, incluindo a própria teoria da 
verificação, são julgadas pela plausibilidade de suas 
hipóteses. O ideal é que as hipóteses nas quais se baseia uma 
teoria normativa e os argumentos segundo os quais poderia 
ser considerada aceitável sejam enunciados claramente na 
teoria. Outras pessoas seriam capazes, consequentemente, 
de rejeitar as conclusões normativas rejeitando as hipóteses, 
mas a base de divergência teria sido bem definida. 
VERIFICAÇÃO DE TEORIAS
TEORIAS DESCRITIVAS -
SINTÁTICAS
As teorias descritivas são avaliadas de duas 
maneiras diferentes, dependendo de terem conteúdo empírico ou 
não. 
As teorias sintáticas (lógica) são teorias descritivas que não 
possuem conteúdo empírico são confirmadas apenas pela lógica. Por 
exemplo, a equação 2(y + 3) = 2y+ 6 é verdadeira por força das 
regras aceitas da matemática. De maneira semelhante a margem 
bruta será igual a $ 500 se a receita se a receita for de $ 800 e o 
custo dos produtos vendidos for igual a $ 300, não por causa de 
observações empíricas, mas por causa das regras convencionadas 
em contabilidade.
Muitas proposições contábeis situam-se nessa categoria e são 
verdadeiras apenas por motivos sintáticos.
VERIFICAÇÃO DE TEORIAS
TEORIAS DESCRITIVAS-
SEMÂNTICAS
As teorias semânticas (Significado da linguagem), por outro lado, 
são teorias descritivas que possuem conteúdo empírico. 
Como visam dizer alguma coisa sobre a realidade, 
sua validade depende da observação. Por exemplo, 
a existência de $ 56,23 em caixa pequeno só pode 
ser verificada mediante observação. A verificação de 
teorias semânticas pode ser feita por meio de estudos de pesquisa 
que determinem se os usuários da 
informação contábil compreendem o significado pretendido pelos 
produtores da informação, dentro do 
contexto da teoria relevante.
Empírico – Derivado de experimento ou observação da realidade.
VERIFICAÇÃO DAS TEORIAS
TEORIAS DESCRITIVAS -
PRAGMÁTICAS
As teorias pragmáticas também são teorias descritivas 
possuidoras de conteúdo empírico. Ressaltam a utilidade 
da contabilidade para investidores e outras pessoas. Sua 
verificação não depende tanto de sua validade como de 
seu valor para os usuários. Em outras palavras, não se 
verifica uma teoria pragmática da contabilidade em si 
mesma, mas seu uso. 
VERIFICAÇÃO DAS TEORIAS 
DESCRITIVAS
PREDIÇÕES
Os testes de teorias descritivas são comumente 
enunciados sob a forma de predições.
O resultado, se o teste for repetido 
suficientemente para satisfazer aos 
observadores, será considerado como uma 
confirma da teoria.
VERIFICAÇÃO DAS TEORIAS 
DESCRITIVAS
PREDIÇÕES
Vários autores tem discordado dessa descrição do 
processo científico, entendendo que os cientistas 
não confirmam ou rejeitam teorias, mas as julgam 
mais ou menos úteis para suscitar questões que 
permitam refletir sobre a natureza de nosso 
mundo, descartando-as quando perdem a validade.
VERIFICAÇÃO DAS TEORIAS 
DESCRITIVAS
PREDIÇÕES
Outros tem rejeitado um enfoque à verificação 
baseado puramente em predições, com o 
argumento de que as predições, particularmente 
nas ciências sociais, são pouco confiáveis em vista 
de suas implicações comportamentais.
Ex: Predição que um banco vai falir provoca a 
retirada em massa de recursos e ele fale.
VERIFICAÇÃO DAS TEORIAS 
DESCRITIVAS
PREDIÇÕES EM TEORIA 
CONTÁBIL
O uso de predições como principal critério de avaliação da teoria da contabilidade 
também é complicado pelo fato de que as teorias da contabilidade tipicamente são 
uma mistura de várias formas de teorização. Sua confirmação, portanto, ocorre em 
diversos níveis:
1. As hipóteses relativamente ao mundo real devem ser testadas 
por meio da correspondência entre afirmações e fenômenos observados.
2. A inter-relação das afirmações na teoria deve ser testada em 
termos de coerência lógica.
3. Se qualquer premissa estiver baseada em juízo de valor, deverá ser 
aceita ou rejeitada com base em sua correspondência com os juízos de valor do 
próprio indivíduo.
4. Se a verificação empírica for inconclusiva, as conclusões da teoria ou 
a hipótese deverão ser sujeitadas a verificação empírica independente.
HENDRIKSEN
Raciocínio Linguagem
1. Dedução
(É logicamente correta ?)
1. Sintaxe
(Quais são as regras ?)
2. Indução
(Que evidências existem ?)
2. Semântica
(O que significa ?)
3. Pragmática
(Que efeito terá ?)
Teoria
Descritiva ou Prescritiva
(positiva vs normativa)

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