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Semiologia do Sistema Osteoarticular e Conjuntivo

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Sistema Osteoarticular 
 
 
Noções de Anatomia, Histologia e Fisiologia do Sistema Osseo 
 
1. Funções do sistema osteoarticular : 
 
a. Sustentação 
b. Proteção 
c. Locomoção 
d. Fonte de reserva de minerais 
e. Hematopoiese – Suprimento continuo de células sanguíneas novas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legenda 
Preto – Aula 
Azul – Material Extra 
 
2. Divisão do sistema esquelético 
 
a. O esqueleto axial é formado pelos ossos da cabeça (crânio), pescoço (hioide e vértebras cervicais) 
e tronco (costelas, esterno, vértebras e sacro) 
 
b. O esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos membros, inclusive aqueles que formam os 
cíngulos dos membros superiores e dos membros inferiores. 
i. Cingulo do membro superior : Clavicula e Escapula 
ii. Cingulo do membro inferior : Ossos do quadril. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Tipos de Ossos 
 
a. Os dois tipos de osso são o osso compacto e o osso esponjoso (trabecular). 
i. São distinguidos pela quantidade relativa de material sólido e 
pelo número e tamanho dos espaços que contêm. Todos os 
ossos têm uma camada fina superficial de osso compacto ao 
redor de uma massa central de osso esponjoso, exceto nas 
partes em que o osso esponjoso é substituído por uma cavidade 
medular. 
ii. Na cavidade medular dos ossos de adultos e entre as espículas 
(trabéculas) do osso esponjoso há medula óssea amarela 
(gordurosa) ou vermelha (que produz células do sangue e 
plaquetas) ou ainda uma associação de ambas. 
 
 
 
 
4. Classificação dos ossos 
 
a. Os ossos longos são tubulares (p. ex., o úmero no braço) 
b. Os ossos curtos são cuboides e encontrados apenas no tarso (tornozelo) e no carpo (punho) 
c. Os ossos planos geralmente têm funções protetoras (p. ex., ossos planos do crânio protegem o 
encéfalo) 
d. Os ossos irregulares têm vários formatos além de longos, curtos ou planos (p. ex., ossos da face) 
e. Os ossos sesamoides (p. ex., patela) se desenvolvem em alguns tendões e são encontrados nos 
lugares onde os tendões cruzam as extremidades dos ossos longos nos membros; eles protegem 
os tendões contra o desgaste excessivo e muitas vezes modificam o ângulo dos tendões em sua 
passagem até as inserções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Desenvolvimento dos ossos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Anatomia dos Ossos 
 
a. Periósteo. 
i. O periósteo é uma membrana 
delgada que envolve os ossos, à 
exceção das superfícies articulares. 
Nos ossos longos, o periósteo prende-
se à metáfise justafiseal, não 
alcançando, portanto, a epífise. 
Prende-se à cortical por meio de vasos 
sanguíneos e das fibras de Sharpey; 
dispõe de 2 camadas, uma fibrosa - 
que lhe confere resistência - e outra 
celular, com capacidade osteogênica, 
que fica em contato com a cortical. 
ii. O periósteo é responsável pelo 
crescimento do osso em diâmetro e 
desempenha um importante papel na 
consolidação das fraturas. Em 
condições normais, raramente é visto 
nas radiografias. Quando descolado da 
cortical, ossifica-se no prazo de 10 a 
15 dias, tornando-se visível 
radiologicamente. 
1. A isso, dá-se o nome de reação 
periosteal. 
 
b. Cortical. 
i. A cortical, formada de osso compacto, envolve o canal medular na diáfise, prolonga-se 
contornando a metáfise e segue envolvendo a epífise (depois de fechada a placa epifisária) por 
baixo da cartilagem articular, sendo por isso conhecida como osso subcondral. 
ii. Vista ao microscópio, a cortical é percorrida por condutos longitudinais - os canais de Havers -, 
e transversais - os canais de Volkmann. Por esses canais passam os vasos sanguíneos e filetes 
nervosos. 
 
c. Esponjosa. 
i. A esponjosa é observada em corte no nível da epífise e da metáfise. 
ii. O osso esponjoso é formado por uma rede tridimensional de finas trabéculas que se 
anastomosam entre si, deixando espaços que são preenchidos pela medula óssea. Por esse 
motivo, a radiografia dos ossos de estrutura esponjosa, como as epífises e metáfises dos ossos 
longos e os ossos cuboides, tem imagem de aspecto reticular. 
 
 
 
 O osso cortical, a camada compacta, constitui 80% do esqueleto humano, enquanto o osso esponjoso, os 
20% restantes. 
 
d. Cartilagem articular. 
i. É um tipo de cartilagem que não se calcifica e 
que recobre as superfícies articulares das peças 
ósseas; 
ii. Função : reduzir o atrito e amortecer os 
choques. 
iii. Repousa em uma fina camada de osso cortical 
chamada osso subcondral. 
iv. A cartilagem articular não é vista em 
radiografias comuns, mas sua lesão provoca 
alterações no osso subcondral, o qual pode ser 
destruído ou espessado. 
1. A análise radiológica do osso subcondral possibilita, pois, verificar indiretamente a 
integridade ou não da cartilagem articula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e. Medula óssea. 
i. A medula óssea ocupa o canal medular da diáfise e os espaços intertrabeculares dos ossos de 
estrutura esponjosa; sua principal função é a hematopoese e a produção de elementos de 
defesa. 
ii. Há 2 tipos de medula: a amarela, assim chamada pelo seu conteúdo em gordura, que não tem 
função hematopoética, a não ser por estímulos patológicos (essa medula ocupa 
principalmente o canal medular dos ossos longos do adulto); e a medula vermelha, que é a 
medula ativa, situando-se principalmente na extremidade superior dos fêmures, úmeros, 
costelas, ilíacos, esterno e corpos vertebrais. 
 
f. Vascularização 
i. Os ossos têm um suprimento abundante de vasos sanguíneos. 
ii. As mais visíveis são as artérias nutrícias (uma ou mais por osso) que surgem como ramos 
independentes de artérias adjacentes fora do periósteo e seguem obliquamente através do 
osso compacto da diáfise de um osso longo através dos forames nutrícios. A artéria nutrícia 
divide-se na cavidade medular em ramos longitudinais que prosseguem em direção às 
extremidades, irrigando a medula óssea, o osso esponjoso e as partes mais profundas do osso 
compacto. No entanto, muitos pequenos ramos das artérias periosteais são responsáveis pela 
nutrição da maior parte do osso compacto. 
iii. Consequentemente, um osso cujo periósteo é removido morre. 
Ligamentos e tendões : Os ligamentos fixam osso a osso, e os tendões fixam músculo a osso. Ambos são 
tecidos conjuntivos densos que oferecem grande resistência a forças de tração. 
 
A cartilagem é uma forma resiliente, semirrígida de tecido conjuntivo que compõe partes do esqueleto, onde é 
necessário mais flexibilidade — por exemplo, no local onde as cartilagens costais unem as costelas ao esterno. 
Além disso, as faces articulares dos ossos que participam de uma articulação sinovial são revestidas por 
cartilagens articulares que têm superfícies de deslizamento lisas e com baixo atrito para permitir o livre 
movimento. 
Os vasos sanguíneos não penetram na cartilagem (i. e., ela é avascular); consequentemente, suas células obtêm 
oxigênio e nutrientes por difusão. 
A proporção de osso e cartilagem no esqueleto muda à medida que o corpo cresce; quanto mais jovem é uma 
pessoa, mais cartilagem ela tem. Os ossos de um recém-nascido são macios e flexíveis porque são compostos 
principalmente de cartilagem. 
 
 
iv. O sangue chega aos osteócitos (células ósseas) no osso compacto por meio de sistemas 
haversianos ou ósteons (sistemas de canais microscópicos) que abrigam pequenos vasos 
sanguíneos. 
v. As extremidades dos ossos são irrigadas por artérias metafisiais e epifisiais que se originam 
principalmente das artérias que suprem as articulações. Nos membros, essas artérias 
costumam fazer parte de um plexo arterial periarticular que circunda a articulação e assegura 
o fluxo sanguíneo distal a ela, seja qual for a posição assumida. 
vi. As veias acompanham as artérias através dos forames nutrícios. Muitas grandes veias também 
saem através de forames situados próximo das extremidades articulares dos ossos. Os ossos 
que contêm medula óssea vermelha têm muitas veias calibrosas. 
vii. Os vasos linfáticostambém são abundantes no periósteo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Histologia Óssea 
 
 
a. Osteoblastos – produz matriz óssea. 
 
i. Lembra os plasmócitos. 
ii. Núcleo periférico. 
iii. Alguns tipos de neoplasias pode levar a sua maior atividade 
iv. Os osteoblastos são as células que sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo 1, proteoglicanos 
e glicoproteínas) da matriz óssea. 
1. Sintetizam também osteonectina e osteocalcina. Osteonectina facilita a deposição de cálcio 
e osteocalcina estimula a atividade dos osteoblastos. 
2. Como parte da osteocalcina produzida é transportada pelo sangue, atua tanto nos 
osteoblastos locais como nos localizados à distância. 
v. Quando em intensa atividade sintética, são cuboides, com citoplasma muito basófilo. Em 
contrapartida, em estado pouco ativo, tornam-se achatados e a basofilia citoplasmática 
diminui. 
1. Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o osteoblasto passa a ser chamadode 
osteócito 
 
 
b. Osteoclasto – reabsorção óssea (remodelamento ósseo) 
 
i. Sua atividade descontrolada pode levar a condições como osteoporose 
ii. Células gigantes, móveis e multínucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, participando dos 
processos de remodelação dos ossos. 
iii. Frequentemente, nas áreas de reabsorção de tecido ósseo encontram-se porções dilatadas dos 
osteoclastos, colocadas em depressões da matriz escavadas pela atividade dos osteoclastos e 
conhecidas como lacunas de Howship. 
 
c. Osteócitos 
 
i. Os osteócitos são as células encontradas no interior da matriz 
óssea, ocupando as lacunas das quais partem canalículos 
ii. Os osteócitos são células achatadas, que exibem pequena 
quantidade de retículo endoplasmático granuloso, complexo de 
Golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada. 
Embora essas características ultraestruturais indiquem pequena 
atividade sintética, os osteócitos são essenciais para a manutenção 
da matriz óssea. 
iii. Sua morte é seguida por reabsorção da matriz. 
 
d. Todos os ossos são revestidos em suas superficies externas e internas por membranas 
conjuntivas que contêm células osteogênicas, o periósteo e o endósteo, respectivamente. 
 
8. Fisiologia óssea 
 
a. O metabolismo ósseo tem por finalidade manter a homeostase mineral nos limites da 
normalidade e, para isso, entram em ação vários mecanismos de controle. 
 
i. O equilibrio entre a deposição osteoblástica do osso e a reabsorção osteoclástica ocorre 
continuamente no interior de numerosas cavidades diminutas. 
ii. A resistência do osso depende das intensidades relativas desses 2 mecanismos -> Nas pessoas 
de idade avançada, esses processos de deposição e reabsorção tornam-se cada vez mais 
lentos, ficando progressivamente mais frágeis os ossos. 
 
 
 
 
b. Metabolismo do Cálcio 
 
i. Quando o nível de cálcio no sangue está baixo (hipocalcemia), as paratireoides são estimuladas 
e liberam o paratormônio, o qual age nos rins estimulando a liberação de um dos metabólitos 
da vitamina D, o di-hidrocalciferol- 1,25(0H)2 D - , que mediará no intestino a reabsorção de 
cálcio e fósforo. O paratormônio estimula a atividade do osteócito (resposta imediata) e a 
proliferação de osteoclasto (resposta tardia), com a finalidade de retirar cálcio e fósforo, que 
são lançados na corrente sanguínea. 
 
1. A vitamina D, tanto a da pele como a dos alimentos, é um pró-hormônio que sofre no 
fígado a primeira hidroxilação, transformando-se no mono-hidroxicolecalciferol - 25(0H)D. 
2. Esse produto sofre uma segunda hidroxilação no rim, formando-se o 1,25(0H)2 D, que é o 
metabólito ativo, atuando no intestino e no osso. 
3. Quando há deficiência desta vitamina, o osso não se calcifica adequadamente. 
 
ii. À medida que os níveis de cálcio e fósforo se elevam, são inibidas as paratireoides e 
estimuladas as células "C" da tireoide, que liberam a calcitonina que atua no osso, inibindo a 
reabsorção. Desse modo, os níveis sanguíneos de cálcio e fósforo mantêm-se normais. 
 
 
 
 
 
Nas doenças metabólicas, apenas se alteram os níveis sanguíneos de cálcio e fósforo se o metabolismo 
estiver descompensado. 
 
 
 
c. FA (Fosfatase Alcalina) 
 
i. Proteína produzida no fígado esta presente no tecido ósseo-> Quando tem reabsorção óssea, 
há aumento dessa FA no soro 
ii. Calcificação de algumas neoplasias pode levar a aumento. 
iii. Em crianças fisiologicamente vai estar aumentada 
iv. Dando hepático -> aumento de FA (Participa do Perfil Hepático) – dos canalículos hepáticos 
v. Medida no soro, é, na realidade, um grupo de enzimas produzidas no fígado, rins, ossos e 
intestinos. 
vi. As causas mais importantes de elevação da FA são : 
1. FA Óssea : Crianças (Fisiológico), fraturas (em fase de consolidação), metástase óssea, 
raquitismo e osteomalacia, hiperparatireoidismo, osteodistrofia renal, osteossarcoma e 
doença de Paget 
2. FA Hepática : Obstrução biliar, colestase em geral, metástase hepática, cirrose hepática e 
bilicar, hepatites, alcoolismo, ICC e embolia pulmonar. 
3. Fosfatase ácida : Produzida principalmente na próstata e no osso. 
a. A fosfatase ácida do osso é produzida pelos osteoclastos e está relacionada com a 
reabsorção óssea. 
 
d. Cortical do osso -> Função hematopoiética 
 
i. Os elementos sanguíneos têm origem em 2 tipos de tecidos da medula óssea: 
 
1. Tecido mieloide, do qual se originam os eritrócitos, os granulócitos, as plaquetas e os 
monócitos 
2. Tecido linfoide, do qual se originam os linfócitos e os monócitos. O tecido linfoide é 
encontrado também na mucosa intestinal, nas vias respiratórias, em linfonodos, no baço e 
no timo. 
ii. A cortical do osso é destinada a resistir a pressões; enquanto a esponjosa, a distribuir o peso 
do corpo. 
 
1. As trabéculas dos ossos esponjosos orientam-se no sentido das linhas de força que atuam 
no osso. 
iii. As propriedades fundamentais são: dureza e elasticidade. 
 
1. Vencida a resistência (dureza), o osso quebra; 
2. vencida a elasticidade, o osso deforma-se. 
a. Algumas doenças - tais como o raquitismo, a osteomalacia e a displasia fibrosa -, 
aumentam a elasticidade do osso; por isso, nesses pacientes, os ossos que suportam 
peso ficam deformados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pontos-chave 
 
CARTILAGEM E OSSOS 
 
O sistema esquelético é dividido em esqueletos axial (ossos da cabeça, pescoço e tronco) e apendicular 
(ossos dos membros). O esqueleto propriamente dito é formado por vários tipos de tecido: 
♦ cartilagem, um tecido conjuntivo semirrígido; 
♦ osso, uma forma rígida de tecido conjuntivo que oferece suporte, proteção, movimento, 
armazenamento (de alguns eletrólitos) e síntese de células do sangue; 
♦ periósteo, que circunda os ossos, e pericôndrio, que circunda a cartilagem, propiciam nutrição a esses 
tecidos e são os locais de formação de nova cartilagem e osso. 
 
Dois tipos de osso, esponjoso e compacto, são distinguidos pela quantidade de material sólido e pelo 
tamanho e número de espaços que contêm. Os ossos são classificados em longos, curtos, planos, 
irregulares ou sesamoides. Ao descrever a estrutura de ossos individuais, são usados termos padronizados 
que descrevem estruturas e acidentes ósseos específicos. 
 
A maioria dos ossos leva muitos anos para crescer. Os ossos crescem através de processos de: 
♦ ossificação intramembranosa, na qual são formados modelos de osso mesenquimal durante os 
períodos embrionário e pré-natal, e 
♦ ossificação endocondral, na qual são formados modelos de cartilagem durante o período fetal, com a 
subsequente substituição da maior parte da cartilagem por osso após o nascimento. 
Anamnese do Sistema Osseo 
 
Identificação 
 
É importante valorizar os dados da identificação, principalmente a idade, o sexo, a raça, a profissão, 
procedência e dieta do paciente. 
 
1. Idade - Doenças que acometem mais certas idades 
 
a. Jovens 
 
i. Cifose,Escoliose, Displasias ósseas, neoplasias ósseas (histiocitose), raquitismo, 
osteomielite, osteocondrites 
1. Neoplasia : Histiocitose 
a. As histiocitoses são um grupo de doenças caracterizadas pela proliferação e pelo 
acúmulo de células do sistema mononuclear fagocitário que inclui 
monócitos/macrófagos, células dendríticas dérmicas/intersticiais e as células de 
Langerhans. 
2. As displasias ósseas, por exemplo, por terem base genética, podem ser detectadas no 
período neonatal ou na fase em que a criança começa a andar. 
3. Algumas osteopatias ocorrem em qualquer idade, como é o caso das infecções e das 
neoplasias ósseas, embora a osteomielite seja comum em crianças e jovens. 
a. Estas podem ser localizadas ou generalizadas, reacionais ou neoplásicas. 
 
4. As osteocondrites, como as doenças de Calvé-Legg-Perthes e de Osgood-Schlatter, 
apresentam suas primeiras manifestações quase sempre na primeira década da vida. 
 
b. Adultos 
 
i. Neoplasias (Osteossarcoma, o condrossarcoma e as metástases ósseas) 
 
c. Idosos 
i. Osteoporose 
 
2. Sexo 
 
a. Homens 
i. Osteocondrite de quadril (5:1) 
b. Mulher 
i. Osteoporose 
 
3. Procedencia 
 
a. pessoas provenientes do Mediterrâneo que apresentem dores ósseas, deve-se considerar a 
possibilidade de talassemia. 
i. As talassemias são um grupo de anemias hemolíticas hereditárias microcíticas, 
caracterizadas por defeito da síntese da hemoglobina. 
ii. A talassemia alfa é particularmente comum entre as pessoas provenientes da África, da 
região mediterrânea e do sudeste asiático. 
iii. A talassemia beta é mais comum entre pessoas provenientes da região mediterrânea, do 
Oriente Médio, do sudeste asiático e da Índia. 
iv. Os sinais e sintomas resultam de anemia, hemólise, esplenomegalia, hiperplasia da medula 
óssea e, em caso de transfusões múltiplas, sobrecarga de ferro. O diagnóstico baseia-se em 
análise quantitativa de Hb. 
v. O tratamento para formas graves pode incluir transfusão, esplenectomia, quelação e 
transplante de células-tronco. 
4. Raça 
 
a. Diferença entre biótipos e performance 
 
5. Profissão 
 
a. Movimentos repetitivos que realizam 
b. Atletas -> lesões osteoarticulares especificas para os movimentos que realizam. 
i. Fraturas por estresse (por fadiga ou síndrome de overuse) 
1. 70% ocorrem em corredores -> 50% na tíbia 
c. Dentista -> só tem uma posição para trabalhar 
 
 
6. Regime e Dieta 
 
a. Podem levar a deficiência no crescimento. 
i. Ex : deficiência de certas vitaminas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais e sintomas 
 
As queixas relatadas pelos pacientes com doenças ósseas são monótonas e nem sempre definidas : 
Destacam-se a dor, as deformidades e os sintomas gerais. 
 
5 sinais da inflamação : Dor, calor, rubor, edema, e perda de função -> Verificar se está ligado ao sistema 
osteoarticular. Fazer perguntas especificas 
 
1. Dor 
 
a. Principal sintoma do paciente com acometimento do sist. osteoarticular. 
i. O que doi não é a matriz óssea -> é o Periósteo ! 
 
b. Características da dor óssea 
i. Profunda 
ii. Intensa 
1. pode ser tão forte a ponto de impedir que o paciente durma. 
iii. Surda -> não é possível delimitar 
O exame físico geral poderá mostrar dor à palpação óssea local, encurtamento muscular, assimetria 
dos membros inferiores, diminuição da espessura da tíbia, valgismo excessivo do joelho, pronação 
dos pés aumentada, anteversão do colo femoral aumentada, fragilidade muscular e limitação dos 
movimentos. Contudo, é fundamental ter cuidado com o diagnóstico, pois esse quadro pode ser 
semelhante ao de lesões musculares e tendinosas. Assim, faz-se necessária a solicitação de exames 
complementares para avaliação geral (taxas hormonais, hematológicas e bioquímicas, densitometria 
para osteoporose) e local (radiografias, tomografias, cintigrafias, ressonância magnética) 
iv. Geralmente continua 
v. Geralmente sem irradiação 
vi. Piora com movimento/palpação 
1. Estiramento das estruturas circunjacentes ou do periósteo. 
vii. Intensidade diretamente relacionada com velocidade de instalação 
1. Ex. Tumores benignos geralmente não causam dor 
 
c. A dor óssea deve ser analisada em todas as suas características semiológicas: localização, 
duração, intensidade, caráter, presença de fatores agravantes ou atenuantes. 
 
i. Localização 
 
1. A exata localização da dor no segmento afetado é importante para o diagnóstico 
(epifisária, metafisária ou diafisária). 
a. Epífise : geralmente no osso subcondral, é mais comum nas doenças inflamatórias e 
degenerativas, como artrites infecciosas, artrite reumatoide, dependendo do seu 
estágio, e nas artroses em fase avançada. 
b. Metafisária : são mais frequentes nas neoplasias, artrites infecciosas e traumáticas. 
c. Diáfise : dores decorrentes de fraturas, posturais e alterações mecânicas. 
 
2. As dores podem restringir-se a um único segmento, como nas osteomielites, ou aparecer 
em múltiplos segmentos ósseos, como ocorre nas metástases, doenças metabólicas 
(osteoporose, doença de Paget) e neoplasias do tipo mieloma múltiplo. 
 
ii. Intensidade 
 
1. As dores ósseas de grande intensidade são características dos processos traumáticos e 
infecciosos. Nas doenças metabólicas, neoplasias benignas e alterações posturais quase 
sempre são de intensidade moderada. 
 
iii. Carater 
1. Em geral, é contínua, sem irradiação, podendo ser intensificada pela palpação do local, 
devido ao estiramento das estruturas circunjacentes ou do periósteo. 
2. Em certas circunstâncias, pode ter como característica o fato de ser noturna e melhorar 
quando o paciente usa ácido acetilsalicílico. 
a. Isso é observado na neoplasia benigna denominada osteoma osteoide. 
 
iv. Presença de fatores agravantes ou atenuantes 
1. A dor óssea das fraturas aumenta com os movimentos, ao contrário da dor dos 
processos inflamatórios da coluna vertebral (espondilite anquilosante), que se atenua 
quando o paciente se movimenta. 
2. As dores das doenças degenerativas pioram no início dos movimentos e melhoram com 
o decorrer deles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para a diferenciação entre "dor mecânica" e "dor inflamatórià: é importante identificar quais fatores 
agravam e quais aliviam a dor. 
 
Para analisar corretamente a dor óssea, é necessário saber as características semiológicas da dor 
articular e da dor muscular 
 
2. Sintomas Gerais 
 
a. As doenças ósseas também podem apresentar sintomas gerais como 
i. Anorexia. 
ii. Febre alta 
iii. Mal estar 
iv. Astenia (fraqueza muscular) 
 
 
 
 
 
 
3. Deformidades Osseas 
 
a. As deformidades ósseas podem adquirir diferentes aspectos, sendo as mais simples constituídas 
de "caroços" ou "tumefações" localizadas. 
i. As menores são detectadas mais pela palpação, enquanto as com maior tamanho 
deformam o segmento ou área correspondente e ficam visíveis. 
b. As deformidades podem ser o resultado de malformação congênita ou uma condição adquirida. 
c. Em geral, as deformidades ósseas indicam uma doença de longa duração. Podem ser restritas a 
um único osso ou comprometer vários ossos. 
i. As deformidades únicas são decorrentes de doenças infecciosas ou sequelas de fratura mal 
consolidada, mas aparecem também na fase avançada das doenças degenerativas. Algumas 
vezes, apresentam manifestações típicas, como a tibia em sabre, secundária a sífilis, 
raquitismo ou doença de Paget, e o rosário raquítico (alargamento das extremidades 
anteriores das costelas), que surge nas crianças com raquitismo. 
ii. Deformidades podem originar-se na junção osteoarticular quando há varismo ou valgismo 
de tornozelos ou joelhos, nos pacientes que apresentam alterações mecânicas, posturais, 
sequelas de fratura, infecções piogênicas, tuberculose, sífilis ou nos casos de artrite 
reumatoide em estágios avançados. 
d. As principais deformidades da coluna vertebral são a cifose, a escoliose e a cifoescoliose. Podem 
ser provocadas por vício postura! ou processo infeccioso, como na tuberculose, oucomo 
mecanismo antálgico, observado nos quadros agudos traumáticos ou hérnias discais, com dor 
intensa. 
 
 
 
Doença de Paget 
 
1. É um distúrbio crônico no tecido ósseo, no qual se verifica, inicialmente, reabsorção excessiva 
mediada por osteoclastos, seguida de invasão da medula adjacente por tecido fibroso com intensa 
vascularização. 
a. Devido a intensa atividade dos osteoclastos, estabelece-se um pool de cálcio, aumentando a 
necessidade pelo osso dos minerais cálcio e fósforo. 
b. Devido a essa invasão, o osso fica mole e consequentemente ineficiente, podendo também 
evoluir para deformidades e fraturas 
i. Em função do aumento de sua vascularização, pode haver maior fluxo sanguíneo para a 
região com consequente aumento da temperatura cutânea. 
1. Às vezes, há aumento da frequência e do débito cardíacos. 
 
O exemplo mais frequente ocorre na osteomielite, quando a dor se associa a febre alta e anorexia. 
2. Etiologia 
a. Desconhecida, alguns admitindo uma possibilidade infecciosa viral lenta, devido ao achado de 
inclusões filamentares semelhantes a vírus no citoplasma e núcleos de osteoclastos anormais. 
 
3. Os ossos mais acometidos são as vértebras lombares, o sacro, os ossos do crânio, a tíbia e o fêmur. 
 
4. Manifestações Clínicas 
a. Processo inflamatório crônico, Disfunções endócrinas, neoplasias e alterações autoimunes. (ou 
seja, não é uma doença restrita ao osso, mas sistêmica) 
b. Insuficiência cardíaca de alto débito 
c. Hipertermia cutânea, 
d. Surdez, esta secundária à compressão do nervo auditivo. 
e. Quando tem Dor, é relacionada ao estiramento do periostio 
i. Doi quando há compressão a região afetada 
 
Fraturas Osseas 
 
1. 2 motivos principais de aumento de incidência nas ultimas décadas 
 
a. Evelhecimento + Acidentes de alta energia cinética (automobilísticos e Armas de fogo) 
 
2. Anamnese do trauma 
 
a. Direcionada -> ABCDE do trauma 
 
b. Na avaliação inicial do paciente 
com suspeita de fratura, devemos 
primeiramente interroga-lo quanto 
a cinética do trauma 
i. mecanismo do trauma 
envolvido, fazendo 
perguntas simples acerca 
do que aconteceu, quando, 
como e onde. 
ii. mecanismo direto ou 
indireto, 
iii. de alta ou baixa energia, 
iv. com repercussão apenas 
em uma região do corpo ou 
um politraumatismo. 
v. Devemos sempre estar 
atentos com a coluna 
vertebral e com a 
estabilidade da pelve nos pacientes politraumatizados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Noções de Anatomia, Histologia e Fisiologia do Sistema Articular 
 
 
 
 
 
 
 
1. Composição do tecido conjuntivo 
 
a. O tecido conjuntivo difusamente distribuído no organismo tem função de enchimento, servindo 
para ligar os órgãos e sistemas. 
i. No entanto, esta não é sua única função, pois é altamente dinâmico e participa das atividades 
metabólicas, especialmente das trocas hídricas e iônicas, que a todo instante se processam na 
sua intimidade. 
ii. Ele é o intermediário entre as células, as fibras e os elementos do sangue. 
iii. Deste modo, se constitui em órgão de circulação lenta, sede de fenômenos inflamatórios que 
surgem diante de distintos estímulos. 
 
b. O tecido conjuntivo é constituído de fibras colágenas, elásticas e reticulares. 
i. As fibras colágenas apresentam grande resistência, sendo encontradas principalmente nas 
estruturas em que se necessita de força de tração e elasticidade, como o tecido celular 
subcutâneo, os tendões e as submucosas. 
ii. As fibras elásticas predominam nos ligamentos, na pele e nos vasos. As reticulares constituem 
o esqueleto fibrorreticular dos parênquimas 
 
c. A substância fundamental é amorfa, sendo elaborada pelas células conjuntivas, e nela estão 
imersas células e fibras. 
i. É sede de intensa atividade metabólica, estação intermediária que é das trocas entre a 
corrente sanguínea e as células. 
ii. Na sua composição, destacam-se macromoléculas denominadas proteoglicanas, que são 
formadas por múltiplas cadeias de polissacarídios, ligadas às proteínas por uniões covalentes 
1. As proteoglicanas são poliânions que se ligam a vários cátions por eletrovalência. 
2. São muito hidrófilos e cada molécula liga-se a um grande número de moléculas de água. 
Portanto, têm papel preponderante no transporte de água e eletrólitos. Ligam-se também 
a moléculas de tropocolágeno, envolvendo-se assim na dinâmica de produção de fibras 
colágenas. 
Articulação ou junta é uma região anatômica que estabelece a contiguidade entre ossos ou cartilagens, 
possibilitando que o movimento seja direcionado nesse segmento. Quando são de natureza fibrosa 
(suturas do crânio), dificultam o movimento; as de natureza cartilaginosa (p. ex., sacroilíaca) e sinovial 
têm maior interesse no estudo semiológico do aparelho locomotor. 
 
3. Conhecidas essas funções, percebe-se que as variações de tamanho e composição das 
moléculas de proteoglicanas influem no transporte, na permeabilidade e nas 
propriedades osmóticas do líquido intersticial. 
4. Sua importância é cansequente ainda à ação antilipêmica e anticoagulante do sulfato de 
heparana e do sulfato de dermatana e à participação do ácido hialurônico na viscosidade 
do líquido intersticial. Essa viscosidade limita a propagação bacteriana. 
 
 
 
 
2. Classificação das Articulações 
 
a. Quanto ao movimento. 
 
i. Diartroses 
 
1. As diartroses são as articulações dotadas de grande mobilidade; geralmente são as que 
unem os ossos longos 
2. Nas diartroses existe uma cápsula que 
liga as extremidades ósseas, 
delimitando uma cavidade fechada, a 
cavidade articular. Esta cavidade 
contém um líquido incolor, 
transparente e viscoso, o líquido 
sinovial, que é um dialisado do plasma 
sanguíneo contendo elevado teor de 
ácido hialurônico, sintetizado pelas 
células da camada sinovial. 
3. O deslizamento das superfícies 
articulares que são revestidas por 
cartilagem hialina, sem pericôndrio, é 
facilitado pelo efeito lubrificante do 
ácido hialurônico. O líquido sinovial é 
uma via transportadora de substâncias 
entre a cartilagem articular (avascular) e o sangue dos capilares da membrana sinovial. 
Nutrientes e 0 2 passam do sangue para a cartilagem articular e C0 2 difunde-se em 
sentido contrário. 
 
ii. Sinartroses 
 
1. Não ocorrem movimentos ou, quando ocorrem, são muito limitados. 
2. Conforme o tecido que une as peças ósseas, distinguem-se três tipos de sinartroses: as 
sinostoses, as sincondroses e as sindesmoses. 
a. Nas sinostoses, que são totalmente desprovidas de movimentos, os ossos são 
unidos por tecido ósseo. Encontram-se unindo os ossos chatos do crânio em 
idosos. Em crianças e adultos jovens, a união desses ossos é realizada por tecido 
conjuntivo denso. 
b. As sincondroses são articulações nas quais existem movimentos limitados, sendo 
as peças ósseas unidas por cartilagem hialina. Encontram-se, por exemplo, na 
articulação da primeira costela com o esterno. 
c. As sindesmoses são, como as sincondroses, dotadas de algum movimento, e 
nelas o tecido que une os ossos é o conunttivo denso. São exemplos: sínfise 
pubiana e articulação tibiofibular inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b. Quanto a forma ou tipo de material. 
 
i. Articulações sinoviais 
 
1. Os ossos são unidos por uma cápsula articular (formada por uma camada fibrosa externa 
revestida por uma membrana sinovial serosa) que transpõe e reveste a cavidade articular. 
2. A cavidade articular de uma articulação sinovial, como o joelho, é um espaço potencial 
que contém um pequeno volume de líquido sinovial lubrificante, secretado pela 
membrana sinovial. No interior da cápsula, a cartilagem articular cobre as faces articulares 
dos ossos; todas as outras faces internas são revestidas por membrana sinovial. Os ossos 
que normalmente se apresentam apostos foram afastados para demonstração, e a 
cápsula articular foi insuflada. Por conseguinte, a cavidade articular, que normalmente é 
potencial, está exagerada. O periósteo que reveste os ossos na parte externaà articulação 
funde-se com a camada fibrosa da cápsula articular. 
 
ii. Articulações fibrosas 
 
1. Os ossos são unidos por tecido fibroso. 
2. Na maioria dos casos, o grau de movimento em uma articulação fibrosa depende do 
comprimento das fibras que unem os ossos. 
3. As suturas do crânio são exemplos de articulações fibrosas. Esses ossos estão bem 
próximos, encaixando-se ao longo de uma linha ondulada ou superpostos. A sindesmose, 
um tipo de articulação fibrosa, une os ossos com uma lâmina de tecido fibroso, que pode 
ser um ligamento ou uma membrana fibrosa. Consequentemente, esse tipo de articulação 
tem mobilidade parcial. 
4. A membrana interóssea no antebraço é uma lâmina de tecido fibroso que une o rádio e a 
ulna em uma sindesmose. 
5. A sindesmose dentoalveolar (gonfose) é uma articulação fibrosa na qual um processo 
semelhante a um pino encaixa-se em uma cavidade entre a raiz do dente e o processo 
alveolar da maxila. A mobilidade dessa articulação (um dente mole) indica distúrbio dos 
tecidos de sustentação do dente. No entanto, movimentos locais microscópicos nos 
informam (graças a propriocepção) sobre a força da mordida ou do cerrar de dentes, e 
sobre a existência de uma partícula presa entre os dentes 
 
iii. Articulações cartilagíneas. 
 
1. As estruturas são unidas por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. 
2. Nas sincondroses ou articulações cartilagíneas primárias, os ossos são unidos por 
cartilagem hialina, o que permite leve curvatura no início da vida. As articulações 
cartilagíneas primárias geralmente são uniões temporárias, como as existentes durante o 
desenvolvimento de um osso longo, nas quais a epífise e a diáfise são unidas por uma 
lâmina epifisial. 
a. As sincondroses permitem o crescimento do osso no comprimento. Quando é 
atingido crescimento completo, a lâmina epifisial converte-se em osso e as 
epífises fundem-se com a diáfise. 
3. As sínfises ou articulações cartilagíneas secundárias são articulações fortes, ligeiramente 
móveis, unidas por fibrocartilagem. Os discos intervertebrais fibrocartilagíneos existentes 
entre as vértebras são formados por tecido conjuntivo que une as vértebras. Essas 
articulações proporcionam à coluna vertebral resistência e absorção de choque, além de 
considerável flexibilidade. 
 
3. Principais tipos de articulações sinoviais 
 
a. Articulações planas 
 
i. permitem movimentos de deslizamento no plano das faces articulares. 
ii. As superfícies opostas dos ossos são planas ou quase planas, com movimento limitado por 
suas cápsulas articulares firmes. 
iii. As articulações planas são muitas e quase sempre pequenas. 
iv. Um exemplo é a articulação acromioclavicular situada entre o acrômio da escápula e a 
clavícula 
 
 
 
 
b. Os gínglimos 
 
i. permitem apenas flexão e extensão, movimentos que ocorrem em um plano (sagital) ao redor 
de um único eixo transversal; assim, os gínglimos são articulações uniaxiais. 
ii. A cápsula dessas articulações é fina e frouxa nas partes anterior e posterior onde há 
movimento; entretanto, os ossos são unidos lateralmente por ligamentos colaterais fortes. 
iii. A articulação do cotovelo é um exemplo de gínglimo 
 
c. As articulações selares 
 
i. permitem abdução e adução, além de flexão e extensão, movimentos que ocorrem ao redor de 
dois eixos perpendiculares; sendo assim, são articulações biaxiais que permitem movimento 
em dois planos, sagital e frontal. 
ii. Também é possível fazer esses movimentos em uma sequência circular (circundução). As faces 
articulares opostas têm o formato semelhante a uma sela (isto é, são reciprocamente côncavas 
e convexas). 
iii. A articulação carpometacarpal na base do polegar (1 o dedo) é uma articulação selar. 
 
d. As articulações elipsóideas 
 
i. permitem flexão e extensão, além de abdução e adução; sendo assim, também são biaxiais. No 
entanto, o movimento em um plano (sagital) geralmente é maior (mais livre) do que no outro. 
ii. Também é possível realizar circundução, mais restrita do que nas articulações selares. 
iii. As articulações metacarpofalângicas são elipsóideas 
 
e. As articulações esferóideas 
 
i. permitem movimento em vários eixos e planos: flexão e extensão, abdução e adução, rotação 
medial e lateral, e circundução; sendo assim, são articulações multiaxiais. 
ii. Nessas articulações altamente móveis, a superfície esferóidea de um osso move-se na 
cavidade de outro. 
iii. A articulação do quadril é uma articulação esferóidea na qual a cabeça do fêmur, que é 
esférica, gira na cavidade formada pelo acetábulo do quadril 
 
f. As articulações trocóideas 
 
i. permitem rotação em torno de um eixo central; são, portanto, uniaxiais. 
ii. Nessas articulações, um processo arredondado de osso gira dentro de uma bainha ou anel. 
iii. Um exemplo é a articulação atlantoaxial mediana, na qual o atlas (vértebra C I) gira ao redor de 
um processo digitiforme, o dente do áxis (vértebra C II), durante a rotação da cabeça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Vasculatura e Inervação das Articulações 
 
As articulações são irrigadas por artérias articulares originadas nos vasos ao redor da articulação. Com 
frequência, há anastomose (comunicação) das artérias para formar redes (anastomoses arteriais 
periarticulares) e assegurar a irrigação sanguínea da articulação e através dela nas várias posições 
assumidas. As veias articulares são veias comunicantes que acompanham as artérias e, como as artérias, 
estão localizadas na cápsula articular, principalmente na membrana sinovial. 
 
As articulações têm rica inervação propiciada por nervos articulares com terminações nervosas sensitivas 
na cápsula articular. Nas partes distais dos membros (mãos e pés), os nervos articulares são ramos dos 
nervos cutâneos que suprem a pele sobrejacente. No entanto, a maioria dos nervos articulares consiste em 
ramos de nervos que suprem os músculos que cruzam e, portanto, movem a articulação. A lei de Hilton 
afirma que os nervos que suprem uma articulação também suprem os músculos que movem a articulação 
e a pele que cobre suas inserções distais. 
 
Os nervos articulares transmitem impulsos sensitivos da articulação que contribuem para a propriocepção, 
responsável pela percepção do movimento e da posição das partes do corpo. A membrana sinovial é 
relativamente insensível. Há muitas fibras de dor na camada fibrosa da cápsula articular e nos ligamentos 
acessórios, o que causa dor intensa em caso de lesão articular. As terminações nervosas sensitivas 
respondem à rotação e ao estiramento que ocorre durante a prática de atividades esportivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artroscopia 
 
A cavidade de uma articulação sinovial pode ser examinada por meio da introdução de uma cânula e um 
artroscópio (um pequeno telescópio) em seu interior. Esse procedimento cirúrgico — artroscopia — 
permite que os cirurgiões ortopédicos examinem anormalidades articulares, como a ruptura de meniscos 
(discos articulares parciais do joelho). Durante a artroscopia também podem ser realizadas algumas 
intervenções cirúrgicas (p. ex., mediante introdução de instrumentos através de incisões perfurantes). 
Como a abertura na cápsula articular necessária para a introdução do artroscópio é pequena, a 
cicatrização após esse procedimento é mais rápida do que após a cirurgia articular tradicional. 
 
PONTOS CHAVE 
 
ARTICULAÇÕES 
 
Uma articulação é a união entre dois ou mais ossos ou partes rígidas do esqueleto. Existem três tipos gerais 
de articulações: fibrosa, cartilagínea e sinovial. 
As articulações sinoviais livremente móveis: 
♦ são o tipo mais comum; 
♦ podem ser classificadas em plana, gínglimo, selar, elipsóidea, esferóidea e trocóidea; 
♦ recebem irrigação sanguínea de artérias articulares que costumam formar redes; 
♦ são drenadas por veias articulares originadas na membrana sinovial; 
♦ são ricamente supridas por nervos articulares responsáveispela propriocepção, a percepção do 
movimento e da posição de partes do corpo. 
Anamnese do Sistema Articular 
 
Identificação 
 
1. Idade 
a. Jovem : Febre reumática, osteomielite 
b. Adulto jovem : Espondilite anquilosante 
c. Idosos : Neoplasias, Gota, osteoporose, osteoartrose, artrose 
 
2. Sexo 
 
a. Feminino 
i. artrite reumatoide (reumática), lúpus, osteoporose, esclerodermia 
 
b. Masculino 
i. Gota, poliartrite nodosa 
ii. Espondilite anquilosante (extremamente rara, doença do esquiador) 
1. Espondilite anquilosante é uma 
espondiloartropatia prototípica e uma 
doença sistêmica caracterizada por 
inflamação do esqueleto axial, das 
grandes, médias e pequenas articulações, 
dor lombar noturna, rigidez na coluna 
lombar, cifose acentuada, sintomas 
constitucionais, aortite, alterações da 
condução cardíaca e uveíte anterior. O 
diagnóstico requer a comprovação 
radiográfica de sacroiliite. O tratamento é 
feito com AINEs e/ou antagonistas do FNT 
ou antagonistas da IL-17 e medidas físicas 
que mantenham a flexibilidade articular. 
2. Paciente adquire posição de um esquiador (costas curvadas) 
3. Progressiva, irreversível, bem delimitante 
4. Extremamente dolorosa 
 
3. Etnia 
 
a. Portugal : Polineuropatia Amiloidótica Familiar ( “Doença dos pezinhos”) 
i. relacionada a amiloidose 
ii. A polineuropatia amiloidótica familiar – PAF -, vulgo paramiloidose, ou doença dos pezinhos 
foi pela primeira vez descrita na população portuguesa na área da Póvoa do Varzim, pelo 
eminente neurologista, o Professor Corino de Andrade. 
iii. A PAF está associada à deposição nos tecidos – em particular nos nervos – de uma substância 
fibrilar altamente insolúvel designada por amilóide. As fibras de amilóide são constituídas por 
sub-unidades de uma proteína do sangue que transporta hormonas da tiroide e Vitamina A. 
 
b. Turquia : Doença de Behçet 
i. Pode acometer articulações 
ii. Lesões de boca, pele e genitália 
iii. A doença de Behçet é um distúrbio vasculítico crônico, inflamatório, recidivante e 
multissistêmico com inflamação das mucosas. 
iv. As manifestações comuns incluem úlceras orais recidivantes, inflamação ocular, úlceras 
genitais e lesões de pele. Cegueira, envolvimento neurológico ou gastrintestinal, trombose 
venosa e aneurismas arteriais são as manifestações mais graves. 
v. O diagnóstico é clínico, utilizando critério internacional. 
vi. O tratamento é principalmente sintomático, mas pode abranger corticoides com ou sem 
imunossupressores para manifestações mais graves. 
 
4. Profissão 
 
a. Pessoas que carregam peso : lombociatalgia 
b. Esportistas : desarranjos internos de joelhos e lesões musculares 
c. Profissão que utiliza instrumentos vibratórios : fenômeno de Raynaud 
i. Certas expressões usadas pelos pacientes são caracteristicamente importantes, salientando-
se a sensação de "dedo morto" e de formigamento nos dedos no fenômeno de Raynaud, em 
especial quando ocorrem modificações de temperatura e coloração da pele, que se torna 
arroxeada ou azulada quando em contato com o frio. 
 
Sinais e Sintomas 
 
Os sintomas mais comuns das enfermidades articulares são dor (artralgia), ocorrência de sinais 
inflamatórios (artrite), rigidez pós-repouso, crepitação articular e algumas manifestações sistêmicas, 
principalmente febre, astenia, perda de peso e anorexia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Dor (Artalgia) 
 
a. Este sintoma constitui a queixa principal na quase totalidade das afecções das articulações. 
 
b. Por meio de arcos reflexos visceromotores, a dor articular pode determinar espasmo da 
musculatura circunvizinha ou atrofia. 
 
c. A dor articular pode ser 
 
i. Aguda - gota, bursite, artrite séptica, osteomielite 
ii. Crônica (artrite reumatoide, artrose), 
iii. Em peso (artrose) 
1. Ex . Uma senhora com artrose carregando sacolas e não aguenta o peso e solta (dor + 
fraqueza) 
iv. Cruciante (gota, artrite séptica). 
1. Dor cruciante, uma dor de forte intensidade e aguda e de início súbito (ao carregar peso) 
você pensa em gota ou artrite séptica. 
 
 
Artrite significa processo inflamatório da articulação, tendo como base anatomopatológica a sinovite 
(inflamação da membrana sinovial). 
Traduz-se clinicamente por aumento de volume da articulação (edema), acompanhado de elevação da 
temperatura local (calor), de dor e de modificação da coloração da pele circundante (rubor). 
 
Os processos inflamatórios do aparelho locomotor (artrites) podem ser de causa traumática, 
imunológica, infecciosa, metabólica, neoplásica e paraneoplásica. 
 
d. Duração da dor 
 
i. Osteomielite, bursite, febre reumática – Dores mais agudas, com inico de menos de 1 mês 
ii. Artrite reumatoide, artrose – acometimentos mais crônicos 
iii. Se for de inicio abrupto você pensa em gota, se for mais insidioso (lento) você pensa em artrite 
reumatoide. 
1. Paciente idoso acorda de madrugada com uma dor no pé muito intensa -> Gota 
2. Esse quadro de gota (gout flare) geralmente é de madrugada 
 
e. A hérnia discal, síndrome do túnel do carpo e lombociatalgia pode acompanhar parestesia 
 
i. A localização das parestesias decorrentes da compressão de raízes nervosas na coluna cervical 
ou lombar torna possível diagnosticar o nível da compressão na coluna. Nestes casos, sempre se 
suspeita de hérnia de disco intervertebral 
 
f. A compressão de nervos pode ocorrer também nos membros. Uma condição frequente é a 
compressão do nervo mediano na região do punho, que tem como uma das manifestações clínicas 
parestesias na mão, cuja denominação é síndrome do túnel do carpo. 
 
g. Movimentos de abdução e rotação interna do braço agravam a dor no ombro -> a primeira hipótese 
é de bursite ou tendinite do ombro. 
h. Contratura da musculatura lombar, levando o paciente a se curvar para frente ou para um lado, é 
observada nos pacientes com hérnia discallombar. 
 
i. Dor urente, acompanhada de intumescimento da mão, é uma queixa frequente nos pacientes com 
distrofia reflexo-simpática das extremidades. 
 
j. Dor latejante na região temporal é sugestiva de arterite temporal. 
 
k. Intensa hiperestesia cutânea ao longo do trajeto de um nervo é encontrada no herpes-zóster. 
 
l. Dores musculares com atrofia, fraqueza, perda da força e da mobilidade indicam miosites. 
 
 
2. Rigidez pós repouso (matinal) 
 
a. Pensar em processos inflamatórios 
i. Resulta do acúmulo de substâncias produzidas pelo processo inflamatório nos locais 
acometidos. 
 
b. A duração é proporcional à intensidade da doença 
 
c. Artrite reumatoide 
i. Geralmente dura 1 hora e depois que começa a movimentar, a dor melhora. 
 
d. Artrose 
i. Quando ocorre nas interfalangeanas proximais na artrite reumatoide é mais fugaz (dura menos 
tempo) do que na artrite reumatoide. 
 
e. Espondilite anquilosante 
i. A rigidez ocorre nos segmentos vertebrais. 
 
3. Crepitação Articular 
 
a. Crepitação articular é sinal característico de comprometimento da cartilagem articular e está 
presente em todos os processos com degeneração daquele elemento, como ocorre nas artroses e 
nas artropatias neurogênicas. 
 
4. Manifestações Sistêmicas 
 
a. Outras manifestações sistêmicas como febre, astenia, perda ponderal, anorexia 
b. São frequentes nas mesenquimopatias ou doenças difusas do tecido conjuntivo - DDTC - 
("colagenoses") e nos processos neoplásicos. 
c. Dentre as doenças difusas de natureza inflamatória, devem ser citadas: artrite reumatoide, 
moléstia reumática, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose sistêmica progressiva, 
dermatopolimiosite e angiites necrosantes. 
d. As doenças articulares degenerativas e metabólicas raramente se acompanham de manifestações 
sistêmicas, pois são doenças localizadas nas próprias articulações sem comprometer o organismo 
como um todo. 
 
 
 
 
 
 
 
Febre reumática (Febre Reumática) 
 
1) A doença reumática, também designada febre reumática, é uma complicação tardia, não supurativa, de 
uma estreptococcia que acomete indivíduos hipersensíveisaos estreptococos beta-hemolíticos do 
grupo A de Lancefield. 
 
a) Possivelmente, as lesões são determinadas por imunocomplexos relacionados com o estreptococo. 
 
2) Evolução de Quadro clínico mais comum 
 
a) Inicio com Dor de garganta / sintomas de orofaringe / Escarlatina (lesão de pele) típica de 
Estreptococos 
b) Depois de 7 a 15 dias -> Dores articulares de forte intensidade, com inicio em uma articulação e vai 
migrando (Dor articular migratória : TIPICA DE FEBRE REUMÁTICA) 
 
3) Critérios maiores para o diagnóstico de Febre reumática (5) 
 
a) Poliartrite migratória 
i) Dor em articulação que vai migrando para outras articulações, sem deixar sequelas. 
 
b) Comprometimento cardíaco = Cardite 
i) No miocárdio, encontram-se nódulos de Aschoff, que são o achado característico da doença. No 
endocárdio, ocorrem lesões vegetantes sobre as cúspides valvares, compostas de trombos 
plaquetários com fibrina superficial. 
ii) As lesões valvares podem regredir, permanecendo íntegro o aparelho valvar. Em determinado 
número de pacientes, contudo, ocorrem fibrose, retração e fusão das cordoalhas e folhetos 
vaivares, redundando em estenose e/ou insuficiência valvar, com predomínio absoluto do 
Reumatismo : Termo usado pelo paciente para doenças que acometem o sistema osteoarticular (NÃO 
É TERMO MÉDICO) 
 
Importante saber diferencias Febre Reumática x Artrite Reumatoide 
 
 
comprometimento das valvas mitral e aórtica. Tais lesões são as principais responsáveis pelos 
sopros cardíacos, quase constantes nesta enfermidade. 
iii) A cardite exterioriza-se por taquicardia, sopro de insuficiência mitral, aumento do volume 
cardíaco, bloqueio atrioventricular, atrito pericárdico e, nos casos mais graves, insuficiência 
cardíaca 
 
c) Síndrome coreica (corei aguda de Sydenham) 
i) Coreia = Dança 
(1) Síndrome caracterizada por movimentos involuntários arrítmicos, rápidos, abruptos, não 
repetitivos no tempo e com distribuição variável, preferentemente distal 
(a) Espasmos musculares que parecem que o paciente estão “dançando” 
 
d) Eritema marginado 
 
e) Nodulos subcutâneas 
 
4) Critérios menores para o diagnóstico clínico de Febre reumática (4) 
 
a) Bloqueia átrio-ventricular 
b) Febre, 
c) VHS (velocidade de hemossedimentação) elevado 
d) Presença do estreptococcos beta hemolítico do grupo A de Lancefield em orofaringe. 
 
 
 
 
 
 
 
A ocorrência de dois sinais maiores ou um sinal maior e dois menores é sugestiva de doença reumática 
(critério de Jones). 
 
 
 
5) Uma frase clássica dessa doença é “lambe as articulações e morde o coração” 
 
a) Acomete as articulações, porém são temporárioas (não levam a sequelas), enquanto o coração 
sofre sequelas para a vida inteira. 
 
6) Sintomas gerais 
 
a) Anorexia, febre, emagrecimento e palidez 
b) Não é raro o surgimento de lesões cutâneas, representadas por nódulos no nível do olécrano 
(nódulos de Meynet) e eritema marginado, mais frequentes na face anterior do tórax e braços. 
 
Artrite reumatoide (Doença Reumatoide) 
 
1) A doença reumatoide, também denominada artrite reumatoide, é uma doença crônica, de etiologia 
desconhecida, que acomete aproximadamente 2 a 3% da população, ocorrendo com mais frequência 
em adultos jovens (dos 20 aos 40 anos), com nítido predomínio no sexo feminino (70% dos casos). 
 
2) Principal acometimento das articulações 
 
a) Geralmente é uma poliartrite é evolutiva, crônica, bilateral, simétrica, não migratória 
 
b) Alterações são observadas nas várias estruturas articulares (membrana sinovial, cartilagem 
articular, cápsula e osso) e justa-articulares, apresentadas como nódulos subcutâneos, lesões 
musculares, nervosas e tendinosas, bem como em vários outros órgãos. 
 
c) Pode deformar ou a articulação pode chegar a desaparecer. 
 
 
 
 
 
3) É uma doença autoimune e sistêmica, não acometendo apenas as articulações. 
a) Pode ocorrer nódulos subcutâneos, lesões musculares, nervosas e tendinosas, alterações cardíacas, 
pulmonares (fibrose) e nervos periféricos. 
i) Ausculta é igual a de fibrose pulmonar -> Crepitação (“raspar” o cabelo) 
b) Sintomas constitucionais também estão presentes : febre, perda ponderal, anorexia, astenia. 
i) Ocorre rigidez pós repouso, em casos graves pode evoluir para atrofia muscular. 
 
 
 
 
O diagnóstco diferencial da artrite reumatoide é a artrose, porem a artrose ocorre somente na articulação, 
não é sistêmica 
 
4) Prognóstico 
 
a) É bom; no entanto, é uma doença altamente incapacitante em função das deformidades 
articulares, que tendem a se agravar gradativamente. 
 
Artrose 
 
1) A artrose é uma doença articular degenerativa que acomete indivíduos de ambos os sexos, na idade 
madura, em geral após a quinta década da vida, não tendo preferência por raça ou cor. 
 
a) É uma doença da cartilagem articular, não ocorrendo fenômenos inflamatórios sistêmicos, nem 
comprometimento do estado geral. 
 
b) É comum a formação de nódulos nas articulações interfalangeanos 
i) nódulo de Bouchard (nas interfalanges proximais). 
ii) nódulo de Heberden (acometem as interfalanges distais) 
 
c) Clinicamente, a artrose manifesta-se por dor, que varia de leve a muito intensa, piorando com os 
movimentos e ao levantar peso; rigidez articular, que se agrava pelo repouso; limitação de 
movimentos e crepitação. 
 
 
 
 
 
2) Fatores de Risco 
 
a) Obesidade, clima, dieta, historia familiar 
 
3) Diagnóstico 
 
a) O diagnóstico baseia-se nos dados clínicos, auxiliados pelo exame radiológico, que evidencia 
diminuição do espaço articular (pinçamento articular), proliferação óssea marginal (osteofitose) e 
esclerose do osso subcondral. 
b) Os exames laboratoriais (hematológicos, bioquímicas e imunológicos) mostram-se normais . 
 
 
Gota 
 
1) A gota é um transtorno metabólico caracterizado por hiperuricemia e crises recidivantes de artrite 
aguda. Com o passar dos anos, a artrite torna-se crônica e surgem tofos, que são acúmulos de 
monourato de sódio. A deposição desta substância nos rins pode provocar insuficiência renal. 
O mais relevante da artrose é que os exames laboratoriais são normais, o que difere da artrite 
reumatoide, que eleva os marcadores inflamatórios. 
 
 
 
a) Gota primária (genética), quando os pacientes são primariamente hiperprodutores ou 
hipoexcretores de ácido úrico, tendo como substrato uma anomalia metabólica, cujo mecanismo 
íntimo ainda é desconhecido; 
b) Gota secundária, quando há superprodução de ácido úrico como decorrência de uma enfermidade 
(leucemia, policitemia, mieloma múltiplo) que transtorna o metabolismo das purinas. 
i) Dentre as causas de gota secundária, incluem-se também o uso de diuréticos tiazídicos e a 
insuficiência renal crônica. 
 
2) Manifestação Clínica 
 
 
 
a) De maneira clínica, manifesta-se por episódios de artrite aguda que ocorrem, na maioria das vezes, 
de madrugada, localizando-se preferencialmente na articulação metatarsofalangeana do primeiro 
dedo (podagra). 
i) Sua localização pode ser nos joelhos (gonagra) e mais raramente nos punhos (quiragra). 
ii) Quando acomete as mãos, a articulação mais afetada é a interfalangeana do dedo mínimo. 
 
b) Após a primeira crise (monoartrite aguda), passam a surgir crises poliarticulares com intervalos 
assintomáticos cada vez mais curtos. 
i) Após algum tempo, instala-se uma artrite crônica com crises de agudização e aparecem os tofos 
em tecidos moles, principalmente nos pavilhões auriculares e primeiro dedo do pé 
 
 
3) Epidemiologia 
 
a) É mais comum na quinta década. 
b) A proporção é de 10 homens: 1 mulher 
i) quando ocorre nas mulheres é mais comum nos pós menopausa, pois o estrogênio tem fator 
protetor. 
 
4) Diagnóstico 
 
a) O diagnóstico de gota é feito pelas crises típicas de artrite aguda, com antecedentes familiares da 
doença e a ocorrência de hiperuricemia e tofos. 
b) As radiografias podem mostrar lesões de reabsorção osteocartilaginosa no nível das articulações 
comprometidas.São denominadas lesões em saca-bocado. 
 
5) Tratamento : Aluporinol e Colxicina 
 
a) Não se usa Aluporinol em crises de gota. 
i) Razão : Analogia do“Toddy em leite frio” -> gotículas secas de chocolate no leite frio 
(1) Os cristais de urato solidificados na articulação se desfazem e dissolvem no liquido intra-
articular, levando a uma maior reação inflamatória -> piora da crise 
 
b) Na crise se usa Colxicina, anti inflamatório, Hidratação, Analgesia. 
 
Lupus 
 
1) O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença difusa que acomete o tecido conjuntivo 
 
a) Está relacionado com a artrose, sistema osteoarticular. 
i) Acometimento poliarticular. 
b) É uma doença sistêmica multifatorial, autoimune e grave. 
 
2) Epidemiologia e Fatores de Risco 
 
i) Cunho genético, então a historia familiar é muito relevante 
ii) Acomete principalmente mulheres na faixa etária de 20-40 anos 
iii) Tem fatores ambientais : sol (Raios UV) e alimentação/medicamentos. 
(1) No caso dos Raios UV, pacientes portadores de doenças autoimunes são mais susceptíveis a 
queimaduras devido a exposição solar (importante perguntar o quão fácil o paciente sofre 
queimaduras quando pega muito sol) 
 
3) Manifestação Clínica 
 
a) Clinicamente, o lúpus eritematoso disseminado caracteriza-se pelo polimorfismo sintomatológico. 
i) Inicia-se quase sempre por um quadro constituído de febre, mal-estar, anorexia, 
emagrecimento e astenia, ao qual se juntam artralgias, manifestações cutâneas (eritema 
acompanhado ou não de lesões papulares em formato de "asa de borboleta “ no dorso do nariz 
e nas regiões malares), e lesões purpúricas (mais frequentemente do tipo de petéquias), 
alopecia, úlceras nas pernas e vasculites 
 
 
 
b) Grande número de casos apresenta manifestações cardiovasculares representadas como atrito 
pericárdico (pericardite) e, mais raramente, sopros indicativos de comprometimento de valvas 
cardíacas. 
c) Lesão renal é muito frequente, indo desde simples glomerulonefrite focal, traduzida por hematúria, 
proteinúria e cilindrúria, até tipos graves da síndrome nefrótica. 
d) Hepatoesplenomegalia, corpúsculos citoides, com alterações visuais, convulsões, polineuropatia, 
derrame pleural e anemia hemolítica constituem outras manifestações do lúpus eritematoso 
disseminado. 
e) No exame de urina tipo 1 há presença de cilindros, que são fragmentos da parte tubular do rim. 
 
4) Diagnóstico 
 
a) O diagnóstico tem como base os achados clínicos, auxiliados por dados laboratoriais que incluem 
anemia moderada, leucopenia, trombocitopenia, aumento da velocidade de hemossedimentação, 
hipergamaglobulinemia, diminuição do complemento, sorologia falso-positiva para lues, presença 
de células LE (que ocorre em 80% dos casos) e de fator antinuclear em altos títulos ( 1.200), 
demonstrável em quase 100% dos casos. 
i) An LE cell (Lupus Erythematosus cell) is a neutrophil or macrophage that has phagocytized 
(engulfed) the denatured nuclear material of another cell. The denatured material is an 
absorbed hematoxylin body (also called an LE body) 
 
 
 
Artrite Séptica 
 
Geralmente acomete só 1 articulação, unilateral, sinais inflamatórios localizados. 
c) Possivel febre

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