Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO PODIUM – REVISÃO FINAL ALAP – PROFESSOR RUAN SANTOS Servidor público estadual, ocupante de cargo efetivo e classificado em unidade administrativa com atribuições decisórias em determinada Secretaria de Governo foi denunciado anonimamente como sujeito ativo de infração disciplinar. Segundo narrado pela denúncia anônima, o servidor facilitava a emissão de decisões favoráveis aos requerentes mediante ocultação e adulteração de documentos. Pelo que indicava a denúncia, havia recebimento de gratificação pelo servidor, o que permitiu, o enquadramento de tais condutas como sendo faltas disciplinares do tipo corrupção e improbidade administrativa. Diante da repercussão negativa na mídia para a Administração pública, a instauração, apuração e decisão do caso por meio de processo administrativo disciplinar ocorreu em tempo recorde. Ao servidor foi dado conhecimento sobre a tramitação do processo na mesma decisão que determinou seu afastamento do cargo. Não lhe foi permitida a constituição de advogado para apresentação de defesa, de forma que o próprio servidor o fez por conta própria, mediante razões escritas, precedido de vista de parte dos documentos que instruíam os autos do processo disciplinar. Após decisão condenatória que culminou em pena de demissão e imediata extinção do vínculo funcional, foi dada vista ao servidor, que então pôde constituir advogado para apresentação de recurso. De acordo com a narrativa trazida aos autos, responda, fundamentadamente: a. A decisão que afastou o servidor público do cargo está amparada na legalidade? b. A pena de demissão constante da decisão condenatória relativa à infração disciplinar enquadrada no caso possui fundamento legal? c. Há vícios no processo disciplinar no que concerne à garantia da ampla defesa e do contraditório? LEI N° 0066/93 DO AFASTAMENTO PREVENTIVO Art. 163. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo de remuneração. Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo. CASOS DE DEMISSÃO Art. 148. A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administração pública; II - abandono do cargo: III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - aplicação irregular de dinheiros públicos; VIII - ofensa física, em serviço, a servidor, ou a particular, salvo em legítima defesa, própria ou de outrem; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão dos cofres públicos e delapidação do patrimônio estadual; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressões dos incisos IX a XV do artigo 133. Art. 133. São deveres do servidor: IX - levar ao conhecimento do seu chefe imediato as irregularidades de que tiver ciência, em razão de seu cargo, representando, à autoridade superior, se aquele não levar na devida conta a informação prestada; X - guardar sigilo dos assuntos de natureza confidencial; XI - atender com preterição de qualquer outro serviço: a) às requisições para defesa da Fazenda Pública. b) às expedições de certidões requeridas para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de que trata o inciso III do artigo 122. c) ao público em geral. XII - residir na localidade onde for lotado para exercer as atribuições ao seu cargo, ou em localidade vizinha; se disto não resultou em inconveniência para o serviço público; XIII - apresentar-se decentemente trajado ao serviço; XIV - trazer rigorosamente atualizados as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço pertinentes às suas atribuições; XV - manter espírito de solidariedade, cooperação e lealdade para com os colegas de serviço; Art. 154. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos. Art. 155. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 45 (quarenta e cinco) dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses. SÚMULA VINCULANTE N° 05 – STF A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. DAS PENALIDADES Art. 143. São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - destituição de cargo em comissão; V - destituição de função comissionada; e VI - cassação de aposentadoria e disponibilidade. FORMAS DE PROVIMENTO Art. 6º Os cargos públicos serão providos por: I - nomeação; II - recondução; III - promoção; IV - ascensão; V - reintegração; VI - aproveitamento; VII - reversão; VIII - readaptação; IX - transferência; X - transferência ou opção. NOMEAÇÃO Art. 7º A nomeação far-se-á: I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; II - em Comissão, para cargos de confiança, de livre exoneração. DA RECONDUÇÃO Art. 9º Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilidade em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. PROMOÇÃO Art. 11. Promoção é a passagem do servidor estável de uma classe para a imediatamente superior àquela que ocupa na respectiva carreira, obedecidos os critérios de avaliação de desempenho, qualificação profissional e cumprimento de adequado interstício. § 1º Para primeira promoção na carreira, o interstício não poderá ser inferior a 02 (dois) anos de efetivo exercício na classe. ASCENSÃO (CONSIDERADA INCONSTITUCIONAL PELO STF) Art. 12. Ascensão é a passagem do servidor na mesma carreira, da última classe de um nível para o nível imediatamente superior, sendo posicionado no padrão de vencimento imediatamente superior àquele em que se encontrava. Art. 13. É requisito indispensável para a ascensão, a aprovação em processo seletivo, realizado simultaneamente com o concurso público, observados os mesmos critérios. DA REINTEGRAÇÃO Art. 14. Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão administrativa ou judicialmente, com ressarcimento de todas as vantagens. DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO Art. 17. Extinto o cargo e declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade com vencimentos integrais. Art. 18. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade dar-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. DA REVERSÃO Art. 20. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez quando, por Junta Médica Oficial forem declarados insubsistentes aos motivos da aposentadoria. § 1º A reversão dar-se-á a requerimento do interessado ou “ex-offício”. DA READAPTAÇÃO Art. 21. Readaptação é a investidura do servidor em outro cargo mais compatível com a sua capacidade física e mental, revelando-se, comprovadamente inapto para o exercício das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo que vinha ocupando, sem causa que justifique a sua demissão ou exoneração, podendo efetivar-se "ex-offício” ou a pedido. Art. 24. A readaptação dependerá da existência de vaga e não acarretará decesso de vencimento. Art. 25. Não se fará readaptação em cargo para o qual haja candidato aprovado em concurso público. DA MOVIMENTAÇÃO (DO SERVIDOR) Art. 40. Relotação, transferência, remoção e disposição ou cedência, é a movimentação de servidorde acordo com as definições a seguir: Art. 41. Sendo os cônjuges servidores, a transferência “ex-officio”, de um, assegurará o direito de transferência de outro, a pedido. Art. 42. É vedada a transferência “ex-officio” do servidor que esteja regularmente matriculado em curso de formação aperfeiçoamento ou especialização profissional, mantido por instituição oficial do Estado, ou em curso que guarde correspondência com as atribuições da respectiva carreira ministrado por entidade de ensino superior ou instituição conveniada. DA VACÂNCIA Art. 43. Vacância é a abertura de claro no quadro de pessoal do Estado, permitindo o preenchimento de cargo vago, e decorrerá de: I - recondução; II - promoção; III - readaptação; IV - aposentadoria; V - exoneração; VI - demissão; VII - falecimento; VIII - ascensão; IX - posse em outro cargo inacumulável. DA RESPONSABILIDADE (PENAL, CIVIL E ADMINISTRATIVA) Art. 138. Pelo exercício irregular de suas atribuições o servidor responde civil, penal e administrativamente. Art. 139. A responsabilidade civil é decorrente de procedimento omisso ou comisso, doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda Pública Estadual ou de terceiros. § 2º Tratando-se de danos causados a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. § 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. Art. 140. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor nessa qualidade. Art. 141. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omisso ou comisso praticado no desempenho do cargo ou função. Art. 142. As sanções civis, penais e administrativas poderão acumular-se, sendo independentes entre si. EXCEÇÃO: ABSOLVIÇÃO PENAL 1) NEGATIVA DA AUTORIA 2) INEXISTENCIA DO FATO QUALQUER OUTRA ABSOLVIÇÃO (PENAL) OU QUALQUER CASO DE CONDENAÇÃO PENAL RECAI NA REGRA: INDEPEDÊNCIA DAS ESFERAS A SEGUIR, EXEMPLOS DE ABSOLVIÇÕES PENAIS QUE NÃO INTERFEREM NAS ESFERAS CIVIL E/OU ADMINISTRATIVA, OU SEJA, APLICA-SE A REGRA DA INDEPENDÊNCIA DAS ESFERAS 1) INSUFICIÊNCIA DE PROVAS 2) AUSÊNCIA DE TIPIFICAÇÃO DA CONDUTA COMO CRIME NESSES CASOS DE ABSOLVIÇÃO PENAL O SERVIDOR SEGUE RESPONDENDO NOS ÂMBITOS CIVIL E/OU ADMINISTRATIVO, PODENDO, SEM INTERFERÊNCIA ALGUMA DA DECISÃO PENAL, SER CONDENADO PELA CHAMADA FALTA RESIDUAL. REGIMENTO INTERNO DA ALAP Da Vacância Art. 79. As vagas, na Assembleia Legislativa, verificar-se-ão em virtude de: I - falecimento; II - renúncia; III - perda de mandato. Art. 81. Perde o mandato o Deputado: I - que infringir qualquer das proibições constantes do art. 97 da Constituição do Estado; II - cujo procedimento for declarado incompatível com decoro parlamentar; III - que deixar de comparecer, em cada Sessão Legislativa Ordinária, à terça parte das sessões ordinárias da Assembleia Legislativa, salvo licença ou missão autorizada; IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal; VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. LEI GERAL DE LICITAÇÕES E CONTRATOS (LEI 8.666/93) Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções: I - advertência; II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato; III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos; IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior. § 2o As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis. § 3o A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO (LEI 12.527/11) Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções: I - advertência; II - multa; III - rescisão do vínculo com o poder público; IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a administração pública por prazo não superior a 2 (dois) anos; e V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade. § 1º As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias. § 2º A reabilitação referida no inciso V será autorizada somente quando o interessado efetivar o ressarcimento ao órgão ou entidade dos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso IV. § 3º A aplicação da sanção prevista no inciso V é de competência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pública, facultada a defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista. LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (LEI 8.429/92) ESPÉCIES DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 1 - Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito 2 - Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário 3 - Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário 4 - Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública OUTRAS REGRAS DE IMPROBIDADE Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento; II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.
Compartilhar