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Associação Brasileira de Ensino Universitário – UNIABEU.
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
PSICOLOGIA E TRABALHO
Professora: Carla Barbosa
Alunos:
Fernanda Ramos Texeira - 61710873
Joelma Cristina do Nascimento – 61720565
Liliane de Souza Soares Costa – 61820295
Rogério de Lima Miranda - 61810224
BELFORD ROXO – RJ
MAIO – 2020
Análise da cena do filme de Ken Loach “ EU, Daniel Blake” e a centralização do trabalho.
Um filme emocionante, “Eu, Daniel Blake” de Ken Loach conta a história do personagem que dá nome ao filme; Um senhor de meia idade que se vê em dificuldades financeiras após ser diagnosticado com uma enfermidade no coração, que o impossibilitou de continuar a exercer suas funções na empresa. Não bastasse ter que lidar com as questões de uma doença grave ,Daniel Blake, tem que transpor vários obstáculos para conseguir recursos financeiros para sobreviver, passando por situações de total desrespeito. O filme tem um direcionamento consistente no processo do trabalho. O trabalho está institucionalizado na vida do homem e atravessa recortes na subjetividade do sujeito. O sistema de trabalho e sua funcionalidade é estruturado para desembocar no abismo que corroe a esperança de uma vida supostamente digna. 
A relação do trabalho e o capitalismo não se fundi para fins de liberdade. O corte de classes já permeia, não é de agora, e a busca do equilíbrio ou emancipação cai por terra com a moldagem e a mutação dos modos de produção.
Em meio a tantas cenas marcantes, escolhemos a que ele se vê obrigado a vender alguns de seus pertences para obter recursos a fim de honrar seus compromissos financeiros, mantendo consigo entre outros pertences essenciais para sua sobrevivência, uma caixa de ferramentas e um móbile de madeira com tema marítimo (peixinhos), esta, claramente mostra o quanto as relações de trabalho permeiam o comportamento, as expectativas, a linguagem, o afeto e os projetos do individuo. Isso representa o quanto o capital está centralizado no trabalho. A caixa de ferramentas foi o que restou de esperança, uma subjetividade talvez de recomeço no ponto de vista de conseguir um trabalho e sair da zona de vulnerabilidade e deixar de ser considerado pelo Estado um peso para a sociedade. O mobile talvez represente um sentimento de dever cumprido perante os fazeres desse trabalho, um objeto simples mas cheio de significado, onde ele depositou sua força laboral para produzi-lo a partir se sua história de vida, e de suas lembranças com a esposa. Ali ele empregou suas habilidades cujo o resultado não poderá expropriado pelo capitalismo pois não é uma mercadoria e ele poderá desfrutar.
No texto Relações de Trabalho e transformação social, Codo aponta para a questão do capitalismo que se apropria do produto resultante do trabalho e do comportamento do homem, descaracterizando a relação natural onde o homem dominava a natureza para extrair recursos para sua sobrevivência, e passando a ser dominado pelo capitalismo; enfatizando que o trabalhador não consome o que produz, e que o mesmo emprega um esforço contínuo que alimenta os meios de produção, mas não tem uma remuneração compatível que garanta o mínimo de qualidade de vida. Segundo Codo, o trabalho na modernidade continua nos escravizando na falsa impressão e na naturalidade de conduzir a vida na alienação emposta pelo capitalismo.
Exemplo disso, na cena supracitada, Daniel, que é um excelente marceneiro, capaz de construir uma casa inteira sozinho; depois de anos de trabalho não possui sua moradia própria e tem que pagar aluguel. 
A psicologia tem ao longo de sua existência corroborado através de suas práticas com a alienação e expropriação do indivíduo, o reduzindo a condição de mercadoria. Logo, um dos desafios na prática da psicologia será o de propugnar que o indivíduo tenha o controle de si e do seu meio. Codo nos mostra um distanciamento da psicologia em relação a este assunto, porém, ela vem se posicionando vagarosamente frente a problemática do trabalho e da subjetividade. 
Se faz necessário que os psicólogos se debrucem na luta de um movimento que realmente forneça mudanças. Reconhecer os erros e olhar para profissão como fonte simples e pura do trabalho, pois o psicólogo também é um trabalhador. O cunho social que a psicologia prega não terá efeito se a mesma não desconstruir esse paradigma e pregar essa desconstrução também para os sujeitados.

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