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DEMONSTRAÇÕES 
 FINANCEIRAS 
CONSOLIDADAS 
EM IFRS 
 
 
DEZEMBRO/2018 
 
 
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 2 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
 
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SUMÁRIO 
 
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO .......................................................................................................................... 5 
 
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES .................................................................................................... 15 
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ....................................................................................... 16 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ............................................................................................... 23 
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO ...................................................................................................................................................................... 24 
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO ....................................................................................................................................................... 27 
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO ABRANGENTE ................................................................................................................................ 28 
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................................................................... 29 
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA ............................................................................................................................................ 30 
NOTAS EXPLICATIVAS .......................................................................................................................................... 31 
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ............................................................................................................... 32 
NOTA 01 - INFORMAÇÕES GERAIS ................................................................................................................................................................................ 33 
NOTA 02 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS .................................................................................................... 33 
NOTA 03 - RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ........................................................................................................................................ 37 
NOTA 04 - ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS ................................................................................................................................ 51 
NOTA 05 - GERENCIAMENTO DE CAPITAL E DE RISCOS CORPORATIVOS ..................................................................................................................... 52 
NOTA 06 - INFORMAÇÕES POR SEGMENTOS ............................................................................................................................................................... 68 
NOTA 07 - CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ............................................................................................................................................................... 70 
NOTA 08 - DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS NO BANCO CENTRAL ..................................................................................................................................... 70 
NOTA 09 - APLICAÇÃO NO MERCADO ABERTO E EM DEPÓSITOS INTERFINANCEIROS ................................................................................................ 70 
NOTA 10 - ATIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO -TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ................................................................................ 71 
NOTA 11 - OPERAÇÕES DE CRÉDITO E ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO .................................................................................................... 71 
NOTA 12 - ATIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO POR MEIO DE OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES -TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ........ 73 
NOTA 13 - ATIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO POR MEIO DO RESULTADO -TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ................................................. 74 
NOTA 14 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS ............................................................................................................................................. 74 
NOTA 15 - INVESTIMENTOS EM COLIGADAS ................................................................................................................................................................ 76 
NOTA 16 - IMOBILIZADO ............................................................................................................................................................................................... 76 
NOTA 17 - INTANGÍVEL ................................................................................................................................................................................................. 77 
NOTA 18 - OUTROS ATIVOS E PASSIVOS ....................................................................................................................................................................... 78 
NOTA 19 - PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO ..................................................................................................................................... 79 
NOTA 20 - PASSIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO POR MEIO DO RESULTADO ...................................................................................................... 79 
NOTA 21 - PROVISÕES, ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES ....................................................................................................................................... 79 
NOTA 22 - TRIBUTOS DIFERIDOS ................................................................................................................................................................................... 81 
NOTA 23 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONSOLIDADO ....................................................................................................................................................... 83 
NOTA 24 - RECEITA LÍQUIDA COM JUROS E SIMILARES ................................................................................................................................................ 85 
NOTA 25 - GANHOS (PERDAS) LÍQUIDOS COM ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO ......................................................................... 85 
NOTA 26 - RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E TARIFAS BANCÁRIAS .................................................................................................................. 86 
NOTA 27 - DESPESAS DE PESSOAL................................................................................................................................................................................. 86 
NOTA 28 - OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS ....................................................................................................................................................... 86 
NOTA 29 - OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS .............................................................................................................................................................. 87 
NOTA 30 - OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS ............................................................................................................................................................. 87 
NOTA 31 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃOSOCIAL ........................................................................................................................................... 87 
NOTA 32 - OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS DE LONGO PRAZO PÓS-EMPREGO A EMPREGADOS ................................................................................ 88 
NOTA 33 - COMPROMISSOS E OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES .......................................................................................................................... 97 
NOTA 34 - TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ............................................................................................................................................... 98
file://///corp.banrisul.com.br/deptos/Contabilidade-GPDF/GPDF/NucleoContabil/IFRS/Notas%20Explicativas/2018/Dezembro/DFs_Notas%20Explicativas%20IFRS_Dez2018_Auditoria.docx%23_Toc1550315
file://///corp.banrisul.com.br/deptos/Contabilidade-GPDF/GPDF/NucleoContabil/IFRS/Notas%20Explicativas/2018/Dezembro/DFs_Notas%20Explicativas%20IFRS_Dez2018_Auditoria.docx%23_Toc1550317
file://///corp.banrisul.com.br/deptos/Contabilidade-GPDF/GPDF/NucleoContabil/IFRS/Notas%20Explicativas/2018/Dezembro/DFs_Notas%20Explicativas%20IFRS_Dez2018_Auditoria.docx%23_Toc1550319
file://///corp.banrisul.com.br/deptos/Contabilidade-GPDF/GPDF/NucleoContabil/IFRS/Notas%20Explicativas/2018/Dezembro/DFs_Notas%20Explicativas%20IFRS_Dez2018_Auditoria.docx%23_Toc1550326
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 4 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
 
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 
 
 
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 6 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
 
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SENHORES ACIONISTAS 
Apresentamos o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras consolidadas do Banco do Estado 
do Rio Grande do Sul S.A. relativas ao exercício de 2018, em atendimento às exigências estabelecidas pelo Banco 
Central do Brasil, por meio da Resolução n° 3.786/09 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que disciplina a 
elaboração de demonstrações consolidadas de acordo com o padrão contábil internacional - IFRS (International 
Financial Reporting Standards), conforme aprovado pelo International Accounting Standards Board (IASB), 
traduzidos para a língua portuguesa por entidade brasileira credenciada pela International Accounting Standards 
Committee Foundation (IASC). 
Informações sobre o modelo de negócios do Banco, gestão de riscos e governança corporativa estão disponíveis 
no site http://www.banrisul.com.br, nas rotas: Relações com Investidores/Informações aos 
Investidores/Formulário de Referência; Relações com Investidores/Governança Corporativa/Gerenciamento de 
Riscos/Relatório de Gerenciamento de Riscos, atualizadas, conforme última publicação na rota: Relações com 
Investidores/Informações aos Investidores/Divulgação de Resultados/4T18. 
 
CONTEXTO ECONÔMICO E FINANCEIRO 
O ano de 2018 foi marcado pelo recrudescimento das incertezas no ambiente internacional e pelo aumento da 
volatilidade, associados, em grande medida, às perspectivas de realinhamento das condições financeiras frente 
à evolução da atividade econômica nas principais economias do mundo e ao avanço das tensões comerciais. Com 
efeito, a economia norte-americana, embora tenha preservado expansão consistente, acompanhada de baixos 
níveis de ociosidade no mercado de trabalho e de inflação controlada, passou a registrar indícios de moderação, 
sobretudo dos investimentos privados residenciais, em um contexto de elevação das taxas de juros. Já na Europa, 
a perda de ímpeto da atividade econômica e a ausência de pressões inflacionárias determinaram a condução 
cautelosa da política monetária do Continente, com manutenção da taxa básica de juros e redução gradual dos 
estímulos. Por sua vez, a economia chinesa, ainda que diante de maiores riscos de desaceleração, manteve 
desempenho compatível com a meta anual de crescimento estabelecida para o País e com o processo de 
rebalanceamento em curso. 
No Brasil, em que pese o cenário externo mais desafiador e as incertezas domésticas, a atividade econômica 
brasileira se manteve em trajetória de recuperação gradual, em ambiente de elevada ociosidade e de inflação 
corrente e expectativas inflacionárias em patamar compatível com a meta, apesar da incidência de choques 
adversos ao longo do ano. Nessa conjuntura, comércio varejista e indústria mantiveram tendência de 
crescimento no período, movimento condizente com a melhora gradual do mercado de crédito, em particular 
no segmento de pessoas físicas, diante da redução do comprometimento da renda das famílias e da política 
monetária estimulativa, com a taxa básica de juros, a Selic, no patamar de 6,5% a.a. até o final de 2018. 
Em linha com a dinâmica nacional, a economia do Rio Grande do Sul seguiu em trajetória de crescimento, embora 
moderado, ao longo de 2018. Esse movimento combinou, de um lado, a evolução positiva dos setores de 
comércio, serviços e indústria, em um contexto de recuperação gradual do mercado de trabalho, e, de outro, os 
efeitos negativos decorrentes de choques adversos, em particular das paralisações no setor de transporte de 
cargas, ocorridas em meados do ano. No mesmo sentido, o mercado de crédito também contribuiu para a 
retomada da economia do Estado, com crescimento das carteiras de pessoa física e jurídica. Por sua vez, o 
comércio exterior gaúcho apresentou desempenho positivo no acumulado de 2018, registrando superávit de 
US$9,5 bilhões, ante saldo positivo de US$7,9 bilhões no mesmo período de 2017, resultado do aumento de 
16,7% das exportações e de 13,7% das importações. 
 
 
 
http://www.banrisul.com.br/
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 8 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS 
O ano de 2018 foi de adequação e avanços na implantação do novo modelo de gestão, adotado em 2017 pelo 
Banrisul. A Instituição segue aperfeiçoando os modelos de risco de crédito nos segmentos de varejo pessoa física 
e jurídica, da originação de crédito à recuperação de operações de clientes inadimplentes, sustentados pela 
gestão eficaz de dados na definição de limites e pela precificação baseada em risco, visando melhorar a margem 
financeira ajustada ao risco e capturar novos negócios. Complementando o novo modelo e focando a 
produtividade comercial, o programa Banrisul Mais busca qualificar o atendimento e a atuação comercial, por 
meio da capacitação das equipes de vendas, da padronização de rotinas e da definição de alavancas comerciais. 
A atuação comercial permanece com destaque no segmento de pessoa física, em especial nas linhas de crédito 
consignado para servidores públicos e aposentados, atendidos pelas áreas de negócios das agências bem como, 
ampliando o atendimento através da abertura de novos espaços e carteiras de clientes Afinidade, que possuem 
elevado potencial de relacionamento. No segmento empresarial, o direcionamento comercial se mantém no 
Programa Especial de Crédito para Micro e Pequenas Empresas - Crédito Simples Banrisul, que abrange produtos 
e serviços como conta empresarial, cartão de crédito empresarial, fornecimento de equipamentos Vero, com 
ofertas de acordo com o perfil dos clientes, operações de crédito com antecipação de recebíveis e crédito com 
garantia real para clientes de menor risco, alinhado ao novo modelo de risco. O fortalecimento da rede de 
adquirência Vero também é destaque na Instituição, ramo de negócios no qual foram disponibilizados novos 
produtos e serviços. 
No ano em que completa 90 anos, o Banrisul mantém o foco cada vez maior em seu processo de transformação 
digital tornando-se cada vez mais moderno, eficiente, sustentável e preparado para o futuro. Em 2018 a 
Instituiçãocriou a Unidade de Transformação Digital com adoção de jornadas fim-a-fim e internalização da 
metodologia ágil. As iniciativas priorizadas visam acelerar ainda mais a jornada digital do Banco, que vem se 
traduzindo em maior oferta de produtos e serviços no aplicativo Banrisul Digital. 
A interação com seus clientes e com o público em geral acontece nos mais diversos canais de comunicação que 
o Banco utiliza. Em 2018 foram realizadas campanhas publicitárias, dentre as quais destacam-se as campanhas 
de produtos e serviços do Banco: Conta Universitária; Banricompras; Banrisul, o grande banco do sul; e Banrisul 
Digital. Outra importante via de interação com a comunidade ocorre por meio de patrocínio a projetos com 
utilização das leis de benefício fiscal (Lei Rouanet, Audiovisual, Lei de Incentivo ao Esporte) e do Programa 
Banrisul de Patrocínios, por meio dos quais a Instituição apoia feiras, expofeiras, eventos culturais, esportivos, 
de cunho social, de sustentabilidade e de benefício à saúde e à educação, na capital e no interior do Estado do 
Rio Grande do Sul. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DESEMPENHO FINANCEIRO 
 
LUCRO LÍQUIDO 
O lucro líquido atingiu R$908,6 milhões em 2018, R$186,9 milhões ou 17,1% abaixo do valor registrado no ano 
de 2017. O desempenho reflete, principalmente: (i) o crescimento do resultado líquido de juros ajustado em 
R$222,3 milhões; (ii) o menor fluxo de perdas esperadas com ativos financeiros em R$144,8 milhões; (iii) o 
crescimento das receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias em R$195,3 milhões; (iv) o aumento das 
despesas administrativas, incluídas as de pessoal, em R$186,3 milhões, devido, principalmente, ao efeito dos 
acordos coletivos da categoria de 2017 e 2018 e às despesas com serviços de consultoria; (v) desempenho 
desfavorável das outras receitas/despesas operacionais, em R$485,5 milhões, devido, principalmente, ao 
reconhecimento, em 2017, do direito de crédito tributário de IRPJ e CSLL, relativo à ação judicial em função do 
Plano Verão, ao acordo de investimento com a Icatu Seguros em 2017, visando a comercialização de produtos 
de capitalização nos canais de distribuição do Banrisul, e ao maior fluxo de despesas com provisões trabalhistas 
em 2018; (vi) além da consequente ampliação no Imposto de Renda e Contribuição Social em R$59,6 milhões. 
A reconciliação entre o resultado apurado pelas práticas contábeis brasileiras (BRGAAP) e o padrão contábil 
internacional (IFRS) abrange as seguintes contas: 
... R$1,9 milhões na receita líquida com juros, refere-se ao diferimento de comissões e outros custos pela 
taxa de juros efetiva; 
... R$221,1 milhões nas perdas esperadas com ativos financeiros, refere-se, principalmente, à diferença 
nos parâmetros do cálculo, que, na visão de BRGAAP, é baseado na classificação das operações de 
acordo com os ratings previstos na Resolução nº 2.682/99 do CMN, e na visão IFRS, utiliza a abordagem 
de três estágios de classificação dos ativos financeiros, com base na extensão da deterioração do crédito 
desde a originação, e considerando para a migração de um estágio a outro as mudanças no risco de 
crédito; 
 .. R$11,7 milhões nas outras despesas administrativas, em função das despesas de depreciação e 
amortização, modificadas pela revisão de vida útil dos bens do imobilizado, e das despesas de operações 
de leasing, devido ao reconhecimento de leasing financeiro; 
... R$93,9 milhões nas despesas com imposto de renda e contribuição social, referentes ao 
reconhecimento dos tributos diferidos incidentes sobre os ajustes de reconciliação do IFRS. 
TABELA 1: DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS PRO FORMA (R$ MILHÕES) 
 
Dez 2018 
BRGAAP 
Reconciliação 
Dez 2018 
IFRS 
Dez 2017 
IFRS 
∆% 
Receita Líquida com Juros 4.547,6 (1,9) 4.545,7 4.588,0 -0,9% 
Receita de Dividendos 5,2 - 5,2 3,0 75,1% 
Ganhos (Perdas) Líquidos com Ativos e Passivos Financeiros 228,0 - 228,0 (64,0) -456,6% 
Resultado de Variação Cambial de Transações no Exterior 60,1 - 60,1 87,5 -31,4% 
Receita de Prestação de Serviços e Tarifas Bancárias 2.026,3 - 2.026,3 1.830,9 10,7% 
Perdas Esperadas com Ativos Financeiros (759,0) (221,1) (980,0) (1.124,8) -12,9% 
Outras Receitas / Despesas Operacionais (4.449,9) (11,7) (4.461,6) (3.769,7) 18,4% 
Despesas de Pessoal (2.180,3) - (2.180,3) (2.065,7) 5,5% 
Outras Despesas Administrativas (1.577,7) (11,7) (1.589,5) (1.517,7) 4,7% 
Despesas Tributárias (488,0) - (488,0) (453,8) 7,5% 
Resultado de Participação em Coligadas 45,2 - 45,2 31,1 45,5% 
Outras Receitas Operacionais 266,4 - 266,4 677,6 -60,7% 
Outras Despesas Operacionais (515,5) - (515,5) (441,2) 16,8% 
Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 1.658,3 (234,6) 1.423,6 1.550,9 -8,2% 
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro (608,9) 93,9 (515,0) (455,4) 13,1% 
Lucro Líquido do Exercício 1.049,4 (140,8) 908,6 1.095,5 -17,1% 
 
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 10 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS 
A política de remuneração do capital adotada pelo Banrisul, descrita no Estatuto Social da empresa e aprovada 
desde março de 2009, especifica um percentual mínimo de 25% a ser pago aos acionistas a título de dividendos 
mínimos obrigatórios. Além do percentual de dividendo mínimo estabelecido no Estatuto Social, a cada 
Assembleia Geral Ordinária/Extraordinária são definidos os percentuais dos dividendos adicionais. Para o ano de 
2018, foi estabelecido um percentual adicional de 15% como dividendos complementares, totalizando a 
distribuição de 40% do lucro líquido ajustado para os exercícios seguintes, que pode ser pago na forma de juros 
sobre o capital próprio, tratado como despesa dedutível para fins de impostos e contribuições. 
O valor pago a título de juros sobre o capital próprio é limitado à variação pro rata die da Taxa de Juros de Longo 
Prazo (TJLP), bem como ao valor de dividendos aprovado no exercício, e seu pagamento é realizado 
trimestralmente, segundo determinação do Conselho de Administração. A remuneração dos acionistas foi e 
continuará sendo calculada e paga com base nos lucros apurados de acordo com as práticas contábeis adotadas 
no Brasil (BRGAAP). 
Em 2018, a distribuição dos resultados alcançou R$398,5 milhões, na forma de juros sobre o capital próprio e 
dividendos pagos, creditados e/ou provisionados, descontado do imposto de renda retido na fonte. 
TABELA 2: DISTRIBUIÇÃO DO RESULTADO (R$ MILHÕES) 
 2018 2017 ∆% 
Lucro Líquido do Exercício BRGAAP 1.048,6 1.053,0 -0,4% 
Reserva Legal (52,4) (52,7) -0,4% 
Base de Cálculo dos Dividendos 996,2 1.000,4 -0,4% 
Dividendo Mínimo Obrigatório (25%) (249,0) (250,1) -0,4% 
Dividendo Adicional (15%) (149,4) (150,1) -0,4% 
Dividendos Totais (398,5) (400,2) -0,4% 
Juro sobre o Capital Próprio Pagos/Creditados (1) 384,7 380,0 1,2% 
Dividendos Provisionados 13,8 20,2 -31,6% 
(1) Valor líquido do Imposto de Renda 
DESEMPENHO PATRIMONIAL 
 
ATIVO 
O ativo total atingiu R$78.336,4 milhões em dezembro/18, com incremento de R$3.968,9 milhões ou 5,3% sobre 
o saldo de 2017. Na composição dos ativos, destaca-se, principalmente, a participação das operações de crédito 
e arrendamento mercantil financeiro, em 43,7%, dos títulos de investimento, em 31,9%, e dos depósitos 
compulsórios no Banco Central do Brasil em 15,5%. 
Em relação às fontes de recursos que alavancaram o aumento do ativo, incluem-se os passivos financeiros ao 
custo amortizado, que atingiram R$64.797,1 milhões em dezembro/18, compostos, especialmente, por 
captações com clientes e bancos, cujo saldo alcançou R$50.864,1 milhões, com elevação de R$3.779,5 milhões 
nos doze meses, e por captações no mercado aberto, que alcançaram saldo de R$3.928,6 milhões ao final de 
dezembro/18, com retração de R$924,0 milhões em doze meses. 
Gráfico1: Evolução do Ativo Total - R$ Milhões 
 
70.155,0
74.367,5
78.336,4
2016 2017 2018
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TÍTULOS DE INVESTIMENTO 
Os títulos de investimento alcançaram o saldo de R$24.991,3 milhões em dezembro/18, apresentando relativa 
estabilidade, com crescimento de R$173,6 milhões em doze meses. 
Em relação à composição dos títulos, salienta-se a participação de 65,4% dos ativos financeiros ao custo 
amortizado, no montante de R$16.352,8 milhões, de 18,0% de aplicações no mercado aberto, no montante de 
R$4.509,4 milhões, de 15,0% dos ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado, que totalizaram 
R$3.746,6 milhões, de 1,2% de ativos financeiros ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes, que 
atingiram R$289,9 milhões, e de 0,4% de aplicações em depósitos interfinanceiros no valor de R$92,5 milhões. 
Quanto aos tipos de papeis, os títulos estão concentrados, especialmente, em Letras Financeiras do Tesouro. 
O Banrisul possui capacidade financeira, comprovada através de estudos técnicos desenvolvidos internamente, 
e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria de ativos financeiros ao custo 
amortizado. 
TABELA 3: TÍTULOS DE INVESTIMENTO (R$ MILHÕES) 
 2018 2017 ∆% 
Aplicações no Mercado Aberto 4.509,4 41,7 10.717,4% 
Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 92,5 587,1 -84,2% 
Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio do Resultado 3.746,6 3.962,0 -5,4% 
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 3.670,6 3.866,4 -5,1% 
Cotas de Fundo de Renda Fixa 32,4 31,3 3,6% 
Cotas de Fundo Referenciado 16,7 0,3 5.273,5% 
Outras Cotas de Fundos 4,3 10,3 -57,8% 
Ações de Companhias Abertas 15,4 53,8 -71,4% 
Outros 7,2 - 100,0% 
Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes 289,9 1.245,2 -76,7% 
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) - 841,4 -100,0% 
Ações de Companhias Abertas 1,1 23,5 -95,4% 
Cotas de Fundo de Renda Fixa 286,6 378,0 -24,2% 
Cotas de Fundo Imobiliário 2,3 2,2 3,4% 
Outras Cotas de Fundos - 0,1 -100,0% 
Instrumentos Financeiros Derivativos - 105,2 -100,0% 
Ativos Financeiros ao Custo Amortizado 16.352,8 18.876,4 -13,4% 
Títulos Públicos Federais 16.311,8 18.737,0 -12,9% 
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 16.217,9 18.632,3 -13,0% 
Títulos Públicos Federais (CVS) 94,0 104,7 -10,3% 
Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI) 17,7 20,7 -14,6% 
Debêntures - 13,5 -100,0% 
Letras Financeiras 23,3 105,2 -77,9% 
Títulos de Investimento 24.991,3 24.817,6 0,7% 
 
OPERAÇÕES DE CRÉDITO E ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO 
As operações de crédito e arrendamento mercantil financeiro atingiram o montante de R$34.216,2 milhões em 
dezembro/18, com ampliação de R$2.674,6 milhões ou 8,5% em relação a dezembro do ano anterior. 
Em dezembro/18, o crédito à pessoa física atingiu o montante de R$24.019,7 milhões, com ampliação de 
R$3.180,8 milhões ou 15,3% nos doze meses, representando 70,2% no total das operações de crédito e 
arrendamento mercantil financeiro. Em relação à composição da pessoa física, destaca-se a participação do 
crédito consignado, com 56,8%, do crédito imobiliário, com 14,3% e do crédito pessoal, com 12,9% do total. O 
crédito à pessoa jurídica atingiu o montante de R$10.196,5 milhões em dezembro/18, com redução de R$506,1 
milhões ou 4,7% em relação a dezembro/17, representando 29,8% no total das operações de crédito e 
arrendamento mercantil financeiro. Em relação à composição da pessoa jurídica, destaca-se a participação do 
capital de giro, com 38,8%, do crédito rural e desenvolvimento, com 13,3%, e da carteira de câmbio, com 10,9%. 
Em relação aos vencimentos das operações de crédito e arrendamento mercantil financeiro, em dezembro/18, 
pode-se observar que as parcelas vencidas a partir de 1 (um) dia totalizaram R$526,1 milhões ou 1,5% do total 
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 12 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
da carteira, as parcelas a vencer em até 12 meses totalizaram R$14.228,6 milhões ou 41,6% do montante, e as 
parcelas a vencer acima de 12 meses totalizaram R$19.461,5 milhões ou 56,9% do total da carteira. 
 
TABELA 4: COMPOSIÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO E ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO (R$ MILHÕES) 
 2018 2017 ∆% 
Pessoas Físicas 24.019,7 20.839,0 15,3% 
Cartão de Crédito 1.322,3 1.069,2 23,7% 
Crédito Consignado 13.653,3 11.260,4 21,3% 
Crédito Pessoal - não Consignado 3.105,5 2.760,2 12,5% 
Crédito Imobiliário 3.436,0 3.194,3 7,6% 
Crédito Rural e Desenvolvimento 1.715,3 1.736,3 -1,2% 
Outros 787,4 818,5 -3,8% 
Pessoa Jurídica 10.196,5 10.702,7 -4,7% 
Câmbio 1.112,8 1.007,8 10,4% 
Capital de Giro 3.951,8 4.123,8 -4,2% 
Conta Empresarial/Garantida 683,2 757,2 -9,8% 
Crédito Imobiliário 677,0 634,7 6,7% 
Crédito Rural e Desenvolvimento 1.354,4 1.525,4 -11,2% 
Outros 2.417,4 2.653,7 -8,9% 
Total de Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Financeiro 34.216,2 31.541,6 8,5% 
 
PASSIVOS FINANCEIROS 
Os passivos financeiros apresentaram saldo de R$66.976,0 milhões em dezembro/18, representando 94,4% dos 
passivos, e apresentando aumento de R$3.482,5 milhões ou 5,5% em relação a dezembro/17. 
Em relação à composição dos passivos financeiros, destacam-se as captações com clientes, que representavam 
75,6% dos passivos financeiros, as captações no mercado aberto, que correspondem a 5,9% desses passivos, os 
recursos de aceites e emissão de títulos, com participação de 4,2% nos passivos financeiros. A estrutura de 
captação de passivos financeiros do Banrisul é, principalmente, composta de depósitos captados de forma 
pulverizada, centrada em depósitos a prazo e de poupança. 
 
TABELA 5: COMPOSIÇÃO DOS PASSIVOS FINANCEIROS (R$ MILHÕES) 
 2018 2017 ∆% 
Passivos Financeiros ao Valor Justo por Meio do Resultado 2.178,8 2.299,3 -5,2% 
Instrumentos Financeiros Derivativos 26,8 406,2 -93,4% 
Dívidas Subordinadas 2.152,0 1.893,1 13,7% 
Passivos Financeiros ao Custo Amortizado 64.797,1 61.194,1 5,9% 
Captações com Clientes 50.602,4 46.806,8 8,1% 
Depósito à Vista 3.479,7 3.425,2 1,6% 
Depósito de Poupança 9.127,8 8.312,5 9,8% 
Depósito a Prazo 37.994,6 35.069,1 8,3% 
Outros Depósitos 0,3 - 100,0% 
Captações com Bancos 261,7 277,8 -5,8% 
Captações no Mercado Aberto 3.928,6 4.852,6 -19,0% 
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 2.840,0 2.037,8 39,4% 
Obrigações por Repasses 1.752,0 2.221,5 -21,1% 
Obrigações por Empréstimos 862,8 716,7 20,4% 
Outros Passivos Financeiros 4.549,7 4.280,9 6,3% 
Câmbio 743,5 677,6 9,7% 
Fundos Financeiros e de Desenvolvimento 903,3 804,2 12,3% 
Transações com Cartões a Pagar 850,0 762,0 11,6% 
Obrigações de Lojistas a Pagar Adquirência 1.663,1 1.543,2 7,8% 
Diversos 389,6 494,0 -21,1% 
Passivos Financeiros 66.976,0 63.493,4 5,5% 
______________________________________________ 
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PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
O patrimônio líquido alcançou R$7.366,1 milhões em dezembro/18, apresentando relativa estabilidade, com 
aumento de R$6,9 milhões sobre o montante de dezembro/17, refletindo a incorporação dos resultados gerados, 
deduzidos os pagamentos de juros sobre o capital próprio e provisionamento de dividendos, a redução do capital 
social, aprovada em Assembleia Geral de Acionistas e homologada pelo Banco Central do Brasil, o 
remensuramento do passivo atuarial dos planos de benefícios pós-emprego, e os ajustes de variação cambial 
sobre o patrimônio de dependências no exterior. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio atingiu 12,3% 
em 2018, 3,3 pp. inferior ao indicador alcançado em 2017. 
Gráfico 2: Evolução do Patrimônio Líquido - R$ Milhões 
 
 
MODELO DE NEGÓCIOS 
A administração do Banrisul efetua a gestão das atividades operacionais segregada sob a ótica desegmento de 
negócios. O desempenho da Instituição é avaliado por meio de quatro segmentos: Varejo, Consignado 
Correspondentes, Corporativo e Tesouraria. 
Os resultados dos segmentos operacionais estão em conformidade com as políticas contábeis aplicadas nas 
demonstrações consolidadas em IFRS. As receitas com prestação de serviços, as despesas gerais e 
administrativas, as perdas esperadas com ativos financeiros e o imposto de renda são monitorados centralmente 
e, portanto, não foram alocados por segmento. 
O segmento Varejo engloba um conjunto de serviços bancários, captações da rede de agências e operações de 
crédito direcionadas à base de clientes pessoas físicas e pessoas jurídicas, entre elas microempresas e empresas 
de pequeno e médio porte. O Segmento Varejo é composto: (i) pelos clientes pessoas físicas; (ii) pelas empresas 
cadastradas, somente em agências do Estado do Rio Grande do Sul e Outros Estados (exceto Brasília, Rio de 
Janeiro, Curitiba e São Paulo) com faturamento anual inferior a R$72 milhões; e (iii) pelas empresas cadastradas 
em Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo que apresentem faturamento anual abaixo de R$120 milhões. 
O segmento Consignado Correspondentes é representado pelas operações de crédito geradas por meio da Bem 
Promotora de Vendas e Serviços S.A., que atua em escala nacional. 
O segmento Corporativo é responsável pela gestão de produtos e serviços vinculados à captação de recursos e 
às operações de crédito comerciais, de longo prazo, rural, habitacional e câmbio focado no atendimento a órgãos 
e instituições governamentais e empresas de médio e grande porte. A classificação dos clientes em Corporativo 
segue premissas, revisadas semestralmente, entre as quais: (i) órgãos e entidades públicas estaduais, municipais 
e federais; (ii) empresas com faturamento anual igual ou superior a R$72 milhões, quando cadastradas no Estado 
do Rio Grande do Sul e outros Estados (exceto Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo); e (iii) em Brasília, 
Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo corporações que apresentarem faturamento anual igual ou acima de R$120 
milhões. 
O segmento de Tesouraria é responsável pelo gerenciamento e controle de fluxo de caixa e administração da 
carteira própria de ativos financeiros do Banrisul. 
6.725,7
7.359,2 7.366,1
2016 2017 2018
11,0% 15,6% 12,3%ROAE 
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 14 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
Em relação ao resultado de 2018, segregado por segmento de negócios, as receitas com juros e similares 
deduzidas das despesas com juros e similares e ajustadas pelas receitas ou despesas não de juros do segmento 
Varejo, representaram 49,9% do resultado líquido, contribuição seguida pela Tesouraria, com 32,3%, Consignado 
Correspondentes, com participação de 13,5%, e pelo Corporativo, responsável pela geração de 4,3%. 
Quanto à estrutura patrimonial, os ativos de Tesouraria compuseram 52,0% do total das aplicações, 
acompanhada pelo Varejo, em 27,7%, e pelo Corporativo em 7,4%; nos passivos, o Varejo alcançou participação 
de 63,6%, a Tesouraria, 17,1%, e o Corporativo 11,4%. 
 
TABELA 6: SEGMENTO DE NEGÓCIOS (R$ MILHÕES) 
 Varejo % Corporativo % 
Consignado 
Correspondentes 
% Tesouraria % 
Outros 
(1) 
% 
Total 
2018 
Total 
2017 
dez/18 
Receitas com Juros e Similares 4.674,3 55,3% 713,3 8,4% 652,8 7,7% 2.414,0 28,6% - 8.454,4 9.317,8 
Despesas com Juros e Similares (2.260,5) 57,8% (567,2) 14,5% (1.080,9) 27,7% - (3.908,7) (4.729,9) 
RECEITA LÍQUIDA DE JUROS 2.413,8 53,1% 146,1 3,2% 652,8 14,4% 1.333,0 29,3% - 4.545,7 4.588,0 
Outras Receitas/Despesas não de juros - 60,1 20,8% - 228,0 79,2% - 288,1 23,6 
Ganhos (Perdas) Líquidos com Ativos e 
Passivos Financeiros ao Valor Justo - - - 228,0 100,0% - 228,0 (63,9) 
Resultado de Variação Cambial de Ativos 
 e Passivos em Moeda Estrangeira - 60,1 100,0% - - - 60,1 87,5 
Resultado Líquido de Juros Ajustado 2.413,8 49,9% 206,1 4,3% 652,8 13,5% 1.561,0 32,3% - 4.833,8 4.611,6 
dez/18 
Ativo 21.661,0 27,7% 5.786,0 7,4% 4.981,6 6,4% 40.737,2 52,0% 5.170,5 6,6% 78.336,4 74.367,5 
Passivo 45.152,4 63,6% 8.113,2 11,4% - 12.166,6 17,1% 5.538,1 7,8% 70.970,3 67.008,3 
(1) Composto por rubricas contábeis de ativos/passivos que não geram receitas/despesas com juros. 
 
 
 
 
______________________________________________ 
 | 15 
 
 
 
 
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES 
 
_________________________________________________ 
 16 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
 
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 | 17 
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
Aos 
Administradores e aos Acionistas do 
Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. 
Porto Alegre - RS 
 
 
Opinião 
Examinamos as demonstrações contábeis consolidadas da Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. 
(“Banrisul”), que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas 
demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos 
fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, 
compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas. 
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em 
todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, consolidada, do Banrisul em 31 de dezembro 
de 2018, o desempenho consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa consolidados para 
o exercício findo nessa data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo 
International Accounting Standards Board (IASB). 
Base para opinião 
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas 
responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada 
“Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações contábeis consolidadas”. Somos 
independentes em relação ao Banrisul e suas controladas, de acordo com os princípios éticos relevantes 
previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal 
de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. 
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. 
Principais assuntos de auditoria 
Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais significativos 
em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das 
demonstrações contábeis consolidadas como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas 
demonstrações contábeis e consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses 
assuntos. 
 
Perdas esperadas das operações de crédito e arrendamento mercantil financeiro 
Conforme mencionado na Nota Explicativa nº 2.2 (a), o modelo de perda incorrida da norma internacional de 
relatório financeiro IAS 39 foi substituído por um modelo de perda de crédito esperada, seguindo as diretrizes 
da norma internacional de relatório financeiro IFRS 9 (“IFRS 9”). As Notas Explicativas nºs 3.4 (a), (b), (c) e (d), 
4.2 e 11 descrevem e demonstram as mensurações para a apuração da provisão para as perdas esperadas em 
operações de crédito e arrendamento mercantil financeiro, as quais são apuradas com base em julgamento e 
premissas do Banrisul, considerando, entre outros fatores, as tendências observadas na provisão para perda de 
crédito por segmento e projeções de perdas esperadas. 
Devido à relevância dos ativos financeiros ao custo amortizado, ao graude julgamento envolvido na 
determinação da perda esperada, ao impacto que eventuais alterações nas condições econômicas gerais ou nos 
_________________________________________________ 
 18 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
acordos financeiros poderiam gerar nos valores registrados nas demonstrações financeiras, bem como os 
requerimentos de divulgação relacionados, consideramos esse tema um assunto significativo em nossa auditoria. 
Como nossa auditoria conduziu esse assunto 
Avaliamos o desenho e testamos a efetividade operacional dos controles internos julgados como chave e 
relacionados aos processos internos de aprovação e dos registros contábeis relativos às operações de crédito e 
arrendamento mercantil financeiro. 
Com o auxílio dos nossos especialistas em modelagem de risco de crédito, avaliamos também a razoabilidade 
dos modelos de mensuração das perdas esperadas das operações de crédito e arrendamento mercantil 
financeiro, incluindo os critérios utilizados para a classificação das operações de crédito e arrendamento 
mercantil financeiro nos estágios previstos no IFRS 9 a partir do seu reconhecimento inicial. Com base em 
amostragem, recalculamos a perda esperada das operações de crédito e arrendamento mercantil financeiro 
elaborada com base nos modelos de mensuração e na política estabelecida pelo Banrisul. 
Avaliamos, ainda, se as demonstrações financeiras consolidadas consideram as informações relevantes sobre a 
natureza das transações, a exposição ao risco de crédito e os valores de perdas esperadas das operações de 
crédito e arrendamento mercantil financeiro pelo Banrisul. 
Com base nas evidências obtidas por meio dos procedimentos acima resumidos, consideramos aceitável o nível 
de perdas esperadas das operações de crédito e arrendamento mercantil financeiro e as divulgações correlatas 
no contexto das demonstrações financeiras consolidadas tomadas em conjunto, referentes ao exercício findo 
em 31 de dezembro de 2018. 
 
Provisões e passivos contingentes - Trabalhista, cível e fiscal 
O Banrisul possui demandas judiciais e administrativas de naturezas trabalhista, cível e fiscal, conforme 
mencionado nas Notas Explicativas nºs 3.12 e 21, para as quais é reconhecida provisão nas demonstrações 
financeiras consolidadas da parcela cujo risco de perda de acordo com avaliação da Administração é provável. 
As parcelas dos passivos contingentes classificados como perdas possíveis não são reconhecidas contabilmente, 
mas divulgadas nas notas explicativas e as perdas remotas não requerem provisão nem divulgação. A 
mensuração, o reconhecimento e a divulgação das provisões e passivos contingentes, relativos a esses processos 
judiciais e administrativos, requerem julgamento profissional do Banrisul e de seus assessores jurídicos. Devido 
à relevância dos valores e julgamentos envolvidos na avaliação e mensuração das provisões e passivos 
contingentes, consideramos este assunto significativo em nossa auditoria. 
Como nossa auditoria conduziu esse assunto 
Avaliamos o desenho dos controles internos julgados como chave relacionados aos processos de cadastro, 
mensuração e registro contábil das provisões e passivos contingentes. Para os processos em que o Banrisul é 
representado por consultores externos, solicitamos e analisamos as cartas-respostas de confirmação desses 
consultores em relação à existência das ações judiciais e administrativas. Com base em uma amostra, avaliamos 
a razoabilidade dos julgamentos utilizados em períodos anteriores pelo Banrisul para definição da probabilidade 
de êxito e definição dos valores envolvidos nas ações judiciais e administrativas e comparamos com as 
condenações no período corrente. Adicionalmente, avaliamos as divulgações efetuadas pelo Banrisul nas 
demonstrações financeiras consolidadas. 
Com base nas evidências obtidas por meio dos procedimentos acima resumidos, consideramos que é aceitável o 
nível de provisionamento e as divulgações no contexto das demonstrações financeiras consolidadas tomadas em 
conjunto. 
 
 
______________________________________________ 
 | 19 
Obrigações com benefício de longo prazo pós-emprego 
Conforme descrito nas Notas Explicativas n°s 3.13 e 32 o Banrisul é patrocinador de entidades de previdência 
privada e de saúde complementar que asseguram a complementação de benefícios de aposentadoria e 
assistência médica a seus funcionários e dependentes. Parte relevante dos planos de aposentaria dessas 
entidades é classificada como “planos de benefício definido”. As obrigações desses planos são calculadas com 
referência a premissas atuariais, incluindo, entre outras, taxa de desconto, taxa de inflação e tábua de 
mortalidade. Por se tratar de uma obrigação relevante e que envolve alto grau de julgamento do Banrisul na 
definição das premissas envolvidas na mensuração das obrigações atuariais dos planos de benefício definido e 
de saúde complementar, consideramos como um dos principais assuntos de auditoria. 
Como nossa auditoria conduziu esse assunto 
Avaliamos o desenho dos controles internos chave do Banrisul relacionados ao processo de determinação das 
premissas a ser utilizadas nos cálculos atuariais. Com base em amostragem, validamos as bases de dados 
utilizadas nos cálculos das obrigações e com auxílio de nossos especialistas atuariais analisamos a razoabilidade 
das principais premissas utilizadas, tais como tábua de mortalidade, taxa de desconto, taxa de inflação e taxa de 
crescimento salarial, bem como efetuamos por amostragem teste de recálculo. Avaliamos, ainda, as divulgações 
efetuadas pelo Banrisul nas demonstrações financeiras consolidadas. 
Com base nas evidências obtidas por meio dos procedimentos acima resumidos, consideramos aceitáveis a 
mensuração das obrigações atuariais dos planos de benefício definido e de saúde complementar e as divulgações 
no contexto das demonstrações financeiras consolidadas tomadas em conjunto. 
 
Ambiente de Tecnologia da Informação 
O Banrisul é dependente de sua estrutura de Tecnologia da Informação para o desenvolvimento de suas 
operações, continuidade de seus processos de negócios e consequente elaboração das demonstrações 
financeiras consolidadas, a qual envolve o processamento de um elevado número de transações diariamente, 
além de diversos processos para gestão de acessos e segurança da informação. 
Considerando que os riscos inerentes à Tecnologia da Informação, especificamente os associados a processos e 
controles que suportam a operacionalidade dos sistemas de tecnologia, podem ocasionar processamento 
incorreto de informações críticas e eventualmente impactar a elaboração das demonstrações financeiras 
consolidadas, consideramos este assunto significativo em nossa auditoria. 
Como nossa auditoria conduziu esse assunto 
Com o envolvimento dos nossos especialistas em Tecnologia da Informação, avaliamos o desenho e, por meio 
de amostragem, avaliamos a efetividade operacional dos controles internos relacionados aos sistemas 
considerados chave para elaboração das informações financeiras, tais como controles internos automatizados 
e/ou com componentes automatizados e controles relacionados à segurança da informação, incluindo os 
controles relativos: (i) ao gerenciamento de acesso a dados e programas; (ii) aos desenvolvimentos e mudanças 
em sistemas e aplicativos; (iii) ao gerenciamento de alterações sistêmicas; e (iv) aos eventuais controles 
compensatórios desses sistemas. 
Com base nas evidências obtidas por meio dos procedimentos de auditoria acima resumidos, consideramos que 
os processos e controles nos proporcionaram base aceitável para determinarmos a natureza e extensão de 
nossos procedimentos de auditoria no contexto das demonstrações financeiras consolidadas tomadas em 
conjunto. 
 
 
_________________________________________________ 
 20 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018Outras informações que acompanham as demonstrações contábeis consolidadas e o relatório do auditor 
A Administração do Banrisul é responsável por outras informações que compreendem o Relatório da 
Administração. 
Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis consolidadas não abrange o Relatório da Administração e não 
expressamos nenhuma forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. 
Em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis consolidadas, nossa responsabilidade é a de ler o 
Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com 
as demonstrações contábeis consolidadas ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, 
aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção 
relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a 
este respeito. 
 
Responsabilidades da Administração e da governança pelas demonstrações contábeis consolidadas 
A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis 
consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório 
financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), e pelos controles internos que 
ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis consolidadas livres de 
distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. 
Na elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, a Administração é responsável pela avaliação da 
capacidade de o Banrisul continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua 
continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, 
a não ser que a Administração pretenda liquidar o Banrisul e suas controladas ou cessar suas operações, ou não 
tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. 
Os responsáveis pela governança do Banrisul e suas controladas são aqueles com responsabilidade pela 
supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis consolidadas. 
 
Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações contábeis consolidadas 
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis consolidadas, tomadas em 
conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir 
relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma 
garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre 
detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro 
e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma 
perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações 
contábeis consolidadas. 
Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos 
julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: 
Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis consolidadas, 
independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em 
resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa 
opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de 
erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou 
representações falsas intencionais. 
______________________________________________ 
 | 21 
 Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos 
de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia 
dos controles internos do Banrisul e suas controladas. 
 Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas, a razoabilidade das estimativas contábeis e as 
respectivas divulgações feitas pela Administração. 
 Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administração, da base contábil de continuidade operacional e, 
com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou 
condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional do 
Banrisul e suas controladas. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em 
nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis consolidadas ou 
incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão 
fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou 
condições futuras podem levar o Banrisul e suas controladas a não mais se manterem em continuidade 
operacional. 
 Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis consolidadas, 
inclusive as divulgações e se as demonstrações contábeis consolidadas representam as correspondentes 
transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. 
 Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às demonstrações contábeis ou atividades 
de negócio do Grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis consolidadas. Somos 
responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do Grupo e, consequentemente, pela 
opinião de auditoria. 
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, 
da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências 
significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. 
Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências éticas 
relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais 
relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando 
aplicável, as respectivas salvaguardas. 
Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos aqueles 
que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis consolidadas do 
exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses 
assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do 
assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser 
comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma 
perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público. 
 
Porto Alegre, 13 de março de 2019. 
 
KPMG Auditores Independentes Fernando Antonio Rodrigues Alfredo 
CRC SP-014428/F-7 Contador CRC 1SP252419/O-0 
 
 
_________________________________________________ 
 22 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
 
 
 
 
______________________________________________ 
 | 23 
 
 
 
 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 
 
_________________________________________________ 
 24 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
 
______________________________________________| 25 
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO 
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 
(Valores em Milhares de Reais) 
 
ATIVO Nota 31/12/2018 31/12/2017 
Disponibilidades 7 886.049 801.704 
Aplicações no Mercado Aberto 9 - 41.687 
Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 9 - 587.057 
Ativos Financeiros 72.327.008 - 
Depósitos Compulsórios no Banco Central 8 12.162.020 11.078.129 
Ao Custo Amortizado 56.128.453 - 
 Aplicações no Mercado Aberto 9 4.509.439 - 
 Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 9 92.499 - 
 Títulos e Valores Mobiliários 10 16.352.825 - 
 Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Financeiro 11 34.216.245 - 
 (-) Provisão para Perda Esperada (2.599.631) - 
 Outros Ativos Financeiros 18(a) 3.557.076 - 
Investimentos Mantidos até o Vencimento 10 - 18.876.433 
Empréstimos e Recebíveis Líquidos de Provisão 11 - 29.115.920 
 Empréstimos e Recebíveis com Instituições de Crédito - 733.347 
Empréstimos e Recebíveis com Clientes - 30.808.275 
Provisão para Impairment - (2.425.702) 
Outros Ativos Financeiros ao Custo Amortizado 18(a) - 3.384.719 
Ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes 289.903 - 
 Títulos e Valores Mobiliários 12 289.903 - 
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 12 - 1.245.217 
Ao Valor Justo por meio do Resultado 3.746.632 - 
 Títulos e Valores Mobiliários 13 3.746.632 - 
 Instrumentos Financeiros Derivativos 14 - 105.222 
Ativos Financeiros pelo Valor Justo por Meio do Resultado 13 - 3.962.032 
Outros Ativos 18(a) 1.256.606 1.337.898 
Bens Destinados à Venda 83.752 50.914 
Outros 1.172.854 1.286.984 
Ativos Fiscais 22(a) 2.250.639 2.109.862 
Investimentos - 116.876 
Investimentos em Coligadas 15 100.745 - 
Ágio 11.854 - 
Imobilizado 16 378.153 369.577 
Intangível 17 1.125.359 1.235.156 
TOTAL DO ATIVO 78.336.413 74.367.489 
 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 26 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO 
Em 31 de dezembro de 2018 e 2017 
(Valores em Milhares de Reais) 
 
 
PASSIVO Nota 31/12/2018 31/12/2017 
Passivos Financeiros 66.975.962 63.493.421 
 Ao Custo Amortizado 64.797.122 61.194.114 
 Depósitos 19 50.864.110 - 
 Captações no Mercado Aberto 19 3.928.602 4.852.616 
 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 19 2.840.001 2.037.848 
 Obrigações por Repasses 19 1.751.959 2.221.470 
 Obrigações por Empréstimos 19 862.788 716.702 
 Outros Passivos Financeiros 18(b) 4.549.662 4.280.889 
 Captações com Clientes e Bancos 19 - 47.084.589 
 Ao Valor Justo por meio do Resultado 20 2.178.840 2.299.307 
 Instrumentos Financeiros Derivativos 26.809 406.169 
 Dívidas Subordinadas 2.152.031 1.893.138 
Provisão para Perda Esperada 55.062 - 
 Compromissos de Empréstimos 36.659 - 
 Garantias Financeiras 18.403 - 
Provisões 21 1.531.594 1.293.734 
Passivos Fiscais 569.717 537.098 
 Corrente 146.352 259.505 
Diferido 22(b) 423.365 277.593 
Outros Passivos 18(b) 1.838.015 1.684.085 
Total do Passivo 70.970.350 67.008.338 
Patrimônio Líquido 23 7.366.063 7.359.151 
Capital Social 4.396.719 4.750.000 
Reservas de Capital 4.511 4.511 
 Reservas de Lucros 3.040.725 2.681.001 
 Resultado Abrangente Acumulado (79.724) (79.637) 
 Participação dos Acionistas Não Controladores 3.832 3.276 
TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 78.336.413 74.367.489 
 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 
 
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 | 27 
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO 
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 
(Valores em Milhares de Reais, exceto Lucro Líquido por Ação) 
 
 Nota 01/01 a 31/12/2018 01/01 a 31/12/2017 
Receitas com Juros e Similares 8.454.424 9.317.842 
Despesas com Juros e Similares (3.908.680) (4.729.865) 
Receita Líquida com Juros e Similares 24 4.545.744 4.587.977 
Receita de Dividendos 5.187 2.963 
Ganhos (Perdas) Líquidos com Ativos e Passivos Financeiros ao Valor Justo 25 228.023 (63.950) 
Resultado de Variação Cambial de Ativos e Passivos em Moeda Estrangeira 60.053 87.528 
Receitas de Prestação de Serviços e Tarifas Bancárias 26 2.026.265 1.830.925 
Perdas Esperadas de Ativos Financeiros (980.049) (1.124.831) 
Perda Esperada com Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Financeiro (986.672) (1.124.831) 
Perda Esperada com demais Ativos Financeiros 6.623 - 
Outras Receitas (Despesas) Operacionais (4.461.608) (3.769.737) 
Despesas de Pessoal 27 (2.180.296) (2.065.738) 
Outras Despesas Administrativas 28 (1.589.465) (1.517.711) 
Despesas Tributárias (487.957) (453.754) 
Resultado de Participação em Coligadas 15 45.179 31.061 
Outras Receitas Operacionais 29 266.406 677.623 
Outras Despesas Operacionais 30 (515.475) (441.218) 
Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 1.423.615 1.550.875 
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro 31 (515.018) (455.369) 
 Corrente (403.209) (588.729) 
 Diferido (111.809) 133.360 
Lucro Líquido do Exercício 908.597 1.095.506 
Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Controladores 907.841 1.094.893 
Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Não Controladores 756 613 
Lucro por Ação 
Lucro Básico e Diluído por ação (em Reais - R$) 
 Ações Ordinárias 2,22 2,68 
 Ações Preferenciais A 2,37 2,88 
 Ações Preferenciais B 2,22 2,68 
Lucro Líquido Atribuído (em Reais Mil) 
 Ações Ordinárias 454.998 548.619 
 Ações Preferenciais A 5.993 10.106 
 Ações Preferenciais B 446.850 536.168 
 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 
 
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 28 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RESULTADO ABRANGENTE 
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 
(Valores em Milhares de Reais) 
 
 Nota 01/01 a 31/12/2018 01/01 a 31/12/2017 
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 908.597 1.095.506 
Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes (602) 4.893 
Variação de Valor Justo (1.077) 7.786 
Efeito Fiscal 475 (2.893) 
Remensuração de Obrigações de Benefícios Pós-Emprego 32(e) (52.172) (51.221) 
Ganhos/ (Perdas) Atuariais (94.605) (80.704) 
Efeito Fiscal 42.433 29.483 
Variações Cambiais de Investimentos no Exterior 52.687 4.759 
Resultado Abrangente do Exercício, Líquido de Imposto 
de Renda e Contribuição Social (87) (41.569) 
Total do Resultado Abrangente do Período, Líquido de Imposto 
de Renda e Contribuição Social 908.510 1.053.937 
Resultado Abrangente Atribuível aos Controladores 907.754 1.053.324 
Resultado Abrangente Atribuível aos Não Controladores 756 613 
 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 
 
 
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 | 29 
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 
(Valores em Milharesde Reais) 
 
 Atribuível aos Acionistas da Controladora 
 Nota 
Capital 
Social 
Reservas de 
Capital (Nota 23) 
Outros Resultados 
Abrangentes 
Lucros 
Acumulados 
Reservas de 
Lucros (Nota 23) 
Total Atribuível 
aos Acionistas 
Participação de 
Não Controladores 
Total do 
Patrimônio Líquido 
Saldo em 01 de Janeiro de 2017 4.500.000 4.511 (38.068) - 2.256.349 6.722.792 2.903 6.725.695 
Aumento de Capital Social 23(a) 250.000 - - - (250.000) - - - 
Ajustes de Avaliação Patrimonial 
 Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes - - 4.893 - - 4.893 - 4.893 
 Ajustes de Avaliação Atuarial 32(e) - - (51.221) - - (51.221) - (51.221) 
 Ajustes de Variação Cambial de Investimento no Exterior - - 4.759 - - 4.759 - 4.759 
Variação na Participação de Não Controladores - - - - - - 373 373 
Lucro Líquido do Exercício - - - 1.094.893 - 1.094.893 - 1.094.893 
Constituição de Reservas 23(c) - - - (674.652) 674.652 - - - 
Juros sobre o Capital Próprio 23(d) - - - (400.037) - (400.037) - (400.037) 
Dividendos 23(d) - - - (20.204) - (20.204) - (20.204) 
Saldo em 31 de Dezembro de 2017 4.750.000 4.511 (79.637) - 2.681.001 7.355.875 3.276 7.359.151 
Efeitos da Adoção Inicial do IFRS 9 (96.178) (96.178) (96.178) 
Saldo em 01 de Janeiro de 2018 4.750.000 4.511 (79.637) (96.178) 2.681.001 7.259.697 3.276 7.262.973 
Redução de Capital Social 23(a) (353.281) - - - - (353.281) - (353.281) 
Ajustes de Avaliação Patrimonial 
 Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes - - (602) - - (602) - (602) 
 Ajustes de Avaliação Atuarial 32(e) - - (52.172) - - (52.172) - (52.172) 
 Ajustes de Variação Cambial de Investimento no Exterior - - 52.687 - - 52.687 - 52.687 
Variação na Participação de Não Controladores - - - - - - 556 556 
Lucro Líquido do Exercício - - - 907.841 - 907.841 - 907.841 
Constituição de Reservas 23(c) - - - (391.743) 391.743 - - - 
Juros sobre o Capital Próprio 23(d) - - - (406.100) - (406.100) - (406.100) 
Dividendos 23(d) - - - (13.820) - (13.820) - (13.820) 
Dividendos Propostos de Exercícios Anteriores 23(d) - - - - (32.019) (32.019) - (32.019) 
Saldo em 31 de Dezembro de 2018 4.396.719 4.511 (79.724) - 3.040.725 7.362.231 3.832 7.366.063 
 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 
 
_________________________________________________ 
 30 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA 
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 
(Valores em Milhares de Reais) 
 
 Nota 01/01 a 31/12/2018 01/01 a 31/12/2017 
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 
Lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social 1.423.615 1.550.875 
Ajustes ao Lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social 
Depreciação e Amortização 226.954 213.285 
Tributos Diferidos (111.809) 133.360 
Resultado de Participações em Coligadas (45.179) (31.061) 
Resultado de Atualização da Dívida Subordinada 411.262 200.892 
Perda Esperada de Ativos Financeiros 980.049 1.419.171 
Reversão para Perdas de Securitização (12) (142) 
Provisões para Contingências 319.498 216.602 
Lucro Ajustado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social 3.204.378 3.702.982 
Variação de Ativos e Obrigações (1.267.157) (2.278.568) 
(Aumento) Redução em Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 500.882 (147.673) 
(Aumento) Redução em Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio do Resultado 215.400 (389.545) 
(Aumento) em Instrumentos Financeiros Derivativos (274.138) (125.564) 
(Aumento) em Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Financeiro (3.590.972) (2.339.675) 
(Aumento) em Outros Ativos Financeiros ao Custo Amortizado (172.357) (92.611) 
(Aumento) em Outros Ativos (1.066.625) (1.695.538) 
(Aumento) em Ativos Fiscais (100.259) (385.964) 
Aumento em Passivos Financeiros ao Custo Amortizado 3.334.235 3.366.743 
Aumento (Redução) em Outros Passivos Financeiros ao Custo Amortizado 230.465 (45.510) 
Aumento (Redução) em Outros Passivos (168.625) 47.285 
Aumento em Passivos Fiscais 168.029 98.019 
Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos (343.192) (568.535) 
CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE (UTILIZADO) NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 1.937.221 1.424.414 
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 
Redução de Capital Social (353.281) - 
Dividendos Recebidos de Controladas e Coligadas 103.132 57.533 
(Aumento) Redução Ativos Financeiros ao Valor Justo por meio de Outros 
Resultados Abrangentes 955.314 (163.677) 
(Aumento) Redução Ativos Financeiros ao Custo Amortizado - Títulos e 
Valores Mobiliários 2.511.851 (2.235.739) 
Alienação de Investimentos 8.443 248 
Alienação de Imobilizado de Uso 7.569 2.347 
Baixa do Intangível 751 942 
Aquisição de Investimentos (1.836) (1.357) 
Aquisição de Imobilizado de Uso (62.837) (35.946) 
Aplicação no Intangível (67.473) (84.211) 
CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE (UTILIZADO) NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 3.101.633 (2.459.860) 
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 
Dívidas Subordinadas (8.973) (17.929) 
Pagamento de Juros da Dívida Subordinada (143.396) (122.198) 
Dividendos Pagos (20.204) (16.677) 
Juros sobre o Capital Próprio Pagos (361.100) (275.819) 
Variação na Participação de Não Controladores 556 373 
CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE (UTILIZADO) NAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (533.117) (432.250) 
Efeito da Variação das Taxas de Câmbio sobre o Caixa e Equivalentes de Caixa 52.687 4.759 
AUMENTO (REDUÇÃO) LÍQUIDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 4.558.424 (1.462.937) 
Caixa e Equivalentes de Caixa no Início do Exercício 7 850.017 2.312.954 
Caixa e Equivalentes de Caixa no Final do Exercício 7 5.408.441 850.017 
 
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 
 
______________________________________________ 
 | 31 
 
NOTAS EXPLICATIVAS 
 
 
_________________________________________________ 
 32 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
 
 
______________________________________________ 
 | 33 
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 
 
NOTA 01 - INFORMAÇÕES GERAIS 
O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (“Banrisul”, “Instituição” e/ou “Banco”), principal empresa do 
Grupo, é uma sociedade anônima de capital aberto que atua sob a forma de Banco múltiplo, com sede no Brasil, 
domiciliado na Rua Capitão Montanha, 177 - 4º andar, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e opera nas carteiras 
comercial, de crédito, de financiamento e de investimento, de crédito imobiliário, de desenvolvimento, de 
arrendamento mercantil, inclusive nas de operações de câmbio. Por intermédio de suas controladas e coligadas, 
atua em diversas outras atividades, com destaque para corretagem de títulos e valores mobiliários, 
administração de consórcios, cartões de crédito, seguros e previdência. As operações são conduzidas por um 
conjunto de Instituições que agem de forma integrada no mercado financeiro. O Banrisul atua, também, como 
instrumento de execução da política econômico-financeira do Estado do Rio Grande do Sul, em consonância com 
os planos e programas do Governo Estadual. 
Esses serviços são oferecidos aos clientes, no Brasil, por intermédio da rede de agências do Banrisul e, no exterior, 
em Miami e Grand Cayman. 
As demonstrações financeiras consolidadas elaboradas para o período apresentado foram aprovadas pelo 
Conselho de Administração do Banrisul em 13 de março de 2019. 
NOTA 02 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 
2.1. Base de Preparação 
As demonstrações financeiras consolidadas do Banrisul foram elaboradas de acordo com as Normas 
Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), e 
em atendimento à Resolução n° 3.786/09 emitida pelo Conselho MonetárioNacional (CMN). 
As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas considerando o custo histórico como base de valor 
e ajustadas para refletir a avaliação do valor justo dos ativos financeiros mensurados por meio de outros 
resultados abrangentes e dos ativos e passivos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado. 
As demonstrações financeiras consolidadas incluem o Balanço Patrimonial Consolidado, a Demonstração 
Consolidada do Resultado, a Demonstração Consolidada do Resultado Abrangente, a Demonstração Consolidada 
das Mutações do Patrimônio Líquido, a Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa e as Notas Explicativas. 
A Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa apresenta as alterações no Caixa e Equivalentes de Caixa 
ocorridas no exercício, oriundas das Atividades Operacionais, de Investimentos e de Financiamentos. Caixa e 
Equivalentes de Caixa incluem investimentos de alta liquidez e sujeitos a um insignificante risco de mudança de 
valor. A Nota 07 apresenta a classificação dos itens de Caixa e Equivalentes de Caixa nas contas do Balanço 
Patrimonial Consolidado. O Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais foi determinado pelo método indireto, 
portanto, o saldo de lucro antes dos impostos e da parcela de participação dos acionistas não controladores foi 
ajustado por transações que não afetam o caixa. 
A preparação das demonstrações financeiras consolidadas requer a adoção de estimativas e premissas que 
afetam os valores divulgados para ativos e passivos, bem como as divulgações de ativos e passivos contingentes 
na data das demonstrações financeiras e das receitas e despesas durante o exercício. As demonstrações 
financeiras consolidadas incluem várias estimativas e premissas, compreendendo, mas não limitando a 
adequação das estimativas de valor justo de instrumentos financeiros, plano de pensão de benefício definido, 
provisão para perdas esperadas dos ativos, provisões para contingências e provisões para potenciais perdas 
originadas de incertezas fiscais e tributárias. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e 
apresentam maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para 
as demonstrações financeiras consolidadas, estão divulgadas na Nota 04. 
 
_________________________________________________ 
 34 | Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS | Dezembro 2018 
2.2. Principais Alterações e Pronunciamentos Emitidos 
(a) Pronunciamentos Contábeis Aplicáveis para o Período Findo em 31 de dezembro de 2018 
IFRS 9 - Instrumentos Financeiros - Pronunciamento que substitui a IAS 39 - Instrumentos Financeiros: 
Reconhecimento e Mensuração. O IFRS 9 inclui: (a) modelos de negócio para classificação e mensuração; (b) 
modelos de perdas esperadas para instrumentos financeiros em substituição ao modelo atual de perdas 
incorridas; (c) a remoção da volatilidade em resultado oriunda de risco de crédito próprio; e (d) uma nova 
abordagem para a contabilidade de hedge para exercícios iniciados em 1° de janeiro de 2018. A norma exige que 
a Instituição revise seus processos contábeis e controles internos relacionados à classificação e mensuração de 
instrumentos financeiros. 
Classificação e Mensuração 
O IFRS 9 apresenta uma abordagem baseada em princípios para a classificação de ativos financeiros. A norma 
introduz novos requisitos para determinar a base de mensuração de ativos financeiros, envolvendo as 
características de fluxo de caixa dos ativos e os modelos de negócios sob os quais eles são gerenciados. O Banco 
segregou seus ativos financeiros aplicando-os a modelos de negócios específicos, e não identificou situação que 
pudesse resultar em diferenças na classificação e mensuração desses ativos, mantendo aqueles de maior 
significância (investimentos em títulos e valores mobiliários e carteira de operações de crédito) mensurados ao 
custo amortizado. Esses modelos de negócios são revisados anualmente e atualizados caso ocorram mudanças 
na estratégia de negócios do Banco. Para os passivos financeiros, a maior parte dos requisitos pré-existentes de 
classificação e mensuração incluídos anteriormente na IAS 39 foram transferidos sem alteração para norma do 
IFRS 9. 
Impairment 
A norma do IFRS 9 introduz modelos de perdas de crédito esperadas (Expected Credit Losses - ECL), que difere 
do modelo de perda incorrido adotado para IAS 39, o qual resulta em reconhecimento antecipado de perdas de 
crédito. Diferente do IAS 39, que previa perda de crédito em períodos específicos da vida útil do ativo financeiro, 
a adoção do IFRS 9 permite que o reconhecimento das perdas de crédito passe a ocorrer durante ciclos de vida 
do ativo financeiro, de acordo com sua classificação nos estágios. 
A adoção do IFRS 9 tem impacto na metodologia de cálculo de impairment de instrumentos financeiros do Banco. 
As perdas de crédito esperadas refletem o valor presente de todos os déficits de caixa relacionados a eventos de 
perda, quer (i) nos doze meses seguintes, ou (ii) durante a vida esperada de um instrumento financeiro, 
dependendo da deterioração do crédito desde o início de seu ciclo. 
O modelo de impairment do IFRS 9 usa abordagem de três estágios, com base na extensão da deterioração do 
crédito desde a originação, conforme segue: 
Estágio 1: Desde o reconhecimento inicial de um ativo financeiro até a data em que o ativo tenha passado por 
aumento significativo no risco de crédito em relação ao seu reconhecimento inicial, a provisão para perda é 
reconhecida de modo a representar às perdas de crédito resultantes de prováveis defaults esperados ao longo 
dos próximos 12 meses. Nesse estágio, as rendas são calculadas sobre o saldo bruto do ativo financeiro. 
Estágio 2: Após aumento significativo no risco de crédito em relação ao reconhecimento inicial do ativo 
financeiro, a provisão para perda é reconhecida de modo a representar às perdas de crédito esperadas durante 
a vida útil remanescente do ativo. Ainda assim, as rendas se mantém calculadas sobre o saldo bruto do ativo 
financeiro. 
Estágio 3: Quando um ativo financeiro é considerado como depreciado por crédito, será reconhecida provisão 
para perda equivalente às perdas de crédito esperadas de vida plena. Diferente dos estágios anteriores, o 
reconhecimento da receita nesse estágio passa a ocorrer sobre um saldo líquido da provisão, ou seja, 
considerando-se a expectativa menor de realização do ativo, pressupõe-se que os benefícios oriundos destes 
 
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ativos financeiros sejam menores do que se estivessem em estágios anteriores, passando nesse caso a se ter a 
receita calculada proporcionalmente menor em relação ao valor realizável do ativo financeiro. 
Avaliação do Aumento Significativo de Crédito 
Para avaliar se o risco de crédito em um ativo financeiro aumentou significativamente desde a originação, o 
Banco compara o risco de inadimplência ao longo da vida esperada do ativo financeiro frente ao risco esperado 
de inadimplência na origem, usando indicadores de risco chave dos processos de gerenciamento de riscos 
existentes do Banco. Em cada data de reporte, a identificação de mudança no risco de crédito será avaliada 
individualmente para aqueles considerados individualmente significativos, e com a utilização de modelos 
massificados no nível de portfólio. Essa avaliação permite que o risco de crédito dos ativos financeiros volte para 
o estágio 1 se o aumento do risco de crédito desde a origem tiver diminuído e já não for considerado significativo. 
Fatores Macroeconômicos, Informação Prospectiva e Múltiplos Cenários 
O IFRS 9 requer a utilização de estimativas de perdas de crédito ponderadas, avaliando uma série de possíveis 
resultados que incorporem previsões de condições econômicas futuras. Os fatores macroeconômicos e as 
informações prospectivas são desta forma incorporados na mensuração da ECL,

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