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2020528_211449_APOSTILA Fund. Econ. 2020.1 (1)

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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS ESUDA
Área de Negócios
Fundamentos da Economia - Prof.: Milson Lira
A palavra Economia vem do grego OIKOS (casa) e NOMOS (norma, lei) seria a administração da casa ou administração da coisa pública.
Definição: É a ciência que estuda as relações humanas, denominadas econômicas, avaliáveis em moedas e tendo por fim um consumo.
Objetivo: Uma compreensão mais rápida e exata dos fenômenos naturais e sociais, no estudo de suas causas e seus efeitos, associa-se a eles números que expressam quantidades. 
Atividades econômicas: Avaliáveis em moedas ou dinheiro. Portanto, devem ter valor econômico e preço.
Exemplos:
1- Compra de bens e serviços;
2- Prestação de serviços remunerados;
3- Produção econômica em geral;
4- Emprego de capitais para fins produtivos;
5- Pagamentos de aluguéis;
6- Venda de bens e serviços;
7- Recebimento de juros;
8- Importação e exportação de mercadorias;
9- Recebimento de pensões e auxílios do governo (transferências do governo);
10- Distribuição dos lucros das empresas entre seus sócios ou acionistas.
 
A atividade econômica tanto pode ser de compra como de venda, exemplo: “a compra de carne pelas donas de casa”.
A economia é estudada em três princípios:
a) Introdução: análise dos problemas econômicos e os conceitos básicos da teoria econômica;
b) Microeconomia: estuda o comportamento do consumidor e do empresário, tomados individualmente, a determinação do preço, o consumo etc.
c) Macroeconomia: estuda os grandes agregados econômicos, como os juros, a inflação, a balança de pagamentos, o nível geral dos preços, o sistema financeiro etc.
PROBLEMAS ECONÔMICOS
Todos os problemas econômicos, sejam eles quais forem, estão relacionados com um problema básico: o problema da ESCASSEZ.
Uma simples observação do meio em que vivemos mostra-nos que não temos o que desejamos ou o que necessitamos, e que, quando queremos adquirir algo, procuramos faze-lo com o mínimo esforço para obtermos o melhor resultado possível.
Daí, três postulados básicos:
a) nossas necessidades e desejos são ilimitados;
b) os bens que estão à nossa disposição são escassos;
c) para adquiri-los, procuramos empregar o menor esforço possível, usando nosso critério de escolha.
 
Esses três postulados conduzem-nos ao seguinte princípio: “estudo do esforço do homem para satisfazer suas necessidades ilimitadas, utilizando-se dos recursos limitados de que dispõe e que escolhe com liberdade”.
NECESSIDADES HUMANAS
No sentido econômico, é o sentido da privação de um bem externo que se tende a possuir, ou seja, as necessidades e desejos de cada pessoa. É inseparável do homem, é ela quem o impulsiona a agir com o fim de conseguir o que deseja.
As necessidades humanas são incontáveis, varia com a época, com a civilização etc.
Classificam-se:
- Primárias: são as necessárias a nossa subsistência, como, a alimentação, o vestuário, a habitação, o transporte, saúde e lazer.
- Secundárias: são elas as causas eficientes do progresso, como automóveis, eletros domésticos, viagens etc.
- Coletivas ou sociais: são fornecidas através do poder público, podem ser gerais, como a manutenção da ordem pública, que são oferecidas através do pagamento dos impostos e especiais, que são os serviços, oferecidos por meio de taxas. Ex. serviços dos correios.
BENS
São todas as coisas úteis capazes e próprias para satisfazer mediata ou imediatamente as necessidades do homem.
Classificam-se em econômicos e não econômicos:
- Econômicos: têm valor financeiro (pecuniário), que de modo geral são escassos. Ex. casas, automóveis, máquinas, equipamentos etc.
- Não econômicos: não têm valor financeiro por serem abundantes, estão sempre a nossa disposição. Ex.: o ar que respiramos, a força, a bondade, a luz do sol etc.
Os bens econômicos classificam-se em materiais e imateriais.
- Materiais ou tangíveis, são aqueles que ocupam espaços, como os alimentos, automóveis etc.
- Imateriais, não ocupam espaços. Ex. a inteligência, a virtude, a força etc.
Os bens materiais podem ser complementares ou substitutos.
- Complementares, são aqueles usados em união com outros. Ex.: o pão e a manteiga, o sal e a comida, a lenha e o forno etc.
- Substitutos, são aqueles que poder ser substituídos por outros de forma que não sofra grandes alterações em seu uso, exemplo, a manteiga e a margarina, a carne bovina e a de frango etc.
SERVIÇOS
São bens intangíveis e pessoais. Ex.: os serviços médicos, bancários, do comércio, transportes etc.
UTILIDADES
Utilidade econômica é a qualidade que têm as coisas de corresponder às nossas necessidades.
Condições requeridas para uma coisa satisfazer as necessidades são:
a) deve possuir as qualidades físicas necessárias;
b) deve estar no lugar onde é necessitado;
c) deve estar disponível enquanto for possível;
d) deve estar de posse da pessoa que necessita dela.
Utilidade marginal – tem por fim mostrar com a utilidade de uma coisa varia segundo a sua raridade ou abundância.
A CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO
A Curva de Possibilidade de Produção (CPP) é um instrumento gráfico utilizado para melhor compreender o problema decorrente das opções de produção e da utilização dos recursos disponíveis.
 
É um recurso utilizado para ilustrar o problema de escassez. A curva indica uma situação ideal da produção, por exemplo, entre dois bens de uma empresa.
Supondo dois produtos, parafuso “A” e a produção do parafuso “B” fabricados por uma empresa:
Algumas constatações da análise do gráfico:
1) A produção do parafuso B é mais difícil de ser feita do que a do parafuso A; de fato, a produção máxima possível de B é de 5 unidades enquanto a de A é de 20 unidades; 
2) Os pontos da curva de possibilidade de produção expressam a quantidade máxima possível da produção de um dos bens, dada à produção do outro. Por exemplo, se a empresa desejar produzir 15 unidades do bem A, ela poderá fabricar, no máximo, utilizando todos os fatores de produção da forma mais eficiente possível, 2 unidades do bem B.
3) Um ponto dentro da curva significa uma produção abaixo ou aquém das possibilidades da empresa; se ela resolver produzir, digamos, 11 unidades de A e 2 unidades de B, alguns dos recursos produtivos ficarão ociosos ou não serão utilizados da forma mais eficiente, já que a empresa poderia perfeitamente aumentar a produção de A para 15 unidades sem ter que diminuir a produção de B.
4) Um ponto fora da curva significa uma produção acima ou além das possibilidades da empresa; por exemplo, não é possível que ela produza 15 unidades de A e 3 de B, já que o máximo possível de B, quando se fabrica 15 de A, é de 2 unidades. Este ponto de produção só poderia ser atingido se houvesse um aumento na quantidade dos fatores de produção.
5) O fato mais importante a ser contatado é de que aumentos na produção de um bem, se a empresa estiver trabalhando em pontos situados na CPP, só poderão ser efetuados à custa de decréscimos na produção do outro.
Em uma análise, com base nos itens 3 e 4 (acima citados), observamos que um deslocamento da curva para a direita significa uma ampliação do conjunto de alternativas. Esse deslocamento poderá ocorrer nos seguintes casos:
I- aprimoramento ou expansão dos recursos;
II- aumento da população apta para o exercício de atividades produtivas;
III- construção de novos bens de produção que aumentam a produtividade;
IV- incorporação das inovações científicas no processo produtivo.
Por outro lado, um deslocamento da curva para a esquerda significa um empobrecimento da comunidade, indicando uma redução nas suas alternativas de produção. 
Produção Econômica (Fatores de Produção)
“Chama-se fator de produção qualquer coisa que contribua para o processo produtivo” – J. Petrelli Gastaldi.
A satisfação das necessidades individuais e coletivas é feita com o consumo de bens e serviços. Esses bens e serviços compõem, juntos a Produção Econômica, que é obtida com a combinação de recursos naturais, equipamentos e trabalho. Tais elementos, pelo fato de serem necessáriosà produção, recebem o nome de fatores de Produção e agrupam-se tradicionalmente, em três categorias:
1) Recursos naturais ou Terra;
2) Mão-de-obra ou Trabalho;
3) Capital.
São considerados Recursos Naturais somente os elementos da natureza suscetíveis de serem incorporados às atividades econômicas. O volume desses recursos depende, entre outros fatores, da evolução tecnológica (que determina a possibilidade de aproveitamento de matérias-primas e fontes de energia, do avanço da ocupação territorial, das facilidades de transporte e do levantamento de existência). Assim um recurso mineral numa grande floresta cuja exploração é inviável, não faz parte do estoque de Recursos Naturais (não é fator de produção) da economia. 
É considerada, como fator de produção Trabalho, a População Economicamente Ativa (PEA) da sociedade.
A população de um país é constituída pelos seus habitantes. Se da população subtrairmos as pessoas que não estão em idade de trabalhar (os muito jovens ou os muito idosos), chegaremos ao conceito da População Ativa. Se da população ativa computar apenas as pessoas que estão procurando emprego no mercado formal de trabalho (excluindo, por exemplo, estudantes e donas de casa), obteremos a População Economicamente Ativa (PEA).
A PEA é constituída por empregados e desempregados. A parcela da PEA que está empregada é denominada População Ocupada. O quociente entre a parcela desempregada da PEA e o seu total é denominado de taxa de desemprego da economia.
O fator de produção Capital corresponde ao conjunto de edifícios, máquinas, equipamentos e instalações que a sociedade dispõe para efetuar a produção. Este conjunto é denominado de estoque de capital da economia. Esse conjunto de bens não se destina diretamente à satisfação do consumo, mas concorre para a produção de bens e serviços, aumentando a eficiência do trabalho humano. 
SISTEMA ECONÔMICO
É a reunião dos diversos elementos da produção de bens e serviços que satisfazem as necessidades da sociedade, ou seja, é a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas, tais como as atividades de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços.
Esses diversos elementos são as empresas, que formam o Sistema Econômico que compõem a Produção Econômica. 
A produção econômica pode ser classificada em três categorias, de acordo com a sua destinação: 
· Bens e serviços de consumo: são os bens e serviços que se destinam ao atendimento direto das necessidades das pessoas.
· Bens e serviços intermediários: são os bens e serviços que entram na produção de outros bens e serviços.
· Bens de capital: são os bens que aumentam a eficiência do trabalho humano.
Tendo em vista que as necessidades humanas são ilimitadas e os recursos produtivos limitados, qualquer sistema econômico terá que enfrentar três problemas básicos: 
a) o que produzir – ou seja, a sociedade terá que fazer uma escolha, dentro do leque de possibilidades de produção que tenha, quais os produtos e respectivas quantidades que serão fabricadas;
b) como produzir – a sociedade terá que escolher também quais os recursos produtivos que serão utilizados para a fabricação dos produtos elegidos, dado o nível tecnológico nela existente; como esses recursos são escassos, é sempre conveniente que sejam utilizados da forma mais eficiente para que o custo de produção seja o menor possível;
c) para quem produzir – a sociedade terá também que decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção, ou seja, se todos participarão igualmente desses resultados ou, em caso contrário, quais deles serão os mais ou menos beneficiados.
Composição do Sistema Econômico
No sistema econômico de uma nação, encontramos um grande e diversificado número de unidades produtoras, cada qual organizando os fatores de produção para de um determinado produto ou para a prestação de um serviço.
Essas unidades produtoras estão classificadas de acordo com as características fundamentais de sua produção, e são organizadas em três setores:
a) setor primário: engloba as atividades que se exercem próximas à base de recursos naturais (agropastoris e extrativas);
b) setor secundário: engloba as atividades industriais mediante as quais os bens são transformados (setor de industriais);
c) setor terciário: engloba as atividades cujo produto não tem expressão material. É o setor de prestação de serviços (transportes, educação, diversões, financeiros etc.). Este setor se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não ser tangível, concreto, embora seja de grande importância no sistema financeiro.
Os Fluxos do Sistema Econômico
Num sistema econômico existem dois fluxos: fluxo real e o fluxo nominal ou monetário.
- Fluxo Real: formado pelos bens e serviços produzidos no sistema econômico, que também recebe o nome de produto. (Constitui a oferta da economia).
- Fluxo Nominal ou Monetário: formado pelo pagamento que os fatores de produção recebem durante o processo produtivo, também denominado renda. (Constitui a demanda ou procura da economia).
O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
 O SFN é formado por um conjunto de instituições financeiras privadas e públicas voltadas para a gestão da política monetária do governo federal. É composta por entidades supervisionadas e por operadores que atuam no mercado nacional e orientado por três órgãos normativos, o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e o Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC).
As autoridades monetárias:
· O Conselho Monetário Nacional: O CMN é o órgão normativo responsável pela fixação das políticas monetárias, creditícias e cambial do país, É formado pelos ministros da Fazenda (o presidente), do planejamento e o presidente do Banco Central do Brasil.
· O Banco Central do Brasil: o BACEN é o órgão executor do Sistema Financeiro, ao qual é responsável por cumprir a fazer cumprir as normas do CMN. É também o banco emissor do papel moeda. É por meio do BACEN que o governo intervém diretamente no sistema financeiro e indiretamente na economia. São suas atribuições agir como: banco dos bancos, gestor do SFN, executor da política monetária, banco emissor e banqueiro do governo.
Autoridades de apoio:
· A Comissão de Valores Mobiliários: a CVM é um órgão normativo vinculado ao governo federal, voltado ao mercado de ações e debêntures (títulos de crédito ao portador, emitidos pelas sociedades anônimas ou em comanditas por ações, o qual vence juros e são contraídos, em longo prazo mediante garantia de todo o seu ativo). Seu objetivo é o fortalecimento do mercado acionário.
· O Banco do Brasil: o BB opera como agente financeiro do governo federal, mas, suas funções são de um banco comum.
· O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social: contando com recursos de programas e fundos de fomento (fundos para promover o desenvolvimento nacional), o BNDES é responsável pela política de investimentos de longo prazo do governo e também pela gestão do processo de privatização. É a principal instituição financeira de fomento do Brasil por impulsionar o desenvolvimento econômico, atenuar desequilíbrios regionais, promover o crescimento das exportações, dentre outras funções.
· A Caixa Econômica Federal: a CEF caracteriza-se por estar voltada ao financiamento habitacional e ao saneamento básico. É um instrumento governamental de financiamento social.
Instituições financeiras:
· Os Bancos Comerciais: são bancos intermediários financeiros que transferem recursos dos agentes superavitários para os deficitários, mecanismo esse que acaba por criar moeda através do efeito multiplicador. Os BC’s podem descontar títulos, realizar operações de abertura de crédito simples ou em conta corrente, realizar operações especiais de crédito rural, de câmbio e comércio internacional, captar depósitos à vista e a prazo fixo, obter recursos junto às instituições oficiais para repasse aos clientes etc.
· Os Bancos de Desenvolvimento: o BNDES é o principal agentede financiamento do governo federal. Destacando-se outros bancos regionais de desenvolvimentos como, por exemplo, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Banco da Amazônia, dentre outros.
· As Cooperativas de Crédito: Equiparando-se às instituições financeiras, as cooperativas normalmente atuam em setores primários da economia ou são formadas entre os funcionários das empresas. No setor primário, permitem uma melhor comercialização dos produtos rurais e criam facilidades para o escoamento das safras agrícolas para os consumidores. No interior das empresas em geral, as cooperativas oferecem possibilidades de crédito aos funcionários, os quais contribuem mensalmente para a sobrevivência e crescimento da mesma. Todas as operações facultadas às cooperativas são exclusivas aos cooperados.
· Os Bancos de Investimentos: captam recursos através de emissão de CDB (Certificados de Depósitos Bancários) e RDB (Recibos de Depósitos Bancários), de capitação e repasse de recursos e de venda de cotas de fundos de investimentos. Esses recursos são direcionados a empréstimos e financiamentos específicos à aquisição de bens de capital pelas empresas ou subscrição de ações e debêntures. Os BI’s não podem destinar recursos empreendimentos mobiliários e têm limites de investimentos no setor estatal.
· Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimentos: as “financeiras” captam recursos através de letras de câmbio e sua função é financiar bens de consumo duráveis aos consumidores finais (crediário). Tratando-se de uma atividade de alto risco, seu passivo é limitado a 12 vezes seu capital mais reservas.
· Sociedades Corretoras: essas sociedades operam com títulos e valores mobiliários por conta de terceiros. São instituições que dependem do BACEN para constituírem-se e da CVM para o exercício de suas atividades. As “corretoras” podem efetuar lançamentos de ações, administrarem carteiras e fundos de investimentos, intermediarem operações de câmbio, dentre outras funções.
· Sociedades Distribuidoras: Suas principais funções são a subscrições de emissão de títulos e ações, intermediação e operações no mercado aberto. Elas estão sujeitas a aprovação pelo BACEN. Essas instituições não têm acesso às bolsas como as Sociedades Corretoras.
· Sociedade de Arrendamento Mercantil: operam com operações de “leasing” que se trata de locação de bens de forma que, no final do contrato, o locatário pode renovar o contrato, adquirir o bem por um valor residencial ou devolver o bem locado à sociedade. Atualmente, tem sido comum operações de leasing em que o valor residual é pago de forma diluída ao longo período contratual ou de forma antecipada, no início do período. As Sociedades de Arrendamento Mercantil captam recursos através da emissão de debêntures, com características de longo prazo.
· Associação de Poupança e Empréstimo: são sociedades civis onde os associados têm direito à participação nos resultados. A captação de recursos ocorre através de cadernetas de poupança e seu objetivo é principalmente financiamento imobiliário.
· Sociedades de Crédito Imobiliário: ao contrário das Caixas Econômicas, essas sociedades são voltadas ao público de maior renda. A captação ocorre através de Letras Imobiliárias depósitos de poupança e repasses de CEF. Esses recursos são destinados, principalmente, aos financiamentos imobiliários diretos ou indiretos.
· Investidores Institucionais: os principais investidores institucionais são: Fundos Mútuos de Investimentos: são condomínios abertos que aplicam seus recursos em títulos e valores mobiliários objetivando oferecer aos condomínios maiores retornos e menores riscos. Entidades Fechadas de Previdência Privada: são instituições mantidas por contribuições de um grupo de trabalhadores e da mantenedora. Por determinação legal, parte de seus recursos devem ser destinados ao mercado acionário. Seguradoras: são enquadradas como instituições financeiras segundo determinação legal. O BACEN orienta o percentual limite a ser destinado aos mercados de renda fixa e variável.
· Companhias Hipotecárias: dependendo de autorização do BACEN para funcionarem, tem objetivos de financiamento imobiliário, administração de crédito hipotecário e de fundos de investimento imobiliário, dentre outros.
· Agências de Fomento: sob supervisão do BACEM, as agências de fomento captam recursos através dos orçamentos públicos e de linhas de créditos de longo prazo de bancos de desenvolvimentos, destinando-se a financiamentos privados de capital fixo e de giro. 
· Bancos Múltiplos: tais bancos possuem pelo menos duas das seguintes carteiras: comercial, de investimento, de crédito imobiliário, de aceite, de desenvolvimento e de leasing. A vantagem é o ganho de escala que tais bancos alcançam.
· Bancos Cooperativos: são verdadeiros bancos comerciais surgidos a partir de cooperativas de crédito. Sua principal restrição é limitar suas operações em apenas uma UF. O que garante a permanência dos recursos onde são gerados, impulsionando o desenvolvimento local. 
A DEMANDA E A OFERTA
MERCADO
 Mercado é a área onde converge a oferta e a procura dos bens. Não é um lugar restrito, mas qualquer lugar onde haja vendedores e compradores de determinados bens ou serviços. 
Classificação:
· Concorrência perfeita – Trata-se de um mercado caracterizado pelos seguintes fatores:
a) existência de um grande número de vendedores e compradores, de tal forma que cada vendedor e cada comprador, individualmente, representam muito pouco no total do mercado (mercado atomizado, ou seja, pequeno).
b) o produto transacionado é homogêneo, ou seja, todas as empresas participantes do mercado fabricam produtos rigorosamente iguais que não se distinguem um dos outros por qualidade, marca, rótulo e quaisquer outras características (produto padronizado).
c) há livre entrada e saída de empresas no mercado; qualquer empresa pode entrar ou sair do mercado a qualquer momento, sem quaisquer restrições das demais concorrentes, tais como práticas desleais de preços, associações de produtores visando impedir a entrada de empresas novas, etc.
d) perfeita transparência, ou seja, perfeito conhecimento, pelo compradores e vendedores, de tudo o que ocorre no mercado; assim, por exemplo, se uma empresa obtiver uma inovação tecnológica no processo produtivo, as outras saberão deste fato imediatamente.
e) perfeita mobilidade dos recursos produtivos; isto significa que a mão-de-obra e os outros insumos utilizados na produção podem ser facilmente deslocados da fabricação de uma mercadoria para outra; além disso, no mercado dos fatores de produção vigora também a concorrência perfeita, de tal forma que cada empresa poderá adquirir a quantidade desejada do fator por um preço que será fixado concorrencialmente.
O mercado de concorrência perfeita é o mercado ideal, ao qual serão referenciados os mercados de concorrência imperfeita (existentes no mundo real e listrados a seguir).
· Monopólio – é o mercado que se caracteriza pela existência de um único vendedor. O monopólio pode ser legal ou técnico.
Monopólio legal ocorre quando uma lei assegura ao vendedor a primazia no mercado. Exemplo: até 1995, no Brasil, a empresa Petróleo Brasileiro S/A (Petrobrás) possuía, por lei, o monopólio das atividades de extração e refino do petróleo.
 Monopólio técnico ocorre quando a produção através de única empresa é a forma mais barata de fabricação do produto. Ou seja, quanto maior o tamanho da empresa (escala), menor o custo médio de fabricação do produto. As atividades de geração e distribuição de energia elétrica são apontadas na literatura especializada como exemplo deste tipo de monopólio. 
· Oligopólio – é o mercado em que existe um pequeno número de vendedores ou em que, apesar de existir um grande número de vendedores, uma pequena parcela deste domina a maior parte do mercado. São exemplos de oligopólio a indústria automobilística e a indústria de bebidas, entre muitas outras. Embora não haja barreiras explícitas, o poderio das grandes firmas que dominam o mercado é um fator desestimulanteà entrada de novas empresas no oligopólio.
· Monopsônio – é um mercado em que há apenas um único comprador. Imaginemos, por exemplo, uma região em que há um número expressivo de pequenos produtores de leite e apenas uma grande usina onde este leite pode ser pasteurizado. A usina será a única opção de venda para os produtores, de modo que ela terá condições de impor preços para a compra do leite.
· Oligopsônio – é o mercado caracterizado pela existência de um pequeno número de compradores ou ainda em que, embora haja um grande número de compradores, uma pequena parte destes é responsável por uma parcela bastante expressiva das compras ocorridas no mercado. A indústria automobilística, por exemplo, constituída por um pequeno número de empresas, tem um poder oligopsonista em relação à indústria de auto-peças, uma vez que é responsável por um grande volume das compras da produção desta última. As grandes empresas beneficiadoras de produtos agrícolas também formam um oligopsônio em relação aos agricultores, já que compram uma parcela expressiva da produção destes.
· Concorrência Monopolística – trata-se de um mercado em que, apesar de haver um grande número de produtores (e, portanto, ser um mercado concorrencial), cada um deles é como se fosse monopolista de seu produto, já que este é diferenciado dos demais. A diferenciação do produto se dá por meio de características do mesmo, tais como, qualidade, marca (griffe), padrão de acabamento, existência ou não de assistência técnica, etc. Exemplos de mercados de concorrência monopolística são as lojas de confecções e os restaurantes. Nestes últimos, por exemplo, o produto (a comida) é diferenciado pela natureza (pode ser comida chinesa, japonesa, alemã, italiana, brasileira típica, etc.), qualidade (boa, regular, ruim, etc.), pelas instalações (luxuosas, simples, médias) e por variados outros fatores.
Esta não é a única classificação possível dos mercados, embora seja a mais utilizada. 
Uma importante diferenciação entre as estruturas de mercados reside no grau de controle que vendedores e compradores têm sobre o preço pelo qual o produto é transacionado no mercado.
Na concorrência perfeita, nenhum vendedor ou comprador, considerado isoladamente, tem influência (ou seja, poder de determinação) sobre o preço de mercado. O mercado é que determina o preço dos produtos, ou seja, a aplicação da lei da oferta e da procura.
Nas demais estruturas de mercado, ou o vendedor ou o comprador, isoladamente, pode impor um preço no mercado. No monopólio, por exemplo, o único vendedor tem poder quase que absoluto para fixar o preço do produto (porém, se fixar preço exorbitante pelo seu produto não conseguirá vende-lo).
RENDA
Renda: é o rendimento que se obtém pelo pagamento de um fator trabalho, aluguel ou juros.
Renda menor do consumidor significa redução da demanda por alguns bens. 
Se a demanda por um bem diminui quando a renda cai, o bem é chamado de bem normal.
Exemplo: Se um consumidor costuma ir todo domingo ao cinema, lanchar etc., se a renda cai, diminuirá o consumo por esses bens.
Se a demanda por um bem aumenta quando a renda cai, o bem é chamado de bem inferior. 
Exemplo: a passagem de ônibus. Se um consumidor, acostumado a andar de taxi e sua renda diminui, será mais provável que esse consumidor passe a andar mais de ônibus.
BENS SUBSTITUTOS E BENS COMPLEMENTARES
Quando uma queda do preço de um bem reduz a demanda por outro bem, os dois bens são chamados de substitutos.
Os substitutos são, freqüentemente, pares de bens que podem ser usados um no lugar do outro, como, cachorros-quentes e hambúrgueres, malhas de lã e moletons, ingressos para o cinema e DVDs alugados, a manteiga pela margarina etc.
Quando uma queda do preço de um bem causa um aumento da demanda de outro, os dois bens são chamados de complementares.
Os bens complementares são freqüentemente, pares de bens usados em conjunto, como gasolina e carros, CDs e CD players, o sal e a comida etc.
A FORMAÇÃO DOS PREÇOS
O preço das coisas é o seu valor calculado em termos de uma unidade monetária padrão.
TEORIA DO VALOR
A explicação do valor e, portanto, dos preços, está em função tanto da procura (baseado na utilidade) como na oferta (baseada nos custos de produção).
DEMANDA ou PROCURA
Chama-se procura, em dado mercado, a quantidade de um bem ou serviço que os agentes econômicos estão dispostos a adquirir a certo preço, quer agindo racionalmente, quer sofrendo a influência do meio.
A procura representa o comportamento dos consumidores.
CURVA DA PROCURA
Princípio geral: quanto mais baixos apresentam-se os preços, mais altas são as quantidades procuradas; quanto mais altos apresentarem-se os preços, mais baixas serão as quantidades procuradas.
Existe uma relação funcional de dependência entre a quantidade procurada (QD) de um determinado bem e o seu preço (P).
Matematicamente, QD = f(P), a quantidade procurada é em função do preço do bem.
Graficamente: P
 P2 ........................
 P1 ........................................................
 
 0 Q1 Q2 Q
A relação de dependência está evidenciada no gráfico: a elevação do preço de P1 para P2 provocará uma redução na quantidade procurada, de Q2 para Q1. 
A demanda do bem X depende de uma série de fatores. Os mais relevantes são os seguintes fatores:
· o preço do bem X (Px); o consumidor vai adquirir o produto ou sua quantidade dependendo do preço do mesmo.
· a renda do consumidor (Y); o consumidor fica condicionado à aquisição do produto de acordo com sua renda. 
· o preço de outros bens (Pz); o consumidor ao desejar um produto, ele irá analisar não só o seu preço, mas, certamente observará o preço de outros produtos de sua cesta de consumo. Exemplo, ao adquirir o arroz o consumidor irá observar o preço do feijão, já que em nosso país é comum o consumo dos dois bens em conjunto (bens complementares); ou ao verificar o preço da manteiga, provavelmente irá observar o preço da margarina (bens substitutos), se assim ele não se opor em substituir um bem por outro.
· os hábitos e gostos dos consumidores (H); o consumo depende do gosto e sua tradição em consumir esse ou aquele bem.
A LEI DA DEMANDA
O interesse e o comportamento do consumidor estão explícitos na lei da demanda, cujo enunciado é o seguinte: a quantidade que se deseja demandar, por unidade de tempo, será maior quanto menor for o preço, e será menor quanto maior for o preço, “ceteris paribus” (expressão latina que significa tudo mais permanecendo constante, ou seja, que as outras coisas, como renda, gosto, preços relativos, etc., permanecem invariantes).
Matematicamente, pode-se expressar a demanda do bem X através da seguinte expressão:
Dx = f(Px, Y, Pz, H, etc.)
onde a letra f significa que Dx é função de e a palavra etc. abarca as outras possíveis variáveis que influenciam o consumo do bem X, mas que não serão considerados em nossa análise. 
A demanda do bem X é, portanto, a resultante da ação conjunta ou combinada de todas essas variáveis. 
Matematicamente, pode-se dizer que a Demanda (ou Procura) do bem X é uma função inversa ou decrescente do seu preço.
Embora seja perfeitamente aceitável ao bom senso comum que a quantidade procurada do bem X varie inversamente ao seu preço, os economistas justificam tal comportamento da demanda em função dos efeitos:
a) Efeito-renda – a baixa do preço acarretará o acréscimo do poder de compra do consumidor, mesmo se sua renda nominal não mudar, sua renda real (seu poder de compra) aumentará; inversamente, um aumento nos preços reduzirá o poder de compra do consumidor. 
b) Efeito-substituição – o consumidor tende a substituir a mercadoria, cujo preço subiu, por outra mercadoria mais barata.
c) Utilidade marginal – à medida que o consumidor passa a dispor de mais unidades de um mesmo produto, a utilidade de cada unidade adicional certamente irádecrescer.
EXCEÇÕES À LEI DA PROCURA
Há duas exceções à lei da procura: os chamados bens de Giffen e bens de Veblen.
Os bens de Giffen são bens de pequeno valor, porém de grande importância no orçamento dos consumidores de baixa renda. Caso haja uma elevação em seus preços, seu consumo paradoxalmente tende a aumentar, uma vez que, embora seu preço tenha sido majorado, são ainda mais baratos que os demais bens; como ao consumidor após o aumento, sobra menos renda, ele não poderá adquirir outros bens (por serem mais caros) e acabará consumindo maiores quantidades do bem de Giffen.
Os bens de Veblen são bens de consumo ostentatório, tais como obras de arte, jóias, tapeçarias e automóveis de luxo. Como o objetivo de seu consumidor é mostrar aos outros que é possuidor de grande renda (e não o consumo do bem em si), quanto mais caro, mais são procurados.
Tanto os bens de Griffen como os de Veblen têm curvas de demanda com inclinação positiva, ou seja, ascendentes da esquerda para a direita.
 
Simplificando, a função demanda Qd = f (P) é decrescente. Onde, Qd = quantidade demandada e P = preço.
Graficamente: 
 
 P P
 
 Q/t Q/t
Q/t = quantidade demandada na unidade de tempo.
A curva de demanda é o lugar geométrico dos pontos que indicam os preços máximos que o consumidor demandará pelas correspondentes quantidades na unidade de tempo.
 P
 p--------
 q Q/t
A figura acima indica que o consumidor demandará a quantidade q no máximo pelo preço p. O consumidor pode concordar em demandar a um preço menor que p, mas nunca a um preço maior que p. É nesse sentido que se diz que a curva de demanda é um conceito de máximo (significa o máximo que o consumidor pode ou deseja demandar).
Deslocamento da curva de demanda
Uma diminuição da demanda pode ser representada por um deslocamento da curva da demanda para a esquerda. A qualquer preço dado, as pessoas desejam, agora, comprar menos do que desejavam comprar antes.
 P D
 D1 
 p --------------------
 q’ q Q/t
Um aumento da demanda pode ser representado por um deslocamento da curva da demanda para a direita. A qualquer preço dado, as pessoas desejam, agora, comprar mais do que desejavam comprar antes.
 P D1
 D 
 P --------------------
 q q’ Q/t
Declividade da demanda
A curva da demanda, como já foi visto, apresenta declividade negativa. Entretanto, são possíveis situações em que as declividades são nulas ou indefinidas. Os gráficos correspondentes a essas situações são:
 P P P
 D
 D D
 Q Q Q
a) declividade negativa b) declividade nula c) declividade indefinida
EQUAÇÃO DA DEMANDA: Demonstração através da função de 1º grau
 Qd = a – bc ou Qd = – bc + a (y = – ax + b)
Qd = quantidade demandada (y = quantidade demandada)
a e b = são os valores (a e b = são os valores atribuídos)
c = preço (x = preço)
Exemplos:
a) Cinco pares de sapatos foram comprados ao preço de 60 u.m. (unidades monetárias), dez pares de sapatos ao preço de 40 u.m. Admitindo a demanda linear, determine a sua equação.
Solução:
A(5; 60); B(10; 40)
O problema consiste em determinar a equação da reta que passa pelos pontos A e B. Aqui, m é a declividade.
 40 – 60 20 
m = ------------ => m = – ----- => m = – 4 
 10 – 5 5
P – 60 = m(Q – 5) => P – 60 = – 4 (Q – 5) => P – 60 = – 4Q + 20
 1
4Q = 80 – P => Q = 20 – P
b) Um paciente demanda “Persantin 75mg” em 2 u.f. por dia, a qualquer preço. Qual a sua equação de demanda?
Solução:
Q = 2 e, graficamente,
P Q
 2
 P
 2
Observe que, dependendo do referencial usado, a demanda tem declividade nula ou declividade não definida. 
A OFERTA
O interesse e o comportamento dos vendedores estão explícitos na lei da oferta. A oferta é a ação de oferecer bens e serviços no mercado consumidor. O enunciado da lei da oferta é a seguinte: a quantidade que se deseja ofertar, por unidade de tempo, será maior quanto maior for o preço e será menor quanto menor for o preço, “ceteris paribus” (tudo mais constante). 
A função oferta Qs = f(P) é crescente. Aí, Qs = quantidade ofertada.
Graficamente:
 P P
 
 Q/t Q/t
CURVA DA OFERTA
Princípio geral: as quantidades ofertadas aumentam sucessivamente em função de aumentos também sucessivos nos níveis gerais dos preços. 
Existe uma relação funcional de dependência entre as quantidades ofertadas (Qo) de um determinado bem e o seu preço (P).
Matematicamente, Qo = f(P)
 P 
 O
 P2 -------------------
 P1 -------------------
 
 Q1 Q2 Q (quantidade ofertada (Qo))
A relação de dependência no gráfico evidencia a elevação do preço de P1 para P2, conseqüentemente provocará um aumento nas quantidades ofertadas de Q1 para Q2. 
A explicação mais lógica para esse comportamento dos produtores está na estrutura dos custos de produção. A expansão dos níveis de preços significa uma modificação positiva na margem da remuneração empresarial, o que incentiva os produtores a aumentar o volume da produção.
 
A curva da oferta é o lugar geométrico dos pontos que indicam os preços mínimos que o produtor aceitará pelas correspondentes quantidades na unidade de tempo.
 P
 p
 
 q 
A figura acima indica que o produtor ofertará a quantidade q no mínimo pelo preço p. O produtor pode concordar em ofertar a um preço maior que p, mas nunca a um preço menor que p. É nesse sentido que a curva da oferta é uma curva de mínimo.
Deslocamento da curva da oferta
Uma diminuição na oferta pode ser representada por um deslocamento da curva da oferta para a esquerda. A qualquer preço, os vendedores estão, agora, desejosos de oferecer menos mercadorias do que antes.P
 
 p
 
 
 q’ q Q/t
Um aumento na oferta pode ser representado por um deslocamento da curva da oferta para a direita. A qualquer preço dado, os ofertantes estão, agora, desejosos de oferecer mais do que antes.
 P
 
 P ---------------------
 
 q q’ Q/t
Convém distinguir, nessa oportunidade, deslocamento da demanda ou da oferta, de deslocamento sobre a curva da demanda e da oferta, respectivamente. Como foi visto, os deslocamentos da demanda ou da oferta se caracterizam pela variação da demanda e da oferta a um mesmo preço. Já os deslocamentos sobre a curva da demanda ou da oferta implicam tanto variação das quantidades como variações dos preços.
 P P
 p ---------- A p’ -------------- B
 p’ ----------------- B p ------ A
 q q’ Q/t q q’ Q/t
Declividade da oferta
A curva da oferta normalmente tem declividade positiva. Entretanto, algumas vezes, se têm curvas de oferta com declividade nula ou indefinida.
Graficamente,
 P P Q
 S
 S S
 
 Q Q P
 a) declividade positiva b) declividade c) declividade nula
 indefinida
FÓRMULAS PARA DETERMINAR A EQUAÇÃO DA OFERTA (semelhante às fórmulas da demanda).
Exemplos: 
a) Quando o preço era de 10 unidades monetárias, ofertou-se 50 unidades físicas de uma mercadoria X. Ao preço de 15 u.m., a oferta foi de 60 u.f. Determine a equação da oferta, admitindo a linearidade
Solução: q p q p
 A(50; 10) e B(60; 15)
O problema consiste em determinar a equação da reta que passa pelos pontos A e B.
 15 – 10 5 1 1
m = ----------- = --- = --- → P – 10 = --- (Q – 50) → 2P – 20 = Q – 50 →
 60 – 50 10 2 2
→ Q = 2P + 30 → Q = 30 + 2P
b) Uma empresa aérea oferta 500 passagens por dia entre São Paulo e Rio de Janeiro, isto independente do preço determinado pelo DAC. Determine a equação da oferta.
Q = 500 e, graficamente,
 P Q
 500 ------------------
 
 500 Q P
Observe que, dependendo do referencial usado, a oferta tem declividade nula ou declividade não definida.
EQUILÍBRIO ENTRE A OFERTA E A PROCURA
A interseção entre as curvas de demanda e oferta determina o ponto de equilíbrio (E) cujas coordenadas são a quantidade de equilíbrio e o preço de equilíbrio. A qualquer preço de equilíbrio, a quantidade ofertada excede a quantidade demandada e o preço tende a baixar. A qualquer preço abaixo do preço de equilíbrio, a quantidade demandada excede a quantidade ofertada e o preço tende a aumentar.
 P
 D S
 pe ------------------- E
 
 qe Q/t
onde:
S = curva da oferta; D = curva da demanda;
E = ponto de equilíbrio; pe = preço de equilíbrio.
qe = quantidade de equilíbrio;
Variações na demanda e na oferta
Variações nas curvas da demanda e da oferta ocasionarão variações no preço de equilíbrio, na quantidade de equilíbrio, ou em ambos
 P 
 S 
 D1 
 
 E1 
 D 
 E
 
 Q/t 
Aumento da demanda com oferta constante.
Na figura ao lado tem-se uma aumento da demanda mantendo-se a oferta constante. Neste caso, ocorre aumento do preço e da quantidade de equilíbrio
 
 P
 D S 
 D1 
 E
 E1 
 
 Q/t 
 Diminuição da demanda, com a oferta constante. 
 Na figura acima tem-se um aumento da demanda mantendo-se a oferta constante. Tem-se, aí, aumento do preço e da quantidade de equilíbrio.
P S S1 
 D
 E 
 E1 
 Q/t
Aumento da oferta com demanda constante.
Na figura acima tem-se uma diminuição da demanda mantendo-se a oferta constante. Neste caso ocorre diminuição ao preço e da quantidade de equilíbrio.
P S1 S
 D
 E1
 E
 Q/t
Diminuição da oferta com demanda constante.
Na figura acima (à direita), tem-se diminuição da oferta mantendo-se a demanda constante. Tem-se, portanto, aumento no preço de equilíbrio e diminuição da quantidade de equilíbrio.
Preço mínimo e preço máximo
Uma política de preço mínimo estabelece no mercado um excedente do bem, pois um preço acima do de equilíbrio incentiva o produtor e desestimula o consumidor. Qual o destino dos excedentes resultantes de políticas de preço mínimo? Uma alternativa para os excedentes é o mercado externo através das exportações, e a outra é alimentar os estoques reguladores.
P 
 S
 D
pm
pe ------------ Excedente = q2 – q1
 q1 q2 Q/t 
pm = preçomínimo e pe = p. equilíbrio 
Uma política de preço máximo (ou tabelamento de preço) estabelece no mercado uma escassez do bem, pois um 
preço de equilíbrio incentiva o
demandante e desestimula o produtor.
 P
 D S
 Escassez = q2 – q1 
pe
 pm 
 
 
 q1 q2 Q/t
 pm = preço máximo e pe = p. equilíbrio 
O PREÇO DE EQUILÍBRIO
Partindo da hipótese de que o mercado está submetido a uma situação de concorrência perfeita, o preço de equilíbrio será determinado pela livre manifestação das forças da oferta e da procura. 
 Ox
 Preço do bem x (Px) 
 excedente
 20 -------------------------------
 14 ------------------------ Ponto de equilíbrio
 10 ----------------------------------------- Dx
 escassez
 
 0 40 60 100 150 170 
 Quantidade do bem x (Qx)
Quantidade ofertadas e demandadas
Analisando o gráfico
O gráfico apresenta as curvas de demanda e oferta do bem X e sua interação no mercado.
Supondo-se que o mercado comece trabalhando ao preço de R$ 20. A este preço, os vendedores estão dispostos a oferecer 150 unidades do bem X, porém os compradores só desejam adquirir 60 unidades. A quantidade transacionada no mercado ao preço de R$ 20 será portanto, de 60 unidades e haverá um excedente (excesso de quantidade ofertada sobre a demandada) de 90 unidades (150 unidades ofertada menos 60 adquiridas pelos compradores).
Nesse caso, os vendedores não estarão satisfeitos porque ficaram com um estoque indesejado de 90 unidades nas mãos. Para livrar-se do excedente, oferecerão o bem X a preços mais baixos, de modo que a tendência que será observada no mercado é a baixa do preço de X. Logo, o mercado não está em equilíbrio, já que o preço está flutuando.
Ao inverso, suponha-se agora que o mercado iniciou trabalhando ao preço de R$ 10. Ocorrerá uma escassez (excesso de quantidade demandada sobre a ofertada) no mercado, já que os compradores desejarão adquirir 170 unidades do bem X, enquanto os vendedores estarão dispostos a oferecer apenas 40 (escassez de 130 unidades). Os comprados ficarão insatisfeitos e, para adquirir o produto que está escasso no mercado, oferecerão preços maiores pelo mesmo para induzir a oferta a aumentar. A tendência no mercado será, portanto, a de elevação do preço de X.
Ao preço de R$ 14 correspondente à interseção das duas curvas, ocorrerá o equilíbrio do mercado. Nesse caso, tanto os vendedores desejam oferecer quanto os compradores tencionam adquirir 100 unidades do bem X. Ambos os grupos estarão satisfeitos e a tendência do mercado será que o preço de R$ 14 e a quantidade de 100 unidades fiquem estáveis (ou seja, em equilíbrio).
O preço e a quantidade de equilíbrio somente serão alterados no mercado se ocorrer um deslocamento das curvas de oferta e procura.
Exemplo prático:
A oferta e a demanda do bem X conjuntamente determinam o preço de equilíbrio no mercado de concorrência perfeita. O preço de equilíbrio é definido como o preço que iguala as quantidades demandadas pelos compradores e as quantidades ofertadas pelos vendedores, de tal modo que ambos os grupos fiquem satisfeitos.
EXERCÍCIOS
1º) Seja a equação de demanda individual de um bem X dada pela expressão Qd = 50 – 10P
Admita-se que 100 consumidores possuem para esse bem X a mesma equação de demanda individual. Dessa forma, qual a equação de demanda global dos 100 demandantes?
Resolução:
 Qd = 100(50 – 10P) → Qd = 5000 – 1000P 
2º) Seja a equação de oferta individual de um bem X dada pela expressão Qs = 20 + 5P.
Admita-se que 50 produtores possuem para esse bem X a mesma equação de oferta individual. Dessa forma, qual a equação de oferta global dos 50 ofertantes?
Resolução:
 Qs = 50(20 + 5P) → Qs = 1000 + 250P (Qs = quant. ofertada)
Obs.: O sistema de equações que permite determinar o preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio é formado pelas equações de demanda global com a da oferta global, isto é, com as equações de demanda e oferta do mercado.
3º) Utilizando as equações acima (1º e 2º exercícios), determinar:
a) o preço de equilíbrio;
b) a quantidade de equilíbrio.
Resolução:
a) 5000 – 1000P = 1000 + 250P → - 1000P – 250P = 1000 – 5000 → - 1250P = 4000 = 3,20.
Assim o Pe (preço de equilíbrio) será de R$ 3,20.
b) Substituindo o preço (R$ 3,20) em uma das equações, temos: Qd = 5000 – 1000(3,20) → Qd = 5000 – 3.200 → Qd = 1.800, ou utilizado Qs temos: Qs = 1000 + 250(3,20) → Qs = 1.800.
Ou seja, Qe (quantidade de equilíbrio) será de 1.800 unidades.
4º) Sabe-se que o mercado, para um bem Y, é constituído de 200 demandantes idênticos e 100 ofertantes também idênticos, cujas equações individuais são Qd = 100 – 5P e Qs = 150 + 2P, respectivamente. Determine:
a) preço e quantidade de equilíbrio;
b) preço e quantidade de equilíbrio após o encerramento das atividades de 10 ofertantes;
c) se o Governo estabelecer um preço mínimo de R$ 7,00 para esse bem, qual vai ser o excedente do mercado?
d) se o Governo estabelecer um preço máximo de R$ 4,00 para esse bem, qual vai ser a escassez do mercado?
Solução:
a) Armando as equações de demanda e de oferta, temos:
Qd = 200(100 – 5P) Qd = 20.000 – 1.000P 
Qs = 100(150 + 2P) Qs = 15.000 + 200P
Resolvendo o sistema de equações, temos: P = 4,16 unidades monetárias
Substituindo o preço de equilíbrio 4,16 unidades, em uma das equações, temos:
 Q = 15.840 unidades físicas
Desta forma, calculam-se o preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio, que assumiram os seguintes resultados:
 Pe = 4,14 u.m. (unidades monetárias)
 Qe = 15.840 u.f. Unidades físicas)
b) Após o encerramento das atividades de 10 ofertantes as equações de mercado são:
 Qd = 20.000 – 100P Qd = 20.000 – 100P
 Qs = 90 (150 + 2P) Qs = 15.500 + 180P
Resolvendo o sistema, temos:
 Qe = 14.490 u.f.
 Pe = 5,51 u.m.
c) Após a determinação de um preço mínimo de 7.00 u.m. as quantidades ofertadas e demandadas pelo mercado serão:
 Qs = 15.000 + 200 x 7 = 16.400 u.f.
 Qd = 20.000 – 1.000 x 7 = 13.000 u.f. e o excedente será de 3.400 u.f.
d) Após a determinação de um preço máximo de 4.00 u.m. as quantidades ofertadas e demandadas pelo mercado serão:
 Qs = 15.000 + 200 x 4 = 15.800 u.f.
 Qd = 20.000 – 1.000 x 4 = 16.000 u.f. e a escassez será de 200 u.f. 
ELASTICIDADE
Elasticidade da demanda
Na teoria econômica, o termo elasticidade significa sensibilidade. Assim, em economia, quando se afirma que a demanda do bem X é elástica em relação a seu preço, o que se pretende dizer é que os consumidores do bem X são sensíveis a alterações de seu preço; caso este aumente, porexemplo, os consumidores diminuirão de forma significativa a quantidade procurada do bem X.
Ao reverso, quando se afirma que a demanda do bem X é inelástica, quer-se dizer que os consumidores do bem X mudarão muito pouco a sua quantidade procurada mesmo que o preço se eleve substancialmente.
Pode ser (tanto para a procura quanto para a oferta): elástica, inelástica ou unitária. 
· Elástica: quando as variações no preço desse produto provocam variações proporcionalmente maiores, nas quantidades procuradas (maior que 1, valores absolutos)
Exemplo: Se um determinado produto tiver um aumento de 15% em seu preço, e se, em conseqüência, houver uma redução de 20% em sua quantidade procurada, diz-se que o produto apresenta uma procura elástica. O mesmo se diz quando uma redução de 15% no preço provoca um aumento de 20% na quantidade procurada. Em geral são os bens secundários.
· Inelástica: quando as variações no preço desse produto provocam variações proporcionais menores nas quantidades procuradas (menores que 1, valores absolutos).
Exemplo: Se um determinado produto tiver um aumento de 20% em seu preço, e se, em conseqüência, houver uma redução de 15% na quantidade procurada, diz-se que o produto apresenta uma procura inelástica. O mesmo se diz quando uma redução de 15% no preço provoca um aumento de 20% na quantidade procurada. Em geral são bens primários ou essenciais.
· Unitária: quando as variações no preço desses produtos provocam variações exatamente iguais nas quantidades procuradas. (iguais a 1).
Exemplo: Se um determinado produto tiver um aumento ou diminuição de 20% em seu preço, e se, em conseqüência houver uma redução ou aumento de 20% em sua quantidade procurada. Bens que tenham substitutos a altura. 
Exercício:
Suponha-se o seguinte comportamento da demanda de dois bens A e B:
 DEMANDA DE A DEMANDA DE B
 PA QdA PB QdB
1º momento 10 100 20 80
2º momento 12 60 24 76 
Resolução:
Os bens tiveram seus preços majorados em 20%, já que PA passou de 10 para 12 (o aumento de 2 representa 20% do preço antigo de 10) e PB passou de 20 para 24 (o aumento de 4 representa 20% do preço antigo de 20). 
Entretanto, o comportamento da quantidade demandada dos dois bens foi radicalmente diferente. Enquanto QdA diminuiu 40% (decresceu de 100 para 60 e a redução de 40 representa 40% da quantidade anterior de 100), a QdB diminuiu apenas 5% (passou de 80 para 76, a redução de 4 representando 5% da quantidade original de 80).
A vista deste comportamento pode-se afirmar que a demanda de A é elástica, ou seja, sensível a variações dos preços enquanto a demanda de B é inelástica ou pouco sensível à citada variação. 
Algebricamente, o conceito de elasticidade de Alfred Marshall pode ser determinado pela seguinte fórmula:
 ∆ Q final menos inicial
 ------ --------------------------
 Q inicial ∆ Q P
ep = ------- = ------------------------------ ou ep = --------- x -----
 ∆ P final menos inicial Q ∆ P
 ----- --------------------------
 P inicial
onde: 
∆Q = variação na quantidade procurada
Q = quantidade inicial
∆P = variação no preço
P = preço inicial 
Exemplo:
Calcular a elasticidade da procura de um dado produto cujo preço, ao reduzir-se de 100 para 90 unidades monetárias, provocou um aumento na quantidade procurada de 1000 para 1200 unidades do produto.
P 1.200 – 1.000 200
 ------------------ --------
100 1.000 1.000 
 ep = ------------------- = --------- 
 90 90 – 100 - 10
 -------------- -------
 100 100 
 1000 1200 Q 
 200 100 2 
 ______ X _____ ep = ------ ep = - 2 = |2| elástica 2 > 1
 1.000 - 10 - 1 
Fatores que influenciam a elasticidade da procura:
1- Disponibilidade de bens substitutos para o produto considerado: se o produto possui poucos substitutos, sua procura tende a ser relativamente rígida; ao contrário, a elasticidade é forte.
2- Número de utilização que se pode dar ao produto: quanto maior o número de usos para dado produto, mais elástica tenderá a ser sua procura e vice-versa.
3- Preço do produto, em relação à renda dos consumidores: os produtos que requerem grandes desembolsos (refrigeradores, televisores, etc.), de uma maneira geral, são mais elásticos do que os produtos que requerem pequenos desembolsos.
Exemplos:
1º) Imagine que uma família compre feijão, ao preço de R$ 3,00 o quilo, 7 kg por mês. Se o preço aumentar para R$ 4,00, a quantidade adquirida do feijão cairá para 5kg por mês. Calcule:
a) elasticidade – preço da demanda por feijão;
b) determine o tipo de elasticidade (se elástica, inelástica ou unitária).
Resolução: P
 
 4,00
 3,00
 
 5 7 Q
 5 – 7 - 2
 -------------- -----
 7 7 - 2 3,00 - 6,00
a) ep = ------------------ = -------- = ------ x -------- = --------- - 0,857143 = 0,86 < 1
 4,00 – 3,00 1,00 7 1,00 7,00
 ---------------- -----
 3,00 3,00
b) inelástica. 
2º) Se tivermos um bem cuja demanda se reduz 40% quando seu preço aumenta 20%. Determine:
a) a elasticidade – preço da demanda do bem;
b) o tipo de elasticidade.
Resolução: a) 60 – 100 - 40
 ------------ -----
 P 100 100 - 40 100
 ep = -------------- = ------ = ------ x ------ = - 2 = 2>1
 120 120 – 100 20 100 20
 ------------- -----
 100 100 100
 
 60 100 Q
 b) elástica. 
3º) Um outro bem, que tem a demanda reduzida em 30% quando seu preço aumenta 30%, determine:
a) elasticidade-preço da demanda;
b) tipo de elasticidade.
Resolução: 70 – 100 - 30
a) P ------------ ------
 100 100 - 30 200
 260 ep = ------------- = --------- = ------- x ------ = - 1 = 1
 260 – 200 60 10060
 ------------ -----
 200 200 200
 70 100 Q 
b) unitária.
Elasticidade da oferta
É a mudança percentual da quantidade ofertada, dividida pela mudança percentual do preço.
Ela pode ser (do mesmo modo da elasticidade da procura):
- Elástica: quando o valor encontrado for maior que 1;
- Inelástica: quando o valor encontrado for menor que 1;
- Unitária: quando o valor encontrado for igual a 1.
Fatores que influenciam a elasticidade da oferta:
1- Existência ou não de estoques: um aumento no preço de um produto poderá ser prontamente respondido, caso haja estoque do produto, até que a oferta tenha condições de reagir;
2- Existência de fatores de produção disponíveis: em uma situação de pleno emprego dos fatores de produção, a oferta tende a ser rígida; entretanto, numa situação de sub-emprego dos fatores, a oferta terá condições de expandir;
3- Fluidez e imobilidade dos fatores de produção: mesmo estando os fatores de produção disponíveis, dificilmente conseguem deslocar-se de um emprego para outro ou de uma região para outra.
Exemplos:
1º) Cem unidades de um produto custa R$ 5,00. Ao preço de R$ 8,00 os produtores estão dispostos a oferecer 200 unidades. Determine a elasticidade da oferta e indique que tipo de elasticidade.
P 200 – 100 100
 ------------- ------
8 100 100 100 5
 ep = ------------- = ------ = ------ x ----- = 1,7 elástica
5 8 – 5 3 100 3
 -------- ----
 100 200 Q 5 5
2º) Uma mercadoria teve seu preço aumentado, passando de R$ 5,00 para R$ 10,00, enquanto a quantidade ofertada passou de 100 para 200 unidades. Determine a elasticidade e o tipo.
Resolução 200 – 100 100
 ------------- -----
 P 100 100 100 5
 ep = ------------- = ------ = ------ x ----- = 1 unitária
 10, 10 – 5 5 100 5
 ----------- -----
 5 5
 5,
 
 100 200 Q
3º) O produto A teve seu preço majorado, passando de R$ 5,00 para R$ 13,00, enquanto a quantidade ofertada passou de 100 para 200 unidades ofertadas. Determine a elasticidade e o tipo.
 200 – 100 100
 P -------------- ------
 100 100 100 5
 13 ep = -------------- = ----- = ------ x ---- = 0,625 inelástica
 13 – 5 8 100 8
 ----------- -----
 5 5 5
 100 200 Q 
Se a demanda ou a oferta forem dadas pelas equações da demanda ou da oferta, o cálculo da elasticidade será determinado através da fórmula:
 ∆ QD P ∆ Q P
ED = --------- x ------- ou ED = ------- x ------. Exemplo:
 ∆ P QD ∆ P Q
 1º) Dada a equação de demanda do mercado de um bem X, Q = 60.000 – 10P, determine a elasticidade da demanda para:
a) P = R$ 2.000,00 b) P = R$ 3.000,00 c) P = R$ 4.000,00
Solução: 
a) Se P = R$ 2.000,00, então Q = 60.000 – 10(2.000) → Q = 60.000 – 20.000 → Q = 40.000.
 2.000
ED = - 10 x -------- = - 1/2 ou – 0,5 ou 0,5 < 1 (demanda inelástica)
 40.000 
b) Se P = R$ 3.000, então Q = 60.000 – 30.000 = 30.000
 3.000
ED = - 10 x ---------- = - 1 ou 1 (demanda unitária)
 30.000
c) Se P = R$ 4.000, então Q = 60.000 – 40.000 = 20.000
 4.000
ED = - 10 x ---------- = - 2 ou 2 (demanda elástica)
 20.000
2º) Dada a equação de oferta de mercado de um bem X, Q = 40 + 5P, determine a elasticidade da oferta para P = R$ 6,00.
Se P = R$ 6,00, então Q = 40 + 30 = 70
 6 3
ES = 5 x ------ = ------ = 0,428571 ou 0,43 (oferta inelástica).
70 7
Exercícios:
1º) Dada a equação de oferta de mercado de um bem X, Q = 700P, determine a elasticidade da oferta para P = R$ 10,00.
 1 1
2º) Dada a equação de oferta de mercado de um bem X, Q = ----- P - ---- . Determine a
elasticidade da oferta para P = R$ 20,00. 50 5
3º) Sejam Q = 30 – 10P e Q = 10 + 5P as equações de demanda e de oferta, respectivamente, de um bem X. Determine:
a) preço e quantidade de equilíbrio;
b) no ponto de equilíbrio as elasticidades de demanda e oferta;
c) se aumentarmos o preço de equilíbrio em 0,05 o que ocorrerá com a quantidade demandada?
d) Se diminuirmos o preço de equilíbrio em 6%, o que ocorrerá com a quantidade ofertada?
4º) Sejam as equações globais Q = 20 – 5P e Q = 10 + 3P. Determine:
a) preço e quantidade de equilíbrio;
b) o excedente para o preço mínimo de R$ 3,00;
c) a escassez para o preço máximo de R$ 1,00;
d) a elasticidade da demanda no ponto de equilíbrio;
e) a elasticidade da oferta no ponto de equilíbrio;
f) o que ocorre com a demanda se os preços aumentam de 0,05?
g) O que ocorre com a oferta se os preços diminuem de 2%?
5º) Ao preço de R$ 40,00 foram demandadas 60 unidades de um bem X. Ao preço de R$ 20,00 demandaram-se 80 unidades do mesmo bem. Determine:
a) a equação da demanda;
b) o preço para o qual a elasticidade da demanda é unitária;
c) a faixa de preço em que a demanda é inelástica;
d) a faixa de preço em que a demanda é elástica.
BENS COMPLEMENTARES E BENS SUBSTITUTOS
O conceito de elasticidade que expressa a reação dos consumidores à variação no preço dos bens, pode ser utilizado para verificar a existência de relações de complementaridade e de substitutibilidade entre os bens.
Bens complementares: são aqueles que precisam ser consumidos juntos para gerar a satisfação máxima para as pessoas. Ex. o pão e a manteiga, o arroz e o feijão, o carro e a gasolina etc. (São consumidos juntos pelas pessoas, por hábito alimentar ou por qualquer razão).
Bens substitutos: são aqueles que podem ser substituídos no consumo, gerando satisfação igual ou semelhante para o consumidor. Ex. a manteiga e a margarina, pois ambas cumprem o mesmo papel nos hábitos alimentares. O café e o chá, a carne de porco e a carne de vaca etc.
A elasticidade pode nos ajudar a identificar os bens complementares e os bens substitutos, através da elasticidade cruzada da procura, ou simplesmente elasticidade cruzada, que mede a reação ou os reflexos do preço de um bem sobre a quantidade demandada do outro. 
 ∆QA ec= elasticidade cruzada da procura;
 -------- ∆QA = variação na quantidadedemandada do bem A;
 QA QA = quantidade demandada do bem A;
ec = ----------- ∆PB = variação do preço do bem B;
 ∆PB PB = preço do bem B.
 --------
 PB 
 Variação % da quantidade procurada do bem A
Elasticidade cruzada = --------------------------------------------------------------
 Variação % do preço do bem B
Os bens podem ser substitutos, complementares ou de consumo independente.
Complementares: implica numa elasticidade cruzada com sinal negativo;
Substitutos: expressa por elasticidade cruzada com sinal positivo. 
Para alguns bens, como por exemplo, vestuário e pão, o aumento no preço dos vestuários não afeta a demanda de pão, verificamos que o resultado é zero (se aplicarmos a fórmula), pois o numerador da fórmula 1Q/Q é igual a zero (a demanda de pão não se manifestou).
	BENS COMPLEMENTARES, SUBSTITUTOS E CONSUMO INDEPENDENTE
	SINAL DE ELASTICIDADE
	RELAÇÃO ENTRE OS BENS
	ec = +
	Bens substitutos
	ec = -
	Bens complementares
	ec = 0
	Não há relação entre os bens
Na elasticidade-preço da demanda, verifica-se se o resultado é maior, menor ou igual a 1.
Na elasticidade cruzada interessa é o sinal (negativo ou positivo).
A tabela a seguir sintetiza as relações entre A e B e o respectivo coeficiente de elasticidade-cruzada:
	RELAÇÃO DOS BENS A e B
	VALOR RELATIVO DA ELASTICIDADE CRUZADA
	VALOR ABSOLUTO DA ELASTICIDADE CRUZADA
	Substitutos
	> 0, positivo
	> 1, demanda elástica
< 1, demanda inelástica
= 1, demanda unitária
	Complementares
	< 0, negativo
	
	Consumo independente
	Igual a zero
	-------------
Exemplo: Se o preço do bem A aumenta 10% e a quantidade procurada de B diminui 15%.
 - 15% Como o sinal da elasticidade é negativo, A e B são 
ec = ------------- = - 1,5 complementares (o preço do bem A aumentou e a
 + 10% quantidade procurada de B diminuiu).
Como o sinal 
O valor absoluto da elasticidade cruzada é maior que um, logo, a demanda de B é elástica em relação a A.
Podemos afirmar que: 
Quando o preço de A aumenta, a quantidade demandada de B cai, portanto, A e B são bens complementares.
Quando o preço de C aumenta, a quantidade demandada de D aumenta também, portanto, C e D são bens substitutos. 
Resumo:
Elasticidade preço da demanda
 ∆Q 
 ------- ep = 1 elasticidade unitária
 Q 
ep = ---------- ep < 1 demanda inelástica
 ∆P 
 ------- ep > 1 demanda elástica
 P 
Bens complementares e bens substitutos
 ∆QA 
 -------- ec = + bens substitutos
 QA 
ec = ----------- ec = - bens complementares
 ∆PB 
 -------- ec = 0 não há relação entre os bens
 PB 
Exercícios:
1º) A elasticidade cruzada da demanda entre dois bens é negativa, logo esses bens são:
a) complementares;
b) substitutos;
c) inferiores;
d) bens de Giffen
e) de consumo independente um do outro.
2º) A elasticidade cruzada da demanda do bem X em relação ao preço do bem Y é – 1,5. A partir desta informação pode-se concluir que o bem X é:
a) substituto de Y, com demanda elástica em relação ao preço de Y;
b) complementar de Y, com demanda inelástica em relação ao preço de Y;
c) substituto de Y, com demanda inelástica em relação ao preço de Y;
d) complementar de Y, com demanda elástica em relação ao preço de Y;
e) inferior.
Arme tabela, calcule a elasticidade-cruzada da demanda dos quesitos abaixo e informe cada caso se, bens complementares, substitutos, não há relação entre os bens, se elásticos, inelásticos ou elasticidade unitária.
3º) O preço do bem A é de R$ 100,00 e a quantidade demandada de 5 unidades, já o preço do bem B representa R$ 150,00 e a quantidade demandada de 3 unidades.
4º) O preço do bem A é de R$ 150,00 e a quantidade demandada de 3 unidades, já o preço do bem B representa R$ 100,00 e a quantidade demandada de 5 unidades.
5º) O preço do bem A representa R$ 100,00 e sua quantidade ofertada 3 unidades, o preço do bem B no valor de R$ 150,00, sua quantidade ofertada representa 5 unidades.
6º) Numa pesquisa sobre orçamentos familiares em determinada região, observou-se que:
I – Sempre que a renda do consumidor aumenta, o consumo do bem X aumenta mais que proporcionalmente;
II – Sempre que o preço do bem X aumenta, a demanda do bem Y aumenta também e em proporção menor que o aumento do preço de X;
III – Sempre que o preço do bem Z diminui, a demanda de X aumenta em proporção maior que a queda do preço de Z;
IV – Sempre que o preço de X diminui, há um aumento de sua quantidade demandada em proporção menor que a queda do preço.
Então podemos afirmar que:
a) X e Z são complementares e a demanda X é inelástica ao preço de Z;
b) A demanda de X é inelástica em relação a seu preço;
c) A demanda de X é inelástica em relação à renda do consumidor;
d) X e Y são complementares e a demanda de Y é inelástica em relação ao preço de X;
e) X e Z são substitutos.
MACROECONOMIA
CONTABILIDADE NACIONAL
A contabilidade Nacional é um método de mensuração (medição) e interpretação da atividade econômica realizada durante um determinado período.
Tem como objetivo fornecer elementos para que se possa avaliar e interpretar a eficiência do sistema econômico.
A Contabilidade Nacional surgiu da necessidade de se criar meios que permitissem medir e avaliar as atividades econômicas desenvolvidas pela sociedade, fornecendo meios para a análise em termos quantitativo, do desempenho global de uma economia.
Em virtude da escassez de recursos na economia, é necessário que a atividade econômica seja constantemente medida para se avaliar a eficiência econômica. Essa medida é feita por período de um ano e corresponde ao ano civil, que vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro e abrange o total de todos os bens e serviços produzidos cuja avaliação é feita através do dinheiro, uma vez que a produção física de bens e serviços é expressa em diferentes unidades de medidas, como o quilo, o metro, o litro etc.
O produto de uma economia é expresso em termos monetários, multiplicando-se as quantidades de bens e serviços pelos respectivos preços. A partir daí, podemos considerar o produto como sendo o total das vendas num determinado período mais os estoques avaliados a preço de mercado. Ora, as vendas correspondem à receita dos empresários – agentes econômicos do país que organizam os fatores de produção. Com a receita obtida por meio da venda de seus produtos, os empresários remuneram os fatores da produção empregados: salários para os trabalhadores, juros para o capital, aluguéis para os proprietários e lucros para eles próprios, pois o lucro é a remuneração do empresário. Assim, podemos dizer que as receitas, ou o produto da economia, se esgotam na remuneração dos fatores produtivos. Chamando o total de pagamentos feitos aos fatores de produção de renda, chegamos a uma identidade fundamental na teoria macroeconômica: a renda é igual ao produto. 
Da mesma forma, os agentes gastam toda a sua renda na aquisição de bens. Dessa forma, temos a igualdade entre renda e despesa e, portanto, entre produto e despesa.
PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONÔMICOS
Produto Interno Bruto (PIB) – corresponde ao produto da economia, ou seja, à soma dos valores monetários dos bens e serviços finais produzidos a partir dos fatores de produção que estão dentro das fronteiras geográficas do país. Assim, os componentes agregados são: Consumo + Investimentos +Exportações – Importações (C+I+X-M).
Há duas maneiras de medir o Produto Interno Bruto de uma economia:

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