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Preceptora: Enfa. Alex Sandra Almeida COREN/PE: 259.762 AULA 02 – Exame Físico Geral e SSVV. São avaliados os seguintes itens: 1. Estado geral 2. Estado mental e nível de consciência 3. Tipo Morfológico 4. Pele, mucosas e anexos 5. Avaliação do sono e repouso 6. Avaliação do estado nutricional 7. Avaliação da condição de mobilidade 8. Avaliação das variações dos parâmetros vitais Avaliação subjetiva do que aparenta o paciente em sua totalidade: resposta do indivíduo à doença, verificando-se a existência de perda de força muscular, perda de peso e estado psíquico do paciente. A classificação pode ser: Bom Estado Geral (BEG), Regular Estado Geral (REG) ou Mau Estado Geral (MEG). É a avaliação que busca fornecimento de dados acerca do estado cognitivo do paciente. Orientação, memória, linguagem. Consciência: O paciente está acordado e alerta? Parece compreender e responder ao que se pergunta? Orientação: É preciso avaliar a orientação no tempo e no espaço. 1. Tempo: “Qual sua data de nascimento?” 2. Espaço: “Onde vc está?” “Sabe o nome do hospital?” Memória: Qual é a sua idade, data de nascimento, nome dos filhos, cônjuge, entre outros. Lembrando que muitas vezes, ao avaliar a orientação, já é possível avaliar a memória. Linguagem: Avaliar a qualidade, o volume e a velocidade da fala. Lembrando que em caso de alterações é preciso registrar com as devidas terminologias científicas. Ex. Dislalia, afasia, etc. Algumas patologias estão associadas ao tipo morfológicos. É necessário avaliar a coloração, hidratação (turgor), temperatura, textura, presença de lesões e edemas. Escala de Braden – Avaliação do Risco para UPP. 4.1 Avaliação da coloração: Observar mucosa palpebral da conjuntiva, mucosa oral, leito ungueal e palma das mãos. O paciente pode estar corado (mais avermelhado) ou descorado. Caso se encontre descorado, classifique em cruzes, de uma a quatro cruzes, sendo uma cruz pouco descorado (1+/4+) e quatro muito descorado (4+/4+); 4.2 Avaliação do grau de hidratação: observar umidade da mucosa oral, globo ocular e turgor da pele. Para avaliar o turgor da pele, realiza-se uma prega cutânea com o polegar e indicador, verificando a facilidade com que é realizada e a velocidade de seu retorno. Em situação normal, a prega se desfaz rapidamente indicando que a pele está hidratada, quando a prega se desfaz lentamente, indica que a pele está desidratada. O turgor pode ser descrito como normal ou diminuído. Em relação a hidratação, o paciente pode estar hidratado ou desidratado. Caso se encontre desidratado, classificar o grau (em cruzes), seguindo o mesmo raciocínio exemplificado na coloração. 4.3 Avaliação da presença de icterícia: observar coloração amarelada na palma da mão, esclera e freio da língua. A icterícia é caracterizada pela coloração amarelada nessas regiões e pode estar associada à presença de distúrbios hepáticos ou hemólise de hemácias. O paciente pode estar ictérico ou anictérico. Caso se encontre ictérico, classificar o grau (em cruzes) Atenção: O excesso de betacaroteno pode se assemelhar à icterícia. Sempre avalie às mucosas e não a coloração da pele; Idosos e negros podem ter a esclera com tom amarronzado devido à hiperpigmentação normal desses pacientes. Nesses casos, avalie a parte da esclera que não fica exposta à luz (abaixo da pálpebra) para confirmar a coloração. 4.4 Avaliação da presença de cianose: observar coloração azulada no lábio, leito ungueal, língua e outras extremidades, que é indicativa de redução da oxigenação do sangue ou de redução da perfusão sanguínea, periférica ou central. O paciente pode estar cianótico ou acianótico. Atenção: O paciente pode estar com coloração mais azulada por hipoperfusão sanguínea em razão do frio (cianose periférica causada pela vasoconstrição periférica, induzida pelo frio). Neste caso, tente esquentar o paciente e observar se melhora. 4.5 Temperatura: avaliar a temperatura da pele com a região dorsal da mão; ela pode ser a mesma em todo o corpo ou pode variar em uma região específica. A temperatura pode estar preservada, aumentada ou diminuída. Em membros simétricos como braços e pernas, é preciso realizar avaliação comparativa. A temperatura nos dá parâmetro sobre a circulação local. 4.6 Textura: avaliar a textura da pele com a região anterior dos quirodáctilos (dedos). Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a textura pode ser fina (comum em pele normal), mais espessa (comum em pele oleosa) ou seca (comum em pele mista). Ex. Paciente com hipotireoidismo ou DM apresenta a pele mais seca ou áspera. 5.7 Avaliação de Edema: pressionar com o polegar a região pré-tibial e maleolar os membros inferiores por, pelo menos, cinco segundos. Caso apresente uma depressão, que se caracteriza pela formação de cacifo (sinal de Godet), descreve-se como sinal de godet positivo. Apesar de não existir consenso e de ser uma avaliação subjetiva, a graduação do edema costuma ser feita em “cruzes”, sendo 1+ (2mm), 2+ (4mm), 3+ (6mm) e 4+ (8mm), conforme a profundidade do cacifo (depressão). Esta classificação auxilia nas reavaliações do paciente durante as visitas. QUANDO O EDEMA É GENERALIZADO CHAMA-SE ANASARCA. CACIFO Avaliar a evolução do padrão de sono do paciente, perguntando se conciliou bem o sono. 6.1 IMC: Nesse caso é necessário pesar e medir o paciente para realizar o cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC) e descrever na evolução o significado de acordo com a tabela abaixo. 6.2 Circunferência Abdominal: O acúmulo de gordura na região abdominal não envolve apenas questões estéticas, guarda relação direta com a deposição de tecido adiposo no interior da cavidade abdominal, característica associada ao aumento da mortalidade geral. A referência é a seguinte até 88 cm para mulheres e até 102cm para os homens. No exame físico geral, a avaliação e o registro é pontual, por exemplo, acamado, deambula com auxílio de bengala ou de muletas, entre outros. 8.1 Pulso: Palpação arterial por 1 minuto, (60-100). Localização dos pulsos: Temporal, Carotídeos, Braquial, Radial, Femoral, Poplíteo e Tibial. Tipo: Cheio ou Filiforme; Ritmo: Regular ou Irregular. 8.2 Frequência Respiratória (FR): Verificar 1 minuto inteiro, observando ritmo e profundidade. Informar na evolução se o paciente está em: ar ambiente, cat. 02, venture ou avm. Ao avaliar este parâmetro, o paciente não deve perceber, (14-20). 8.3 Pressão Arterial (PA): O paciente deve estar em repouso por pelo menos 5 minutos. Higieniza-se as olivas e o diafragma do estoscópio. Colocar o manguito 2 cm acima da fossa cubital, posicionar acima da artéria braquial, deve-se localizar o pulso e insuflar até o pulso sumir, então acrescenta-se mais 30mmHg. Desinfla lentamente até o 1º som de Korotkoff, continua até o último som. (90- 130 sistólica) e (60-85 iastolica). 8.4 Temperatura: Antes da aferição, higienizar o termômetro do corpo para ponta com álcool á 70%. A região axilar não pode estar com suor. Se a verificação for oral, deve-se colocar o termômetro abaixo da língua, (36,1 – 37,2ºC). FIM!