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Livro Eletrônico
Aula 07
Direito Administrativo p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e
Papiloscopista) - 2019
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida
90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira
 
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AULA 7: Lei 5.180/1994 (parte 2) 
SUMÁRIO 
DIREITOS E VANTAGENS .............................................................................................................................................................. 2 
VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO ............................................................................................................................................................... 2 
VANTAGENS ........................................................................................................................................................................................ 7 
QUESTÕES EXTRAS .................................................................................................................................................................... 28 
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA .......................................................................................................................................... 37 
GABARITO ................................................................................................................................................................................. 42 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................................................. 42 
 
Olá pessoal, tudo bem? 
Essa aula é para complemento da Lei 5.180/1994. 
Desse modo, iremos abordar no dia de hoje o título III “Dos Direitos e 
Vantagens”. 
Vamos à aula, aproveitem! 
 
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DIREITOS E VANTAGENS 
Vencimento e remuneração 
Os servidores públicos exercem sua atividade funcional profissionalmente e, por 
isso, recebem uma contraprestação em dinheiro. Tal retribuição pelos serviços 
prestados recebe diversas nomenclaturas da Constituição Federal e da legislação 
decorrente. 
Existem diversas composições da contraprestação recebida pelos agentes 
públicos. Nesta aula, o nosso foco será as designações utilizadas pela Lei 5.180/1994, 
sem aprofundar nas disposições doutrinárias sobre o tema. 
Nessa linha, o art. 116 denomina de vencimento retribuição pecuniária mensal 
devida ao servidor, correspondente ao padrão fixado em lei. Por outro lado, o art. 188 
estabelece que a remuneração é o vencimento acrescido das demais vantagens de 
caráter permanente, atribuídas ao servidor pelo exercício do cargo público. 
Portanto, enquanto o vencimento é a parcela básica do que recebe o servidor 
público pelo exercício de suas atividades, a remuneração é a soma do vencimento 
com as vantagens pecuniárias de caráter permanente. 
Para entender melhor o conceito de remuneração, podemos trazer alguns 
exemplos. O art. 145 da Lei 5.180/1994 estabelece o pagamento de diárias a título de 
indenização das despesas de alimentação, hospedagem e locomoção urbana, ao 
servidor que, em missão oficial ou de estudos, afastar-se temporariamente da sede 
em que seja lotado, além do transporte a ser utilizado. 
Assim, as diárias são indenizações que o servidor receberá para custear as 
despesas extraordinárias realizadas durante a sua viagem a serviço. Podemos 
perceber facilmente que as diárias são vantagens transitórias, pois são pagas apenas 
em situações eventuais. Por conseguinte, as diárias (e todos ou outros tipos de 
indenizações), não compõem a remuneração do servidor. 
No entanto, nem sempre é possível descrever quais vantagens são transitórias ou 
permanentes. Segundo os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, as 
vantagens permanentes são aquelas relacionadas ao exercício ordinário das 
atribuições do cargo, enquanto as vantagens transitórias são pagas de forma 
pontual, em condições não ordinárias. Ainda assim, os dois professores mencionam 
não é tarefa fácil identificar quais vantagens devem ser consideradas permanentes; 
complementam dizendo que, a bem da verdade, tal tarefa é impossível. 
De qualquer forma, o que nos interessa é o texto expresso da Lei 5.180/1994, 
isto é, a remuneração é composta pelo vencimento acrescido das demais 
vantagens de caráter permanente, atribuídas ao servidor pelo exercício do 
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cargo público. Logo, indenizações, auxílios e demais vantagens, ou gratificações de 
caráter eventual não integram a remuneração integram o conceito de remuneração 
constante no Estatuto dos Servidores Públicos do Pará (art. 118, parágrafo único). 
 
Acrescenta-se ainda que se denomina de proventos os rendimentos atribuídos 
ao servidor em razão da aposentadoria ou disponibilidade. Portanto, fala-se em 
remuneração para o servidor ativo e em provento para o servidor aposentado. 
Além disso, devemos destacar que a Administração Pública está vinculada ao 
princípio da legalidade. Assim, entende o STF que a fixação de vencimentos e 
concessão de vantagens deve ocorrer por meio de lei, motivo pela qual não pode ser 
objeto de convenções ou acordos coletivos de trabalho1. 
 
Súmula 679 do STF: "A fixação de vencimentos dos servidores públicos não 
pode ser objeto de convenção coletiva". 
Prosseguindo, o parágrafo único do art. 116 dispõe que nenhum servidor 
receberá remuneração inferior ao salário mínimo. 
 
O art. 7º, inc. IV, da CF, assegura aos trabalhadores urbanos e rurais o 
salário mínimo. Por sua vez, o art. 39, §3º, da Constituição, estende esse 
direito aos servidores ocupantes de cargo público. 
Nesse contexto, por meio da Súmula Vinculante 16, o STF firmou 
entendimento de que o salário mínimo dos servidores ocupantes de cargo 
público refere-se ao total da remuneração recebida pelo servidor público, 
vejamos: 
 
1
 ADI 559-6/MT, de 15/2/2006. 
Remuneração 
Vencimento 
Retribuição pecuniária 
mensal, 
correspondente ao 
padrão fixado em lei. 
Vantagens de caráter 
permanente 
Relacionadas ao 
exercício ordinário do 
cargo 
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Súmula Vinculante 16: Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da 
Constituição, referem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público. 
Complementando, vejamos alguns precedentes: 
Servidor público: salário mínimo. É da jurisprudência do STF que a remuneração 
total do servidor é que não pode ser inferior ao salário mínimo (CF, art. 7º, IV). 
Ainda que os vencimentos sejam inferiores ao mínimo, se tal montante é 
acrescido de abono para atingir tal limite, não há falar em violação dos arts. 7º, 
IV, e 39, § 3º, da Constituição. Inviável, ademais, a pretensão de reflexos do referido 
abono no cálculo de vantagens, que implicaria vinculação constitucionalmente vedada 
(CF, art. 7º, IV, parte final). (RE 439.360 – agR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 
julgamento em 9-8-2005, Primeira Turma, DJ de 2-9-2005.) 
 
Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor público. Salário mínimo. Garantia. 
Total da remuneração. Abono. Inclusão no cálculo de outras vantagens pecuniárias. 
Impossibilidade. Precedentes. 1. É pacífica a jurisprudência desta Corte de que a garantia 
de percepção de salário mínimo conferida ao servidor por força dos arts. 7º, inciso IV, e 
39, § 3º, da Constituição Federal, corresponde à sua remuneração totale não 
apenas ao vencimento básico, que pode ser inferior ao mínimo, e, também, que 
sobre o abono pago para atingir o salário-mínimo não devem incidir as gratificações e 
demais vantagens pecuniárias, sob pena de ofensa ao art. 7º, inciso IV, da Constituição 
Federal. 2. Agravo regimental não provido. (RE 439.360 – agR, Rel. Min. Sepúlveda 
Pertence, julgamento em 9-8-2005, Primeira Turma, DJ de 2-9-2005.) 
Sempre que exercer suas funções, o servidor deverá receber a devida 
remuneração. No entanto, o art. 124 dispõe que o servidor perderá, no caso de 
ausência e impontualidade, o vencimento ou remuneração do dia, quando não 
comparecer ao serviço; a metade da remuneração na hipótese de suspensão 
disciplinar convertida em multa e, ainda, o vencimento, a remuneração, ou parte 
deles, nos demais casos previstos nesta lei. Com efeito, as faltas ao serviço, em razão 
de causa relevante, poderão ser abonadas pelo titular do órgão, quando requerido 
abono no dia útil subsequente, considerando-se como de efetivo exercício até 3 faltas 
ao mês (art. 124, parágrafo único). 
O Estatuto assegura também a revisão geral dos vencimentos dos servidores 
civis, que será feita, pelo menos, nos meses de abril e outubro, com vigência a partir 
desses meses. 
O artigo 126 do Estatuto dos Servidores estabelece regras sobre a proteção da 
remuneração e sobre as formas de incidência de descontos. 
Nessa linha, o art. 126 permite a existência de consignação em folha de 
pagamento a favor de terceiros. Dispõe o referido artigo que, as consignações 
facultativas não poderão, para efeito de desconto, exceder a 1/3 (um terço) do 
vencimento ou da remuneração. 
Ademais, o parágrafo único do mesmo artigo determina que a consignação em 
folha servirá unicamente como garantia de: 
a) débito à Fazenda Pública; 
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b) contribuições para as associações ou sindicatos representantes das categorias 
de servidores públicos estaduais; 
c) dívidas para cônjuge, ascendente ou descendente, em cumprimento de decisão 
judicial; 
d) contribuições para aquisição de casa própria, negociada através de órgão oficial; 
e) empréstimos contraídos junto ao órgão previdenciário do Estado do Pará; 
f) autorização do servidor a favor de terceiros, a critério da administração, com a 
reposição de custos definida em regulamento. 
Além disso, o vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de 
arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos 
resultante de decisão judicial (art. 120). Em termos bem simples, esses três 
instrumentos destinam-se a execução de dívidas ou a garantia da preservação do 
bem para fins de cobrança. Assim, se determinada pessoa tentar obter a execução de 
uma dívida com um servidor público, não será possível, por exemplo, penhorar a sua 
remuneração. 
Há uma regra, no art. 121, em relação ao teto remuneratório. Nesse sentido, o 
Estatuto estabelece o valor máximo que o servidor poderá receber no âmbito do 
respectivo poder: aqueles recebidos como remuneração, em espécie, a qualquer 
título, pelos Deputados Estaduais, Secretários de Estado e Desembargadores. Já no 
Ministério Público, o limite máximo é o valor percebido como remuneração, em 
espécie, a qualquer título, pelos Procuradores de Justiça. 
De acordo com o art. 125 da Lei 5.180/1994, as reposições devidas e as 
indenizações por prejuízos que o servidor causar poderão ser descontadas em 
parcelas mensais monetariamente corrigidas, não excedentes à décima parte da 
remuneração ou provento. Essa faculdade de reposição ou indenização parceladas 
não se estende ao servidor exonerado, demitido ou licenciado sem vencimento. 
Podemos aproveitar este momento para discutirmos a possibilidade de restituição 
(repetição) de valores indevidamente recebidos pelo servidor público ativo ou 
aposentado. 
Existem três situações distintas: (a) recebimento em decorrência de decisão 
administrativa posteriormente revogada; (b) recebimento por força de decisão judicial 
precária posteriormente revogada; (c) recebimento em decorrência de decisão judicial 
transitada em julgado posteriormente desconstituída por meio de ação rescisória. 
Na primeira situação, isto é, quando o servidor recebe determinado valor em 
decorrência de decisão administrativa posteriormente revogada, o Superior 
Tribunal de Justiça possui entendimento de que é incabível a devolução em 
decorrência de errônea ou inadequada interpretação da lei por parte da Administração 
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Pública. Tal entendimento fundamenta-se no caráter alimentício que possui a 
remuneração ou provento e também no princípio da legítima confiança ou da 
segurança jurídica e, por isso, pressupõe-se a boa-fé do servidor que recebeu os 
valores dos cofres públicos2. 
Com efeito, a Advocacia Geral da União apresentou orientação no mesmo 
sentido, conforme Súmula Administrativa 34, nos seguintes termos: “Não estão 
sujeitos à repetição os valores recebidos de boa-fé pelo servidor público, em 
decorrência de errônea ou inadequada interpretação da lei por parte da Administração 
Pública”. 
Na segunda situação, ou seja, no caso de recebimento por força de decisão 
judicial posteriormente revogada, é devida a restituição dos valores por parte 
do servidor. Nesse caso, entende o STJ que não é possível alegar a boa-fé, uma vez 
que o servidor é sabedor da fragilidade e provisoriedade da decisão3. 
Por fim, na hipótese de recebimento em decorrência de decisão judicial 
transitada em julgado, mas que posteriormente foi desconstituída por ação 
rescisória, a devolução também é incabível. Assim, a jurisprudência do STJ firmou o 
entendimento no sentido de que “em virtude da natureza alimentar, não é devida a 
restituição dos valores que, por força de decisão transitada em julgado, foram 
recebidos de boa-fé, ainda que posteriormente tal decisão tenha sido desconstituída 
em ação rescisória”4. 
Assim, podemos apresentar o seguinte resumo sobre os casos em que deve ou 
não ocorrer a devolução de valores recebidos indevidamente: 
 
SITUAÇÃO NECESSIDADE DE DEVOLUÇÃO 
Recebimento em decorrência de decisão administrativa 
posteriormente revogada 
Não 
Recebimento por força de decisão judicial precária posteriormente 
revogada 
Sim 
Recebimento em decorrência de decisão judicial transitada em 
julgado posteriormente desconstituída por meio de ação rescisória 
Não 
 
2
 RESp 1.244.182/PB, de 10/10/2012; o Tribunal de Contas da União possui entendimento semelhante, porém com exigência de 
erro escusável na interpretação de lei, conforme Súmula TCU 249ぎ さÉ dispensada a reposição de importâncias indevidamente 
percebidas, de boa-fé, por servidores ativos e inativos, e pensionistas, em virtude de erro escusável de interpretação de lei por 
parte do órgão/entidade, ou por parte de autoridade legalmente investida em função de orientação e supervisão, à vista da 
presunção de legalidade do ato administrativo e do caráter alimentar das parcelas salariaisざく 
3
 EAREsp 58.820/AL, de 8/10/2014. 
44
 AgRg no AREsp 2.447/RJ, de 17/4/2012; no mesmo sentido: AgR no AREsp 463.279/RJ, de 8/9/2014. 
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Vantagens 
Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens (art. 
127): 
a) adicionais; 
b) gratificações; 
c) diárias; 
d) ajuda de custo; 
e) salário-família;f) indenizações; 
g) outras vantagens e concessões previstas em lei. 
Excetuados os casos expressamente mencionados acima, o servidor não poderá 
perceber, a qualquer título ou forma de pagamento, nenhuma outra vantagem 
financeira. 
Por fim, de acordo com o art. 121, §3º, os acréscimos pecuniários, percebidos 
pelo servidor público, não serão computados nem acumulados, para fins de concessão 
de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. 
Dos Adicionais 
O art. 128 estabelece a seguinte relação de adicionais que podem ser 
concedidos ao servidor: 
a) pelo exercício do trabalho em condições penosas, insalubres ou perigosas; 
b) pelo exercício de cargo em comissão ou função gratificada; 
c) por tempo de serviço. 
Em relação ao adicional pelo exercício de atividades penosas, insalubres ou 
perigosas, o Estatuto não entra em detalhes, dizendo que será devido na forma 
prevista em lei federal. 
A insalubridade ocorre quando o servidor possui contato constante com 
substâncias que possam deteriorar as suas condições de saúde ao longo do tempo, 
tais como substâncias tóxicas ou radioativas. A periculosidade, por sua vez, ocorre 
quando o exercício das atribuições do cargo coloca o servidor em condições de risco 
para sua integridade física, a exemplo do trabalho com a rede elétrica. A 
penosidade, por outro lado, refere-se ao local em que são desenvolvidos os 
trabalhos do servidor. 
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Importante destacar que no âmbito estadual esses adicionais são inacumuláveis 
e o seu pagamento cessará com a eliminação das causas geradoras, não se 
incorporando ao vencimento, sob nenhum fundamento (art. 129, parágrafo único). 
Quanto ao adicional por tempo de serviço, este é devido por triênios de efetivo 
exercício, até o máximo de 12 (doze), sendo calculados sobre a remuneração do 
cargo, nas seguintes proporções (art. 131, §1º): 
I - aos três anos, 5%; 
II - aos seis anos, 5% - 10%; 
III - aos nove anos, 5% - 15%; 
IV - aos doze anos, 5% - 20%; 
V - aos quinze anos, 5% - 25%; 
VI - aos dezoito anos, 5% - 30%; 
VII - aos vinte e um anos, 5% - 35%; 
VIII - aos vinte e quatro anos, 5% - 40%; 
IX - aos vinte e sete anos, 5% - 45%; 
X - aos trinta anos, 5% - 50%; 
XI - aos trinta e três anos, 5% - 55%; 
XII - após trinta e quatro anos, 5% - 60%. 
Destaque-se, por fim, que o servidor fará jus ao adicional a partir do mês em que 
completar o triênio, independente de solicitação, 
Das Gratificações 
As gratificações previstas em lei para os servidores são as seguintes (art. 132): 
a) pela prestação de serviço extraordinário; 
b) a título de representação; 
c) pela participação em órgão colegiado; 
d) pela elaboração de trabalho técnico, científico ou de utilidade para o serviço 
público; 
e) pelo regime especial de trabalho; 
f) pela participação em comissão, ou grupo especial de trabalho; 
g) pela escolaridade; 
h) pela docência, em atividade de treinamento; 
i) pela produtividade; 
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j) pela interiorização; 
k) pelo exercício de atividade na área de educação especial; 
l) pelo exercício da função. 
Nas situações em que o servidor se afasta do serviço, mas a lei considera como 
de efetivo exercício (art. 72), é assegurada também a manutenção das gratificações 
(com exceção da gratificação por serviço extraordinário), a não ser nos seguintes 
casos: 
a) desempenho de cargo ou emprego em órgão da administração direta ou indireta 
de Municípios, Estados, Distrito Federal e União, quando colocado regularmente 
à disposição; 
b) desempenho de mandato eletivo, exceto para promoção por merecimento; 
c) faltas abonadas, no máximo de 3 (três) ao mês; 
Vamos analisar agora cada gratificação prevista no art. 132. 
a) Pela prestação de serviço extraordinário: 
O adicional pela prestação de serviço extraordinário é a famosa hora-extra. 
Assim, trata-se de um acréscimo pecuniário recebido pelo servidor que exercer suas 
atribuições além da carga-horária normal para o seu cargo. 
O Estatuto dispõe no art. 130 que o serviço extraordinário será pago com 
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora normal de trabalho. 
Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações 
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por 
jornada. Ademais, será considerado serviço extraordinário aquele que exceder, por 
antecipação ou prorrogação, à jornada normal diária de trabalho. 
De qualquer forma, a prestação de serviço extraordinário não poderá exceder ao 
limite de 60 (sessenta) horas mensais, salvo para os servidores integrantes de 
categorias funcionais com horário diferenciados em legislação própria. 
No caso de serviço noturno (art. 134), que aquele em que o servidor exerce 
suas atividades em horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do 
dia seguinte, o valor-hora devido ao servidor será acrescido em 25% em relação 
ao que lhe seria devido pelo trabalho diurno. Além disso, computa-se cada hora 
como cinquenta e dois minutos e trinta segundos. 
Portanto, se um servidor recebe R$100,00 (cem reais) por hora de atividade 
diurna, ele receberá, durante o período em que é devido o adicional noturno, o valor 
de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais) a cada 52min. e 30seg. de atividade. 
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Ademais, tratando-se de serviço extraordinário, o adicional noturno incidirá sobre 
a remuneração em que está acrescido do adicional pela prestação de serviço 
extraordinário. Vamos explicar. No mesmo exemplo do servidor que recebia R$ 
100,00 (cem reais) por hora de serviço ordinário diurno, se ele prestar serviço 
extraordinário, durante o horário em que é devido o adicional noturno, a sua 
remuneração será calculada da seguinte forma: (a) incidirá os 50% do adicional pela 
prestação de serviço extraordinário, gerando o valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta 
reais); (b) sobre este último, incidirá os 25% de adicional noturno, totalizando R$ 
187,50 (cento e oitenta e sete reais e cinquenta centavos) para cada hora noturna 
(52min. e 30seg.). 
Vamos aproveitar para resolver uma questão que exigiu a jurisprudência do STJ: 
 
1. (Cespe – Analista Técnico Administrativo/MJ/2013 – adaptada) Conforme decisão 
recente do STJ, o adicional noturno será devido ao servidor público que preste serviço em 
horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte. Entretanto, esse 
adicional não será devido se o serviço for prestado em regime de plantão. 
Comentário: vamos começar pelo Recurso Especial do STJ que trata do assunto 
apresentado na questão. 
RECURSO ESPECIAL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGENTES DA POLÍCIA 
FEDERAL. REGIME DE PLANTÃO (24H DE TRABALHO POR 48H DE DESCANSO). 
ADICIONAL NOTURNO. ART. 7º, IX, DA CF/88. ART. 75 DA LEI 5.180/94. CABIMENTO. 
PRECEDENTES DO TST. SÚMULA 213/STF. 1. O servidor público federal, mesmo 
aquele que labora em regime de plantão, faz jus ao adicional noturno quando 
prestar serviço entre 22h e 5h da manhã do dia seguinte, nos termos do art. 
75 da Lei 5.180/94, que não estabelece qualquer restrição. 2. "É devido o 
adicional noturno, ainda que sujeito o empregado aoregime de revezamento" (Súmula 
213/STF). 3. Ao examinar o art. 73 da CLT, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu, 
inúmeras vezes, que o adicional noturno é perfeitamente compatível com o regimede 
plantões. 4. Recurso especial não provido. (STJ - REsp: 1292335 RO 2011/0267651-4, 
Relator: Ministro CASTRO MEIRA, Data de Julgamento: 09/04/2013, T2 - SEGUNDA 
TURMA, Data de Publicação: DJe 15/04/2013) (grifos nossos) 
Ou seja, o STJ entende que o adicional noturno é devido ao servidor público que trabalhar 
entre 22h e 5h da manhã, ainda que o serviço seja prestado em regime de plantão. 
Gabarito: errado. 
b) A título de representação e pela participação em órgão colegiado 
 A gratificação de representação será atribuída aos servidores ocupantes de 
cargos comissionados de Direção e Assessoramento Superior e incidirá sobre o padrão 
do cargo, nos seguintes percentuais: 
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GEP-DAS.6 - 100% (cem por cento); 
GEP-DAS.5 - 95% (noventa e cinco por cento); 
GEP-DAS.4 - 90% (noventa por cento); 
GEP-DAS.3 - 85% (oitenta e cinco por cento); 
GEP-DAS.2 - 80% (oitenta por cento); 
GEP-DAS.1 - 80% (oitenta por cento). 
 Já a gratificação pela participação em órgão colegiado será fixada através de 
regulamento (art. 136). 
c) Pela elaboração de trabalho técnico, científico ou de utilidade para o serviço 
público e pela participação em comissão, ou grupo especial de trabalho 
Ao servidor estadual também é devida uma gratificação pela participação 
em comissão ou grupo especial de trabalho e pela elaboração ou execução de 
trabalho técnico ou científico. Essa gratificação decorre de formal designação ou 
autorização e será arbitrada previamente, não podendo exceder ao vencimento ou 
remuneração do servidor (art. 139). 
O percentual da gratificação será fixado, considerando-se a duração da 
atividade e o vencimento ou remuneração do servidor, sendo idêntico para todos os 
membros quando se tratar de comissão ou grupo de trabalho. 
Por outro lado, o pagamento da gratificação cessará na data da conclusão do 
trabalho, e esta não será incorporada à remuneração, sob nenhuma hipótese (§2º). 
No caso de não concluir o trabalho no prazo fixado ou prorrogado, o servidor 
fica obrigado a ressarcir mensalmente, no mesmo percentual recebido, o valor da 
gratificação. 
Por fim, a lei assegura que o recebimento da gratificação não substitui nem 
impede o reconhecimento do direito autoral, quando a atribuição não for inerente ao 
cargo. 
d) Pelo regime especial de trabalho: 
A gratificação por regime especial de trabalho é a retribuição pecuniária 
mensal destinada aos ocupantes dos cargos que, por sua natureza, exijam a 
prestação do serviço em tempo integral ou de dedicação exclusiva (art. 138). 
As gratificações devidas aos funcionários convocados para prestarem serviço em 
regime de tempo integral ou de dedicação exclusiva obedecerão a uma escala 
variável, fixada em regulamento, respeitados os seguintes limites percentuais: 
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a) pelo tempo integral, a gratificação variará entre 20% (vinte por cento) e 
70% (setenta por cento) do vencimento atribuído ao cargo; 
b) pela dedicação exclusiva, a gratificação variará entre 50% (cinquenta+ por 
cento) e 100% (cem por cento) do vencimento atribuído ao cargo. 
A concessão da gratificação por regime especial de trabalho dependerá, em 
cada caso, de ato expresso do Governador, dos Secretários de Estado e dirigentes de 
Autarquias e Fundações, ou a quem seja delegada competência, e no caso dos 
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, 
conforme dispuser a legislação específica de cada Poder ou órgão. 
Vale lembrar que as gratificações por prestação de serviço extraordinário e por 
regime especial de trabalho excluem-se mutuamente, e que o servidor sujeito ao 
regime de dedicação exclusiva é vedado o exercício de outro cargo ou emprego 
No caso de regime de tempo integral, a gratificação não se coaduna com a 
mesma vantagem percebida em outro cargo, de qualquer esfera administrativa, 
exercido cumulativamente no serviço público. 
e) Pela escolaridade 
A gratificação de escolaridade, calculada sobre o vencimento, será devida na 
quantia correspondente a 80% (oitenta por cento), ao titular de cargo para cujo 
exercício a lei exija habilitação correspondente à conclusão do grau universitário (art. 
140). 
f) Pela docência, em atividade de treinamento 
A gratificação pela docência, em atividade de treinamento, será atribuída ao 
servidor, no regime hora – aula, desde que esta atividade não seja inerente ao 
exercício do cargo e seja desempenhada fora da jornada normal de trabalho (art. 
141). 
g) Pela produtividade 
Já a gratificação de produtividade destina-se a estimular as atividades dos 
servidores ocupantes de cargos nas áreas de tributação, arrecadação e fiscalização 
fazendária, extensiva aos servidores de apoio técnico operacional e administrativo da 
Secretaria de Estado da Fazenda, observados os critérios, prazos e percentuais 
previstos em regulamento. 
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h) Pela interiorização 
A gratificação de interiorização é devida aos servidores que, tendo domicílio 
na região metropolitana de Belém, sejam lotados, transferidos, ou removidos para 
outros Municípios, enquanto perdurar essa lotação ou movimentação (art. 143). Será 
calculada sobre o valor do vencimento, não podendo exceder-lhe e será proporcional 
ao grau de dificuldade de acesso ao Município, observados os percentuais fixados em 
regulamento. 
i) Pelo exercício da função 
A gratificação de função será devida por encargo de chefia e outros que a lei 
determinar (art. 144). 
Das diárias 
Ao servidor que, em missão oficial ou de estudos, afastar-se temporariamente da 
sede em que seja lotado, serão concedidas, além do transporte, diárias a título de 
indenização das despesas de alimentação, hospedagem e locomoção urbana (art. 
145). 
Por exemplo, se um servidor de algum órgão de fiscalização afastar-se de sua 
sede para realizar uma auditoria em um município do interior, ele deverá receber as 
passagens e as diárias para indenizar eventuais despesas que vier a ter com pousada, 
alimentação e locomoção urbana no local da fiscalização. 
A diária deve ser paga para cada dia de deslocamento. Contudo, se o 
deslocamento não exigir pernoite fora da sede o seu pagamento ocorrerá pela 
metade (art. 145, §1º). Por exemplo, se o mesmo servidor do exemplo acima 
deslocar-se para o outro município, mas não necessitar dormir fora de sua sede, fará 
jus somente à metade do valor da diária. 
Deve-se notar que o afastamento da sede deve possuir caráter eventual ou 
transitório. Caso esse deslocamento constitua uma exigência permanente do cargo, o 
servidor não fará jus a diárias (art. 147). 
 
A diária destina-se a custear as despesas 
extraordinárias para deslocamentos da sede em 
caráter eventual ou transitório. 
Se o servidor receber diárias, mas não se afastar da sede, por qualquer motivo, 
ficará obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de até cinco dias (art. 148). Da 
mesma forma, se o retorno à sede ocorrer em prazo menor que o inicialmente 
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previsto, o servidor deverá restituir as diárias recebidas em excesso, também no 
prazo de cinco dias. 
Por fim, o art. 149 dispõe sobre a concessão de indenização de transporteao 
servidor que realizar despesas com a utilização de meio de locomoção, conforme se 
dispuser em regulamento. 
Das ajudas de custo 
Segundo o art. 150 da Lei 5.180/1994, a ajuda de custo destina-se a 
compensar as o servidor pelas despesas realizadas com seu transporte e de sua 
família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais e será concedida ao 
servidor que, no interesse do serviço público, passar a ter exercício em nova sede 
com mudança de domicílio. 
Imagine, por exemplo, que um servidor que exercia suas funções em uma 
unidade da Receita Federal situada em Porto Alegre-RS seja removido, no interesse 
do serviço, para outra unidade da Receita Federal, porém situada em Vitória-ES. 
Nesse caso, ele fará jus à ajuda de custo para compensar as despesas de instalação 
decorrentes da mudança de sede em caráter permanente. 
Caberá a ajuda de custo ao servidor designado para serviço ou estudo no 
exterior, a qual será arbitrada pela autoridade que efetuar a designação. 
Por outro lado, a ajuda de custo não será concedida ao servidor que: 
a) afastar-se do cargo ou reassumi-lo em virtude do exercício ou término de 
mandato eletivo; 
b) for colocado à disposição de outro Poder, ou esfera de Governo; 
c) for removido ou transferido, a pedido. 
 
A ajuda de custo não será concedida nas hipóteses de 
remoção a pedido. 
Ademais, caso o servidor venha a falecer na nova sede, assegura-se à sua família 
a ajuda de custo e transporte para retornar à localidade de origem, dentro do prazo 
de um ano, contado do óbito (art. 150, §3º). 
A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se 
dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a três 
meses (art. 152). 
Por fim, a lei determina a obrigação de restituição das ajudas de custo nas 
seguintes situações: 
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a) quando o servidor não se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) 
dias; 
b) quando o servidor solicitar exoneração; 
c) quando a designação for tornada sem efeito. 
 
Ajuda de custo Diária 
Deslocamento em caráter permanente Afastamento eventual ou transitório 
 
Do salário-família 
Conforme previsão do art. 156, o salário-família é devido, a partir do início do 
exercício do cargo e comprovação da dependência, sendo que o afastamento do cargo 
efetivo, sem remuneração, não acarreta a suspensão do pagamento do salário-
família. 
Porém, a lei determina que será suspenso definitivamente o pagamento do 
salário-família quando: 
I - cessada a dependência; 
II - verificada a inexatidão dos documentos apresentados; 
III - um dos cônjuges já perceba esse direito. 
Outras vantagens e concessões 
Além das demais vantagens previstas no Estatuto, será concedido: 
I - Ao servidor: 
a) participação no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público; 
b) vale-transporte, nos termos da Legislação Federal; 
c) auxílio-natalidade, correspondente a um salário mínimo, após a apresentação 
da certidão de nascimento para a inscrição do dependente; 
d) auxílio-doença, correspondente a um mês de remuneração, após cada período 
consecutivo de 6 (seis) meses de licença para tratamento de saúde; 
e) custeio do tratamento de saúde, quando laudo de junta médica oficial atestar 
tratar-se de lesão produzida por acidente em serviço ou doença profissional; 
f) quando estudante, e mediante comprovação, regime de compensação para 
realização de provas e abono de faltas para exame vestibular; 
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g) transporte ou indenização correspondente, quando licenciado para tratamento 
de saúde, estando impossibilitado de locomover-se, na forma do regulamento; 
h) seguro contra acidente de trabalho, para os que exerçam atividades com risco 
de vida. 
II - Ao cônjuge, companheiro ou dependentes: 
a) custeio das despesas de translado do corpo, quando o servidor, no 
desempenho de suas atribuições, falecer fora da sede do exercício; 
b) auxílio-funeral, correspondente a 2 (dois) meses de remuneração ou provento, 
aos dependentes ou, na ausência destes, a quem realizar as despesas do 
sepultamento; 
c) pensão especial, no valor integral do vencimento ou remuneração, quando o 
servidor falecer em decorrência de acidente em serviço ou moléstia profissional; 
d) vantagens pecuniárias que o servidor deixou de perceber em decorrência de 
seu falecimento. 
Do 13º salário 
Essa gratificação corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração ou 
proventos integrais a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de 
serviço no respectivo ano (art. 123). Para fins de cálculo do valor da gratificação, a 
fração igual ou superior a quinze dias será considerada como mês integral. 
Caso o servidor seja exonerado ou demitido ao longo do ano, ele perceberá sua 
gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de serviço, e pago no mês dessas 
ocorrências. 
Férias 
Acho que este é um assunto de interesse de todos!  
O direito às férias encontra-se previsto no art. 7º, XVII, da CF, representando o 
período anual de descanso do servidor. Na Lei 5.180/1994, esse direito encontra-se 
previsto nos arts. 74 a 76. 
As férias têm duração de trinta dias anuais, ou de 20 dias, semestralmente, para 
os servidores que operem, direta e permanentemente, com Raios X ou substâncias 
radioativas. 
Lembrando quem mesmo de férias, o servidor terá direito a todas as vantagens 
do exercício do cargo (art. 76). 
O adicional férias é um direito constitucional constante no art. 7º, XVII, da 
Constituição Federal, encontrando-se previsto também na Lei 5.180/1994 em seu art. 
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76, §1º. Esse adicional correspondente a 1/3 (um terço) a mais do que a 
remuneração normal, devendo ser pago antecipadamente ao servidor 
independentemente de solicitação. No caso de o servidor exercer função de direção, 
chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será 
considerada no cálculo do adicional férias (art. 76, parágrafo único). 
No caso de servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, este perceberá 
indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na 
proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a 
quatorze dias. Essa indenização será calculada com base na remuneração do mês em 
que ocorrer a exoneração. 
Licenças 
As licenças representam hipóteses em que o servidor ficará afastado de suas 
atribuições. 
De acordo com o art. 77 da Lei 5.180/1994, conceder-se-á ao servidor licença: 
a) para tratamento de saúde; 
b) por motivo de doença em pessoa da família; 
c) maternidade; 
d) paternidade; 
e) para o serviço militar e outras obrigações previstas em lei; 
f) para tratar de interesse particular; 
g) para atividade política ou classista, na forma da lei; 
h) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; 
i) a título de prêmio por assiduidade. 
No caso das licenças para tratamento de saúde e por motivo de doença em 
pessoa da família, para goza-las o servidor deverá se submeter a inspeção médica, 
realizada pelo órgão competente. Aquele servidor notificado que se recusar a 
submeter-se à inspeção médica, quando julgada necessária, terá sua licença 
cancelada automaticamente (art. 80). 
Além disso, se o servidor for ocupante de cargo em comissão não serão 
concedidas as licenças para tratar de interesseparticular; para atividade política ou 
classista, na forma da lei e por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro. 
Caso uma licença seja concedida dentro de sessenta dias do término de 
outra da mesma espécie será considerada como prorrogação (art. 77, §3º). Por 
exemplo, imagine que um servidor está em gozo de licença por motivo de doença em 
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pessoa da família, prevista para encerrar no dia 30 de julho de 2015. Se ele solicitar a 
renovação dessa licença, e ela for concedida no dia 15 de julho (dentro do período de 
sessenta dias do término), será considerada mera prorrogação e não uma nova 
licença. 
O prazo máximo autorizado para o gozo das licenças de mesma espécie é de 24 
(vinte e quatro) meses, salvo os casos de licença para o serviço militar e outras 
obrigações previstas em lei; para atividade política ou classista, na forma da lei e por 
motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro. 
Mas o Estatuto autoriza a prorrogação da licença em algumas hipóteses, de ofício 
ou mediante solicitação, sendo que, nesse último caso, o pedido de prorrogação 
deverá ser apresentado pelo menos 8 (oito) dias antes de findo o prazo. 
Contudo, quando se tratar das licenças maternidade, paternidade, para tratar de 
interesse particular e a título de prêmio por assiduidade, não será possível a 
prorrogação. 
Vale destacar, ainda, que quando estiver no gozo das licenças para tratamento 
de saúde e por motivo de doença em pessoa da família, é vedado que o servidor 
exerça atividade remunerada. 
Por fim, quando retornar da licença, o servidor assumirá o cargo no primeiro dia 
útil subsequente (art. 77, §4º). 
Agora, vamos analisar cada uma das licenças. 
a) Licença para tratamento de saúde 
A licença para tratamento de saúde será concedida a pedido ou de ofício, com 
base em inspeção médica, realizada pelo órgão competente, sem prejuízo da 
remuneração. Ademais, sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na 
residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado 
(art. 81). 
No caso da licença superior a 60 (sessenta) dias, esta só poderá ser concedida 
mediante inspeção realizada por junta médica oficial. Mas em casos excepcionais, a 
prova da doença poderá ser feita por atestado médico particular se, a juízo da 
administração, for inconveniente ou impossível a ida da junta médica à localidade de 
residência do servidor. Nesses casos, o atestado só produzirá efeito depois de 
homologado pelo serviço médico oficial do Estado. 
Verificando-se, a qualquer tempo, ter ocorrido má-fé na expedição do atestado 
ou do laudo, a administração promoverá a punição dos responsáveis. 
Findo o prazo da licença, o servidor será submetido à nova inspeção médica, que 
concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria. 
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b) Licença por motivo de doença em pessoa da família 
O art. 85 do Estatuto diz que “poderá ser concedida licença ao servidor por 
motivo de doença do cônjuge, companheiro ou companheira, padrasto ou madrasta; 
ascendente, descendente, enteado, menor sob guarda, tutela ou adoção, e colateral 
consanguíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação médica”. Nas 
hipóteses de tutela, guarda e adoção, deverá o servidor instruir o pedido com 
documento legal comprobatório de tal condição. 
Apesar de o texto da lei mencionar expressamente que a licença “poderá” ser 
concedida, o entendimento atual é que sua concessão é vinculada, ou seja, se 
estiverem preenchidos os requisitos legais, a Administração deverá conceder a 
licença. 
Existem algumas regras em relação à remuneração do servidor durante o período 
da licença para tratamento de saúde em pessoa da família. A licença será concedida: 
a) com remuneração integral, no primeiro mês; 
b) com 2/3 (dois terços) da remuneração, quando exceder de 1 (um) até 6 
(seis) meses; 
c) com 1/3 (um terço) da remuneração quando exceder a 6 (seis) meses até 
12 (doze) meses; 
d) sem remuneração, a partir do 12°. (décimo segundo) e até o 24°. 
(vigésimo quarto) mês. 
O órgão oficial poderá opinar pela concessão da licença pelo prazo máximo de 30 
(trinta) dias, renováveis por períodos iguais e sucessivos, até o limite de 2 (dois) 
anos. 
Essa forma de concessão da licença também pode ser dada para o pai, a mãe, ou 
responsável legal de excepcional em tratamento. 
Devemos acrescentar ainda que, durante o período dessa licença, é vedado o 
exercício de atividade remunerada (art. 79). O entendimento é muito simples, se 
a licença é indispensável para que o servidor possa prestar a assistência à pessoa da 
família, obviamente que ele não poderia se ocupar em outra atividade remunerada. 
 
2. (Cespe – Analista Administrativo/ANTT/2013 – adaptada) A licença para servidor 
público por motivo de doença de pessoa da família, devidamente comprovada por perícia 
médica, poderá ser concedida com remuneração integral, quando exceder 1 até 6 meses. 
Comentário: a remuneração integral é assegurada no primeiro mês. A partir do primeiro 
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até o 6º, o servidor receberá 2/3 da remuneração, na forma do art. 86. 
Gabarito: errado. 
c) Licenças maternidade e paternidade (art. 88) 
A licença maternidade será concedida à servidora gestante, por cento e oitenta 
dias consecutivos, sem prejuízo de remuneração, podendo ter início no primeiro dia 
do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica. 
Já no caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto. 
Quando se tratar de aborto, atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 
(trinta) dias de repouso remunerado. 
Além da licença maternidade, o Estatuto autoriza que, para amamentar o próprio 
filho, até a idade de 6 (seis) meses, a servidora lactante terá direito, durante a 
jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em 2 (dois) 
períodos de meia hora. 
Quanto à servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial de criança até 1 (um) 
ano de idade, a previsão é de que serão concedidos 90 (noventa) dias de licença 
remunerada. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) 
ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias. 
Por fim, a licença-paternidade será concedida ao servidor por 10 (dez) dias 
consecutivos, mediante a apresentação do registro civil, retroagindo esta à data do 
nascimento. 
d) Licença para o Serviço Militar e outras obrigatórias por lei (art. 92) 
De acordo com o Estatuto, o servidor será licenciado, quando: 
a) convocado para o serviço militar na forma e condições estabelecidas em lei; 
b) requisitado pela Justiça Eleitoral; 
c) sorteado para o trabalho do Júri; 
d) em outras hipóteses previstas em legislação federal específica. 
Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias, sem 
remuneração, para reassumir o exercício do cargo. 
e) Licença para Tratar de Interesses Particulares (art. 93) 
A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor estável, licença 
para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, 
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sem remuneração. Portanto, é uma decisão discricionária da Administração, que pode 
interrompê-la, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. 
Por fim, para que seja concedida nova licença, é necessário aguardar 2 (dois) 
anos do término da anterior (§2º). 
f) Licença para Atividade Política ou Classista 
A licença para atividade política, prevista no art. 94 da Lei 5.180/1994, é um 
direito do servidor público, ou seja, uma vez preenchidos os seus requisitos, a 
administração pública está vinculada a concedê-la. Depende, portanto, de 
requerimento do interessado. 
Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições: 
As regras sobre o afastamento para exercício do mandato eletivo constam no art. 
94 do Estatuto, que praticamente reproduz o conteúdo do art. 38 da Constituição da 
República. 
Nesse sentido, ao servidor investido em mandato eletivo, aplicam-se as seguintes 
disposições: 
a) tratando-se de mandato federal ou estadual, ficará afastado do cargo ou 
função; 
b) investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado 
optar pela sua remuneração; 
c) investido no mandato de vereador: 
c1) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, 
sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; 
c2) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe 
facultado optar pela sua remuneração. 
Vamos explicar melhor. Na primeira situação, não existirá opção para o servidor. 
Assim, sendo eleito para mandato federal, estadual ou distrital (Presidente, 
Governador, Senador, Deputado, etc.), o servidor será afastado do cargo e 
obrigatoriamente receberá o subsídio do cargo eletivo. 
Na segunda situação, o servidor investido no cargo de Prefeito, também será 
afastado obrigatoriamente do cargo. Contudo, poderá optar pela remuneração do 
cargo ou pelo subsídio referente ao mandato de Prefeito. 
Por fim, no caso de mandato de vereador, havendo compatibilidade de horários, 
o servidor deverá acumular o cargo, recebendo a remuneração e o subsídio 
simultaneamente. Não existindo compatibilidade de horários, o servidor será afastado 
do cargo, podendo optar pela remuneração deste ou então pelo subsídio de vereador. 
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Até agora, discutiu-se somente a investidura em mandato eletivo. Contudo, o art. 
95 trata de um assunto um pouco mais amplo. De acordo com esse dispositivo, é 
assegurado ao servidor o direito à licença para desempenho de mandato em 
confederação, federação, sindicato representativo da categoria, associação de classe 
de âmbito local e/ou nacional, sem prejuízo de remuneração do cargo efetivo. 
Nesse caso, somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de 
direção ou representação nas referidas entidades, até o máximo de quatro por 
entidade constituída em conformidade com o art. 5º, inciso LXX, alínea “b”, da 
Constituição Federal. 
Ademais, a licença terá duração igual ao mandato, podendo ser prorrogada, no 
caso de reeleição, por uma única vez, hipótese em que o período será contado para 
todos os efeitos legais, exceto para a promoção por merecimento. 
Regras para servidor investido em mandato eletivo. 
Mandato: federal 
estadual 
Ex.: deputado 
Afastado do cargo 
Prefeito Afastado do cargo, mas escolhe a remuneração (de prefeito ou do cargo). 
Vereador 
a) se houver compatibilidade de horário: acumula as remunerações (cargo e vereador); 
b) se não houver compatibilidade de horário: será afastado do cargo, mas escolhe a 
remuneração (cargo ou vereador). 
g) Licença para Acompanhar Cônjuge (art. 96) 
Ao servidor estável, será concedida licença sem remuneração, quando o cônjuge 
ou companheiro, servidor civil ou militar: 
 assumir mandato conquistado em eleição majoritária ou proporcional para 
exercício de cargo em local diverso do da lotação do acompanhante; 
 for designado para servir fora do Estado ou no exterior. 
A licença será concedida pelo prazo da duração do mandato, ou nos demais casos 
por prazo indeterminado, devendo ser instruída com a prova da eleição, posse ou 
designação. 
O Estatuto assegura ao servidor que esse poderá ser lotado, provisoriamente, em 
repartição da Administração Estadual direta, autárquica ou fundacional, desde que 
para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. 
h) Licença-Prêmio (art. 98) 
Após cada triênio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus à licença de 60 
(sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração e outras vantagens. 
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Essa licença ocorrerá a requerimento do servidor, podendo (i) ser gozada 
integralmente, ou em duas parcelas de 30 (trinta) dias; ou (ii) convertida 
integralmente em tempo de serviço, contado em dobro. 
Ademais, a licença-prêmio também será convertida, obrigatoriamente, em 
remuneração adicional, na aposentadoria ou falecimento, sempre que a fração de 
tempo for igual ou superior a 1/3 (um terço) do período exigido para o gozo da 
licença-prêmio. 
Decorridos 30 (trinta) dias do pedido de licença, não havendo manifestação 
expressa do Poder Público, é permitido ao servidor iniciar o gozo de sua licença. 
 
3. (Cespe – TJ/TRT 17 ES/2013 – adaptada) É permitido ao servidor o exercício de 
atividade remunerada durante o período de licença para tratamento da saúde. 
Comentário: o artigo 81 da Lei 5.180/94 dispõe sobre a licença para tratamento da saúde. 
Já o art. 79 veda o exercício de atividade remunerada nesses casos. 
Gabarito: errado. 
Efetivo exercício 
 O Estatuto enumera as situações em que o tempo de serviço do servidor será 
contado, como se em exercício estivesse. São as seguintes (art. 72): 
I - férias; 
II - casamento, até 8 (oito) dias; 
III - falecimento do cônjuge, companheira ou companheiro, pai, mãe, filhos e irmãos, 
até 8 (oito) dias; 
IV - serviços obrigatórios por lei; 
V - desempenho de cargo ou emprego em órgão da administração direta ou indireta de 
Municípios, Estados, Distrito Federal e União, quando colocado regularmente à 
disposição; 
VI - missão oficial de qualquer natureza, ainda que sem vencimento, durante o tempo 
da autorização ou designação; 
VII - estudo, em área do interesse do serviço público, durante o período da autorização; 
VIII - processo administrativo, se declarado inocente; 
IX - desempenho de mandato eletivo, exceto para promoção por merecimento; 
X - participação em congressos ou outros eventos culturais, esportivos, técnicos, 
científicos ou sindicais, durante o período autorizado. 
XI - licença-prêmio; 
XII - licença maternidade com a duração de cento e oitenta dias; 
XIII - licença-paternidade; 
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XIV - licença para tratamento de saúde; 
XV - licença por motivo de doença em pessoa da família; 
XVI - faltas abonadas, no máximo de 3 (três) ao mês; 
XVII - doação de sangue, 1 (um) dia; 
XVIII - desempenho de mandato classista. 
Dessa forma, nesses casos, mesmo estando afastado de suas atividades, esse 
tempo afastado é contado para efeitos de cômputo de tempo de serviço, tendo 
consequências na contagem do tempo para aposentadoria, por exemplo. 
No caso de tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de 
guerra, o tempo é contado em dobro (§1º). Já no caso das férias e da licença-prêmio, 
estas serão contadas em dobro para efeito de aposentadoria a partirda expressa 
renúncia do servidor. 
Por fim, o Estatuto veda a contagem acumulada de tempo de serviço 
simultaneamente prestado em mais de um cargo, emprego ou função, sendo que em 
regime de acumulação legal, o Estado não contará o tempo de serviço do outro cargo 
ou emprego, para o reconhecimento de vantagem pecuniária. 
Tempo de serviço 
Inicialmente, o art. 70 estabelece que se considera como tempo de serviço 
público o exclusivamente prestado à União, Estados, Distrito Federal, Municípios, 
Autarquias e Fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público. 
Ademais, constitui tempo de serviço público, para todos os efeitos legais, salvo 
para estabilidade, o anteriormente prestado pelo servidor, qualquer que tenha sido a 
forma de admissão ou de pagamento. 
Para efeito de aposentadoria e disponibilidade é assegurada, ainda, a contagem 
do tempo de contribuição financeira dos sistemas previdenciários, segundo os critérios 
estabelecidos em lei. 
Consoante o art. 71, a apuração do tempo de serviço será feita em dias, que 
serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e 
cinco dias. Para efeito de aposentadoria, feita a conversão, os dias restantes, até 182, 
não serão computados, arredondando-se para um ano quando excederem a esse 
número. 
Já o art. 73, veda contagem acumulada de tempo de serviço 
simultaneamente prestado em mais de um cargo, emprego ou função. Além 
disso, em regime de acumulação legal, o Estado não contará o tempo de serviço do 
outro cargo ou emprego, para o reconhecimento de vantagem pecuniária. 
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Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em 
operações de guerra. Já as férias e a licença-prêmio serão contadas em dobro para 
efeito de aposentadoria a partir da expressa renúncia do servidor. 
O art. 72 apresenta os afastamentos considerados de efetivo exercício do cargo: 
a) férias; 
b) casamento, até 8 (oito) dias; 
c) falecimento do cônjuge, companheira ou companheiro, pai, mãe, filhos e irmãos, até 8 
(oito) dias; (NR) 
d) serviços obrigatórios por lei; 
e) desempenho de cargo ou emprego em órgão da administração direta ou indireta de 
Municípios, Estados, Distrito Federal e União, quando colocado regularmente à 
disposição; 
f) missão oficial de qualquer natureza, ainda que sem vencimento, durante o tempo da 
autorização ou designação; 
g) estudo, em área do interesse do serviço público, durante o período da autorização; 
h) processo administrativo, se declarado inocente; 
i) desempenho de mandato eletivo, exceto para promoção por merecimento; 
j) participação em congressos ou outros eventos culturais, esportivos, técnicos, científicos 
ou sindicais, durante o período autorizado. 
Direito de Petição 
O direito de petição possui previsão constitucional (CF, art. 5º, XXXIV, “a”). No 
Estatuto, esse direito possui uma previsão mais restrita, uma vez que é aplicável aos 
servidores públicos. Basicamente, representa uma forma de solicitar direitos ou 
providências da Administração. 
Nesse contexto, são três os instrumentos para o exercício do direito de petição: 
a) requerimento; 
b) pedido de reconsideração; e 
c) recurso. 
O art. 101 assegura ao servidor o direito de petição em defesa de direitos ou 
contra ilegalidade ou abuso de poder e a obtenção de certidões em defesa de direitos 
e esclarecimento de situações de interesse pessoal. O requerimento deve ser dirigido 
à autoridade competente para decidi-lo, porém será encaminhado por intermédio 
daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente (art. 103). Isso quer 
dizer que o servidor deve seguir a cadeia hierárquica para proceder o seu pedido, ou 
seja, deve encaminhar o pedido por meio de sua chefia. 
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O pedido de reconsideração, por sua vez, é dirigido a autoridade que houver 
expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado (art. 
104). Logo, percebe-se que o pedido de reconsideração é encaminhado à mesma 
autoridade que tomou a decisão que está sendo recorrida. Nesse caso, o servidor está 
solicitando que a mesma autoridade reconsidere o que decidiu anteriormente. 
Ademais, em qualquer das hipóteses, o prazo para decidir será de 30 (trinta) 
dias; não havendo a autoridade competente, prolatado a decisão, considerar-se-á 
como indeferida a petição (art. 102, parágrafo único). 
Por fim, o recurso é cabível nas seguintes situações (art. 105): 
a) contra o indeferimento do pedido de reconsideração; 
b) contra as decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. 
O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver 
expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, 
às demais autoridades (art. 105, §1º). Portanto, no recurso, solicita-se que a 
autoridade superior reveja o ato de seu subordinado. 
Contudo, o encaminhamento do recurso também segue a via hierárquica, ou 
seja, o servidor deve encaminhar o recurso por intermédio da autoridade a que 
estiver imediatamente subordinado (art. 105, §2º). 
Vamos exemplificar um pouco. Suponha que um servidor deseje solicitar a 
concessão de um direito. Nesse caso, ele deverá fazer um requerimento, 
encaminhando-o por meio de seu chefe para a autoridade competente, que 
chamaremos de Fulano. Se Fulano negar o requerimento do servidor, este último 
poderá fazer um pedido de reconsideração, dirigido a Fulano, solicitando que a 
decisão seja revista. Contudo, se Fulano negar novamente o direito, o servidor deverá 
fazer um recurso, que será encaminhado, por intermédio de sua chefia, à autoridade 
superior de Fulano. A partir daí, o servidor poderá realizar sucessivos recursos, 
conforme permitir a legislação, para as autoridades superiores. 
Consoante o art. 106, o prazo para interposição de pedido de reconsideração 
ou de recurso é de trinta dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo 
interessado, da decisão recorrida. 
De acordo com o art. 106, o recurso, quando tempestivo, terá efeito 
suspensivo, e interrompe a prescrição. 
Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os 
efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado (art. 107, parágrafo único). 
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Na sequência, o art. 108 apresenta os prazos em que o direito de requerer 
prescreverá, são eles: 
a) em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das 
relações funcionais; 
b) em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado 
em lei. 
O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado 
ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado (art. 
108, parágrafo único). Os prazos contam-se continuamente a partir da publicação ou 
ciência do ato, excluído o dia do começo e incluindo o do vencimento. 
Ademais, para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo 
ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído. 
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QUESTÕES EXTRAS 
4. (FCC – Analista Judiciário/TRF-3/2016– adaptada) Mario é Analista do Tribunal 
Estadual, ainda em estágio probatório, e pretende licenciar-se para tratar de interesses 
particulares. Já Alessandra, também Analista do Tribunal, obteve licença para tratar de interesses 
particulares há um ano e pretende que sua licença perdure por mais três anos. Nos termos da Lei 
no 5.180/1994, Mario 
a) não tem direito à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de 
três anos consecutivos. 
b) faz jus à mencionada licença, desde que preenchidos os demais requisitos legais, e Alessandra 
poderá licenciar-se pelo prazo máximo de dois anos consecutivos. 
c) não tem direito à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de 
cinco anos, consecutivos ou não. 
d) faz jus à mencionada licença, desde que preenchidos os demais requisitos legais e Alessandra 
poderá licenciar-se pelo prazo máximo de cinco anos consecutivos. 
e) não faz jus à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de um 
ano consecutivo. 
Comentário: a licença para tratar de interesses particulares é relacionada no art. 93 da Lei 
5.180/1994 nos seguintes termos: 
Art. 93. A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor estável, licença 
para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, sem 
remuneração. 
§ 1° A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no 
interesse do serviço. 
 § 2° Não se concederá nova licença antes de decorrido 2 (dois) anos do término da 
anterior. 
Agora vejamos as situações apresentadas: 
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(1) Mario está em estágio probatório, ou seja, não possui direito à licença; 
(2) Alessandra está licenciada há um ano e gostaria de obter mais três anos de licença. 
Todavia, vimos que a licença para tratar de interesses particulares pode ser concedida pelo 
prazo de até dois anos. Isso quer dizer que Alessandra só poderá permanecer por mais 
dois anos em licença. 
E como ficam as alternativas? 
a) não tem direito à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de 
dois anos consecutivos – CORRETA; 
b) não faz jus à mencionada licença, desde que preenchidos os demais requisitos legais, e 
Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de dois anos consecutivos – ERRADA; 
c) não tem direito à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de 
cinco dois anos, consecutivos ou não – ERRADA; 
d) não faz jus à mencionada licença, desde que preenchidos os demais requisitos legais e 
Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de cinco dois anos consecutivos – ERRADA; 
e) não faz jus à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de um 
três anos consecutivos – ERRADA. 
Gabarito: alternativa A. 
5. (FCC – Técnico Judiciário/TRF-3/2016 – adaptada) João, servidor público estadual, foi 
convocado para o serviço militar, razão pela qual lhe foi concedida licença, na forma e condições 
previstas na legislação específica. Nos termos da Lei no 5.180/1994, concluído o serviço militar, 
João 
a) terá quinze dias com remuneração para reassumir o exercício do cargo. 
b) deverá imediatamente reassumir o exercício do cargo. 
c) terá somente quinze dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. 
d) terá quarenta e cinco dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. 
e) terá até trinta dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. 
Comentário: a Lei 5.180/1994 trata rapidamente da licença para serviço militar em seu art. 
92, que dispõe que o servidor convocado para o serviço militar terá direito à licença, 
quando convocado para o serviço militar na forma e condições estabelecidas em lei. 
Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para 
reassumir o exercício do cargo (alternativa E). 
Gabarito: alternativa E. 
6. (FCC – Técnico Judiciário/TRF-3/2016 – adaptada) Considere três situações: 
(I) Claudio, servidor público, afastou-se da sua sede de trabalho, temporariamente, para outro 
ponto do território nacional, entretanto, o mencionado deslocamento não exige pernoite fora da 
sede. 
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(II) Já Manoela, também servidora pública, afastou-se da sua sede de trabalho, temporariamente, 
para o exterior. 
(III) Por fim, Rômulo, também servidor público, afastou-se da sua sede de trabalho, 
temporariamente, sendo o mencionado deslocamento uma exigência permanente do cargo. 
Nos termos da Lei no 5.180/1994, as diárias são devidas 
a) em nenhum dos casos narrados. 
b) apenas nos itens II e III, sendo em ambos os casos devidas integralmente. 
c) nos itens I, II e III, sendo em todos os casos devidas integralmente. 
d) apenas nos itens I e III, sendo no item III, devidas pela metade. 
e) apenas nos itens I e II, sendo no item I, devidas pela metade. 
Comentário: o servidor que, em missão oficial ou de estudos, afastar-se temporariamente 
da sede em que seja lotado, serão concedidas, além do transporte, diárias a título de 
indenização das despesas de alimentação, hospedagem e locomoção urbana. Ademais, a 
diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o 
deslocamento não exigir pernoite fora da sede (art. 145, § 1º). 
Entretanto, não caberá a concessão de diárias, quando o deslocamento do servidor 
constituir exigência permanente do cargo (art. 147). 
Isso quer dizer que as diárias são devidas apenas para Claudio e Manoela, sendo que 
Claudio receberá apenas a metade da diária, já que, no caso dele, não houve pernoite. 
Por outro lado, Rômulo não terá direito ao pagamento da diária, tendo em vista que o 
deslocamento é uma exigência do seu cargo. 
Assim, já sabemos que nosso gabarito é a alternativa E. 
Gabarito: alternativa E. 
7. (FCC – Analista Judiciário/TRT-14/2016 – adaptada) No que concerne à licença por 
motivo de doença em pessoa da família, prevista na Lei no 5.180/1994, considere: 
I. Referida licença é sempre concedida sem prejuízo da remuneração. 
II. O prazo máximo de sua concessão é de três anos. 
III. O órgão oficial poderá opinar pela concessão da licença pelo prazo máximo de 30 (trinta) dias, 
renováveis por períodos iguais e sucessivos, até o limite de 2 (dois) anos. 
IV. Será concedida com remuneração, a partir do 12°. (décimo segundo) e até o 24°. (vigésimo 
quarto) mês. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) IV. 
c) I e III. 
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d) III. 
e) II e IV. 
Comentário: a referida licença poderá ser concedida ao servidor por motivo de doença do 
cônjuge, companheiro ou companheira, padrasto ou madrasta; ascendente, descendente, 
enteado, menor sob guarda, tutela ou adoção, e colateral consanguíneo ou afim até o 
segundo grau civil, mediante comprovação médica (art. 85). 
Além disso, em relação à remuneração, o art. 86 prevê o seguinte: 
I - com remuneração integral, no primeiro mês; 
II - com 2/3 (dois terços) da remuneração, quando exceder de 1 (um) até 6 (seis) meses; 
III - com 1/3 (um terço) da remuneração quando exceder a 6 (seis) meses até 12 (doze) 
meses; 
IV - sem remuneração, a partir do 12°. (décimo segundo) e até o 24°. (vigésimo quarto) mês. 
O órgão oficial poderá opinar pela concessão da licença pelo prazo máximo de 30 (trinta) 
dias,renováveis por períodos iguais e sucessivos, até o limite de 2 (dois) anos. 
Desse modo, as afirmativas I e II estão ERRADAS, pois o licenciamento poderá ocorrer com 
ou sem remuneração e pelo prazo máximo de 2 anos. Isso faz com que a afirmativa III 
esteja correta. 
Por fim, a licença será sem remuneração, a partir do 12°. (décimo segundo) e até o 24°. 
(vigésimo quarto) mês. Logo, a afirmativa IV também está ERRADA. 
Portanto, temos: I – errada, II: errada, III: correta e IV: errada (alternativa D). 
Gabarito: alternativa D. 
8. (FCC – Técnico Judiciário/TRT-23/2016 – adaptada) Mara, servidora pública, pleiteou 
licença de seu cargo público para acompanhar seu companheiro Mauro, também servidor público 
e que fora deslocado do Mato Grosso para o Estado do Acre. Nos termos da Lei no 5.180/1994, a 
licença pleiteada 
a) caso concedida, será por prazo determinado e sem remuneração. 
b) não é cabível, por ausência de previsão legal. 
c) caso concedida, será por prazo indeterminado e sem remuneração. 
d) caso concedida, será por prazo determinado e com remuneração. 
e) não é cabível, pois só se aplica entre cônjuges. 
Comentário: a questão trata da licença prevista no art. 96 da Lei 5.180/1994, que dispõe o 
seguinte: 
Art. 96. Ao servidor estável, será concedida licença sem remuneração, quando o 
cônjuge ou companheiro, servidor civil ou militar: 
I - assumir mandato conquistado em eleição majoritária ou proporcional para exercício 
de cargo em local diverso do da lotação do acompanhante; 
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II - for designado para servir fora do Estado ou no exterior. 
Art. 97. A licença será concedida pelo prazo da duração do mandato, ou nos demais 
casos por prazo indeterminado. 
Portanto, essa licença é discricionária, pois “poderá ser concedida”, e, se deferida, será 
por prazo indeterminado e sem remuneração. Logo, o gabarito é a opção C. 
Gabarito: alternativa C. 
9. (FCC – Técnico Judiciário/TRT-23/2016 – adaptada) Gabriel, servidor público, exerceu 
seu direito de petição em defesa de interesse legítimo. Em razão do indeferimento de seu 
requerimento, formulou pedido de reconsideração à autoridade competente. Nos termos da Lei no 
5.180/1994, o pedido de reconsideração 
a) o prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a 
contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. 
b) pode ser renovado uma única vez. 
c) deve ser interposto no prazo de quinze dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo 
interessado, da decisão que pretende ver reconsiderada. 
d) deve ser decidido dentro do prazo máximo de noventa dias. 
e) caso indeferido, não admite recurso. 
Comentário: o direito de petição dos servidores exerce-se mediante requerimento, pedido 
de reconsideração e recurso. 
O pedido de reconsideração é adotado quando o servidor solicita que a autoridade que 
houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão avalie novamente o caso, sendo que 
ele não poderá ser renovado (art. 104). Em termos bem simples, o pedido de 
reconsideração é “aquele chorada” que você faz quando o seu pai não deixa você sair à 
noite. 
O art. 106 dispõe que o prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso 
é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão 
recorrida. Logo, o gabarito é a opção A. 
Vejamos as demais alternativas: 
b) o pedido de reconsideração não pode ser renovado (art. 104) – ERRADA; 
c) consoante o art. 106, o prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de 
recurso é de 30 dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão 
recorrida – ERRADA; 
d) o requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser decididos dentro de 30 dias 
(art. 102, parágrafo único) – ERRADA; 
e) o recurso é justamente o instrumento adotado quando for indeferido o pedido de 
reconsideração ou contra as decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos (art. 
105) – ERRADA. 
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Gabarito: alternativa A. 
10. (FCC – Analista Judiciário/TRE-RR/2015 – adaptada) Dentre os direitos previstos no 
Estatuto dos Servidores do Pará está o gozo de licenças. É vedado o exercício de atividade 
remunerada durante o período de licença 
a) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro. 
b) por motivo de doença em pessoa da família. 
c) para atividade política. 
d) para tratar de interesses particulares. 
e) para capacitação. 
Comentário: a resposta para a questão encontra-se no art. 79 da Lei 5.180/1994. O 
mencionado dispositivo diz que é vedado o exercício de atividade remunerada durante o 
período das licenças previstas nos incisos I e II do art. 77. 
Já os incisos I e II do art. 77 tratam das licenças para tratamento de saúde e por motivo de 
doença em pessoa da família. 
Gabarito: alternativa B. 
11. (FCC – Analista Judiciário/TRT-4/2015 – adaptada) Considere as seguintes situações: 
I. Servidor no interesse do serviço público, passou a ter exercício em nova sede com mudança de 
domicílio. Essa mudança foi em caráter permanente. 
II. Servidor realizou viagem à Brasília, fora de sua sede, em caráter temporário, tendo realizado 
despesas com passagens aéreas e alimentação. 
III. Servidor se deslocou a município para realizar trabalho que é exigência permanente do cargo 
por ele ocupado. 
Nos termos da Lei no 5.180/94, o servidor fará jus a diárias em 
a) I, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I, II e III. 
d) II, apenas. 
e) III, apenas. 
Comentário: as diárias estão disciplinadas nos arts. 145 a 149 da Lei 5.180/1994. Elas serão 
devidas quando o servidor em missão oficial ou de estudos, afastar-se temporariamente da 
sede em que seja lotado, serão concedidas, além do transporte, diárias a título de 
indenização das despesas de alimentação, hospedagem e locomoção urbana. 
Agora, vamos analisar cada item: 
I. ERRADO: no caso de mudança de sede em caráter permanente, o servidor deverá 
receber a ajuda de custo, conforme dispõe o art. 150 da Lei 5.180/1994: “Art. 150. A ajuda 
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de custo será concedida ao servidor que, no interesse do serviço público, passar a ter 
exercício em nova sede com mudança de domicílio”. Portanto, no caso do item I, o servidor 
não faz jus à diária; 
II. CORRETO: quando o servidor se desloca de sua sede, em caráter transitório, ele faz jus 
ao recebimento de passagens e diárias para custeio de suas despesas; 
III. ERRADO: para melhor compreensão deste item, vejamos o conteúdo do art. 147 da Lei 
5.180/1994: 
Art. 147. Não caberá a concessão de diárias, quando o deslocamento do servidor 
constituir exigência permanente do cargo. 
Portanto, como o deslocamento constitui exigência permanente do cargo, o servidor não 
faz jus a diárias. 
Dessa forma, somente o item II está correto e o gabarito é mesmo a opção D, conforme 
indicado pela banca. 
Gabarito: alternativa D. 
12. (FCC - Analista/CNMP/2015 – adaptada) De acordo com a Lei no 5.180/94, o servidor 
que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território 
nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de 
despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em 
regulamento. Quando o deslocamento

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