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BMF-3 18.05.2020 Aula 3 – APARELHO REPRODUTOR Fisiologia da Gônada Masculina – Espermatogênese e Ação de Andrógenos As gônadas (testículos e ovários) realizam uma função endócrina que é regulada dentro de um eixo hipotálamo-pituitário-gonadal. As gônadas são distintas de outras glândulas endócrinas na medida em que elas também realizam a gametogênese. O trato reprodutor está envolvido em vários aspectos do desenvolvimento, função e transporte dos gametas e, nas mulheres, permite e fertilização, implantação e gestação. A gametogênese normal nas gônadas e o desenvolvimento e a fisiologia do trato reprodutor são absolutamente dependentes da função endócrina das gônadas. As ramificações clínicas desta dependência hormonal incluem infertilidade em face da baixa produção de hormônios sexuais, genitália ambígua pela expressão desregulada de hormônios ou de receptores e cânceres responsivos a hormônios, especialmente o câncer de mama e de útero em mulheres e o câncer de próstata em homens. Organização do Epitélio Germinativo Células de Leyding Produz testosterona podendo ir pro capilar e para o restante do corpo. Pode também se dirigir a compartimento intratubulares, as células de sertoli estão produzindo as proteínas ABP, se ligando aos androgenos, impedindo que esses andrógenos encaminhem para a corrente sanguínea. Como a testosterona que está no compartimento intracelular, pode ser convertida em estradiol, ela diferenciação é muito importante para estimular a espermatogênese. Células de Sertoli Circundam as células espermáticas em todos os estágios. Junção oclusiva: separação do epitélio (barreira hematotesticular). Receptor para FSH e testosterona. Converte testo em estradiol-17β (↑espermatogênese) Produz: o ABP (proteínas ligadoras de andrógenos) – liga-se com os andrógenos o Produção de Inibina – age como inibição do FSH, exercendo um efeito de feedback negativo do eixo; além de produzir proteínas ABP. o Líquido o Hormônio antimülleriano (regressão ducto feminino) - deixando apenas os ductos masculinos São as células de Sertoli que possuem receptores para a testosterona, sendo importante na sua conversão em estradiol. Espermatogênese – Divisões e Transformações Celulares Ocorre nos túbulos seminíferos devido a estímulos pelos hormônios gonadotrópicos da glandula hipófise anterior. No primeiro estágio da espermatogênese, as espermatogônias migram entre as células de Sertoli em direção ao lúmen central dos túbulos seminíferos. As células de Sertoli são grandes, com envoltório citoplasmático exuberante que envolve a espermatogônia em desenvolvimento, durante todo o trajeto até o lúmen central do túbulo. ≅ a partir dos 10 anos até velhice. Mitose de espermatogônias (célulastronco) Meiose: espermatócitos → espermátides (23 cromossomos) Espermiogênese: maturação, diferenciação e desenvolvimento → espermatozoide Espermiação: liberação de espermatozoides maduros. Não tem receptor de testosterona. Controle Hormonal da Espermatogênese GH estimula divisões da espermatogônia Eixo hipotálamo-hipófise-testículo BMF-3 18.05.2020 Aula 3 – APARELHO REPRODUTOR - Hipotálamo produz GNRH que agira na adeno-hipofise, pelo grupo celular gonodotroficos, que por sua vez produzirão FSH e LH. O LH agira ans células intersticiais produzindo testosterona que irá para a circulação exercendo suas funções. Já o FSH age nas células de Sertoli produzindo produtos celulares como inibina e o desenvolvimento dos espermatozoides. Formação da enzima aromatase consegue converter a testosterona em estradiol realizando a função de aumentar a espermatogenese. Os Hormônios do Eixo Hipotálamo-Hipófise-Testóculo que controlam a espermatogênse são testosterona e estradiol. A ativação de arromatase convertendo estradiol influencia na diferenciacao de espermatozoides 1) Epidídimo e canal deferente: - maturação e desenvolvem motilidade. (apenas epidídimo) - estocados inativos 2) Glândulas bulbouretrais secretam muco na uretra, que sai durante o ato sexual. 3) Emissão: esvaziamento do canal deferente para uretra prostática; processo que precede a ejaculação. 4) Ao mesmo tempo, as vesículas seminais e a próstata se contraem, misturando os espermatozoides ao sêmen. 5) Ejaculação: propulsão do sêmen para fora da uretra. Ereção e Ejaculação Diversos estímulos para a ereção, via centro encefálico que estimula sistema nervoso autônomo estimulando o sistema nervoso autônomo. O Sistema nervoso parassimpático libera Acetil-Coa promovendo contração no musculo liso; liberação de oxido nítrico proporcionando o relaxamento do musculo liso proporcionando a chegada de mais sangue para essa região ativando a GMPc provocando o relaxamento, ao mesmo tempo, reduz o retorno venoso até que ocorra a ereção. BMF-3 18.05.2020 Aula 3 – APARELHO REPRODUTOR Inibição do simpático nas arteríolas do pênis. Parassimpático: relaxamento via óxido nítrico em arteríolas. Aprisionamento de sangue → ereção. Emissão → Ejaculação: próstata e músculos do assoalho pélvico se contraem (reflexo medular – provem de estímulos, mas há controle cerebral). Orgasmo. Propulsão do sêmen para a uretra. Funções da Testosterona Síntese de Testosterona a Partir do Colesterol e Mecanismos de Ação A maioria desse processo ocorre nas células de Leydh Por difusão vai para região intratubular, podendo se ligar a proteína ligadora de andrógeno (ABP) permitindo que haja uma alta concentração de testosterona nessa região; quando segue para a corrente sanguínea pela proteína carregadora. 05-06 No tecido periférico, a testosterona será convertida em estradiol, di- hidrotestosterona (DHT) ao qual apresenta uma potência androgênica maior que a testosterona; Eventos neurovasculares que desencadeiam a ereção BMF-3 18.05.2020 Aula 3 – APARELHO REPRODUTOR Efeito anabolizante e androgênico. Androgênio = hormônio esteroide que tenha efeito masculinizante. Estimula a síntese proteica e é responsável pelas alterações nos meninos na adolescência. Desenvolvimento fetal o Cromossomo Y: gene SRY que codifica um fator de determinação testicular (proteína SRY) e estimula a formação do testículo. o Sertoli: hormônio anti-mülleriano (AMH) à regressão dos ductos que formariam os órgãos femininos. o Leydig: testosterona e dihidrotestosterona (DHT) A diferença entre as concentrações de testosterona intratesticular versus testosterona circulante e sua importância no eixo hipotalâmico-pituitário- testicular. Painel superior, ciclo de feedback em um homem adulto normal. Painel inferior, a administração de testosterona (ou um análogo androgênico) aumenta os níveis de testosterona (andrógeno) circulante, que, por sua vez, aumentam o feedback negativo sobre a liberação de LH. Os níveis de LH diminuídos diminuem a atividade das células de Leydig e a produção intratesticular de andrógeno. Níveis de testosterona intratesticular reduzidos resultam em produção de espermatozoides reduzida e podem causar infertilidade BMF-3 18.05.2020 Aula 3 – APARELHO REPRODUTOR Caso Clínico Um homem de 28 anos de idade apresenta aumento de acne e mamas aumentadas e doloridas. Há dezoito meses, ele começou um regime para fisiculturismo incluindo exercícios intensos e um suplemento potente com androgênio. O exame físico revela um índice de massa corporal de 27 kg/m²; musculatura pronunciada; tecido mamário firme e sensível à palpação com 5 cm à direita e 7 cm à esquerda; e testículos pequenos (6 cm³) e moles, bilateralmente. Diagnóstico de ginecomastia. a) Explique a acne. R: A ação da testosterona e de outros hormônios masculinos podem aumentar o estímulo das glândulas sebáceas, aumentando a oleosidade da pele. Além disso, quanto mais acnes, maior é o desequilíbrio hormonal b) Qual a relação do IMC com ginecomastia? R: com o aumento do IMC haverá o acúmulo de tecido adiposo palpável na região mamáriasem haver disco de consistência elástica subareolar, correspondendo à proliferação ductal e estromal, presentes na ginecomastia. Existe uma enzima denominada aromatase que está presente no tecido adiposo (gordura). Ela é responsável por transformar androgênios em estrogênios. Na obesidade, por haver excesso de tecido adiposo há também excesso de aromatase, com isso grande parte dos androgênios são convertidos, levando à um relativo excesso de estrogênios o que leva à ginecomastia vista na obesidade. c) Qual a concentração de GnRH, FSH e LH? R: tudo baixo, pois d) Como estaria a contagem de espermatozoides do sêmen? R: baixo
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