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Simulado Bernoulli Prova I

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*de acordo com o horário de Brasília
2020
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a 
Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira:
a. as questões de número 01 a 45 são relativas à área de Linguagens, 
Códigos e suas Tecnologias;
b. Proposta de Redação;
c. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências 
Humanas e suas Tecnologias.
2 Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões 
e se essas questões estão na ordem mencionada na instrução anterior. Caso o 
caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3 Escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com 
caneta esferográfica de tinta preta.
4 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, pois ele não poderá 
ser substituído.
5 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadas 
com as letras , , , e . Apenas uma responde corretamente 
à questão.
6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA a opção de língua estrangeira.
7 Use o código presente nesta capa para preencher o campo correspondente no 
CARTÃO-RESPOSTA.
8 Com seu RA (Registro Acadêmico), preencha o campo correspondente ao 
código do aluno. Se o seu RA não apresentar 7 dígitos, preencha os primeiros 
espaços e deixe os demais em branco.
9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço destinado à opção escolhida 
para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo 
que uma das respostas esteja correta.
10 O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
11 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. 
Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não 
serão considerados na avaliação.
12 Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
13 Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este 
CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA / FOLHA DE REDAÇÃO.
14 Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do 
início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em 
definitivo a sala de provas nos últimos 30 minutos que antecedem o término 
das provas.
15 Você será excluído do Exame, a qualquer tempo, no caso de:
a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata;
b. agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante 
ou pessoa envolvida no processo de aplicação das provas;
c. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação das 
provas, incorrendo em comportamento indevido durante a realização 
do Exame;
d. se comunicar, durante as provas, com outro participante verbalmente, 
por escrito ou por qualquer outra forma;
e. portar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de comunicação 
durante a realização do Exame;
f. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício próprio ou 
de terceiros, em qualquer etapa do Exame;
g. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização do Exame;
h. se ausentar da sala de provas levando consigo o CADERNO DE 
QUESTÕES antes do prazo estabelecido e / ou o CARTÃO-RESPOSTA 
a qualquer tempo.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
Simulado On-line Ensino Médio – 1ª série – Prova I
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO – VOLUME 2
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
Dengue is complicated in that it consists of various types – 
type 1, 2, 3 and 4. The symptoms in all four types are the 
same: headache, muscular and joint pains, fever, diarrhea 
and vomiting. Besides four types, the disease comes in three 
forms: classic, mild and hemorrhagic (which may result in 
dengue shock syndrome). A person who gets type 1 will be 
immune to type 1 in the future; this is also true of the other 
types. However, the catch is that each time a person who 
has already had dengue is infected by a new type, there is 
a tendency for the disease to be worse. And as a person 
is infected by different types over a period of time, the 
possibility of getting the worst kind of dengue, hemorrhagic, 
increases. Although most types and forms of dengue may 
be painfully uncomfortable, recovery is normal within two 
weeks. Hemorrhagic dengue, on the other hand, can be fatal. 
PIMENTEL, Carolina. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br>. 
Acesso em: 23 jan. 2018. [Fragmento]
A dengue é uma doença infecciosa muito comum no Brasil, 
especialmente no período chuvoso. O texto informa que 
A. 	 a enfermidade tem três formas distintas, as quais 
podem levar o paciente à morte. 
B. 	 os pacientes já infectados pelo tipo 1 da doença 
tornam-se imunes à forma hemorrágica. 
C. 	 as formas da doença vão se abrandando até que o 
indivíduo infectado adquira imunidade. 
D. 	 os sintomas do tipo 3 incluem dores de cabeça, 
musculares e nas juntas, diarreia, febre e vômito. 
E. 	 a doença pode causar dor e desconforto, embora a 
recuperação seja certa em no máximo duas semanas.
QUESTÃO 02 
Time lords: the clocks that rule our world
The best clocks now lose only a second every 300 million 
years – and the minuscule differences 
in their time-keeping is changing the world we live in.
Time is money – and never was this clearer than at 
09:59:59.985 Eastern Time, on 3 June 2013. Due to a glitch 
in its time-keeping, the news agency Reuters accidentally 
released trading data just 15 milliseconds early. The result 
was $28 million of transactions, as robot traders started 
dealing before others could get a look in.
I8ØB
QCK8
Technology has now reached a stage where even the 
tiniest discrepancies can be of huge cost, pushing us towards 
a new era of time-keeping. The most accurate clocks can tick 
for more than 300 million years without losing a beat – and 
that is by no means the limit. Those time lords can influence 
everything from the financial markets to your car’s GPS. They 
may even allow us to test the substance of the universe itself.
Disponível em: <http://www.bbc.com>. Acesso em: 19 fev. 2015.
O texto fala sobre a importância dos relógios no mundo 
moderno. Ao chamar algumas dessas ferramentas de “time 
lords”, o autor busca mostrar como elas são indispensáveis 
para
A. 	 a veracidade das informações.
B. 	 os estudos astronômicos.
C. 	 as práticas mercantis. 
D. 	 o controle de tráfego.
E. 	 o rigor jornalístico.
QUESTÃO 03 
Photographie retouchée
Starting this week, you might see a new label on 
commercial photographs of models in French publications: 
photographie retouchée, or “touched-up photograph”. That’s 
because a new French law is requiring images of models that 
have been digitally altered to say as much. As former Minister 
of Health, Marisol Touraine, who initiated the legislation, 
explains: “It is necessary to act on body image in society 
to avoid the promotion of inaccessible beauty ideals and 
prevent anorexia among young people”. Touché, Touraine: 
over 600,000 people in France are indeed affected by eating 
disorders like anorexia. Now, if only we could get a label in 
other publications warning us of les informations retouchées – 
fake news, perhaps?
Disponível em: <https://blog.oxforddictionaries.com>. 
Acesso em: 10 out. 2017. [Fragmento]
O texto aborda uma alteração na legislação francesa que 
obriga as publicações do país a
A. 	 apontar a quantidade de alterações realizadas em 
fotos.
B. 	 validar junto ao Ministério da Saúde as fotos retocadas.
C. 	 utilizar imagens que retratem diferentes tipos de corpo.
D. 	 divulgar campanhas estatais de prevenção à anorexia.
E. 	 indicar a existência de retoques em fotos de modelos.
7ZWG
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 04 
Brazilian Carnival becomes a kissing competition
Carnival season is a time forbig street parties in the Brazilian city of Rio de Janeiro.
But drink and samba music take a back seat to competitive kissing. With some revellers hoping to snog 10, 20 
or 30 strangers in a single session. 
“People don’t usually go around kissing everyone because society is judgmental, but it’s different during Carnival,” 
says 18-year-old Isabela Melo.
Street parties, or “blocos”, are seen as the one chance to enjoy a bit of fun before Lent begins on Ash Wednesday.
“Everyone makes fun of you if you don’t kiss anyone,” says Jarbas Biagi, a 27-year-old dressed in fairy wings.
“You get extra points if you manage to kiss a girl through the window on a passing bus... but basically it’s quantity, 
not quality.”
Disponível em: <http://www.bbc.co.uk>. Acesso em: 19 fev. 2015.
O texto aborda um comportamento social exibido nas festas de Carnaval nas ruas brasileiras. Na reportagem, a principal 
razão apresentada pelas pessoas para tal comportamento é a
A. 	 competitividade dos foliões. 
B. 	 pressão da sociedade.
C. 	 natureza carnal da festa.
D. 	 iminência da quaresma.
E. 	 influência do álcool.
QUESTÃO 05 
California Governor signs vaccine exemption law
California Governor Jerry Brown on Tuesday signed a bill that prevents parents in the state from seeking vaccine 
exemption for their children on the basis of philosophical and religious beliefs. 
“The science is clear that vaccines dramatically protect children against a number of infectious and dangerous 
diseases,” Brown said in a statement. “While it’s true that no medical intervention is without risk, the evidence shows 
that immunization powerfully benefits and protects the community.” 
The law will be one of the strictest in the country, and will require preschool and kindergarten-age children to receive 
essential vaccines that safeguard against illnesses such the measles, mumps, rubella, chickenpox, poliovirus and 
whooping cough.
Under the law certain exemptions are still permitted. A family has the right to forgo vaccines for documented medical 
reasons, such as if the child has allergies and immune deficiencies. 
Disponível em: <http://www.newsweek.com>. Acesso em: 23 jan. 2018. [Fragmento]
O texto informa sobre uma nova lei sancionada pelo governador do estado estadunidense da Califórnia. Essa lei tem 
o objetivo de
A. 	 eliminar a necessidade de imunização contra o sarampo, a caxumba e a catapora.
B. 	 obrigar a realização de testes de avaliação de riscos antes da vacinação.
C. 	 tornar gratuito o acesso às vacinas fundamentais para a fase da infância.
D. 	 isentar os pais de vacinarem seus filhos em função de questões religiosas.
E. 	 impor a vacinação de crianças contra doenças infectocontagiosas.
XORF
3TØV
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
¿Por qué los gatos de tres colores son siempre hembras?
Si te encuentras con un gato de pelaje con tres colores, es casi 100% seguro de que se trate de una gata. La respuesta 
al por qué de este fenómeno se encuentra en los cromosomas. El color del pelaje de los gatos es una característica ligada 
a los cromosomas sexuales (X y Y). Las hembras tienen dos cromosomas X y los machos uno X y uno Y. El color negro 
y el anaranjado se encuentran solo en el cromosoma X, mientras que el color blanco es codificado por un gen independiente, 
no ligado al sexo.
Cada cromosoma X puede expresar uno distinto (anaranjado y negro) y a la vez se puede expresar el blanco, haciendo 
que una gata pueda presentar los tres colores en su pelaje, y dando como resultado un gato que es conocido como gato cálico.
En el caso de los gatos machos, al tener un solo cromosoma X, en condiciones normales solo pueden ser totalmente 
anaranjados, totalmente negros, blancos-negros, blancos-anaranjados o tonos intermedios como resultado de
la mezcla de ellos.
Disponível em: <http://biologiaya.com>. Acesso em: 29 jan. 2017.
O texto informativo em questão discorre a respeito das cores dos gatos. De acordo com essas informações,
A. 	 as gatas monocolores e tricolores possuem os cromossomos X e Y.
B. 	 os tons alaranjados, pretos e brancos estão presentes em todos os felinos.
C. 	 as cores da pelagem dos animais estão ligadas às características hormonais.
D. 	 os cromossomos XX combinados são responsáveis pela pelagem tricolor das gatas.
E. 	 os cromossomos das fêmeas aumentam a possibilidade de pelagem da cor branca.
QUESTÃO 02 
Disponível em: <http://bloglemu.blogspot.com.br/2013/08/el-parque-nacional-africano-hogar-de.html>. Acesso em: 10 dez. 2014. 
A campanha SOS Virunga, da ONG WWF, é direcionada
A. 	 às autoridades africanas, para exigir providências concretas contra a destruição do habitat dos gorilas.
B. 	 às empresas petrolíferas, para criticar suas ações de degradação ambiental nas áreas de preservação.
C. 	 aos criadores da campanha, para enfatizar a sua preocupação com a exploração de petróleo no lar dos gorilas.
D. 	 aos leitores da campanha, para incentivar ações de mobilização para a conservação do habitat dos gorilas.
E. 	 aos responsáveis pelos gorilas, para alertá-los da necessidade de deslocá-los para um lugar onde não haja petróleo.
VVZH
WVHA
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 03 
Aunque hacer deberes parece que mejora el aprendizaje 
de los alumnos de secundaria de acuerdo con los 
estudios realizados con los datos PISA, estos mismos 
estudios sugieren también que los deberes refuerzan las 
desigualdades en el sistema educativo porque no todos 
los niños cuentan con las mismas condiciones materiales 
y apoyo para hacerlos en casa. Sin embargo, esta no 
parece ser la principal preocupación de quienes se oponen 
a ellos en España, según los datos recogidos en el estudio 
Ulises realizado por MyWord. Entre los encuestados 
que opinan que los niños de 9 a 12 años, en general, 
no deberían hacer deberes, salvo en algunas ocasiones, las 
críticas que concitan mayor acuerdo son que los deberes 
no dejan tiempo para hacer otras cosas que consideramos 
valiosas para el desarrollo de nuestros hijos, como tocar un 
instrumento, bailar, jugar, leer (74%), o actividades deportivas 
que contrarrestan el sedentarismo y la creciente tendencia 
a la obesidad infantil (63%). Frente a ello “solo” el 40% de 
los que se oponen a los deberes en esas edades están de 
acuerdo con que “los deberes generan injusticias porque 
los alumnos que cuentan con ayuda en casa, ya sea de sus 
padres o de profesores particulares, tienen ventaja respecto a 
aquellos que no disponen de ese apoyo”. De hecho, el coste 
de oportunidad de los deberes, es decir, lo que los niños 
dejan de hacer por culpa de ellos, son también la principal 
crítica que les hacen los partidarios de que los niños de 9 a 
12 años hagan deberes todos o casi todos los días: un 26% 
de ellos creen que quitan tiempo para actividades creativas, 
y un 19% para hacer deporte, frente solo a un 17% que creen 
que aumentan la desigualdad.
Disponível em: <http://www.20minutos.es>. Acesso em: 14 mar. 2017.
Com base nos dados do PISA, os resultados da pesquisa 
Ulises indicam que a realização de deveres de casa não 
é considerada por todos como benéfica para o estudante. 
O inconveniente apontado mais vezes pelos opositores ao 
dever de casa é que essa prática
A. 	 dificulta a realização de atividades lúdicas e culturais. 
B. 	 promove a competição entre as crianças nas escolas. 
C. 	 incrementa o problema da obesidade infanto-juvenil. 
D. 	 acirra as desigualdades já existentes entre as crianças. 
E. 	 prejudica o desenvolvimento de atividades criativas. 
QUESTÃO 04 
Cómo fotografiar bien la hora azul
La hora azul es uno de los mejores momentos del día 
para hacer fotografías, ya que las luces de la ciudad se 
compensan con la luz natural que va cogiendo tonalidades 
azules y los colores se saturan.Podemos presenciarla todos los días en 2 ocasiones: 
antes del amanecer y después del atardecer. Si eres 
principiante, recomiendo que comiences con la hora azul del 
anochecer, ya que es más fácil de identificarla. Cuando se 
esconde el Sol, el cielo poco a poco se oscurecerá, encenderán 
las luces de la ciudad y desde ese instante hasta que el cielo 
se ponga completamente negro es lo que dura la hora azul. 
Por la mañana en cambio es todo lo contrario.Comienza 
BLR3
ELAH
minutos antes de que apaguen las luces de las calles, antes 
de que salga el Sol. En estas dos ocasiones, la duración 
de este momento fotogénico dura pocos minutos de modo 
que es conveniente tener bien pensada la fotografía que 
queremos realizar para aprovechar al máximo el poco tiempo 
que disponemos para hacer fotos. 
Disponível em: <http://naturpixel.com>. Acesso em: 16 jan. 2017. 
[Fragmento]
De acordo com o texto, a hora azul
A. 	 começa no período matutino e dura até o entardecer.
B. 	 configura-se como um dos melhores momentos para 
se fotografar em função da luz. 
C. 	 pode ser vista em três momentos do dia: pela manhã, 
ao meio-dia e à noite. 
D. 	 esconde o Sol, uma vez que o céu fica completamente 
escuro.
E. 	 caracteriza-se como o período de uma hora em que o 
céu encontra-se complemente azul. 
QUESTÃO 05 
Sefarditas o la melancolía de ser judío español
El nombre de Sefarad, como es denominada España en 
lengua hebrea, despierta en gentes de Estambul o de Nueva 
York, de Sofía o de Caracas, el vago recuerdo de una casa 
abandonada precipitadamente bajo la noche.
Por eso muchas de estas gentes, descendientes de los 
judíos españoles expulsados en 1492, conservan las viejas 
llaves de los hogares de sus antepasados en España. Se 
ha escrito que jamás una nación ha tenido unos hijos tan 
fieles como ellos, que después de quinientos años de exilio 
siguen llamándose “sefarditas” (españoles) y mantienen 
celosamente el idioma “sefardita” y las costumbres de sus 
orígenes. En la cocina y en los lances de amor, en las fiestas 
y en las ceremonias religiosas, los sefarditas viven todavía 
la melancolía de ser españoles.
CORRAL, P.; ALCALDE, J. Sefardíes o la melancolía de ser judío 
español. Disponível em: <http://sefaradilaculturasefardi.blogspot.com>. 
Acesso em: 17 fev. 2012 (Adaptação).
A formação do Estado espanhol é consequência do encontro 
de vários povos, entre eles os judeus, expulsos da Espanha 
em 1492. O autor do texto, ao vincular o caráter melancólico 
da identidade sefardita, destaca a
A. 	 conservação de um modo de vida próprio da nação da 
qual eles foram desmembrados.
B. 	 fidelidade à língua hebraica que era falada pelos seus 
antepassados na Península Ibérica.
C. 	 lealdade por eles demonstrada às autoridades que os 
baniram dos territórios castelhanos.
D. 	 manutenção feita pelos judeus das casas que possuíam 
na Espanha, no final do século XV.
E. 	 observação das tradições impostas aos judeus nas 
cidades ocidentais para onde migraram.
9QD1
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
Expressões Idiomáticas
Expressões idiomáticas ou idiomatismo são expressões 
que se caracterizam por não identificar seu significado 
através de suas palavras individuais ou no sentido literal. 
Não é possível traduzi-las em outra língua e se originam 
de gírias e culturas de cada região. Nas diversas regiões 
do país, há várias expressões idiomáticas que integram os 
chamados dialetos.
Disponível em: <www.brasilescola.com>. 
Acesso em: 24 abr. 2010 (Adaptação).
O texto esclarece o leitor sobre as expressões idiomáticas, 
utilizando-se de um recurso metalinguístico que se 
caracteriza por
A. 	 influenciar o leitor sobre atitudes a serem tomadas em 
relação ao preconceito contra os falantes que utilizam 
expressões idiomáticas.
B. 	 externar atitudes preconceituosas em relação às 
classes menos favorecidas que utilizam expressões 
idiomáticas.
C. 	 divulgar as várias expressões idiomáticas existentes e 
controlar a atenção do interlocutor, ativando o canal de 
comunicação entre ambos.
D. 	 definir o que são expressões idiomáticas e como elas 
fazem parte do cotidiano do falante pertencente a 
grupos regionais diferentes.
E. 	 preocupar-se em elaborar esteticamente os sentidos 
das expressões idiomáticas existentes em regiões 
distintas.
QUESTÃO 07 
Ave a raiva desta noite
A baita lasca fúria abrupta
Louca besta vaca solta
Ruiva luz que contra o dia
Tanto e tarde madrugada.
LEMINSKI, P. Distraídos venceremos. 
São Paulo: Brasiliense, 2002 [Fragmento]
No texto de Leminski, a linguagem produz efeitos sonoros e 
jogos de imagens. Esses jogos caracterizam a função poética 
da linguagem, pois
A. 	 objetivam convencer o leitor a praticar uma determinada 
ação.
B. 	 transmitem informações, visando levar o leitor a adotar 
um determinado comportamento.
C. 	 visam provocar ruídos para chamar a atenção do leitor.
D. 	 apresentam uma discussão sobre a própria linguagem, 
explicando o sentido das palavras.
E. 	 representam um uso artístico da linguagem, com o 
objetivo de provocar prazer estético no leitor.
NDMO
T4L1
QUESTÃO 08 
 
LUSCAR. Cartum.
Nesse cartum, o artista lança mão do recurso da intertextualidade 
para construir o texto. Esse recurso se constitui pela presença 
de informações que remetem a outros textos. O emprego desse 
recurso no cartum revela uma crítica
A. 	 à qualidade da informação prestada pela mídia brasileira.
B. 	 aos altos níveis de violência no país veiculados pela 
mídia.
C. 	 à imparcialidade dos telejornais na veiculação de 
informações.
D. 	 à ausência de critérios para divulgação de notícias em 
telejornais.
E. 	 ao incentivo da mídia a atos violentos na sociedade.
QUESTÃO 09 
Não domino a verdade. Nem sequer a conheço. Escrevo 
sobre aquilo que não sei, para poder ficar sabendo. A grande 
diferença entre a literatura de imaginação criadora – a poesia, 
o romance, o conto – e a literatura de ensaio, de crítica, 
é que nesta se escreve sobre o que se sabe, ao passo que 
na primeira se escreve sobre o desconhecido, não se tem a 
menor ideia do sentido daquilo que se pretende dizer.
SABINO, F. Martini seco. São Paulo: Ática, 1989.
A diferença entre texto literário e não literário estabelecida no 
fragmento de Fernando Sabino baseia-se, principalmente, 
na relação do escritor com os fatos da vida cotidiana. Nesse 
sentido, o texto literário diferencia-se pelo discurso
A. 	 inventivo sobre a realidade, sem necessidade de haver 
coerência com aspectos factuais.
B. 	 calcado na representação da realidade, que busca 
fidelidade pela linguagem descritiva.
C. 	 subversivo em relação à realidade, a fim de criticar 
contextos históricos específicos.
D. 	 desvinculado da realidade, a qual é mero pano de 
fundo para a criação imaginária.
E. 	 incoerente com a realidade, caracterizando-se pelo 
compromisso com a fantasia.
2OZ8
NO2J
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 10 
LAERTE. Disponível em: <http//claudiagiron.blog.terra.com.br>. Acesso em: 08 set. 2011.
Na tira, o recurso utilizado para produzir humor é a
A. 	 transformação da inércia em movimento por meio do balanço.
B. 	 universalização do enunciador por meio do uso da primeira pessoa do plural.
C. 	 polissemia da palavra balanço, ou seja, seus múltiplos sentidos.
D. 	 pressuposição de que o ócio é melhor que o trabalho.
E. 	 metaforização da vida como caminho a ser seguido continuamente.
QUESTÃO 11 
A bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade.
A paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência.
A tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade.
Autoria desconhecida. Disponível em: <http://www.icp27.com.br>. Acesso em: 10 maio 2011.
A frase que propõe a mesma lógica observada na sequência de enunciados anterior é:
A. 	 A generosidade que nunca cobra não é generosidade: é benevolência.
B. 	 A liberdade que nunca se limitanão é liberdade: é independência.
C. 	 A gentileza que nunca se endurece não é gentileza: é amabilidade.
D. 	 A sabedoria que nunca se desestabiliza não é sabedoria: é onisciência.
E. 	 A serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é apatia.
QUESTÃO 12 
Disponível em: <www.hortifruti.com.br>. Acesso em: 03 abr. 2017.
A publicidade utiliza diversas estratégias para atingir seu público-alvo. Na propaganda apresentada, por meio da intertextualidade, 
depreende-se que esse recurso foi explorado a fim de dar ao consumidor a
A. 	 clareza e objetividade na apresentação dos produtos anunciados. 
B. 	 garantia de boa procedência, dando destaque ao nome da empresa. 
C. 	 confiança de que o produto é incomparável, utilizando o humor.
D. 	 segurança da qualidade dos produtos, equiparando-os a estrelas de cinema. 
E. 	 ideia de respeito à natureza, trazendo produtos livres de agrotóxicos.
WPVN
XZMZ
LWØX
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 13 
Era uma vez
Um rei leão que não era rei.
Um pato que não fazia quá-quá.
Um cão que não latia.
Um peixe que não nadava.
Um pássaro que não voava.
Um tigre que não comia.
Um gato que não miava.
Um homem que não pensava...
E, enfim, era uma natureza sem nada.
Acabada. Depredada.
Pelo homem que não pensava.
Laura Araújo Cunha
CUNHA, L. A. ln: KOCH, l. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias 
de produção textual. São Paulo: Contexto, 2011.
São as relações entre os elementos e as partes do texto 
que promovem o desenvolvimento das ideias. No poema, a 
estratégia linguística que contribui para esse desenvolvimento, 
estabelecendo a continuidade do texto, é a
A. 	 escolha de palavras de diferentes campos semânticos.
B. 	 negação contundente das ações praticadas pelo 
homem.
C. 	 intertextualidade com o gênero textual fábula infantil.
D. 	 repetição de estrutura sintática com novas informações.
E. 	 utilização de ponto final entre termos de uma mesma 
oração.
QUESTÃO 14 
Do Pós-modernismo como adaptação ao mercado
Há uma tendência daquilo que se apresenta como 
Pós-modernismo que é importante indagar de perto: 
trata-se da adaptação de grande parte daqueles que se 
apresentam como escritores às condições institucionais 
dominantes e ao mercado, o que significa que não 
produzem senão simples objetos de consumo, ao nível de 
qualquer outro artigo de supermercado. Essa adaptação 
vem negar a anti-institucionalidade (que não é apenas 
característica do Modernismo, mas daquilo que, na sequência 
de Baudelaire, se designa como modernidade literária) em 
nome da acessibilidade da literatura, e de outros tipos de 
discurso, ao grande público, o que corresponde à negação 
máxima de qualquer dimensão inconformista. Aquilo a que se 
chama de “grande público” só pode ser composto por gostos 
esclerosados, pelo que há de mais resistente à mudança, e 
por conseguinte pelo que há de mais antiartístico, a negação 
do movimento. Aquilo que se destina ao grande público é 
a espetacularização, que esteriliza ao colocar a diversão 
como substituta da estranheza, tornando-se eficaz na 
relegação do humano para o nível mais triste da vida animal – 
a domesticação. 
LOPES, Silvina Rodrigues. Literatura, defesa do atrito. 
Belo Horizonte: Chão da Feira, 2012 (Adaptação). 
287N
BHYX
No fragmento de texto anterior, a autora apresenta uma 
reflexão sobre o papel da literatura em sua relação com 
o mercado. Para ela, a arte – e, mais especificamente, 
a literatura – deve
A. 	 atender às exigências do grande público consumidor.
B. 	 resistir a essa mercantilização, pois é anti-institucional.
C. 	 ser acessível e se dirigir ao maior número possível de 
leitores / consumidores.
D. 	 ser adaptada à cultura do espetáculo, característica da 
pós-modernidade.
E. 	 ser pensada como um objeto semelhante aos que se 
encontram no supermercado.
QUESTÃO 15 
Futebol de rua
Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. 
Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do 
que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de 
rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o 
Maracanã em jogo noturno. Se você é brasileiro e criado 
em cidade, sabe do que eu estou falando. Futebol de rua 
é tão humilde que chama pelada de senhora.
Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, 
botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam 
mais ou menos assim:
DO CAMPO – O campo pode ser só até o fio da calçada, 
calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e – nos clássicos – 
o quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se só no meio 
da rua.
DA DURAÇÃO DO JOGO – Até a mãe chamar ou 
escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até 
alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.
DA FORMAÇÃO DOS TIMES – O número de jogadores 
em cada equipe varia, de um a setenta para cada lado.
DO JUIZ — Não tem juiz. 
DO INTERVALO PARA DESCANSO — Você deve estar 
brincando.
VERISSIMO, L. F. In: Para gostar de ler: crônicas 6. 
São Paulo: Ática, 2002. [Fragmento]
Nesse trecho de crônica, o autor estabelece a seguinte 
relação entre o futebol de rua e o futebol oficial:
A. 	 As regras do futebol de rua descaracterizam o futebol 
de campo, uma vez que entre as duas práticas não há 
similaridades.
B. 	 As condições materiais do futebol de rua impedem o 
envolvimento das pessoas e o caráter prazeroso desta 
prática.
C. 	 O futebol de rua expressa a possibilidade de autoria 
das pessoas para a prática de esporte e de lazer.
D. 	 O futebol de rua é necessariamente um futebol de 
menor valor e importância em relação ao futebol oficial.
E. 	 A ausência de regras formalizadas no futebol de rua faz 
com que o jogo seja desonesto em comparação com o 
futebol oficial.
UORS
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 16 
Disponível em: <www.petba.org.br>. Acesso em: 08 nov. 2011.
A unidade de sentido de um texto se constrói a partir daquilo 
que é dito, daquilo que não é dito, a partir do modo de se 
dizer, dos motivos, das aparências, do contexto. Nesse 
sentido, a partir da leitura do anúncio, depreende-se que
A. 	 a referência à proibição de beber no trânsito é feita 
a partir da intertextualidade entre a placa de trânsito, 
que normalmente remete à ideia de proibição, tendo ao 
fundo a imagem de uma garrafa.
B. 	 a relação estabelecida entre a frase “novo sinal de 
trânsito” e a parte não verbal permite estabelecer um 
público-alvo específico, ou seja, pessoas envolvidas 
com o álcool.
C. 	 o adjetivo “novo”, seguido do substantivo “sinal” 
empregado no anúncio, remete à ideia de que agora 
existe uma nova placa de trânsito que deve ser 
respeitada pelos motoristas.
D. 	 o anúncio tem uma finalidade específica 
interrelacionada, nesse caso, à ideia de persuadir as 
pessoas a não consumirem bebidas alcoólicas, pois 
elas fazem mal à saúde.
E. 	 a conexão estabelecida entre a placa de trânsito e 
a imagem da garrafa é construída com o objetivo de 
evidenciar quais são os motivos que levam as pessoas a 
não ingerirem bebida alcoólica enquanto estão dirigindo.
QUESTÃO 17 
Capítulo IX – A Ópera
[...] Vinha aqui jantar comigo algumas vezes. Uma noite, 
depois de muito Chianti, repetiu-me a definição do costume, 
e como eu lhe dissesse que a vida tanto podia ser uma 
ópera, como uma viagem de mar ou uma batalha, abanou 
a cabeça e replicou:
– A vida é uma ópera e uma grande ópera. O tenor e 
o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e 
dos comprimirás, quando não são o soprano e o contralto 
que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e 
dos mesmos comprimirás. Há coros a numerosos, muitos 
bailados, e a orquestração é excelente...
ASSIS, M. Dom Casmurro. São Paulo: Martin Claret, 2013.
268A
9CAH
Ao afirmar que “a vida é uma ópera”, a personagem constrói 
uma metáfora que utiliza a imagem de vozes masculinas, 
tenor e barítono, e vozes femininas, soprano e contralto, 
para representar
A. 	 as conquistas árduas que permitemassociar a vida a 
uma batalha.
B. 	 os papéis sociais que transformam a vida em mera 
representação.
C. 	as celebrações que definem a vida como ocasião 
de divertimento.
D. 	 os perigos enfrentados pelo indivíduos em sua 
trajetória de vida.
E. 	 os conflitos de relacionamento experienciados pelo 
ser humano.
QUESTÃO 18 
TEXTO I
MICHELANGELO. Pietà. 1499. Mármore. 174  195 cm.
TEXTO II
Pietà
Essa Mulher causa piedade
Com o filho morto no regaço
Como se ainda o embalasse.
Não ergue os olhos para o céu
À espera de algum milagre,
Mas baixa as pálpebras pesadas
Sobre o adorado cadáver.
Ressuscitá-lo ela não pode,
Ressuscitá-lo ela não sabe.
Curva-se toda sobre o filho
Para no seio guardá-lo,
Apertando-o contra o ventre
Com dor maior que a do parto.
Mãe, de Dor te vejo grávida,
Oh, mãe do filho morto!
MILANO, D. Pietà. In: Poesia e prosa. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 1979.
O diálogo que o poema de Dante Milano estabelece com a 
escultura de Michelangelo sugere
A. 	 humanização da figura feminina sagrada.
B. 	 exagero da condição psicológica materna.
C. 	 inversão do papel materno da figura bíblica.
D. 	 sátira da relação entre a mãe e o filho morto.
E. 	 ironia à simbologia por trás da morte de Cristo.
OJTF
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 19 
BROWNE, D. Disponível em: <http://humorf1.info>. Acesso em: 26 nov. 2015.
(*) Goulache – prato húngaro típico feito com carnes de porco e vaca
(*) Helga – esposa de Hagar
Considerando as falas das personagens e o contexto em que estão inseridas, o humor existente na tirinha decorre do(a)
A. 	 objetividade presente na pergunta de Eddie Sortudo no primeiro quadrinho.
B. 	 estranhamento de Hagar pelo pedido pouco convencional de Eddie Sortudo.
C. 	 ingenuidade na primeira fala de Hagar, que ajuda o amigo mesmo sem entendê-lo.
D. 	 insensibilidade na fala de Hagar à situação que enfrenta Eddie Sortudo.
E. 	 sarcasmo presente na pergunta feita por Hagar no segundo quadrinho.
QUESTÃO 20 
Cuitelinho 
Cheguei na beira do porto 
Onde as ondas se espáia 
As garça dá meia volta 
E senta na beira da praia 
E o cuitelinho não gosta 
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai 
Aí quando eu vim de minha terra 
Despedi da parentaia 
Eu entrei no Mato Grosso 
Dei em terras paraguaia 
Lá tinha revolução 
Enfrentei fortes bataia, ai, ai, ai 
A tua saudade corta 
Como aço de navaia 
O coração fica aflito 
Bate uma, a outra faia 
Os óio se enche d’água 
Que até a vista se atrapaia, ai, ai, ai 
Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. Disponível em: <http://letras.terra.com.br>. Acesso em: 29 dez. 2011. 
A canção Cuitelinho é um tema folclórico recolhido por músicos e gravado por inúmeros artistas. Para demarcar a origem 
popular da canção, pode-se recorrer a marcas presentes na letra coletada, como a 
A. 	 repetição da interjeição “ai, ai, ai”. 
B. 	 existência de traços da oralidade. 
C. 	 simplicidade do cenário interiorano. 
D. 	 referência a aspectos da natureza. 
E. 	 presença da temática da saudade.
SIXG
WV15
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 21 
E-mail no ambiente de trabalho
T. C., consultor e palestrante de assuntos ligados ao 
mercado de trabalho, alerta que a objetividade, a organização 
da mensagem, sua coerência e ortografia são pontos de 
atenção fundamentais para uma comunicação virtual eficaz.
E, para evitar que erros e falta de atenção resultem em 
saias justas e situações constrangedoras, confira cinco dicas 
para usar o e-mail com bom senso e organização:
1. Responda as mensagens imediatamente após 
recebê-las.
2. Programe sua assinatura automática em todas as 
respostas e encaminhamentos.
3. Ao final do dia, exclua as mensagens sem importância 
e arquive as demais em pastas previamente definidas.
4. Utilize o recurso de “confirmação de Ieitura” 
somente quando necessário.
5. Evite mensagens do tipo “corrente”.
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br>. 
Acesso em: 30 jul. 2012. [Fragmento]
O texto apresenta algumas sugestões para o leitor. Esse 
caráter instrucional é atribuído, principalmente, pelo emprego
A. 	 do modo verbal imperativo, como em “responda” e 
“programe”.
B. 	 das marcas de qualificação do especialista, como 
“consultor” e “palestrante”.
C. 	 de termos específicos do discurso no mundo virtual.
D. 	 de argumentos favoráveis à comunicação eficaz.
E. 	 da palavra “dica” no desenvolvimento do texto.
QUESTÃO 22 
Lisboa, 14 de março de 1916.
Meu querido Sá-Carneiro:
Escrevo-lhe hoje por uma necessidade sentimental 
– uma ânsia aflita de falar consigo. Como de aqui se 
depreende, eu nada tenho a dizer-lhe. Só isto – que estou 
hoje no fundo de uma depressão sem fundo. O absurdo da 
frase falará por mim.
[...] Pode ser que se não deitar hoje esta carta no correio 
amanhã, relendo-a, me demore a copiá-la à máquina, para 
inserir frases e esgares dela no «Livro do Desassossego». 
Mas isso nada roubará à sinceridade com que a escrevo, 
nem à dolorosa inevitabilidade com que a sinto.
[...]
De que cor será sentir?
Milhares de abraços do seu, sempre muito seu
Fernando Pessoa.
PESSOA, F. Carta a Mário de Sá-Carneiro, 14 mar. 1915. In: SIMÕES, 
J. G. Vida e Obra de Fernando Pessoa: História de uma Geração. 
Amadora: Dom Quixote, 2017. [Fragmento]
EHCE
Ø996
Na carta, o poeta Fernando Pessoa escreve ao também 
poeta Mário de Sá-Carneiro. Depreende-se que a motivação 
para a escrita do texto é o(a)
A. 	 sentimento de tristeza e solidão que faz o autor ansiar 
por se comunicar com o amigo.
B. 	 reflexão sobre a importância de escrever, reler o 
conteúdo e transcrevê-lo para enviar.
C. 	 informação sobre o livro que o remetente está 
escrevendo simultaneamente à carta.
D. 	 questionamento sobre o ato de sentir, cuja resposta 
será esperada pelo remetente.
E. 	 descrição objetiva das intenções e ocupações do 
remetente para o dia seguinte.
QUESTÃO 23 
Talvez a nordestina já tivesse chegado à conclusão de 
que a vida incomoda bastante, alma que não cabe bem no 
corpo, mesmo alma rala como a sua. Imaginavazinha, toda 
supersticiosa, que se por acaso viesse alguma vez a sentir 
um gosto bem bom de viver – se desencantaria de súbito 
de princesa que era e se transformaria em bicho rasteiro. 
Porque, por pior que fosse sua situação, não queria ser 
privada de si, ela queria ser ela mesma. Achava que cairia 
em grave castigo e até risco de morrer se tivesse gosto. 
Então defendia-se da morte por intermédio de um viver de 
menos, gastando pouco de sua vida para esta não acabar. 
Essa economia lhe dava alguma segurança pois, quem cai, 
do chão não passa. Teria ela a sensação de que vivia para 
nada? Nem posso saber, mas acho que não. Só uma vez se 
fez uma trágica pergunta: Quem sou eu? Assustou-se tanto 
que parou completamente de pensar.
LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 31.
A prosa modernista de Clarice Lispector evoca a subjetividade 
atormentada de seres humanos, cujos sentimentos de 
melancolia e inadequação são constantes. No fragmento, 
as impressões do narrador desvelam que a personagem
A. 	 revolta-se com a rotina de sofrimentos e com o contexto 
de miséria em que vive.
B. 	 percebe-se como um ser para quem o amor e a 
felicidade são desnecessários.
C. 	 recusa-se a acreditar na morte como um castigo para 
as criaturas ambiciosas.
D. 	 surpreende-se diante da impossibilidade de definição 
da própria identidade.
E. 	 defende-se dos desejos que tornariam sua vivência 
cotidiana mais digna.
DAER
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 24 
Disponível em: <www.humortadela.com.br>. Acesso em: 20 set. 2011.
Conflitos de interação ajudam a promover o efeito de humor. 
No cartum, o recurso empregado para promover esse efeito 
é a
A. 	 intertextualidade, sugerida pelos traços identificadores 
do homem urbano e do homemrural.
B. 	 ambiguidade, produzida pela interpretação da fala do 
locutor a partir da variedade do interlocutor.
C. 	 conotação, atribuidora de sentidos figurados a palavras 
relativas às ações e aos seres.
D. 	 negação enfática, elaborada para reforçar o lamento 
do interlocutor pela perda da estrada.
E. 	 pergunta retórica, usada pelo motorista para 
estabelecer interação com o homem do campo.
QUESTÃO 25 
O peru de Natal 
O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de 
meu pai acontecida cinco meses antes, foi de consequências 
decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos 
familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato 
da felicidade: gente honesta, sem crimes, Iar sem 
brigas internas nem graves dificuldades econômicas. 
Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai, 
ser desprovido de qualquer lirismo, duma exemplaridade 
incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele 
aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades 
materiais, um vinho bom, uma estação de águas, aquisição 
de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, 
quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres. 
ANDRADE, M. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos brasileiros 
do século. São Paulo: Objetiva, 2000. [Fragmento]
3WXQ
WWSB
No fragmento do conto de Mário de Andrade, o tom 
confessional do narrador em primeira pessoa revela uma 
concepção das relações humanas marcada por
A. 	 distanciamento de estados de espírito acentuado pelo 
papel das gerações.
B. 	 relevância dos festejos religiosos em família na 
sociedade moderna.
C. 	 preocupação econômica em uma sociedade urbana 
em crise.
D. 	 consumo de bens materiais por parte de jovens, adultos 
e idosos.
E. 	 pesar e reação de luto diante da morte de um familiar 
querido.
QUESTÃO 26 
Saudosa maloca
Se o senhor não tá lembrado
Dá licença de contá
Que acá onde agora está
Esse adifício arto
Era uma casa veia
Um palacete assobradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mas um dia, nós nem pode se alembrá
Veio os homis c’as ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemos tudo as nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Apreciá a demolição
Que tristeza que nós sentia
Cada táuba que caía
Doía no coração
BARBOSA, A. Saudosa maloca. In: Adoniram Barbosa. Os mimosos 
colibris / Saudade da maloca. LP. 1951. [Fragmento]
No texto em questão, há a utilização de um registro 
linguístico que não corresponde à norma-padrão da língua. 
Considerando o contexto retratado, o registro empregado
A. 	 confere um tom mais leve, beirando ao relato de humor 
contido na letra da canção.
B. 	 configura um erro por não se adequar à situação 
comunicativa apresentada.
C. 	 distancia-se da forma usual da língua, chegando a 
dificultar sua compreensão.
D. 	 permite a inferência do nível educacional em que o eu 
lírico se insere.
E. 	 prejudica a aceitabilidade do texto, já que desprestigia 
a mensagem emitida.
4BDN
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 27 
FOLHA DE S. PAULO, 20 ago. 2010.
A produção do sentido em um texto decorre de relações entre diferentes fatores, como o contexto, as intenções dos 
interlocutores, o veículo em que a mensagem é publicada, além de recursos verbais e não verbais, responsáveis, muitas 
vezes, pela materialização da coesão e coerência do texto. O sentido da charge anterior, considerando que ela foi publicada 
no período pré-eleitoral de 2010, é construído por meio
A. 	 do contexto extratextual, já que ela não faria sentido sem as informações sobre o período de publicação.
B. 	 do elemento não verbal, uma vez que a charge é um gênero que necessariamente depende das imagens.
C. 	 de elementos verbais, uma vez que há um jogo de palavras que garante o humor na crítica apresentada.
D. 	 do diálogo dos personagens, pois ele explicita a tentativa de manipulação das pesquisas pelos políticos.
E. 	 das intenções do autor do texto, visto que há uma caracterização dos personagens como representantes políticos.
QUESTÃO 28 
Murar o Medo
O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi a temer monstros, 
fantasmas e demônios. Os anjos, quando chegaram, já era para me guardarem. Os anjos atuavam como uma espécie de 
agentes de segurança privada das almas.
Nem sempre os que me protegiam sabiam da diferença entre sentimento e realidade. Isso acontecia, por exemplo, quando 
me ensinavam a recear os desconhecidos. Na realidade, a maior parte da violência contra as crianças sempre foi praticada, 
não por estranhos, mas por parentes e conhecidos. Os fantasmas que serviam na minha infância reproduziam esse velho 
engano de que estamos mais seguros em ambiente que reconhecemos.
Os meus anjos da guarda tinham a ingenuidade de acreditar que eu estaria mais protegido apenas por não me aventurar 
para além da fronteira da minha língua, da minha cultura e do meu território. O medo foi, afinal, o mestre que mais me fez 
desaprender. Quando deixei a minha casa natal, uma invisível mão roubava-me a coragem de viver e a audácia de ser eu 
mesmo. No horizonte, vislumbravam-se mais muros do que estradas.
Nessa altura algo me sugeria o seguinte: que há, neste mundo, mais medo de coisas más do que coisas más propriamente ditas.
COUTO, M. Disponível em: <http://www.miacouto.org>. Acesso em: 03 jan. 2017. [Fragmento]
No excerto, para tratar o medo na sociedade contemporânea, o autor Mia Couto
A. 	 refere-se a sentimentos vivenciados da infância à vida adulta. 
B. 	 reflete ironicamente sobre a importância de sentir medo.
C. 	 reconhece que no mundo existe, de fato, muito a se temer.
D. 	 compreende passivamente o significado do medo para adultos.
E. 	 enfoca fatos históricos para justificar seus temores pessoais.
HYJB
9X1X
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 29 
Seca d’água
É triste para o Nordeste
o que a natureza fez
mandou 5 anos de seca
uma chuva em cada mês
e agora, em 85
mandou tudo de vez.
A sorte do nordestino
é mesmo de fazer dó
seca sem chuva é ruim
mas seca d’água é pior.
Quando chove brandamente
depressa nasce o capim
dá milho, arroz, feijão
mandioca e amendoim
mas como em 85
até o sapo achou ruim.
[...]
Meus senhores governantes
da nossa grande nação
o flagelo das enchentes
é de cortar o coração
muitas famílias vivendo
sem lar, sem roupa e sem pão.
ASSARÉ, P. Digo e não peço segredo. São Paulo: Escritura, 2001. 
p. 117-118.
Esse é um fragmento do poema “Seca d’água”, do poeta 
popular Patativa do Assaré. Nesse fragmento, a relação entre 
o texto poético e o contexto social se verifica
A. 	 por meio de metáforas complexas, ao gosto da tradição 
poética popular.
B. 	 de maneira idealizada, deturpando a realidade pela 
sua formulação amena e cômica.
C. 	 de forma direta e simples, que dispensa o uso de 
recursos literários, como rimas e figurações.
D. 	 de modo explícito, mediada por oposições, como a 
apresentada no título.
E. 	 na preocupação maior com a beleza da forma poética 
que com a representação da realidade do Nordeste.
8P38 QUESTÃO 30 
Inscrição para uma lareira
A vida é um incêndio: nela
dançamos, salamandras mágicas
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!
Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida...
QUINTANA, M. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005.
A metáfora em “A vida é um incêndio”, no contexto do poema 
de Mário Quintana, sugere que a vida é
A. 	 luminosa e inconsistente.
B. 	 emotiva e devastadora.
C. 	 intensa e passageira.
D. 	 alegre e abrangente.
E. 	 bela e acolhedora.
QUESTÃO 31 
Logo todos na cidade souberam: Halim se embeiçara 
por Zana. As cristãs maronitas de Manaus, velhas e moças, 
não aceitavam a ideia de ver Zana casar-se com um 
muçulmano. Ficavam de vigília na calçada do Biblos, 
encomendavamnovenas para que ela não se casasse com 
Halim. Diziam a Deus e ao mundo fuxicos assim: que ele 
era um mascate, um teque-teque qualquer, um rude, um 
maometano das montanhas do sul do Líbano que se vestia 
como um pé rapado e matraqueava nas ruas e praças de 
Manaus. Galib reagiu, enxotou as beatas: que deixassem 
sua filha em paz, aquela ladainha prejudicava o movimento 
do Biblos. Zana se recolheu ao quarto. Os clientes queriam 
vê-la, e o assunto do almoço era só este: a reclusão da moça, 
o amor louco do “maometano”.
HATOUM, M. Dois irmãos. São Paulo: Cia. das Letras, 2006. 
[Fragmento]
Dois irmãos narra a história da família que Halim e Zana 
formaram na segunda metade do século XX. Considerando 
o perfil sociocultural das personagens e os valores sociais 
da época, a oposição ao casamento dos dois evidencia
A. 	 as fortes barreiras erguidas pelas diferenças de nível 
financeiro.
B. 	 o impacto dos preceitos religiosos no campo das 
escolhas afetivas.
C. 	 a divisão das famílias em castas formadas pela origem 
geográfica.
D. 	 a intolerância com atos litúrgicos, aqui representados 
pelas novenas e ladainhas.
E. 	 a importância atribuída à ocupação exercida por um 
futuro chefe de família.
5JME
A1FF
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 32 
Cantora afirma que não faz questão de lançar moda, 
mas gosta de estar “bonitona” e de se vestir bem
Em entrevista concedida a um jornal televisivo, a cantora 
Adele disse que gosta de estar bonitona quando se veste, 
mas é profissional: “não faço questão de lançar moda. Música 
é para os ouvidos, não para os olhos. Vocês nunca vão me 
ver cantando de biquíni”.
Com edição de imagens rápidas, cujos trechos da 
entrevista exclusiva se mesclavam com os de clipes, 
e texto cheio de adjetivos, o jornal disse que a fuga de Adele 
para o sofrimento é colocar na partitura das músicas todo 
seu rancor.
O rompimento de dois namoros deu origem aos álbuns 
19 (2008) e 21 (2010): “é o meu jeito de superar a dor... 
funcionou”.
Disponível em: <www.jb.com.br>. 
Acesso em: 30 set. 2011 (Adaptação).
As declarações da cantora ao jornal expressam sua opinião 
a respeito do comportamento dos artistas. Suas palavras 
sugerem que
A. 	 a mídia rejeita uma imagem artística elaborada para 
atender às cobranças do público e para explorar a 
sensualidade.
B. 	 uma cantora competente constrói sua carreira pelo 
desempenho vocal, sendo pouco relevante o figurino 
usado em apresentações.
C. 	 uma pessoa pública está atenta às últimas tendências 
do mundo fashion, pois o vestuário de grife agrega 
valor à sua personalidade.
D. 	 uma plateia exigente despreza o exibicionismo e 
valoriza o ídolo comedido e desligado das tendências 
da moda.
E. 	 a artista oculta o seu estado de espírito valendo-se 
de regras ditadas por um grupo e de um figurino 
excêntrico.
QUESTÃO 33 
Disponível em: <https://valimpublicidade.com>. 
Acesso em: 20 abr. 2017.
BZPY
IØHL
A publicidade anterior explora a função metalinguística da 
linguagem, uma vez que
A. 	 usa palavras num texto essencialmente imagético.
B. 	 sugere a leitura involuntária do código linguístico.
C. 	 vende um produto enquanto vende um espaço.
D. 	 utiliza o próprio texto para se dirigir ao público.
E. 	 divulga um espaço para um texto publicitário.
QUESTÃO 34 
É papel da escola, em algum momento, chamar a atenção 
para o fato de que há diferenças entre as diversas formas 
de falar e o que elas significam: pessoas urbanas não falam 
como as rurais, jovens não falam como idosos, mulheres 
não falam como homens. Um modo de apresentar-se 
como jovem é falar como um jovem. Outro, vestir-se como 
tal. Mas a escola não precisa ensinar algumas das formas 
de falar, porque as pessoas as aprendem ao natural. 
O que a escola precisa ensinar é fundamentalmente a escrita. 
O padrão é uma exigência da sociedade, em muitos casos, e 
a escola deve incluir práticas que levam o aluno a escrever 
como se espera em cada campo. Mas, para fazer isso, 
não é necessário tachar outras maneiras de falar de erradas 
ou de feias. Aliás, esse comportamento, mais do que revelar 
preconceito, revela ignorância do que seja uma língua.
POSSENTI, S. Língua, que bicho é esse? In: Carta Capital, 
03 jun. 2011. Disponível em: <http://www2.cartacapital.com.br>. 
Acesso em: 25 jan. 2012 (Adaptação).
Sabe-se que nenhuma língua é uniforme. Dessa forma, 
a variação linguística é um fenômeno natural, ao qual todas 
as línguas estão sujeitas. Em seu texto, Sírio Possenti 
relaciona a variação linguística com o papel desempenhado 
pela escola ao destacar o(a)
A. 	 desinteresse da escola em exercer a função de informar 
os estudantes sobre a existência das diferentes 
variedades linguísticas na sociedade.
B. 	 existência de um modo peculiar de falar entre os jovens, 
o qual deve ser privilegiado na escola como autêntica 
manifestação desse grupo de falantes.
C. 	 necessidade de a escola ensinar a norma-padrão, 
sem desconsiderar ou discriminar maneiras de falar 
que sigam outras normas.
D. 	 contraste do ensino das modalidades escrita e falada, 
que não são tratadas da mesma maneira nas aulas de 
Língua Portuguesa.
E. 	 inconveniência de falar sobre diferentes formas de falar 
na escola, evitando o aprofundamento da escrita na 
norma-padrão.
G3ØR
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 35 
Perder a tramontana
A expressão ideal para falar de desorientados e outras 
palavras de perder a cabeça
É perder o norte, desorientar-se. Ao pé da letra, 
“perder a tramontona” significa deixar de ver a estrela polar, 
em italiano stella tramontana, situada do outro lado dos 
montes, que guiava os marinheiros antigos em suas viagens 
desbravadoras.
Deixar de ver a tramontana era sinônimo de desorientação. 
Sim, porque, para eles, valia mais o céu estrelado que a 
terra. O Sul era região desconhecida, imprevista; já o Norte 
tinha como referência no firmamento um ponto luminoso 
conhecido como a estrela Polar, uma espécie de farol para 
os navegantes do Mediterrâneo, sobretudo os genoveses e 
os venezianos. Na linguagem deles, ela ficava transmontes, 
para além dos montes, os Alpes. Perdê-la de vista era perder 
a tramontana, perder o Norte.
No mundo de hoje, sujeito a tantas pressões, muita gente 
não resiste a elas e entra em parafuso. Além de perder as 
estribeiras, perde a tramontana...
COTRIM, M. Língua Portuguesa, n. 15, jan. 2007.
Nesse texto, o autor remonta às origens da expressão “perder 
a tramontana”. Ao tratar do significado dessa expressão, 
utilizando a função referencial da linguagem, o autor busca
A. 	 apresentar seus indícios subjetivos.
B. 	 convencer o leitor a utilizá-la.
C. 	 expor dados reais de seu emprego.
D. 	 explorar sua dimensão estética.
E. 	 criticar sua origem conceitual.
QUESTÃO 36 
TEXTO I
XLI
Ouvia:
Que não podia odiar
E nem temer
Porque tu eras eu.
E como seria
Odiar a mim mesma
E a mim mesma temer.
HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004. [Fragmento]
TEXTO II
Transforma-se o amador na cousa amada
Transforma-se o amador na cousa amada,
por virtude do muito imaginar;
não tenho, logo, mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.
CAMÕES. Sonetos. Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br>. 
Acesso em: 03 set. 2010 [Fragmento]
8BØF
KDJ2
Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de Camões, 
a temática comum é
A. 	 o “outro” transformado no próprio eu lírico, o que se 
realiza por meio de uma espécie de fusão de dois seres 
em um só.
B. 	 a fusão do “outro” com o eu lírico, havendo, nos versos 
de Hilda Hilst, a afirmação de que o eu lírico odeia a 
si mesmo.
C. 	 o “outro” que se confunde com o eu lírico, verificando-se, 
porém, nos versos de Camões, certa resistência do 
ser amado.
D. 	 a dissociação entre o “outro” e o eu lírico, porque o 
ódio ou o amor se produzem no imaginário, sem a 
realização concreta.
E. 	 o “outro” que se associa ao eu lírico, sendo tratados,nos textos I e II, respectivamente, o ódio e o amor.
QUESTÃO 37 
NQ.- As mulheres perdem sangue todos os meses, né? 
Como é que se chama isso? 
INF.- Aqui pra nós é tudo menstruação né? 
INQ.- Isso. Tem algum nome mais folclórico, mais 
popular... Que a gente falava quando era mais mocinha... 
Hoje eu tô do quê? O que que veio pra mim...? 
INF.- (risos) Aí não..., antigamente a gente, quando tava 
menstruada lá muito, nos anos de guaraná de rolha, né (risos) 
INQ.- Guaraná de rolha é bom! 
INF.- A gente falava assim: “Ixe, eu tô de chico” (risos) 
que eu achava o máximo, né! 
INQ.- É isso mesmo. No meu tempo também. 
INF.- Aí que horror né. Agora cê fala menstruação é mais 
assim delicado né! (risos). 
PAIM, M. M. A emergência de identidade social de faixa etária do 
projeto Atlas Linguístico do Brasil (Projeto ALIB). Revista Voos – 
Revista Polidisciplinar Eletrônica da Faculdade Guairacá, Guarapuara, 
v. 4, ed. 1, p. 25, 2012. Disponível em: <www.revistavoos.com.br>. 
Acesso em: 24 jan. 2014. 
O texto em questão é parte de uma entrevista feita por uma 
linguista com uma informante a fim de checar particularidades da 
variedade linguística usada pela entrevistada. Depreende-se 
do texto que a variante linguística diretamente relacionada 
à faixa etária manifesta-se no plano 
A. 	 formal, já que a informante usa uma variedade informal 
da língua em oposição à variedade formal usada pela 
inquisidora. 
B. 	 histórico, pois a informante explica que o sentido de um 
termo pode variar de acordo com o contexto e a época. 
C. 	 lexical, visto que a informante percebe que, na 
atualidade, o uso de determinado termo é mais 
aceitável que o de outro. 
D. 	 semântico, porque a informante reconhece que se 
podem atribuir diferentes sentidos a um mesmo termo. 
E. 	 sintático, uma vez que a informante emprega regras 
gramaticais diferentes das regras da norma-padrão. 
YBFH
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 38 
Negra bonita
Negra bonita de vestido azul e branco
Sentada num banco de segunda de trem
Negra bonita o que é que você tem?
Com a cara tão triste não sorri pra ninguém?
Negra bonita
É seu amor que não veio
Quem sabe se ainda vem
Quem sabe perdeu o trem
Negra bonita não fique triste não
Se seu amor não vier
Quem sabe se outro vem
Quando se perde um amor
Logo se encontra cem
Você uma negra bonita
Logo encontra outro bem.
Quem sabe se eu sirvo
Para ser o seu amor
Salvo se você não gosta
De gente da sua cor
Mas se gosta eu sou o tal
Que não perde pra ninguém
Sou o tipo ideal
Pra quem ficou sem o bem...
JORGE, José Guilherme de Araújo. Antologia da Nova Poesia 
Brasileira. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora Vecchi, 1948.
No poema do pintor, poeta e ator Solano Trindade, percebe-se 
a existência de uma interlocutora – Negra bonita – com a 
qual o sujeito poético dialoga. Esse diálogo, que se inicia em 
tom de conselho, adquire uma conotação sedutora ao longo 
do poema. O sujeito poético declara sua intenção afetiva 
explicitamente em: 
A. 	 “Com a cara tão triste não sorri pra ninguém?”
B. 	 “Sou o tipo ideal”
C. 	 “Negra bonita de vestido azul e branco”
D. 	 “Quando se perde um amor”
E. 	 “Negra bonita não fique triste não”
QUESTÃO 39 
Adeus, Lou Reed, príncipe da escuridão
O rock como nós o conhecemos não existiria se não 
fosse por Lou Reed. 
Em meados dos anos 1960, quando Reed conheceu 
John Cale, Sterling Morrison e Moe Tucker e juntos montaram 
o Velvet Underground, o rock era jovem – tinha 15 ou 16 anos 
– e, basicamente, rural e adolescente. Rock era música de 
caipiras enfezados, fossem negros como Little Richard ou 
brancos como Jerry Lee Lewis e Elvis Presley. 
V1YH
WXTO
O primeiro disco do Velvet, o mitológico Velvet 
Underground & Nico, de 1967 – o disco da banana – inventou 
o rock urbano. 
Enquanto os hippies contemplavam viagens psicodélicas 
e balançavam as cabeças ao som da lisergia de “Sgt. 
Pepper’s”, Reed e sua trupe criavam a trilha sonora de 
metrópoles cinzas, sujas e perigosas, em canções sombrias 
sobre heroína, prostitutas, gigolôs e masoquistas. 
BARCINSKI, A. Disponível em: <http://andrebarcinski.blogfolha.uol.
com.br>. Acesso em: 12 nov. 2013. 
Em seu texto em homenagem a Lou Reed, um dos ícones do 
rock da segunda metade do século XX, o autor o considera 
o príncipe da escuridão, porque sua obra 
A. 	 contestava o estilo psicodélico de paz e amor dos hippies.
B. 	 influenciava o comportamento das bandas de heavy metal. 
C. 	 refletia a vida sombria e cinzenta das grandes cidades. 
D. 	 representava o espírito enfezado dos jovens da época. 
E. 	 tinha como tema central sua posição suja e depressiva.
QUESTÃO 40 
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era 
pura vingança, chupando balas com barulho. [...] Na minha 
ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me 
submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros 
que ela não lia.
[...] Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia 
seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria 
esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num 
mar suave, as ondas me levavam e me traziam. [...]
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o 
tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, 
li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear 
pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, 
fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o 
por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para 
aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade 
sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já 
pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… Havia orgulho e 
pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. [...] Não era mais 
uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina. In: Felicidade 
clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Na passagem transcrita, a apresentação das personagens 
por meio de uma voz em primeira pessoa, que se sustenta 
pelo fio de sua memória, revela a construção de uma 
narrativa com
A. 	 adjetivação excessiva da cena.
B. 	 caráter metalinguístico acentuado.
C. 	 expressividade poética forte.
D. 	 sequência temporal linear rígida.
E. 	 sobriedade na escolha do léxico.
M8HU
LCT – PROVA I – PÁGINA 18 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 41 
Nem tudo o que parece...
Ele a beijou com volúpia e imaginava o que viria. Ela já sabia, pois um dia já foi Paulo, codinome Sofia.
BURGOS, N. Disponível em: <http://autoressaconcursosliterarios.blogspot.com.br>. Acesso em: 03 maio 2017.
O miniconto de Névio Burgos, mesmo conciso, mantém elementos comuns ao gênero épico, como
A. 	 discurso indireto livre valorizador de emoções de personagens.
B. 	 ações de personagens ambientadas num espaço psicológico.
C. 	 personagens antagonistas em busca de um mesmo objetivo.
D. 	 trama com conflitos desenvolvidos em um tempo cronológico. 
E. 	 foco narrativo de terceira pessoa com linguagem rebuscada. 
QUESTÃO 42 
BROWNE, C. Disponível em: <http://www.etecjosedagnoni.com.br>. Acesso em: 14 dez. 2016.
Para que o sentido de um texto seja estabelecido, fatores linguísticos, semânticos e pragmáticos são fundamentais na 
textualidade. Na tirinha anterior, a construção do humor é gerada pela quebra de expectativa, já que
A. 	 a mensagem transmitida pelo emissor estava implícita, embora o interlocutor não a tenha compreendido adequadamente.
B. 	 a atitude do receptor faz alusão ao comportamento de muitos leitores em restaurantes, aproximando-os do autor do texto.
C. 	 o receptor não acessou seu conhecimento prévio para compreender a mensagem, interrompendo a comunicação iniciada.
D. 	 o conflito de interesses entre os interlocutores fica claro quando o receptor não se esforça para entender a mensagem. 
E. 	 a intenção do emissor é inadequada à situação, cujas circunstâncias fazem com que o receptorsurpreenda os leitores.
QUESTÃO 43 
[...] A minha mãe estava sempre ao meu lado, uma mulher frágil e feroz, ensinando-me a recear o mundo e os seus perigos 
inumeráveis: A realidade é dolorosa e imperfeita – dizia-me – é essa a sua natureza e por isso a distinguimos dos sonhos. 
Quando algo nos parece muito belo, pensamos que só pode ser um sonho e então beliscamo-nos para termos a certeza de 
que não estamos a sonhar – se doer é porque não estamos a sonhar. A realidade fere, mesmo quando, por instantes, nos 
parece um sonho. Nos livros, está tudo o que existe, muitas vezes, em cores mais autênticas, e sem a dor verídica de tudo 
o que realmente existe. Entre a vida e os livros, meu filho, escolhe os livros.
AGUALUSA, J. E. O vendedor de passados. Rio de Janeiro: Gryphus, 2004. p. 34.
A organização da literatura em gêneros segue critérios de acordo com características semelhantes de forma e conteúdo. 
No trecho do romance de Agualusa, pode-se reconhecer o gênero
A. 	 dramático, pois nota-se a presença do trágico na dificuldade do personagem de enfrentar a realidade.
B. 	 lírico, pois percebe-se o anseio do narrador em expressar os sentimentos e as ideias do seu mundo interior.
C. 	 narrativo, pois o narrador-personagem, ao trazer à tona o seu passado, acaba evidenciando sua visão de mundo.
D. 	 metalinguístico, pois a preocupação do narrador é evidenciar a importância dos livros na sua existência.
E. 	 épico, pois o personagem apresenta a imagem da mãe como uma pessoa feroz, que age de maneira heroica. 
DEWØ
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KV9I
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 19BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 44 
Toda mensagem a ser transmitida foca em um elemento específico da comunicação, dependendo do objetivo do texto. 
No processo comunicativo do texto anterior, veiculado no Dia Mundial do Meio Ambiente, houve a preocupação em destacar o 
A. 	 emissor, porque a função emotiva é utilizada para alertar sobre o perigo de enchentes.
B. 	 receptor, pois as pessoas são convocadas a refletirem sobre uma das causas da poluição.
C. 	 código, pois é utilizada no texto uma linguagem que seja compreensível para qualquer pessoa.
D. 	 mensagem, pois o texto verbal é o responsável pela clareza da informação da campanha.
E. 	 canal de comunicação, pois o cartaz é o suporte que possui maior alcance.
QUESTÃO 45 
Cunha! O Porsche de Jesus!
Buemba! Buemba! Macaco Simão urgente! O esculhambador-geral da República! Três dias de horário de verão! E continuo 
sem noção! Que hora é hoje? Meio-dia pras quatro. [...]
E atenção! Semana Cunha! O melhor, o Porsche do Cunha está registrado na empresa chamada Jesus.com. E com o 
adesivo: “Propriedade de Jesus”. [...] Jesus jamais iria imaginar que iria virar laranja. [...] E o tuiteiro Beto Comentando revela 
a Oração do Cunha: “Em nome do Porsche, do Fusion e do Espírito SUV, Amém”. O cara é um Corolla. O Cunha não é 
carola, é Corolla! [...] E adorei a declaração do Cunha: “Não renuncio. Não ganho nada com isso”. Até pra renunciar o cara 
quer ganhar algum? Rarará! [...] DEUS NOS ACUNHA!
SIMÃO, J. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 31 out. 2015. [Fragmento]
A mistura dos registros formal e informal é muito comum em contextos jornalísticos de cunho humorístico. No texto de José 
Simão, há marca de coloquialidade em:
A. 	 “Três dias de horário de verão! E continuo sem noção!”
B. 	 “‘Não renuncio. Não ganho nada com isso.’”
C. 	 “o Porsche do Cunha está registrado na empresa chamada Jesus.com.”
D. 	 “Jesus jamais iria imaginar que iria virar laranja.”
E. 	 “E com o adesivo: ‘Propriedade de Jesus’.”
7ØB8
KBJ7
LCT – PROVA I – PÁGINA 20 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema 
“Combate ao preconceito contra portadores de HIV / aids”, apresentando proposta de intervenção que respeite 
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para 
defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
HIV é a sigla em inglês do “Vírus da Imunodeficiência 
Humana”. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, 
responsável por defender o organismo de doenças. 
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos 
soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas 
e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o 
vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo 
compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe 
para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, 
é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas 
as situações. 
BRASIL. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br>. 
Acesso em 04 dez. 2017 (Adaptação).
TEXTO II
De 1980 a junho de 2017, foram identificados 882 810 
casos de aids no Brasil. O país tem registrado, anualmente, 
uma média de 40 mil novos casos de aids nos últimos 
cinco anos.
A distribuição proporcional dos casos de aids, 
identificados de 1980 até junho de 2017, mostra uma 
concentração nas regiões Sudeste e Sul, correspondendo 
cada qual a 52,3% e 20,1% do total de casos; as regiões 
Nordeste, Norte e Centro-Oeste correspondem a 15,4%, 
6,1% e 6,0% do total dos casos, respectivamente. Nos 
últimos cinco anos (2012 a 2016), a região Norte apresentou 
uma média de 4,2 mil casos ao ano; o Nordeste, 8,8 mil; 
o Sudeste, 16,3 mil; o Sul, 8,5 mil; e o Centro-Oeste, 2,8 mil.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Vigilância. Boletim Epidemiológico – Aids e IST. 
Disponível em: <http://www.aids.gov.br>. Acesso em: 04 dez. 2017. 
[Fragmento]
TEXTO III
Art. 1º – Constitui crime punível com reclusão, de 1 (um) 
a 4 (quatro) anos, e multa, as seguintes condutas 
discriminatórias contra o portador do HIV e o doente de 
aids, em razão da sua condição de portador ou de doente:
I – recusar, procrastinar, cancelar ou segregar a 
inscrição ou impedir que permaneça como aluno em creche 
ou estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, 
público ou privado;
II – negar emprego ou trabalho;
III – exonerar ou demitir de seu cargo ou emprego;
IV – segregar no ambiente de trabalho ou escolar;
V – divulgar a condição do portador do HIV ou de doente 
de aids, com intuito de ofender-lhe a dignidade;
VI – recusar ou retardar atendimento de saúde.
BRASIL. Lei nº 12 984, de 2 de junho de 2014. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br>. Acesso em 04 dez. 2017. [Fragmento]
TEXTO IV
 
BRASIL. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br>. 
Acesso em 04 dez. 2017 (Adaptação).
TEXTOS MOTIVADORES
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de 
linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
SKXØ
EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 21BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46 
Sete bilhões de habitantes
Charge publicada no Diário do Pará – 03 nov. 2011. 
No dia 31 de outubro de 2011, foi oficializada a marca 
de 7 bilhões de habitantes no planeta Terra, segundo 
os especialistas em demografia. Na ocasião desse 
acontecimento, a charge utilizando o símbolo daOrganização 
das Nações Unidas (ONU) foi publicada para criticar as(os)
A. 	 condições de vida de parte da população mundial 
consideradas distantes dos padrões de dignidade 
estabelecidos por organismos internacionais. 
B. 	 nações de menor expressão que ainda gravitam em 
espaços periféricos nas discussões estabelecidas na 
Assembleia Geral da ONU. 
C. 	 órgãos de integração de Estados que são incapazes de 
lidar com temas como a paz mundial e a redução dos 
arsenais de armas de destruição em massa. 
D. 	 movimentos isolados de combate à fome que são 
impedidos de discutir problemas presentes na agenda 
do novo milênio. 
E. 	 níveis baixos de escolaridade responsáveis pela 
incompreensão da importância da marca atingida pela 
humanidade.
QUESTÃO 47 
A democracia só poderia ter sido inventada em uma 
atmosfera em que o povo, como um todo, tivesse um forte 
sentimento de sua própria independência de julgamento 
e, consequentemente, exigisse o direito de controlar seus 
próprios destinos. Esse sentimento de liberdade está 
bem de acordo com o que vimos dos primeiros filósofos 
e médicos jônicos que tentaram explicar o mundo em termos 
humanamente inteligíveis.
JONES, P. O Mundo de Atenas. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
Com base no texto, o principal elemento da cultura ateniense 
que colaborou para o desenvolvimento da democracia foi o(a)
A. 	 atuação comercial.
B. 	 ausência de censura.
C. 	 cultivo da tolerância.
D. 	 defesa do individualismo.
E. 	 valorização da autonomia.
OZNØ
HF5K
QUESTÃO 48 
TEXTO I
Nos anos 1970, o alemão Arno Peters apresenta ao 
mundo um tipo de projeção aparentemente mais correta do 
globo terrestre, destacando os países do Hemisfério Sul; 
em contraposição à projeção de Mercator que, por distorcer 
as áreas nas latitudes mais altas, daria maior importância 
às potências mundiais. 
(SEEMANN, 2003)
TEXTO II
Pereira, Santos e Carvalho (1993) defendem a Projeção 
de Peters usando os argumentos dele próprio, que diz 
que nenhum lugar em sua projeção aumenta ou diminui, 
apenas representa as dimensões corretas dos continentes 
e oceanos. 
OLIVEIRA, F. G. L. A cartografia e as visões de mundo. 
In: SANTOS, C. (Org.). Cartografia e Geografia: Temas e Debates, 
2011. p. 22. [Fragmento]
A projeção citada no texto pode ser classificada como 
A. 	 azimutal. 
B. 	 conforme. 
C. 	 cônica. 
D. 	 equivalente. 
E. 	 plana. 
QUESTÃO 49 
[...]
“De quem são as velas onde me roço? 
De quem as quilhas que vejo e ouço?” 
Disse o mostrengo, e rodou três vezes, 
Três vezes rodou imundo e grosso. 
“Quem vem poder o que só eu posso, 
Que moro onde nunca ninguém me visse 
E escorro os medos do mar sem fundo?” 
E o homem do leme tremeu, e disse: 
“El-rei D. João Segundo!” [...]
PESSOA, F. O mostrengo. In: Mensagem. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1998. [Fragmento] 
O poema “O mostrengo”, de Fernando Pessoa, faz referência 
às viagens marítimas portuguesas em direção às Índias, 
durante as Grandes Navegações. A metáfora apresentada 
nesse trecho do poema se relaciona ao(à) 
A. 	 coragem dos portugueses, que ignoraram os perigos 
do além-mar em busca de riquezas e glórias. 
B. 	 imaginário dos primeiros navegantes que acreditavam 
na existência de seres fantásticos nos oceanos.
C. 	 controle dos mares pelos habitantes das índias Orientais, 
que possuíam grande conhecimento náutico. 
D. 	 resistência dos povos orientais em negociar as especiarias 
com os navegantes portugueses. 
E. 	 crítica aos aspectos religiosos da cultura europeia, 
que representaram um atraso para a expansão marítima.
ZQCL
LHMK
CH – PROVA I – PÁGINA 22 EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 50 
Taxa de fecundidade total e diferença relativa, segundo as Grandes Regiões (2000 / 2010)
Grandes Regiões
Taxa de fecundidade total
Diferença relativa 2000 / 2010 (%)
2000 2010
Brasil 2,38 1,90 –20,1
Norte 3,16 2,47 –21,8
Nordeste 2,69 2,06 –23,4
Sudeste 2,10 1,70 –19,0
Sul 2,24 1,78 –20,6
Centro-Oeste 2,25 1,92 –14,5
IBGE. Censo Demográfico 2000 / 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 26 out. 2016.
Entre o Censo de 2000 e o de 2010, a mudança do principal indicador da dinâmica demográfica é notável. O declínio da taxa 
de fecundidade foi mais expressivo na região 
A. 	 Norte, e, em 2000, esta ainda possuía taxa de fecundidade acima do nível de reposição.
B. 	 Sudeste, e, em 2010, a taxa de fecundidade estava acima do nível de reposição em duas regiões.
C. 	 Centro-Oeste, e, em 2000, todas as regiões estavam acima do nível de reposição.
D. 	 Sul, e, em 2010, a fecundidade foi insuficiente para assegurar a reposição populacional.
E. 	 Nordeste, e, em 2010, quatro regiões tinham taxas de fecundidade abaixo do nível de reposição. 
QUESTÃO 51 
QUINO. Disponível em: <http://educador.brasilescola.com>. Acesso em: 17 nov. 2014. 
O “modelo reduzido” do mundo a que Mafalda se refere é possível pelo método da 
A. 	 distribuição das terras emersas. 
B. 	 representação de curvas de nível. 
C. 	 utilização de uma escala pequena. 
D. 	 classificação da projeção cartográfica. 
E. 	 localização das coordenadas geográficas. 
QUESTÃO 52 
Sendo a família uma instituição, ela se apresenta como a primeira instituição com a qual o indivíduo tem contato em sua 
vida. Ela também fornece um manual prático dos comportamentos e pensamentos permitidos ou não ao indivíduo. Hoje, 
a família sofre reformulações em suas normas institucionais. Não há um modelo de família na modernidade, o que há são famílias. 
RAMOS, D.; NASCIMENTO, V. A família como instituição moderna. Fractal: Revista de Psicologia. Rio de Janeiro, n. 2, v. 20, 2008. (Adaptação). 
Descrito no texto, o cenário aponta para uma mudança na família enquanto instituição social, que se expressa no(a)
A. 	 desinteresse sobre os laços sanguíneos dos indivíduos.
B. 	 reconhecimento de diversas configurações de família. 
C. 	 conhecimento das antigas relações de parentesco.
D. 	 valorização das habilidades sociais dos membros. 
E. 	 autonomia da atuação coletiva dos participantes.
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EM 1ª SÉRIE – VOL. 2 – 2020 CH – PROVA I – PÁGINA 23BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 53 
Nós também procuramos – e é lícito confessá-lo – 
auferir lucros e riquezas, sem os quais a Europa não 
poderia compensar as despesas enormes que todos os dias 
fazemos. Merecemos, porém, louvores por não navegarmos 
os mares, como outrora fizeram e ainda hoje fazem muitos 
povos da Itália, da Espanha e da França, quais desarmados 
mercadores em busca só de especiarias, mas com exércitos 
e armadas, bem-apanhadas contra o inimigo, não tanto para 
a dilatação do nosso Império, como para a expansão de 
nossas crenças. 
WEHLING, A.; WEHLING, M. J. C. M. Formação do Brasil Colonial. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. 359p. [Fragmento adaptado] 
O texto do cronista português Damião de Góis, escrito à 
época das Grandes Navegações, indica que
A. 	 o expansionismo português era, primordialmente, uma 
expansão da fé cristã. 
B. 	 as Grandes Navegações de Portugal estavam isentas 
de interesses econômicos.
C. 	 a aliança entre Itália, França e Espanha dificultou a 
expansão marítima lusitana. 
D. 	 a expansão portuguesa era efetivada por meios 
pacíficos, sem o uso da violência. 
E. 	 os outros povos, além de especiarias, empenhavam-se 
na expansão da fé católica.
QUESTÃO 54 
[Tom] Standage, editor de conteúdo do site da 
revista britânica The Economist, afirma que redes sociais 
como Facebook, Twitter e Tumblr podem ser as últimas 
encarnações de uma prática que começou por volta do ano 
51 a.C., na Roma Antiga. 
O autor relata como Cícero usava um escravo, 
que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir 
mensagens em rolos de papiro que eram enviados a uma 
espécie de rede de contatos. Essas pessoas, por sua 
vez, copiavam seu texto, acrescentavam seus próprios 
comentários e repassavam adiante.
Disponível em: <https://noticias.terra.com.br>. 
Acesso em: 18 out. 2016. [Fragmento

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