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Impresso por josinaldo, CPF 010.713.582-51 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/04/2020 00:49:50 !∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%−.(∃∋/ 01234 ∋ %56)∀6&∋−7!∀6∀8#∀&∋ %9 : ; <=∋9∋9 >9 ; ?≅?<:Α∋ ?:Β 9ΧD=Ε: Α ∋ (;:ΦΓ∋ #9 Χ=Χ ∋ ∗ ;=ΗΙ :∋, ∋∗Ηϑ=∋11! ! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋∗;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1Ο!()!23! Esse œltimo conceito de crime (sob o aspecto anal’tico), Ž o que vai nos fornecer os subs’dios para que possamos estudar os elementos do crime (Fato t’pico, ilicitude e culpabilidade). O fato t’pico Ž o primeiro dos elementos do crime, sendo a tipicidade um de seus pressupostos. Vamos estud‡-lo, ent‹o! 1.2.! Fato t’pico e seus elementos O fato t’pico tambŽm se divide em elementos, s‹o eles: ¥! Conduta humana (alguns entendem poss’vel a conduta de pessoa jur’dica) ¥! Resultado natural’stico ¥! Nexo de causalidade ¥! Tipicidade 1.2.1.! Conduta Tr•s teorias buscam explicar a conduta: Teoria causal-natural’stica (ou cl‡ssica), . finalista e social Para a , conduta Ž a a•‹o humana. teoria causal-natural’stica Assim, basta que haja movimento corporal para que exista conduta. Esta teoria est‡ praticamente abandonada, pois entende que n‹o h‡ necessidade de se analisar o conteœdo da vontade do agente nesse momento, guardando esta an‡lise (dolo ou culpa) para quando do estudo da culpabilidade.2 Para a , de , a conduta humana Ž a teoria finalista HANS WELZEL a•‹o dirigida a uma determinada finalidade. Assim: volunt‡ria Conduta = vontade + a•‹o Logo, retirando-se um dos elementos da conduta, esta n‹o existir‡, o que acarreta a inexist•ncia de fato t’pico. EXEMPLO: Jo‹o olha para Roberto e o agride, por livre espont‰nea vontade. Estamos diante de uma conduta (quis agir e agrediu) dolosa (quis o resultado). Agora, se Jo‹o dirige seu carro, v• Roberto e sem querer, o atinge, estamos diante de uma conduta (quis dirigir e acabou ferindo) culposa (n‹o quis o resultado). !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 2 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. cit., p. 287/288 00000000000 - DEMO SOLANO Destacar SOLANO Máquina de escrever OK-09-04-2020 Impresso por josinaldo, CPF 010.713.582-51 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/04/2020 00:49:50 !∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%−.(∃∋/ 01234 ∋ %56)∀6&∋−7!∀6∀8#∀&∋ %9 : ; <=∋9∋9 >9 ; ?≅?<:Α∋ ?:Β 9ΧD=Ε: Α ∋ (;:ΦΓ∋ #9 Χ=Χ ∋ ∗ ;=ΗΙ :∋, ∋∗Ηϑ=∋11! ! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋∗;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!11!()!23! Vejam que a ÒvontadeÓ a que me referi como elemento da conduta Ž uma vontade de meramente praticar o ato que ensejou o crime, ainda que o resultado que se pretendesse n‹o fosse il’cito. Quando a vontade (elemento da conduta) Ž dirigida ao fim criminoso, o crime Ž doloso. Quando a vontade Ž dirigida a outro fim (que atŽ pode ser criminoso, mas n‹o aquele) o crime Ž culposo. PorŽm, por enquanto vamos ficar apenas na ÒvontadeÓ (desculpem o trocadilho) e estudar somente os elementos do fato t’pico. ESTA ƒ A TEORIA ADOTADA PELO NOSSO CîDIGO PENAL. Vejamos os termos do art. 20 do CP3: Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a puni•‹o por crime culposo, se previsto em lei. Ora, se a lei prev• que o erro sobre um elemento do tipo exclui o dolo, Ž porque entende que o dolo est‡ no tipo (fato t’pico), n‹o na culpabilidade. Assim, a conduta Ž, necessariamente, volunt‡ria. A grande evolu•‹o da teoria finalista, portanto, foi conceber a conduta como um Òacontecimento finalÓ4 , ou seja, somente h‡ conduta quando o agir de alguŽm Ž dirigido a alguma finalidade (seja ela l’cita ou n‹o). Para terceira teoria, a , a conduta Ž a a•‹o humana, teoria social volunt‡ria e que Ž dotada de alguma relev‰ncia social.5 H‡ cr’ticas a esta teoria, pois a relev‰ncia social n‹o seria um elemento estruturante da conduta, mas uma qualidade que esta poderia ou n‹o possuir. Assim, a conduta que n‹o fosse socialmente relevante continuaria sendo conduta.6 A conduta humana pode ser uma a•‹o ou uma omiss‹o. A quest‹o Ž: Qual Ž o resultado natural’stico que advŽm de uma omiss‹o? Naturalisticamente nenhum, pois do nada, nada surge. Assim, aquele que se omite na presta•‹o de socorro a alguŽm, pode estar cometendo o crime de omiss‹o de socorro, art. 135 do C—digo Penal (que Ž um crime formal, pois a morte daquele a quem n‹o se prestou socorro Ž irrelevante), n‹o porque causou a morte de alguŽm (atŽ porque este resultado Ž irrelevante e n‹o fora diretamente provocado pelo agente), mas porque descumpriu um comando legal. Entretanto, o art. 13, ¤ 2¡ do CP diz o seguinte: ¤ 2¼ - A omiss‹o Ž penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obriga•‹o de cuidado, prote•‹o ou vigil‰ncia; !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 3 DOTTI, RenŽ Ariel. Curso de Direito Penal, Parte Geral. 4. ed. S‹o Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2012, p. 397 4 DOTTI, RenŽ Ariel. Curso de Direito Penal, Parte Geral. 4. ed. S‹o Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2012, p. 396 5 DOTTI, RenŽ Ariel. Op. cit. p. 397 6 ROXIN, Claus. Derecho penal, parte general: Tomo I. Civitas. Madrid, 1997, p. 246/247 00000000000 - DEMO Impresso por josinaldo, CPF 010.713.582-51 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/04/2020 00:49:50 !∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%−.(∃∋/ 01234 ∋ %56)∀6&∋−7!∀6∀8#∀&∋ %9 : ; <=∋9∋9 >9 ; ?≅?<:Α∋ ?:Β 9ΧD=Ε: Α ∋ (;:ΦΓ∋ #9 Χ=Χ ∋ ∗ ;=ΗΙ :∋, ∋∗Ηϑ=∋11! ! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋∗;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!14!()!23! b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorr•ncia do resultado. Esse artigo estabelece o . Nesses crimes, crime omissivo impr—prio quando o agente se omite na presta•‹o do socorro ele n‹o responde por omiss‹o de socorro (art. 135 do CP), mas responde pelo resultado ocorrido (por exemplo, a morte da pessoa a quem ele deveria proteger). EXEMPLO: O Pai leva o filho de 04 anos ˆ praia e o deixa brincando ˆ beira da ‡gua e sai para beber cerveja com os amigos. Quando retorna, v• que seu filho fora levado ao mar por um maluco que pretendia mata- lo, tendo a crian•a morrido. Nesse caso o Pai n‹o responde por omiss‹o de socorro, mas por homic’dio doloso consumado, pois tem a obriga•‹o legal de cuidar do filho. Mas como se pode dizer que a conduta do pai matou o filho? Tecnicamente falando, a conduta do pai n‹o gerou a morte do filho. O que gerou a morte do filho foi o afogamento. Entretanto, pela teoria natural’stico-normativa, a ele Ž imputado o resultado, em raz‹o do seu descumprimento do dever de vigil‰ncia. Assim, lembrem-se: nos (crimes crimes omissivos impr—prios comissivos cujo resultado Ž imputado a alguŽm em raz‹o de sua indevida omiss‹o) a que liga a conduta do agente (uma rela•‹o de causalidade omiss‹o) ao resultado NÌO ƒ FêSICA (pois a omiss‹o n‹o d‡ causa ao resultado), mas , ou seja, o resultado Ž a ele imputado em NORMATIVA raz‹o do descumprimento da norma (omitir-se, quando deveriaagir), num racioc’nio de presun•‹o: se o agente tivesse agido, possivelmente teria evitado o resultado; como n‹o o fez, vai responder por ele. Χ<9D≅Α ΧΕD9ΑΑ9ΓΕΑ <≅ϑ=> ΠΕ !Ι≅! Χ=ΝΑ=ϑ9Ι=Ι≅ ;ΚΑ9Χ=!ΕΝ! :=ΦΝ<=ϑ <≅ΑΝ ϑΦ= ΙΕ :=ΦΝ<=ϑΚΑΦ9ΧΕ Χ<9D ≅Α ΧΕD 9Α Α9Γ ΕΑ! ΒΕ<!ΕD 9Α Α ΠΕ ΘΕD9ΑΑ9ΓΕΑ! 9DΒ<ΡΒ< 9ΕΑΣ <≅ϑ=>ΠΕ! Ι≅! Χ=ΝΑ=ϑ9Ι=Ι≅! :Ε<D=Φ9Γ= <≅ΑΝϑΦ=ΙΕ :=ΦΝ<=ϑΚΑΦ9ΧΕ 00000000000 - DEMO SOLANO Destacar Impresso por josinaldo, CPF 010.713.582-51 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/04/2020 00:49:50 !∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%−.(∃∋/ 01234 ∋ %56)∀6&∋−7!∀6∀8#∀&∋ %9 : ; <=∋9∋9 >9 ; ?≅?<:Α∋ ?:Β 9ΧD=Ε: Α ∋ (;:ΦΓ∋ #9 Χ=Χ ∋ ∗ ;=ΗΙ :∋, ∋∗Ηϑ=∋11! ! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋∗;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!15!()!23! 1.2.2.! Resultado natural’stico O resultado natural’stico Ž a modifica•‹o do mundo real provocada pela conduta do agente.7 Entretanto, apenas nos crimes chamados materiais se exige um resultado natural’stico. Nos crimes formais e de mera conduta n‹o h‡ essa exig•ncia. Os crimes formais s‹o aqueles nos quais o resultado natural’stico pode ocorrer, mas a sua ocorr•ncia Ž irrelevante para o Direito Penal. J‡ os crimes de mera conduta s‹o crimes em que n‹o h‡ um resultado natural’stico poss’vel. Vou dar um exemplo de cada um dos tr•s: ¥! Crime material Ð Homic’dio. Para que o homic’dio seja consumado, Ž necess‡rio que a v’tima venha a —bito. Caso isso n‹o ocorra, estaremos diante de um homic’dio tentado (ou les›es corporais culposas); ¥! Crime formal Ð (art. 158 do CP). Para que o crime de Extors‹o extors‹o se consume n‹o Ž necess‡rio que o agente obtenha a vantagem il’cita, bastando o constrangimento ˆ v’tima; ¥! Crime de mera conduta Ð . Nesse caso, a Invas‹o de domic’lio mera presen•a do agente, indevidamente, no domic’lio da v’tima caracteriza o crime. N‹o h‡ um resultado previsto para esse crime. Qualquer outra conduta praticada a partir da’ configura crime aut™nomo (furto, roubo, homic’dio, etc.). AlŽm do resultado natural’stico (que nem sempre estar‡ presente), h‡ tambŽm o resultado jur’dico (ou normativo), que Ž a les‹o ao bem jur’dico tutelado pela norma penal. Esse resultado sempre estar‡ presente! Cuidado com isso! Assim, se a banca perguntar: ÒH‡ crime sem resultado jur’dico?Ó A resposta Ž NÌO!8 1.2.3.! Nexo de Causalidade Nos termos do art. 13 do CP: Art. 13 - O resultado, de que depende a exist•ncia do crime, somente Ž imput‡vel a quem lhe deu causa. Considera-se causa a a•‹o ou omiss‹o sem a qual o resultado n‹o teria ocorrido. !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 7 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. cit., p. 354 8 Pelo princ’pio da ofensividade, n‹o Ž poss’vel haver crime sem resultado jur’dico. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. cit., p. 354 00000000000 - DEMO Impresso por josinaldo, CPF 010.713.582-51 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/04/2020 00:49:50 !∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%−.(∃∋/ 01234 ∋ %56)∀6&∋−7!∀6∀8#∀&∋ %9 : ; <=∋9∋9 >9 ; ?≅?<:Α∋ ?:Β 9ΧD=Ε: Α ∋ (;:ΦΓ∋ #9 Χ=Χ ∋ ∗ ;=ΗΙ :∋, ∋∗Ηϑ=∋11! ! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋∗;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!16!()!23! Assim, o nexo de causalidade pode ser entendido como o v’nculo que une a conduta do agente ao resultado natural’stico ocorrido no mundo exterior. Portanto, s— se aplica aos crimes materiais! Algumas teorias existem acerca do nexo de causalidade: ¥!TEORIA DA EQUIVALæNC (OU DA IA DOS ANTECEDENTES CONDITIO SINE QUA NON) Ð Para esta teoria, Ž considerada causa do crime toda conduta sem a qual o resultado n‹o teria ocorrido. Assim, para se saber se uma conduta Ž ou n‹o causa do crime, devemos retir‡-la do curso dos acontecimentos e ver se, ainda assim, o crime ocorreria (Processo hipotŽtico de elimina•‹o de ThyrŽn). EXEMPLO: Marcelo acorda de manh‹, toma cafŽ, compra uma arma e encontra Jœlio, seu desafeto, disparando tr•s tiros contra ele, causando-lhe a morte. Retirando-se do curso o cafŽ tomado por Marcelo, conclu’mos que o resultado teria ocorrido do mesmo jeito. Entretanto, se retirarmos a compra da arma do curso do processo, o crime n‹o teria ocorrido. O inconveniente claro desta teoria Ž que ela permite que se coloquem como causa situa•›es absurdas, como a venda da arma ou atŽ mesmo o nascimento do agente, j‡ que se os pais n‹o tivessem colocado a crian•a no mundo, o crime n‹o teria acontecido. Isso Ž um absurdo! Assim, para solucionar o problema, criou-se outro filtro que Ž o dolo. Logo, s— ser‡ considerada causa a conduta que Ž indispens‡vel ao resultado e que foi querida pelo agente. Assim, no exemplo anterior, o vendedor da arma n‹o seria responsabilizado, pois nada mais fez que vender seu produto, n‹o tendo a inten•‹o (nem sequer imaginou) de ver a morte de Jœlio. Nesse sentido: CAUSA conduta indispens‡vel ao resultado + que tenha = sido prevista e querida por quem a praticou Podemos dizer, ent‹o, que a causalidade aqui n‹o Ž meramente f’sica, mas tambŽm, psicol—gica. Essa foi a teoria adotada pelo C—digo Penal, . como regra ¥!TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA Ð Trata-se de teoria tambŽm adotada pelo C—digo Penal, porŽm, somente em algumas situa•›es, que s‹o as chamadas ÒconcausasÓ. As concausas s‹o circunst‰ncias que se agregam ˆ conduta do agente, contribuindo para a produ•‹o do resultado. As concausas podem ser: Absolutamente independentes e relativamente independentes. As s‹o aquelas que concausas absolutamente independentes produzem por si s—s o resultado, e podem ser preexistentes (existiam antes 00000000000 - DEMO Impresso por josinaldo, CPF 010.713.582-51 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/04/2020 00:49:50 !∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%−.(∃∋/ 01234 ∋ %56)∀6&∋−7!∀6∀8#∀&∋ %9 : ; <=∋9∋9 >9 ; ?≅?<:Α∋ ?:Β 9ΧD=Ε: Α ∋ (;:ΦΓ∋ #9 Χ=Χ ∋ ∗ ;=ΗΙ :∋, ∋∗Ηϑ=∋11! ! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋∗;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!17!()!23! da conduta), concomitantes (surgiram durante a conduta) e supervenientes (surgiram ap—s a conduta). Exemplos: EXEMPLO I) Pedro resolve matar Jo‹o, e coloca veneno em seu drink. PorŽm, Pedro n‹o sabe que Marcelo tambŽm queria matar Jo‹o e minutos antes tambŽm havia colocado veneno no drink de Jo‹o, que vem a morrer em raz‹o do veneno colocado por Marcelo. Nesse caso, a concausa preexistente (conduta de Marcelo) produziu por si s— o resultado (morte). Nesse caso, Pedro responder‡ somente por tentativa de homic’dio. EXEMPLO II) Pedro resolve matar Jo‹o, e come•a a disparar contra ele projŽteis de arma de fogo. Entretanto, durante a execu•‹o, o teto da casa de Jo‹o desaba sobre ele, vindo a causar-lhe a morte. Aqui, a causa concomitante (queda do teto) produziu isoladamente o resultado (morte). Portanto, Pedro responde somente por homic’dio tentado. EXEMPLO III) Pedro resolve matar Jo‹o, desta vez, ministrando em sua bebida certa dose de veneno. Entretanto, antes que o veneno fa•a efeito, Marcelo aparece e dispara 10 tiros de pistola contra Jo‹o, o mantando. Nesse caso, Pedro responder‡ somente por homic’dio tentado. Mas professor, voc• n‹o disse que toda causa queridapor quem pratica a conduta Ž causa do crime? Logo, nos dois œltimos casos, Pedro n‹o teria querido a morte de Jo‹o e sua conduta n‹o contribuiu para isso, j‡ que a morte n‹o teria ocorrido se ele n‹o tivesse agido? Meus caros, a’ Ž que est‡. Nessas hip—teses, o C—digo n‹o adotou a teoria da equival•ncia dos antecedentes, mas a TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA. Assim, os tiros desferidos por Pedro n‹o foram a causa adequada da morte de Jo‹o, mas sim os ferimentos do acidente. Logo, ele n‹o responde pelo crime de homic’dio consumado, mas apenas pelos atos praticados (homic’dio tentado). Entretanto, pode ocorrer de a concausa n‹o produzir por si s— o resultado, mas se unir ˆ conduta do agente e, juntas, produzirem o resultado. Essas s‹o as chamadas causas relativamente independentes, que tambŽm podem ser preexistentes, concomitantes ou supervenientes. Mais uma vez, vou dar um exemplo de cada uma das tr•s e explicar quais os efeitos jur’dico-penais em rela•‹o ao agent e: EXEMPLO I) Caio decide matar Maria, desferindo contra ela golpes de fac‹o, causando-lhe a morte. Entretanto, Caio n‹o sabia que Maria era hemof’lica, tendo a doen•a contribu’do em grande parte para seu —bito. Nesse caso, embora a doen•a (concausa preexistente) tenha contribu’do para o —bito, Caio responde por homic’dio consumado. 00000000000 - DEMO SOLANO Destacar Impresso por josinaldo, CPF 010.713.582-51 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/04/2020 00:49:50 !∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%−.(∃∋/ 01234 ∋ %56)∀6&∋−7!∀6∀8#∀&∋ %9 : ; <=∋9∋9 >9 ; ?≅?<:Α∋ ?:Β 9ΧD=Ε: Α ∋ (;:ΦΓ∋ #9 Χ=Χ ∋ ∗ ;=ΗΙ :∋, ∋∗Ηϑ=∋11! ! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋∗;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!18!()!23! EXEMPLO II) Pedro resolve matar Jo‹o, e come•a disparar contra ele projŽteis de arma de fogo. Assustado, Jo‹o corre, e acaba atropelado por um caminh‹o. Nesse caso, o que causou o resultado (a morte de Jo‹o) foi a concausa concomitante (atropelamento pelo caminh‹o), mas que s— ocorreu em raz‹o dos disparos efetuados por Pedro. Assim, Pedro responde por homic’dio consumado. No caso das concausas supervenientes relativamente independentes, podem acontecer duas coisas: a) A causa superveniente produz por si s— o resultado A causa ; b) superveniente se agrega ao desdobramento natural da conduta do agente e ajuda a produzir o resultado. EXEMPLO A) Pedro resolve matar Jo‹o (insistente esse cara!), e dispara 25 tiros contra ele, usando seu Fuzil Autom‡tico Ligeiro-Fal, CALIBRE 7.62 (agora vai!). Pedro fica estirado no ch‹o, Ž socorrido por uma ambul‰ncia e, no caminho para o Hospital, sofre um acidente de carro (a ambul‰ncia bate de frente com uma carreta) e vem a morrer em raz‹o do acidente, n‹o dos ferimentos causados por Pedro. Nesse caso, Pedro responde apenas por tentativa de homic’dio, pois a causa superveniente (acidente de ambul‰ncia) produziu por si s— o resultado, j‡ que o acidente de ambul‰ncia n‹o Ž o desdobramento natural de um disparo de arma de fogo. EXEMPLO B) No mesmo exemplo anterior, Jo‹o Ž socorrido e chegando ao Hospital, Ž submetido a uma cirurgia e contrai uma infec•‹o hospitalar, vindo a falecer. Nesse caso, a causa superveniente (infec•‹o hospitalar) n‹o produziu por si s— o resultado, tendo se agregado aos ferimentos para causar a morte de Jo‹o. Nesse caso, Pedro responde por homic’dio consumado. Segue abaixo um esquema para melhor compreens‹o: ∗+ ,− +− ! +.− / 0,1 + 2 34 13 ! 5463∀3463413−! ∀7338 5−13 413−! ∗/ 4∗ /251 +4 1 3 −! −,∀37 934 53413−! +∃ ) &:)! ;)<=> &( ) ! <>?)&:)!=)≅><!∋:><! =; ∋:% Α ∋( > <Β! & Χ >! ;)<= >& ( )&( >! = )≅ ><! ;)<D≅ :∋(><! ()Α>;;)&:)<!(∋<! Α>&Α ∋D < ∋ < Ε ! 00000000000 - DEMO Impresso por josinaldo, CPF 010.713.582-51 para uso pessoal e privado. 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Para esta teoria, a conduta deve: a)!Criar ou aumentar um risco Ð Assim, se a conduta do agente n‹o aumentou nem criou um risco, n‹o h‡ crime . Exemplo cl‡ssico: JosŽ 10 conversa com Paulo na cal•ada. Pedro, inimigo de Paulo, atira um vaso de planta do 10¼ andar, com a finalidade de matar Paulo. JosŽ v• que o vaso ir‡ cair sobre a cabe•a de Paulo e o empurra. Paulo cai no ch‹o e fratura levemente o bra•o. Neste caso, JosŽ deu causa (causalidade f’sica) ˆs les›es corporais sofridas por Paulo. Contudo, sua conduta n‹o criou nem aumentou um risco. Ao contr‡rio, JosŽ diminuiu um risco, ao evitar a morte de Paulo. b)!Risco deve ser proibido pelo Direito Ð Aquele que cria um risco de les‹o para alguŽm, em tese n‹o comete crime, a menos que esse risco seja proibido pelo Direito. Assim, o filho que manda os pais em viagem para a Europa, na inten•‹o de que o avi‹o caia, os pais morram, e ele receba a heran•a, n‹o comete crime, pois o risco por ele criado n‹o Ž proibido pelo Direito. !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 9 ROXIN, Claus. Derecho penal, parte general: Tomo I. Civitas. Madrid, 1997, p. 362/411 10 ROXIN, Claus. Op. cit., p. 365 RELATIVAMENTE INDEPENDENT ES PREEXISTENTE CONCOMITANTE SU PER VENI EN TE ∀7/6,Φ57+2!∀/7!−5!−Γ!/! 73−,01+ 6/ ! 4Η/! ∀7 /6, Φ57 +2! ∀ /7!− 5! −Γ! /! 73−,01+ 6/ ! +Ι341 3! 73 −∀ /463! ∀3 0 /! ∗752 3 ! ∗/4−,2+6/Β! 4Η /!+∀34+−!∀30/−! +1/−!∀ 7+1 5∗+6 /−Ε ! +Ι341 3! 73−∀ /46 3! − /2341 3 ! ∀30 /−! +1 /−! ∀ 7+1 5∗+6/ −Β! 4Η / ! ∀30 /!∗7523!∗/4−,2+ 6/Ε! +Ι3413! 73−∀/463! ∀30/! ∗75 2 3! ∗/4 −,2 +6/Β! 4Η /!+∀ 34+ − !∀ 30 /−!+1/ − ! ∀7+15∗+6/−Ε! 00000000000 - DEMO Impresso por josinaldo, CPF 010.713.582-51 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/04/2020 00:49:50 !∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%−.(∃∋/ 01234 ∋ %56)∀6&∋−7!∀6∀8#∀&∋ %9 : ; <=∋9∋9 >9 ; ?≅?<:Α∋ ?:Β 9ΧD=Ε: Α ∋ (;:ΦΓ∋ #9 Χ=Χ ∋ ∗ ;=ΗΙ :∋, ∋∗Ηϑ=∋11! ! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋∗;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!1Η!()!23! c)! Risco deve ser criado no resultado Ð Assim, um crime n‹o pode ser imputado ˆquele que n‹o criou o risco para aquela ocorr•ncia. Explico: Imaginem que JosŽ ateia fogo na casa de Maria. JosŽ causou um risco, n‹o permitido pelo Direito. Deve responder pelo crime de inc•ndio doloso, art. 250 do CP. Entretanto, Maria invade a casa em chamas para resgatar a œnica foto que restou de seu filho falecido, sendo lambida pelo fogo, vindo a falecer. Nesse caso, JosŽ n‹o responde pelo crime de homic’dio, pois o riscopor ele criado n‹o se insere nesse resultado, que foi provocado pela conduta exclusiva de Maria. 1.2.4.! Tipicidade A tipicidade nada mais Ž que a adequa•‹o da conduta do agente a uma previs‹o t’pica (norma penal que prev• o fato e lhe descreve como crime). Assim, o tipo do art. 121 Ž: Òmatar alguŽmÓ. Portanto, quando Marcio esfaqueia Luiz e o mata, est‡ cometendo fato t’pico, pois est‡ praticando uma conduta que encontra previs‹o como tipo penal. N‹o h‡ muito o que se falar acerca da tipicidade. Basta que o intŽrprete proceda ao cotejo entre a conduta praticada no caso concreto e a conduta prevista na Lei Penal. Se a conduta praticada se amoldar ̂ quela prevista na Lei Penal, o fato ser‡ t’pico, por estar presente o elemento ÒtipicidadeÓ. CUIDADO! Nem sempre a conduta praticada pelo agente se amolda perfeitamente ao tipo penal (adequa•‹o imediata). Ës vezes Ž necess‡rio que se proceda ˆ an‡lise de outro dispositivo da Lei Penal para se chegar ˆ conclus‹o de que um fato Ž t’pico adequa•‹o ( mediata). Por exemplo: Imaginem que Abreu (El Loco) dispara contra Adriano (El Imperador), que n‹o morre. Nesse caso, como dizer que Abreu praticou fato t’pico (homic’dio tentado), se o art. 121 diz ÒmatarÓ alguŽm, o que n‹o ocorreu? Nessa hip—tese, conjuga- se o art. 121 do CP com seu art. 14, II, que diz ser o crime pun’vel na modalidade tentada. Isso tambŽm se aplica aos crimes omissivos impr—prios (art. 13, ¤ 2¡ do CP). 00000000000 - DEMO Impresso por josinaldo, CPF 010.713.582-51 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/04/2020 00:49:50 !∀#∃∀%&∋(∃)∗+∋,∋%−.(∃∋/ 01234 ∋ %56)∀6&∋−7!∀6∀8#∀&∋ %9 : ; <=∋9∋9 >9 ; ?≅?<:Α∋ ?:Β 9ΧD=Ε: Α ∋ (;:ΦΓ∋ #9 Χ=Χ ∋ ∗ ;=ΗΙ :∋, ∋∗Ηϑ=∋11! ! ! ! ! ! ! ! ! ! (;:ΦΓ#9Χ=Χ∋∗;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!13!()!23! 1.3.! Crime doloso e crime culposo O dolo e a culpa s‹o o que se pode chamar de elementos subjetivos do tipo penal. Com o finalismo de HANS WELZEL, o dolo e a culpa (elementos subjetivos) foram transportados da culpabilidade para o fato t’pico11 (conduta). Assim, a conduta (no finalismo) n‹o Ž mais apenas objetiva, sin™nimo de a•‹o humana mas sim , a a•‹o humana dirigida a um fim (il’cito ou n‹o). Vamos estudar cada um destes elementos separadamente. 1.3.1.! Crime doloso O dolo Ž o elemento subjetivo do tipo, consistente na vontade, livre e consciente, de praticar o crime ( ), ou a assun•‹o do risco dolo direto produzido pela conduta ( ). Nos termos do art. 18 do CP: dolo eventual Art. 18 - Diz-se o crime: ϑ7)(∋ΚΧ>!(∋(∋!=)≅∋!0)%!&Λ!ΜΕΝΟΠΒ!()!ΘΘΕΜΕΘΠΡΣΤ Crime dolosoϑ5&Α≅DΥ(>!=)≅∋!0)%!&Λ!ΜΕΝΟΠΒ!()!ΘΘΕΜΕΘΠΡΣΤ I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi- lo;ϑ5&Α≅DΥ(>!=)≅∋!0)%!&Λ!ΜΕΝΟΠΒ!()!ΘΘΕΜΕΘΠΡΣΤ O dolo direto, que Ž o elemento subjetivo cl‡ssico do crime, Ž composto pela consci•ncia de que a conduta pode lesar um bem jur’dico mais a vontade de lesar este bem jur’dico. Esses dois elementos (consci•ncia + vontade) formam o que se chama de dolo natural. Antigamente, quando o dolo pertencia ̂ culpabilidade, a esses dois elementos era acrescido mais um elemento, que era a consci•ncia da ilicitude. Esse era o chamado dolo normativo. Atualmente, com a transposi•‹o do dolo e da culpa para o fato t’pico, os elementos normativos ficaram na culpabilidade e a consci•ncia da ilicitude tambŽm, passando, ainda a ser meramente potencial. Desta maneira, podemos dizer que no finalismo o dolo Ž natural e no causalismo o dolo Ž normativo. O dolo eventual, por sua vez, consiste na consci•ncia de que a conduta pode gerar um resultado criminoso, mais a assun•‹o desse risco, mesmo diante da probabilidade de algo dar errado. Trata-se de hip—tese na qual o agente n‹o tem vontade de produzir o resultado criminoso (n‹o o que aconteceu, embora possa ser outro), mas, analisando as circunst‰ncias, sabe que este resultado pode ocorrer e n‹o se importa, age da mesma maneira. EXEMPLO: Imagine que Renato, dono de um s’tio, e apreciador da pr‡tica do tiro esportivo, decida levantar s‡bado pela manh‹ e praticar !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 11 BITENCOURT, Op. cit., p. 290/291 00000000000 - DEMO
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