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ATIVIDADE DE PORTFÓLIO-auditoria- controle social e transparencia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC
UNIVERSIDADEABERTA DO BRASIL -UAB
INSTITUTO UNIVERSIDADEVIRTUAL – UFC VIRTUAL
CURSO: BACHARELADO ADMINISTRAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA
POLO: TAUÁ -CE
NOME: SOCORRO MARIA SILVA CASTRO
MATRICULA: 0428319
MATERIA: AUDITORIA E CONTROLADORIA
PROFESSOR: ZACARIAS DOS SANTOS CHAVES JUNIOR
ASSUNTO: CONTROLE SOCIAL E TRANSPARÊNCIA 
AULA-(2)
RESPOSTA DE PORTFOLIO (2)
TAUA-CE
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
1. Pesquise e identifique na Lei nº 12.527/11, aspectos que favorecem o Controle Social e a Transparência.
O controle social das ações dos governantes e funcionários públicos é importante para assegurar que os recursos públicos sejam bem empregados em benefício da coletividade. É a participação da sociedade no acompanhamento e verificação das ações da gestão pública na execução das políticas públicas, avaliando os objetivos, processos e resultados. Tem como o principal objetivo do Portal da Transparência é ser uma ferramenta que permita ao cidadão conhecer, questionar e atuar, também, como fiscal da aplicação de recursos públicos. Acreditamos no papel da sociedade na fiscalização do Estado, ou seja, no Controle Social. Afim de cumprir esse objetivo, o Portal oferece recursos que permitem ao cidadão melhor acompanhar e compartilhar os dados disponíveis. São ferramentas que permitem entender melhor o funcionamento do governo sob diversas perspectivas; que possibilitam receber notificações em diversas situações; e que oferecem dados e informações de forma fácil para o acompanhamento dos gastos em suas diversas etapas. São muitas as possibilidades de uso do Portal da Transparência.
 Lei n.º 12.527/2011 como instrumento de efetividade do princípio da transparência administrativa. O instrumento normativo visa dar ampla aplicação ao direito fundamental à informação e, por conseqüência, garantir a transparecia e o controle da administração pública, superando o reducionismo da publicidade como medida suficiente para legitimar a ação administrativa. A democracia e o controle da administração pública estar ligado, sobretudo, do acesso à informação pela sociedade. Com esse proposito, a Lei n.º 12.527/2011, pode constituir importante instrumento de construção de um espaço público democrático de ação e controle da administração pública pela sociedade.
A Constituição Federal de 1988 consagrou o direito fundamental de acesso à informação, visto que atualmente tem como fundamental para a identificação da legitimidade da ação estatal e concretização do Estado efetivamente democrático. A organização da administração pública na Constituição Federal de 1988 assim a mesma abandonou sua posição historicamente verticalizada para estabelecer uma relação horizontal com o cidadão. A partir de seu texto são previstos diversos instrumentos de participação do cidadão no controle e na gestão do interesse público, como requisito da própria legitimidade das opções políticas.
A administração pública busca sua legitimação não somente pela efetivação e respeito aos direitos fundamentais, mas também com a democratização da atuação administrativa. Busca-se a superação de um modelo liberal agressivo de supremacia do interesse público, onde, por vezes, a administração pública é colocada como um perigo para a sociedade para tê-la como parceira, com a inserção do cidadão nas decisões públicas através de importantes canais de participação (OLIVEIRA, 2010, p. 111/112). 
A nova conformação do Estado instituída pela Constituição Federal de 1988, coloca a relação da administração pública com o cidadão em um novo patamar. A partir de então, a gestão fundada na relação verticalizada sede espaço para legitimação pelo acesso amplo à informação e participação no âmbito da gestão pública, fundando uma nova administração pública horizontal de respeito aos direitos fundamentais e transparência na gestão do interesse público instituindo a equiparação como garantia de gestão transparente, a participação popular se faz essencial como uma forma de se garantir o bem coletivo. Mecanismos democráticos, dentre os quais se insere o acesso à informação, são indispensáveis para a promoção de uma maior transparência e consequentemente, menos corrupção. A transparência no acesso às informações visa auxiliar a promover a confiança da população no governo e viabiliza sua prestação de contas. É também uma ferramenta no combate à corrupção e outras formas de irregularidades públicas.
No Brasil, existe um fenômeno chamado corrupção também não é algo novo, possui bases históricas desde os períodos da colonização. As estruturas sócio-políticas foram infectados por elementos dessa colonização e encontramos resquícios na sociedade brasileira até os dias atuais elementos que fomentaram ao longo da história a prática da corrupção. Entre eles estão o coronelismo, o patrimonialismo e o clientelismo marcados pelo trato da coisa pública enquanto privado. Diante dessa perspectiva, percebe-se a herança deixada pela colonização nos dias atuais.
Segundo Almeida (2007) as diferenças mais importantes entre os brasileiros quanto à classificação moral das situações do dia-a-dia ocorrem entre as faixas de escolaridade. 
À medida que a escolaridade aumenta as pessoas tendem a julgar certas atitudes como corrupção. Então, só por meio da educação é possível conquistar a maioridade política e social da população. 
“O cidadão esclarecido é sem dúvida uma peça incômoda, reivindicadora. Sem ele, no entanto, está comprometido nosso próprio futuro como nação” (CARVALHO, 1998).
O contrato social visa criar um paradigma sócio-político que produz de maneira normal, constante e consistente quatro bens públicos: legitimidade da governação, bem estar econômico e social, segurança e identidade coletiva. Estes bens públicos só são realizáveis em conjunto: são, no fundo, modos diferentes mais convergentes de realizar o bem comum e a vontade geral. A partir do momento que a população valorizar o local onde reside, buscará uma maior participação junto à esfera política e social do seu município e conseqüentemente do seu país. 
Do contrário, “quando as exigências de excelência no exercício de cidadania deixam de dar o tom, isso significa que esse mesmo exercício não mais pode depender de que todos os cidadãos façam da atividade política o centro de suas preocupações” (ARAUJO, 2000, p. 26).
Sendo assim importante salientar que apenas a existência de ferramentas não supre a necessidade do acesso à informação. É preciso que os sistemas de consulta, virtuais ou presenciais, forneçam as informações solicitadas pelos cidadãos de modo efetivo. Para além da necessidade de uma mudança cultural administrativa, seria interessante uma transformação na cultura dos cidadãos, a serem estimulados a buscar as informações.
O controle social representa, a capacidade da qual a sociedade civil tem de interferir na gestão pública com vista à criação de políticas públicas levando em consideração os interesses da sociedade. Tem-se, portanto, que o controle social se constitui num mecanismo democrático para que a população possa lutar pela concretização dos seus direitos. A busca para enfrentar os desafios atuais nas políticas sociais é tarefa que só poderá ser cumprida a partir da participação da população em arenas deliberativas como os conselhos e através da organização política das classes subalternas num processo de luta que supere a ordem estabelecida.
Sendo assim consideramos que este decreto tem como sinalização o retrocessos do ponto de vista social dificultando o aprofundamento do controle social e a concretização de serviços públicos de qualidade que possa atender as reais necessidades da população. Portanto, na sociedade política contemporânea se faz necessária a participação social em espaços de controle social para a garantia e ampliação dos direitos das classes subalternas.

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