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Arqueologia Bíblica na Região do Crescente Fértil

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Arqueologia Bíblica na Região do Crescente Fértil
Daniele Garcia [footnoteRef:1] [1: Aluna do Terceiro Ano do Ensino Médio – Colégio adventista Boqueirão
e-mail: danielegarcia18092000@mail.com] 
Daniele Ferreira Almeida de Souza[footnoteRef:2] [2: Professora de História – Colégio Adventista Boqueirão – Técnica em arqueologia pela UFRGS Graduação em História – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - Pós-Graduação em Educação especial com ênfase em inclusão - PUCPR. 
e-mail: danielealmeidahist@gmail.com] 
RESUMO
O Presente artigo tem como tema principal a relação entre arqueologia e a Bíblia Sagrada. Com objetivo de mostrar ao leitor que as civilizações antigas possuem papel importante ainda hoje, que a Bíblia não se trata apenas de um livro de histórias e lendas, mas de um livro que poderia ser considerado como fatos que realmente aconteceram e leva-lo a pensar a respeito da relevância da Bíblia para o estudo do passado e também a entender que a crença nas escrituras sagradas não deve se baseai apenas em comprovações científicas e ao final o que decidirá acreditar ou não na palavra de Deus é a fé de cada um. A metodologia utilizada no trabalho foi a pesquisa em livros que relacionassem a Arqueologia e a Bíblia e tentar apresentar ao leitor de uma maneira fácil de compreender. 
Palavras-chave: Arqueologia bíblica; Crescente Fértil; Egito
1 INTRODUÇÃO
O ser humano realiza questionamentos sobre sua origem e sua função no mundo, tudo que o homem estuda tem como início esses questionamentos. A arqueologia bíblia, por exemplo, foi uma das formas que o homem encontrou para provar a veracidade da Bíblia, mas através dela, não podemos ter certeza de todos os fatos, são apenas hipóteses que formamos. A crença na Bíblia vai além da comprovação de sua veracidade, vai também da fé pessoal de cada um no criador.
Arqueologia é o estudo da humanidade através de vestígios materiais (fósseis, artefatos, monumentos...) é uma ciência que se dedica a encontrar, identificar e datar vestígios de civilizações passadas e povos antigos, desta forma será nossa principal ferramenta para compreendermos como os povos Oriente Médio tem contribuído para o estudo da Bíblia Sagrada.
O trabalho de um arqueólogo consiste em investigar os mais diversos tipos de artefatos para compreender o contexto de cada civilização antiga em determinado tempo e espaço, recuperar o ambiente histórico em que um povo desenvolveu uma cultura. A partir de vestígios matérias de vida, o arqueólogo deve ser capaz de explicar a cultura, religião, costumes e estilo de vida de tais povos ou civilizações.
A arqueologia abrange outras áreas do conhecimento, uma delas é a história. Principalmente história antiga de civilizações e povos bem conhecidos como os egípcios, que os conhecimentos acerca da cultura e crença desta civilização vem, grande parte deles através de estudos arqueológico. A grande questão é: Seria possível comprovar os relados da Bíblia através da pesquisa cientifica, sendo ela a arqueologia.
Nenhum livro da história da humanidade jamais produziu um efeito tão revolucionário assim como a Bíblia. Ela foi escrita por mais de 40 autores e entre antigo e novo testamento totalizam cerca de 1600 anos de história. Após 2000 anos, ainda hoje não dá qualquer sinal que haja terminado a sua triunfal carreira. 
2 A TERRA CONTA SUA HISTÓRIA:
2. 1 HISTÓRIA DA ARQUEOLOGIA BÌBLICA 
Desde os primeiros séculos da Era cristã muitos se aventuram na arqueologia. Helena, mão do imperador Constantino, com 78 anos foi para a palestina a fim de visitar locais por onde Jesus passou, mas seus relatos tem pouca ou nenhuma credibilidade.
Foi no século 18, juntamente com Napoleão que a arqueologia bíblica começou a tomar critérios com rigor científico. Napoleão planejava conquistar o Egito e fazer dele uma colônia francesa para impedir a rota comercial entre Inglaterra e Oriente Médio. No batalhão napoleônico havia diversos cientistas e historiadores que possuíam a tarefa de descrever e mapear o território egípcio, com todas as suas anotações foi feita uma enciclopédia de 24 volumes sobre o Egito que inspirou a arqueologia moderna. Estes encontraram diversas peças antigas, entre elas estava a “Pedra de Roseta” que hoje pode ser visitada no Museu Britânico, em Londres. Foi interpretada e traduzida por um Francês chamado Jean-François Champollion que partindo do grego que já era conhecido, descobriu que se tratava da mesma inscrição em três línguas diferentes, sendo uma delas a mais antiga forma de escrever em egípcio e a outra mais simples, comumente usada nos anos 700 a.C. Essa pedra pode ser considerada um marco na arqueologia bíblica moderna porque tal descoberta poderia significar a chave para um passado ainda desconhecido.
2. 2 O MURAL DE BENI – HASAN
As descobertas arqueológicas no Egito foram de grande importância para os estudiosos da bíblia, artes, historiadores e pesquisadores de religiões antigas. Ela é a base do desenvolvimento de diversos tipos de conhecimentos e artes através do desenvolvimento de ciências como a matemática e a medicina e também na parte artística como pinturas, esculturas, arquitetura e escrita. Civilização desenvolvida na área denominada como crescente fértil, está área é denominada assim por estar localizada em meio a uma região desértica e muito seca e o crescente fértil é uma pequena parte aonde temos rios que permitiram o desenvolvimento da agricultura que foi a base da civilização egípcia. Nenhuma civilização antiga teve tanta preservação em utensílios, artes, escritos e materiais de uso cotidiano.
Como citado anteriormente, os povos egípcios preservaram muito através da arte. Uma pintura encontrada em uma tumba de um nobre egípcio da época de Abraão (Fig.1), mostra a chegada de 37 pessoas da palestina, – homens, mulheres e crianças – essa pintura tão bem preservada dá a entender sobre a visita de Abraão ao Egito descrita em Gn 12.10-20. 
 “(10) Ora, havia fome naquela terra; Abrão, pois, desceu ao Egito, para peregrinar ali, porquanto era grande a fome na terra.   (11) Quando ele estava prestes a entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher formosa à vista;   (12) e acontecerá que, quando os egípcios te virem, dirão: Esta é mulher dele. E me matarão a mim, mas a ti te guardarão em vida.   (13) Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma em atenção a ti.   (14) E aconteceu que, entrando Abrão no Egito, viram os egípcios que a mulher era mui formosa.   (15) Até os príncipes de Faraó a viram e gabaram-na diante dele; e foi levada a mulher para a casa de Faraó.   (16) E ele tratou bem a Abrão por causa dela; e este veio a ter ovelhas, bois e jumentos, servos e servas, jumentas e camelos.   (17) Feriu, porém, o Senhor a Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão.   (18) Então chamou Faraó a Abrão, e disse: Que é isto que me fizeste? por que não me disseste que ela era tua mulher?   (19) Por que disseste: E minha irmã? de maneira que a tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis aqui tua mulher; toma-a e vai-te.   (20) E Faraó deu ordens aos seus guardas a respeito dele, os quais o despediram a ele, e a sua mulher, e a tudo o que tinha.” (Gn 12: 10-20)
Não se pode ter certeza se são realmente Abraão e sua família, mas podemos imaginar, através das vestimentas características e o local de origem. Não se sabe ao certo porque esse povo estava em peregrinação.
Figura 1 - Fotografia da pintura egípcia encontrada na tumba de um nobre egípcio em Beni Hasan, Egito, que mostra uma caravana proveniente de Canaã, chegando ao Egito para comercio. A Data da pintura é cerca de 1900 a.C., tempo de Abraão.
Fonte: https://c2.staticflickr.com/8/7161/6715471101_4186b41a39_b.jpg
2. 3 ESTELA DE MERNEPTA
 
 Se trata de uma inscrição, descoberta em 1896, é um elogio ao faraó Merneptah pouco antes de 1200 a.C. Em um curto trecho ele faz uma citação ao povo de Israel “Israel é devastado,sua semente não existe mais”. Essa citação ao povo de Israel é a única e mais importante encontrado fora da Bíblia, a partir dela são feitas as especulações de quando ocorreu o êxodo, que não se tem a data exata em que ocorreu, há divergências entre historiadores e arqueólogos sobre a datação do êxodo. Mas se for aceita a datação bíblica que coloca o êxodo a 480 anos antes de Salomão, Mernepta subiu ao trono e os Israelitas já estavam em Canaã havia 170 anos.
 
 
Figura 2: Imagem representando a Estela de Mernepta
Fonte:http://3.bp.blogspot.com/rspzaOvHBP4/VF4b2zl_9UI/AAAAAAAAA_s/iSNrMd5_X7o/s1600/Merneptah%2BStele.gif
2. 4 O OBELISCO NEGRO DE SALMANESER III – RETRATO DE UM REI ISRAELITA
 
 Essa descoberta é considerada por Randall Price uma das mais excitantes descobertas no mundo da arqueologia bíblica. Quando estavam a ponto de desistir da escavação, por causa do clima e do solo extremamente frio e duro, Henry Layard, arqueólogo inglês fez questão de pedir aos trabalhadores escavarem apenas por mais um dia, e então desistiriam. O surpreendente foi que após algum tempo que eles recomeçaram o trabalho, bateram em uma enorme pedra, que sabemos agora ser um dos importantes documentos assírios relacionados ao antigo testamento. 
 A Pedra era um obelisco de 2 metros, e nele estavam esculpidos registros de tributos sendo trazidos ao monarca assírio Salmaneser III. Também encontrada na pedra uma representação de joelhos diante do rei da assíria e foi traduzida: “Tributo de Jeú, filho de Onri.3 Prata, ouro, vasos de prata, taças de ouro, cálices de ouro, caixas com ouro, recipientes, cetros para a mão do rei [e] dardos, [Salmaneser] recebeu dele.” 
 Pela primeira vez em um achado arqueológico, está retratado um dos reis de Israel. De acordo com a Bíblia (2Cr 22:7-9) Jeú era comandante do exército do rei Jorão e havia sido “escolhido” por Deus para suceder o trono. Governou entre 841-814 a.C. e serviu como instrumento de Deus para acabar com a idolatria em Israel. O relato bíblico não fala sobre nenhum tributo pago a um rei assírio, mas a Bíblia relata que no final do reinado de Jeú ele começa a se distanciar e não seguir a lei de Deus. Com isso Deus tira sua proteção sobre Israel e eles começam a ser derrotados por povos inimigos (2 Rs 10. 32-33) isso pode ter levado Jeú a buscar ajuda para se proteger com a ajuda de outros reinos, sendo a assíria um deles. A parte em que Jeú supostamente buscou proteção do reino assírio não está relatada na Bíblia, mas segundo Randall Price esse pode ser um complemento da história: 
“(7) Foi por vontade de Deus que Acazias, para sua ruína visitou Jorão; pois, quando chegou, saiu com Jorão contra Jeú, filho de Ninsi, a quem o Senhor tinha ungido para exterminar a casa de Acabe.   (8) E quando Jeú executava juízo contra a casa de Acabe, achou os príncipes de Judá e os filhos dos irmãos de Acazias, que o serviam, e os matou.   (9) Depois buscou a Acazias, o qual foi preso quando se escondia em Samária, trouxeram-no a Jeú e o mataram. Então o sepultaram, pois disseram: É filho de Jeosafá, que buscou ao Senhor de toda o seu coração. E já não tinha a casa de Acazias ninguém que fosse capaz de reinar.” (2Cr 22;7-9) 
“Naqueles dias começou o Senhor a diminuir os termos de Israel. Hazael feriu a Israel em todas as suas fronteiras,   (33) desde o Jordão para o nascente do sol, a toda a terra de Gileade, aos gaditas, aos rubenitas e aos manassitas, desde Aroer, que está junto ao ribeiro de Arnom, por toda a Gileade e Basã.” (2 Rs 10:32-33)
O Obelisco foi encontrado no local aonde se encontra a antiga cidade de Nínive, capital dos assírios. Localizada próximo ao rio Tigre, onde foram descobertos além do obelisco, palácios de antigos reis assírios. Em um desses palácios Layard, Rassam e Rawlinson foram responsáveis pelo achado arqueológico que originalmente possuía 100.000 volumes a respeito da literatura babilônica, foi por causa rei assírio Assurbanípal, 669-627 a.C. que fez seus escribas pesquisar e copiar as bibliotecas babilônicas e graças a ele temos um conhecimento da literatura babilônica, um terço desse material foi restaurado e se encontra no Museu Britânico.
 
2. 5 ROLOS DO MAR MORTO
 
 Encontrados casualmente por pastores de cabras, localizou em 1947 jarros contendo os rolos. Venderam os rolos para Athanasius Samuel, bispo do mosteiro em Jerusalém e para Eleazar Sukenik da Universidade Hebraica. Sua autenticidade foi comprovada em 1948. 
 A autoria é desconhecida e a importância para os cristãos e para a comprovação da veracidade bíblica está na declaração de Julio Trebolle Barrera, membro da equipe internacional de editores dos Rolos do Mar Morto. Segundo ele o rolo de Isaías (Qumran) Fornece provas irrefutáveis de que os textos bíblicos foram transmitidos pelos copistas judeus durante um período de mil anos com muito cuidado e fidelidade. Mesmo que os rolos demonstrem que a bíblia não sofreu mudanças, eles revelam que havia versões diferentes dos textos, mas mesmo assim os rolos são um tesouro para a arqueologia bíblica e uma confirmação do valor do Pentateuco. As diferenças entre os textos podem revelar também que não havia apenas um tipo de judaísmo, diversos deles mencionam o messias, o qual muitos esperavam e ajuda na compreensão do contexto da vida dos judeus.
 Ainda há muito a ser explorado nesses rolos, mas estes se encontram entre um dos maiores achados arqueológicos a favor da veracidade bíblica e da comprovação dos textos descritos nela.
2.6 MOISÉS E A ESCRITA DA BÍBLIA
 
 Foram encontradas, em 1904 e 1905 por Flinders Petrie, inscrições alfabéticas mais antigas que a Estela de Mernepta na península do Sinai. Expedições foram feitas durante os últimos 35 anos e foram felizes em decifrar e interpretar. Muitos hieróglifos deixados pelos egípcios relatam detalhes das explorações e o fato de que os escravos que iam para as minas egípcias eram em sua maioria semitas de Canaã. Um desses cananeus, observando os egípcios escreverem usando os hieróglifos complexos, inventou um sistema de escrita simplificado de apenas 25 caracteres. 
 O fato dessa descoberta estar situada próxima ao local aonde os primeiros livros da bíblia foram escritos pode ser considerada uma providência divina. No comentário bíblico, volume 1, página 535. Nos diz que Moises foi educado na corte egípcia e recebeu a educação de um sacerdote, passou a juventude com tutores reais que lhe ensinaram “toda a ciência dos egípcios” (At 7:22). Segundo isso, Moisés sabia ler e escrever nos hieróglifos egípcios e seria fácil para eles escrever com os caracteres simplificados encontrados no Sinai. Isso pode ser considerado providencia divina porque os Israelitas eram escravos e não tinham a instrução que Moisés teve e isso tornaria muito mais difícil a leitura, interpretação e preservação do pentateuco, que foram os livros escritos por Moisés. Com a escrita simplificada, tudo isso se tornou mais fácil, porque a interpretação dos hieróglifos egípcios foi feita apenas com a Pedra de Roseta, séculos depois de Moisés e muitos não teriam a oportunidade de ler e interpretar a bíblia por sí mesmas. 
A pesquisa arqueológica na Palestina e nas terras adjacentes durante o século XIX transformou completamente nossa compreensão do panorama histórico e literário da Bíblia. Ela não é mais vista como um monumento totalmente isolado do passado, como um fenômeno sem relação com seu ambiente. Ela agora assume seu lugar num contexto que está se tornando melhor conhecido a cada ano que passa. Vista em contraste com o contexto do antigo Oriente Médio, inúmeras obscuridades tornam-se claras, e começamos a compreender o desenvolvimento orgânico da sociedade e da cultura hebraica. Contudo, a singularidade da Bíblia, seja como obra-prima da literatura ou como um documento religioso, não foi reduzida, e nada foi descoberto que posso perturbar a fé religiosa dos judeus ou cristão.(Willian F. Albrigt, 1960, 127) 
Acreditar no que está escrito, em quem escreveu, ou como os fatos descritos na bíblia se encaixam na história não deve se basear apenas no que é comprovado pela ciência. Vimos no artigo que descobertas são feitas e a partir delas teorias são criadas para relacionar a ciência e a palavra de Deus. A ciência não comprovou que Moises escreveu o pentateuco, e a partir de algumas descobertas, como essa, podemos ver que nossa fé nas escrituras não pode ser baseada apenas no que a ciência comprova. Como diz Tertuliano, pai da Igreja Primitiva “Eu não entendo para crer, eu creio para entender.” Então, para Bryant Wood a arqueologia é uma das ferramentas que nos ajuda a entender a Bíblia, mas quando se fala da mensagem espiritual que ela nos traz é uma questão resolvida apenas com a fé pessoal de cada um. 
3 METODOLOGIA
 A Pesquisa foi feita com base em livros e artigos que relacionam arqueologia, Bíblia e antigas civilizações. Com base na leitura foi elaborado o presente artigo com a finalidade de mostrar ao leitor que a Bíblia não é apenas um livro de histórias, mas também pode ser considerado um livro com informações arqueológicas importantes e podemos acreditar na sua veracidade através da fé.
4 CONDIDERAÇÕES FINAIS
 O final do século XVIII foi marcado por um despertamento religioso que invadiu toda a Europa, impulsionado pelas descobertas do antigo Egito e saindo de um período de trevas que foi a idade média. Após a tradução da Pedra de Roseta a arqueologia começou a tomar vigor científico e tudo isso pode ser considerado uma providência divina. Todas as descobertas arqueológicas citadas neste artigo que influenciaram na comprovação das histórias bíblicas foram feitas entre os séculos XIX e XX, um momento aonde era necessário provar que a veracidade das escrituras. 
Aquele que tudo conhece, preservou o material para um tempo em que é necessário testemunhar da verdade e cumprindo assim a profecia de Jesus Cristo, que afirmou que quando as testemunhas vivas não testemunhassem mais dEle, as pedras clamariam a verdade. “(40) Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão.” (Lc 19:40) 
5 REFERÊNCIAS 
 
Borges, Michelson. Título: Porque Creio: Doze pesquisadores falam sobre ciência e religião. Editora Afiliada, 2010
Silva P. Rodrigo. Título: Escavando a Verdade: A arqueologia e as incríveis histórias da Bíblia. Casa Publicadora Brasileira, 2011.
Price, Randall. Título: Arqueologia Bíblica: o que as últimas descobertas da arqueologia revelam sobre as verdades bíblicas. CPAD, Rio de Janeiro, 2006
 
 Costa, Carlos José. Título: A Estela de Mernepta: Fala de Israel. Dísponível em: http://galeriabiblica.blogspot.com.br/2009/10/estela-de-merneptah-fala-de-israel.html Acesso em: 03 Ago 2017
 
Borges, Michelson. Título: Querem Matar Moisés. Disponível em: http://www.criacionismo.com.br/2008/05/querem-matar-moiss.html Acesso em: 03 Ago 2017
 
Título: Rolos do Mar Morto. 
 Disponível em: https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/04/manuscritos-part-6-rolos-do-mar-morto.html Acesso em: 03 Ago 2017
 Silva P. Rodrigo Título: A Arqueologia e a Bíblia. Disponível em: http://novotempo.com/evidencias/2011/04/01/a-arqueologia-e-a-biblia/ Acesso em: 03 Ago 2017
Sayão, Luiz Título: A Arqueologia e o Antigo Testamento. Disponível em: https://marceloberti.wordpress.com/2011/04/15/a-arqueologia-e-o-antigo-testamento/ Acesso em: 03 Ago 2017.
 
Alvez, Valdecir Título: O Profeta Jonas. 
Disponível em: http://doutorteologia.blogspot.com.br/2008/11/o-profeta-jonas.html Acesso em: 11 Ago 2017

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