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MARCIO-TRABALHO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIPLAN DE ITACOATIARA
PEDAGOGIA
MARCIO ALMEIDA
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
ITACOATIARA, AM
2020
MARCIO ALMEIDA
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Trabalho apresentado no curso de pedagogia no centro universitário Uniplan de Itacoatiara.
Orientador: Professora Eliones Feitosa de Araújo.
ITACOATIARA, AM
2020
Unidade II
Resumo: Educação, sociedade e cultura no antigo Egito: a formação de escriba.
O Egito desenvolveu notadamente a geometria, a astronomia, a matemática e as ciências úteis e necessárias para a realização das atividades práticas diárias referentes ao desenvolvimento da agricultura, como atesta, por exemplo, a elaboração de um eficiente calendário solar para prever as cheias do rio Nilo. Desenvolveram a escrita, mais conhecida como os hieróglifos, por volta de 3500 a. Passaram, então, a dominar as técnicas de plantio e colheita de trigo, cevada, linho, algodão, legumes, frutas e papiro, bem como desenvolveram as práticas para a criação de bois, asnos, gansos, patos, cabras e carneiros e, na mineração, se destacaram na extração de ouro, cobre e pedras preciosas. Como podemos perceber, esta sociedade se tornou extremamente poderosa e rica, portanto, a estrutura social e cultural deste povo, marcada pelo desenvolvimento das atividades econômicas ligadas especialmente à agricultura, foi se tornando cada vez mais complexa.
O governo se concretizou como um governo centralizador e teocrático. « Essa delegação consagrou a realeza como instituição divina». Como o poder político era fundamentado no poder religioso, podemos perceber que a religião era indissociável da vida política e cotidiana dos egípcios. O dia a dia era uma expressão da vontade divina e os faraós eram considerados e adorados como deuses encarnados.
Podemos pensar a sociedade egípcia como uma pirâmide cuja base é composta pelos camponeses livres, que eram a maioria da população, viviam nas aldeias e pagavam diversos tributos ao Estado e aos templos. Acima destes havia uma camada intermediária formada pelos artesãos, trabalhadores que exerciam diferentes ofícios, tais como pedreiros, carpinteiros, desenhistas, escultores, pintores, tecelões, ourives etc. Havia, ainda, os soldados que não atingiam os postos de comando, pois estes eram reservados à nobreza. A educação, por sua vez, estava intimamente relacionada com a religião e a cultura. Nesta sociedade de classes, a transmissão do conhecimento, tanto religioso como técnico, não era disponibilizada para todos, ao contrário, era restrita a poucos.
Com a diversificação da economia, podemos perceber que começa a existir certa hierarquização no mundo do trabalho, ou seja, esta economia pede um trabalhador mais especializado e qualificado e uma educação condizente com esse propósito. O autor enfatiza a existência da educação destinada às classes dominantes, especialmente no que se refere à educação para a vida política, ou seja, para o exercício do poder. Esta educação era baseada em literatura sapiencial e tinha como objetivo o ensinamento dos comportamentos e da moral referentes ao exercício do poder. O exame da literatura sapiencial, em sua relação com a estrutura social e o momento em que a mesma foi produzida, pode nos fornece um entendimento adequado acerca dos conteúdos e objetivos da educação, bem como da relação pedagógica entre mestre e discípulo.
Mana corda conclui que a educação era mnemônica, repetitiva, baseada na escrita e transmitida autoritariamente do pai para o filho. Devemos entender que «educação para falar» refere se ao exercício da oratória, fundamental na arte política do comando. Existência de um encarregado pela educação. Educação de classes, portanto com conteúdo adequados aos diferentes objetivos, ou seja, conteúdos adequados à classe dominante e conteúdos adequados ao povo.
Resumidamente, podemos afirmar que a educação no Antigo Egito primava pelo desenvolvimento da fala, no sentido da arte da oratória, da obediência e da moral. A profissão de escriba se apresentava aos jovens e à sociedade em geral como extremamente promissora e vantajosa, portanto, era claramente uma forma de ascensão social. « Sê escriba para que teu corpo se conserve liso e tuas mãos logo não se cansem e, assim, tu não queimes como uma lâmpada». Em uma sociedade como a egípcia, fortemente marcada pelas desigualdades sociais e com pouca mobilidade social, estes relatos podem nos indicar que dominar a escrita e o conhecimento eram formas de ascender socialmente.
Educação, sociedade e cultura na antiguidade grega. Esta periodização, que é feita muito mais no sentido didático, coloca como marco do início deste período o surgimento, na Grécia, da poesia de Homero e, como marco do final do período, a queda do Império Romano no ano 476 da era cristã.
Produziu filósofos conhecidos e populares até os dias de hoje, como Sócrates, Platão e Aristóteles, além dos sofistas, que tiveram influência decisiva na profissionalização da educação. Reconhecimento do valor decisivo da educação na vida social e individual. O princípio da competição e seleção dos melhores, na vida e na educação. Desta forma, os processos educativos vão se estabelecendo em conformidade com as classes sociais, mas devido aos valores culturais desenvolvidos entre os gregos, já há uma tendência para a existência de uma educação mais democrática.
Corresponde à Educação Cívica. Corresponde à Educação Clássica, humanista e é representada especialmente por Sócrates, Platão e Aristóteles. Corresponde à Educação Helenística, enciclopédica. Como podemos perceber, o período intitulado de Antiguidade Clássica grega é muito longo, portanto a educação, bem como a sociedade, assumiu formas diferentes no decorrer do tempo.
Em Esparta, por exemplo, a educação assume um papel de preparação para a guerra, enquanto que em Atenas assume um papel mais intelectual. Estes poemas enunciaram forma marcante, toda a educação e cultura clássica, grega e romana. A Leitura e o estudo eram obrigatórios na educação básica da Grécia e, mais tarde, no Império Romano. Como esta é uma sociedade dos tempos heroicos e guerreiros, o ideal da educação desta época se estabelece em estreita relação com os ideais e as aspirações da sociedade.
Portanto, neste período, a educação, chamada de Heroica ou Cavalheiresca, é fortemente alicerçada nos conceitos de honra e valor e no espírito de luta e sacrifício, bem como nas capacidades e nos feitos individuais. Portanto, uma característica fundamental da educação é o espírito de superioridade. Podemos perceber que, durante este período, a educação visava ao preparo para a Guerra e para a capacidade de falar com facilidade. A educação formal e institucionalizada ainda não existia.
Não sendo pública nem gratuita, a educação tinha um caráter elitista. A educação tinha, sobretudo, a função e o objetivo de fazer com que o jovem assimilasse os valores da sociedade, ou seja, o espírito de superioridade, a habilidade de falar e de se expressar e a valentia para agir. O Período Arcaico e a Educação Cívica no final do período homérico, por volta de 800 a. Neste período, ocorre o que muitos autores denominam de Educação Cívica, ou seja, uma educação para a cidadania, capaz de formar bons cidadãos comprometidos com os interesses de suas sociedades.
O modelo de educação em Esparta: A sociedade espartana é muito comumente identificada como sendo composta por um povo guerreiro, de modos rudes e de pouca cultura. Neste tipo de sociedade, era necessário que a educação fosse calcada na severidade e na disciplina. Neste sentido, a educação espartana era essencialmente militar, embora os esportes e a música também fossem incentivados. Portanto, a educação espartana estava sob o controle absoluto do Estado.
A educação da criança, especialmente do menino após os sete e até os vinte anos de idade, era realizada diretamente pelo Estado. O resto ele deve conseguir como pode. Segundo Luzuriaga, a educação da mulher também era preocupação do Estado.
O modelo de educação em Atenas: Muito diferentedo que se estabeleceu em Esparta foi o modelo de educação estabelecido em Atenas. Estes modelos de educação tão antagônicos estão profundamente relacionados com o tipo de sociedade vigente em cada um deles. Como vimos, Esparta precisava de uma educação militarista, rígida e disciplinada, para manter os povos conquistados. A educação em Atenas, em conformidade com este modo de vida, possuía um enfoque muito mais social do que estatal.
Obviamente, esta educação segue alguns parâmetros que são comuns por toda a Grécia, como o ensino de educação física e música. A educação precisou dar conta de uma outra realidade, que era a formação do cidadão. A educação baseada apenas na ginástica, na música e na gramática não era suficiente. A essência de toda a verdadeira educação ou Paideia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um cidadão perfeito e o ensina a mandar e a obedecer, tendo a justiça como fundamento«. Jaeger nos informa, ainda, que os gregos deram o nome de Paideia a todas as formas e criações espirituais e ao tesouro completo da sua tradição, tal como nós o designamos por Bildung ou pela palavra latina »cultura«. Além de visar ao desenvolvimento do senso estético do menino, a música ensinava o sentido de participação, seja por meio de concursos, de festivais religiosos, como também por meio de declamações públicas de poesia. Na escola de Escrita o menino aprendia a escrever tanto a letra formal como a letra cursiva. A leitura era baseada nas obras de Homero, Hesíodo, Esopo, Tucídides, Focilíades, Sólon e em outras poesias em que se encontravam admoestações e ilustrações relativas à conduta, como também elogios e louvor aos homens distintos que o menino devia admirar e imitar.
O Período Clássico e a Educação Clássica ou Humanista: Durante o período clássico, Atenas se fortalece como centro da vida social, econômica política e cultural da Grécia em virtude do crescimento do comércio, da economia, do artesanato e das artes militares. Atenas viveu, ainda, durante este período, um processo de fortalecimento da ideia e do conceito de democracia. Como neste período a maior necessidade pedagógica da Grécia era a habilidade na política, os sofistas se esmeravam no ensino da retórica, da arte de falar em público, da arte da persuasão e das técnicas que ajudavam os homens a defenderem suas opiniões. Como é possível perceber, os sofistas não estavam muito interessados na verdade.
Portanto, era necessário ter argumentos potentes e suficientes sobre qualquer assunto. Se existiram sofistas enganadores, fúteis e gananciosos, existiram, também, os sérios, responsáveis e comprometidos com o ensino, como os citados acima. Os sofistas não foram cientistas nem filósofos, mas tiveram muita influência na cultura e na educação de seu tempo. Por meio de suas atuações, contribuíram para a sistematização da educação e para a difusão da filosofia de um grande número de pessoas das polis.
Pedagogia e pedagogo: termos de origem grega: Na Grécia Antiga, os paidagogos eram escravos encarregados de acompanhar as crianças em diversos locais, especialmente até o local de estudos. Portanto, a Grécia Clássica pode ser considerada o berço da pedagogia, pois é justamente aí que vão ocorrer as primeiras reflexões em torno dos processos educativos.

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