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Aspectos culturais da dor

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1.
		Com relação ao aspecto cultural da dor, assinale a alternativa ERRADA:
	
	
	
	A dor deve ser comunicada na forma de expressão verbal ou não verbal para que se torne pública.
	
	
	Nem todos os grupos sociais e culturais reagem à dor da mesma forma.
	
	
	A dor deve ser considerada um mero evento físico ou neurofisiológico que aponta para modos disfuncionais de operação do organismo.
	
	
	A dor e a doença não são fenômenos puramente objetivos, já que dependem do contexto para que sejam compreendidos.
	
	
	Como sintoma, a dor pode ser expressão de mudanças fisiológicas normais, como a gravidez.
		
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		2.
		O homicídio constitui um ato odioso em tempos normais e não o é em tempos de guerra, porque não há neste caso um preceito que o proíba. Isto é, um ato, intrinsecamente o mesmo, que pode ser condenado hoje por um país europeu, pode não sê-lo na Grécia, simplesmente porque não violava, pois, na Grécia nenhuma norma preestabelecida.  DURKHEIM, Émile. Sociologia y Filosofia, p. 160, Buenos Aires. Kraft, 1951. Após a leitura do trecho acima reproduzido e de seus conhecimentos, analise as assertivas abaixo e assinale a ÚNICA alternativa incorreta.
	
	
	
	constitui-se um fato social patológico aquele que tem conotações diferenciadas em cada sociedade.
	
	
	o organismo social não é o mesmo em dois momentos distintos, da mesma forma que muitos organismos vivos mudam sua morfologia ao longo de sua vida. Por isso, o que é normal hoje, pode não sê-lo amanhã.
	
	
	é patológico o fato social que extrapola os limites permitidos pela ordem social desafiando a moral vigente.
	
	
	a noção de normalidade ou patologia só pode viabilizar-se ao considerarmos que cada sociedade possui uma consciência coletiva singular, e portanto, diferentes padrões de comportamento.
	
	
	é normal apenas o fato social que é geral, ou seja, faz parte do regulamento social de todas as sociedades simultaneamente.
	
	
	
	 
		
	
		3.
		"Um paciente que experimenta sua dor como punição, mesmo que procure um profissional de saúde, pode recusar-se, ainda que inconscientemente, ao tratamento. O entendimento pelo profissional desta concepção moral e de seu lugar estruturante na experiência da dor é decisivo para o cuidado e a 'cura', porque a dor e a doença não se separam de seu significado" (SARTI, Cyntia A. A dor, o indivíduo e a cultura. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v10n1/02.pdf>. Acesso em: 09 ago. 2014.
A partir do fragmento acima pode-se concluir que:
	
	
	
	A perspectiva moral presente no fenômeno da dor é indicativo de que não existe relação com determinantes fisiológicos.
	
	
	Existe uma relação dinâmica e indissociável entre indivíduo e sociedade no que tange às significações dos processos de dor e outros infortúnios.
	
	
	É necessário um estudo aprofundado dos determinantes inconscientes para que se entenda corretamente o fenômeno da dor.
	
	
	Dor e doença são expressões objetivas de disfunções físicas ou fisiológicas.
	
	
	Apenas um profissional de saúde mental pode compreender o paciente que experimenta a dor como punição.
		
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		4.
		Toni é operário da construção civil e vai à consulta médica com queixa de dor abdominal persistente há mais de um mês. Mesmo tendo se servido de chás e outros expedientes caseiros, além de analgésicos sugeridos pelo "pessoal da farmácia", não conseguiu resolver o problema. Expressa sua dificuldade em buscar auxílio médico em função de seu trabalho, além de temer ser visto por seus companheiros como um homem fraco ou fresco (sic), que não quer trabalhar e prefere inventar doença para "ficar encostado". Acredita não haver, de fato, necessidade de atenção especial, uma vez que é forte o suficiente para suportar este pequeno incômodo que será resolvido de imediato. Toni não parou de trabalhar, embora tenha se ausentado do serviço para ir à consulta.
Considerando os determinantes sociais e culturais presentes nos eventos em saúde assinale a alternativa que NÃO APRESENTA uma conclusão adequada sobre o relato acima:
	
	
	
	Toni está errado em não dar atenção aos sintomas de doença.
	
	
	O fator trabalho ocupa papel de destaque em suas representações de sujeito (homem).
	
	
	O caso de Toni reafirma a multiplicidade de leituras possíveis sobre estados de saúde e doença.
	
	
	Um "pequeno incômodo" de saúde não é suficiente para por em risco a reputação de Toni frente aos demais personagens componentes de seu universo social.
	
	
	Toni significa seus estados de saúde e doença tomando como relevantes fatores culturais como trabalho, situação econômica e papel de gênero.
	
Explicação:
Saúde e doença não são dados objetivos, embora tenhamos evidências empíricas. Mais do que evidências físicas ou fisiológicas, os estados de saúde e doença são significados social e culturalmente. Assim, a forma como um evento em saúde é compreendido poderá variar enormemente de indivíduo para indivíduo e de cultura para cultura. No caso do personagem de nossa história, sua reputação como bom trabalhador e homem forte é mais relevante do que um "simples desconforto" fisiológico. Assim, entende seus estados de saúde e doença considerando mais os determinantes socioculturais do que os fisiológicos. Apesar disso, não se pode concluir que esteja errado ou que não dê atenção aos sintomas de doença. 
	
	
	
	 
		
	
		5.
		Quando pensamos em eventos relacionados à saúde, à doença e à cura, compreendemos que somos um reflexo do repertório sociocultural. Assinale a alternativa que não corresponde ao enunciado acima.
	
	
	
	Desenvolver atitudes críticas nas análises de respostas a eventos relacionados à saúde, à doença e à cura é essencial.
	
	
	A diversidade das organizações sociais e dos sistemas culturais influenciam às formas de atenção à saúde nas sociedades modernas.
	
	
	Os usos físicos do corpo independem do conjunto de sistemas simbólicos.
	
	
	As determinações culturais incidem na construção das demandas por atenção à saúde.
	
	
	Os valores socioculturais nos capacitam para formular respostas à situações de adoecimento.
		
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		6.
		Considerando a importância para o profissional de saúde da relação entre dor e cultura, assinale a alternativa que NÃO APRESENTA uma conclusão adequada:
	
	
	
	Sendo a dor sempre um indicativo de desarmonia fisiológica, o profissional de saúde deve procurar descobrir o que se esconde atrás dos relatos dos pacientes sobre seus estados de dor e sofrimento. Exames e outros procedimentos técnicos devem presidir o trabalho em saúde.
	
	
	O profissional de saúde deve estar atento para os sentidos sociais expressados no evento da dor.
	
	
	Mais do que atentar para as disfunções orgânicas para as quais aponta o fenômeno da dor, o profissional de saúde deve igualmente estar atento às significações que os usuários expressam sobre estes estados.
	
	
	A dor é significada social e culturalmente e isto importa muito ao profissional de saúde, uma vez que deverá buscar compreender seu paciente para além de suas disfunções orgânicas.
	
	
	Deve-se olhar para além de uma lógica puramente organicista (de recuperação física) e considerar os sentidos simbólicos ou subjetivos que orientam a busca por atenção em saúde.

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