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Artigo Miastenia Gravis e Fadiga Muscular

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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS 
FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE TEÓFILO 
OTONI 
 
 
 
 
 
 
 
 MIASTENIA GRAVIS E A FADIGA MUSCULAR 
 
 
 
ANA LÚCIA PEREIRA 
BIANCA CARLA S. LORENTZ 
 BRENO NOGUEIRA 
JOÃO VICTOR G. ROCHA 
LARA FÁBIA GUIMARÃES 
MARIA EDUARDA ALVES 
STELLA ALVES DIAS SAMPAIO 
 
 
1° PERÍODO, ODONTOLOGIA 
TURNO INTEGRAL 
 
 
 
 
TEÓFILO OTONI, MG 
MAIO, 2020 
FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS 
FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE TEÓFILO 
OTONI 
 
 
 
 
 
 
 MIASTENIA GRAVIS E A FADIGA MUSCULAR 
 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado na disciplina de Fisiologia Humana, 
do curso de odontologia, 1° período, da Faculdade Presidente Antônio Carlos 
de Teófilo Otoni, como requisito parcial para a avalição da etapa. 
Professor: Daniel de Azevedo Teixeira 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEÓFILO OTONI, MG 
MAIO, 2020 
FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS 
FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE TEÓFILO 
OTONI 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1 
1.2 Miastenia Gravis ..................................................................................................... 1 
1.2 Fadiga Muscular...................................................................................................... 2 
2. OBJETIVOS.............................................................................................................. 2 
3. METODOLOGIA ..................................................................................................... 2 
4. SINTOMAS .............................................................................................................. 3 
4.1 Sintomas da Miastenia Gravis ................................................................................ 3 
4.3 Sintomas da Fadiga Muscular ................................................................................. 4 
5. DIAGNÓSTICO CLÍNICO ...................................................................................... 5 
5.1 Fadiga Muscular...................................................................................................... 5 
5.2 Miastenia Gravis ..................................................................................................... 5 
6. TRATAMENTO ....................................................................................................... 6 
6.1 Tratamento da Miastenia Gravis ............................................................................. 6 
6.1.1 Medicamentos: ..................................................................................................... 7 
6.1.2 Tratamentos para suprimir a reação autoimune ................................................... 7 
6.2 Tratamento para Fadiga Muscular .......................................................................... 8 
7. DISCUSSÃO ............................................................................................................. 9 
7.1 Classificações da Miastenia Gravis ........................................................................ 9 
7.2 Manifestações da Fadiga Muscular ....................................................................... 11 
8. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 11 
9. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 13 
 
1 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.2 Miastenia Gravis 
 
A miastenia gravis é uma doença autoimune que se caracteriza por apresenta 
fraqueza muscular e fadiga em distintos grupos musculares. A mesma resulta de um 
ataque autoimune aos receptores de acetilcolina pós-sinápticos, que interrompe a 
transmissão neuromuscular, sendo o desencadeante da produção de anticorpos 
desconhecido. 
A miastenia gravis afeta indivíduos de todas as idades, sendo mais frequente 
em mulheres entre os 20 e 40 anos. Os músculos oculares, faciais e bulbares são os 
mais afetados normalmente. Os pacientes com miastenia gravis manifestam 
agravamento da fraqueza muscular, com infecções, febre e esgotamento físico ou 
emocional. A infecção respiratória é a causa mais comum da provocação. Os 
sintomas incluem fraqueza nos músculos do braço e da perna visão dupla e 
dificuldades de fala e mastigação. 
A MG apresenta algumas formas raras e variadas da doença: 
• A miastenia gravis ocular (MGO) atinge especificamente os olhos, restrita 
aos músculos responsáveis pela movimentação dos olhos; 
• A miastenia congênita, diferente da miastenia gravis, é uma doença 
hereditária, geralmente começam na infância mas há casos em que 
aparecem somente na adolescência ou na fase adulta. Nessa doença os 
sintomas são consequências de um distúrbio hereditário em que um ou 
mais genes são alterados desde a concepção do bebê; 
• A miastenia neonatal decorre de anticorpos da mãe que podem atravessar 
a placenta, sendo assim os bebes de mulheres que possuem a miastenia 
gravis podem nascer com os sintomas da doença, mas os anticorpos 
desaparecem nas 3 primeiras semanas de vida. 
 
 
 
 
2 
 
1.2 Fadiga Muscular 
 
A fadiga é uma condição restritiva para a continuidade de trabalho e apesar 
da fisiologia apresentar várias hipóteses sobre como explicá-la, ainda não existe um 
conhecimento consolidado, uma vez que ela parece sofrer interferências, uma física 
e outra mental (psicológica). A fadiga muscular pode ser causada por vários 
mecanismos diferentes, desde o acúmulo de metabólitos nas fibras musculares até a 
geração de um comando motor inadequado no córtex motor. A fadiga pode ser 
definida como um estado de perturbação na homeostasia, podendo tal perturbação 
ser atribuída ao tipo e intensidade do trabalho e do ambiente no qual é realizado. 
A fadiga muscular aguda pode ter origem em um ou em todos os sistemas 
fisiológicos envolvidos na ação muscular, desde o sistema nervoso central até o 
maquinário contrátil. Contudo, a maioria dos estudos apresenta apenas um possível 
evento fisiológico responsável pelo surgimento da fadiga muscular aguda, que pode 
ter a sua origem no sistema cardiorrespiratório, no aparato contrátil ou no sistema 
nervoso central. 
 
2. OBJETIVOS 
 
O presente artigo tem como finalidade relatar sobre a fadiga muscular e a 
miastenia gravis, descrever os seus aspectos fisiológicos, sintomas, diagnósticos, 
tratamentos e classificação. 
 
3. METODOLOGIA 
 
Para a realização desse artigo foi buscado analisar as temáticas propostas, este 
artigo será pautado nos estudos dos seguintes temas: Miastenia Gravis e Fadiga 
Muscular. De forma que atinja o maior conhecimento de informações possíveis. 
O estudo visa abordar o conhecimento a respeito dos temas e suas 
manifestações no ser humano. Estabelecendo uma linha de investigação, pela qual 
será conduzido o artigo, no sentido que seja levantado todo o material necessário para 
estabelecer uma avaliação sobre a funcionalidade. 
3 
 
O estudo seguirá distribuído respectivamente em: introdução que apresentará 
quais serão os temas estudados; os sintomas da Miastenia Gravis e Fadiga Muscular; 
o diagnóstico que possui como objetivo analisar o quatro clinico; o tratamento que 
demostrará quais são os medicamentos usados e os possíveis procedimentos; será 
exposto discussões, classificações e manifestações sobre as doenças em questão. 
 
4. SINTOMAS 
 
4.1 Sintomas da Miastenia Gravis 
 
Observa-se nos pacientes de MG sinais de fraqueza e fadigabilidade, os 
sintomas se agravam, principalmente, com a atividade dos músculos afetados, e 
melhora após o repouso. Variados aspectos pioram a fraqueza muscular, alguns deles 
são: estresse emocional, exercício, temperaturas elevadas, infecções, gravidez, 
cirurgias e algumas drogas (aminoglicosídeos, fenitoína e anestésicos locais). 
Os sintomas mais comuns da miasteniagravis são: Ptose, Diplopia e fraqueza 
muscular após o uso do músculo comprometido. Entretanto podem variar bastante, e 
geralmente intensificam-se no final do dia. 
Os músculos comumente afetados são: extensores do pescoço, levantador da 
pálpebra superior, facial, extraocular e dos membros proximais. Os músculos extra-
oculares são afetados em cerca de 50% dos pacientes que apresentam MG, e em 90% 
dos pacientes durante alguma fase da doença, normalmente durante a leitura ou ao 
dirigir por período prolongado. Caso haja um desenvolvimento da miastenia 
generalizada depois dos sintomas oculares, ela normalmente ocorre nos 3 primeiros 
anos. As dificuldades na fala, deglutição e mastigação também podem surgir como 
queixa inicial, porém a frequência destes sintomas é mais rara que os sintomas 
oculares. A fraqueza em membros superiores é mais evidente e comum quando 
comparada com os membros inferiores. 
A fraqueza muscular da musculatura extraocular, normalmente, provoca a 
diplopia e a ptose palpebral, com característica assimétrica e flutuante. 
Diplopia é a visualização de duas imagens em um único objeto, ela pode ser 
monocular ou binocular. A diplopia monocular está presente quando apenas um olho 
4 
 
está aberto, e é um problema oftalmológico relacionado às distorções no caminho da 
luz. A diplopia binocular está presente quando os dois olhos estão abertos e desaparece 
quando um dos olhos é fechado sendo um resultado de um desalinhamento nos eixos 
visuais. 
Ptose é um termo médico que se refere a queda da pálpebra superior em 
direção a pupila, sendo uma característica comumente apresentada em casos de 
miastenia gravis e podendo ser melhorada com a aplicação de gelo sobre a pálpebra e 
após o sono. Essa característica pode deixar a visão limitada o cobrir totalmente a 
pupila, impedindo que a pessoa tenha uma visão normal. Ela pode ser unilateral ou 
bilateral, parcial, flutuante, levando a confusão no diagnóstico inicial, pois pode ser 
confundido com outros distúrbios oculares. 
 
4.3 Sintomas da Fadiga Muscular 
 
Fadiga ocorre predominantemente como parte de um conjunto de sintomas, 
mas, mesmo quando é o único ou o principal sintoma, a fadiga é um dos sintomas mais 
comuns. A fadiga dificulta a sustentação ou iniciação de uma atividade devido à falta 
de energia e é acompanhada pelo desejo de descansar. A literatura científica, por sua 
vez, define a fadiga e seus sintomas como “uma sensação subjetiva de cansaço físico 
ou exaustão desproporcional ao nível de atividade”. Ainda, “a fadiga pode se 
manifestar como dificuldade ou incapacidade de iniciar uma atividade (percepção de 
fraqueza generalizada); redução da capacidade em manter uma atividade (cansaço 
fácil); e dificuldade de concentração, problemas de memória e estabilidade emocional 
(fadiga mental)”. 
Os sintomas mais frequentemente descritos em casos de fadiga crônica são as 
musculares, assim como as dores de cabeça, mau humor e um grande cansaço. O 
menor esforço causa fadiga severa. 
A síndrome da fadiga crônica, uma das causas da fadiga crônica, possui sinais 
e sintomas para o diagnóstico da doença, sendo que o principal sintoma da doença é a 
fadiga. Outros sintomas importantes são dor de cabeça, sono não reparador, dores 
musculares e nas juntas, dor de garganta, presença de gânglios dolorosos no pescoço 
e nas axilas, dificuldade com a memória ou concentração, sono recorrente ou 
5 
 
intermitente, dor muscular inexplicável e exaustão extrema com duração de 24h após 
o exercício físico ou mental. Pode estar presente alguns outros sinais e sintomas, como: 
dor no peito, tosse crônica, diarreia, tonturas, dor abdominal, boca seca, náuseas, 
irritabilidade, depressão, transtornos de ansiedade, formigamento, olho seco e perda 
de memória ou de concentração. 
 
5. DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
 
5.1 Fadiga Muscular 
 
O diagnóstico se baseia na percepção dos sintomas e na realização de exames 
clínicos. Para dar este diagnóstico, é preciso apresentar vários sintomas associados 
ao cansaço. O profissional da saúde irá analisar se o paciente possui alguns dos 
seguintes sintomas: 
• Falta de vontade; 
• Humores variáveis (principalmente tristeza); 
• Dificuldade de concentração; 
• Dores de cabeça; 
• Dores musculares; 
• Dificuldade de levantar pela manhã mesmo após boas horas de sono; 
• Imunidade baixa (facilidade para contrair doenças). 
Caso o diagnóstico se confirme, o profissional da saúde irá pedir um histórico 
clínico e alguns exames de sangue para entender qual a causa da fadiga muscular e 
qual a melhor maneira de resolver o problema. 
 
5.2 Miastenia Gravis 
 
Para dar o diagnóstico da Miastenia Gravis, o médico deverá avaliar a se o 
paciente apresenta fraqueza episódica, sobretudo quando os músculos dos olhos ou 
6 
 
da face são afetados ou quando a fraqueza piora com a utilização destes músculos e 
desaparece com o repouso. 
Como a frieza e o descanso diminuem a fraqueza devido à miastenia, o 
profissional da saúde pode realizar testes físicos, tal como a aplicação de bolsas de 
gelo nos olhos do paciente, pedir que ele se deite tranquilamente em um quarto 
escuro, por alguns minutos, com os olhos fechados. Este exame geralmente é feito 
somente se a queda de pálpebras estiver evidente. Se as pálpebras caírem menos 
depois do teste, os médicos suspeitam de miastenia grave. 
Além disso, são necessários outros exames para confirmar o diagnóstico, 
como: 
• Eletromiografia (estimular os músculos, depois registrar sua atividade 
elétrica) 
• Exames de sangue para detectar anticorpos aos receptores de acetilcolina e, 
às vezes, outros anticorpos presentes em pessoas com o distúrbio 
• Tomografia do tórax: o exame de imagem ajuda a identificar se o timo está 
no seu tamanho normal. 
Após a miastenia grave ser diagnosticada, para avaliar o timo e saber se há 
timoma (tumor no timo), realizam-se exames de imagem por tomografia 
computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do tórax. 
 
6. TRATAMENTO 
 
6.1 Tratamento da Miastenia Gravis 
 
Os principais meios de tratamento da Miastenia Gravis são através de: 
• Piridostigmina ou um medicamento similar 
• Corticosteroide ou um medicamento que iniba o sistema imunológico 
• A imunoglobulina intravenosa ou plasmaferese 
• Frequentemente retirada do timo 
7 
 
Em pessoas com miastenia grave, podem ser utilizados medicamentos para 
ajudar a melhorar a força rapidamente, suprimir a reação autoimune e retardar a 
progressão da doença. 
 
6.1.1 Medicamentos: 
 
Os medicamentos que aumentam a quantidade de acetilcolina, como 
piridostigmina (tomada por via oral), podem aumentar a força muscular. Os 
comprimidos de ação prolongada estão disponíveis para uso noturno para ajudar as 
pessoas com fraqueza grave ou dificuldade em engolir quando acordam pela manhã. 
O médico deve ajustar a dose periodicamente, já que pode ser necessário 
aumentá-la durante os episódios de fraqueza. No entanto, as doses muito elevadas 
podem causar fraqueza e estas são difíceis de diferenciar das que ocasionam a doença. 
Esse efeito é denominado síndrome colinérgica. Se ocorrer uma síndrome colinérgica, 
o medicamento precisa ser interrompido por vários dias. Na síndrome colinérgica (com 
em uma crise miastênica), os músculos necessários para a respiração podem 
enfraquecer. Nesses casos, as pessoas são tratadas na unidade de terapia intensiva. 
Além disso, a eficácia desses medicamentos diminui com o consumo ao longo 
prazo. A fraqueza progressiva, que se pode dever a uma diminuição da eficácia do 
medicamento, deve ser avaliada por um médico com experiência no tratamento da 
miastenia grave. 
As reações adversas frequentes da piridostigmina incluem cólicas abdominais 
e diarreia. Pode ser necessário administrar medicamentos para retardar a atividade do 
aparelho digestivo, como a atropina ou a propantelina, para combater esses efeitos. 
 
6.1.2Tratamentos para suprimir a reação autoimune 
 
Para suprimir a reação autoimune, os médicos também podem prescrever o 
seguinte; um corticosteroide, como prednisona; um medicamento que iniba o sistema 
8 
 
imunológico (imunossupressor), como micofenolato de mofetila, ciclosporina ou 
azatioprina. Esses medicamentos são administrados por via oral. 
A maioria das pessoas precisam tomar um corticosteroide por tempo 
indefinido. Se a dose for muito alta no início da administração de corticosteroide, os 
sintomas podem piorar no início, mas a melhora ocorre em algumas semanas. A dose 
é reduzida ao mínimo eficaz. Os corticosteroides, quando administrados por um longo 
tempo, pode ter efeitos colaterais moderados ou graves. Por isso, a azatioprina pode 
ser administrada para que o corticosteroide possa ser interrompido ou ter a dose 
reduzida. Com azatioprina, a melhora leva uns doze meses. 
Quando esses medicamentos não oferecem alívio, anticorpos monoclonais, 
como rituximabe ou eculizumabe, podem ajudar. Anticorpos monoclonais são 
anticorpos fabricados que visam e suprimem partes específicas do sistema 
imunológico. 
Pode-se usar imunoglobulina intravenosa (intravenous immune globulin, 
IVIG) ou plasmaférese quando ocorre uma crise miastênica. Elas também podem ser 
usadas quando os medicamentos não proporcionam alívio e o timo tiver que ser 
extraído (antes dessa operação). 
A imunoglobulina (solução que contém diferentes anticorpos coletados de um 
grupo de doadores) pode ser administrada por via intravenosa, uma vez ao dia, por 
cinco dias. Ela contém anticorpos que ajudam a controlar o sistema imunológico e 
parar a reação autoimune que causa miastenia grave. Mais de dois terços das pessoas 
melhoram em uma a duas semanas e os efeitos podem durar por até dois meses. 
Na plasmaférese, extraem-se do sangue as substâncias tóxicas (neste caso, os 
anticorpos anômalos). A melhora após a plasmaférese é similar àquela após tomar 
imunoglobulina. 
Se for encontrado um timoma, deve-se extrair o timo cirurgicamente, para 
evitar que o tumor se dissemine. A remoção pode resultar em remissão ou permitir aos 
médicos reduzir a dose do corticosteroide. 
 
6.2 Tratamento para Fadiga Muscular 
9 
 
 
Não há um tratamento específico para a fadiga muscular, já que este pode 
variar de acordo com cada pessoa e cada caso em particular. Existe a prevenção que 
tem em vista o alivio dos sintomas promovendo uma melhor qualidade de vida para 
o paciente. 
A partir de então, utilizar estratégias preventivas que retardem a instalação do 
quadro de exaustão, tais como incentivar a hidratação constante e a boa alimentação, 
orientar para um sono adequado e respeitar os intervalos de descanso entre cada 
sessão de treino, e, se for o caso, fazer o uso de suplementos alimentares que ajudem 
a retardar o processo de fadiga. E em casos mais graves o uso de 
medicamentos analgésicos, como: paracetamol, anti-inflamatórios, 
como ibuprofeno, e relaxantes musculares costumam ser usados para aliviar esse tipo 
de dor. 
 
7. DISCUSSÃO 
 
7.1 Classificações da Miastenia Gravis 
 
A MG apresenta alguns casos específicos por grupo, sendo classificada em 
quatro grupos por severidade da doença. São eles: 
 
• Grupo I: fraqueza muscular estritamente ocular promovendo ptose e diplopia; 
• Grupo IIa: fraqueza leve em outros músculos além do ocular, porém 
predominantemente nos músculos das extremidades (limbo) e/ou axiais, além 
dos orofaríngeos; 
• Grupo IIb: fraqueza moderada, com o acometimento de músculos 
respiratórios e orofaríngeos; 
• Grupos III: sinais generalizados agudos fulminantes com envolvimento 
bulbar e crises miastênicas; 
• Grupo IV: generalizada e severa, com sinais bulbares e crises miastênicas 
(necessidade de assistência respiratória mecânica). 
 
10 
 
A crise miastênica é definida como uma piora súbita da função respiratória, 
considerada uma urgência neurológica na qual a fraqueza muscular é tão severa que 
impede a função respiratória ou o funcionamento adequado das vias aéreas. Presente 
em 15 a 25% dos pacientes com MG, com grande incidência, principalmente nos 
pacientes do grupo III e IV. 
 
Além disso, a Miastenia Gravis também pode ser classificada em grupos de 
acordo com a etiologia: 
 
I. MG autoimune adquirida: mais comum na forma em adultos. 
MG ANTI-MUSK: Aproximadamente 50% dos pacientes com MG sem 
anticorpos anti-receptor de acetilcolina apresentam anticorpos contra uma enzima da 
membrana muscular, denominada tirosina quinase músculo-específica (anti-MuSK). 
 
II. MG neonatal transiente: causada pela transferência passiva de anticorpos 
maternais pela placenta, que atuam nos receptores de ACh do neonato. 
 
Pode ocorrer em até 10% dos neonatos filhos de mães com MG. Tal 
condição resulta da transferência passiva de anticorpos maternos anti receptor-Ach 
através da placenta, tendo início usualmente nos primeiros 3 dias de vida, manifesta 
através de choro fraco, dificuldade de sucção, fraqueza generalizada, tônus 
diminuído, dificuldade respiratória, ptose e diminuição da expressão facial e com 
resolução espontânea após 18-20 dias. 
 
• Miastenia gravis juvenil: Trata-se de uma situação definida pelo surgimento 
de sinais e sintomas miastênicos entre o primeiro e o 18° ano de idade, 
perfazendo 10% de todos os casos de MG. No entanto, alguns casos podem 
representar, na verdade, Miastenia Congênita (doença sem caráter 
autoimune), particularmente naqueles com anticorpos anti-receptor de 
acetilcolina negativos. 
 
• Pacientes gestantes: A gravidez não piora o desfecho à longo prazo da MG. 
Na verdade, o curso da doença é altamente variável e imprevisível durante 
a gestação e pode mudar nas gestações posteriores. 
11 
 
 
III. MG induzida por drogas: pode ser identificada como autoimune adquirida 
com anticorpos positivos à AChR. Outras drogas podem exacebar a MG ou 
causar uma fraqueza muscular semelhante a MG, como o curare, 
aminoglicosídeos, quinina, procainamida e bloqueadores dos canais de 
cálcio; 
 
IV. Síndrome miastênica congênita: causada por mutações em proteínas 
envolvidas na transmissão neuromuscular pós-sináptica; 
 
7.2 Manifestações da Fadiga Muscular 
 
A fadiga pode não ser causada por doenças subjacentes. Algumas causas 
comuns são falta de sono, esforço pesado, jetlag, refeição pesada ou envelhecimento. 
A fadiga apresenta duas manifestações a aguda e a crônica. 
 
I. Fadiga crônica: é caracterizada por alterações no organismo após a realização de 
grande esforço ou atividade de longa duração com um processo de recuperação 
incompleto. Os sintomas desse tipo de fadiga são o cansaço, alterações de humor, 
comprometimento do sistema imune, com o aparecimento de gripes e resfriados 
frequentes, entre outros. 
 
II. Fadiga aguda: é caracterizada por alterações fisiológicas que impedem o 
indivíduo de realizar uma determinada atividade física. 
 
8. CONCLUSÃO 
 
Ao final deste artigo, fica evidente a dificuldade diária dos portadores das 
doenças referidas, a miastenia gravis e a fadiga muscular, tanto em coisas comuns do 
dia a dia e até mesmo no exercício de atividades essenciais para a vida humana, como 
por exemplo a prática de exercícios físicos. Portanto, torna-se necessário a tomada 
de medidas profiláticas para evitar tais condições, no caso da fadiga deve-se 
incentivar a hidratação, a boa alimentação, regulamentação das noites de sono e se 
necessário o uso de suplementos alimentares. No caso da miastenia gravis, um 
12 
 
diagnóstico rápido é a melhor maneira de retardar o avanço da doença para que o 
paciente possa ter uma melhor qualidade de vida mesmo com presença da doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
9. REFERÊNCIAS 
 
MICHAEL RUBIN, MDCM, WEILL CORNELL MEDICAL COLLEGE. 
MIASTENIA GRAVIS Acesso em: 10/05/2020 
Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-do-sistema-nervoso-perif%C3%A9rico-e-
da-unidade-motora/miastenia-gravis 
 
CARVALHO, A. S. R. DE, SILVA, A. V. DA, ORTENSI, F. M. F., FONTES, S. V., 
& OLIVEIRA, A. S. B. (2005). MIASTENIA GRAVE AUTOIMUNE. REVISTA 
NEUROCIÊNCIAS, 13(3), 138-144. Acesso em 11/05/2020 
Disponível em: https://doi.org/10.34024/rnc.2005.v13.10352 
 
REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, VOLUME 15 NÚMERO 4 
PÁGINAS 493-506 2011 ISSN 1415-2177, ATUALIZAÇÕES E PERSPECTIVAS 
NA MIASTENIA GRAVIS. Acesso em 13/05/2020 
Disponível em: 
https://www.biologia.bio.br/curso/1%C2%BA%20per%C3%ADodo%20Faciplac/Art
igo_Atualiza%C3%A7%C3%B5es%20e%20Perspectivas%20na%20Miastenia%20g
ravis.pdf 
 
CLINICAL NEUROPHYSIOLOGY, VOLUME 119, EDIÇÃO 1, JANEIRO DE 
2008, PÁGINAS 2-10, CLINICAL NEUROPHYSIOLOGY OF FATIGUE. Acesso 
em 10/05/2020. 
Disponível em: 
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1388245707005913 
 
MICHAEL R. WASSERMAN, MD, LOS ANGELES JEWISH HOME. Acesso em 
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Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/t%C3%B3picos-
especiais/sintomas-inespec%C3%ADficos/fadiga 
 
REDAÇÃO ATLETIS, O QUE É FADIGA MUSCULAR? CONHEÇA AS 
CAUSAS E TRATAMENTOS. Acesso em: 09/05/2020 
Disponível em: https://www.atletis.com.br/fadiga-muscular-causas-e-tratamento 
 
14 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE, PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES 
TERAPÊUTICAS - MIASTENIA GRAVIS. Acesso em: 08/05/2020 
Disponível em: https://neurologiahu.ufsc.br/files/2012/08/Protocolo-MS_Miastenia-
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MARIA TEREZA SANTOS, VEJA, SAÚDE, MIASTENIA GRAVIS: O QUE É E 
COMO TRATAR. Acesso em: 08/05/2020 
Disponível em: https://saude.abril.com.br/blog/boa-pergunta/miastenia-gravis-o-que-
e-e-como-tratar/ 
 
PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS MIASTENIA 
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REDAÇÃO MINUTO SAUDÁVEL, O QUE É FADIGA (MUSCULAR, CRÔNICA, 
ADRENAL, ETC) E COMO TRATAR. ACESSO EM 07/05/2020 
Disponível em: https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-fadiga-muscular-cronica-
adrenal-etc-e-como-tratar/ 
 
GRUPO VOLL, BLOG DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ENTENDA TUDO SOBRE 
COMO FUNCIONA A FADIGA MUSCULAR. Acesso em 09/05/2020 
Disponível em: https://blogeducacaofisica.com.br/fadiga-muscular/ 
 
HARGREAVES, MARK. FATORES METABÓLICOS DA FADIGA.SPORTS 
SIENCE EXCHANGE 2006; 3º TRIMESTRE. Acesso em 07/05/2020 
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https://blogeducacaofisica.com.br/author/equipevoll/

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