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Arrendamento Mercantil: Vantagens, Desvantagens e Extinção

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Disciplina: DIREITO CONTRATUAL BANCÁRIO
Aula 9: Arrendamento mercantil: Introdução e espécies– Parte
2
Apresentação
Nesta aula, você estudará as vantagens e desvantagens que o leasing oferece para os signatários da avença, analisando
os �ns do instituto e seu viés tributário à luz da possibilidade de, em se tratando de pessoa jurídica, serem abatidas do
imposto de renda as parcelas deduzíveis com o aluguel.
Estudaremos também as possibilidades de extinção do contrato de leasing, pelo cumprimento da avença, pela cessão do
contrato ou pela falência do arrendador ou do arrendatário, bem como a possibilidade de continuação do contrato de
arrendamento mercantil pela massa falida, e as possibilidades de propositura das ações de restituição de mercadoria,
bem como embargos de terceiros.
Você ainda terá a oportunidade de compreender o processo intelectivo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) quando
suprimiu o entendimento vergastado por ocasião da Súmula 263 com sua supressão pela Súmula 293, dando
interpretação diametralmente oposta ao entendimento anteriormente consolidado, quanto ao Valor Residual Garantido
(VRG).
Objetivo
Investigar as vantagens oferecidas pelo sistema de leasing;
Analisar a viabilidade de continuação do contrato de leasing quando da decretação da falência do arrendador ou do
arrendatário;
Examinar a interpretação do STJ para a compreensão do Valor Residual Garantido.
Leasing
 Fonte: pixabay
Vantagens do leasing
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
A grande vantagem do leasing é propiciar ao arrendatário o
usufruto imediato do bem, mesmo na constância dos
pagamentos periódicos ainda não realizados.
 Fonte: pixabay
Precipuamente em se tratando de empresas, a grande vantagem que paira sobre essa �gura é, ainda, a possibilidade de
amortização das parcelas a título de aluguel no imposto de renda, que poderá pertencer à arrendatária quando da opção de
compra.
Outro fator de referenda importância aduz-se ao fato de que o arrendatário poderá sem grandes investimentos adquirir um
bem, pagando as prestações periódicas que, em regra, são menores que um �nanciamento, porquanto o próprio bem
representa uma garantia ao arrendador, que mantém o domínio e a posse indireta.
De outro lado, a quantidade de parcelas no leasing é menor que a do �nanciamento comum, possibilitando diminutiva queda
nos valores, precipuamente sobre o fracionamento que poderá alcançar 100% do bem.
Variando a modalidade do leasing, outras plataformas se erigem, assim, no leasing operacional ou operating leasing, ou ainda,
renting, pelo qual poderá o arrendatário exigir novo bem quando o objeto se tornar obsoleto e, de outro lado, o arrendador
poderá estandardizar o referido bem à mercê de outros arrendatários, mediante o pagamento das prestações acrescidas da
prestação de serviço.
No leaseback, dada as suas facetas, poderá o arrendatário injetar capitais sem o prognóstico de um �nanciamento bancário,
que dadas as suas intrínsecas características, apresenta elevadíssima carga de juros.
Desvantagens do leasing
O valor residual garantido é suportado unilateralmente pelo
arrendatário, ademais, enquanto perdurar o referido
contrato, o arrendatário não poderá dispor do bem de forma
plena, senão da estabelecida em contrato, porquanto não
detém o domínio, mas a posse.
Dado o grau de endividamento do arrendatário, ante uma
inadimplência, através de meios judiciais, poderá o
arrendatário ver-se despido da posse, conquanto o bem
pertença ao arrendador.
 Fonte: pixabay
Valor Residual Garantido (VRG)
O valor residual garantido é a grande celeuma no leasing. Conquanto que se liga diretamente à opção de compra, esse
elemento é característico do leasing, portanto, ausente nas demais �guras assemelhadas ao arrendamento mercantil.
Com efeito, somente subsistirá o VRG se ao mesmo tempo for exercida a opção de compra, aliás, essa opção está
umbilicalmente ligada ao VRG, conquanto que o arrendatário dependerá desse balanço para analisar a viabilidade de se exercer
essa opção de compra.
No leasing �nanceiro, o VRG vem calculado de forma quase que inexpressiva, posto que, quando dos pagamentos das parcelas,
também haverá amortizações com vistas à aquisição do bem. Assim, quando cada pagamento é realizado, o arrendatário paga
uma fração das parcelas a título de aluguel, e sobre outra parte, insere-se um quantitativo com o �to de aquisição do bem, se a
opção de compra for realizada ao término do contrato.
Todavia, quando em análise ao leasing operacional, a fração que corresponde às amortizações não pode superar 75% do custo
do bem arrendado e às despesas de assistência técnica, elevando muito a opção de compra que, destarte, deverá recair sobre
o valor do bem no mercado concorrencial, obedecendo, de sorte, os critérios da elasticidade da demanda.
Nesse sentido, o artigo 6º, da Resolução nº 2.309, de 1996, preceitua que:
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Considera-se arrendamento mercantil operacional a
modalidade que: I– As contraprestações a serem pagas pela
arrendatária contemplem o custo de arrendamento do bem e
os serviços inerentes à sua colocação à disposição da
arrendatária, não podendo o total dos pagamentos da
espécie ultrapassar 75% (setenta e cinco por cento) do custo
do bem arrendado.
(BRASIL, 1996)
Destarte, o resíduo no leasing operacional sempre será in�acionado em se observando o resíduo no leasing �nanceiro,
conquanto que naquela modalidade o valor total das prestações não pode superar 75% do custo bem, ora arrendado.
Para se aprofundar nesse tema, é importante que a leitura a seguir seja feita.
Leitura
Continuemos com a leitura atenta sobre VRG.
Valor simbólico da opção de compra
Bastante discutida pela doutrina e jurisprudência é a questão pertinente à �xação de um valor simbólico quando da opção de
compra pelo arrendatário no arrendamento mercantil.
A opção de compra, como já anteriormente salientado, consiste na possibilidade que o arrendatário possui para, quando do
término do contrato, manifestar-se acerca do interesse em adquirir o bem, entregue em arrendamento.
É, portanto, um elemento obrigatório em todos os contratos de leasing. Em regra, se perfaz perante o pagamento de um
resíduo, denominado valor residual garantido.
Esse valor residual garantido poderá ser determinado de forma expressa no contrato desde o início da avença.
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Para o arrendatário, essa fórmula lhe permite que o
arrendatário se programe com antecedência para exercê-la,
porquanto é conhecido de todos os contratantes o valor que
deverá ser despendido quando do término do contrato. Para
o arrendador, inversamente, haverá a expectativa do
ingresso de uma receita, independentemente da variação do
bem no mercado, do seu obsoletismo e possíveis
depreciações.
 Fonte: pixabay
Em regra, o arrendador embute esse resíduo sobre as contraprestações, de modo que a opção de compra venha a ser exercida
por preço vil, tornando o exercício dessa opção atraente ao arrendatário que não possui o interesse na restituição do bem,
posto que, nessas operações, torna-se sobressalente o caráter da compra e venda �nanciada.
Diversa é a �gura do leasing operacional: A opção de compra assume diversa �gura, posto que deverá ser realizada pelo valor
de mercado do bem, quando de seu exercício.
Quando em análise à legislação aplicável ao arrendamento mercantil, de�agra-se que não existe nenhuma proibição para que
seja o VRG arbitrado de forma irrisória.
Em nenhuma passagem legislativa há expressa vedação coibindo que o VRG seja a�cionado de forma vil. Em verdade, proíbe a
legislação que seja dedutível o lucro tributável do imposto de renda quando a diferença entre o valor contábil residual e o valor
da operação forem negativos (art. 14, da Lei 6.099, de 1974).
Posto isso, não proíbe a lei seja arbitrado o VRG por valor vil, mas, pela exegese do texto legislativo, não se tolera que para �ns
�scais a operação seja contabilizada com valor inferior ao da operação.Dessa orientação, a operação pode ser realizada com
valor inferior ao da operação, mas não poderá o arrendador deduzir da operação a diferença menor, que deverá suportar.
No que se refere à opção de compra, há uma exceção, na qual se permite seja celebrado contrato de arrendamento mercantil
sem esse predicado, desde que a arrendadora seja uma sociedade domiciliada no exterior, donde a empresa brasileira
subarrendará para outra pessoa. Vem a disciplina traçada no art. 16 e parágrafo 5º, da Lei 6.099, de 1974.
Ademais, o artigo 5º, da Lei 6.099, de 1974, estabelece as cláusulas que devem estar contidas quando da celebração do
contrato de arrendamento mercantil, e exacerba que o contrato deve explicitar uma dentre as duas opções quando se refere ao
pagamento do valor residual garantido, a saber, a �xação do VRG ou a indicação dos elementos necessários para se alcançar o
VRG e, não se referindo, em nenhuma hipótese, ao critério quantitativo do VRG.
Donde se compreende que não se pode alicerçar uma proibição, quando em nenhuma passagem o texto a referendou,
precipuamente sob as amarras do Direito Público.
O arrendamento mercantil e a falência
A falência é um instituto atinente ao Direito Comercial, que tem por �to a declaração judicial da insolvência de um
empresário, posto que, pela sistemática brasileira, somente pessoas jurídicas podem falir.
 Fonte: pixabay
Em apertada síntese, com o advento da falência, o empresário é afastado de seus afazeres mercantis. Em regra, as atividades
empresárias são encerradas e inicia-se a expropriação dos bens do falido, de forma a liquidar o passivo.
Sendo o arrendamento mercantil, conforme já anteriormente salientado, um contrato bilateral ou sinalagmático, porquanto do
contrato decorrem obrigações para ambas as partes, sobrevindo a falência do arrendatário, poderá o administrador judicial,
após a oitiva do Comitê de Credores, optar pala mantença do contrato, quando conveniente para a massa falida, posto que,
preceitua a Lei 11.101, de 2005, que os contratos bilaterais não se resolvem pela falência.
Para entender de forma completa esse tema, é importante que a leitura a seguir seja feita.
Leitura
Continuemos com a leitura atenta sobre o arrendamento mercantil e a falência.
Reintegração de posse
À inadimplência do arrendatário, exsurgirá ao arrendador o direito subjetivo de reintegrar-se na posse do bem, por meio da ação
de reintegração de posse, também designada por ação de esbulho possessório, visto que o arrendador exerce sobre a coisa
poder de fato.
A ação de reintegração de posse consiste em uma ação summaria cognitio, conquanto que não se lhe é permitida a cognição
exauriente, na medida em que determinadas questões não lhe são defesas, posto que se destoam do objeto da contenda,
limitando-se, assim, a lide às questões envolvidas pela posse.
Será sumária, ainda que envolvida pelo procedimento ordinário, pois limita a cognição do órgão judicante.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Atenção
Em verdade, a grande viés que envolve essa espécie de ação funda-se na possibilidade da execução lato sensu, no bojo de seu
DNA, diversamente das demais ações possessórias, cujo caráter predominante é o mandamental.
No leasing, o esbulho será demonstrado quando a posse se tornar viciada, precária ou de má-fé, retirando do arrendatário o
direito de se manter munido na posse do bem, vez que, se o mesmo se mantiver inadimplente, haverá, de per si, a rescisão
contratual unilateralmente, contaminando, assim, a sua posse, sendo possível a concessão de medida liminar inaudita altera
parte.
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Cessão do contrato de arrendamento mercantil
A cessão é uma modalidade de transferência das obrigações. Nosso Código Civil contempla a cessão de crédito, onde
disciplina a substituição do credor e do devedor. Nesta última modalidade, não existia regramento jurídico à luz do Código Civil
revogado.
Afora a cessão contratual, que nos interesses do cerne do presente trabalho, não obteve regulamentação pela nova
compostura legislativa que instituiu o atual Código Civil.
Diversamente é a estrutura capitaneada pelo Código Civil português, donde se prevê expressamente, através do artigo 424, a
possibilidade da cessão de contrato, in verbis:
1. No contrato com prestações recíprocas, qualquer das
partes tem a faculdade de transmitir a terceiro a sua posição
contratual, desde que o outro contraente, antes ou depois da
celebração do contrato, consinta na transmissão. 2. Se o
consentimento do outro contraente for anterior à cessão, esta
só produz efeitos a partir da sua noti�cação ou
reconhecimento. Decreto-Lei nº 47.344, de 25 de novembro
de 1966.
(PORTUGAL, 1966)
Na cessão de contratos, aquele que cede a terceiros a sua posição
dentro de um contrato chama-se cedente e, de outro lado, aquele que
ingressa no lugar do cedente é designado por cessionário.
Vamos ler mais sobre isso.
Leitura
Arrendamento mercantil.
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Alguns aspectos tributários do arrendamento mercantil
O arrendamento mercantil, por sua própria estrutura, otimiza a unção de vários ingredientes díspares, sem, contudo, mesclar-se
com qualquer de seus elementos.
Sob essa atmosfera, exsurge o arrendamento mercantil com grandes vantagens sobre as demais �guras contratuais,
sobretudo de cunho �scal, aliás, a grande profusão do sistema deveu-se ao fato de ser a operação dedutível do imposto de
renda a título de aluguel pelo arrendatário, quando em verdade, sob a operação, pode haver evidente sobreposição de uma
compra �nanciada.
Com efeito, somente nas operações de arrendamento mercantil os alugueres serão dedutíveis do imposto de renda. Nas
demais operações, não haverá a adstrita vantagem, ainda que prescinda de compra e venda com opção de compra, porquanto
existem alguns pressupostos que devem ser satisfeitos pelas partes.
Portanto, preliminarmente, há que veri�car que o arrendatário deve ser uma pessoa jurídica, posto que o mesmo benefício não
é estendido à pessoa física.
Também não há que ampliar o benefício �scal para empresas direta ou indiretamente coligadas ou interdependentes, bem
como quando contratado com o próprio fabricante.
O arrendador, para se enquadrar à espesse da Lei 6.099, de 1974, deve fazer do arrendamento mercantil sua principal operação
ou deverá centralizar tais operações em um departamento especializado e com escriturações próprias.
Satisfeitas essas peculiaridades, insta que o contrato deva obedecer aos quesitos do artigo 5º, da Lei nº 6.099, de 1974, e,
quando houver disposição especí�ca do Conselho Monetário Nacional, estas deverão ser observadas- Art. 23, da Lei 6.099, de
1974.
Atenção
A inobservância dessas normas descaracterizará a operação de arrendamento mercantil, para engendrá-la como compra e venda
a prazo.
Rescisão do contrato de arrendamento mercantil
Inicialmente, o contrato encontra termo com o implemento
do tempo, posto que o contrato de leasing deve viger por
prazo determinado (alínea a, do art. 5, da Lei 6.099, de
1974), e, destarte, variando de acordo com a modalidade de
leasing, será quando de seu término que o arrendatário
exercerá a sua opção de compra.
De fato, o contrato de arrendamento mercantil é construído
para que da data de sua celebração decorram alguns
meses, para que o mesmo tenha sua execução obstada. Por
isso, alguns autores consideram o contrato de leasing como
sendo de execução continuada.
 Fonte: pixabay
Em algumas modalidades, admite-se que o contrato venha a ser rescindido unilateralmente pelo arrendatário, a exemplo do
leasing operacional, quando o arrendatário poderá adquirir a coisa ou a devolver. Isso se justi�ca, posto que, nessa modalidade
de arrendamento mercantil, o caráter da locação sobrepuja o da compra e venda �nanciada, eminentemente visível no leasing
�nanceiro.
Da mesma forma ao que expusemos acerca do arrendamento operacional, aplica-se o que mostramos ao leaseback, no qual
sua estrutura avulta frações do leasing �nanceiro e do leasing operacional.
O inadimplementodas prestações, quaisquer que sejam as modalidades de arrendamento mercantil, também pode propiciar a
rescisão do contrato unilateralmente pelo arrendador.
Insta salientar que, quando se alude ao vernáculo inadimplemento mormente se faz a alusão de que se trata do arrendatário,
quando, em verdade, o arrendador também pode estar inadimplente no que tange às obrigações.
No leasing operacional, o arrendador se obriga a entregar o bem cuja fabricação lhe pertence ao arrendatário e a prestação de
assistência técnica. Se essa prestação de serviços for de�ciente, poderá o arrendatário rescindir unilateralmente o contrato
com justa causa, não obstante a possibilidade de rescindir unilateralmente sem justa causa o referido contrato, posto se tratar
de leasing operacional.
Quando o arrendatário for pessoa jurídica, e se lhe sobrevier o óbito, assistirá a seus herdeiros a continuação do negócio, posto
que na qualidade de herdeiros, serão considerados sucessores de direitos e deveres do de cujus, na proporção do quinhão que
herdarem.
No que se refere à falência, reportamos ao estudado no tópico 18 do presente capítulo, não sendo por demais observar que,
consoante a disciplina falimentar trazida por meio do artigo 117, da Lei 11.101, de 2005:
Os contratos bilaterais não se resolvem pela falência e
podem ser cumpridos pelo administrador judicial se o
cumprimento reduzir ou evitar o aumento do passivo da
massa falida ou for necessário à manutenção e preservação
de seus ativos, mediante autorização do Comitê.
(BRASIL, 2005)
Atividade 1
1. A respeito do contrato de arrendamento mercantil, é correto a�rmar que:
a) A cobrança antecipada do Valor Residual Garantido (VRG) descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil, transformando-o em
compra e venda à prestação.
b) A cobrança antecipada do Valor Residual Garantido (VRG) não descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil.
c) É proibido o pagamento antecipado de Valor Residual Garantido (VRG).
d) O bem objeto do contrato de arrendamento mercantil deve necessariamente ser adquirido pelo arrendatário.
e) O bem objeto do contrato de arrendamento mercantil deve necessariamente retornar à instituição financeira.
2. (FCC- 2011- MPE- CE- Promotor de Justiça). Descumprida a obrigação pecuniária pelo arrendatário, no contrato de leasing
�nanceiro:
a) O arrendante apenas pode cobrar a dívida, mas não pleitear a rescisão do contrato ou a sua reintegração na posse, dada a existência de
opção de compra.
b) Não se admite em nenhuma hipótese a ação de reintegração de posse, se nas parcelas tiver sido incluído o denominado Valor Residual
Garantido (VRG), de acordo com a jurisprudência mais recente consolidada em súmula do Superior Tribunal de Justiça.
c) Admite-se a reintegração do arrendante na posse, caso haja no contrato cláusula resolutória expressa e tenha sido o arrendatário
devidamente notificado de sua mora.
d) Perde o arrendatário o direito de usar o bem enquanto não purgar a mora, independentemente de notificação do arrendante, mas não
fica sujeito à retomada do bem antes do trânsito em julgado da sentença que rescindir o contrato.
e) A reintegração na posse pelo arrendante prescinde de cláusula resolutória expressa e de notificação prévia do arrendatário, vencendo-
se a dívida por inteiro, e será o bem vendido para seu pagamento e o arrendatário ficará pessoalmente responsável pelo saldo devedor se
o valor obtido com a venda for insuficiente.
Atividade 2
1. Na hipótese de falência do empresário que tenha celebrado contrato de arrendamento mercantil em garantia de bem móvel, na
qualidade de devedor, assistirá ao credor o direito de:
a) Poder pedir a restituição do bem arrendado.
b) Obter a devolução em dinheiro do equivalente ao bem arrendado.
c) Proceder à busca e apreensão do bem arrendado.
d) Mover ação de depósito contra o devedor.
e) Mover ação de busca e apreensão, caso o contrato tenha sido celebrado há menos de 15 dias.
2. (OAB– XXV). Paulo precisa de um veículo automotor para entregar os produtos de seu estabelecimento aos clientes, mas não
tem numerário para adquiri-lo. Ele foi aconselhado por sua advogada a celebrar um contrato de arrendamento mercantil. Assinale
a opção que indica as faculdades do arrendatário ao �nal desse contrato.
a) Devolver o bem ao arrendador, renovar o contrato ou exercer opção de compra.
b) Subarrendar o bem a terceiro ou exercer opção de compra.
c) Subarrendar o bem a terceiro, renovar o contrato ou exercer opção de compra.
d) Devolver o bem ao arrendador ou renovar o contrato.
Atividade 3
1. (OAB– XXIV). O administrador da sociedade empresária Dutra & Filhos Comércio de Alimentos Ltda. consulta seu advogado
para orientá-lo sobre o contrato apropriado para o aumento de sua capacidade de distribuição. A intenção da pessoa jurídica é
celebrar um contrato pelo qual possa receber a posse direta de veículos, que serão indicados por ela ao proprietário, para utilizá-
los por prazo determinado, mediante o pagamento de prestações mensais durante a vigência do contrato. Ao termo �nal, a cliente
deseja ter a possibilidade de adquirir os veículos ao invés de ser obrigada a devolvê-los ao proprietário ou renovar o contrato.
Assinale a opção que indica o contrato apropriado para a sociedade empresária.
a) Locação a prazo determinado
b) Cessão de uso a título oneroso
c) Compra e venda a prazo
d) Arrendamento mercantil
e) N.R.A.
Notas
Mapa da Cultura1
Ele é baseado no software livre Mapas culturais, já utilizado por diversos estados e municípios brasileiros para o mapeamento
colaborativo e a gestão participativa da cultura. O Mapa da Cultura substituiu o Registro Aberto da Cultura, que tinha a mesma
�nalidade, embora fosse baseado em uma tecnologia proprietária, o que di�cultava os progressos do seu desenvolvimento
sistêmico.
Referências
ABRÃO, Nelson. Direito Bancário. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
MAXIMILIAN, Paulo. Contratos Bancários. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015.
RIZZARDO, Arnaldo. Contratos de Crédito Bancário. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
Próxima aula
Sistemática da composição dos juros bancários à luz do sistema jurídico brasileiro;
Legalidade das taxas de juros praticadas no mercado;
Alcance da Lei da Usura e a sua interpretação dada pelos nossos tribunais.
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