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21/04/2020 FACULDADE ESTÁCIO DO RIO GRANDE NO NORTE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA ESTUDO DIRIGIDO: FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA CARDIOVASCULAR Prof. Gabriely Azevêdo G. Silva 2020.1 Anamnese Exame Físico Exames complementares Testes funcionais Questionários ANAMNESE Identificação do paciente HMA Antecedentes pessoais Hábitos e vícios Antecedentes familiares Queixa principal EXAME FÍSICO Nível de consciência Sinais vitais Sinais e sintomas Exame do tórax Exame cardiológico Exame das extremidades NÍVEL DE CONSCIÊNCIA - Capacidade de reconhecer a si mesmo e aos estímulos do ambiente. N ÍV EL D E C O N SC IÊ N C IA Desorientação Sonolência Estupor Coma Incapacidade de se situar em tempo e espaço Redução da consciência/Acordado com estímulos breves Sonolência profunda – estímulos vigorosos Inconsciente - sem respostas SINAIS VITAIS P R ES SÃ O A R TE R IA L Normotenso Hipertenso Hipotenso F. C A R D ÍA C A F. C A R D ÍA C A Normocárdico Taquicárdico Bradicárdico F. R ES P IR A TÓ R IA Normopneia Taquipneia Bradipneia Apneia TE M P ER A TU R A TE M P ER A TU R A Normotermia Hipertermia Hipotermia 1 2 3 4 5 6 21/04/2020 SATURAÇÃO PERIFÉRICA DE OXIGÊNIO SpO2: medida transcutânea de saturação de oxigênio da hemoglobina do sangue arterial; Expressa a condição de absorção de oxigênio pelas hemoglobinas durante sua passagem pelos alvéolos pulmonares durante a hematose e a porcentagem de hemoglobinas saturadas de O2 no sangue arterial. EXAME DO TÓRAX INSPEÇÃO ESTÁTICA TIPO DE TÓRAX NORMOLÍNEO • 90º • Estatura e tórax intermediário. LONGILÍNEO • <90º • Estatura alta, tórax longo BREVILÍNEO • >90º • Estatura baixa, tórax largo Cariniforme • Pectus carinatum • “Peito de pombo” Infundibiliforme • Pectus excavatum • “Tórax de sapateiro” Escoliótico Cifótico Enfisematoso • Barril • Tonel • Horizontalização das costelas • Aumento do diâmetro AP e dos espaços intercostais. EXAME DO TÓRAX INSPEÇÃO DINÂMICA R IT M O R ES PI R A TÓ R IO Cheyne-Stocks Kussmaul Biot Alternância de períodos com movimentos respiratórios e períodos de apneia (15-30s); Amplitude dos movimentos aumenta e diminui gradualmente (crescendo e decrescendo) Movimentos rápidos, profundos e regulares Acidose Respiração irregular seguido por períodos irregulares de apneia. Ataxia respiratória 7 8 9 10 11 12 21/04/2020 EXAME DO TÓRAX Padrão Respiratório: TORACOABDOMINAL • Expansibilidade sincrônica e harmônica entre tórax e abdome APICAL • Predomínio de expansibilidade torácica • PO cirurgia abdominal ABDOMINAL • Predomínio de expansibilidade abdominal • PO cirurgia torácica PARADOXAL • Paradoxal abdominal • Paradoxal torácico EXAME DO TÓRAX Palpação - Expansibilidade torácica FRÊMITO VOCAL A avaliação do frêmito vocal é a análise da vibração produzida pelo som nas vias aéreas inferiores, por meio da palpação da parede torácica. Para realizar o exame do frêmito vocal, coloca-se a palma da mão sobre o tórax e pede-se para o paciente falar 33. O avaliador deve examinar os dois lados do tórax, em nível simétrico, para permitir a comparação de áreas correspondentes dos dois pulmões. Normal Reduzido (obesidade, derrame pleural, pneumotórax, hiperinsuflação pulmonar) Aumentado (áreas de aumento da densidade pulmonar, como na pneumonia). PERCUSSÃO Som claro pulmonar – produzido pela percussão dos campos pulmonares normais; Som timpânico – produzido em regiões que apresentam quantidade de ar aumentada no parênquima pulmonar, como em pacientes com enfisema pulmonar, hiperinsuflados (doença pulmonar obstrutiva crônica, crise asmática), ou no espaço pleural (pneumotórax); Som submaciço – produzido pela percussão de áreas com densidade pulmonar elevada, ou seja, onde o ar dos alvéolos foi substituído por exsudato ou sangue (pneumonia, infarto pulmonar); Som maciço – produzido pela percussão de áreas onde existe líquido interposto entre o pulmão e a parede torácica (derrame pleural). AUSCULTA PULMONAR Normal Roncos Sibilos Creptos Estridor Atrito pleural Sopro tubário Sopro anfórico 13 14 15 16 17 18 21/04/2020 AUSCULTA PULMONAR Estridor: é o som de tonalidade aguda, ouvido principalmente durante a inspiração. Pode ser ouvido sem o estetoscópio, apenas se aproximando do paciente. É característico da obstrução das vias aéreas superiores (faringe, laringe, porção superior da traqueia). Atrito pleural: é o som semelhante a um rangido, produzido pela movimentação dos folhetos pleurais espessados em decorrência de processos inflamatórios. Sopro tubário (sopro brônquico): é um som semelhante ao ruído brônquico, audível em áreas de condensação do parênquima pulmonar. Produzido pelo ar que passa por um brônquio pérvio circundado por alvéolos preenchidos por líquido. Sopro anfórico: é som extremamente agudo auscultado ao se falar 33, característico de pneumotórax hipertensivo. SINAIS E SINTOMAS Dispneia (Escala de percepção de esforço de Borg; MRC): - Ortopneia (decúbito horizontal) - Treptopneia (decúbito lateral) - Platpneia (ortostatismo) - Dispneia de esforço (dispneia por atividade física) - Dispneia paroxística noturna (sensação de falta de ar - interrupção do sono levando o paciente se sentar ou levantar). SINAIS E SINTOMAS TO SS E Eficaz Ineficaz Seca Produtiva Capaz de expelir a secreção Sem fluxo expiratório suficiente para expelir secreção Ausência de secreção Presença de secreção SINAIS E SINTOMAS SE C R EÇ Ã O Serosa Mucosa Purulenta Rósea Espumosa Aquoso e translúcido (pouco viscoso) Esbranquiçado e pouco viscoso Amarelado ou esverdeado (bactérias) Congestão pulmonar SINAIS E SINTOMAS Hemoptise: - Eliminação, por meio da tosse, de sangue proveniente das vias aéreas. A eliminação pode ser exclusivamente de sangue ou de sangue associado à secreção. - É importante diferenciar a hemoptise do sangramento proveniente do trato digestivo alto (hematêmese), que frequentemente é precedido de náuseas e vômitos, e no qual o sangue pode estar misturado a restos alimentares. SINAIS E SINTOMAS Dor torácica Angina pectoris - Isquemia miocárdica - sensação de peso ou compressão na região precordial, com limites mal definidos. - Região retroesternal ou precordial- irradiada para o membro superior esquerdo, epigástrio, dorso, pescoço, mandíbula e, menos frequentemente, para o membro superior direito. - Esforço físico, emoções, frio e refeição copiosa. - Duração < 5 minutos, e melhora com repouso e uso de medicações vasodilatadoras sublinguais. IAM Semelhante a da angina pectoris, porém, mais intensa > 30’ Associada a náuseas e vômitos. 19 20 21 22 23 24 21/04/2020 SINAIS E SINTOMAS Cianose: coloração de tom azulado da pele, mucosas e leito ungueal, causada pela diminuição da oxigenação do sangue (hemoglobina não saturada com oxigênio). Cianose central Desoxigenação do sangue arterial causada por diminuição da PaO2 no ar inspirado, por doenças que diminuem a ventilação e a oxigenação pulmonar, por doenças cardíacas com shunt da direita para a esquerda e por formas anormais da hemoglobina. Cianose periférica Causada por maior extração de oxigênio do sangue nos tecidos periféricos, podendo ser generalizada (em decorrência de hipotensão grave) ou localizada (obstrução arterial, trombose venosa ou exposição ao frio). Cianose mista Associação dos mecanismos presentes na cianose central e periférica, como, por exemplo, no paciente com insuficiência cardíaca esquerda e hipotensão grave associada. SINAIS E SINTOMAS Baqueteamento digital: - São caracterizados pelo alargamento das falanges distais dos dedos das mãos ou dos pés e um aumento no ângulo na região de onde surge a unha. SINAIS E SINTOMAS Sinais de desconforto respiratório: - Uso da musculatura acessória da respiração - Aumento da FR - Tiragens intercostais e de fúrcula EXAME CARDIOLÓGICO aórtico - localizado no segundo espaço intercostal à direita da borda esternal; aórtico acessório - localizado no terceiro espaço intercostal à esquerda da boda esternal; pulmonar - localizado no segundo espaço intercostal à esquerda da borda esternal; tricúspide - localizado no quinto espaço intercostal à esquerda da borda esternal; mitral - localizado sobre a ponta do coração (ictus cordis). EXAME CARDIOLÓGICO • fechamento das valvas atrioventriculares, mitral e tricúspide, no início da sístole. B1 • fechamento das valvas semilunares, aórtica e pulmonar, no final da sístole e início da diástole. B2 • Som de baixa frequência que ocorre entre o início e meio da diástole. B3 • Final da diástole. B4 Bulhas cardíacas SONS ANORMAIS NA AUSCULTA CARDÍACA Sopro Som produzido pelo turbilhonamento do fluxo sanguíneo quando este passar por uma valva cardíaca insuficiente ou estenosada. Deve ser classificado de acordo com o período do ciclo cardíaco em que ocorre (sopro sistólico ou sopro diastólico). Sopro sistólico Ocorre quando uma valva atrioventricular é insuficiente (permite fluxo sanguíneo retrógrado do ventrículo para o átrio), ou uma valva semilunar é estenosada (dificultando a passagem do sangue do ventrículo para o sistema arterial). Sopro diástólico Ocorre quando uma valva semilunar é insuficiente (permitindo o fluxo retrógrado das artérias para os ventrículos), ou quando uma valva atrioventricular é estenosada (dificultando o esvaziamento dos átrios). Clique de ejeção sistólica Som que acompanha a abertura da valva aórtica durante a sístole. Clique mesosístólico Ocorre com frequência em pacientes que apresentam prolapso da valva mitral (PVM). Estalido de abertura mitral Som ouvido na diástole e que acompanha a abertura da valva mitral em pacientes que apresentam estenose dessa valva. 25 26 27 28 29 30 21/04/2020 EXAME CARDIOLÓGICO Ritmo cardíaco: - regular - irregular Variabilidade da frequência cardíaca (oscilação entre os intervalos dos batimentos cardíacos: R-R) EXAME DAS EXTREMIDADES Edemas Varizes/Eczemas de estase (inflamação na pele) Condições de unhas, peles e pêlos Alterações da coloração da pele Perfusão periférica Baqueteamento digital Pulsos arteriais - Frequência - Ritmo (regular ou irregular) - Simetria (comparar os lados) - Amplitude (normal, aumentada, reduzida) EXAME DAS EXTREMIDADES Edema Grau Cruzes Magnitude Extensão I +/++++ 2 MM Desaparecimento quase imediato II ++/++++ 4 MM Desaparecimento em 15 s III +++/++++ 6 MM Desaparecimento em 1 minuto IV ++++/++++ 8 MM Desaparecimento de 2 a 5 minutos SINAIS DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA Edema Rubor Sinal de Homans: caracterizada por dor ou desconforto na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé. Sinal da Bandeira: menor mobilidade da panturrilha quando comparada com o outro membro. Sinal de Bancroft: dor à palpação da panturrilha contra estrutura óssea. EXAMES COMPLEMENTARES Radiografia de tórax Tomografia computadorizada Eletrocardiograma Ecocardiograma Exames laboratoriais 31 32 33 34 35 36 21/04/2020 TESTES FUNCIONAIS Espirometria: medida dos volumes e capacidades pulmonares. - Capacidade Vital Forçada (CVF); - Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1) - relação VEF1/CVF - Fluxo Expiratório Forçado máximo ou o Pico de Fluxo Expiratório - (FEFmáx ou PFE) - Fluxo Expiratório Forçado 25–75% (FEF 25– 75%). TESTES FUNCIONAIS Manovacuometria: avaliação da força muscular respiratória. - Pressões respiratórias: PImáx (pressão inspiratória máxima) PEmáx (pressão expiratória máxima) TESTES FUNCIONAIS Teste de Caminhada de 6 min. (TC6’) Incremental Shuttle Walk Test (ISWT) Endurance Shuttle Walk Test (ESWT) Teste do Degrau (TD6’) FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA 1 Repetição Máxima (1RM): - Quantidade máxima de carga que pode ser realizada em uma execução de movimento. - ADM completa e postura adequada - Termina quando o paciente não consegue realizar o movimento completo e de forma correta - A carga considerada máxima é aquela anterior à que não foi realizada corretamente. FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA Dinamometria Preensão palmar Avaliação isocinética QUALIDADE DE VIDA WHOQOL-100 SF-36 37 38 39 40 41 42 21/04/2020 REFERÊNCIAS Paschoal, MA. Fisioterapia cardiovascular: avaliação e conduta na reabilitação cardíaca. Barueri, São Paulo. Manole: 2010. Capítulo 6. Sarmento, GJV. O ABC da fisioterapia respiratória. 2ª ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2015. Capítulo 1. José A, Souza GF. Avaliação físico-funcional do paciente cardiorrespiratório crônico. In: Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva; Martins JA, Karsten M, Dal Corso S, organizadores. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória: Ciclo 4. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2018. p. 9–64. (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 3). PARA A PRÓXIMA AULA Júlia: Incremental Shuttle Walk Test Beatriz: Teste do degrau de 6 minutos Francisca: Teste da caminhada de 6 minutos Maraíza: Endurance Shuttle Walk Test 43 44
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